Catecismo

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Catecismo (do latim tardio catechismus, por sua vez originado do termo grego κατηχισμός, derivado do verbo κατηχέω, que significa "instruir a viva voz") ou catequese (do latim tardio catechesis, por sua vez do grego κατήχησις, também derivado do verbo κατηχέω, que significa "instruir a viva voz") é a instrução religiosa,[1] ou seja, o ensino da religião cristã, dos seus dogmas, princípios e código moral. É normalmente feita por um ministro autorizado pela Igreja, que também pode ser leigo, denominado catequista, como preparação de crianças para a confissão ou primeira comunhão.

Codex Manesse, fol. 292v, "O mestre de Eßlingen" (Der Schulmeister von Eßlingen)

A catequese é parte do rito de iniciação cristã, em que a pessoa iniciada ouve o anúncio do Evangelho e o ensino da Doutrina Católica. A catequese é, portanto, uma etapa mais doutrinal e aprofundada desse rito.

A palavra "catecismo" significa informar, instruir e ensinar, à viva voz, para distinguir do ensino realizado através da escrita, ou seja, através dos livros. Enquanto o ensino dos livros é feito individualmente e silenciosamente, a catequese (ou catecismo) é feita com a presença de um instrutor, ensinando a viva voz. Variações da palavra "catequese" aparecem, na Bíblia, na Carta aos Gálatas 6:6, a palavra "catequizando" significa "aquele que está sendo instruído na palavra de Deus". Assim, no evangelho de Lucas 1:1-4, se diz que Teófilo "foi catequizado".

No Catolicismo, Catecismo, mais conhecido como Catecismo da Igreja Católica (CIC), também se refere aos livros que expõem a Fé e a Doutrina da Igreja, ou seja, onde se encontram os elementos fundamentais e essenciais da Fé Católica. A edição mais recente foi publicada em 1992.

Diferença entre Catecismo e Catequese

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Existe uma diferença entre o Catecismo (que é o texto), como o Catecismo da Igreja Católica, e a Catequese, que é o processo de evangelizar e aprofundar a fé. Catequese também pode ser o período mais aprofundado do rito de iniciação cristã.[2][3]

Catequese narrativa

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As parábolas são uma forma de ensino tipicamente judaica, muito utilizada por Jesus, induzindo o melhor entendimento do ouvinte e a identificação dele com o conceito transmitido. Por essa razão, a catequese, muitas vezes, gira em torno de parábolas. A narrativa permite que o ouvinte partilhe com o narrador uma série de tradições culturais e morais que facilitam a compreensão da mensagem cristã.

Para além da narrativa oral, outras formas narrativas foram sendo utilizadas desde o Cristianismo primitivo, de forma a que a Mensagem de Cristo fosse compreensível por todos. É o caso das imagens, das músicas e outras manifestações artísticas, cujo objetivo é a ilustração do Cristianismo e transmissão da Palavra Divina.

Como exemplo destas formas narrativas de Catequese, se encontram os vários afrescos ou painéis de azulejos, que adornam inúmeras igrejas Católicas, com cenas que ilustram o nascimento ou a Paixão de Jesus Cristo, por exemplo; o Canto gregoriano; a representação do Presépio, idealizada por São Francisco de Assis e imensamente difundida atualmente; as representações teatrais de cenas da Bíblia e muitas outras e variadas expressões artísticas.

Este tipo de ensino a catequese narrativa foi extremamente útil à evangelização de povos indígenas por missionários cristãos (principalmente jesuítas e franciscanos), como uma tentativa bem sucedida de suplantar dificuldades semânticas e incutir, nas populações, os valores morais e espirituais cristãos.

Uma catequese através de oficinas de arte: (música, dança, teatro, artes plásticas, poesia), um trabalho realizado com o apoio de leigos e jesuítas, fundamentada na conotação de histórias bíblicas, também é um exemplo.

São José de Anchieta, no passado, trabalhava muito na arte como um modo de iniciar os indígenas na experiência de fé cristã. Este termo não é novo, tem sua inspiração na catequese mistagógica dos Padres da Igreja (Santo Ambrósio de Milão, São Cirilo de Jerusalém e Tertuliano de Cartago).

A arte paleocristã é uma manifestação catequética presente no início das primeiras comunidades que faz uso da catequese narrativa, ou seja, uma catequese mistagógica através dos mosaicos, dos afrescos e das esculturas, presentes, principalmente, nas catacumbas cristãs, onde os traços são simples e trabalham basicamente com a simbologia bíblica do Antigo e Novo Testamento.

Do ponto de vista da Igreja, a catequese é muito importante para converter e fortalecer a fé dos fiéis, despertar nas crianças e nos jovens o desejo de seguir Jesus, para que acreditem na sabedoria de seus ensinamentos.

O novo ministério do catequista

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Pelo Motu Próprio Antiquum Ministerium,[4] o Papa Francisco, em 10 de maio de 2021, instituiu o ministério do catequista, que ainda precisa ser regulamentado pelo Vaticano para todas as dioceses católicas do mundo.

Lista de catecismos que se dão por exemplo

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Católicos

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Protestantes

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Evangélicos

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As igrejas evangélicas - que, no contexto popular brasileiro, são representadas pelas igrejas pentecostais e neopentecostais, que são maioria - não usam catecismos, pois julgam ser coisas da tradição Católica-Ortodoxa. As igrejas protestantes tradicionais, como a Igreja Presbiteriana, fazem uso dos seus catecismos históricos. Algo semelhante seria o "discipulado".

Ver também

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Referências

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Ligações externas

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