Nota: Se procura por outras acepções, veja Argola.
Argolas
O neerlandês Yuri van Gelder, apelidado rei das argolas
Olímpico desde: 1896
Desporto: Ginástica artística
Praticado por: Homens
Campeão Olímpico
Rio 2016
Eleftherios Petrounias
 Grécia
Campeão do Mundo
Doha 2018
Eleftherios Petrounias
 Grécia


As argolas são um aparelho utilizado na ginástica artística. Seu uso em competições é exclusivamente para homens. O ginasta deve realizar uma série calcada em força e equilíbrio, realizada pelos membros superiores do corpo.

Esta prova está presente na disputa por equipes, concurso geral e final individual por aparelhos.

História

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No início dos moldes da modalidade, Jahn e Muths incluíram os aparelhos masculinos quase como se conhece hoje, com exceção das argolas.[1] Embora a existência do aparelho date de dois mil anos, só em 1802, Adolf Spiess, introduziu o que chamou de ringeschwebel, constituído de material metálico.

Ao longo dos anos, o material evoluiu, sendo posteriormente, coberto com couro, borracha e finalmente, composto de madeira laminada recoberta por material aderente. Uma das maiores inovações veio através da contribuição do soviético Albert Azaryan, que, na década de 1950, executava a melhor rotina do aparelho, vencendo duas Olimpíadas e criador de um dos movimentos mais executados ainda hoje: a Cruz. Sua estática na execução era considerada perfeita.

As argolas estão presentes nos Jogos Olímpicos desde a primeira edição, em Atenas, 1896, tendo como primeiro campeão o grego Ioannis Mitropoulos.

Aparelho

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O aparelho é constituído por uma estrutura de onde se suspendem duas argolas, a 2,75 m do solo. A distância entre as argolas é de 50 cm e o seu diâmetro interno é 18 cm. As argolas possuem ainda 28 mm de espessura.

Características da competição

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A prova consiste em uma série de exercícios de força, equilíbrio e balanço durante as acrobacias. O júri valoriza o controle do aparelho e a dificuldade dos elementos da coreografia, tais como:

  • Movimentos de baixo para cima;
  • Movimentos estáticos;
  • Acrobacias (altas e completas);
  • Saltos no desmonte;
  • Entrada estática no aparelho (com a ajuda do técnico, o ginasta inicia sua rotina com os braços esticados e o corpo totalmente ereto, como completando o comprimento das argolas).

O ginasta será descontado caso:

  • Desligue-se do aparelho;
  • Balance a fita que prende as argolas à haste de sustentação;
  • Use força invés de impulso nas acrobacias;
  • Não defina um movimento estático (ou seja, não mantenha o tempo mínimo de dois segundos);
  • Não mantenha a postura angular dos ombros durante sua apresentação.

Movimentos

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A gama de movimentos estáticos nas argolas é tão variada quanto nos demais aparelhos masculinos e femininos. Para as saídas, usam-se os saltos costumeiramente vistos em provas de salto, como o Tsukahara, duplos mortais e o Ray. Durante suas apresentações, os ginastas utilizam de movimentos acrobáticos e estáticos – validados pelo Código de Pontos de A à Super-E (F) -, entre eles:

  • Chechi – Saído de uma posição estática horizontal, o ginasta estica-se para- baixo, toma impulso e torna à uma posição estática, apoiando o corpo sobre os braços formando um ângulo de 90 graus entre o tronco e as pernas. A partir desta posição, ele realiza um mortal.
  • Homna – Consiste em um mortal e meio, levando ao movimento estático
  • Cruz (Albert Azaryan) – Partindo da posição inicial ereta (braços esticados e corpo estendido), o ginasta forma uma cruz em ângulo de 90 graus entre os ombros e o tronco. Esta posição deve ser firmada por três segundos para ser validada.
  • Cruz invertida – Partindo do mesmo ponto que a Cruz, o ginasta fica de ponta-cabeça.
  • Nakayama – Partindo da maltesa (posição horizontal estática), o ginasta desce para a Cruz.
  • Jotchev – Partindo da Cruz invertida, o ginasta estabiliza posição na maltesa.
  • Balabanov – Movimento de desmonte. O ginasta toma impulso com os giros gigantes, chamados russas gigantes. De costas e em posição carpada, ele junta as mãos às pernas e em um duplo mortal frontal, aterriza.

Ginastas de destaque

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Ver também

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Referências

  1. «rings» (em inglês). Britannica.com. Consultado em 5 de fevereiro de 2009 

Ligações externas

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