Evangelhos que Paulo Jamais Pregaria
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Sobre este e-book
O autor refuta os ""novos evangelhos" e faz um alerta sobre os ventos de doutrina, sendo que no livro, o próprio apóstolo Paulo faz estas observações. como personagem ativo da história! Um Produto CPAD.
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Avaliações de Evangelhos que Paulo Jamais Pregaria
6 avaliações2 avaliações
- Nota: 5 de 5 estrelas5/5Simplesmente fenomenal ótimo livro que expõe verdades da palavra .
- Nota: 5 de 5 estrelas5/5Muito importante para quem deseja de coração viver o evangelho que foi ensinado por Jesus e pelos apóstolos bíblicos.
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Evangelhos que Paulo Jamais Pregaria - Ciro Sanches Zibordi
mesmo.
O evangelho empirista
Muitas doutrinas e práticas, em nossos dias, têm surgido depois de divinas
visões e revelações, supostos arrebatamentos ao céu ou ao inferno — individuais ou em grupo —, quedas de poder
, contatos com anjos ou espíritos, além de outras experiências no mínimo estranhas.
Há crentes hoje sendo levados em roda por todo vento de doutrina
porque não aprenderam a guardar a Palavra de Deus acima de tudo (Ef 4.14). Em Marcos 16.17, está escrito: E estes sinais seguirão aos que crerem
. Porém, muitos têm agido como se Jesus tivesse dito: E estes que crerem seguirão aos sinais
.
Paulo ensinou, em suas epístolas, que não devemos ir além do que está escrito (1 Co 4.6). As Santas Escrituras estão acima das experiências sobrenaturais (Gl 1.8). Guardar a Palavra de Deus, haja o que houver, é a forma pela qual demonstramos amor a Deus (Jo 14.23; Dt 13.1-4). Mas a maioria dos crentes não tem se contentado com a simplicidade da mensagem da Palavra de Deus (2 Co 11.3).
Inconformados, bebem em fontes escuras e turvas, em busca de milagres. Em decorrência disso, várias heresias têm surgido, em nossos dias. Estude um pouco sobre as seitas consideradas cristãs e as heresias existentes em nosso meio, e você descobrirá que a origem de muitas delas se deve a experiências exóticas e revelações fantasiosas.
Muitos têm feito como os falsos discípulos de Jesus: E grande multidão o seguia, porque via os sinais que operava sobre os enfermos
(Jo 6.2). Bastou o Mestre expor a verdade, para aquela multidão de interesseiros deixá-lo: Duro é esse discurso; quem o pode ouvir?
— disseram — Desde então, muitos dos seus discípulos tornaram para trás e já não andavam com ele
(vv. 60,66).
É claro que não é fácil considerar apenas e tão-somente a verdade das Escrituras como a fonte máxima de autoridade. O ser humano, por natureza, encanta-se com novidades. Contudo, Jesus, após mencionar as características dos falsos profetas — que são lobos vestidos de ovelhas, capazes de fazer muitas maravilhas —, deixou claro que a nossa casa
deve estar firmada na Palavra de Deus (Mt 7.15-27).
O que é o evangelho empirista?
Empirismo — do francês empirisme — é a doutrina ou o sistema filosófico segundo o qual todo conhecimento provém unicamente da experiência, limitando-se ao que pode ser captado do mundo externo, pelos sentidos, ou do mundo subjetivo, pela introspecção.
O evangelho empirista prioriza sinais, revelações e experiências fantasiosas, e não a Palavra de Deus. Seus seguidores ignoram o fato de que o Diabo e seus agentes também realizam prodígios para enganar (2 Co 11.13-15). Alguns defensores desse evangelho prodigioso têm mandado o povo guardar a Bíblia e mergulhar de cabeça
nas revelações divinas
. E os perigos para os crentes que se orientam por experiências são muitos.
Claudionor de Andrade afirmou:
A ocorrência de milagres não denota, necessariamente, avivamento; a característica principal deste é o amor a Cristo que nunca deixa de ser primeiro. Amamos a Jesus não pelos sinais e maravilhas que opera; amamo-lo pelo sacrifício do Calvário que ousou por todos nós.
Se não tomarmos cuidado, pode o milagre encaminhar-nos até mesmo à incredulidade. Mostre-se embora paradoxal, essa assertiva é teológica, histórica e biblicamente mais do que justificável. É só adentrar os diversos pavilhões do Livro Santo para lhe comprovar a validade.¹
Os propagadores do empirismo evangélico
desprezam os pregadores que expõem as doutrinas bíblicas, considerando-os homens sem fé para usufruir o sobrenatural de Deus, bem como sem ousadia para levar os ouvintes a experiências novas. Como o Senhor fala diretamente com esses profetas
, dando-lhes novas revelações, torna-se desnecessário que estudem as Escrituras!
Paulo e as experiências
Paulo teve um ministério marcado por milagres e experiências sobrenaturais. Numa delas, Deus o arrebatou ao Paraíso, no terceiro céu: Conheço um homem em Cristo que, há catorze anos (se no corpo, não sei; se fora do corpo, não sei; Deus o sabe), foi arrebatado até ao terceiro céu. E sei que o tal homem... foi arrebatado ao paraíso e ouviu palavras inefáveis, de que ao homem não é lícito falar
(2 Co 12.2-4).
Muitos, não atentando para o fato de Paulo ter usado de modéstia, pensam que estava falando de outra pessoa. Contudo, antes de mencionar o tal homem, ele informou que não convinha gloriar-se, porém relataria as visões e revelações do Senhor (v. 1). E, depois do relato, afirmou: Porque, se quiser gloriar-me, não serei néscio, porque direi a verdade... E, para que não me exaltasse pelas excelências das revelações, foi-me dado um espinho na carne...
(vv. 6,7).
Há algumas especulações sobre o espinho na carne que o apóstolo recebera para que não se exaltasse. Dizem que era uma enfermidade, uma tentação, etc. Mas a Palavra do Senhor não apresenta muitos detalhes, a não ser que o tal espinho era ... um mensageiro de Satanás para me esbofetear, a fim de me não exaltar
(v. 7).
Ao contrário de alguns pregadores que também dizem ter visitado o céu, Paulo não se gloriou por causa dessa experiência sobrenatural, pela qual teve revelações da parte do Senhor. Apesar de ter ouvido palavras inefáveis, resolveu não partilhá-las com os homens. A bem da verdade, sequer recebeu permissão de Deus para fazer isso.
Mesmo tendo várias experiências sobrenaturais — desde o encontro com o Senhor Jesus, a caminho de Damasco —, todas decorrentes de sua íntima comunhão com Deus, Paulo jamais abriu mão das Santas Escrituras. Ao discorrer sobre a morte, o sepultamento e a ressurreição de Cristo, fez questão de enfatizar que tudo ocorreu ... segundo as Escrituras
(1 Co 15.1-4).
E mais: o apóstolo Paulo, em 2 Coríntios 11.21-33, deixou claro que a autoridade que possuía não se baseava em sua habilidade para fazer milagres, e sim no sofrimento que suportava!
Só este maná?
Quando Paulo esteve em Atenas, alguns filósofos epicureus e estóicos o convidaram a discursar no Areópago. Eles — que se ocupavam apenas de dizer e ouvir as últimas novidades (At 17.21, ARA) — estranharam a mensagem do apóstolo, pois lhes pregara Jesus e a ressurreição (v. 18). Os seguidores do empirismo têm um comportamento semelhante ao desses filósofos atenienses: não se contentam com a mensagem simples do evangelho de Cristo. Precisam de novidades e experiências exóticas.
Servimos ao Deus Todo-poderoso, que pode, sem dúvidas, realizar obras extraordinárias em nosso meio, além de revelar-nos muitas coisas pelo Espírito Santo. Contudo, a nossa fé não deve se apoiar em experiências e revelações, e sim na Palavra do Senhor. Ninguém tem autorização para, com base em suas experiências, omitir ou acrescentar algo às Escrituras (Ap 22.18,19; Dt 4.2).
Quando Israel estava no deserto, Deus mandou do céu o maná, o qual, com o passar do tempo, deixou de ser novidade para o povo, que passou a exclamar: ... agora a nossa alma se seca; coisa nenhuma há senão este maná diante dos nossos olhos
(Nm 11.6). Hoje, a exposição da Palavra de Deus, o pão do céu (Mt 4.4), tem desagradado a muitos, que murmuram: Só exposição bíblica? Nada de novo? Nenhum milagre, nem revelação? Esse pregador nunca foi ao céu e ao inferno?
No livro Erros que os Pregadores Devem Evitar, o autor apresenta uma série de heresias que foram divinamente reveladas
a esses pretensos profetas, como o ensinamento de que Jesus teria assumido a natureza do Diabo na cruz, bem como resgatado a humanidade no inferno, onde tomou as chaves das mãos de Satanás, triunfando por meio de uma confissão positiva.²
Os empiristas buscam novidades, acreditam que todas as suas experiências exóticas provêm do Senhor e criam doutrinas baseadas nelas. Mas aprendamos com Paulo, que, apesar das experiências legítimas que teve com o Senhor, fazia questão de não pregar nada além do que os profetas e Moisés disseram (At 26.22). Por isso, ensinou: ... que em nós aprendais a não ir além do que está escrito...
(1 Co 4.6).
Adoração profética?
Causa espanto o fato de muitos cultos tidos como evangélicos, em nossos dias, se assemelharem a cultos pagãos africanos, em que pessoas em transe recebem espíritos que as fazem imitar animais, gritar e estremecer o corpo. Em terreiros de cultos afro-brasileiros são comuns as manifestações de pessoas possessas agindo como