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'''Mundão''' é uma [[freguesia]]povoação [[Portugal|portuguesa]] sede da '''Freguesia de Mundão''' do [[Município#Portugal|municípioMunicípio]] de [[Viseu]], [[freguesia]] com 15,79&nbsp;km² de área<ref>{{citar web|url= http://www.dgterritorio.pt/ficheiros/cadastro/caop/caop_download/caop_2013_0/areasfregmundistcaop2013_2 |título= Carta Administrativa Oficial de Portugal CAOP 2013'' |publicado= IGP Instituto Geográfico Português|acessodata= 10 de dezembro de 2013|notas= descarrega ficheiro zip/Excel|arquivourl= https://web.archive.org/web/20131209063645/http://wwwdgterritoriopt/static/repository/2013-11/2013-11-07143457_b511271f-54fe-4d21-9657-24580e9b7023$$DB4AC44F-9104-4FB9-B0B8-BD39C56FD1F3$$43EEE1F5-5E5A-4946-B458-BADF684B3C55$$file$$pt$$1zip|arquivodata= 2013-12-09|urlmorta= yes}}</ref> e 2410 habitantes ([[XVI Recenseamento Geral da População de Portugal|censo de 2021]])<ref name="censos2021">{{citar web|url=https://tabulador.ine.pt/indicador/?id=0011609 |título=Censos 2021 - resultados definitivos|autor=Instituto Nacional de Estatística|data=23 de novembro de 2022 |publicado=|acessodata=|arquivourl=|arquivodata=|urlmorta=}}</ref>., Atendo, suapor isso, uma [[densidade populacional]] éde {{Densidade populacional|2410|15.79|noprefix=x}}.
 
==História==
O nome provém, como a maioria das localidades portuguesas do latim. Pensa-se que poderá vir de «''montanus»'', que significa habitante da montanha/monte, por se localizar num local alto e com uma boa visibilidade sobre a cidade de [[Viseu]]. Evoluiu, no século XVII para «''Mondam ou Mondao''», como se pode ainda ler no cruzeiro que precede a chegada à Igreja matriz, no centro da localidade. Neste cruzeiro, localizado no largo de Góis, pode ler-se: «''Este cruzeiro mandarao fazer 14 devotos do lugar de Mondao a sua custa pelas almas Padre N AUE M. 1746''».
 
Esta evolução permite pensar que a origem da palavra também possa provir de «mondador» ou «mondadeira», deixando antever que se tratava de uma terra fértil e de cultivo, talvez parte de um feudo, na idade média, propriedade de algum Senhor Feudal ou Nobre (a arte de mondar consiste em retirar as ervas daninhas, de modo a permitir que a «boa semente» cresça e se desenvolva, de modo a produzir fruto) ou ainda estar ligado às caraterísticas geológicas do território, pela abundância de «mondina», substância pétrea normalmente associada às minas de estanho. Não havendo consenso sobre a real origem da palavra, também não há dados sobre a sua história mais antiga. Em vários livros da história da região, há referências aos «Cavaleiros de Mundão», o que deixa antever a possibilidade de ter sido um local frequentado por nobres.<ref name=":0">{{citar livro|título=A Freguesia de Mundão - Concelho de Viseu|ultimo=LEÃO|primeiro=Carlos|editora=Edição de Autor|ano=2000|local=Viseu|página=13}}</ref><ref>{{citar livro|título=MUNDÃO, a história, a lenda, as tradições, as crendices|ultimo=CUNHA PEREIRA|primeiro=Arnaldo|editora=EDEN GRÁFICO|ano=1995|local=Viseu|página=11|isbn=92004/95}}</ref>
 
Mundão encontra-se documentado desde o ano de 1258, aquando das Inquirições de [[Afonso III de Portugal|D. Afonso III]] – «''Martinus Pelagii quondem judex de Viseo juratos et interrogatus dixit, quod in Mondon habet rex unam cabalariam et habetunam facariam de julgata…''». Sem se saber ao certo qual a significação a atribuir a este topónimo, a voz do povo prevaleceu conservando-se a forma por eles utilizada – Mundão.<ref name=":1">{{Citar web|url=http://freguesiademundao.pt/pt/index.php/en/a-freguesia/historialmundao|titulo=Historial|acessodata=2024-01-11|website=freguesiademundao.pt}}</ref>
 
Na idade média foi atribuída [[Foral|Carta de Foral]] a Nespereira de Mundão, uma das atuais povoações da freguesia, mas à altura povoação independente de Mundão. O título de [[concelho]] foi-lhe atribuído durante o reinado de [[Manuel I de Portugal|D. Manuel I]], em 1514 porém, os documentos posteriores não referem a sua existência como unidade municipal autónoma. No século XVIII, em algumas cartas régias, é apenas considerado [[reguengo]]. Provavelmente foi extinto no século XVII tendo, no entanto, permanecido como terra reguenga.<ref>{{Citar web|url=https://digitarq.advis.arquivos.pt/details?id=1046063|titulo=Câmara Municipal de Nespereira - Arquivo Distrital de Viseu - DigitArq|acessodata=2024-01-11|website=digitarq.advis.arquivos.pt}}</ref>
 
A criação efetiva da freguesia deu-se no ano de 1510 e tornou-se paróquia, já titular de Nossa Senhora da Conceição, dois anos mais tarde, em 1512.<ref name=":1" /> Com o decreto de 6 de novembro de 1836, que definiu a circunscrição do Concelho de Viseu, Mundão passou a freguesia administrativamente autónoma.<ref name=":0" />
 
Mundão tem também alguns monumentos dignos de referência: a existência de vestígios de uma anta, situada perto do atual estádio de futebol, deixando perceber que já na pré-história terá sido habitado pelos seres humanos e ainda vestígios da existência, no tempo dos romanos, de uma estrada, que ligaria ''Visonius'' (Viseu) à cidade de [[Roma]] (para onde confluíam e de onde partiam todas as vias, como é do conhecimento geral, nessa altura).
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{{Historical populations
|title = População da freguesiaFreguesia de Mundão<ref>Instituto Nacional de Estatística (Recenseamentos Gerais da População) - https://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_publicacoes</ref>
| 1864 | 641
| 1878 | 765
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== Povoações ==
Além da sede a Freguesia de Mundão engloba as seguintes povoações:
* '''Mundão'''
* [[Britamontes]]
* Catavejo
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|}
 
{{referências}}
 
== Bibliografia ==
* Pereira, Arnaldo da Cunha - «''Mundão''», Viseu
 
{{referências}}
== Ligações externas ==
{{Commonscat}}