Haemophilus influenzae
A Haemophilus influenzae, inicialmente designada de bacilo de Pfeiffer, é uma bactéria cocobacilar Gram negativo, aeróbia facultativa da família Pasteurellaceae. H. influenzae foi descrita pela primeira vez em 1892 por Richard Pfeiffer durante uma pandemia de influenza. Foi confundida como a causa da gripe comum, atualmente definida como causada pelo vírus influenza, até 1933. A utilização de vacinas diminuiu drasticamente o número de pessoas infectadas.[1]
Haemophilus influenzae | |||||||||||||||
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Classificação científica | |||||||||||||||
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Nome binomial | |||||||||||||||
Haemophilus influenzae ( Lehmann & Neumann , 1896) |
Os tipos de H. influenzae vão de A a F, predominando o tipo B, abreviado como HiB, o mais virulento deste grupo. Este procarionte simples foi o primeiro organismo de vida livre a ter seu genoma completamente sequenciado, com aproximadamente 1.740 genes.
Patologias
editarÉ uma bactéria oportunista que só causa doenças espontaneamente em humanos, geralmente crianças pequenas ou imunodeprimidos. Pode provocar meningites, infecções no ouvido médio (Otite média) e respiratórias (faringite, bronquite ou pneumonia). Raramente pode causar também infecções generalizadas (sépsis), epiglotite, osteomielite e artrite séptica.[2]
O espectro de manifestações clínicas presentes nas infecções por H. Influenzae varia dependendo da tipagem do germe. Quanto à classificação existem duas variantes principais: encapsulados e não encapsulados. Os do primeiro grupo são subclassificados e distribuídos em grupos nomeados de A a F, de acordo a seus antígenos capsulares. Os não encapsulados são genericamente chamados de "não tipáveis". Os germes dos grupos encapsulados costumam causar quadros mais severos, principalmente aqueles do grupo B, associado a infecções de sistema nervoso central, epiglotite e sepse. É este o grupo coberto pela vacina contra H. influenzae presente no calendário de imunizações do Brasil. As infecções pelos germes do grupo "não-tipáveis" costuma correr com sintomas brandos sistêmicos ou de vias respiratórias, causando otites e faringites.
Em 2000, apesar de já existir vacina, foi responsável pela morte de 386 mil crianças menores de 5 anos. Sua vacina é geralmente conjugada com a DTP (difteria, tétano e pertussis) em três doses ou com a vacina de pólio e está no calendário de vacinação em mais de 100 países.[3]
Referências
- ↑ Kuhnert, P; Christensen, H, eds. (2008). Pasteurellaceae: Biology, Genomics and Molecular Aspects. Caister Academic Press. ISBN 978-1-904455-34-9.
- ↑ «Cópia arquivada». Consultado em 2 de novembro de 2014. Arquivado do original em 2 de novembro de 2014
- ↑ http://www.who.int/immunization/topics/hib/en/