Paca, tatu, cutia: Glossário ilustrado de tupi
De Mouzar Benedito e Ohi
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Sobre este e-book
Todas são palavras originadas das línguas faladas no Brasil na época do descobrimento.
Os indígenas do litoral brasileiro falavam dialetos muito parecidos de uma língua brasílica, que era só oral. Os jesuítas tentaram unificar esses dialetos por meio da criação de uma escrita, o "nheengatu" ("língua boa" ou "falar bem", em tupi).
Com o objetivo de valorizar nossa cultura e linguagem, Mouzar Benedito compilou os vocábulos do nheengatu neste glossário.
Além de muito importante para estudantes do ensino fundamental e do ensino médio, este livro é também de interesse dos adultos.
O autor procurou levantar o máximo de palavras do cotidiano (adjetivos, substantivos e verbos) e uma pequena parcela dos muitos nomes de cidades e bairros, rios e serras, estados e antropônimos.
O leitor vai conhecer essas palavras, seus significados e muitas curiosidades sobre elas.
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Paca, tatu, cutia - Mouzar Benedito
Mouzar Benedito e Ohi
Paca, tatu, cutia!
Glossário Ilustrado de
TUPI
Sumário
Apresentação: um pouco de história
Explicação necessária
Vocabulário de A a Z
Letra A
Letra B
Letra C
Letra D - Não existem palavras iniciadas com esta letra na língua Tupi
Letra E
Letra F - Não existem palavras iniciadas com esta letra na língua Tupi
Letra G
Letra H
Letra I
Letra J
Letra K - Não existem palavras iniciadas com esta letra na língua Tupi
Letra L
Letra M
Letra N
Letra O
Letra P
Letra Q
Letra R
Letra S
Letra T
Letra U
Letra V
Letra W - Não existem palavras iniciadas com esta letra na língua Tupi
Letra X
Letra Y - Nas palavras de origem tupi transpostas para o português, o Y torna-se I ou U
Letra Z - Não existem palavras iniciadas com esta letra na língua Tupi
Biografia Mouzar Benedito
Biografia Ohi
Bibliografia
Créditos
Apresentação
Um pouco de história
Quando os portugueses chegaram ao Brasil, viram que em quase todo o litoral se falavam línguas muito parecidas, como variações de uma mesma língua principal, uma língua brasílica, que não tinha escrita, era só oral. Os povos indígenas a chamavam de abanhéem ou avanhém (abá ou avá significa homem, somente indígena, não branco; nheeng é língua, falar), o que pode ser traduzido como língua do homem, língua indígena.
Os povos Tupinambá, Temiminó, Potiguara, Caeté, Carijó, Guarani¹ e muitos outros tinham algumas variações nas línguas, mas se entendiam entre si.
Os jesuítas unificaram esses dialetos e criaram uma escrita para facilitar a catequese. Para isso, usaram a gramática da língua portuguesa e, basicamente, o vocabulário dos Tupinambá do Maranhão e do Pará, no norte do país; e lá essa língua passou a ser conhecida como nheengatu (língua boa ou falar bem, em tupi). No Sudeste, a base foi outra, pois o Padre Anchieta, estudioso da língua que depois passaria a ser chamada de tupi, aprendeu a falar o idioma indígena com os Goitacá de São Paulo. Então, no Centro-Sul do Brasil, área de influência de São Paulo, essa criação dos jesuítas ficou conhecida como língua geral paulista.
As diferenças entre o nheengatu e a língua geral paulista eram pequenas, e muitos estudiosos referem-se a ambas como nheengatu. Claro que, nos dois casos, foram acrescentadas também palavras das línguas portuguesa e espanhola, pois muitos animais e objetos, por exemplo, não existiam aqui antes da chegada dos europeus e, portanto, não havia palavras que os identificassem.
Em São Paulo e nas áreas de sua influência, quase não se falava português. A língua geral paulista, ou nheengatu, era falada até mesmo pelos descendentes de portugueses e espanhóis, já que, como vinham para o Brasil quase somente homens europeus, eles se casavam com mulheres indígenas.
Em 1758, depois que o exército de Portugal e o da Espanha se uniram para combater os Guarani, que eram apoiados pelos jesuítas, nos chamados Sete Povos de Missões, no Rio Grande do Sul, o Marquês de Pombal, principal figura do reinado de Dom José, expulsou os jesuítas do Brasil e proibiu o uso do nheengatu. Todos os documentos tiveram, então, que ser escritos em português, assim como o ensino em todas as escolas. Desse modo, o povo passou gradualmente a falar português no atual estado de São Paulo e adjacências. Na Amazônia, na Guerra dos Cabanos (1832-1835), morreram muitos dos falantes do nheengatu, o que facilitou a imposição do português.
Quando se fala da sobrevivência do tupi-guarani/nheengatu, lembra-se logo dos topônimos, quer dizer, nomes geográficos de cidades, povoados, regiões, rios etc. (Pindamonhangaba, Bauru, Tapajós, Paraná, Tietê, Paraíba, Paranapiacaba, Pernambuco), de nomes da fauna (jacaré, tatu, paca, capivara), da flora (peroba, ipê, maracujá, caju, caatinga) e até de nomes de pessoas (Jandira, Jurema, Moacir, Moema). Há ainda muitos vocábulos de uso corrente que são de origem tupi. Exemplos: pipoca, tapera, voçoroca, pamonha, minhoca, pereba, mingau, capim, capixaba, carioca, potiguar, maloca, maracatu, micuim, quirera, mocotó, tocaia, taquara.
Os estudos mais conservadores estimam em dez mil os vocábulos de origem tupi no português falado no Brasil. Neste livro, procuramos levantar o máximo de palavras do cotidiano, além de alguns nomes de bairros, serras e estados.
Muito importante, especialmente para as crianças e para a escola, este livro também é do interesse de adultos. Pretendemos, com ele, valorizar a cultura e a linguagem brasileiras, incluindo o imaginário dos povos que aqui viveram e vivem.
1. De acordo com a Associação Brasileira de Antropologia (ABA), os nomes indígenas devem ser escritos com inicial maiúscula, sendo facultativo o uso dela quando tomados como adjetivos, e [...] não terão flexão de gênero e de número [...]
. Em Revista de Antropologia, v. 2, n. 2 (São Paulo, 1954), p. 150-152.
Explicação necessária
As línguas do tronco tupi-guarani não têm as pronúncias D, F, L nem Z, e o R só tem a pronúncia do R do meio das palavras de língua portuguesa, como cara, beira, pura. Portanto, não existe o R de rapa, raposa, reta. Mesmo quando aparece no início das palavras, o R tem uma pronúncia mais suave. Curiosamente, embora a letra D não exista nessas línguas, há a pronúncia ND, como em mandacaru, Pindorama, mandi, mandioca, amendoim.
Entretanto, se têm consoantes a menos, essas línguas apresentam uma vogal a mais, que, em português, seria uma espécie de intermediária entre o I e o U. Para o brasileiro, é difícil pronunciá-la, é como abrir a boca para falar I, mas pronunciar U. Os jesuítas usaram o Y na grafia dessa vogal. Em português, às vezes essa vogal pegou a pronúncia I e às vezes U.
Outra curiosidade é o sufixo tyba, que tem o sentido de coletivo, de muitos. Por exemplo: Itatiba (pedreira), Curitiba (pinheiral), Itaituba (lugar com muitos pedregulhos) e Ubatuba (muitas canoas).
A imposição da língua portuguesa aos brasileiros em boa parte do Brasil, principalmente na área de domínio paulista, resultou num português com sotaque nheengatu, o que deu origem ao que se pode chamar de dialeto caipira, falado até hoje. Exemplos desse dialeto são o plural falado como singular (dois pão, quatro primo); a transformação de LH em I (como em trabaio e muié) e a pronúncia dos verbos no infinitivo sem o R final (fazê, brincá, falá).
Vale lembrar que, como em outras línguas, a mesma palavra do nheengatu pode ter sentidos diferentes. Por exemplo, guaçu, na maioria das vezes, tem o significado de grande, como em Iguaçu (rio grande), mas Guaçuí, nome de uma cidade capixaba, significa rio do veado, pois guaçu também quer dizer veado, o que gera traduções controversas. Neste livro, às vezes optamos por uma das traduções. Por exemplo: em Paranaíba, paraná é rio, como pará em Paraitinga. Mas Y – adaptada para I ou U, significando água – aparece também com o sentido de rio, como em Iguaçu.
E vale lembrar que o nheengatu é ainda hoje uma língua viva na Amazônia. O município de São Gabriel da Cachoeira (AM) foi pioneiro, em 2002, na oficialização de línguas indígenas. Lá, tornaram-se oficiais, além do português, o nheengatu, o tucano e o baníua. Ao longo do tempo, o nheengatu falado na Amazônia incorporou palavras de outras línguas, diferenciando-se razoavelmente do tupi antigo.
Vocabulário
De A a Z
A a
ABÁ – Homem. Muitos povos de língua tupi só usavam esta palavra em referência a si próprios. Homem branco é caraíba, mas os europeus também eram chamados de mair (franceses, loiros) e peró (portugueses). Muitos portugueses se chamavam Pero (a exemplo de Pero Vaz de Caminha). Como os indígenas tinham um lado brincalhão, diferenciavam os portugueses dos outros europeus chamando-os de peró.
ABACAXI – Fruto (ybá) cheiroso (caxy). Considerado uma das frutas mais saborosas do mundo, o abacaxi, também chamado de ananás, é originário do Brasil e do Paraguai. Muitos dizem que ele é o rei das frutas
por causa da sua coroa.
ABAETÉ – Homem de verdade. Eté ou etê (de verdade, legítimo). Na Bahia, existe a Lagoa do Abaeté. Nome de uma cidade mineira. No Pará, há uma cidade chamada Abaetetuba, palavra que significa muitos homens de verdade.
ABAPORU – Aquele que come gente, antropófago (poru é come, comer). Curiosidade: um dos quadros mais conhecidos da pintora modernista Tarsila do Amaral é Abaporu, que ela pintou para dar de presente ao seu marido, Oswald de Andrade.
ABIU (ou abio) – Fruta de polpa amarela e doce. Há duas versões para o significado de abiu: fruta-catarro ou pele mole.
AÇAÍ – Fruto que chora (porque solta água) ou fruta ácida. Fruta que dá um suco cremoso (feito de vinho de açaí
). Antes alimento quase exclusivo dos paraenses, esse suco vem sendo apreciado por mais e mais pessoas, até mesmo fora do Brasil. O fruto do açaí, de que se extrai o suco, é um tipo de coquinho
que nasce em cachos e fica roxo quando maduro. A palmeira do açaí também dá um palmito muito gostoso.
ACARÁ – Cascudo ou escamoso. Espécie de peixe também conhecida como cascudo ou acari. No Ceará existe uma cidade chamada Acaraú, que pode significar comedouro dos acarás ou acará-preto.
ACAUÃ – Espécie de gavião. Acá é valente, briguento; uã é o som que essa ave emite. Nome de uma cidade no sul do Piauí.
AÇU – Grande. Pode também significar papagaio. Aparece na formação de muitas palavras. Muitas vezes tem a grafia assu, como o nome de uma cidade do Rio Grande do Norte. O mesmo que guaçu.
AGUAPÉ – Redondo (aguá) e chato (pé-ba). Planta flutuante também conhecida como lírio-d’água, espécie nativa do Brasil. As raízes do aguapé se alimentam de sujeira. Quanto mais poluída a água, mais alimentos ela oferece para o aguapé. Por causa dessa característica, a planta é usada no tratamento de águas poluídas. E pode ser utilizada como alimento de animais. A Nasa (agência espacial norte-americana) chegou a considerar o aguapé uma solução para alimentar os astronautas com proteínas e outros nutrientes. Mas a atividade despoluidora
da planta pode gerar um problema: com sua grande capacidade de reprodução em águas poluídas, o aguapé chegou a dificultar a navegação de rios como o Mississippi (nos Estados Unidos) e o Congo (na África). No Brasil, existem vários rios com o nome de Aguapeí, que significa aguapé pequeno ou rio do aguapé.
AIMBERÊ – Aquele que se contorce, que se vira, lagartixa. Um dos grandes líderes da Guerra dos Tamoios chamava-se Aimberê e era inimigo dos portugueses.
AIMORÉ – Povo indígena da nação Jê. Segundo alguns (inclusive o Padre Anchieta), vem de guaimur-é (povo diferente). Outros dizem que deriva de ãi (dente) e mboré (que tem). Nesse caso seria mordedor ou dentudo, talvez por causa de um macaco chamado aimoré. Como usavam botoques presos ao lábio inferior, os povos da nação Aimoré ficaram conhecidos como botocudos (outros povos indígenas também usavam botoques e eram chamados de botocudos). Há quem diga que aimoré vem de emburé, como era chamado esse botoque. Em Minas Gerais, há uma cidade chamada Aimorés.
AIPIM – Fruto seco ou raiz enxuta. Um dos nomes da mandioca, mandioca-mansa, macaxeira. Ver macaxeira, mandioca.
AIURUOCA – Casa (oca) do papagaio chamado aiuru em tupi. Nome de uma cidade mineira.
AJURICABA – Colmeia. Ajuri é reunião, ajuntamento; caba é abelha. Ajuricaba, da nação Manaú, foi um dos maiores heróis indígenas do Amazonas, liderando vários povos contra a ocupação portuguesa. Há quem diga que, quando era levado acorrentado em uma canoa, pulou na água, preferindo morrer a ser preso. Outros acreditam que ele foi jogado na água pelos homens brancos.
AMAMBAI – Serra chuvosa é um dos significados dessa palavra, que nomeia uma serra, um rio e uma cidade em Mato Grosso do Sul.
AMAPÁ – Palavra de origem galibi, língua da região do Caribe, incorporada ao nheengatu. Espécie de árvore que produz látex com propriedades medicinais.
AMENDOIM – Fruto originário do Brasil e do Paraguai que se desenvolve e amadurece debaixo da terra, por isso supõe-se que seu nome tenha o sentido de fruto (ybá) enterrado (tibi). Mas há estudiosos que dizem vir de mandobi, ou manda-obi (rolo pontiagudo). Além de gostoso quando torrado ou cozido, no pé de moleque ou em broas, e de produzir um óleo muito forte,