August Strindberg
Johan August Strindberg (Estocolmo, 22 de janeiro de 1849 — Estocolmo, 14 de maio de 1912) foi um dramaturgo, romancista, ensaísta e contista sueco.[1][2][3][4]
August Strindberg | |
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Nascimento | 22 de janeiro de 1849 Estocolmo |
Morte | 14 de maio de 1912 (63 anos) Estocolmo |
Residência | Sundhetskollegiets hus, Estocolmo, Uppsala, Berlim, Estocolmo, Estocolmo, Taarbæk parish |
Sepultamento | Norra begravningsplatsen |
Nacionalidade | Sueco |
Cidadania | Suécia |
Progenitores |
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Cônjuge | Siri von Essen, Frida Uhl, Harriet Bosse |
Filho(a)(s) | Karin Smirnoff, Anne-Marie Hagelin, Kerstin Strindberg, Greta Strindberg |
Irmão(ã)(s) | Nora Strindberg, Elisabeth Strindberg, Carl Axel Strindberg |
Alma mater | |
Ocupação | escritor |
Principais trabalhos | O Salão Vermelho (1879) Senhorita Júlia (1888) A Sonata dos Espectros' (1907) A Dança da Morte (1900) Inferno (1897) |
Movimento literário | expressionismo/modernismo |
Obras destacadas | O Salão Vermelho, Fadren, Fröken Julie, Inferno, To Damascus, A Dream Play, Kristina, Gente de Hemsö |
Movimento estético | literatura do naturalismo, simbolismo |
Religião | ateísmo |
Causa da morte | cancro do estômago |
Assinatura | |
É autor, entre outras obras, das peças dramáticas "Menina Júlia" (Fröken Julie) e "O sonho" (Ett drömspel), dos romances "O Salão Vermelho" (Röda rummet) e "Gente de Hemsö" (Hemsöborna), e das novelas "Casados" (Giftas).[5][6]
Figura ao lado de Henrik Ibsen, Søren Kierkegaard e Hans Christian Andersen entre os maiores escritores escandinavos de todos os tempos. É um dos pais do teatro moderno. Seus trabalhos são classificados como pertencentes aos movimentos literários naturalista e expressionista.[2]
Strindberg é considerado um renovador da literatura e da língua sueca. No romance O Salão Vermelho, ele ultrapassa o estilo declamatório da época, introduzindo a linguagem falada real. O mesmo romance é considerado igualmente o marco temporal do início do Sueco Contemporâneo (Nusvenska).[7]
Biografia
editarFrequentou a Universidade de Uppsala, tendo-a abandonado para trabalhar como jornalista e actor, até que ingressou na Biblioteca Real (1874) o que lhe permitiu assegurar o seu futuro económico. As suas primeiras peças teatrais denotam influências de Ibsen e Kierkegaard, e aí transparece uma personalidade amarga e torturada: O Livre Pensador (1869), Hermion (1869), Mestre Olof (1872), A Viagem de Pedro Afortunado (1882) e A Mulher do Cavaleiro Bent (1882). O fracasso do seu primeiro matrimónio com Siri von Essen (1877-1891) deu à sua obra um tom misógino, que está patente em especial nos contos de Esposos (1884) e nos dramas de carácter naturalista Camaradas (1897), O Pai (1887) e Menina Júlia (1888), a sua obra mais importante.[8][9]
Obra selecionada
editar- 1869 - O Pensador Livre (Fritänkaren)
- 1870 - Hermione
- 1871 - O Fora-da-Lei (Den fredlöse)
- 1872 - 'Mestre Olof (Mäster Olof)
- 1875 - Anno Quarenta e Oito (Anno fyrtio åtta)
- 1880 - Aliança Secreta (Gillets hemlighet)
- 1882 - Sorte No Caminho das Pêras (Lycko-Per resa)
- 1882 - A Esposa do Senhor Bengt (Herr Bengts hustru)
- 1886-87 - Camaradagem (Kamraterna)
- 1887 - O Pai (Fadren)
- 1888 - Senhorita Júlia / Menina Júlia (Fröken Julie)
- 1888 - Credor (Fordringsägare)
- 1889 - O Mais Forte (Den starkare)
- 1889 - Pária
- 1889 - Samum
- 1892 - São Pedro e As Chaves do Céu Vêm à Terra (Himmelrikets nycklar eller Sankte Per vandrar på Jorden)
- 1892 - Antes de Morrer (Inför dödenni)
- 1892 - Primeiro Alerta (Första varningen)
- 1892 - Débito e Crédito (Debet och kredit)
- 1892 - Amor de Mãe (Moderskärlek)
- 1892 - Brincando Com Fogo (Leka med elden)
- 1892 - A Banda (Bandet)
- 1898 - A Caminho de Damasco (Till Damaskus I-II)
- 1898 - Advento (Advent)
- 1899 - Crime e Crime (Brot och Brot)
- 1899 - "Folkungasagan"
- 1899 - Gustavo Vasa (Gustav Vasa)
- 1899 - Érico XIV (Erik XIV)
- 1899 - Gustavo-Adolfo (Gustaf Adolf)
- 1900 - Pleno Verão (Midsommar)
- 1900 - Terça-Feira Gorda de Kaspers (Kaspers fet-tisdag)
- 1900 - A Dança da Morte (Dödsdansen I-II)
- 1901 - Coroa da Noiva (Kronbruden)
- 1901 - Cisne Branco (Svanevit)
- 1901 - Engelbrekt '
- 1901 - Cristina (Kristina)
- 1901 - O Sonho (Ett drömspel)
- 1901 - Carlos XII (Carl XII)
- 1902 - Gustavo III (Gustaf III)
- 1903 - Rouxinol de Wittenberg (Näktergalen i Wittenberg)
- 1903 - Pelo Deserto Para Arvilândia (Genom öknar till Arvland)
- 1903 - O Cordeiro e A Besta (Lamment och vilddjuret)
- 1907 - Tempestade (Oväder)
- 1907 - O Enredo do Conhaque (Brandy tomten)
- 1907 - A Sonata dos Espectros (Spöksonaten)
- 1907 - O Pelicano (Pelikanen)
- 1908 - O Último Cavaleiro (Sista riddaren)
- 1908 - Os Chinelos de Abu Casem (Abu Casems tofflor)
- 1908 - Antes do Fio Dental (Riksförestandaren)
- 1908 - "Bjälbo-Jarlen"
- 1908 - Luva Negra (Svarta handsken)
- 1909 - Uma Grande Via (Stora landsvägen)
- 1879 - O Salão Vermelho (Röda rummet)[10]
- 1884 - Casados (Giftas)
- 1887 - Gente de Hemsö (Hemsöborna)
- 1897 - Inferno (Inferno) (que apresenta no prefácio a peça 'Coram Populo! De creatione et Setentia Vera Mundi')
- 1903 - Sozinho (Ensam)
- 1903 - Meia folha de papel (Ett halvt ark papper)[11]
Textos teatrais em domínio público
editar- inglês
Obras em português
editar- Meia folha de papel[11]
- A dança da morte. São Paulo: Veredas, 1999[12]
- Gente de Hemsö. São Paulo : Hedra, 2010[13]
- O Salão Vermelho (Röda rummet). Silveira: E-primatur, 2015[14][10]
- Senhorita Júlia / Menina Júlia (Fröken Julie)[15]
Ver também
editarReferências
- ↑ Ernby, Birgitta; Martin Gellerstam, Sven-Göran Malmgren, Per Axelsson, Thomas Fehrm (2001). «August Strindberg». Norstedts första svenska ordbok (em sueco). Estocolmo: Norstedts ordbok. p. 630. 793 páginas. ISBN 91-7227-186-8
- ↑ a b Linnell, Björn (1999). «Naturalismen». Litteraturhandboken (em sueco). Estocolmo: Forum. p. 306. 848 páginas. ISBN 91-37-11226-0
- ↑ Lotta Lotass. «August Strindberg (1849-1912)» (em sueco). Litteraturbanken. Consultado em 2 de março de 2016
- ↑ CAM Rabelo e RC de Camargo. «Três dramas históricos inéditos de August Strindberg» (PDF). Escola de Música e Artes Cênicas. Consultado em 11 de fevereiro de 2019
- ↑ Magnusson, Thomas; et al. (2004). «August Strindberg». Vad varje svensk bör veta (em sueco). Estocolmo: Albert Bonniers Förlag e Publisher Produktion AB. p. 359. 654 páginas. ISBN 91-0-010680-1
- ↑ Linnell, Björn (1999). «August Strindberg». Litteraturhandboken (em sueco). Estocolmo: Forum. p. 745. 848 páginas. ISBN 91-37-11226-0
- ↑ «August Strindberg» (em sueco). Klassiker. Consultado em 3 de março de 2016
- ↑ Carolina Söderholm. «August Strindberg – rebell och nationalhjälte» (em sueco). Populär historia, 2006. Consultado em 4 de março de 2016
- ↑ Erik Hedén. «Strindberg. En ledtråd vid studiet av hans verk» (em sueco). Projekt Runeberg. Consultado em 4 de março de 2016
- ↑ a b fnac.pt O Salão Vermelho
- ↑ a b «Meia folha de papel». Ensaios e Notas. 11 de outubro de 2012. Consultado em 14 de maio de 2021
- ↑ «Livro: A Dança da Morte - August Strindberg». Estante Virtual. Consultado em 14 de maio de 2021
- ↑ «Gente de Hemso - Saraiva». www.saraiva.com.br. Consultado em 14 de maio de 2021
- ↑ e-primatur.com O Salão Vermelho
- ↑ «SENHORITA JULIA E OUTRAS PECAS - LIVRO DE BOLSO - Saraiva». www.saraiva.com.br. Consultado em 14 de maio de 2021
Bibliografia
editar- Lagercrantz, Olof. August Strindberg. 1979. Estocolmo: Wahlström & Widstrand. ISBN 91-46-13477-8.
- CAM Rabelo e RC de Camargo. «Três dramas históricos inéditos de August Strindberg» (PDF). Escola de Música e Artes Cênicas. Consultado em 11 de fevereiro de 2019
Ligações externas
editar- Strindberg Museu Estocolmo
- Projeto Gutenberg - Obras de August Strindberg
- (em inglês) Strindberg Museu
- (em alemão) Strindberg em Áustria
- Strindberg & Helium, paródia multimídia de Inferno de Strindberg.