Intervencionismo (economia): diferenças entre revisões

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Em [[economia]], '''intervencionismo estatal''' refere-se à interferência do [[Estado]] na [[atividade econômica]] do país, visando a regulação das atividades do setor privado ou o socorro a setores em crise. Um exemplo é o acordo firmado em [[1997]] pelos governos da [[Alemanha]], [[Espanha]], [[França]] e [[Reino Unido]] para ajuda governamental às respectivas indústrias carboníferas, em crise.<ref>[http://eur-lex.europa.eu/LexUriServ/LexUriServ.do?uri=COM:2000:0380:FIN:PT:PDF Relatório da Comissão sobre a aplicação do regime comunitário das intervenções dos Estados-Membros a favor da indústria do carvão em 1998 e 1999]. Comissão das Comunidades Europeias. Bruxelas, 20 de novembro de 2000.</ref> Mais recentemente, em [[crise econômica de 2008-2009|2008-2009]], a crise da [[indústria automobilística]] dos [[Estados Unidos]] também suscitou a intervenção do governo central para socorrer as empresas.<ref>[http://www.nytimes.com/2008/12/09/business/economy/09nationalize.html?_r=2&hp Washington Takes Risks With Its Auto Bailout Plans], por David E. Sanger.</ref>
{{Wikificação|data=julho de 2021}}
{{Mais notas|data=julho de 2021}}
Em [[economia]], '''intervencionismo estatal''' refere-se à interferência do [[Estado]] na [[atividade econômica]] do país, visando a regulação do setor privado, não apenas fixando as regras do [[mercado]], mas atuando de outras formas com vistas a alcançar objetivos que vão desde o primeiro estímulo ao [[crescimento econômico|crescimento da economia]] e à redução de [[desigualdade econômica|desigualdade]]s até o crescimento do nível de [[emprego]] e dos [[salário]]s, ou à correção das chamadas [[falha de mercado|falhas de mercado]]. As intervenções típicas dos governos modernos na economia ocorrem no âmbito da definição de [[tributo]]s, da fixação do [[salário mínimo]], das [[tarifa]]s de [[serviços públicos]] e de [[subsídio]]s.
 
== Ver também ==
O conceito de intervenção na economia, porém, pode tomar dimensões maiores ao representar algo mais direto e incisivo. Os principais exemplos de intervenção incisiva de governos no campo econômico se deram em regimes [[Socialismo|socialistas]], que regulavam toda a economia nacional. Há também casos como o ocorrido na [[Argentina]], quando o governo da presidente [[Cristina Kirchner]] se pôs contra as decisões tomadas pelo [[Banco Central]] e demitiu o presidente do órgão. Com a negativa do então presidente do Banco Central em deixar o cargo, criou-se uma batalha política muito forte.<ref>{{citar web|url=http://oglobo.globo.com/economia/mat/2010/01/07/cristina-kirchner-demite-presidente-do-bc-da-argentina-por-decreto-915486201.asp |título=Cristina Kirchner demite presidente do BC da Argentina por decreto |publicado=O Globo Online}}</ref>
 
O termo '''intervenção''' (do [[latim|latim imperial]] ''interventìo, ónis'', ''interventum'', ''interveníre'': "estar entre, entremeter-se, meter-se de permeio") geralmente tem um sentido negativo de intromissão. De fato, o Estado moderno sempre interveio em todos os âmbitos da vida pública e privada, dado que toda atividade reguladora mediante [[norma jurídica|normas jurídicas]] que ordenam a vida social já é uma intervenção. Entretanto, o termo "intervencionismo" é usado com referência aos casos em que a intervenção do Estado é considerada excessiva ou inaceitável.
 
Segundo os [[liberalismo econômico|liberais]], o intervencionismo se caracteriza pelas ações do Estado que condicionam a atividade econômica do país mediante a regulação do [[mercado]], com a fixação de preços e salários, controle do [[política cambial|mercado de câmbio]] ou [[estatização]] de determinados setores (financeiro, [[indústria pesada]]), dando ao Estado uma ampla capacidade como produtor de bens e serviços. A avaliação do intervencionismo econômico varia segundo as diversas correntes de pensamento. Assim, enquanto alguns consideram que o papel do Estado nas economias capitalistas deve ser o menor possível porque o setor público tenderia a favorecer as [[indústria]]s e [[serviços]] que controla, artificializando as condições do mercado, outros consideram que, em determinadas circunstâncias, é precisamente o Estado que deve intervir ou atuar diretamente em certas atividades econômicas que, em mãos de particulares, condicionariam de forma exagerada a economia de um país e deixariam desamparados os direitos da maioria. Em geral, o intervencionismo é uma característica de governos de inspiração [[social-democrata]] e [[progressismo|progressistas]], segundo os quais algumas tendências do mercado são negativas e devem ser mitigadas ou controladas. Todavia políticas intervencionistas também podem ser adotadas por governos [[conservador]]es, quando práticas do [[livre mercado]] ameaçam as tradições nacionais, a [[ordem pública|ordem]] social ou a própria [[autoridade]] do Estado. A disposição para a intervenção estatal na economia também pode surgir repentinamente, em um momento de [[crise econômica]], especialmente quando grandes empresas, ameaçadas de [[falência]], colocam em risco a economia do país como um todo (''too big to fail''). Um exemplo é o acordo firmado em [[1997]] pelos governos da Alemanha, Espanha, França e Reino Unido para ajuda governamental às respectivas indústrias carboníferas, em crise.<ref>[http://eur-lex.europa.eu/LexUriServ/LexUriServ.do?uri=COM:2000:0380:FIN:PT:PDF Relatório da Comissão sobre a aplicação do regime comunitário das intervenções dos Estados-Membros a favor da indústria do carvão em 1998 e 1999]. Comissão das Comunidades Europeias. Bruxelas, 20 de novembro de 2000.</ref> Mais recentemente, em [[crise econômica de 2008-2009|2008-2009]], a crise da [[indústria automobilística]] dos Estados Unidos também suscitou a intervenção do governo central para socorrer as empresas em dificuldades.<ref>[http://www.nytimes.com/2008/12/09/business/economy/09nationalize.html?_r=2&hp Washington Takes Risks With Its Auto Bailout Plans], por David E. Sanger.</ref> No caso das [[economia planificada|economias centralmente planejadas]], não se pode falar em intervencionismo estatal, mas em controle total ou de grande parte da economia de um país, pelo Estado.
 
== Ver também ==
* [[Desenvolvimentismo]]
* [[Doutrina Monroe]]
* [[Intervenção]]
* [[Laissez faire]]
* [[Moeda privada]]
* [[Não intervencionismo]]
* [[Protecionismo]]
* [[Regulação econômica]]
* [[Sistema bancário livre]]
 
{{Referências}}