Ed & Pierre: a maldição da colina

Copyright© 2022: Lucy Silva e Regina Mara Conrado

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Editor: Artur Vecchi

Projeto Gráfico e Diagramação: Vitor Coelho

Ilustração de capa e capítulos: Fernando Souza

Revisão: Beth Soares e Marcus Vinicius Batista

1ª edição, 2022

Dados Internacionais de catalogação na Publicação (CIP)

(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

S 586

Silva, Lucy

Ed & Pierre: a maldição da colina / Lucy Silva, Regina Mara Conrado — Porto Alegre : Avec, 2022.

ISBN 978-85-5447-112-5

1. Literatura infantojuvenil

I.Conrado, Regina Mara. III. Titulo.

CDD 028.5

Índice para catálogo sistemático: 1.Literatura infantojuvenil 028.5

Ficha catalográfica elaborada por Ana Lucia Merege – 4667/CRB7

Caixa Postal 7501

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@aveceditora

A meu amado filho Rafael, que me motiva a seguir nessa fantástica caminhada da vida.

Lucy Silva

Por amor, Thiago e Thais, fontes inspiradoras no mundo mágico das minhas histórias.

Amo vocês!

Regina Mara Conrado

Sumário

I - O BOLETIM ESCOLAR

II - A MISSÃO

III - NUMA GRANDE ENCRENCA

IV - O NAVIO PIRATA

V - O FANTASMA DAS CORRENTES

VI - O CASTELO DA COLINA ASSOMBRADA

VII - A MALDIÇÃO DO LIVRO VERMELHO

VIII - A IDENTIDADE DE ALÍCIA

IX - A GARAGEM DO SR. JAIME

X - AS REGRAS DO JOGO

XI - CLIMA DE FESTA

XII - FELIZ NATAL!

CapítulO

I

O BOLETIM ESCOLAR

Depois de toda aquela confusão com o Livro Vermelho e a odisséia para Pierre e Guto me encontrarem, precisávamos de férias.

Estávamos nos aproximando do final do ano... Época de provas na escola. Eu e Pierre estudávamos muito. Queríamos passar de ano sem recuperação, para aproveitar bastante as férias. Final de ano, que maravilha... Festa de Natal... Ano Novo! Realmente isto significava férias escolares... E brincar, brincar muito. Ficar sem fazer nada. Dormir até tarde. Andar de skate na rua, empinar pipa no terreno perto da lagoa azul e jogar bola na quadrinha da casa de Pierre. No mais, tudo continuava quase igual: Vivi, preocupada com namorados e maquiagem, minha mãe preocupada com as flores secas que não brotavam porque ela não regava. Guto se chacoalhando bem menos que antes num canto da sala e já balbuciando muitas palavras ( embora depois de nossa aventura, eu o respeite e compreenda melhor). Lola alérgica aos produtos de limpeza.

Mas meu pai, por incrível que pareça, não foi transferido para nenhuma outra cidade. Na casa de Pierre, a mãe dele continua com ideia fixa de que ele seja escoteiro e ele continua medroso e atrapalhado e ainda assim é meu único e melhor amigo.

Nossa noite de autógrafo foi um sucesso, sabe que até os Perfs pararam de nos perturbar embora continuem babacas.

A Professora Melissa continua na escola lecionando Ciências e fazendo suas experiências malucas e nós ( Pierre e eu ) continuaremos guardando seu segredo a sete chaves.

Alícia, a menina que não era tão estranha, parece que se mudou para outra escola, talvez em outro mundo, quem sabe com outra missão, mas eu ainda penso nela todos os dias entrando no ônibus escolar com aquela mochila num ombro só, aquele troço preto no olho, aquela cara mal humorada, na verdade... sei que é brega o que vou falar, mas...sinto saudade dela, principalmente depois de ter descoberto quem realmente ela era. Pierre debocha de mim dizendo que eu sou apaixonado por ela. Imagine eu, apaixonado... que besteira, só naquela cabeça de vento do Pierre. Eu só acho Alícia interessante, exótica, bonita... ai que saudade... bem, quer dizer, ora chega dessa conversa de Alícia. Ah! Que saudade! Ela deve estar em outra escola mesmo, dando outra missão para outros meninos. Que saudade! Queria viver outra aventura daquela. Nunca mais vou esquecer! Foi incrível!

Algo que não mudou na minha vida é o hábito de escrever no diário, principalmente depois do sucesso da noite de autógrafos.

Outra coisa que não mudou foi a casa de Alícia, claro que ela deve ter um dono, mas deve ser bem relaxado porque com aquele matagal no quintal, aquele portão enferrujado, aquelas paredes desbotadas e aquelas janelas quebradas não pode ser de ninguém organizado e cauteloso. Já na época de Alícia era feia, agora então deve estar pior. Parece mesmo uma casa mal assombrada.

Janelas sempre fechadas, bem na verdade, o matagal mal dava para ver as janelas. Miss Melissa poderia dar um jeito, porque, quando Alícia estava aqui, Pierre disse que a viu algumas vezes sair da casa. A casa sempre teve um ar misterioso. Na realidade, meu pai dizia que naquele lugar não tinha casa nenhuma, era só um terreno vazio. Mas, estranho, porque eu e Pierre sempre conseguíamos ver a tal casa.

Às vezes, perguntávamos ao Sr. Moacyr, o motorista do ônibus escolar, se tinha alguém morando na casa abandonada. E ele olhava para gente rindo. Vocês acreditam que tem alguém naquele lugar? Como poderia alguém morar ali? Vocês não estão vendo que está em demolição? Com tantas perguntas do Sr. Moacyr ao invés de respostas eu e Pierre ficávamos meio confusos. Sem saber se só nós mesmos é que conseguíamos ver a casa.

Ah! Deixa para lá. Vovó dizia que adultos não conseguem ver o que crianças, ops! Adolescentes como eu e Pierre conseguiam ver. Eu só sei que desde que Alícia se mudou parecia estar vazia, afinal, quem iria alugar ou comprar uma casa daquelas parecidas com as de um filme de terror? Sendo assim, ela continuava lá, vazia, sombria, escura, solitária, fria,...

Pierre e eu temos uma frustração. Mesmo desvendando todos os mistérios de Alícia e da Professora Melissa e do Livro Vermelho, mesmo Pierre na ânsia de me encontrar tendo chegado bem perto da porta de entrada, nós nunca soubemos como era aquela casa por dentro. Engraçado, Alícia nunca conversou direito sobre esta casa.

Evidente que, corajosos e destemidos como somos, Pierre e eu não tememos nada, mas nunca nos sentimos à vontade para explorar aquele lugar abandonado.

Depois da noite de autógrafos e da festa de Halloween terminarem, Alícia propositalmente esqueceu-se de