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UNILA - Universidade Federal da

Integração Latino-Americana

1- Material Didático de Mecânica dos Fluídos e Hidráulica PARTE I


CAPÍTULO I - Noções introdutórias
Hidrostática
Hidrodinâmica

2- Material Didático de Mecânica dos Fluídos e Hidráulica PARTE II


CAPÍTULO II - Condutos Livres
CAPÍTULO III – Condutos Forçados

Docente: JIAM PIRES FRIGO


SUMÁRIO

MECÂNICA DOS FLUÍDOS E HIDRÁULICA......................................................................... 1


SISTEMAS DE UNIDADES ...................................................................................................... 1
COMPORTAMENTO DOS FLUIDOS ..................................................................................... 5
PROPRIEDADES DOS FLUÍDOS ........................................................................................... 6
MASSA ESPECÍFICA (𝜌) ou Densidade absoluta ................................................................ 6
DENSIDADE RELATIVA (𝛿) .................................................................................................... 6
PESO ESPECÍFICO (𝛾) ............................................................................................................ 7
PRESSÃO (𝑃) ............................................................................................................................. 7
PRESSÃO DE VAPOR .............................................................................................................. 8
CAVITAÇÃO................................................................................................................................ 8
MÓDULO DE ELASTICIDADE VOLUMÉTRICO .................................................................. 8
TENSÃO SUPERFICIAL ........................................................................................................... 9
VISCOSIDADE ........................................................................................................................... 9
ANÁLISE DIMENSIONAL E TEOREMA DE BUCKINGHAM ............................................ 11
PRINCÍPIO FUNDAMENTAL DA HIDROSTÁTICA ............................................................ 12
PRINCÍPIO DE PASCAL ......................................................................................................... 13
HIDRODINÂMICA .................................................................................................................... 14
EQUAÇÃO DA CONTINUIDADE ........................................................................................... 16
ENERGIA NOS ESCOAMENTOS ......................................................................................... 17
EQUAÇÃO DE BERNOULLI PARA FLUIDOS IDEAIS ...................................................... 18
EQUAÇÃO DE BERNOULLI PARA FLUIDOS REAIS ....................................................... 19
CLASSIFICAÇÃO DOS ESCOAMENTOS ........................................................................... 21
CONDUTO LIVRE .................................................................................................................... 21
ESCOAMENTO LIVRE ............................................................................................................ 23
PARÂMETROS GEOMÉTRICOS E HIDRÁULICOS CARACTERÍSTICOS................... 25
REGIMES DE ESCOAMENTO .............................................................................................. 27
O NÚMERO DE FROUDE (Fr) ............................................................................................... 28
ESCOAMENTO UNIFORME .................................................................................................. 29
Resistência ao escoamento.................................................................................................... 29
Fórmula de Manning ou equação da resistência ................................................................ 30
Fórmula de Chézy .................................................................................................................... 30
Fórmula de Strickler ................................................................................................................. 30
Fórmula de Chézy com coeficiente de Manning ................................................................. 31
ESCOAMENTO GRADUALMENTE VARIADO ................................................................... 32
Caracterização do escoamento gradualmente variado ...................................................... 32
Remanso.................................................................................................................................... 32
ESCOAMENTO BRUSCAMENTE VARIADO ...................................................................... 35
Ressalto hidráulico ................................................................................................................... 35
CONDUTOS FORÇADOS ...................................................................................................... 39
ESCOAMENTO EM CONDUTOS FORÇADOS SIMPLES ............................................... 39
Perdas de Carga....................................................................................................................... 39
PERDA DECARGA CONTÍNUA ............................................................................................ 40
Fórmula de Hazen-Williams .................................................................................................... 42
Fórmula de Flamant ................................................................................................................. 43
Fórmula de Scobey .................................................................................................................. 43
Fórmula de Fair-Whipple-Hsiao ............................................................................................. 43
1

Material Didático de Mecânica dos fluídos I

MECÂNICA DOS FLUÍDOS E HIDRÁULICA


A MECÂNICA DOS FLUÍDOS (MEC.FLU.), é uma ciência que estuda os fluídos (líquidos
e gases), e a HIDRÁULICA apenas os líquidos.
A mecânica pode ser dividida em: ESTÁTICA
DINÂMICA

ESTÁTICA - estuda as forças em equilíbrio


DINÂMICA - estuda o movimento e ação das forças.

FLUIDO - Compreende as fases líquidas e gasosas que a matéria existe, podendo ser
conceituado como uma substância que se deforma continuamente quando submetida a
uma tensão cisalhante.

QUAL A DIFERENÇA ENTRE UM SÓLIDO E UM FLUIDO?

Os sólidos quando submetidos à ação de uma tensão de cisalhamento, sofre uma


deformação reversível até que o seu limite de elasticidade seja alcançado. A partir deste
limite, o sólido não mais retorna ao formato anterior.

IMPORTÂNCIA DO ESTUDO DA MECÂNICA DOS FLUIDOS

O conhecimento e a compreensão dos princípios básicos da mecânica dos fluidos são


essenciais para qualquer sistema no qual um fluido é o meio operante.

SISTEMAS DE UNIDADES

Principais Sistemas
- Sistema Internacional (S.I.)
- Sistema Técnico

- O decreto nº 81.621 de 03/05/1979, tornou oficial no Brasil o uso do


Sistema.
Internacional de Unidades (S.I.).

- Ainda são toleradas algumas unidades de outros sistemas. Por exemplo:

Unidades de Pressão:
- kgf/cm2, kgf/m2, milímetro de mercúrio (mmHg), metro de coluna de água (mca),

- atmosfera (atm), bar, libras/pol2 ou PSI (pounds per square inch).

Unidades de Força:
- Quilograma-força → 1 kgf = 9,80665 N → 9,81N
- Libra-força 1 lbf = 0,45359237 kg x 9,80665 m/s2 = 4,448 N
1 lbf = 4,448 N

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Unidades de Potência:
- Cavalo-vapor (muito utilizado em motores) →1 cv = 75 kfg m/s
→1 cv = 75 x 9,80665 N m/s
→1 cv = 735,5 W = 0,736 k W

- Horse-power 1 hp = 550 lbf pé /s →


1 hp = 550 x 0,45359237 kg x 9,80665 m/s2 x 0,3048m →1 hp = 745,7 N m/s = 745,7 W
→1 cv = 0,986 HP

Obs.: Em Hidráulica, os sistemas de unidades mais utilizados são o S.I. e o


Sistema Técnico;

PRINCIPAIS SISTEMAS DE UNIDADES


QUADRO -1 UNIDADES DE DIVERSAS GRANDEZAS MECÂNICAS NOS PRINCIPAIS SISTEMAS
(SISTEMA INTERNACIONAL (S I) e SISTEMA TÉCNICO)

OBS: U.T.M. ==> Unidade Técnica de Massa·.


1 U.T.M. = 9,80665 kg  9,81 kg
1 kgf = 9,80665 N  9,81 N

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QUADRO - 2 PREFIXOS DO SISTEMA INTERNACIONAL

OBS: A massa no S.I. possui o mesmo módulo que a força no Sistema Técnico.

Exemplo: 2 kg (massa no S.I) de tomate pesam 2 kgf (força no Sistema Técnico), porém
são sistemas de unidades diferentes!!!

O Quadro 3 abaixo exemplifica a questão:

Observação: Na resolução de problemas é necessário a utilização de um mesmo


sistema de unidades.

A massa específica (𝜌) no S.I. = Peso específico (𝛾) no Sistema Técnico Exemplo:
𝜌 água (S.I.) = 1.000 kg/m3 𝛾 água (S.Téc.) = 1.000 kgf/ m3

TRANSFORMAÇÕES DE UNIDADES DE PRESSÃO

EXPERIÊNCIA DE TORRICELLI (Século XVII - ao nível do mar)

- Ao emborcar a proveta cheia de mercúrio (Hg) na cuba, permaneceu uma coluna de


760mmHg.

- Concluiu-se com isto, que a Pressão Atmosférica corresponde à 760mmHg. Como a


densidade do Hg é: 𝛿 𝐻𝑔 = 𝛾𝐻𝑔/𝛾 á𝑔𝑢𝑎 = 13,5951

- A mesma pressão atmosférica equilibraria uma coluna de água de:

13,5951 x 0,760m = 10,3323 m.c.a.

- Como P = 𝜌. g.h (Lei de Stevin), a pressão exercida por esta coluna equivale á:

P = 1000 kg/m³ x 9,80665 m/s² x 10,3323 m = 101.325 N/m² ou Pa

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- Conclui-se que:

1atm = 760 mmHg = 10,3323 mca = 101.325 Pa = 101,325 kPa = 10.332,3

kgf/m2 = 1,03323kgf/cm2

QUADRO - 4 TABELA DE CONVERSÃO de unidades de pressão.

Obs: no quadro acima, os valores exatos são demarcados com (*).


* 1 bar = 100 kPa (Valor exato)
* A UNIDADE de pressão atmosfera (atm), não deve ser confundida com o valor da
pressão atmosférica local. O valor médio da pressão atmosférica local apresenta uma
redução de 0,012 atm (0,12 m.c.a. ou 120 kgf/m2) para cada 100 m de elevação acima do
nível do mar.

* Para cálculos rápidos envolvendo unidades de pressão, as seguintes simplificações


podem ser utilizadas:

1 atm ≅1 bar ≅ 10 mca ≅ 100 kPa ≅ 760 mmHg ≅ 1,0 kgf / cm2 ≅ 10.000 kgf / m2

QUADRO - 5 TABELA DE CONVERSÃO de unidades de volume.

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5

QUADRO - 6 TABELA DE CONVERSÃO de unidades de volume para Líquidos.

“l” é o símbolo para litro.

QUADRO - 7 TABELA DE CONVERSÃO de unidades de vazão.

COMPORTAMENTO DOS FLUIDOS

HIDRÁULICA - Parte da hidrodinâmica aplicada que investiga, de forma simplificada, o


escoamento de fluidos e as aplicações tecnológicas de alguns tipos de escoamento.

De acordo com o dicionário, o termo hidráulica tem origem nas palavras gregas
hydros e aulos que significam água e condução, respectivamente, ou seja, conjunto de
técnicas ligadas ao transporte de líquidos, em geral, e da água, em particular.

Atualmente o termo toma uma visão mais ampla e significa o estudo de fluidos
incompressíveis em repouso ou em movimento (em especial a água), visando
particularmente a sua aplicação em engenharia.

Os conhecimentos da hidráulica são aplicados nas mais variadas áreas tais como
mecânica (freios hidráulicos, elevadores hidráulicos, direção hidráulica), pela
engenharia química (condução de fluidos newtonianos), até as Engenharias Civil,
Agrícola, Sanitária, etc., através do projeto de obras hidráulicas como adutoras, de

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sistemas de drenagem urbana, canais, projetos de irrigação, sistemas de esgoto


sanitário, instalações hidráulicas, e sistemas de recalque.

PROPRIEDADES DOS FLUÍDOS

MASSA ESPECÍFICA (𝜌) ou Densidade absoluta.

A massa específica de um fluido é a razão entre a massa e o volume do fluido.

𝜌=

Em que:

𝜌 = massa específica do fluido


m = massa do fluido
∀ = volume do fluido

A unidade de massa específica, no sistema internacional de unidades, é kg/m3.

A massa específica depende da pressão e da temperatura, entretanto, em condições


normais, a variação dessa grandeza é pequena e comumente considerada constante.
Na maioria dos problemas em hidráulica, adotam-se para água os valores de massa
específica a 4ºC, ou seja:

𝜌 = 1000𝑘𝑚/𝑚³ no sistema internacional ou 𝜌 = 102𝑘𝑔𝑓. 𝑠²/𝑚 no sistema técnico.

DENSIDADE RELATIVA (𝜹)

É a relação entre a massa específica de uma substância 𝜌 em estudo para outra tomada
como referência. Para líquidos, a água é geralmente tomada como referência, o que
corresponde a 𝜌 = 1000𝑘𝑚/𝑚³. É uma grandeza adimensional, devido ao quociente.
Quando se diz que um corpo tem uma densidade de 5, quer dizer que tem uma massa
volúmica 5 vezes superior à da água (no caso dos sólidos e líquidos). Assim a densidade
relativa da água, independe do sistema de unidade, podendo ser considerada igual a
unidade (𝛿 = 1).

𝛿=

Em que:

𝜌 = massa específica do fluido


𝜌 = massa específica da água

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PESO ESPECÍFICO (𝜸)


Peso específico é considerado a razão existente entre o peso do fluido e o volume
ocupado.

𝛾=

Em que:

𝛾- peso específico do fluido


𝐺-peso do fluido
∀-volume do fluido

Pela 2ª Lei de Newton

𝐺 = 𝑚. 𝑔

Em que:

𝑚- massa
𝑔- aceleração da gravidade

Substituindo este valor de G na equação do peso específico temos:


. 𝑚
𝛾= e 𝜌=

Logo

𝛾 = 𝜌. 𝑔
Conclui-se que o peso específico depende da pressão e da temperatura, já que a 𝜌
também depende destas características, em hidráulica usaremos em todas as
aplicações, salvo indicação em contrário, serão adotados para água.

𝛾 = 9810 N/m³ ou 𝛾 = 1000kgf/m³ e 𝑔 = 9,81 m/s²

PRESSÃO (𝑷)

Pressão é uma grandeza escalar e a sua unidade no Sistema Internacional de


Unidades (SI) é o Pa, em homenagem a Blaise Pascal. A unidade de força é o Newton
(N) e a unidade de área é o m2, ambas no SI. A razão entre força e área resulta em
N/m2.
1 N/m2 = 1 pascal = 1Pa

Pressão é um dos conceitos mais importantes para desenvolver o estudo da


hidrostática. Tenha como exemplo uma caixa de peso igual a 20N sobre uma mesa de
área de 5m2. Essa caixa exerce uma determinada força sobre a mesa, e às vezes há
necessidade de saber qual a força que cada área está suportando. Para isso fazemos
a razão entre a força que o bloco exerce sobre a mesa e a área da mesa que está
suportando o mesmo.

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Ex: 20N/ 5m2 = 4N/m2

Isso quer dizer que cada m2 da mesa está sendo comprimido com uma força de
4N. Pressão é isso, a razão da força pela área, e pode ser enunciada da seguinte forma:
Se uma força F comprime uma superfície, estando distribuída sobre uma área A,
a pressão p, exercida pela força sobre essa superfície, é, por definição:

𝑃=

Em que:

𝑃 – Pressão num ponto

𝐹 – Esforço normal à superfície

𝐴 – Área da superfície

PRESSÃO DE VAPOR

Corresponde ao valor da pressão na qual o líquido passa da fase líquida para a


gasosa. Na superfície de um líquido há uma troca constante de moléculas que escapam
para a atmosfera (evaporação) e outras que penetram no líquido (condensação).
Visto que este processo depende da atividade molecular e que esta depende da
temperatura e da pressão, a pressão de vapor do líquido também depende destes,
crescendo o seu valor com o aumento da pressão e da temperatura.

A pressão de vapor é a pressão na qual o liquido e o seu vapor, podem existir


em equilíbrio a uma dada temperatura, também chamada de pressão de saturação;
Quando o ar esta saturado, a pressão parcial de vapor iguala-se a pressão de saturação.
Os líquidos evaporam por causa de moléculas que escapam pela superfície livre. As
moléculas de vapor exercem uma pressão parcial no espaço, conhecida como pressão
de vapor.
Quando a pressão externa, na superfície do líquido se iguala a pressão de vapor,
este se evapora. Se o processo no qual isto ocorre é devido ao aumento da temperatura
do líquido, permanecendo a pressão externa constante, o processo é denominado
EVAPORAÇÃO.
Caso isto ocorra pela mudança de pressão do local enquanto a temperatura
permanece a mesma, o fenômeno é conhecido por cavitação.

CAVITAÇÃO

Vaporização de um líquido quando a pressão exercida sobre ele se torna, ainda


que ligeiramente, inferior à pressão de vapor a temperatura em que ele se encontra.

MÓDULO DE ELASTICIDADE VOLUMÉTRICO

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É a relação entre o incremento de pressão (∆𝑃) aplicado ao fluído e a variação


∆∀
relativa de volume ( ).

∆ .∀
𝐾=− ∆∀
∆∀= ∀ − ∀
Em que:
𝐾- módulo de elasticidade volumétrico do líquido
∆𝑃- incremento de pressão
∆∀- variação do volume devido ao ∆𝑃
∀-Volume do líquido

TENSÃO SUPERFICIAL

Força de coesão necessária para forma uma película sobre a superfície. A


película se forma através do conceito de energia da superfície ou trabalho por unidade
de área necessária para trazer a molécula à superfície.

*Coesão - força de atração entre as moléculas semelhantes;


*Adesão - força de atração entre as moléculas diferentes;

VISCOSIDADE

A viscosidade é a resistência do fluido a deformação, devida principalmente às


forças de coesão intermolecular. Consequentemente essa propriedade só se evidencia
com o escoamento do fluído, apresentando menor fluidez os fluidos de alta viscosidade
e vice-versa.
A viscosidade tem como unidades do Sistema Internacional de Unidades (S.I.) o
pascal segundo e no sistema de unidades c.g.s., é o poise.
Esta viscosidade é frequentemente denominada de viscosidade absoluta ou
dinâmica (𝝁) para se evitar confusão com a viscosidade cinemática (𝝂), que é dada
pela razão entre a viscosidade dinâmica e a massa específica (𝜌) do fluído em questão.
As unidades da viscosidade cinemática no Sistema Internacional de Unidades
(S.I.) é o metro quadrado por segundo (m2/s). A unidade do sistema c.g.s. chama-se
stoke (St) e equivale a 1 cm2/s.
𝜇
𝜈=
𝜌
Em que:
𝜈- viscosidade cinemática
𝜇- viscosidade dinâmica do fluido
𝜌- massa específica do fluido
Exercícios

1- Determinar o módulo da elasticidade volumétrica na seguinte situação:


Pressão1: 35,0 kgf/cm² Volume 1: 0,03m³
Pressão2: 225,0 kgf/cm² Volume 2: 0,0297m³
∆ .∀
∆∀= ∀ − ∀ ∆𝑃 = 𝑃 − 𝑃 𝐾=− ∆∀

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,
∆∀= 0,0297 − 0,03 ∆𝑃 = 2250000 − 350000 𝐾=− ,
∆∀= − 0,0003 m³ ∆𝑃 = 1900000 kgf/m² 𝐾 = 1,9𝑥10 kgf/m²

2- Se o volume de um líquido foi reduzido de 0,035% pela aplicação de uma


pressão de 686,7 kN/m², qual o seu módulo de elasticidade em kgf/m² ?

3- Quando se usa uma balança com pesos padrões, um corpo equilibra dois pesos
padrões de massa 1,0 kg num local onde g=9,6 m/s². Quanto pesaria i corpo
neste local se assumíssemos uma balança de molas ao nível do mar? Responda
nas unidades do S.I e também no Sistema técnico (MKS).

4- 10 litros de mel em júpiter pesam 1402,83 N. Supondo que neste planeta a


aceleração da gravidade seja 11 vezes maior que a da terra, calcule:
a) A massa específica do mel nos sistemas CGC, MKS e MK*S
b) Sua densidade
c) Seu peso específico, na terra, nos sistemas CGS, MKS e FLT.

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5- Qual a redução de volume de uma tonelada de água (1000kgf), quando sua


temperatura varia de 80ºC para 10ºC, mantendo-se a pressão constante em
1 atm.
Considere 𝛾 á𝑔𝑢𝑎 80ºC = 971,8 kgf/m³ e 𝛾 á𝑔𝑢𝑎 10ºC = 999,7 kgf/m³

ANÁLISE DIMENSIONAL E TEOREMA DE BUCKINGHAM

A Análise dimensional tem sua grande utilidade na previsão, verificação e


resolução de equações que relacionam as grandezas físicas garantindo sua integridade
e homogeneidade. Este procedimento auxilia a minimizar a necessidade de
memorização das equações.
No Sistema Internacional de Unidades são utilizadas sete grandezas
fundamentais:
-Comprimento (metro)
-Massa (quilograma)
-Tempo (segundo)
-Intensidade de corrente elétrica (Ampere)
-Temperatura termodinâmica (Kelvin)
-Intensidade luminosa (candela)
-Quantidade de matéria (mol)
Porém, em análise dimensional utilizamos apenas três grandezas massa,
comprimento e tempo, as quais são representadas pelas letras M, L e T
respectivamente. Podemos a partir de essas grandezas determinar uma série de outras.
Em física todas as grandezas podem ser expressas em função das
fundamentais, representadas por meio de símbolos de dimensões.
Em análise dimensional tratamos as dimensões como grandezas algébricas, isto
é, apenas adicionamos ou subtraímos grandezas nas equações quando elas possuem
a mesma dimensão.
Uma coisa que se mede em metro por minuto não tem como ser igual a algo
medido em quilograma por metro.
Exemplo:
um corpo, supostamente no vácuo, é deixado em queda livre a partir do repouso.
Segundo relações da mecânica elementar, a distância vertical percorrida y em função
da aceleração da gravidade g e do tempo t é dada por:

𝑦 = 𝑔𝑡 ou 𝑦=

Essa relação é perfeitamente homogênea porque 𝑦 = L


O outro lado 𝑔𝑡 = ∗𝑡 =𝐿

Se, em vez da fórmula teórica, é feita uma medição da distância em função do


tempo, dependendo do local e da precisão do método, pode-se chegar a um resultado
como este:
𝒚 = 𝟒, 𝟗𝟎𝟓𝒕𝟐 𝑦 = 9,81 ∗ 𝑡 𝑦 = 4,905 𝐿 𝐿 = 4,905𝐿

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À primeira vista, essa relação pode parecer inválida porque y e t têm dimensões
distintas. Entretanto, deve-se notar que o valor 4,905 não é uma simples constante de
proporcionalidade. Equivale a 𝑔 da equação anterior e, portanto, tem dimensão .
Para locais próximos da superfície terrestre, o valor de g pouco varia e pode ser
considerada uma constante física. Da relação anterior, g = 9,81 m/s2, que é a
aproximação usual.

Exercício

1 Determine a formula da equação dimensional da velocidade escalar linear


(utilize os símbolos dimensionais fundamentais do S.I.).
a) 𝑉 = solução   𝐿𝑡

b) Força (𝐹 = 𝑚 ∗ 𝑎

c) Energia cinética (𝐸 = )

d) Quantidade de movimento (𝑄 = 𝑚 ∗ 𝑣)

e) Pressão (𝑃 = )

f) Área (𝐴 = 𝑏 ∗ ℎ)

g) Volume (∀= 𝐴 ∗ ℎ)

PRINCÍPIO FUNDAMENTAL DA HIDROSTÁTICA

Lei de Stevin (Eq. Fundamental da hidrostática)


“A diferença de pressão entre dois pontos, no interior da massa fluida (em equilíbrio
estático e sujeita a gravidade) é igual ao peso da coluna de fluido tendo por base a
unidade de área e por altura a distância vertical entre os dois pontos”.
Ou
“A diferença de pressão entre dois pontos, do mesmo líquido é igual ao produto da
massa específica (também chamada de densidade) pelo módulo da aceleração da
gravidade local e pela diferença de profundidade entre os pontos considerados”.
Simbolicamente podemos escrever:

𝑃 − 𝑃 = 𝑑𝑔ℎ ou 𝑃 − 𝑃 = 𝜌𝑔ℎ

ou 𝑃 − 𝑃 = 𝛾𝑔ℎ

Em que:
𝑑- densidade do líquido
𝑔- aceleração da gravidade
ℎ- diferença entre as profundidades dos pontos no mesmo líquido

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𝑃 − 𝑃 - diferença de pressão nos dois pontos

A partir do princípio de Stevin pode-se concluir que:

- Pontos situados em um mesmo líquido e na mesma horizontal ficam sujeitos a mesma


pressão;
- A pressão aumenta com o aumento da profundidade;
- A superfície livre dos líquidos em equilíbrio é horizontal.

PRINCÍPIO DE PASCAL

O Princípio de Pascal, ou Lei de Pascal, é o princípio físico elaborado pelo físico


e matemático francês Blaise Pascal (1623-1662), que estabelece que a alteração de
pressão produzida num fluido em equilíbrio transmite-se integralmente a todos os pontos
do líquido e às paredes do recipiente.
Quando um ponto de um líquido em equilíbrio sofre uma variação de pressão,
todos os outros pontos do mesmo líquido também irão sofrer a mesma variação.
Uma aplicação simples deste princípio é a prensa hidráulica. A prensa é um
dispositivo com dois vasos comunicantes, que possui dois êmbolos de diferentes áreas
sobre a superfície do líquido.

Ao aplicar uma força F1 ao êmbolo de área menor A1, o êmbolo maior ficará sujeito a
uma força F2, em razão da transmissão do acréscimo de pressão P. Segundo o princípio
de Pascal:

∆P = ∆P → = e ∆∀= A1 ∗ h1 = A2 ∗ h2

Exercícios

1- Em uma prensa hidráulica as áreas dos êmbolos são A1= 100cm² e A2= 20cm².
Sobre o êmbolo menor, aplica-se uma força de intensidade 30N que o desloca
15cm. Determine:
a) A intensidade da força que atua sobre o êmbolo maior, em Newtons.
b) O deslocamento sofrido pelo êmbolo maior.

2- Calcular a força P que deve ser aplicado no êmbolo menor de uma prensa
hidráulica para equilibrar uma carga de 4400 kgf colocada no êmbolo maior. O
fluido dentro da prensa é um óleo com densidade 0,75 e as seções dos êmbolos

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são respectivamente 40 cm² e 400 cm². O êmbolo menor está 0,40 m acima do
nível do êmbolo maior.

3- Que profundidade de óleo, com peso específico de 850 kgf/m³, produzirá uma
pressão de 4,6 kgf/cm²? Qual a profundidade em água?

4- Um tubo vertical, longo, de 30m de comprimento e 25mm de diâmetro, tem sua


extremidade inferior aberta e nivelada com a superfície interna da tampa de uma
caixa de 0,20m² de seção e altura de 0,15m, sendo o fundo horizontal.
Desprezando-se os pesos do tubo e da caixa, ambos cheios d’água, calcular:
a) A pressão hidrostática total sobre o fundo da caixa;
b) A pressão total sobre o chão em que repousa a caixa;

HIDRODINÂMICA
HIDRO- água DINÂMICA- movimento

A hidrodinâmica é a responsável pelo estudo do movimento dos fluídos. Sua


aplicação prática acontece nos sistemas de abastecimento de água, irrigação, entre
outros.
Ex: Como um avião sobe e sustenta o voo sendo ele muito mais pesado que o
ar?

O Flap do avião movimenta-se para baixo fazendo com que o ar passe mais
rapidamente na parte superior da asa, causando uma diferença de pressão deixando a
força SUSTENTAÇÃO > PESO.

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Com os pássaros ocorre a mesma coisa, e se observar as asas dos aviões tem
o mesmo formato das asas de um pássaro e isto não é por acaso.

Todos os dias, estamos em contato com fluidos em movimento. O ar que


respiramos, a água que chega em nossas casas por tubulações, a água que modifica e
carrega os nutrientes do solo, as gotas de água que molham as plantas nas lavouras, o
óleo dos sistemas de lubrificação dos motores dos tratores e automóveis, a água que
flui por tubulações de um tanque de peixes para outro tanque de peixes e o próprio
sangue que corre nas nossas veias e artérias são todos exemplos de fluidos em
movimento.
Agora, da próxima vez que observar o mundo, você vai lembrar que muitos dos
sistemas ao seu redor são formados por fluidos em movimento.
Para que algumas equações sejam válidas e também para que os cálculos não
fiquem muito complexos, algumas considerações devem ser feitas para que seja
possível utilizar o modelo dos fluidos ideais.
- NÃO VISCOSO – despreza o atrito entre as partes do fluído e as paredes do
tubo que o conduz;
- ESTACIONÁRIO – a velocidade do fluido é constante em cada ponto;
- INCOMPRESSÍVEL – a densidade do fluido é a mesma em todos os pontos e
permanece constante;
- IRROTACIONAL – não há movimento de rotação em nenhuma parte do fluido,
não há turbilhões.

Assim podemos conceituar o que chamamos de VAZÃO:

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VAZÃO - é o volume de determinado fluido que passa por uma determinada


seção de um conduto livre ou forçado, por uma unidade de tempo. Ou seja, vazão é a
rapidez com a qual um volume escoa.


𝑄=

Em que:
𝑄- vazão (m³/s) ∀= A ∗ ∆X 

Q=∆  Q=
A∗∆X

∀- volume (m³)
∆𝑡- intervalo de tempo (s) V=
∆X
 𝐐= 𝐀∗𝐕

𝑉- velocidade (m/s)

EQUAÇÃO DA CONTINUIDADE

A equação de continuidade é uma consequência da aplicação da conservação


da massa no caso do escoamento de um fluido incompressível.
Esta Lei estabelece que a massa não pode ser criada ou destruída.
(MASSA QUE ENTRA NO TUBO = MASSA QUE SAI DA TUBULAÇÃO)
Aplicando este conceito entre duas seções “1” e “2” de um conduto, temos:

𝜌 ∗𝐴 ∗𝑉 = 𝜌 ∗𝐴 ∗𝑉
Em que:
𝜌- massa específica
𝐴- área da seção transversal do escoamento
𝑉 - velocidade média do escoamento
Considerando que a hidráulica trata, praticamente da condução de água, fluido
este praticamente incompressível, cuja massa específica pode ser considerada
constante (𝜌 = 1000 𝑘𝑔𝑓/𝑚³), a equação da continuidade em um trecho entre duas
seções, onde não haja entrada nem saída de água, assume uma forma mais simples.

Efetivamente, como o fluxo é constante:

Δt1 = Δt2

Logo, a equação fica reduzida à:

A1 . v1 = A2 . v2

Exercícios:

1- Um conduto de 100 mm de diâmetro tem uma descarga de 6 l/s. Qual a


velocidade média do escoamento?

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∗ ,
Q= A∗V 𝑉=  𝑉= ∗ ,
 𝑉 = 0,764 𝑚/𝑠

𝐴=

2- Calcular o diâmetro de uma canalização para conduzir uma vazão de 100l/s com
velocidade média do líquido em seu interior de 2 m/s?

3- Qual a vazão em l/s de um condutor hidráulico, cuja seção possui um raio de


100 mm, por onde é deslocado um líquido a uma velocidade média de 1,5 m/s?

4- Um tubo admite água (ρ=1000kg/m³) num reservatório com vazão de 20 l/s. No


mesmo reservatório é trazido óleo (ρ=800kg/m³) por outro tubo com uma vazão
de 10 l/s. A mistura formada é descarregada por um tubo cuja seção tem uma
área de 30cm². Determinar a massa específica da mistura em(kg/m³) no tubo de
descarga e a velocidade da mesma em (m/s).

ENERGIA NOS ESCOAMENTOS

Se estudarmos uma partícula de um líquido animada a uma certa velocidade V, sujeita


a uma pressão P e colocada a uma cota Z acima de um plano horizontal de referência,
temos essa partícula por unidade de peso. Estes são os três tipos de energia específica
presente nos escoamentos, que por terem dimensões de um comprimento, também são
chamadas por alturas.

Tipos de Energia Denominação Hidráulica Representação


Cota acima de um plano
DE POSIÇÃO de referência - chamada 𝐸𝑍 = 𝑍
ALTURA GEOMÉTRICA
Pressão expressa em altura
𝑃
DE PRESSÃO de líquido - chamada 𝐸 =
𝛾
ALTURA PIEZOMÉTRICA
𝑉
CINÉTICA ALTURA CINÉTICA 𝐸 =
2𝑔

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EQUAÇÃO DE BERNOULLI PARA FLUIDOS IDEAIS

No interior de um fluido, em escoamento permanente, um ponto B qualquer,


sejam:
𝑍- cota do ponto B
𝑃- pressão unitária em B
𝛾- peso específico do fluido
𝑉- velocidade média do escoamento na seção passando pelo ponto
𝑔- aceleração da gravidade
𝑃 𝑉
+ + 𝑍 = 𝐸 = 𝐶𝑜𝑛𝑠𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒
𝛾 2𝑔

Para escoamento entre dois pontos 𝐸 e 𝐸 logo

𝑃 𝑉 𝑃 𝑉
+ +𝑍 = + +𝑍
𝛾 2𝑔 𝛾 2𝑔
Exercícios

1- Um fluído escoa por um tubo à velocidade média de 3 m/s. A pressão no meio


do eixo do tubo é de 350*d/cm² e sua altura sobre a referência adotada é de
4,5m.
Calcular a altura de carga total em metros de coluna do fluído quando ele for:
a) Água  𝛾= 1000kg/m³
ℎ= + +𝑍 ℎ= + + 4,5 ℎ = 8,46 𝑚𝑐𝑎
∗ ,

b) Óleo  𝛾= 800kg/m³

ℎ= + +𝑍 ℎ= + + 4,5 ℎ = 9,33 𝑚𝑐𝑜𝑙𝑒𝑜


∗ ,

2- Um aluno de Engenharia da UNIOESTE estava indo para a praia e seu veículo


ficou sem gasolina. Na estrada pediu gasolina emprestada a outro que passava
no local, utilizou uma mangueira para retirar gasolina do tanque, fazendo um
sifão. A pressão dentro do tanque na superfície do fluído é igual à pressão
atmosférica (Po). Ele colocou um galão a 75 cm abaixo da superfície da gasolina
do tanque, o diâmetro da mangueira é de 0,5 cm. As perdas de carga no sifão
devem ser desprezadas. Quanto tempo ele levará para retirar 4 L de combustível
do tanque?

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3- Um tanque grande aberto para a atmosfera é preenchido com água até uma
altura de 5 m da saída da torneira. Uma torneira próxima à parte inferior do
tanque é aberta, e a água escoa para fora da torneira de maneira suave.
Determine a velocidade da água na saída.

EQUAÇÃO DE BERNOULLI PARA FLUIDOS REAIS

A equação de Bernoulli é um caso particular da primeira lei da termodinâmica.


Esta lei estabelece que a mudança de energia interna de um sistema é igual à soma da
energia adicionada ao fluído com o trabalho realizado pelo mesmo.
A experiência tem demonstrado, que no caso dos escoamentos dos fluídos reais,
uma parte da energia mecânica é despendida em forma de calor e há mudança de
energia interna, por causa das resistências ao escoamento (viscosidade, turbulências,
atrito, etc...).
Na Hidráulica esta parte da energia é considerada perdida, porque não contribui
mais para o movimento do fluído e por isso é chamada de PERDA DE CARGA
(∆ℎ 𝑜𝑢 ℎ𝑓).
Assim a equação de Bernoulli para fluídos reais é escrita da seguinte forma:

𝑃 𝑉 𝑃 𝑉
+ +𝑍 = + + 𝑍 + ∆ℎ
𝛾 2𝑔 𝛾 2𝑔

Exercícios

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1- O diâmetro de uma tubulação aumenta gradualmente de 150mm em A para


450mm em B, estando A 4,5m abaixo de B. Se a pressão em A for de 0,7kgf/cm²
e em B de 0,490kgf/cm², e a descarga de 140 l/s.
a) Qual o sentido do escoamento da água?
b) Qual a perda de carga entre os dois pontos?

2- O Sifão da figura a seguir tem 25mm de diâmetro, e fornece para uma carga de
3m, uma vazão de 2 l/s. Calcule a nova vazão que este mesmo sifão fornecerá,
sob a mesma carga, quando adicionarmos a água uma determinada quantidade
de uma poliacrilamida, sabendo-se que esse polímero irá reduzir em 20% a
perda de carga, quando comparada com a perda que ocorre no escoamento com
água pura.

3- Uma tubulação horizontal transporta 850l/s de água. No ponto A o diâmetro é de


450 mm e a pressão de 0,700kgf/cm², em B o diâmetro é de 900 mm e a pressão
de 0,763kgf/cm². Calcular a perda de carga entre os dois pontos considerando
que os mesmos estão em um mesmo nível de cota.

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