Books by Paulo E . R . Jorge
A Oposição ao Estado Novo no concelho de Almada (1933-1958), 2019
O presente livro analisa a resistência ao Estado Novo no concelho de Almada entre 1933, data da c... more O presente livro analisa a resistência ao Estado Novo no concelho de Almada entre 1933, data da constitucionalização do regime, e 1958, com o término da campanha de Humberto Delgado, tanto do ponto de vista político como cultural. Por um lado, explana-se a evolução das correntes ideológicas dominantes na oposição almadense desde a I República e estuda-se os principais momentos em que a resistência mais se manifestou em Almada: o 18 de Janeiro de 1934, as greves durante a II Guerra Mundial, as eleições legislativas de 1945 e 1957 e presidenciais de 1949, 1951 e 1958. Por outro, põe-se em perspectiva o papel do movimento associativo concelhio na criação de um polo de cultura alternativo ao regime e de uma cultura de oposição à ditadura por meio das várias iniciativas culturais que ao longo dos anos se foram desenvolvendo nas colectividades.
Bookmarks Related papers MentionsView impact
Book Chapter by Paulo E . R . Jorge
Polícia(s) e segurança pública: história e perspectivas contemporâneas, 2020
Em Portugal durante o Estado Novo não se procedeu à centralização das polícias num só organismo p... more Em Portugal durante o Estado Novo não se procedeu à centralização das polícias num só organismo policial coexistindo a polícia política com as demais forças de segurança: a GNR, a PSP e também a Guarda Fiscal. Assim, a repressão policial não foi monopólio da PIDE já que esta contou com o apoio ao longo dos anos da Guarda Nacional Republicana e da Polícia de Segurança Pública que nos diversos concelhos informavam especialmente sobre a apreensão de propaganda política, distúrbios e indivíduos suspeitos, além de participarem em acções conjuntas tais como prisões, buscas a residências e encerramento de sedes de campanha.
Partindo da minha dissertação de mestrado sobre a oposição ao Estado Novo em Almada, a presente comunicação visa aprofundar como a colaboração entre as forças policiais no concelho e a PVDE, a PIDE e a DGS se materializou no aplacar do protesto popular e no cerceamento da actividade oposicionista a nível local. Estudar-se-á para isso momentos-chave da contestação no concelho e, concomitantemente, de endurecimento da resposta policial, a saber: o 18 de Janeiro de 1934; os anos da Guerra Civil de Espanha e da Segunda Guerra Mundial, em particular a vaga grevista de 1942, 1943 e 1944; as eleições de 1945, 1949, 1951, 1957, 1958, 1969 e 1973; o 1º de Maio de 1962 e a manifestação de 11 de Novembro de 1961 resultante na morte de Cândido Capilé e que constitui o pico do confronto entre a população e as forças policiais. Analisar-se-á, nesse aspecto, as duas modalidades de violência cometida e teorizadas por Fernando Rosas: a preventiva com a vigia de indivíduos suspeitos e a punitiva com a prisão e a repressão de qualquer exteriorização de descontentamento.
Por fim, como centro industrial, Almada oferece um paralelismo com outras regiões da Margem Sul como o Barreiro, que foi alvo de uma ocupação militar até ao 25 de Abril. A História Local oferece assim pistas de como o Estado Novo foi jugulando as dissensões nos vários pontos do país inserindo-se e complementando os estudos mais gerais sobre o combate contra a ditadura.
Bookmarks Related papers MentionsView impact
Talks by Paulo E . R . Jorge
Bookmarks Related papers MentionsView impact
Bookmarks Related papers MentionsView impact
Papers by Paulo E . R . Jorge
Bookmarks Related papers MentionsView impact
Uploads
Books by Paulo E . R . Jorge
Book Chapter by Paulo E . R . Jorge
Partindo da minha dissertação de mestrado sobre a oposição ao Estado Novo em Almada, a presente comunicação visa aprofundar como a colaboração entre as forças policiais no concelho e a PVDE, a PIDE e a DGS se materializou no aplacar do protesto popular e no cerceamento da actividade oposicionista a nível local. Estudar-se-á para isso momentos-chave da contestação no concelho e, concomitantemente, de endurecimento da resposta policial, a saber: o 18 de Janeiro de 1934; os anos da Guerra Civil de Espanha e da Segunda Guerra Mundial, em particular a vaga grevista de 1942, 1943 e 1944; as eleições de 1945, 1949, 1951, 1957, 1958, 1969 e 1973; o 1º de Maio de 1962 e a manifestação de 11 de Novembro de 1961 resultante na morte de Cândido Capilé e que constitui o pico do confronto entre a população e as forças policiais. Analisar-se-á, nesse aspecto, as duas modalidades de violência cometida e teorizadas por Fernando Rosas: a preventiva com a vigia de indivíduos suspeitos e a punitiva com a prisão e a repressão de qualquer exteriorização de descontentamento.
Por fim, como centro industrial, Almada oferece um paralelismo com outras regiões da Margem Sul como o Barreiro, que foi alvo de uma ocupação militar até ao 25 de Abril. A História Local oferece assim pistas de como o Estado Novo foi jugulando as dissensões nos vários pontos do país inserindo-se e complementando os estudos mais gerais sobre o combate contra a ditadura.
Talks by Paulo E . R . Jorge
Papers by Paulo E . R . Jorge
Partindo da minha dissertação de mestrado sobre a oposição ao Estado Novo em Almada, a presente comunicação visa aprofundar como a colaboração entre as forças policiais no concelho e a PVDE, a PIDE e a DGS se materializou no aplacar do protesto popular e no cerceamento da actividade oposicionista a nível local. Estudar-se-á para isso momentos-chave da contestação no concelho e, concomitantemente, de endurecimento da resposta policial, a saber: o 18 de Janeiro de 1934; os anos da Guerra Civil de Espanha e da Segunda Guerra Mundial, em particular a vaga grevista de 1942, 1943 e 1944; as eleições de 1945, 1949, 1951, 1957, 1958, 1969 e 1973; o 1º de Maio de 1962 e a manifestação de 11 de Novembro de 1961 resultante na morte de Cândido Capilé e que constitui o pico do confronto entre a população e as forças policiais. Analisar-se-á, nesse aspecto, as duas modalidades de violência cometida e teorizadas por Fernando Rosas: a preventiva com a vigia de indivíduos suspeitos e a punitiva com a prisão e a repressão de qualquer exteriorização de descontentamento.
Por fim, como centro industrial, Almada oferece um paralelismo com outras regiões da Margem Sul como o Barreiro, que foi alvo de uma ocupação militar até ao 25 de Abril. A História Local oferece assim pistas de como o Estado Novo foi jugulando as dissensões nos vários pontos do país inserindo-se e complementando os estudos mais gerais sobre o combate contra a ditadura.