melque e a gurizada…

Subject: Adolescência
“Fala MauVal!
Fala NanNdão.
Estou como sempre,  na sexta-feira à noite, tomando uns tragos em companhia da minha senhora e escutando o RoNcaRoNca aguardando o posicionamento no Nandowsky quanto ao tão falado “Adolescência “.
Eis que ele solta mais uma profecia, desta vez sobre as redes sociais.
Também acho que daqui a uns anos será proibido devido a incapacidade do ser humano lhe dar com tamanha informação.
Voltando a falar da telinha, na minha época de adolescência, lançaram um filme chamado “Kids”. Lembra dele? Na época não tinha redes sociais mas, o reboliço foi muito parecido. Creio que o mesmo aconteceu quando lançaram “Juventude Transviada” lá na época de meu avô.
Ainda estou preparando pra ver o filme mas, acho que o maior impacto do filme é sobre o plano sequência e não pelo contexto.
Há sempre um impacto assustador quando as gerações se “esbarram”. Posso estar errado mas, certamente seguiremos de tempos em tempos tomando uns sustos com essas gerações mais novas.
Posso pedir uma música? Qualquer uma do Germfree Adolescent do X-Ray Spex.
Cheers e parabéns pelo programa!
“Bão dimais da conta!”
Melque

oNaicram pirando com o #643…

Subject: 643 clássico

“Salve, amigos.

Cá estamos, após décadas de admiração, continuo a me surpreender com o Ronquinha. Estava meio disperso no ritual de ouvir o programa às sextas pela manhã, enquanto dava a minha corridinha. Neste início do mês de abril, época de um outono quente e abafado, voltei a pôr os fones e flanar nas ondas ronqueiras.
Cara, Tracy Chapman, Sinatra, Roy Ayers, The Boss, Lee Perry, a melhor música de Sandinista, Julian Cope e até uma música do Evandro Mesquita que estava arquivada no meu HD mental, e que tenho certeza já ter dançado muito na juventude (se bobear, até nas festinha do Clube Condomínio).
Foi tanto gatilho sensorial, que tive até que, de vez em quando, parar de ouvir, para deixar fluir a emoção ativada pelo som musical. Enfim terminei a semana (ou comecei o finde, dependendo do ponto de vista) da melhor forma possível.
Muito, muito, mas muito obrigado mesmo.
Para finalizar três PSs que acho bem pertinentes:
1 – Adorei esse lance do envio de discos ao programa, sejam desconhecidos ou não, velhos, novos, acabados, bem cuidados…. não importa. A prevalecer a máxima de Jonh Peel, por que não incentivar para que, na prática, a tribo alimente o Bar One com pepitas a serem descobertas pelos nossos ouvidos? Com o fim das lojas de discos e diminuição de sebos, hoje em dia se pode achar CDs e vinis em absolutamente qualquer lugar. Eu mesmo, outro dia, ao entrar em um brechó no Flamengo (daqueles em fundo de galeria, administrados por uma velhinha beirando aos 80), vi uma estante cheia de discos. Perguntei de gaiatice se os vinis eram peças decorativas, e ela disse que também estavam à venda. O resultado vocês podem ver na foto. Tudo pelo preço de duas mariolas e um saco de jujubas.
2 – Sei que só se dá parabéns após a data e que nem adianta pedir, pois esquecimento é norma da casa. Mas, em todo caso, não custa tentar. Faço aniversário dia 13, um domingão, e queria ouvir no programa uma música que me remete de forma imediata (igual aquele desenho do Ratatouille) às já citadas festinha do Ronca no Condomínio, sem dúvida um dos melhores momentos da minha (e de outras) vidas. Please, toca Saint Etienne e o clássico Nothing Can Stop Us Now. Um hino.
3 – Por fim, mas tão impactante quanto esse clássico programa, foi chegar ao seu final com a citação do Fabiano. Grande gaúcho, botafoguense lúcido, documentarista (como quase todos nesse país), gremista chato pra meireles, uma figura adorável e, acima de tudo ……. meu ex-cunhado. Já não nos vemos há mais de uma década, e fiquei bem feliz com a lembrança involuntária que Mauricio trouxe a esse humilde fã de longa data. 32 mensagens!!?!?! bem típico do Seu Maciel, empre intenso …. rs.
É isso aí, desculpem o textão, mas essas redes de afeto sonoro que o Roquinha proporciona valem milhões de vezes a “experiência” vendida por aí nessa internet infestada de caozeiros e 71s.
Um grande abraço, beijos na família e vamos em frente, pois como vem gente atrás da gente.”
Onaicram

a bula do #643…

tracy chapman – “talkin’ bout a revolution”

frank sinatra – “i’ve got you under my skin” (ao vivo, 1957)

roy ayers – “searching”

eduardo bueno, ao vivo no roNca #108 UÉBI, dezembro2014

alain chamfort – “manureva” (7″)

chance – “samba do morro”

bruce springsteen – “johnny 99”

e.t mensah – “all for you”

nabby clifford – “waiting for you”

lee perry – “danger dub”

evandro mesquita – “greg e sua gang”

luke & ben gallagher – “career opportunities” (the clash / sandinista)

julian cope – “trampolene”

julian cope – “world shut your mouth”

pra fechar, as priminhas de cecilinda abrindo os caminhos pra ela em são jujuba…

ouça AQUI o programa

gracindo entregando tudo…

Subject: Zagueiros, goleiros, Vanna e Mr Sly Stone

Mauval!

Primeiramente sobre o verbo. Sou da época em que entregar era quando o time pifava no meio do jogo. Principalmente, zagueiros e goleiros. Não conseguia largar dessa imagem até a pandemia, quando entrou papo de delivery, aí rolou muito supermercado entregando. Agora, com merchan: pra mim, quem entrega é Bibi Sucos. O resto é história.
Sobre a Leonardo da Vinci. Me peguei na sexta passada saindo do CCBB e escutando o programa e pensei vou até lá, terminar dentro da loja essa edição do Ronca. Cheguei na galeria, tremi na foto, como pode ver anexada… Andei até a Beringela lembrando dos bons tempos de shows acústicos por lá… Entrei na Vinci, com Ronca no ouvido, meio tentando reconhecer a modernidade (eu tinha ido lá pela última vez há séculos atrás, acho que no século XX literalmente). Passeando pelas estantes, catei o livro novo da bel hooks, pra ver se eu aprendo alguma coisa, e lembrei uma anedota sobre Vanna, da época de faculdade. Amigo meu entra e pede livro tal de Tchecov (gente de teatro). Ela sai detrás da mesa e vai buscar a obra na prateleira e lhe entrega em mãos. Ao que meu irmão responde: “mas esse tá em russo…” No que se segue a tacada final: “se você tem o livro na língua original, porque vai querer ler traduzido?”. E fecha o pano….
O tal desconhecido, novelinha né, mas eu já esperava. Agora decepção foi o Sly Lives… Baita figura, importante pacas, tem até gente bacana nos depoimentos (ver George Clinton doidão falando é divertido), mas o filme me soa aquela matéria do Globo Repórter com um tratamento, efeitos de imagem, jornalzinho bem palha… Pelo menos a trilha sonora se garante.
abracos literários”
Gracindo