Éliphas Lévi,[1] (8 de fevereiro de 1810 - 31 de Maio de 1875), pseudónimo de Alphonse Louis Constant, foi um escritor, ocultista e mago cerimonialista francês.[2] Considerado um dos ocultistas mais influentes do século XIX.[3]

Éliphas Lévi
Éliphas Lévi
Fotografia de Éliphas Lévi
Nascimento 8 de fevereiro de 1810
Paris
Morte 31 de maio de 1875 (65 anos)
Nacionalidade francês
Ocupação Escritor e ocultista

O pseudónimo "Éliphas Lévi Zahed,"[4] sob o qual ele assinava seus livros e escritos ocultistas, é uma tradução literal de seu nome de batismo para o hebraico, e resultou de pretender ter, neles, um nome de origem nessa língua para ser mais facilmente associado a outros cabalistas famosos.

Biografia

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Bafomé desenhado por Eliphas Levi e publicado em seu Dogma e Ritual de Alta Magia.

Considerado por muitos o maior ocultista do século XIX, Éliphas Lévi nasceu sob o nome de batismo Alphonse Louis Constant, filho de um sapateiro e irmão mais novo de Paulina-Louise. Desde a infância demonstrava talento para o desenho; mas seus pais preferiram encaminhá-lo à vida religiosa.

Depois disso, aos dez anos de idade ingressou na comunidade do presbitério da Igreja de Saint-Louis na Ilha (em francês, Igreja Saint-Louis-en-l'Île), onde aprendeu o catecismo com o primeiro mestre, o abade Hubault, que também selecionava os garotos mais inteligentes. Este o encaminhou ao seminário de Saint-Nicolas Du Chardonnet, para concluir os estudos preparatórios e, segundo Lévi contara mais tarde, acabando-lhe com a vida familiar.

No seminário, teve a oportunidade de aprofundar-se nos estudos da filologia, ao completar dezoito anos, já conseguia ler a Bíblia nos idiomas originais.

No ano de 1830, foi transferido para o seminário de Issy para estudar filosofia. Dois anos depois, ingressou em Saint-Sulpice para estudar teologia em Issy, quando escreveu seu primeiro drama bíblico, Nemrod. No seminário de Saint-Sulpice, escreveu os primeiros poemas religiosos, dotados de grande beleza.

Éliphas Lévi foi ordenado diácono em 19 de dezembro de 1835. No ano seguinte teria sido ordenado sacerdote, se não tivesse confessado aos superiores que amava uma moça de nome Adelle Allenbach, com quem havia realizado a primeira comunhão. Ao declarar suas convicções, seus superiores receberam um choque tão grande que Lévi sentiu-se expulso da carreira eclesiástica. Além disso, a mãe de Lévi, ao saber que o filho não só não iria mais se tornar padre como também havia caído em desgraça ante os olhares do clero, deu cabo da própria vida.

Profundamente consternado com os recentes eventos de sua vida, Lévi buscou consolo para a alma em outras paragens espirituais. Dentre alguns desses escritos estavam os de Madame Guyon, que além de convencê-lo a não crer mais no Inferno, o inspiraram a escrever e publicar um livro: a Bíblia da Liberdade.

Por resultado dessa publicação, foi preso durante oito meses e multado em 300 francos, acusado de "profanar a santidade da religião, de atentar contras as bases que sustentam a sociedade, de espalhar ódio e a subversão."

Depois de tanto constrangimento durante o tempo entre cadeias, Lévi entrou em contato com os estudos de Emanuel Swedenborg. Segundo ele, tais escritos não contêm toda a verdade, mas conduzem os neófitos (recém-convertidos) com segurança em uma suposta senda esotérica (aspiração à iluminação ou união com o Divino).

Título[5] Ano
A Bíblia da Liberdade (La Bible de la liberte) 1841
Doutrinas religiosas e sociais (Doctrines religieuses et sociales)
A Suposição da Mulher (L'assomption de la femme)
A Mãe de Deus (La mère de Dieu) 1844
O Livro das Lágrimas ou Cristo Consolador (Le Livre des Larmes ou le Christ Consolateur) 1845
Dogma e Ritual da Alta Magia (Dogme et Rituel de la Haute Magie) 1854
História da Magia (Histoire de la Magie) 1859
A Chave dos Grandes Mistérios (La Clef des Grands Mystères)
Os Mistérios da Cabala (Les Mystères de la Kabbale) 1861
Curso de Filosofia Oculta (Cours de Philosophie Occulte)
Fábulas e Símbolos (Fables et Symboles) 1865
A Ciência dos Espíritos (La Science des Esprits)
O Grande Arcano (Le Grand Arcane) 1868
As Origens da Cabala (Les Origines de la Kabbale) 1869/70
O Livro dos Sábios (Le Livre des Sages)
Os Paradoxos da Sabedoria Oculta [Alta Ciência] (Les Paradoxes de la Sagesse Occulte [Haute Science]) 1873
As Chaves Maiores e as Clavículas de Salomão 1895 [6]

Referências

  1. O pseudônimo do autor grafava-se com acentos, como se pode ver no artigo francófono, e nas seguintes fontes:
    Éliphas Lévi (1860). «Histoire de la Magie». Projeto Gutenberg. Consultado em 9 de fevereiro de 2016 ,
    Daath Gnosis (2015). The Kabalistic and Occult Tarot of Éliphas Lévi. [S.l.]: Lulu. 324 páginas. ISBN 9781300783114 
    Éliphas Lévi (institucional) (s/d). «História da Magia (edição brasileira)». Editora Pensamento. Consultado em 9 de fevereiro de 2016. Arquivado do original em 22 de julho de 2017 
  2. Christopher McIntosh, Eliphas Lévi and the French Occult Revival, 1972.
  3. «Os 10 ocultistas mais influentes da história moderna». Super. Consultado em 19 de maio de 2021 
  4. https://www.grupopensamento.com.br/conteudos/autor/slug=levi-eliphas-6979  Em falta ou vazio |título= (ajuda)
  5. «inauthor:"Eliphas Levi" - Pesquisa Google». www.google.com. Consultado em 19 de maio de 2021 
  6. «As Chaves Maiores e as Clavículas de Salomão». www.lojaeditoraviasestra.com.br. Consultado em 19 de março de 2021 

Ligações externas

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