Dano cerebral, uma ode a lobotomia social
De Julia Mota
()
Sobre este e-book
subúrbios do obscuro Condado de Gloucestershire, Inglaterra, uma nebulosa
propagação de uma bizarra atmosfera tenebrosamente cabalística de uma indecifrável
família, a qual fora consumando, através de oculto e ominoso feitio, uma conjuntura de
incidentes, que mais tarde foi alcunhado como um dos mais brutalmente perturbadores
e enigmáticos casos já registrados na história do país.
Alguns fragmentos deste caso, foram descritos em cartas por um membro da família, a
médica psiquiatra Dra. Emma Brook, cuja conturbada e mísera vida fora absolutamente
destruída em virtude de um degenerativo, incurável e nefasto distúrbio mental.
Tal impiedoso quadro patológico, atrozmente consolidado a uma extrema crueza execrável,
imposta tiranicamente pela absurda ignorante alienação e insensata prepotência da
sociedade e, essencialmente, pelos próprios inclementes, austeros e perversos familiares
da médica, acabou por resultar num macabro final catastrófico.
No entanto, há rumores de que os trechos que encontraram-se adornados nas cartas são
relatos eufêmicos, e os indícios investigados e apurados pelas autoridades foram apenas
ínfimos fragmentos de algo muito pior. O que ocorreu de fato, a história nua e crua, fora
algo deveras mais bárbaro, sanguinolento e assombroso, e que ainda está sob severa
inquirição.
Relacionado a Dano cerebral, uma ode a lobotomia social
Ebooks relacionados
O estranho no contemporâneo: Estranhar é preciso; Estranhar não é preciso Nota: 0 de 5 estrelas0 notasAtalhos da Loucura!: Caminhos da sanidade e atalhos da loucura! Nota: 0 de 5 estrelas0 notasCrise De Emergencia Espiritual Nota: 0 de 5 estrelas0 notasPerspectivas filosóficas: luzes na noite da Depressão Nota: 0 de 5 estrelas0 notasA Origem Do Sujeito Nota: 0 de 5 estrelas0 notasA Religião Do Livro Nota: 0 de 5 estrelas0 notasA última chance Nota: 5 de 5 estrelas5/5Ciúme: O lado amargo do amor Nota: 0 de 5 estrelas0 notasO Natural E O Sobrenatural Na Mentalidade Primitiva Nota: 0 de 5 estrelas0 notasO ocultismo revelado Nota: 0 de 5 estrelas0 notasO Espelho: Autoconhecimento E Evolução Espiritual Nota: 0 de 5 estrelas0 notasNa Loucura da Dúvida Nota: 0 de 5 estrelas0 notasLoucura: Destino De Poucos Caminho De Muitos! Nota: 0 de 5 estrelas0 notasQuímica das Palavras Nota: 0 de 5 estrelas0 notasPor que sou tão sábio? Nota: 5 de 5 estrelas5/5O corpo traído Nota: 5 de 5 estrelas5/5Humano, Demasiado Humano Nota: 0 de 5 estrelas0 notasO Infinito Presente do Agora Nota: 0 de 5 estrelas0 notasEntre A Dúvida E A Certeza Nota: 0 de 5 estrelas0 notasA tara do amor bandido: hibristofilia em uma composição humanista Nota: 0 de 5 estrelas0 notasProvocações & Pensamentos Nota: 0 de 5 estrelas0 notasMedicina Inversa Nota: 0 de 5 estrelas0 notasDrogas E Espiritualidade Nota: 0 de 5 estrelas0 notasSem Medo De Morrer Nota: 0 de 5 estrelas0 notasO mal disfarçado de Bem: Manual de sobrevivência para vítimas de psicopata Nota: 5 de 5 estrelas5/5Entre sessões: Psicanálise para além do divã Nota: 5 de 5 estrelas5/5Dez Contos Psicóticos Nota: 0 de 5 estrelas0 notasSobrevivência emocional: As dores da infância revividas no drama adulto Nota: 5 de 5 estrelas5/5
Clássicos para você
MEMÓRIAS DO SUBSOLO Nota: 5 de 5 estrelas5/5A Divina Comédia [com notas e índice ativo] Nota: 5 de 5 estrelas5/5Memórias Póstumas de Brás Cubas Nota: 4 de 5 estrelas4/5Livro do desassossego Nota: 4 de 5 estrelas4/5A Metamorfose Nota: 5 de 5 estrelas5/5Crime e Castigo Nota: 5 de 5 estrelas5/5O Conde de Monte Cristo: Edição Completa Nota: 5 de 5 estrelas5/5Dom Casmurro Nota: 4 de 5 estrelas4/5Dom Quixote de la Mancha Nota: 5 de 5 estrelas5/51984 Nota: 5 de 5 estrelas5/5Quincas Borba Nota: 5 de 5 estrelas5/5A revolução dos bichos Nota: 4 de 5 estrelas4/5A Felicidade Conjugal Nota: 5 de 5 estrelas5/5A Torá (os cinco primeiros livros da Bíblia hebraica) Nota: 4 de 5 estrelas4/5A voz do silêncio Nota: 5 de 5 estrelas5/5A Odisseia Nota: 0 de 5 estrelas0 notasOrgulho e preconceito Nota: 5 de 5 estrelas5/5Campo Geral Nota: 4 de 5 estrelas4/5Odisseia Nota: 5 de 5 estrelas5/5A divina comédia Nota: 5 de 5 estrelas5/5O Príncipe Nota: 4 de 5 estrelas4/5Noite na taverna Nota: 0 de 5 estrelas0 notasA DIVINA COMÉDIA - inferno Nota: 0 de 5 estrelas0 notasOs Irmãos Karamazov Nota: 5 de 5 estrelas5/5A Montanha Mágica Nota: 4 de 5 estrelas4/5O crime do padre Amaro Nota: 4 de 5 estrelas4/5Mulherzinhas Nota: 4 de 5 estrelas4/5A volta ao mundo em 80 dias Nota: 0 de 5 estrelas0 notasO Morro dos Ventos Uivantes Nota: 0 de 5 estrelas0 notas
Categorias relacionadas
Avaliações de Dano cerebral, uma ode a lobotomia social
0 avaliação0 avaliação
Pré-visualização do livro
Dano cerebral, uma ode a lobotomia social - Julia Mota
AGRADECIMENTOS
Eternamente grato serei a todos aqueles que, direta ou indiretamente, compuseram a aurora da fonte de inspirações, influências, valias e obséquios para com a arquitetura desta obra, pois ela é fruto da junção de elementos e fatores advindos não apenas de minha pessoa, contudo também do apoio e prestígio incondicional de minha querida família.
Exórdio dos tempos. Eclode uma insigne e esplêndida e abrasadora e enigmática e imensurável, cósmica explosão...
NOTA DA AUTORA
Audaciosamente, atesto que, o reles livro que tens em mãos, compõe-se apenas de elementos cujos cofatores se restringem a um caótico, labiríntico e irresoluto compêndio da porvindoura e lídima obra que está a ser esculpida, e que em breve, será difundida.
Portanto, proclamo que, o desígnio idealizado no decorrer da arquitetura deste compêndio, fora o de instigar a insanidade daqueles que um dia exercerão a compreensão do significado da loucura através do conteúdo que contemplarão no período posterior ao transcorrer das páginas seguintes, as quais correspondem apenas ao prelúdio da primeira das sete trombetas apocalípticas, que evocam a execução da sentença de desvelar a real faceta de minha carne.
Ó! Minha doentia mente.
SUMÁRIO
Capa
Folha de Rosto
Créditos
PRÓLOGO
CARTA I
CARTA II
CARTA III
CARTA IV
CARTA V
CARTA VI
CARTA VII
CARTA VIII
CARTA IX
CARTA X
CARTA XI
CARTA XII
CARTA XIII
CARTA XIV
CARTA XV
MONÓLOGO
A ANIQUILADORA
A POSTERIORI
NARRAÇÃO
EPÍLOGO
Landmarks
Capa
Folha de Rosto
Página de Créditos
Epígrafe
Sumário
PRÓLOGO
Esquizofrenia paranoide . Fora este o cruciante e aterrador diagnóstico declarado por sete médicos distintos. Por que precisei ser averiguada por sete? Porque ninguém era capaz de me convencer de que eu me encontrava num estado doentio como aquele, muito menos, que eu tinha este imperscrutável distúrbio mental. Porque apesar de na época eu saber que havia uma série de outros mórbidos casos semelhantes, ainda que deveras raros, eu simplesmente achava que a vida estaria sendo sardônica em demasia aprisionando uma renomada médica psiquiatra num empedernecido sanatório.
O fato de que eu não detinha uma contundente e incisiva fé em meu enfermiço e deletério diagnóstico, não significava que não houvesse a fúnebre possibilidade de ele ser altamente veraz, pois eu não podia pensar como reles paciente, tinha de pensar fulcralmente como médica, ou seja, precisava averiguar estritamente e refletir profundamente acerca do meu atípico caso, na não tão branda tentativa de causar uma autopersuasão em minha pessoa, visando a minha saúde e, principalmente, minha sanidade mental.
As severas objeções que deveriam ser analisadas para com os incomensuráveis prós e contras de cada lado, ambos sendo o pessoal e o profissional, eram extremamente complexas, posto que, os respectivos lados, divergiam entre si de modo corrosivo e brutal: como poderia um indivíduo que fora instruído por mais de uma década a estudar minuciosamente a anatomia e fisiologia humana, analisar patologias, engendrar e realizar diagnósticos de pacientes diversos, passar tantos e tantos anos sem fazer ideia de que encontrava-se num estado doentio absurdamente crítico.
Outro problema englobado por este diagnóstico, é o estigma que tenho de carregar comigo, em razão de que o preconceito ante a esta doença, é deveras descomunal.
Para mim é realmente de extrema dificuldade conseguir expressar e expor meus babélicos sentimentos em relação a tamanha ignorância e intolerância pela qual não apenas eu, mas qualquer indivíduo que detenha algum espécime de característica que, teoricamente, seja considerada uma imperfeição pela absurdamente impiedosa ideologia da civilização que o cerca, tem de passar.
Baseando-me em minha filosofia empírica social, detenho a mais plena convicção de que a empatia, não é apenas uma reles vertente de um subtipo de sentimento de tentativa de análise e compreensão de uma determinada situação de um outro indivíduo, ela é, na