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Educação inclusiva e coordenação pedagógica
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Educação inclusiva e coordenação pedagógica
E-book110 páginas1 hora

Educação inclusiva e coordenação pedagógica

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Sobre este e-book

Este livro analisa a potência da coordenação pedagógica na escola pública de educação básica, considerando, de modo singular, sua importância para a educação inclusiva.
A escola é apresentada como ecossistema inclusivo e o trabalho de concatenação que caracteriza a coordenação pedagógica é abordado com exemplos. Dentre os exemplos trabalhados, curadorias, repertórios são palavras-chave de um texto elaborado com base na pesquisa feita no chão da escola.
Neste escrito, dialogando com a coordenação pedagógica, o autor compartilha uma concepção de educação inclusiva que incide sobre tempos e espaços, fluxos e processos, e não sobre déficits e incompletudes. O livro expõe um modo de pensar a escola, a educação inclusiva e a tapeçaria pedagógica da escolarização com todas as crianças, criticando a naturalização de "mundos paralelos" para pessoas com deficiência.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento16 de out. de 2024
ISBN9786555554939
Educação inclusiva e coordenação pedagógica

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    Educação inclusiva e coordenação pedagógica - Marcos Cezar de Freitas

    Educação inclusiva e coordenação pedagógicaEducação inclusiva e coordenação pedagógica

    Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)

    (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

    Freitas, Marcos Cezar de

    Educação inclusiva e coordenação pedagógica [livro eletrônico] / Marcos Cezar de Freitas. – São Paulo : Cortez, 2024.

    ePub

    Bibliografia.

    ISBN 978-65-5555-493-9

    1. Coordenadores pedagógicos 2. Educação básica 3. Educação inclusiva 4. Escolas públicas I. Título.

    24-229520

    CDD-370.71

    Índices para catálogo sistemático:

    1. Coordenação pedagógica : Educação 370.71

    Eliete Marques da Silva - Bibliotecária - CRB-8/9380

    Educação inclusiva e coordenação pedagógica

    EDUCAÇÃO INCLUSIVA E COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA

    Marcos Cezar de Freitas

    Direção Editorial: Miriam Cortez

    Coordenação editorial: Danilo A. Q. Morales

    Assistente editorial: Gabriela Orlando Zeppone

    Preparação de originais: Ana Paula Luccisano

    Revisão: Agnaldo Alves

    Tuca Dantas

    Tatiana Y. Tanaka Dohe

    Projeto gráfico e diagramação: Linea Editora

    Conversão para eBook: Cumbuca Studio

    Capa: de Sign Arte Visual

    Nenhuma parte desta obra pode ser reproduzida ou duplicada sem autorização expressa do autor e do editor.

    © 2024 by Autor

    Direitos para esta edição

    CORTEZ EDITORA

    R. Monte Alegre, 1074 – Perdizes

    05014-001 – São Paulo-SP

    Tel.: +55 11 3864 0111

    editorial@cortezeditora.com.br

    www.cortezeditora.com.br

    Publicado no Brasil – 2024

    Uso a palavra para compor meus silêncios.

    Manoel de Barros

    Sumário

    Introdução

    1 Ponto de partida e estratégia

    2 O aprendizado da escuta

    3 Ecossistema inclusivo. O que é isso?

    4 Curadorias

    ❯ Alguns exemplos

    5 Canteiros de reiteração: lugares de dividir, repartir, contar, fracionar, multiplicar, dobrar, triplicar

    6 Laboratórios de interdependências

    7 Ecologias brincantes

    ❯ Constatação: concatenação desvela a fortuna inclusiva da coordenação pedagógica

    8 Repertórios

    9 Argumentação própria

    Medicalização

    Deficientização

    10 Aproximação reflexiva e o chão da escola

    Crianças e infância

    O todo, com todas as crianças

    Considerações do remador que rema contra a maré

    Referências

    Introdução

    Neste livro, abordo o tema coordenação pedagógica na escola pública de educação básica, considerando, de modo singular, sua importância para a educação inclusiva e, consequentemente, para crianças que são objeto da intervenção da educação especial. Mas não se trata de um texto sobre como coordenadores(as) pedagógicos(as) podem se dedicar à educação especial.

    Neste escrito, dialogando com a coordenação pedagógica, quero compartilhar uma concepção de educação inclusiva que incide sobre tempos e espaços, fluxos e processos, e não sobre déficits e incompletudes. Exponho um modo de pensar a escola e os trabalhos pedagógicos de escolarização com todas as crianças.

    Crianças: eis uma das palavras-chave na argumentação que segue, e o plural, aqui, quer expressar atenção à diversidade, sem desconsiderar o que têm em comum, perspectiva que, a meu ver, deve fazer parte do repertório da coordenação pedagógica.

    Por abordar crianças no plural, sem perder de vista o que têm em comum, retomo argumentos que, a meu ver, devem caracterizar a educação inclusiva, que é um modo de olhar para a escola, não para características individuais. E olhar para a escola no seu todo significa antever situações, cenários, espaços que permitam pontos de conexão entre atividades distintas. A conexão entre atividades também conecta temas e perspectivas diversas.

    Conexão entre temas e perspectivas é objeto daquilo que, neste livro, é denominado trabalho concatenador, expressão síntese do agir estratégico da coordenação pedagógica. É uma mudança de ênfase que considera a reorganização do cotidiano educacional da educação básica como movimento imprescindível para edificar a educação inclusiva com a escola.

    Faço este movimento analítico e expositivo para reforçar a importância de discutir a educação pública com a escola pública, de dentro para fora, com base na convivência contínua e prolongada com as personagens de sua trama cotidiana, característica da pesquisa acadêmica que diz respeito à identidade de pesquisador que construí para mim.

    Muitas pesquisas sob minha responsabilidade relacionadas à educação inclusiva em escolas públicas, levadas a efeito nos últimos 20 anos, contaram com o apoio decisivo de coordenadoras(es) pedagógicas(os). E qualifico esse apoio como decisivo, porque a coordenação pedagógica sempre demonstrou, no detalhe, na sutileza, que algumas questões somente são respondidas articulando, conectando, pequenos pontos numa teia de grande complexidade.

    Isso diz respeito a uma tapeçaria pedagógica que sempre permitiu que meu fio de pesquisador também pudesse emaranhar-se com os muitos fios do cotidiano.

    Refiro-me ao meu fio de pesquisador porque este trabalho resulta de uma convivência prolongada, proporcionada pelas pesquisas etnográficas que fiz e faço na escola pública, com suas personagens. A observação participante que caracteriza as etnografias¹ escolares necessárias para pesquisar de perto contou, inúmeras vezes, com o apoio das coordenações pedagógicas.

    Faço um tipo de pesquisa que exige submergir na mesma experiência em que cada criança observada está imersa. Na experiência vivida, cada um(a) emerge como personagem inseparável de sua situação, trama e enquadramentos. Em cada imersão, procuro compreender como cada criança se torna (Hall, 1997a; 1997b; 2000; 2001; 2005) aquela personagem que a escola considera passível de reconhecimento, nomeação, classificação e encaminhamento. Tento compreender como cada um(a) se faz, se configura.

    Quando a ênfase não recai sobre características individuais, mas sobre modos de fazer-se, processos de configuração e experiências de tornar-se, outra palavra-chave ganha destaque: ecossistema.

    A coordenação pedagógica é um dos fatores imprescindíveis para que a escola possa ser concebida, governada e vivida como um ecossistema inclusivo. E inclusão, tal como a concebo (Freitas, 2022; 2023), não diz respeito a indivíduos, cada qual isolado² em sua dificuldade, admitidos na assembleia dos membros operativos/operacionais de um microssistema produtivo de apropriação de conhecimento. Inclusão não é o que se faz com cada um(a), mas o que se refaz permanentemente no todo.

    O que pretendo com este livro é chamar atenção para o lugar de concatenação que o trabalho da coordenação pedagógica deve ocupar no processo de relacionar, encadear, ligar ideias, temas, fluxos, tempos, espaços e propostas, numa dinâmica de enredamento que é imprescindível para a educação inclusiva. Como se percebe com o destaque, concatenação é outra palavra-chave.³

    Este livro parte de uma premissa: a escola não deve esperar mais nada do individualismo. Aqui, aproprio-me da fortuna analítica de Haraway e concordo com

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