A economia do Mali confina a sua atividade basicamente à área irrigada pelo rio Níger e o país em si está entre os mais pobres países do mundo, com 65% da sua área coberta por deserto ou semideserto. Cerca de 10% da população é nômade e cerca de 80% da mão de obra dedica-se à agricultura e à pesca. A atividade industrial está concentrada no processamento de produtos agropecuários. O Mali é muito dependente da ajuda externa e a sua economia é vulnerável às flutuações dos preços do algodão nos mercados mundiais, a sua exportação principal. Em 1997, o governo prosseguiu a implementação bem sucedida de um programa de ajustamentos estruturais da economia, recomendado pelo FMI, que tem ajudado a economia a crescer, diversificar-se e atrair investimento estrangeiro. A adesão do Mali às reformas econômicas e uma desvalorização de 50% do franco africano em Janeiro de 1994 fizeram aumentar o crescimento econômico. Várias empresas multinacionais aumentaram as operações de mineração de ouro no período entre 1996 e 1998 e o governo prevê que o Mali se torne num dos principais exportadores de ouro sub-saarianos nos próximos anos.

Economia do Mali
Economia do Mali
Cultivo de arroz no Mali.
Moeda Franco CFA da África Ocidental
Ano fiscal Ano calendário
Blocos comerciais OMC, União Africana
Estatísticas
PIB 17,35 bilhões (2012) (137º lugar)
Variação do PIB -4,5% (2012)
PIB per capita 1 100 (2012)
PIB por setor agricultura 36,9%, indústria 23,4%, comércio e serviços 39,7% (2012)
Inflação (IPC) 6,5% (2012)
População
abaixo da linha de pobreza
36,1% (2005)
Coeficiente de Gini 0,401 (2001)
Força de trabalho total 3 241 000 (2007)
Força de trabalho
por ocupação
agricultura 80%, indústria, comércio e serviços 20% (2005)
Desemprego 30% (2004)
Principais indústrias processamento de alimentos, construção civil, extração de fosfato e ouro
Exterior
Exportações 2 557 milhões (2012)
Produtos exportados algodão, ouro, animais de granja
Principais parceiros de exportação República Popular da China 31%, Coreia do Sul 14,5%, Indonésia 12,2%, Tailândia 6,3%, Malásia 5,4%, Bangladesh 5% (2011)
Importações 3 209 milhões (2012)
Produtos importados petróleo, máquinas e equipamentos, materiais de construção, alimentos, têxteis
Principais parceiros de importação Senegal 14,9%, França 11,6%, República Popular da China 8,2%, Costa do Marfim 6,3% (2011)
Dívida externa bruta 2 725 milhões (2012)
Finanças públicas
Receitas 1 391 milhões (2012)
Despesas US$ 2 107 milhões (2012)
Fonte principal: [[1] The World Factbook]
Salvo indicação contrária, os valores estão em US$

Comércio exterior

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Em 2020, o país foi o 123º maior exportador do mundo (US $ 4,1 bilhões).[2][3] Já nas importações, em 2019, foi o 138º maior importador do mundo: US $ 3,9 bilhões.[4]

Setor primário

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Agricultura

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O Mali produziu, em 2018[5]:

Além de produções menores de outros produtos agrícolas.[5]

Pecuária

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Em 2019, o Mali produziu 276 milhões de litros de leite de vaca, 270 milhões de litros de leite de camela, 243 milhões de litros de leite de cabra, 176 milhões de litros de leite de ovelha, 187 mil toneladas de carne bovina, 64 mil toneladas de carne de cordeiro, 54 mil toneladas de carne de frango, entre outros.[6]

Setor secundário

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Indústria

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O Banco Mundial lista os principais países produtores a cada ano, com base no valor total da produção. Pela lista de 2019, o Mali tinha a 137ª indústria mais valiosa do mundo (US $ 1,1 bilhões).[7]

Em 2018, o país foi o 10º maior produtor mundial de óleo de algodão (61,6 mil toneladas) e o 24º maior produtor mundial de óleo de amendoim (24,2 mil toneladas).[8]

Mineração

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Em 2019, o país era o 16º maior produtor mundial de ouro.[9]

Energia

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Nas energias não-renováveis, em 2020, o país não produzia petróleo.[10] Em 2011, o país consumia 5 mil barris/dia (168º maior consumidor do mundo).[11][12][10] O país não produz gás natural.[13] O país não produz carvão.[14]

Nas energias renováveis, em 2020, o Mali não tinha energia eólica nem energia solar.[15]

Referências