Minhas experiências de vida
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Minhas experiências de vida - Silas Malafaia
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Parte 1
Capítulo 1
AS DUAS GRANDES ESCOLAS DA MINHA VIDA: MEUS PAIS, MEU SOGRO
Em Cristo digo a verdade, não minto (dando-me testemunho a minha consciência no Espírito Santo).
Romanos 9.1
Ouvi certa vez o pregador norte-americano Mike Murdock dizer algo que achei muitíssimo interessante: Vocês querem que eu me defina? Sou um eterno aprendiz. Estou sempre aprendendo
. Achei essa declaração muito expressiva, reveladora e exemplar, pois foi dita por um homem que tem 40 anos de ministério, e dispõe de uma megaestrutura ministerial.
Também reconheço que sou um aprendiz, um aluno que todos os dias aprende alguma coisa. Em nada do que vou falar aqui sou mestre ou doutor; na verdade, estou sempre me aprimorando.
Todavia, mesmo reconhecendo que ainda tenho muito a aprender, acredito que em alguma área da minha vida, em razão de tudo o que o Senhor permitiu que eu vivesse, tudo o que Ele quis que eu enfrentasse e superasse, tenho hoje alguma experiência cujo relato pode ser útil a alguém em algum momento de sua vida.
Portanto, vou contar um pouco das experiências que vivi até chegar aonde cheguei. Usarei como base para tudo o que narrarei aqui o texto bíblico que está em 1 Samuel 7.12: …Ebenézer, e disse: até aqui nos ajudou o Senhor.
Esse versículo é a única explicação bíblica que tenho para dar a qualquer pessoa que me pergunte o porquê de tudo o que Deus tem feito na minha vida e no meu ministério: Até aqui me ajudou o Senhor. Isso explica tudo. Isso me define.
Paulo diz em Efésios 2.4: Mas Deus, que é riquíssimo em misericórdia, pelo seu muito amor com que nos amou…. A minha vida é isso. É o resultado do amor, da grandiosa misericórdia de Deus. O Senhor tem expressado o Seu imenso amor em todas as áreas da minha vida. Sou muitíssimo grato por tudo o que Ele tem feito por mim, e posso também dizer que a minha vida tem sido a plena expressão daquele hino de adoração de Paulo em Romanos 11.36: Porque dele, e por ele, e para ele são todas as coisas; glória, pois, a ele eternamente. Amém.
Além da potente mão de Deus na minha vida, cabe-me declarar que, humanamente falando, sou produto do aprendizado que obtive em duas escolas excepcionais, cujos mestres, dotados de estilos de vida diferentes, ajudaram-me fundamentalmente na minha formação. Estou falando do meu pai e do meu sogro. Eles têm sido os meus principais mentores.
Meu pai, que está vivo e completou 90 anos de idade, é um pastor dotado de uma eloquência tão impressionante, de um domínio tão seguro das leis da retórica que, alguns anos atrás, quando ele solicitava a palavra para falar nas convenções das Assembleias de Deus no Brasil, muitos tremiam, pois temiam sua perspicácia aguda, sua lógica implacável.
Sou fichinha
perto do velho pastor Gilberto Malafaia. Enquanto, muitas vezes, cometo delitos, pecados e crimes contra as regras da língua portuguesa, meu pai sempre usou um português de altíssimo nível, polidíssimo. Quando era jovem, lia o dicionário durante duas horas.
Tenho dois irmãos e duas irmãs. O primogênito, Samuel, é dez anos mais velho que eu. Por ser o mais novo entre os filhos homens, pude usufruir por mais tempo da companhia do meu pai. Quando eu estava com dez anos de idade, meus dois outros irmãos homens tinham 19 e 20 anos. Eram dois rapazes, enquanto eu era ainda um menino. Lembro-me nitidamente da figura de ambos chegando lá em casa uniformizados, no período em que cumpriam o serviço militar obrigatório.
Entre os meus nove e 13 anos de idade, andei muito em companhia do meu pai. Lembro-me de que certa vez ele e eu estávamos subindo a rua que dava acesso à nossa casa. Assim que terminava a subida e iniciava a descida, havia uma grande montanha, e no meio dela destacava-se uma imensa concavidade natural, muito funda. Então meu pai me disse:
Está vendo, meu filho, como o nosso Deus é grande? Olhe como Ele faz coisas imensas. Você tem que crer em um Deus que pode fazer coisas grandes!
Uma das mais gratas recordações que tenho da minha infância é das noites em que minha mãe colocava a mim e à minha irmã mais nova para dormir. Antes, ela se sentava entre nós em uma das nossas camas, e contava-nos as histórias da Bíblia. Enquanto ela narrava aquelas inesquecíveis histórias, eu viajava na minha imaginação. Quando contava a história de José, Davi, Daniel, eu me via em companhia deles, e às vezes me imaginava um deles. Minha mãe tem o dom de contar histórias. É uma educadora por excelência. Conseguia contar-nos as histórias com tantos detalhes e com tanto poder de dramatização, que nos levava a desejar viver também as grandes experiências que os personagens bíblicos tiveram com Deus.
O pastor Gilberto Malafaia e a professora Albertina Malafaia, meus pais, sempre foram grandes educadores. Além de tudo o que me ensinaram, também influenciaram muito na formação de centenas de alunos que estudaram no antigo Instituto Bíblico Pentecostal, do qual meu pai foi vice-reitor durante muitos anos, e minha mãe professora de várias disciplinas.
Meu pai me influenciou muito. Homem íntegro, muito reto, dinâmico e visionário, conseguiu passar para mim valores éticos, morais e espirituais que moldaram o meu perfil e definiram o homem cristão que sou hoje.
Essa educação que eles me proporcionaram fez com que eu pudesse viver minha juventude como um rapaz temente a Deus, e fazer criteriosamente as escolhas que iriam determinar o meu futuro. E por falar nisso, permitam-me fazer aqui um parêntese para dirigir desde já uma palavra aos jovens evangélicos que lerão este livro.
Fico abismado, por exemplo, ao ver hoje tantas moças e rapazes da igreja namorando outros rapazes e moças que estão fora da igreja e não têm nenhum compromisso com Deus.
Em 2 Coríntios 6.14-16a, está escrito:
Não vos prendais a um jugo desigual com os infiéis; porque que sociedade tem a justiça com a injustiça? E que comunhão tem a luz com as trevas? E que concórdia há entre Cristo e Belial? Ou que parte tem o fiel com o infiel? E que consenso tem o templo de Deus com os ídolos?
Os jovens evangélicos sabem disso. A luz não pode misturar-se com as trevas. Mas eles não querem perguntar a Deus se estão certos ou errados, porque já sabem o que Ele vai dizer. Hoje, há muitos casais jovens infelizes na igreja porque não quiseram perguntar a Deus: Senhor, será que tu aprovas esse namoro, esse noivado? Essa é a pessoa com quem devo me casar, e com quem viverei todos os anos da minha vida? Dá-me uma direção, uma visão clara da Tua vontade. Senhor, se há alguma coisa que não estou vendo, mostra-me
. Mas, não. Se o pastor fizer qualquer questionamento sobre o namoro ou o noivado de alguns jovens, eles dirão: Está louco? Ele (a) é lindo (a), pastor!
.
Namorei e casei sob a direção de Deus. Se eu mostrasse hoje a minha foto de quando eu tinha 16, 17 anos, vocês constatariam que naquela época eu pesava uns 56 quilos. Isso dá uma ideia da minha estampa de rapaz finíssimo
. Hoje, estou um pouquinho melhor. Mas, naquela época…
Já a minha esposa era uma mocinha linda. Havia um monte de gaviões voando ao redor, de olho nela. Certo dia ela deve ter me olhado e dito: Que cara feio, mas é com esse
cabra aí que eu vou casar
. Tanto eu como ela sempre procuramos colocar todas as áreas da nossa vida nas mãos de Deus. Namoramos como todo rapaz e toda moça costumam namorar. Mas sempre tivemos o cuidado de submeter nossos planos, nossos sonhos, nossa vocação ministerial, nosso temperamento, nosso namoro, noivado e casamento à vontade de Deus. Porém, o que eu vejo hoje entre muitas moças e muitos rapazes evangélicos é um comportamento destituído de reverência e temor a Deus. Muitos casais, numa atitude de total irresponsabilidade, não querem ou não se submetem à direção divina.
Ainda adolescente, matriculei-me na escola de outro grande mestre, o meu sogro, pastor José Santos. Homem muito quieto, muito observador, muito cauteloso, e por isso mesmo, em certas ocasiões, muito questionador. Era dotado de uma psicologia de vida incomparável. Era um apascentador fenomenal. Tinha qualidades que meu pai não tem.
Portanto, pude usufruir da influência de mestres de estilos e temperamentos diferentes. Um muito audacioso, visionário, firme na defesa de suas posições. O outro dotado de muita experiência, de uma sabedoria impressionante em lidar com as pessoas. Foi o mais hábil apascentador com quem tive o privilégio de conviver. Sua psicologia de vida era fenomenal.
Com o pastor Gilberto aprendi a sempre acreditar na realização dos meus sonhos, a seguir em frente, a pensar maior do que a minha capacidade e a projetar coisas grandes. Ele sempre me dizia: Se Deus é grande, podemos pensar grande
. Essas palavras foram penetrando pouco a pouco no meu coração. A partir daí, comecei a ter sonhos e passei a visualizá-los.
Essas foram as duas principais escolas que contribuíram para a formação do meu caráter. Foram eles os dois mestres que mais me influenciaram, que me ajudaram a ser o cristão que sou hoje.
Ao ler essas declarações, talvez alguém comente: É, Malafaia, você é um privilegiado por ter contado com a influência dessas pessoas na sua vida!
. Porém, aconselho você a não olhar os fatos por esse ângulo. O Deus que tem agido na minha vida, plantado sonhos no meu coração, colocado dentro de mim amor e respeito por Sua Palavra e apesar de minhas limitações, tem me usado na sua obra, é o mesmo Deus que pode fazer coisas iguais ou até maiores na sua vida. A partir de você mesmo, a história de sua família ou a de sua geração podem ser mudadas.
Capítulo 2
NUNCA TIVE MEDO DE CONFESSAR OS MEUS SONHOS
Uma coisa importantíssima tem marcado a minha vida: sempre fui uma pessoa cheia de sonhos. Foi o excelente pregador Myles Munroe que me ensinou a distinção entre ver e ter visão. A capacidade de ver está nos nossos olhos, ao passo que a visão está na nossa mente. Nós vemos tudo aquilo que os olhos conseguem alcançar. Todavia, a visão é algo que está dentro de nós, no mais profundo do nosso coração.
Visão é algo que está intimamente ligado ao nosso propósito de vida, àquilo que resolvemos realizar com determinação. Tem a ver com o nosso futuro, o nosso desígnio. Ainda muito jovem, eu já me imaginava no futuro pregando o evangelho por meio de um programa de televisão.
Quando eu tinha cerca de 20 anos de idade, comecei a interessar-me pela televisão. Naquela época, eram exibidos no Brasil programas de teleevangelistas americanos, e eu ficava fascinado com o poder do alcance da Palavra de Deus pregada pela TV. Comecei a procurar oportunidades de entrar naquele veículo para levar a mensagem do evangelho.
E assim nasceu o programa Renascer, embrião do que é hoje o Vitória em Cristo. O mais interessante é que eu pertenço a uma denominação — a Assembleia de Deus — que durante muitos anos não permitia que seus fiéis assistissem televisão. Era praticamente um tabu na igreja. Lembro-me de que, quando comecei a pregar na TV, determinado ministério das Assembleias de Deus no Brasil chegou a enviar um abaixo-assinado com nomes de 300 pastores, pedindo minha saída da televisão. Nossa iniciativa foi pioneira na Assembleia de Deus.
Certa vez, quando eu tinha 19 anos, dirigia uma Kombi vendendo produtos alimentícios em sociedade com um irmão da igreja. Pensava: Deus, o que tu queres da minha vida? Dá-me uma prova de que estás comigo!
De repente, um caminhão à minha frente quebrou e desceu de ré. Então eu disse: Guarda-me, Senhor!
.
O caminhão continuou descendo de ré, e sua traseira alcançou a Kombi no momento em que clamei pelo socorro de Deus. Certamente, naquele momento um anjo interferiu e não permitiu que a traseira do caminhão atingisse a frente da Kombi. O caminhão bateu na lateral, amassou todo o lado direito da Kombi, e arrastou-a ladeira abaixo, batendo em seguida em um ônibus que vinha logo atrás. A Kombi ficou imprensada entre o caminhão e o ônibus. A carroceria do caminhão quase atingiu o meu rosto, e a minha perna direita por pouco não foi esmigalhada pelas ferragens.
Quando viu a Kombi destruída, o homem que dirigia o caminhão gritou: Meu Deus, matei o motorista da Kombi!
. Mas eu, que havia saído do carro, toquei no ombro dele e disse: Calma que eu ainda estou vivo, meu camarada
. Então ele comentou: Meu filho, o teu santo é muito forte
. Ao que respondi: Ele não é muito forte, não. Ele é todopoderoso. Ele é o meu Senhor Jesus Cristo
. Então conclui é claramente, com esse livramento, que o Senhor havia me dado uma prova de que estava comigo e poderia fazer coisas grandiosas em minha vida.
Perceber sua vocação é fundamental em todas as áreas profissionais. Por exemplo, muitos cantores me procuram para cantar no Culto da Vitória em nossa igreja, mas infelizmente não têm condições. Um me disse: Pastor, gravei meu CD, quando vou cantar no seu programa de televisão?
. Não tem nada a ver. Deus não o chamou para isso. Já outro chegou para mim e disse: Eu quero ser um pregador; o que devo fazer?
. Respondi-lhe: Comece a pregar nas ruas e nos parques, depois dê uma olhada para ver se tem alguém prestando atenção
.
Você precisa ter certeza de que Deus quer mesmo que você seja um pregador. Infelizmente, de vez em quando surge um empresário ou um executivo querendo ser pastor de qualquer jeito. O conselho que eu dou quando me pedem é: Continue na sua empresa para não fazer besteira e não quebrar a cara, meu irmão!
.
Certa ocasião, em São Paulo, um desses irmãos veio falar comigo: Pastor, o senhor abriu a minha mente. Sou um comerciante próspero, mas quero muito ser pastor
. Eu pensei comigo mesmo: "Esse aí, se não tomar cuidado, nem vai ser comerciante, nem pastor. Entrar para o ministério pastoral hoje até que não é tão difícil, mas tornar-se realmente um pastor para exercer a função de apascentador ou pregador da Palavra de Deus é outra história.
Olhe para si mesmo, para ver até onde você pode ir. Nós, cristãos convertidos e novas criaturas, temos a mente de Cristo, e, se somos pessoas segundo o coração de Deus, precisamos conhecer-nos melhor.
Outra coisa que sempre fiz, e de que nunca tive vergonha, foi comentar sobre os meus sonhos, compartilhá-los com as pessoas. Aprendi que, quando falamos dos nossos sonhos, mesmo que alguém ria, que alguém deboche, haverá sempre uma ou algumas pessoas tocadas para nos ajudar a realizá-los.
Quem apoia o meu ministério e lê a revista Fiel sabe que todo mês nós publicamos os nossos objetivos de oração. A partir de janeiro de 2011, passei a divulgar dois novos, o quinto e o sexto de uma lista de nove. Eis o quinto objetivo: Transmissão do programa Vitória em Cristo na Rede Globo
. Ao ler isso, alguém pode comentar: Esse cara deve estar maluco
. O sexto objetivo de oração é muito parecido com o quinto: Programa na TV em horário nobre, na Band ou no SBT
.