Estrada de Ferro de Sobral

A Estrada de Ferro de Sobral (EFS) foi a segunda ferrovia do Ceará. Planejada para dar assistência a cidade de Sobral durante os anos de seca entre 1877 e 1879. Sua construção teve início em 1878 e alcançou o seu primeiro ponto final Ipu, em 1894.[1] Atualmente estes caminhos de ferro são operados pela Transnordestina Logística S.A.

Estrada de Ferro de Sobral
Predefinição:Info/Ferrovia
Estação Ferroviária de Camocim, que tem na fachada da frontaria a inscrição em alto relevo: Estrada de Ferro de Sobral.
Informações principais
Sigla ou acrônimo EFS
Área de operação  Ceará
Tempo de operação 1881–Atualmente
Operadora Transnordestina Logística
Portos Atendidos Mucuripe, Pecém e Itaqui
Especificações da ferrovia
Palacetinho, em Camocim, que era a residência do Diretor-geral da EFS. Atualmente é a Academia Camocinense de Ciências, Artes e Letras

História

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Os primeiros trilhos foram assentados em 26 de março de 1879, em Camocim e dois anos depois, em 15 de janeiro de 1881, foi inaugurado o primeiro trecho, com 24,50 quilômetros, ligando o Porto de Camocim a cidade de Granja. A estrada até Sobral iniciou suas operações em 31 de dezembro de 1882, sendo então inaugurada a estação de Sobral totalizando 128,92 quilômetros de ferrovia.[2] Em 1894, o trecho desta chega a Ipu[3]

Em 1909 começaram as construções do prolongamento até a cidade de Crateús, que chegaram lá em 25 de janeiro de 1925.[1] Durante sua construção diversos povoados se desenvolveram as margens da ferrovia, como a vila de "Humaitá", que atualmente é a cidade de Pires Ferreira que teve seu nome alterado para homenagear o construtor-chefe da ferrovia, o piauiense: Dr. Antônio Sampaio Pires Ferreira.

A EFS foi arrendada à South American Railway em 1910 e em 1915 passou para administração federal sob o nome de Rede de Viação Cearense. Em 1950 a ligação entre a EFS e a Estrada de Ferro de Baturité entrou em operação. Com isso, o trecho entre Camocim e Sobral foi considerado ramal, sendo desativado em 1977. Atualmente a linha férrea tem sido pouco utilizada, limitando-se à escoação de alguns produtos; hoje, a maioria das antigas estações ferroviárias são consideradas patrimônios históricos dos municípios.

O direito de concessão da Malha Nordeste da antiga RFFSA foi concedido, em 1997, para a empresa Companhia Ferroviária do Nordeste, que mudou de nome para Transnordestina Logística e atualmente é operada pela mesma.[4]

Os principais municípios atravessados pela ferrovia são Sobral, Cariré, Reriutaba, Pires Ferreira, Ipu, Ipueiras, Nova Russas, Poranga, Crateús e Camocim. Com o prologamento do ramal ferroviário até o Piauí, a denominação Ferrovia Teresina-Fortaleza também tem sido utilizada.

As cargas atualmente são transportadas pelos trilhos que ligam os portos do Mucuripe, Pecém e Itaqui, no Maranhão, pela Ferrovia Transnordestina Logística (FTL), único trecho operante da antiga malha ferroviária do Nordeste, correspondente às ferrovias Teresina-Fortaleza e São Luís-Teresina. [4]

Referências

  1. a b «Estações Ferroviárias». Consultado em 28 de fevereiro de 2010 
  2. «Página da Biblioteca Nacional do Brasil». Consultado em 28 de fevereiro de 2010 [ligação inativa]
  3. «Estações Ferroviárias». Consultado em 28 de fevereiro de 2010 
  4. a b «Estrada de Ferro de Sobral foi marco no desenvolvimento». Diário do Nordeste 

Ver Também

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Ferrovia Teresina-Fortaleza

Ligações externas

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