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Sonhando com o Apocalipse
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Sonhando com o Apocalipse
E-book36 páginas49 minutos

Sonhando com o Apocalipse

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Sobre este e-book

Escrito em 1901 por H.G. Wells, Sonhando com o apocalipse traz a história de um homem que sonha com uma distopia futurística, com o fim do mundo como conhecemos e como isso se sucede. O conto lançou as bases do estilo de história de previsão do fim do mundo, que o própiro Wells retomaria em seus romances, bem como outros escritores de ficção científica.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento10 de out. de 2019
ISBN9788563223753
Sonhando com o Apocalipse
Autor

H G Wells

H. G. Wells (1866-1946) was an English writer of novels, short stories, history, social criticism, and biography. He is thought by many to be the most distinct myth maker of his time. He envisioned such things as time travel, alien invasion, invisibility, biological engineering, and cosmic threats long before they existed or were conceived of by others. In addition to enjoying popular success, Wells was nominated for the Nobel Prize in Literature four times.

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    Sonhando com o Apocalipse - H G Wells

    sonhando com o apocalipse | H. G. Wells

    O homem com rosto branco entrou no vagão na rua Rugby. Ele andava devagar apesar da urgência do carregador de malas, e mesmo antes enquanto ele ainda estava na plataforma, eu percebi que parecia doente. Suspirando, ele caiu sobre mim, fez uma tentativa sem sucesso de arrumar o xale, e ficou parado com os olhos fixos no vazio. Logo, ele foi movido pela sensação de ser observado, olhou para mim, e levantou uma mão fraca para o seu jornal. Então, olhou de relance novamente para minha direção.

    Fingi estar lendo. Eu temi ter, inadvertidamente, o constrangido, e no instante seguinte fiquei surpreso quando ele falou.

    – Desculpe? – perguntei.

    – Esse livro – ele repetiu, apontando um dedo magro –, é sobre sonhos.

    – Obviamente – eu respondi, era Estados Oníricos de Fortnum Roscoe, e o título estava na capa.

    Ele ficou em silêncio por um tempo como se estivesse procurando palavras.

    – Sim – ele disse por fim –, mas não contam nada.

    Eu não entendi o ele quis dizer.

    – Eles não sabem – acrescentou.

    Eu olhei um pouco mais atentamente para o rosto dele.

    – Há sonhos – ele disse – e sonhos.

    Era o tipo de argumento que nunca contesto.

    – Eu suponho... – Ele hesitou. – Você já sonhou? Vividamente?

    – Eu sonho muito pouco – respondi. – Duvido que eu tenha três sonhos vívidos por ano.

    – Ah! – exclamou, e pareceu, por um momento, se recuperar de um atordoamento. – Seus sonhos não se misturam com a sua memória? – perguntou bruscamente. – Você não fica na dúvida se aconteceram ou não?

    – Dificilmente. Exceto de vez em quando. Suponho que poucas pessoas fiquem na dúvida.

    – Ele diz...? – E apontou para o livro.

    – Diz que acontece às vezes e dá a explicação corriqueira sobre a intensidade da impressão para justificar não ocorrer sempre. Eu presumo que você saiba algo sobre essas teorias...

    – Muito pouco, exceto que estão erradas.

    A mão esquelética dele brincou com o fecho da janela por algum tempo. Eu me preparava para retornar à leitura, o que pareceu precipitar seu próximo comentário. Ele curvou-se para a frente quase como se fosse tocar em mim.

    – Não há algo chamado sonho sucessivo, que continua noite após noite?

    – Eu acredito que sim. Há casos apresentados na maioria dos livros sobre transtornos mentais.

    – Transtornos mentais! Sim. Eu me atrevo a concordar. É o lugar certo para eles. Mas o que eu quero dizer... – Ele olhou para suas juntas ossudas. – Isso sempre é sonho? É sonho? Ou é outra coisa? Poderia ser

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