Reserva Biológica Federal do Tinguá

Reserva Biológica do Tinguá de nível Federal, localizado (a) em Duque de Caxias (RJ), Miguel Pereira (RJ), Nova Iguaçu (RJ), Petrópolis (RJ)

A Reserva Biológica Federal do Tinguá é uma reserva biológica brasileira. Estende-se por uma área de 26 mil hectares e abrange seis cidades, sendo a maior parte dentro do município de Nova Iguaçu; abrange também parte de Duque de Caxias, Petrópolis e Miguel Pereira e Engenheiro Paulo de Frontin. Desde 1992 é parte da reserva da biosfera da Mata Atlântica.

Reserva Biológica do Tinguá
Categoria Ia da IUCN (Reserva Natural Estrita)
Reserva Biológica Federal do Tinguá
Vista do maciço do Tinguá, em Nova Iguaçu
Localização  Rio de Janeiro,  Brasil.
Dados
Área 26,260 ha[1]
Criação 23 de maio de 1989 (35 anos)[1]
Gestão ICMBio
Coordenadas 22° 32' 43" S 43° 23' 05" O
Reserva Biológica do Tinguá está localizado em: Brasil
Reserva Biológica do Tinguá

A região mais alta da reserva atinge os 1 600 metros de altitude, sendo possível avistá-la de toda a extensão do município. No seu interior, em local não aberto à visitação pública, encontram-se as ruínas da freguesia de Santana das Palmeiras, povoação que foi abandonada no final do século XIX.

Hoje, a reserva está fortemente ameaçada por caçadores que matam animais silvestres para vender carnes exóticas ou os capturam para inclusive exportar. Grandes empresas poluidoras contribuem para a degradação ambiental. Existe até um aterro sanitário que beira a reserva onde ilegalmente foram despejados resíduos altamente tóxicos. A população que vive em torno da reserva tem problemas com a contaminação do lençol d'água que consome. Entre os mamíferos, ainda existem exemplares da suçuarana na região.

Etimologia

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"Tinguá" é um termo da língua geral meridional que designa uma espécie não identificada de planta.[2]


História

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Em 1941, através de decreto, foi criada a Floresta Protetora da União Tinguá, Xerém e Mantequira em terras de domínio público federal, que incluem mananciais denominados Serra Velha, Boa Esperança e Bacurubu, os quais até hoje contribuem para o abastecimento de água para boa parte da Baixada Fluminense. Conforme definido pelo antigo Código Florestal de 1934, Florestas Protetoras eram “áreas extensas não habitadas, de difícil acesso e em estado natural, das quais ainda são necessários conhecimentos e tecnologia para o uso”.

Uma grande mobilização da comunidade do entorno para que a área fosse protegida inicia-se em 1987. Após longa discussão com a comunidade do entorno, foi realizado um plebiscito na comunidade de Tinguá, em Nova Iguaçu, para definir se a categoria da unidade de conservação seria parque nacional ou reserva biológica. [3]

Em 1988 e em 1989 o presidente do IBAMA faz algumas visitas ao local e em maio de 1989 o decreto criando o parque nacional esteve na mesa do Presidente José Sarney, no entanto após pressão da bancada ambientalista o presidente opta por categorizar a unidade de conservação como parque nacional.[3]

A criação da Reserva Biológica do Tinguá se deu através do Decreto nº 97.780 de 23 de maio de 1989, que representa o ponto culminante da oficialização de um longo processo com o objetivo de proteger a área.[3]


 
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Referências

  1. a b Vários autores (2006). Plano de Manejo da Reserva Biológica do Tinguá (PDF). Brasília, DF: IBAMA 
  2. NAVARRO, E. A. Dicionário de tupi antigo: a língua indígena clássica do Brasil. São Paulo. Global. 2013. p. 603.
  3. a b c SANTOS, Elloá Figueiredo dos. O Processo de Criação da Reserva Biológica do Tinguá: conflitos na constituição de uma Unidade de Conservação, Nova Iguaçu-RJ (1987-1989). 2014. 131f. Dissertação (Mestrado em História Social) - Faculdade de Formação de Professores de São Gonçalo, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, São Gonçalo, 2014.
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