Caso Clínico - Dieto

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FACULDADE DE TECNOLOGIA E CIÊNCIAS

CAMPUS DE JEQUIÉ-BA
CURSO - NUTRIÇÃO

CASO CLÍNICO

JEQUIÉ
NOVEMBRO/2019
FACULDADE DE TECNOLOGIA E CIÊNCIAS
CAMPUS DE JEQUIÉ-BA

Adriane Fernandes
Alessandra Silva
Laiz Fontes
Larissa Duarte
Rebeca Aragão
Taise Tavares

CASO CLÍNICO

Caso clínico apresentado


como forma avaliativa da disciplina
Fisiopatologia e Dietoterapia II, dos
discentes do VI semestre do curso
de Nutrição, ministrada pelo docente
Leonardo Rocha.

JEQUIÉ
NOVEMBRO/2019
SUMÁRIO

1.APRESENTAÇÃO DO PACIENTE...................................................................3
2.HISTÓRIA DE DOENÇAS
ATUAIS...................................................................3
3.MOTIVO DA CONSULTA...........................................................................................
4.REFERENCIAL
TEÓRICO ...............................................................................3
5.CONDUTA NUTRICIONAL ..............................................................................5
6.EVOLUÇÃO................................................................................................................
7.CONCLUSÃO.............................................................................................................
8.REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...........................................................................
9.ANEXOS...........................................................................................................8
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1. APRESENTAÇÃO DO PACIENTE

O.C.M, sexo masculino, 33 anos, Ensino médio completo, empresário,


casado, natural de planaltino, Bahia. História familiar de HAS, excesso de peso,
DM 1 ou 2, colesterol/triglicérides alto. Sem história patológica pregressa.

2. HISTÓRIA DE DOENÇAS ATUAIS, SINAIS E SINTOMA

 Cálculo renal: cólica que começa na região lombar e migra para outras áreas,
dor no baixo ventre, sangue na urina, náuseas e vômito, vontade e fazer xixi a
toda hora.

 Esteatose hepática: Dor no abdômen, cansaço, fraqueza, perda de apetite,


aumento do fígado, barriga inchada, dor de cabeça constante.

3. O QUE MOTIVOU A CONSULTA

Paciente procurou atendimento nutricional sob orientação de profissional, com


o objetivo de perda de peso, reeducação alimentar e adequação da alimentação à
condição patológica atual.

4. REFERENCIAL TEÓRICO

Litíase renal: A formação de cálculos no trato urinário é um fenômeno


multifatorial que resulta da supersaturação urinária, nucleação de cristais,
agregação, retenção e crescimento de cristais. O tipo mais comum de cálculos
renais é composto de oxalato de cálcio e é causado por distúrbios metabólicos
frequentemente tratáveis. A patogênese da litíase renal é bem conhecida, o que
possibilita diagnosticar a provável causa patogênica em mais de 95% dos
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pacientes. Em geral, a cristalização ocorre devido a anormalidades na


composição urinária, por maior cristalização dos promotores (cálcio, oxalato,
ácido úrico), por menor dos inibidores (citrato, glicosaminoglicanos, nefrocalcina)
ou por ambos (CUPPARI, 2014).

Esteatose hepática: é o acúmulo de gordura nas células do fígado e pode


ser do tipo alcoólica ou não alcoólica. Dentre as diversas causas da esteatose
hepática não alcoólica, está o sobrepeso/obesidade (resistência insulínica) e
alterações dos lipídeos, como colesterol ou triglicérides elevadas devido aos
maus hábitos alimentares e sedentarismo, o que pode levar a alterações no
metabolismo energético, proteico e de micronutrientes. Os pacientes acometidos
por esta patologia apresentam ingestão dietética inadequada e alterações nos
indicadores antropométricos, bioquímicos e clínicos, evidenciando prejuízo
nutricional. Para identificar a patologia, pode-se usar anamnese (recordatório de
24h) associada a exames clínicos detalhados para avaliar a adequação da
ingestão dietética em relação às necessidades energéticas e investigar a história
clínica do paciente, além de indicadores bioquímicos e medidas antropométricas
que também são métodos utilizados para avaliar o paciente e conseguir um
diagnóstico correto. (CUPPARI, 2014).

A conduta nutricional preconiza mudanças no estilo de vida para que o


tratamento tenha sucesso. A primeira medida a ser tomada é a redução de peso
através de dieta específica, associado à prática de exercício, o que pode
aumentar a sensibilidade das células musculares à insulina, revertendo ou
amenizando o quadro de resistência insulínica (PORTELA, 2012).

Recomenda-se também que, na dieta, até 30% do VET seja proveniente dos
Lipídios e de 50 a 60% de carboidrato. Para hepatopatas estáveis, a proteína
pode ser ofertada de 0,8 a 1,0 g/kg de peso atua/dia, para manter ou promover o
BN positivo, e, para melhora da retenção nitrogenada, é necessário valor de
proteína em torno de 1,2 a 1,8g/kg/dia. Esses valores podem ainda se diferenciar
(para mais ou para menos) de acordo com a condição clínica do paciente.
(CUPPARI, 2014).
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5. CONDUTA NUTRICIONAL

 Avaliação nutricional (antropométrica, bioquímica, consumo alimentar,


recordatório 24).
Exame físico - Hidratado, corado, dentição incompleta e face oleosa.
Antropometria:

Altura (m): 1,87 Peso Usual: 99 kg

Medidas
IMC 27,8
Peso atual (kg) 97,1 kg
CC (cm) 98,5 cm
CB (cm) 34 cm
PCB (mm) 15,5 cm
PCT (mm) 26,5 cm
PCSE (mm) 27,5 cm
PCSI (mm) 36,5 cm

Consumo alimentar – De acordo com o que foi relatado no QFA, o


paciente tem o hábito de incluir diariamente em suas refeições,
alimentos que contemplam todos os grupos da pirâmide alimentar. Há
também consumo excessivo de café.

Recordatório de 24h - De acordo com o relatado, realiza 5 refeições


diárias, em poucos volumes e com alimentos variados. No entanto,
esse hábito foi adotado há 45 dias após o diagnóstico de esteatose
hepática e litíase renal.

 Avaliação das interações droga-nutriente caso utilize.

Não faz uso de medicamentos.

 Diagnóstico nutricional

Paciente apresenta sobrepeso, esteatose hepática e litíase renal, devido


a maus hábitos alimentares e estilo de vida sedentário. Tais problemas
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podem ser evidenciados a partir de anamnese detalhada, recordatório de 24h,


exame físico, resultados antropométricos e relato do paciente.

 Necessidades nutricionais

Doença Hepática: De acordo com essa patologia, as medidas nutricionais


recomendadas visam a redução de peso, ao estímulo à detoxificação
hepática, ao controle da resistência à insulina, a melhora do perfil lipídico
plasmático, a mobilização de lipídios hepáticos e ao incentivo à introdução de
alimentação saudável.

Energia - A diminuição do peso corpóreo para valores do IMC normal é


um método de tratamento comumente empregado. Já é comprovado
por diversos estudos que a redução ponderal, resulta em melhora na
resistência insulínica, nos níveis de glicose, na hiperlipidemia, na
pressão arterial e nos marcadores inflamatórios.

Lipídios - Ingestão de gordura saturada > 10% do total do vet.

Ácidos graxos- Ingestão de 6% de ômega-6 e 1% de ômega-3 do


percentual total do vet.

Fibras e nutrientes antioxidantes - A dieta rica em fibras e antioxidantes


é sugerida com o objetivo de reduzir o estresse oxidativo e evitar a
rápida progressão da doença.

Vitaminas e antioxidantes - O adequado fornecimento de vitaminas e


antioxidantes, trazem equilíbrio ao organismo, prevenindo danos
ocasionados pelo excesso de radicais livres no organismo, como as
espécies reativas de oxigênio que possuem papel de destaque na
fisiopatologia da Doença Hepática. Alguns nutrientes com importante
função antioxidante são as vitaminas C, E e carotenóides, ubiquinonas
(coenzima Q) e bioflavonóides.

 Plano dietoterápico e prescrição dietoterápica

O plano alimentar foi elaborado visando a redução do peso ao controle


da resistência à insulina, à normalização do perfil lipídico e à redução da
Esteatose hepática e controle da litíase renal.
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Pensando na hepatopatia, o ideal é a restrição moderada de calorias,


redução de 100 a 500 calorias por dia. Por meio da diminuição do tamanho
das porções diárias. Decréscimo da ingestão de lipídeos totais visando à
redução da lipemia pós-prandial e do desequilíbrio do metabolismo lipídico.
Já para o caso de lítiase renal deve-se adequar a ingestão de proteína
animal, e evitar alimentos ricos em purina. Evitar a ingestão excessiva de sal,
alimentos enlatados e conservados em salmora. A ingestão de potássio deve
ser estimulada. Suplementar vitamina C, com cautela. Aumentar a ingestão
de líquidos, para produzir pelo menos 2 litros de urina ao dia.
Também é importante incentivar a prática de atividade física moderada,
no mínimo 3 vezes por semana.

6. EVOLUÇÃO

O plano alimentar prescrito não foi entregue ao paciente por questões de


indisponibilidade de tempo do mesmo, dessa maneira, não foi possível fazer o
acompanhamento da sua evolução.

7. CONCLUSÃO
Diante dos dados coletados observou-se que o paciente era portador de
litiase renal, e esteatose hepática, encontrava-se com o seu estado nutricional
classificado em sobrepeso, de acordo com o Índice de Massa Corporal (IMC).

A dietoterapia proposta foi adequada ao seu quadro clínico, com calorias,


macronutrientes, micronutrientes e ingestão hídrica adequados, buscando assim
uma melhora do seu quadro clínico e, consequentemente, da sua qualidade de vida.
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8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

 CUPPARI, Lílian. Nutrição Clínica no Adulto. Guias de Medicina


Ambulatorial e Hospitalar -Nutrição - Nutrição Clínica no Adulto - 3ª Ed.
2014 - Lilian Cuppari.

 PORTELA, Clarissa L. M.; MELO, Mª Luisa P.; SAMPAIO, Helena A. C.


Aspectos fisiopatológicos e nutricionais da doença hepática gordurosa
não-alcoólica (DHGNA). 2012. Disponível em: <
http://www.braspen.com.br/home/wp-content/uploads/2016/12/09-Aspectos-
fisiopatol%C3%B3gicos-e-nutricionais-da-doen%C3%A7a-hep%C3%A1tica-
gordurosa-n%C3%A3o-alco%C3%B3lica.pdf> Acesso em: 25/11/19.

9. ANEXOS

9.1 Cálculos

a) Cálculo do GET

FAO/OMS-2001
GEB= 11,472 x peso + 873,1
GEB= 11,472 x 97,1+873,1
GEB= 1.987,0312
GET= 1.987,0312 x 1,2 = 2,384,43744
GET= 2,384,44

b) Distribuição dos macronutrientes

VET= 1.987,03
Valor planejado

% KCAL G/dia G/kg


CHO 45% 894,16 kcal 223,54g 2,3g
LIP 33,5% 665,65 kcal 73,96g 0,76g
PTN 21,5% 427,24kcal 106,81g 1,1g
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Valor atingido
% KCAL G/dia G/kg
CHO 45% 946,48 kcal 236,62g 2,44g
LIP 34,5% 704,88kcal 78,32g 0,81g
PTN 21% 447,364kcal 111,84g 1,15g

9.2 Plano alimentar


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