XAMÃ antropofágico
Já faz pouco mais de um ano que José Celso Martinez Corrêa trancou-se em casa por conta da pandemia da COVID-19. Aos 84 anos, ostentando a primeira dose da vacina com orgulho, ele pode até estar recluso, mas a cabeça voa a mil por hora. Cheio de ideias e de projetos para quando a vida voltar a caminhar pela normalidade, Zé surge na entrevista (feita por canal digital) eufórico, em seu traje indígena Tarahumara, de cor verde-bandeira, arrematado por um colar tribal de nuances amarelas. A indumentária entrega a provocação: “Sou um anarquista coroado, a personificação do lado b”, diz aos risos.
Nascido em Araraquara, no interior paulista, o dramaturgo iniciou a carreira na década de 1950, entorpecido pelo eco do Manifesto Antropofágico e, sobretudo, por Oswald de Andrade. Em 1958, ainda estudante da Faculdade de Direito do Largo São Francisco
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