Rede de longa distância

 Nota: "WAN e Wan" redireciona para este artigo. Para outros significados, veja Wan (desambiguação).

Uma rede de longa distância, também chamada de rede de área ampla, rede de grande extensão ou rede de grande alcance (em inglês: wide area network, sigla WAN) é uma rede de computadores que abrange uma grande área geográfica, com frequência um país ou continente. Difere, assim, da rede pessoal (PAN), da rede de área local (LAN) e da rede de área metropolitana (MAN).[1][2][3]

Esquema de uma rede de área local (LAN) e uma rede de longa distância (WAN).

Um exemplo clássico de uma rede tipicamente WAN é a própria Internet pelo fato de abranger uma área geográfica global, interligando países e continentes.

História

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A história da WAN começa em 1965 quando Lawrence Roberts e Thomas Merril ligaram dois computadores, um TX-2 em Massachussets a um Q-32 na Califórnia, através de uma linha telefônica de baixa velocidade.

Em geral, as redes geograficamente distribuídas contém conjuntos de servidores, que formam sub-redes. Essas sub-redes têm a função de transportar os dados entre os computadores ou dispositivos de rede.

As WAN tornaram-se necessárias devido ao crescimento das empresas, onde as LAN não eram mais suficientes para atender a demanda de informações, pois era necessária uma forma de passar informação de uma empresa para outra de forma rápida e eficiente. Surgiram as WAN que conectam redes dentro de uma vasta área geográfica, permitindo comunicação de longa distância.

Mercado de Redes WAN

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A maior fatia da receita no Brasil é originária do fornecimento de aplicações WAN pelas empresas brasileiras fornecedoras de backbone, derivado dos usuários corporativos. Com a abertura do mercado das telecomunicações proporcionado pela privatização do setor está aumentando a oferta e a variedade dos serviços dedicados a WAN no Brasil. Atualmente o investimento na migração para redes MPLS, VoIP, QoS e IPTV é o foco das operadoras a fim de atingir um número cada vez maior de usuários atraídos pelo custo cada vez menor devido a concorrência na prestação destes serviços.

A Implementação de uma WAN cada vez mais demanda um bom planejamento por parte das empresas e administradores de redes.

A forma de acesso a Internet, maior rede Wan existente, que mais vem crescendo recentemente é o acesso através da banda larga. Segundo pesquisa realizada, no ano de 2006, pela IDC Brasil[4] o crescimento foi de 40,1%. Tal percentual representa 1,6 milhão de novas conexões o que totaliza 5,7 milhões de usuários no território nacional. Em resumo, no período de seis anos (2001 a 2006), a banda larga cresceu 1.639% no Brasil. No entanto tal fatia do mercado simboliza apenas 3% da população brasileira. Sendo que deste total 60,7% dos acessos são efetuados na região Sudeste cabendo ao estado de São Paulo 39% deste total. A tecnologia mais utilizada no acesso banda larga é o XDSL que equivale a 78,2% das conexões banda larga existentes no país. O avanço de novas tecnologias no mercado ainda possibilitou ao consumidor brasileiro uma diminuição do valor de acesso a banda larga. A concorrência, em especial entre as operadoras de TV a cabo e as de telefonia, pela preferência do consumidor resultou em uma queda de preço de aproximadamente 8%. Tal diminuição ainda possibilitou a alteração da velocidade já utilizada pelos assinantes. Preços menores foram os principais responsáveis pela opção dos consumidores por bandas com maior velocidade. Os acessos superiores a 1 Mbps saltaram de 2% do mercado em dezembro de 2005 para 22% no mesmo período de 2006. As velocidades acima de 512 Kbps representaram 37% do mercado.

Tráfego de WAN

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O tráfego das WAN aumenta continuamente surgindo em função disso mais congestionamento do que será transportado na rede, definindo as características destes tráfegos (voz, dados, imagens e vídeo), qualidade de serviço (QoS), protocolos com ultra compressão. O tráfego da rede tem que ser modelado através de medições com um grau de resolução elevado, incluindo a analise de pacotes a fim de disponibilizar aos interessados usando técnicas gráficas, estatísticas descritivas, entre outros. Quando ocorre variação na chegada de pacotes isso indica que a Wan está consistente e seu tráfego pode ser acelerado (ver Aceleradores de WAN) de acordo com as necessidades dos serviços.

Qualidade do Serviço (QoS)

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O QoS, do original em inglês quality of service, define a qualidade de serviço de uma WAN para um determinado tráfego em tecnologias de rede como: IP, ATM, Frame Relay e outros. A qualidade de serviço é a capacidade da rede em que os dados são transmitidos de forma consistente e previsível, satisfazendo as necessidades das aplicações dos usuários em serviços diferenciados.

Recursos que podem ser utilizado no QoS são:

  • Classificação de pacotes
  • Gerenciamento de banda e controle de admissão
  • Prevenção de congestionamento
  • Medição de serviços e tráfego com granularidade.

Os recursos são utilizados de acordo com os serviços e os dados que serão transmitidos na rede WAN.

Protocolos WAN

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Possibilitam a transmissão de dados de uma Rede fisicamente distante através de uma infraestrutura de canais de dados de longa distância. Exemplos de protocolos:

  • PPP Protocolo ponto-a-ponto (Point-to-Point Protocol): protocolo mais comum para acesso à internet tanto em conexões discadas como dedicadas.
  • Rede X.25: é uma arquitetura de rede de pacotes definida nas recomendações do ITU-T. A rede X.25 fornece uma arquitetura orientada à conexão para transmissão de dados sobre uma rede física sujeita a alta taxa de erros. A verificação desses erros é feita em cada nó da rede, o que acarreta alta latência e inviabiliza a rede X.25 para a transmissão de voz e vídeo.[5]
  • Frame Relay: é uma arquitetura de rede de pacotes de alta velocidade e sucessor natural da rede X.25. O Frame Relay permite vários tipos de serviço até altas velocidades de comunicação entre nós da rede, por exemplo, DS3 (45 Mbps). Com a evolução e uso de meios de transmissão confiáveis (por exemplo, cabos óticos), viabilizou a comunicação entre redes locais (LAN) e é um serviço oferecido comumente pelas operadoras. Tipicamente é mais caro que o serviço X.25.[6]
  • Rede ATM (Asynchronous Transfer Mode): é uma tecnologia de rede usada para WAN (e também para backbones de LAN), suporte a transmissão em tempo real de dados de voz e vídeo. A topologia típica da rede ATM utiliza-se de switches que estabelecem um circuito lógico entre o computador de origem e destino, deste modo garantindo alta qualidade de serviço e baixa taxa de erros. Diferentemente de uma central telefônica, a rede ATM permite que a banda excedente do circuito lógico estabelecido seja usada por outras aplicações. A tecnologia de transmissão e comutação de dados utiliza a comutação de células como método básico de transmissão, uma variação da comutação de pacotes onde o pacote possui um tamanho reduzido. Por isso, a rede ATM é altamente escalável, permitindo velocidades entre nós da rede como: 1.5Mbps, 25Mbps, 100Mbps, 155Mbps, 622Mbps, 2488Mbps (~2,5Gbps), 9953Mbps (10Gbps).[7]
  • DSL Linha Digital de Assinante (Digital Subscriber Line) XDSL: Permite tráfego de alta capacidade usando o cabo telefônico normal entre a casa ou escritório do assinante e a central telefônica. Possui dois modos básicos: ADSL e HDSL.[8]
    • ADSL DSL Assimétrico (Asymmetric DSL): O ADSL compartilha uma linha de telefone comum, usando um faixa de freqüência de transmissão acima daquelas usadas para a transmissão de voz. variação do protocolo DSL onde a capacidade de transmissão é assimétrica, isto é, a banda do assinante é projetada para receber maior volume de dados do que este pode enviar. Serviço mais adequado ao usuário comum que recebe dados da internet.
    • HDSL DSL (High-Bit-Rate DSL): O HDSL fornece um enlace de alta taxa de transmissão de dados, tipicamente T1, sobre o par trançado comum, exigindo a instalação de pontes e repetidores. Esta variação do protocolo DSL onde a capacidade de transmissão, a banda do assinante tem a mesma capacidade de envio e recebimento de dados. Serviço mais adequado ao usuário corporativo que disponibiliza dados para outros usuários comuns.
  • MPLS (Multi-Protocol Label Switching) - Mais nova Rede WAN

Segurança em Redes

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Ao pensar em segurança em redes de longa distância, é preciso que se tenha em mente que a segurança na transmissão de dados é necessária e exige certos cuidados. Na internet milhares de pessoas navegam e nem todos são bem intencionados. Nesse contexto todos precisam tomar atitudes que visem aumentar o grau de confiabilidade de sua conexão. Como exemplo podemos citar a comunicação por e-mail, embora muitos achem que tal comunicação é altamente segura, um e-mail pode ser capturado, lido por outros, destruído ou até sofrer modificações de conteúdo. Outro ponto importante é a questão de utilização de senha de acesso, pois é comum que os usuários não dispense muita atenção a isso, mas estudos mostram que um hacker precisa de poucos minutos para comprometer uma máquina caso uma política eficiente de senhas não seja devidamente implementada. É por isto que as empresas investem tanto no quesito segurança. Dentro os recursos mais utilizados pode-se citar: IDS, firewall, criptografia, PKI, VPN.[9]

Longa Distância no Brasil

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Após o cumprimento das metas de internacionalização, o mercado nacional de chamadas LDN e LDI mudou muito em relação à metade da década passada. A razão foi o fato das grandes operadoras passarem a oferecer serviços de telecomunicação fora de sua área de atuação. Tal “fenômeno” pode ser observado através do market share de 2004.

A Embratel ainda detém a maior parcela do market share, porém observa-se uma tendência para que o mercado seja distribuído pelas operadoras de telefonia fixa, principalmente pelo fato destas operadoras estarem mais próximas dos assinantes.

Outro fator relevante para esse mercado é que a partir de 2006 as autorizações dos serviços de STFC (Telefonia Fixa Comutada) incluem também os serviços de Longa Distância (LDN/LDI). Entretanto, prestar o serviço de STFC sempre implica cumprir as metas de qualidade definidas e os seus custos têm um enquadramento tributário bastante complexo.

Ver também

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Referências

  1. Allan Francisco Forzza Amaral. «Redes de Computadores - Curso Técnico de Informática» (PDF). Rede eTec - Ministério da Educação e Cultura. Consultado em 30 de Abril de 2013 
  2. J. Scott Marcus, Designing Wide Area Networks and Internetworks: A Practical Guide, Addison-Wesley Professional, 1999, ISBN 0-201-69584-7 (em inglês)
  3. Robert S. Cahn, Wide Area Network Design: Concepts and Tools for Optimization, Morgan Kaufmann, 1998, ISBN 1-558-60458-8 (em inglês)
  4. «IDC Brasil». Consultado em 5 de março de 2007. Arquivado do original em 7 de fevereiro de 2007 
  5. X.25
  6. Frame Relay
  7. ATM
  8. DSL, ADSL e HDSL
  9. Joseph Migga Kizza, Guide to Computer Network Security, Springer Science & Business Media, 2013, ISBN 1-447-14543-7 (em inglês)
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