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A esperança cristã - Papa Francisco
INTRODUÇÃO
Hoje começamos uma nova série de catequeses, sobre o tema da esperança cristã. É muito importante, porque a esperança não desilude. O otimismo engana, a esperança não! Precisamos muito dela nesta época que parece obscura, na qual às vezes nos sentimos perdidos diante do mal e da violência que nos circundam, perante a dor de tantos nossos irmãos. É necessária a esperança! Sentimo-nos confusos e até um pouco desanimados, porque nos descobrimos impotentes e temos a impressão de que essa obscuridade nunca acaba.
Mas não podemos deixar que a esperança nos abandone, pois, com o seu amor, Deus caminha ao nosso lado. Espero, porque Deus está ao meu lado
: todos nós podemos dizer isso. Cada um de nós pode dizer: Espero, tenho esperança, pois Deus caminha comigo
. Caminha e leva-me pela mão. Deus não nos deixa sós. O Senhor Jesus venceu o mal, abrindo-nos a senda da vida.
Então, em particular neste tempo do Advento, que é tempo de espera, quando nos preparamos para receber, mais uma vez, o mistério consolador da Encarnação e a luz do Natal, é importante refletir sobre a esperança. Deixemo-nos ensinar pelo Senhor o que quer dizer esperar. Portanto, ouçamos as palavras da Sagrada Escritura, começando pelo profeta Isaías, o grande profeta do Advento, o grande mensageiro da esperança.
Na segunda parte do seu livro, Isaías dirige-se ao povo com um anúncio de consolação:
"Consolai, consolai o meu povo,
diz o vosso Deus.
Falai ao coração de Jerusalém,
dizei-lhe em voz alta que as suas lidas terminaram,
que a sua falta foi expiada [...]".
Uma voz clama:
"Abri no deserto um caminho para o Senhor,
endireitai na estepe uma senda para o nosso Deus.
Todos os vales sejam aterrados,
todas as montanhas e colinas se abaixem;
os cimos sejam aplainados,
as escarpas se nivelem!
Então, manifestar-se-á a glória do Senhor;
todas as criaturas juntas apreciarão o esplendor,
porque a boca do Senhor o prometeu".[1]
Deus Pai consola, suscitando consoladores aos quais pede que animem o povo, os seus filhos, anunciando que acabou a tribulação, terminou a dor e os pecados foram perdoados. É isso que cura o coração aflito e assustado. Por isso, o profeta pede que se prepare o caminho para o Senhor, abrindo-se aos seus dons e à sua salvação.
Para o povo, a consolação começa com a possibilidade de caminhar pela estrada de Deus, uma senda nova, endireitada e viável, um caminho a ser prepararado no deserto, de modo a podê-lo atravessar e regressar à pátria. Porque o povo ao qual o profeta se dirige vivia a tragédia do exílio na Babilônia e agora, ao contrário, ouve dizer que poderá voltar para a sua terra, através de um caminho que se tornou fácil e amplo, sem vales nem montanhas que dificultem o caminho, uma estrada aplainada no deserto. Portanto, preparar essa vereda quer dizer preparar um caminho de salvação e de libertação de todos os obstáculos e tropeços.
O exílio foi um momento dramático na história de Israel, quando o povo perdeu tudo. O povo perdeu a pátria, a liberdade, a dignidade e até a confiança em Deus. Sentia-se abandonado e sem esperança. Ao contrário, eis o apelo do profeta que reabre o coração à fé. O deserto é um lugar onde é difícil viver, mas exatamente ali é possível caminhar agora para regressar não só à pátria, mas a Deus, e voltar a esperar e sorrir. Quando estamos na escuridão, nas dificuldades, não sorrimos, e é precisamente a esperança que nos ensina a sorrir para encontrar o caminho que conduz a Deus. Uma das primeiras coisas que acontecem com as pessoas que se desligam de Deus é que deixam de sorrir. Talvez sejam capazes de soltar uma gargalhada, uma após a outra, uma piada, uma risada... mas falta o sorriso! Só a esperança suscita o sorriso: é o sorriso da esperança de encontrar Deus.
A vida é muitas vezes um deserto; é difícil caminhar na vida, mas, se nos confiamos a Deus, ela pode tornar-se bonita e ampla como uma rodovia. É suficiente nunca perder a esperança, continuar a crer sempre, não obstante tudo. Quando nos encontramos diante de uma criança, talvez possamos ter muitos problemas e dificuldades, mas o sorriso vem-nos de dentro, porque estamos perante a esperança: a criança é uma esperança! E assim devemos saber ver na vida o caminho da esperança que nos leva a encontrar Deus, o Deus que por nós se fez Menino. E far-nos-á sorrir, dando-nos tudo!
Depois, exatamente essas palavras de Isaías são citadas por João Batista na sua pregação, que convidava à conversão. Assim rezava: Uma voz que clama no deserto: preparai o caminho do Senhor
.[2] É uma voz que grita onde parece que ninguém possa ouvir – quem pode ouvir no deserto? –, que clama na confusão devida à crise de fé. Não podemos negar que o mundo de hoje está em crise de fé. Diz-se: Creio em Deus, sou cristão
; Sou daquela religião...
. Mas a tua vida está muito distante de ser cristã, muito longe de Deus! A religião, a fé, decaiu numa expressão: Creio?
Sim!
Mas, aqui, trata-se de voltar para Deus, converter o coração a Deus e percorrer esse caminho para encontrá-lo. Ele espera-nos. Esta é a pregação de João Batista: preparar. Preparar o encontro com este Menino que nos restituirá o sorriso. Quando João Batista anuncia a vinda de Jesus, é como se os israelitas ainda estivessem no exílio, porque vivem sob a dominação romana, que os torna estrangeiros na própria pátria, governados por ocupantes poderosos que decidem sobre a vida deles. Mas a verdadeira história não é feita pelos poderosos, mas por Deus, juntamente com os seus pequeninos. A verdadeira história – que permanecerá para a eternidade – é escrita por Deus com os seus pequeninos: Deus com Maria, Deus com Jesus, Deus com José, Deus com os pequeninos. Os pequeninos e simples que encontramos ao redor de Jesus recém-nascido: Zacarias e Isabel, idosos e marcados pela esterilidade; Maria, jovem virgem noiva de José; os pastores desprezados que nada contavam. São os pequeninos, que se tornaram grandes graças à sua fé, os pequeninos que sabem continuar a esperar. A esperança é a virtude dos pequeninos. Os grandes, os satisfeitos, não conhecem a esperança, não sabem o que ela é.
São eles os pequeninos com Deus, com Jesus, que transformam o deserto do exílio, da solidão desesperada e do sofrimento numa vereda direta na qual caminhar para ir ao encontro da glória do Senhor. Vamos ao ponto: deixemos que nos ensinem a esperança. Esperemos confiantes na vinda do Senhor, e qualquer seja o deserto da nossa vida – cada um sabe em que deserto caminha –, tornar-se-á um jardim de flores. A esperança não desilude!
Audiência geral
7 de dezembro de 2016
COMO SÃO BELOS SOBRE OS MONTES
OS PÉS DO MENSAGEIRO QUE ANUNCIA A PAZ
Aproximamo-nos do Natal e, mais uma vez, o profeta Isaías nos ajuda a abrir-nos à esperança, recebendo a Boa-Nova da vinda da salvação.
O capítulo 52 de Isaías começa com o convite dirigido a Jerusalém para que desperte, sacuda a poeira que a cobre, se livre das cadeias que a prendem e vista trajes de gala, porque o Senhor veio para libertar o seu povo.[3] E acrescenta: O meu povo conhecerá o meu nome, naquele dia compreenderá que sou eu quem diz: Eis-me!
[4]
A este eis-me!
pronunciado por Deus, que resume toda a sua vontade de salvação e de proximidade a nós, responde o cântico de júbilo de Jerusalém, segundo o convite do profeta. É um momento histórico muito importante. É o fim do exílio da Babilônia, é para Israel a possibilidade de voltar a encontrar Deus e, na fé, de se encontrar a si mesmo. O Senhor faz-se próximo, e o pequeno resto
, ou seja, o pequeno povo que permaneceu depois do exílio e que no exílio perseverou na fé, que atravessou a crise e continuou a crer e a esperar até no meio da escuridão, aquele pequeno resto
poderá ver as maravilhas de Deus.
Nesta altura o profeta insere um cântico de exultação:
"Como são belos sobre as montanhas
os pés do mensageiro que anuncia a paz,
do mensageiro que traz as boas-novas
e anuncia a libertação,
que diz a Sião:
'O teu Deus reina!' [...]
Prorrompei todos em brados de alegria,
ruínas de Jerusalém,
porque o Senhor se compadeceu do seu povo
e resgatou Jerusalém!
O Senhor descobriu o seu braço santo
aos olhares das nações;
e todos os confins da terra
verão o triunfo do nosso Deus".[5]
Essas palavras de Isaías, sobre as quais queremos meditar um pouco, referem-se ao milagre da paz e fazem-no de maneira muito especial, pondo o olhar não no mensageiro, mas nos seus pés que correm rápidos: Como são belos sobre as montanhas os pés do mensageiro...
.
Parece o esposo do Cântico dos Cânticos, que corre para a sua amada: Ei-lo que vem, saltando sobre os montes, pulando sobre as colinas
.[6] Assim também corre o mensageiro de paz, para anunciar a feliz notícia de libertação, de salvação, proclamando que Deus reina.
Deus não abandonou o seu povo nem se deixou derrotar pelo mal, porque ele é fiel e a sua graça é maior do que o pecado. É isso que devemos aprender, porque somos teimosos e não o aprendemos. Mas farei uma pergunta: quem é maior, Deus ou o pecado? Deus! E quem vence no final, Deus ou o pecado? Deus! É ele capaz de derrotar o maior pecado, o mais vergonhoso, o mais terrível, o pior pecado? Com que arma vence Deus o pecado? Com o amor! Isso quer dizer que Deus reina
; são essas as palavras da fé num Senhor cujo poder se inclina sobre a humanidade, abaixando-se para oferecer a misericórdia e libertar o homem daquilo que nele deturpa a bonita imagem de Deus, porque, quando vivemos no pecado, a imagem de Deus é desfigurada. E o cumprimento de tanto amor será precisamente o Reino instaurado por Jesus, aquele Reino de perdão e de paz que nós celebramos com o Natal e que se realiza definitivamente na Páscoa. E a alegria mais linda do Natal é este júbilo interior de paz: o Senhor cancelou os meus pecados, o Senhor perdoou-me, o Senhor teve misericórdia de mim, veio para me salvar. Eis a alegria do Natal!
Irmãos e irmãs, são essas as razões da nossa esperança. Quando parece que tudo terminou, quando, diante de tantas realidades negativas, a fé se torna cansativa e temos a tentação de dizer que já nada tem sentido, eis, ao contrário, a boa notícia trazida por aqueles pés velozes: Deus vem realizar algo de novo, instaurar