O presente trabalho possui como escopo traçar cartografias preliminares, envolvendo o diálago tra... more O presente trabalho possui como escopo traçar cartografias preliminares, envolvendo o diálago travado entre, Carl Schmitt, de um lado e Hans Blumenberg, do outro, em torno da intercessão abrangendo-modernidade, história e teologia. Como parte desse esforço buscaremos apresentar alguns pontos centrais estampados no arcabouço teórico de ambos os autores e como esse instrumental foi posto em funcionamento, a fim de explicar o fenômeno moderno. Sem dúvida, o "debate" Schmitt x Blumenberg, se é que podemos chamá-lo assim, constitui um ponto interessante da história das ideias e da filosofia política contemporânea no espaço intelectual alemão. Por isso, cabe uma análise mais depurada em cima das principais ideias dos autores, sem, contudo, abraçar o compromisso de esgotar o tema. O recorte histórico se concentra no período da elaboração do trabalho-Teologia Política II, de Schmitt e Die Legitimität der Neuezeit, de Blumenberg, isso nos idos de fins dos anos sessenta e início dos anos setenta do século passado. O tema, cumpre assinalar, tem recebido pouca atenção da literatura nacional, o que justifica o presente esforço. Analisaremos, em primeiro lugar, o percurso schmittiano para após aprofundarmos em alguns referenciais de Blumenberg, atribuindo uma ênfase especial à recepção de Cassirer como estratégia para contornar o argumento teológico e político de Schimitt.
O presente trabalho possui como escopo traçar cartografias preliminares, envolvendo o diálago tra... more O presente trabalho possui como escopo traçar cartografias preliminares, envolvendo o diálago travado entre, Carl Schmitt, de um lado e Hans Blumenberg, do outro, em torno da intercessão abrangendo-modernidade, história e teologia. Como parte desse esforço buscaremos apresentar alguns pontos centrais estampados no arcabouço teórico de ambos os autores e como esse instrumental foi posto em funcionamento, a fim de explicar o fenômeno moderno. Sem dúvida, o "debate" Schmitt x Blumenberg, se é que podemos chamá-lo assim, constitui um ponto interessante da história das ideias e da filosofia política contemporânea no espaço intelectual alemão. Por isso, cabe uma análise mais depurada em cima das principais ideias dos autores, sem, contudo, abraçar o compromisso de esgotar o tema. O recorte histórico se concentra no período da elaboração do trabalho-Teologia Política II, de Schmitt e Die Legitimität der Neuezeit, de Blumenberg, isso nos idos de fins dos anos sessenta e início dos anos setenta do século passado. O tema, cumpre assinalar, tem recebido pouca atenção da literatura nacional, o que justifica o presente esforço. Analisaremos, em primeiro lugar, o percurso schmittiano para após aprofundarmos em alguns referenciais de Blumenberg, atribuindo uma ênfase especial à recepção de Cassirer como estratégia para contornar o argumento teológico e político de Schimitt.
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