Rio Doce

rio brasileiro
 Nota: Este artigo é sobre o curso d'água. Para o município, veja Rio Doce (município). Para outras acepções, veja Rio Doce (desambiguação).

O rio Doce é um curso de água da Região Sudeste do Brasil, que banha os estados de Minas Gerais e Espírito Santo. Origina-se na confluência dos rios Piranga e do Carmo, entre os municípios de Ponte Nova, Rio Doce e Santa Cruz do Escalvado, em Minas Gerais. Contudo, seu curso principal se inicia com a nascente do rio Xopotó, afluente do rio Piranga, em Desterro do Melo.

Rio Doce
Rio Doce
Rio Doce em Galileia, Minas Gerais.
Mapa da bacia do rio Doce com o curso principal em destaque
Mapa da bacia do rio Doce com o curso principal em destaque
Mapa da bacia do rio Doce com o curso principal em destaque
Comprimento 853 km
Nascente Confluência dos rios Piranga e do Carmo em Minas Gerais
Foz Oceano Atlântico em Regência Augusta, Linhares, Espírito Santo
Área da bacia 86 175 km²
Afluentes
principais
Pela margem esquerda: rios Piracicaba, Santo Antônio, Corrente Grande, Suaçuí Pequeno, Suaçuí Grande, Pancas e São José; pela margem direita: rios Casca, Matipó, Caratinga, Manhuaçu, Guandu, Santa Joana e Santa Maria do Rio Doce.
País(es) Brasil

A partir do encontro dos rios Piranga e do Carmo, o manancial percorre 853 km até a foz no oceano Atlântico, banhando 38 municípios. O encontro com o mar forma um estuário que está localizado na altura do povoado de Regência Augusta, integrante do município de Linhares, no litoral do Espírito Santo. A bacia do rio Doce abrange 86 mil km² de área de drenagem e quase 230 municípios, com uma população de mais de 3,6 milhões de habitantes, correspondendo à bacia mais importante totalmente inserida na Região Sudeste do Brasil.

Foi descrito pela primeira vez pelos colonizadores europeus por André Gonçalves em 1501. Contudo, núcleos urbanos se consolidaram nas margens do curso hídrico somente no século XX, com a construção da Estrada de Ferro Vitória a Minas. A locação da ferrovia, que acompanha o rio Doce de Colatina ao Vale do Aço, deu início ao crescimento populacional ao permitir o desenvolvimento econômico. Trata-se de uma região com notável presença da agropecuária e da atividade industrial, sobretudo da mineração e da siderurgia. O potencial hidrelétrico do rio e seus afluentes é aproveitado pelas indústrias e pelo Sistema Interligado Nacional por meio de usinas hidrelétricas.

Apesar de sua importância geográfica, social e econômica, o manancial sofre gravemente com o assoreamento, desmatamento, baixa cobertura por matas ciliares e recebimento de esgoto sem tratamento. Essa situação foi agravada pelo rompimento de barragem em Mariana em 2015, quando a lama de uma barragem de rejeitos pertencente à Samarco chegou ao rio Doce através do rio do Carmo. Dessa forma, todo o leito foi contaminado por metais usados na mineração. Esse foi o maior impacto ambiental da história brasileira, mas antes mesmo desse acidente o rio já se posicionava entre os dez mais poluídos do país.

História

editar

A bacia do rio Doce possui rochas datadas do Eoarqueano e do Proterozoico, que remontam às primeiras idades da Terra. O rio, por meio do transporte de sedimentos, contribuiu com o molde do relevo dessa região no decorrer dos tempos. Também foi assim que se formou a diversidade de lagoas que fazem parte da bacia.[1] Entretanto, o norte do Espírito Santo, incluindo o baixo rio Doce, só se formou a partir do aterramento do oceano Atlântico no Cenozoico. O manancial contribuiu com esse aterramento devido ao deslocamento de sedimentos, formando a superfície sob o atual município de Linhares ao longo do Pleistoceno e do Holoceno.[1][2]

Desbravamento

editar
 
Floresta fechada no Parque Estadual do Rio Doce, típica condição que os primeiros desbravadores enfrentavam nas margens do rio.

A presença humana conhecida nas margens do rio Doce é relativamente tardia. Enquanto na Região Metropolitana de Belo Horizonte há registros arqueológicos com mais de 10 mil anos de idade, dentre os quais o fóssil de Luzia, os vestígios de vida humana mais antigos encontrados nas margens do rio são datados do século XIV. Nessa ocasião índios tupis percorreram o curso vindos do litoral e chegaram a povoar áreas entre Governador Valadares e Tumiritinga, em Minas Gerais.[3] Contudo, em algum momento, por razões não conhecidas, eles deixaram o local. Sabe-se que índios aimorés vindos do Espírito Santo e do sul da Bahia também frequentavam o Vale do Rio Doce, mas apenas nos meses da estação seca, pois nos meses chuvosos a proliferação de mosquitos e doenças tropicais era maior.[4]

O rio era um dos limites da área de domínio dos aimorés, que se estendia até o rio Salitre, na Bahia. Todavia, eram seminômades e estavam em constante deslocamento.[5] Pataxós e puris também podiam ser encontrados nas proximidades do leito.[6] Foi descrito pela primeira vez por colonizadores portugueses por André Gonçalves em 13 de dezembro de 1501, durante expedição enviada pela Coroa Portuguesa para reconhecimento da costa do Brasil.[7] Poucos anos mais tarde recebeu a denominação que permanece até hoje, "rio Doce", pois as primeiras expedições pelo litoral identificavam a água doce do rio no mar sem mesmo poderem avistar a foz. Antes de desaguar no oceano o curso faz uma curva que dificulta sua visualização.[8] Posteriormente, tornou-se uma forma de penetração dos colonizadores para o desbravamento dos atuais estados do Espírito Santo e de Minas Gerais.[8]

Sebastião Fernandes Tourinho foi o primeiro a percorrer o rio, de 1553 a 1573, em busca de ouro e esmeraldas.[9] Em 1577, Salvador Correia de Sá, o Velho, também explorou o manancial.[6][9] As primeiras entradas tinham o objetivo principal de procurarem por ouro e outros materiais preciosos. Mitos herdados dos indígenas davam conta que o vale guardava jazidas desses metais e pedras. Contudo, a floresta fechada, as doenças tropicais e a resistência dos indígenas foram fatores que repulsaram as intrusões. Fernão Dias chegou a anunciar que faria uma bandeira pelo rio Doce em 1672, mas diferente das anteriores partiria da cabeceira vindo das serras da Mantiqueira e do Espinhaço. Ele faleceu por malária em 1681, antes mesmo de entrar em contato com o manancial. Por outro lado, frentes dispersas dessas expedições conseguiram encontrar ouro em locais onde posteriormente fundaram arraiais, dentre os quais os que deram origem a cidades como Antônio Dias, Caeté, Mariana, Ouro Preto e Sabará.[8]

Pedro Bueno Cacunda, minerador que também percorreu o curso dos rios Guandu e Manhuaçu, obteve sucesso ao alcançar o alto rio Doce em busca de áreas para expansão da mineração no século XVIII. Nesse intento, incentivou povoamentos nas cabeceiras do rio, trazendo consigo indígenas para auxiliar nos trabalhos e convencer outros indígenas para que pudesse avançar.[10] Nesse século, com o uso de metais pesados para a mineração nas cabeceiras de mananciais da bacia, sobretudo em Ouro Preto, Mariana e Santa Bárbara, é que se iniciou o processo de degradação do rio Doce.[11] Entretanto, a descoberta de jazidas ricas em ouro na região central de Minas Gerais, em uma zona que vai de São João del-Rei a Minas Novas, concentrou ali e nas regiões vizinhas o interesse dos forasteiros a partir do século XVII. Fora desses domínios eram denominados os sertões, dentre os quais os "Sertões do Rio Doce", como também existiam o "Sertão do Leste" (Zona da Mata) e o "Sertão do São Francisco".[8]

Do rio proibido ao massacre

editar
 
Mapa que mostra os rios Doce e Jequitinhonha, por Raimundo José da Cunha Matos, datado do século XIX.

A fim de proteger as reservas de ouro, o povoamento e a abertura de novas trilhas pelo Vale do Rio Doce chegaram a ser proibidos pela Coroa Portuguesa, como forma de evitar o contrabando de ouro por meio do rio Doce e seus afluentes.[8][12] Com a intenção de afastar forasteiros, diziam-se ser terras com vegetação densa e animais peçonhentos, com predominância da ferocidade dos índios. No entanto, o povoamento foi liberado em 1755, após Minas Gerais passar por um declínio na produção de ouro. Mesmo com a atenuação da disponibilidade de ouro,[12] a diversidade mineral favoreceu o desenvolvimento da atividade mineradora nos séculos seguintes na região de algumas cabeceiras de nascentes do alto rio Doce, como em Mariana.[10][13]

Até 1808, 26 exploradores haviam percorrido o rio Doce, todos em busca de pedras preciosas, em vão.[8] Apesar da liberação do povoamento, ataques de índios botocudos[14] (como eram generalizados os aimorés)[4] a forasteiros estavam se tornando frequentes, o que levou o governo da Província de Minas Gerais a exigir uma tomada de atitude da Coroa Portuguesa.[14] Além disso, os Sertões do Rio Doce em Minas Gerais e a sua extensão no Espírito Santo eram uma das únicas regiões do Brasil ainda totalmente dominadas por nativos, fora do controle da administração portuguesa, pelo que era de seu interesse demonstrar poderio através da tomada de controle.[15] Como resultado, foram criados "quartéis" no curso do rio Doce com o objetivo de fortalecer a proteção aos colonos. A Carta Régia de 13 de maio de 1808 também determinava uma guerra ofensiva contra a população nativa, autorizando seu extermínio, como era vontade do governo mineiro.[14][16]

 
Ilustração da comitiva do príncipe renano Maximilian zu Wied-Neuwied no rio Doce em 1815[17]

Em 1823, Guido Marlière, militar francês, assumiu a Diretoria de Índios na Província de Minas e promoveu o diálogo com os indígenas no lugar do massacre sistemático.[18][19] A essa altura, os conflitos contra os indígenas estavam fora de controle até mesmo pelas divisões militares da coroa, pelo que foi confiado a Marlière o objetivo de pacificação. Antes, em 1813, o francês já havia obtido sucesso ao pacificar índios e colonos na Zona da Mata Mineira. Já no rio Doce, transformou os quartéis em centros de distribuição de alimentos aos índios.[18] Apesar da proibição dos ataques a indígenas em 1831, os nativos já se encontravam praticamente extintos, o que serviu como um incentivo à colonização. Mesmo assim, esse processo continuou a ocorrer de forma relativamente lenta.[16]

O povo crenaque que habita a margem esquerda do rio Doce em Resplendor é a maior concentração de herdeiros dos aimorés sobreviventes.[20] Em contraste com o massacre dos nativos, o século XIX também é marcado pelas primeiras expedições que tinham a intenção de pesquisar os aspectos naturais do rio Doce e as culturas relacionadas. Em 1815, o príncipe renano Maximilian zu Wied-Neuwied percorreu a região para entrar em contato com a cultura dos indígenas. Essa visita resultou em estudos que contribuíram com a desmistificação da ferocidade desses povos.[17][21] O botânico alemão Friedrich Sellow, que se tornou conhecido por enviar milhares de amostras de animais e plantas da América do Sul para estudos em Berlim, morreu ao cair nas águas do rio Doce durante seus trabalhos de pesquisa em 1831, nas proximidades de Belo Oriente.[22][23] A princesa Teresa da Baviera também esteve no rio Doce para coletar amostras da fauna em 1888.[24]

Expansão populacional

editar
 
A Ponte Florentino Avidos em Colatina, inaugurada em 1928, foi a primeira grande ponte rodoviária sobre o rio Doce.[25]

Em 1900, o povoamento do médio e baixo rio Doce ainda era quase inexistente.[7] Alguns dos antigos quartéis deram origem a povoamentos,[26] enquanto que portos se formaram para troca de mercadorias de produtos agropecuários, como é o caso do Porto de Figueira do Rio Doce, que mais tarde deu origem a Governador Valadares,[7][27] e de Colatina.[25] Contudo, foi somente com a construção da Estrada de Ferro Vitória a Minas (EFVM) que núcleos urbanos começaram a se consolidar e expandir.[7][27] Acompanhando o curso do manancial entre Colatina e o atual Vale do Aço em vários trechos, a via férrea foi a responsável por atrair trabalhadores e formar cidades a partir de onde foram construídas estações ferroviárias.[7][28][29]

De 1900 a 1920, a população da "Zona Florestal" de Minas Gerais, correspondente aos vales dos rios Doce, São Mateus e Mucuri, cresceu 467%, sendo a Estrada de Ferro Vitória a Minas a principal razão desse aumento.[30] Ao mesmo tempo que a locação da via férrea avançava pelo Vale do Rio Doce, vastas terras, até então ocupadas pela mata virgem, começaram a ceder espaço à agricultura e à pecuária, principalmente a partir da década de 1920.[31] Além disso, a descoberta de fartas reservas de minério de ferro no que mais tarde seria chamado de Quadrilátero Ferrífero levou à implantação de minas de extração.[32]

A criação da Companhia Vale do Rio Doce (CVRD) — mais tarde renomeada para Vale S.A. — pelo governo em 1942 objetivava exportar o minério de ferro que era extraído dos campos de mineração em Itabira. Através da ferrovia a produção podia ser escoada até os portos do Espírito Santo.[33] Também no decorrer da primeira metade do século XX, iniciou-se a extração de madeira destinada à produção de carvão, a fim de abastecer as indústrias localizadas em João Monlevade e no Vale do Aço.[34] Era de interesse do Estado atrair grandes investimentos privados, pelo que foi permitido aos investidores estrangeiros adquirir as terras necessárias para agirem. Nesse sentido, a Belgo-Mineira e a Acesita foram as principais companhias administradoras de terras para a extração de madeira no Vale do Rio Doce.[35]

O norte do Espírito Santo também viveu um período de ascensão econômica na primeira metade do século XX devido à expansão da cultura do café[35] e à extração madeireira. A Estrada de Ferro Vitória a Minas propiciou uma forma de deslocamento da produção cafeeira dessa região a partir de Colatina, fazendo com que a cidade se estabelecesse como um centro regional. Data de 1928 a inauguração da Ponte Florentino Avidos, a primeira grande ponte rodoviária sobre o rio Doce.[25] Todo esse conjunto de fatores, que se volta ao uso dos recursos naturais e do solo da região para a geração de lucro ao Estado e aos investidores, culminou no súbito aumento das populações urbanas nas margens do rio Doce e em seus afluentes.[35]

Decadência ambiental

editar
 
Rio Doce sob a Ponte do São Raimundo (trecho da atual BR-116) em Governador Valadares em 1958. Ao fundo se nota morros já desmatados.

A priorização das atividades econômicas, principalmente a extração de madeira e a agropecuária, foram as principais causas da supressão da mata nativa da bacia do rio Doce no decorrer do século XX.[36] A partir de então o manancial é diretamente afetado tanto em função da retirada da mata ciliar[37] como pelo crescimento das cidades sem nenhum planejamento urbano, levando ao lançamento de esgoto em suas águas de forma desenfreada.[38]

Foi em meio ao avanço do desmatamento sistemático que Dom Helvécio Gomes de Oliveira iniciou esforços a fim de preservar um dos últimos grandes remanescentes de Mata Atlântica nativa que restavam na área entre os rios Piracicaba e Doce na década de 1930. Dessa forma, foi criado o Parque Estadual do Rio Doce (PERD) em 14 de julho de 1944, o primeiro parque estadual de Minas Gerais.[39][40] Há de se destacar que a expansão da malha rodoviária brasileira, principalmente entre as décadas de 1930 e 1960, incluiu a construção de rodovias passando sobre o rio Doce. As ligações rodoviárias favoreceram as atividades econômicas locais, sobretudo o corte de madeira e a pecuária.[35]

No auge da extração madeireira, em 1950, Governador Valadares possuía mais de 100 serrarias e Linhares mais de 130. Contudo, a madeira para extração se tornou escassa e a atividade começou a entrar em declínio na década de 1960. Enquanto os empresários do setor migraram para regiões a norte, a mão de obra local foi sucumbida em desemprego e forçada a migrar para outras regiões à procura de emprego.[41] Isso refletiu na estagnação do crescimento populacional na região, ao passo que os investimentos atraídos pelas indústrias ficaram concentrados em suas cidades-sede.[35] Posteriormente, as terras, outrora ocupadas pela mata nativa, foram aproveitadas pela pecuária extensiva e pelo reflorestamento com eucalipto, com a intenção de servir à demanda industrial.[16][41] Descrevendo uma viagem ao rio Doce à revista O Cruzeiro, em 1961, Rachel de Queiroz destacou as margens do rio como áreas desmatadas tomadas por plantações e por troncos encarvoados.[42]

Embora as bruscas variações de nível do rio Doce entre as estações seca e chuvosa fossem conhecidas desde antes de se estabelecerem as cidades das margens,[4][7] não demorou muito para que a ocupação desordenada refletisse em enchentes de grandes proporções, problema que se tornou recorrente para as populações ribeirinhas nos períodos chuvosos.[43][44] Informações da mídia trazem exemplos de cheias excepcionais em 1926, descrita como a maior em 20 anos,[45] e 1944, quando 2 mil famílias ficaram desabrigadas apenas em Colatina.[46] Entretanto, a pior delas, durante as chuvas de 1979, deixou 74 mortos e 47 776 desabrigados, além de 36 km da EFVM inundados pelas águas. Em janeiro de 1997, outra enchente de grandes proporções deixou 57 705 desabrigados e dois mortos.[47] De 1973 a 2003, pelo menos 12 eventos de grandes cheias foram registrados.[48]

A atuação do Serviço Especial de Saúde Pública (SESP) trouxe investimentos em saneamento, drenagem e na reorganização do espaço urbano de Governador Valadares na década de 1940, sendo eficaz no combate à malária, pavimentação de vias e limpeza de mananciais, porém foi insuficiente para atender à demanda do crescimento urbano nas décadas seguintes e os problemas com inundações se tornaram recorrentes nas áreas mais baixas da cidade.[44] Por sua vez, a construção da Usina Hidrelétrica de Mascarenhas, em Baixo Guandu, que entrou em operação em 1972, deu início a manipulações do nível e vazão das águas do rio Doce.[49]

O rio impactado

editar
 
Reservatório da Usina Hidrelétrica Risoleta Neves atingido pelo rompimento de barragem em Mariana em 2015. Foto de julho de 2016.

Após a enchente de 1979, foram iniciadas operações de monitoramento do nível do rio Doce pelos órgãos públicos, através de estações pluviométricas e fluviométricas.[50] Contudo, a preocupação com a conservação do rio só se intensificou entre o fim do século XX e início do século XXI, devido aos problemas ambientais estarem afetando as cidades da bacia cada vez mais intensamente. Dentro do contexto de dar atenção às condições das águas houve a criação do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Doce (CBH-Doce) e a consolidação de comitês em sub-bacias a partir de 2002.[51][52] A cobertura por estações de tratamento de esgoto se expandiu, mas de forma tímida,[52] chegando a 10% das cidades da bacia com algum tipo de tratamento de esgoto urbano em 2010.[53]

Na década de 2010, em função das secas na Região Sudeste, o rio Doce passou por um quadro de escassez hídrica sem precedentes.[52][54] Já severamente corrompido, teve seu curso invadido pela lama da barragem de rejeitos de mineração da Samarco (subsidiária da Vale S.A.) que se rompeu em Mariana em 5 de novembro de 2015.[55][56] Esse desastre ambiental deixou impactos de curto, médio e longo prazo provocados pelo acúmulo de metais pesados nas águas e no solo, além das perdas humanas e das marcas na memória das comunidades afetadas.[57] Em janeiro de 2022, Governador Valadares registrou sua terceira maior enchente até então, superada apenas pelas cheias de 1979 e 1997.[58]

Aspectos geográficos

editar

Drenagem

editar
 
Imagem de satélite que mostra o estuário do rio Doce no oceano Atlântico

O rio Doce é formado a partir da confluência dos rios Piranga e do Carmo entre os municípios de Ponte Nova, Rio Doce e Santa Cruz do Escalvado, no estado de Minas Gerais.[59] Desse ponto, o curso percorre 853 quilômetros (km) até sua foz no oceano Atlântico,[60] na altura do povoado de Regência Augusta, em Linhares, no Espírito Santo, onde forma um estuário.[61] O Instituto Estadual de Florestas de Minas Gerais (IEF-MG) considera a nascente do rio Piranga, localizada na serra da Mantiqueira, em Ressaquinha, como a "primeira nascente da bacia hidrográfica",[62] porém o curso principal se inicia na nascente do rio Xopotó em Desterro do Melo, afluente do rio Piranga.[59][63] Considerando esse percurso, o leito principal possui 888 km até a foz.[59]

Além de seus formadores (rios Piranga e do Carmo), os principais afluentes do rio Doce incluem, pela margem esquerda, os rios Piracicaba, Santo Antônio, Corrente Grande, Suaçuí Pequeno, Suaçuí Grande (estes em Minas Gerais), Pancas e São José (estes no Espírito Santo). Pela margem direita os principais afluentes são os rios Casca, Matipó, Caratinga, Manhuaçu (em Minas Gerais), Guandu, Santa Joana e Santa Maria do Rio Doce (no Espírito Santo).[60][64] O trecho até a foz do rio Matipó é denominado "alto rio Doce"; desse ponto até a divisa de Minas Gerais com o Espírito Santo é considerado como "médio rio Doce" e a jusante é chamado de "baixo rio Doce".[65]

Segundo o Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Doce (CBH-Doce), a bacia do rio Doce abrange 86 175 quilômetros quadrados (km²) de área de drenagem, que é composta pelas sub-bacias dos rios Piranga, Piracicaba, Santo Antônio, Suaçuí (Pequeno e Grande), Caratinga e Manhuaçu em Minas Gerais; e rios Guandu, Santa Joana e Santa Maria do Doce, dos "pontões e lagoas" e "Barra Seca e da foz" (do rio Doce) no Espírito Santo.[66] A bacia faz parte da região hidrográfica do Atlântico Sudeste[59] e totaliza pelo menos 300 mil nascentes,[67] incluindo lagoas, que estão concentradas no sistema lacustre do Parque Estadual do Rio Doce e nas lagoas costeiras de Linhares.[68] É considerada a principal bacia totalmente inserida na Região Sudeste do Brasil.[69]

 
Foz do rio Piracicaba (à direita) no rio Doce, nas proximidades da zona urbana de Ipatinga. As águas turvas em ambos se devem a um período de chuvas intensas.

A topografia e a maritimidade interferem diretamente nas características climáticas da bacia do rio Doce. Os meses de inverno correspondem ao auge da estação seca, devido ao domínio de sistemas de alta pressão atmosférica que impedem a formação de instabilidades. Nesse período também ocorre a intrusão de massas de ar polar, que favorecem a queda das temperaturas. Mesmo assim, o relevo e a maritimidade dificultam a manutenção de temperaturas médias baixas (menos de 18 °C) no mês mais frio do ano na maioria das altitudes abaixo dos 300 metros. No verão, por outro lado, a temperatura se eleva facilmente e a influência de instabilidades tropicais configura a estação das chuvas.[70]

A vazão média do rio Doce varia de 167,1 metros cúbicos por segundo (m³/s) na Fazenda Cachoeira d'Antas a 984,2 m³/s em Linhares.[71] Nos meses da estação seca o nível e vazão são significativamente reduzidos devido à precipitação escassa, causando a formação de bancos de areia no manancial, em associação ao assoreamento.[72] Já na estação chuvosa ocorre o aumento do nível e da vazão e posteriormente enchentes nos locais mais baixos das margens. Com a intensificação das chuvas também é comum a elevação da turbidez da água.[73]

O histórico de problemas relacionados a enchentes levou à instalação de uma série de estações pluviométricas e fluviométricas no rio Doce e em seus afluentes, que são administradas pela Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM) e que visam a alertar a população de possíveis transbordamentos.[50] Por outro lado, desde a década de 1990, a região vem enfrentando secas cada vez mais prolongadas,[74] o que propiciou o surgimento de áreas susceptíveis à desertificação na extremidade norte (em Minas Gerais) e a nordeste (no Espírito Santo) da bacia do rio Doce.[75] As chuvas decrescentes, acrescentadas à degradação ambiental, provocaram uma redução de 15% das águas superficiais do rio Doce em Minas Gerais entre 1990 e 2020.[76]

Geomorfologia e geologia

editar
 
A Ilha dos Araújos, visível ao centro da imagem, em Governador Valadares, é a maior ilha do rio Doce.

O relevo da bacia do rio Doce é significativamente acidentado, caracterizado pelos chamados mares de morros.[59] A maioria de seus formadores possuem nascentes acima de 1 000 metros de altitude, entre as serras da Mantiqueira e do Espinhaço, mas em São José do Goiabal a altitude do rio atinge os 378 m.[60] O curso demarca uma zona rebaixada chamada de depressão interplanáltica do rio Doce, cujas altitudes médias em seu interior variam de 250 a 500 m em colinas de declividade média. Esse vale principal, ao redor do rio Doce, dá origem ao nome da região do Vale do Rio Doce em Minas Gerais, enquanto que o entorno dessa depressão é marcado por bruscos desníveis de altitude.[77]

Até chegar a Governador Valadares o rio segue um trajeto sudoeste–nordeste que intercede a unidade geológica denominada "Cinturão Atlântico", que faz parte da Província Mantiqueira. Esse trecho do manancial é moldado pela divisa da Província Mantiqueira entre suas porções oriental e ocidental, seguindo um traçado parecido com o da costa do Espírito Santo que corta o relevo acidentado. A jusante de Governador Valadares a disposição do leito passa a ser oeste–leste até a foz, trecho em que o relevo circundante se torna predominantemente alternado entre planícies e planaltos.[78] O traçado do leito, portanto, varia conforme o relevo, alternando entre meandros, retilíneos e anastomosados, embora o rio também seja fundamental para moldar o relevo. As ilhas são relativamente mais comuns no médio rio Doce;[79] sendo a maior delas a Ilha dos Araújos.[80]

 
Trecho do médio rio Doce com relevo ondulado e montanhoso ao redor

Na depressão do rio Doce predominam rochas do complexo gnáissico-magmático-metamórfico, dentre as quais se sobressaem biotita-gnaisse, rochas graníticas e granito-gnáissicas e, em menor escala, de rochas do complexo charnoquítico.[77] Os solos dominantes são das classes latossolo vermelho-amarelo e argissolo vermelho-amarelo. Desses, o argissolo é o mais propício à erosão, ao mesmo tempo de ser o mais adequado a algumas culturas agropecuárias da região, como milho, arroz, café e pastagens.[77] Em menor escala são encontrados latossolo húmico, solos litólicos, cambissolos e afloramentos de rochas.[77][81]

A susceptibilidade à erosão é classificada como "forte" em 58% da área da bacia e "média" em 33%,[79] o que se deve aos tipos de solo em associação ao relevo acidentado e às características das chuvas (muitas vezes fortes e localizadas). As áreas mais propensas ao surgimento de erosão são as sub-bacias dos rios Casca, Matipó, Suaçuí Grande e Caratinga e o próprio rio Doce entre Baguari (Governador Valadares) e Independência (Resplendor).[81] Contudo, o manejo incorreto do solo também contribui significativamente para o agravamento da erosão, favorecendo o assoreamento do manancial e dos afluentes.[79][81] Nesse sentido, os rios do Carmo e Piracicaba são os mais afetados pela erosão provocada pela atividade humana, em razão do uso das águas e da terra para a mineração e siderurgia.[82]

Uso do solo e biodiversidade

editar
 
Rio Doce visto da Ilha dos Araújos, em Governador Valadares, com pastagens visíveis ao fundo.
 
Rio Doce entre Marliéria e Pingo-d'Água, em Minas Gerais, visto da Ponte Queimada, podendo-se notar plantações de eucalipto ao fundo.

O bioma original predominante na área da bacia é a Mata Atlântica, com pequena representação do Cerrado a oeste, correspondendo a 2% da área.[83] No entanto, a cobertura do solo sofreu considerável alteração devido às intervenções antrópicas, sobretudo em função da agropecuária, das indústrias e do reflorestamento com eucalipto.[36] No médio rio Doce a maior parte da mata nativa foi desmatada no decorrer do século XX para a extração de madeira destinada à produção de carvão, a fim de abastecer as indústrias localizadas em João Monlevade e no Vale do Aço, e para as criações de gado.[36][84] Posteriormente muitas dessas áreas foram aproveitadas para o cultivo de eucalipto.[84]

No Espírito Santo a retirada da mata nativa ocorreu sobretudo para dar espaço ao cultivo do café, cuja cultura teve seu auge entre as décadas de 1940 e 1960.[85] Nas décadas seguintes a cafeicultura passou a dividir sua representatividade no uso do solo com as pastagens e com a monocultura do eucalipto.[86] Outro fator que acelerou o desmatamento das margens do rio Doce foi a construção da Estrada de Ferro Vitória a Minas no decorrer da primeira metade do século XX.[85] Acompanhando o curso do manancial entre Colatina e o Vale do Aço em vários trechos, a via férrea foi a responsável por originar diversos núcleos urbanos e acelerar a industrialização, assim como provocar bruscas alterações na paisagem original.[28][29][85]

Da área total da bacia, cerca de 59% são utilizados por pastagens, 5% pela agropecuária, 4% pelo reflorestamento e 27% pela mata nativa. Cabe ressaltar, entretanto, que o percentual de cobertura florestal natural está distribuído em pontos isolados de áreas não devastadas.[79] Cerca de 28% da área de drenagem são classificados como "áreas prioritárias de preservação", o equivalente a 2 450 000 hectares (h), mas apenas 4,46% desse total são protegidos por unidades de conservação de proteção integral.[87] Além disso, a supressão de mata nativa é crescente, sendo que a área de drenagem perdeu 1 857 h de mata nativa de 2018 a 2019.[88] A sub-bacia do rio Suaçuí Grande, que perdeu 969 h de mata nativa, é a segunda bacia hidrográfica inserida no domínio da Mata Atlântica que mais desmatou no país nesse período, perdendo apenas para a bacia do rio Gurgueia (989 h), afluente do rio Parnaíba.[88]

Segundo dados de 2011, a fauna íctica do rio Doce é composta por 99 espécies, das quais 71 são nativas e 28 exóticas.[89] Das nativas, pelo menos seis estão ameaçadas de extinção, sendo elas: timburé (Hypomasticus thayeri), piabanha (Brycon dulcis), pirapitinga (Brycon opalinus), crumatã (também conhecido como curimatá ou curimba; Prochilodus vimboides), andirá (Henochilus wheatlandii) e surubim-do-doce (Steindachneridion doceanum).[90] As transformações ambientais sofridas pelo manancial ao longo de sua história foram a causa de uma significativa redução da disponibilidade de populações,[91][92] em especial o assoreamento, a poluição e as usinas hidrelétricas, que geram obstáculos ao desenvolvimento e deslocamento dos peixes.[91] Entretanto, a caça indiscriminada[92] e a inserção descontrolada de espécies exóticas também são fatores que contribuíram com o declínio dessa população.[91] O peixe-boi-marinho (Trichechus manatus) e a ariranha (Pteronura brasiliensis) são exemplos que podiam ser encontrados até o século XX.[92] Vale salientar que os impactos provocados pelo rompimento de barragem em Mariana em 2015 sobre a fauna íctica do leito ainda estão sendo calculados.[93]

Participação socioeconômica

editar

Demografia

editar
 
Rio Doce cortando a cidade de Governador Valadares, município mais populoso da bacia hidrográfica.
 
Rio Doce visto da Ponte Metálica, trecho da BR-458, entre Caratinga e Santana do Paraíso.

Segundo o Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Doce (CBH-Doce), a bacia do rio Doce abrange total ou parcialmente 229 municípios, dos quais 203 estão em Minas Gerais e 26 no Espírito Santo. Do total, 211 têm a sede localizada na área da bacia,[94] que possui uma população de mais de 3,6 milhões de habitantes.[59] Cabe ressaltar que a quantidade de municípios varia conforme a fonte, sendo que a Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) considera 225 municípios.[59] Os mais populosos são Governador Valadares e Ipatinga, ambos em Minas Gerais, que juntos concentram mais de 540 000 habitantes.[95] Outros municípios com mais de 100 mil habitantes são Coronel Fabriciano, Itabira e Ubá em Minas Gerais e Colatina, Linhares e São Mateus no Espírito Santo.[95]

Um total de 38 municípios são banhados pelo rio Doce, considerando a partir do encontro dos rios Piranga e do Carmo, sendo 34 em Minas Gerais[96] e quatro no Espírito Santo.[97] Desses, Ipatinga, Governador Valadares, Colatina e Linhares são as cidades mais populosas das margens.[59][95] Entretanto, os municípios de Coronel Fabriciano, Ipatinga, Santana do Paraíso e Timóteo compõem a Região Metropolitana do Vale do Aço, que se trata do maior adensamento populacional da bacia.[98] Juntamente com seu colar metropolitano as cidades formam uma rede de mais de 778 mil habitantes, segundo estimativas de 2021.[99] Do total de residentes da bacia do rio Doce, cerca de 70% habita as zonas urbanas.[98] A concentração em áreas urbanas está diretamente ligada ao êxodo rural gerado pelo processo de industrialização e desenvolvimento das principais cidades,[85][98][100] porém mais de 100 municípios ainda possuem população rural superior à urbana.[98] As rodovias federais mais importantes que intercedem a região são a BR-381, BR-116, BR-262, BR-101, BR-259 e BR-458.[98][101]

Cerca de 51% do total das águas extraídas diretamente da bacia do rio Doce são destinadas às irrigações, 22% ao abastecimento urbano, 17% às indústrias, 7% à dessedentação animal e 4% ao abastecimento rural.[102] Segundo informações de 2010, o total explorado para suprir às demandas equivale a 29,733 metros cúbicos por segundo (m³/s),[103] valor que era considerado como dentro dos limites da Organização das Nações Unidas (ONU), comparando-o com a disponibilidade.[104] No entanto, a demanda de consumo humano e industrial é significativamente crescente,[103] ao mesmo tempo que as estiagens e a degradação ambiental cada vez mais intensas têm reduzido a disponibilidade hídrica.[76][105] A sub-bacia do rio Santa Joana, no Espírito Santo, já apresenta um quadro classificado como "preocupante".[104]

Municípios banhados pelo rio Doce (numeração em ordem alfabética):
Aimorés
Alpercata
Baixo Guandu
Belo Oriente
Bom Jesus do Galho
Bugre
Caratinga
Colatina
Conselheiro Pena
Córrego Novo
Dionísio
Fernandes Tourinho
Galileia
Governador Valadares
Iapu
Ipaba
Ipatinga
Itueta
Linhares
Marilândia
Marliéria
Naque
Periquito
Pingo-d'Água
Ponte Nova
Raul Soares
Resplendor
Rio Casca
Rio Doce
Santa Cruz do Escalvado
Santana do Paraíso
São Domingos do Prata
São José do Goiabal
São Pedro dos Ferros
Sem-Peixe
Sobrália
Timóteo
Tumiritinga
  Leito do rio Doce
  Oceano Atlântico

Uso direto das águas

editar
 
Vista de Itapina, distrito de Colatina, a partir de uma balsa no rio.

A pesca ainda se faz presente no rio Doce, embora a população íctica de algumas espécies tenha se reduzido ao longo do tempo devido aos impactos provocados pela ação humana.[91] O manancial possibilita o exercício dessa atividade tanto de forma profissional como amadora,[106] mas a prática da piscicultura vem sendo amplificada e incentivada em alternativa à pesca predatória, tendo em vista que favorece o desenvolvimento dos peixes no rio.[107] Durante o período da piracema, que normalmente vai de 1º de novembro a 28 de fevereiro, restrições são aplicadas de modo a favorecer o deslocamento dos peixes até a cabeceira para se reproduzir, como por exemplo com limite de três quilos e limitação a algumas espécies exóticas.[108]

Em toda a bacia do rio Doce, havia 1 699 pessoas com dez anos de idade ou mais ocupadas com a pesca e 216 com a piscicultura, distribuídas em 39 e 19 municípios, respectivamente, em 2010.[109] Além da pesca, as águas do manancial são utilizadas para o lazer por populações das margens, como por exemplo para nadar e para a prática de surfe[110] e canoagem em corredeiras,[110][111] mas o excesso de poluentes é um risco à saúde[110] e ocasionalmente acontecem afogamentos.[112][113] Outra forma de uso é para o transporte informal em balsas e canoas entre localidades próximas, de forma a encurtar caminhos terrestres, porém a proliferação de bancos de areia durante estiagens prolongadas ocasionalmente compromete os trajetos.[114]

Depois de dominados e exterminados pelos colonizadores, os índios aimorés, cujo domínio se estendia originalmente sobre o extremo sul da Bahia, o norte do Espírito Santo e o leste de Minas Gerais, restringiam-se a cerca de 630 indivíduos espalhados pelo Brasil segundo dados de 2017. Desse total, aproximadamente 430 são crenaques que habitam uma área demarcada como terra indígena na margem esquerda do rio Doce em Resplendor.[20] Do rio dependem para a sobrevivência, uma vez que o utilizam para suprimento, irrigação, lazer, rituais e pesca, embora essas atividades tenham sido comprometidas pelo rompimento de barragem em Mariana em 2015.[115][116]

Economia

editar
 
Vertedouro da Usina Hidrelétrica de Aimorés com a Pedra da Lorena ao fundo em Aimorés

Cerca de 18% do Produto Interno Bruto (PIB) dos municípios da área de abrangência da bacia do rio Doce são originados da agropecuária, 27% do setor industrial e 55% são adicionados pelo comércio e/ou prestação de serviços.[117] Sua área em Minas Gerais representa cerca de 13% na participação do PIB do estado, enquanto que no Espírito Santo representa 9%.[118] Em relação à agricultura os principais cultivos são de cana-de-açúcar e café, ao mesmo tempo que na pecuária os principais são os bovinos (gado leiteiro e de corte) e suínos.[119] A agricultura da bacia possui relativa representatividade no Espírito Santo,[120] principalmente devido à cafeicultura.[121][122]

A área de drenagem possui uma presença marcante da atividade industrial, sobressaindo-se na extração mineral, metalurgia e fabricação de celulose.[98] Algumas das principais áreas de mineração do país estão situadas na sub-bacia do rio Piracicaba, a exemplo das minas do Brucutu em São Gonçalo do Rio Abaixo e Gongo Soco em Barão de Cocais e dos campos de extração de minério de ferro da Vale em Itabira e da Samarco em Mariana.[123] Também há de se ressaltar a extração de rochas ornamentais na divisa entre Minas Gerais e o Espírito Santo.[123] Em 2016, existiam 366 áreas de concessão de lavra, sendo a maioria delas (31,4% do total) de minério de ferro, seguida da extração de rochas ornamentais (25,1%).[124] Além dessas, há reservas de bauxita, calcário, caulim, gemas, material de construção, minério de manganês e ouro, dentre outros minérios.[123]

A bacia do rio Doce comporta alguns dos principais polos siderúrgicos de Minas Gerais, com destaque às usinas da ArcelorMittal Aços Longos (em João Monlevade), Aperam South America (em Timóteo) e Usiminas (em Ipatinga).[98][125] A produção de eucalipto destinado à produção de celulose, por sua vez, acontece em toda a bacia.[126] Além de constituir matéria prima e de gerar uma das principais fontes de renda, é a responsável por produzir uma significativa movimentação fundiária.[127] A extração madeireira para a produção de carvão ainda pode ser encontrada, porém de 2000 a 2006 esse tipo de extrativismo recuou 33,55%, ao passo de que os cultivos de eucalipto para celulose cresceram 11% no mesmo período.[126]

O rio Doce possui um potencial hidrelétrico relevante que é aproveitado pelas indústrias da região e pelo Sistema Interligado Nacional (SIN) através de usinas hidrelétricas (UHEs) e pequenas centrais hidrelétricas (PCHs). Em 2016, quatro usinas hidrelétricas estavam situadas no leito, sendo elas Risoleta Neves, Baguari e Aimorés em Minas Gerais e Mascarenhas no Espírito Santo,[59] todas integradas ao SIN.[128] A Usina Hidrelétrica de Aimorés é a principal em potência gerada, com capacidade de produzir 330 megawatts por hora (mW/h) de energia.[129] Outras seis usinas hidrelétricas estavam localizadas em mananciais afluentes. Ao todo, a bacia somava 29 pequenas centrais hidrelétricas naquele ano,[59] além das que estavam em fase de outorga e/ou projeto.[129]

Ecologia e meio ambiente

editar

Degradação

editar

Ao mesmo tempo que a área coberta por mata nativa é dissolvida em pontos isolados não devastados,[79] o rio Doce e seus afluentes são muito castigados pela poluição gerada por dejetos oriundos da atuação das indústrias locais,[82][130] esgoto urbano,[131] desmatamento desenfreado, mineração e manipulação desmedida de suas águas.[82][88] As contaminações industrial e urbana, associadas à ausência de controle ambiental, tornavam o rio Doce o décimo mais poluído do Brasil segundo o Índice de Desenvolvimento Social (IDS) calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2011, portanto antes mesmo do rompimento de barragem em Mariana em 2015.[69] Em 2014, a bacia era apontada como a mais degradada de Minas Gerais.[132]

No contexto urbano

editar
 
Áreas povoadas na margem do rio Doce em Governador Valadares
 
Rio Doce em Colatina

O rio Doce recebe o esgoto despejado por pelo menos 80% das cidades localizadas em suas margens sem qualquer tipo de tratamento, de acordo com informações de 2019.[133] A mesma porcentagem de municípios da bacia também não possui tratamento de águas residuais, sendo que a poluição dos afluentes afeta diretamente o curso principal.[134][135] Em diversos trechos ao longo de todo o manancial e de seus afluentes a presença de poluentes oriundos de esgoto é suficiente para tornar as águas inapropriadas para a irrigação e para consumo animal ou humano,[136][137] situação que impacta as condições de vida e saúde da população e a transmissão de doenças.[133]

Uma análise feita a pedido do Estado de Minas, divulgada em abril de 2014, mostra que as águas do rio Piranga apresentavam 1 200% de coliformes fecais acima do aceitável pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) após deixar a cidade de Ponte Nova e antes de se encontrar com o rio do Carmo para formar o rio Doce. Em Ipatinga a concentração era 40% maior que o limite, enquanto que em Governador Valadares chegava a 240%. No encontro dos rios Piranga e do Carmo a presença de coliformes termotolerantes estava em 5 172% acima do aceitável.[132] Cidade mais populosa banhada pelo rio Doce, Governador Valadares tinha todo o esgoto da zona urbana direcionado sem nenhum tratamento ao manancial segundo informações de 2021,[138] embora estações de tratamento estivessem em construção desde 2014.[139] Ao mesmo tempo, o leito era a principal fonte de abastecimento da rede pública, mas uma nova fonte de captação estava em construção a partir do rio Corrente Grande.[140] A contaminação se estende até o oceano Atlântico, com registros de coliformes fecais na região da foz transportados através do curso hídrico.[141]

A poluição do manancial foi agravada pelo longo período de chuvas irregulares que a região enfrentou ao longo da década de 2010,[74] levando a uma considerável diminuição de seu nível médio e à extinção de nascentes da bacia.[76][142] Durante esse evento de seca o rio apresentou o menor nível desde quando começaram a ser feitas medições,[54] mas, como ressaltado anteriormente, a precipitação média na área da bacia começou a se reduzir na década de 1990.[74] A baixa vazão, aliada ao assoreamento, contribuiu com a proliferação de bancos de areia e fez com que localidades que dependem do rio e seus afluentes enfrentassem desabastecimento.[54][72] Por outro lado, eventos ocasionais de chuvas intensas elevam rapidamente o nível do leito e ameaçam zonas povoadas que se estabeleceram em áreas de risco.[50][58]

No contexto socioeconômico

editar
 
Trecho alagado do rio Corrente Grande no reservatório da Usina Hidrelétrica de Baguari, entre Periquito e Governador Valadares.
 
Assoreamento em Conselheiro Pena, no médio rio Doce.

A atividade mineradora, concentrada principalmente nas bacias dos rios do Carmo e Piracicaba, provoca um forte processo de assoreamento em ambos os cursos que afeta o rio Doce a jusante.[82] A concentração de minerais e poluentes também é atribuída à mineração, sendo que a presença de ferro dissolvida nas águas era 23% acima do aceitável pelo CONAMA no encontro dos rios Piranga e do Carmo em 2014. Em Ipatinga a quantidade de manganês era 52% maior que o ideal.[132] O desmatamento e o manejo incorreto do solo para a agropecuária, por sua vez, intensificam o processo erosivo, especialmente em áreas de relevo ondulado, fazendo com que sedimentos escoem mais rapidamente na direção dos cursos hídricos da bacia.[79][81]

As plantações de eucalipto em larga escala acarretaram uma profunda mudança na paisagem natural, tendo em vista que se trata de vastas áreas ocupadas por uma mesma espécie de plantio.[86] Isso reduziu o ecossistema florestal da região e ampliou o assoreamento frente à manipulação do solo em larga escala. Além disso, o uso de fertilizantes e agrotóxicos é necessário de forma a garantir sua produtividade, ao mesmo tempo que a grande quantidade de água utilizada pelas indústrias de celulose depende dos mananciais da bacia.[143] No que se refere aos aspectos socioeconômicos, as terras ocupadas pelo eucalipto cultivado pelas grandes indústrias não podem ser usufruídas pelas comunidades locais, menosprezando hábitos e costumes regionais e a própria presença humana.[143][144]

A construção de usinas hidrelétricas também produziu alterações severas na paisagem, uma vez que o leito é barrado.[131] A montante das barragens ocorreu o alagamento das margens, o que incluiu áreas nativas e zonas povoadas que precisaram ser reassentadas.[145] A sede da cidade de Itueta precisou ser totalmente reconstruída em outro local, de 1999 a 2004, para a implantação da Usina Hidrelétrica de Aimorés no curso do rio Doce.[146] A jusante, por sua vez, o nível do manancial foi bruscamente reduzido devido à retenção das águas.[131] Por conta de uma canalização, o leito também deixou de banhar a sede de Aimorés, que se localiza onde antes era a margem direita do rio Doce. Redução da quantidade de peixes também foi observada na área de abrangência dessa usina, gerando insegurança alimentar aos índios crenaques e a pescadores que dependem do rio.[145]

Desastre ambiental em 2015

editar
 Ver artigo principal: Rompimento de barragem em Mariana
 
Águas lamacentas no rio Doce em Galileia, Minas Gerais, em novembro de 2015, em consequência do rompimento de barragem em Mariana.

O manancial foi severamente afetado pelo rompimento de uma barragem de rejeitos operada pela mineradora Samarco (de controle acionário das empresas Vale S.A. e BHP Billiton) ocorrido em Mariana em 5 de novembro de 2015. A lama de rejeitos atingiu primeiramente o rio Gualaxo do Norte, depois de 48 km chegou ao rio do Carmo e 22 km a jusante desembocou onde este se encontra com o rio Piranga para formar o rio Doce.[147][148] Um total de 19 pessoas morreram na tragédia e houve a destruição total das localidades de Bento Rodrigues e Paracatu de Baixo, a jusante da barragem, em Mariana.[149] No momento do acidente não houve nenhum tipo de alerta em massa para as comunidades.[150]

Além das perdas humanas, a lama de rejeitos que invadiu o rio Doce no decorrer dos dias e semanas seguintes deixou os municípios abastecidos pelo manancial impossibilitados de utilizarem sua água, inclusive Governador Valadares, que decretou estado de calamidade pública.[151] As águas foram contaminadas por altos índices de elementos como arsênio, manganês, chumbo, alumínio e ferro.[152] Por causa da contaminação, comunidades inteiras ficaram dependentes de caminhões-pipa, rodízio de distribuição e doações de água potável engarrafada de outros municípios durante mais de um mês,[152][153][154][155] sendo que o rio já enfrentava um quadro de crise hídrica devido à estiagem prolongada.[156] Ao todo, 1 469 h de terras também foram atingidos em Minas Gerais e no Espírito Santo.[157] Em 22 de novembro os rejeitos chegaram ao oceano Atlântico.[158]

 
Imagem da foz do rio Doce no oceano Atlântico, semanas após o desastre em Mariana.

Atividades econômicas, como a pesca e o turismo, foram totalmente prejudicadas pela chegada da lama.[159] Os impactos sobre a fauna íctica ainda são desconhecidos em sua totalidade,[93] mas se sabe que praticamente todos os peixes do alto rio Doce atingidos morreram.[160] Um mês após a tragédia pelo menos onze toneladas de peixes haviam sido recolhidas em todo o curso hídrico.[157] No oceano os sedimentos percorreram cerca de 250 km a norte da foz do rio Doce[161] e eram registrados no arquipélago de Abrolhos em junho de 2016, atingindo uma área com importante conjunto de ecossistemas marinhos e recifes de coral.[162] Esse é considerado assim o desastre industrial que causou o maior impacto ambiental da história brasileira e o maior do mundo envolvendo barragens de rejeitos, com um volume despejado de mais de 55 milhões de metros cúbicos.[55]

A Samarco voltou a operar em Mariana em dezembro de 2020, altura em que ninguém havia sido julgado pelo ocorrido, nenhuma casa havia sido entregue a título de indenização e a recuperação ambiental ainda estava por concluir.[163] No decorrer dos anos a contaminação provocada pelo acidente decresceu,[164] porém passados seis anos, em 2021, metais como ferro e alumínio estavam presentes no manancial de forma superior ao que era antes.[165] O estuário do rio Doce ainda possuía uma concentração de manganês nove vezes maior que o normal.[166] Os impactos no solo causados pela intrusão de metais também permaneciam, com a limitação do restabelecimento da vegetação e do ecossistema.[167]

Tratamento e conservação

editar
 
Águas do rio Doce em meio à mata ciliar nos limites do Parque Estadual do Rio Doce, perto da Ponte Queimada.

Segundo dados relativos a 2010, apenas 10% das cidades da bacia do rio Doce contavam com algum tipo de tratamento de seu esgoto urbano. Dentre elas, Catas Altas, Ipatinga, Itabira, Rio Doce e São José do Goiabal em Minas Gerais e Rio Bananal e São Gabriel da Palha no Espírito Santo eram as únicas a tratarem 100% do efluente.[53] Já em 2022, 44 municípios da bacia, aproximadamente 20% do total de 229, tratavam pelo menos 30% das águas residuais. Anualmente é coletada uma média de 295 milhões de metros cúbicos (m³) de esgoto, mas somente 8,3% desse valor é tratado antes de ser despejado nos cursos hídricos. Ao mesmo tempo, os serviços de coleta e tratamento de esgoto abrangiam de forma simultânea 23,5% da população da área de drenagem.[168]

O rio Doce possui diversas estações de monitoramento da qualidade das águas, administradas pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico e pelo Instituto Mineiro de Gestão de Águas (IGAM), com análises regulares de parâmetros físico-químicos e biológicos. O monitoramento foi intensificado após o acidente com a barragem de Mariana em 2015.[160][169] Como medida compensatória do rompimento de barragem em Mariana em 2015, houve um Termo de Ajuste de Conduta (TAC) acordado entre a Samarco, a Vale, a BHP Billiton e os governos federal, mineiro e capixaba que criou a Fundação Renova. Trata-se de uma organização sem fins lucrativos que tem o objetivo de reparar os danos causados pelo acidente.[170][171]

Além de tratar de indenizações e construções de casas aos moradores que perderam suas habitações,[172] a Fundação Renova ficou responsável pela recuperação ambiental da área atingida. Nesse sentido, a entidade destinou recursos aos municípios para a construção de estações de tratamento de esgoto e manutenção de sistemas de saneamento na bacia do rio Doce.[133] Também alega trabalhar na recuperação de 5 000 nascentes e 40 000 hectares de áreas degradadas por pecuária extensiva, mineração, desmatamentos e incêndios.[173] Contudo, como já ressaltado, as indenizações e a recuperação ambiental são marcadas por atrasos e a baixa eficácia foi motivo de questionamentos pelo Ministério Público do Estado de Minas Gerais (MPMG), que também acusou a fundação de propaganda enganosa.[174]

Gestão das águas

editar
 
Estação de tratamento de esgoto situada próxima à foz do ribeirão Ipanema no rio Doce em Ipatinga

O rio Doce é considerado um rio de relevância nacional por banhar mais de um estado, conforme definido na Constituição Federal. O Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Doce (CBH-Doce), instalado sob o amparo da Resolução do Conselho Nacional de Recursos Hídricos (CNRH) em 2002, constitui o órgão normativo e deliberativo responsável pela gestão de recursos hídricos da bacia através da intermediação entre os atores da sociedade. Encontra-se subordinado ao governo federal e está composto por membros dos poderes públicos, empresas e sociedade civil. Suas funções incluem o monitoramento de conflitos, a promoção do saneamento básico, a preservação e a recuperação dos recursos hídricos da bacia e a cobrança pelo uso das águas.[51]

Ao comitê da bacia do rio Doce se encontram subordinadas seis unidades de planejamento em Minas Gerais, que correspondem aos comitês das sub-bacias dos rios Piranga, Piracicaba, Santo Antônio, Suaçuí (Pequeno e Grande), Caratinga e Manhuaçu. No Espírito Santo, há os comitês das sub-bacias dos rios Guandu, Santa Joana e Santa Maria do Doce, dos "Pontões e Lagoas do Rio Doce" e "Barra Seca e Foz do Rio Doce".[66] Dentre as ações do CBH-Doce estão o financiamento e/ou execução de obras de sistemas de água e esgoto,[175] de programas de uso racional da água e segurança hídrica,[176] de programas de convivência com as cheias, de atividades de educação ambiental e de intervenções de controle de produção de sedimentos;[177] o beneficiamento de propriedades rurais com tecnologias de captação e armazenamento de água;[178] o apoio e acompanhamento de trabalhos de reflorestamento e recuperação ambiental;[179] e a elaboração de planos integrados e estudos para gestão de recursos naturais.[180]

Preservação ambiental

editar
 
Sede do Instituto Terra em Aimorés, área da bacia que é considerada como reserva particular do patrimônio natural (RPPN).

A cobertura de mata ciliar no curso do rio Doce é restrita a 14,9% de suas margens em Minas Gerais e 21,3% no Espírito Santo,[181] mas somente 1% é preservado com mata nativa,[131] o que é resultado do uso dominante do solo pelas atividades econômicas da região.[117][181] Em 2010, a bacia contava com 19 unidades de proteção integral dentre parques nacionais, estaduais e municipais, estações ecológicas, reservas biológicas e monumento natural (Pontões Capixabas), que se diferenciam pela proibição do uso direto de seus recursos naturais. Além disso, havia 20 reservas particulares do patrimônio natural (RPPNs) e 60 áreas de proteção ambiental (APAs),[182] embora as APAs possam ser apenas demarcadas, sem existirem instrumentos de gestão.[183]

A nascente que é considerada como a primeira do rio Doce, em Ressaquinha, encontra-se em uma propriedade particular, mas foi cercada pelo IEF-MG em 2019.[62] Entretanto, as águas são comprometidas a jusante pela mineração desenfreada e pelo esgoto.[132] O Parque Estadual do Rio Doce (PERD), criado com a intenção de resguardar um dos últimos remanescentes de mata nativa do Vale do Rio Doce em 1944, abriga a maior reserva de Mata Atlântica da bacia e de Minas Gerais, além de constituir um dos maiores sistema lacustres do mundo. O curso hidrográfico margeia o parque, que possui 36 mil hectares distribuídos entre os municípios de Dionísio, Marliéria e Timóteo.[60][184] O estuário do manancial em Linhares, por sua vez, é monitorado por ser local de desova de tartarugas marinhas.[68]

No médio rio Doce está localizado o Instituto Terra, iniciado por Lélia e Sebastião Salgado com 700 h de terras degradadas reflorestadas com mata nativa em Aimorés.[185] Trata-se da chamada Fazenda Bulcão, onde está a nascente do córrego Bulcão, afluente do rio Doce, e que foi transformada em reserva particular do patrimônio natural (RPPN).[186] A iniciativa objetiva estender essa proteção a outras nascentes da bacia, estimulando proprietários de terra que possuam nascentes a protegê-las através da doação de materiais para cercá-las.[185]

Estudos e atividades em prol da conservação do rio Doce são realizados por órgãos públicos, empresas, ONGs ambientais, grupos ambientais e pesquisadores independentes.[187][188] Em 2014, a ONG The Nature Conservancy (TNC) iniciou um acompanhamento e a prestação de assessoria técnica na recuperação de 1 500 hectares de florestas da bacia do rio Doce, em associação ao Instituto de Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Espírito Santo (IEMA).[189] Em 2020, o Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Doce aderiu ao Protocolo de Monitoramento Governança das Águas do TNC, que se trata de uma ferramenta que avalia e identifica problemas de gestão do próprio comitê.[190] Também vale ressaltar que atividades de pesquisa a respeito das condições do curso hídrico e conservação de suas águas são produzidas por instituições de ensino e universidades.[191][192]

editar
 
Estrada de Ferro Vitória a Minas na margem do rio Doce em Itapina. À esquerda da imagem, a ponte inacabada da localidade.

Embora degradado, o rio Doce ainda é incorporado ao cotidiano de moradores ao redor do curso, seja por meio de seu uso direto ou unicamente por sua existência física. O curso está diretamente ligado à história das cidades que se desenvolveram em suas margens,[28][29][193] sendo referenciado inclusive com a denominação do município de Rio Doce. Esta, por sua vez, foi herdada da antiga estação ferroviária da localidade atendida pela Estrada de Ferro Leopoldina, a Estação Rio Doce, cujo nome é referência ao manancial.[194]

Aliado ao contexto histórico, o rio Doce se agrega a diversas paisagens que contêm significados individuais e coletivos para os moradores próximos, instigando memórias e lembranças.[195][196] Associado às variações de relevo e tempo (como ao pôr do sol), o curso hídrico também propicia a geração de paisagens físicas atrativas.[197][198] Vistas atrativas para o rio podem ser contempladas através do trem de passageiros da Estrada de Ferro Vitória a Minas, que circula diariamente entre as regiões metropolitanas de Vitória e Belo Horizonte.[197][199]

Para os índios crenaques, habitantes das margens no médio rio Doce, o curso hídrico possui sua própria personalidade, assim como cada manancial e cada montanha. Como partes da natureza, representam, afinal, um antepassado comum, com os quais se comunicam. Eles chamam o rio de "Watu",[200] que significa "rio que corre" ou "rio que fala".[115] O uso do leito possui valor simbólico não só para os indígenas, como também para indivíduos e comunidades que dependem dele. Isso é explícito em Regência Augusta, onde há comunidades de pescadores que sobrevivem da pesca artesanal no manancial.[201]

Em 2005, o governo de Minas Gerais oficializou o Circuito Turístico Trilhas do Rio Doce,[202] com o objetivo de estimular e divulgar o turismo em cidades do Vale do Rio Doce. Esses municípios possuem aspectos culturais, históricos e geográficos em comum que perpassam pela proximidade com o rio.[203] Em referência ao dia em que os colonizadores portugueses avistaram o rio Doce pela primeira vez, em 13 de dezembro de 1501, o dia 13 de dezembro é considerado o "Dia do Rio Doce".[204]

Referências culturais

editar

O Rio? É doce.
A Vale? Amarga.

Carlos Drummond de Andrade, em Lira Itabirana (1984)[205]

As paisagens físicas e culturais integradas ao rio, assim como as adversidades enfrentadas pelo leito, por vezes são exaltadas em manifestações culturais, como fotografias, publicações da mídia,[206] música[205] e literatura.[207][208] O fotógrafo Sebastião Salgado, conhecido internacionalmente por seu trabalho de enfoque social e humanitário,[209] é natural de Aimorés. Uma das inspirações de seu trabalho internacional "Gênesis" (ISBN 3-8365-3872-5; 2013) é a convivência dele com a natureza de sua terra natal, incluindo seu contato com o rio Doce e com o Instituto Terra, abordado anteriormente.[210][211] Na música, Beto Guedes, Tavinho Moura, Ronaldo Bastos compuseram "Rio Doce" em 1981, onde o manancial é descrito como cenário.[205]

O manancial é listado em Caramuru (1781), que narra a história do náufrago português Diogo Álvares Correia (o Caramuru) e sua convivência com os índios tupinambás. Rubem Braga, por sua vez, descreve o trecho capixaba nas obras Barra do Rio Doce (1949) e O lavrador (1954). Carlos Drummond de Andrade, ao questionar os impactos da mineração em Itabira no poema Lira Itabirana (1984), também faz referência ao rio Doce. Em 1996, Ziraldo, natural de Caratinga, lançou o livro O menino do Rio Doce, no qual descreve o contato com o leito em sua infância. O cheiro de Deus (2001), de Roberto Drummond, é outra obra literária que faz referência à poluição do rio.[195][205] Geny Vilas-Novas, nascida em Periquito, enfatiza o rio como cenário em obras como Flores de Vidro (2015), Onde Está Meu Coração? (2015)[212] e Uma história dentro da outra e Lendas do rio Doce (2017).[208]

Marcos atrativos

editar
 
O rio Doce com o Pico da Ibituruna ao fundo em Governador Valadares

O curso do rio Doce está diretamente ligado a uma série de bens remanescentes que se configuram como locais atrativos e de visitação. Alguns pontos de suas margens possuem praias de água doce, sendo uma das principais a Praia do Jaó, em Tumiritinga. Seu conjunto paisagístico foi reconhecido como patrimônio cultural pelo Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (IEPHA) em 2006.[213] Apesar da má qualidade das águas, com o contato direto com o rio devendo ser evitado,[214] o complexo também abrange área de eventos, pista de caminhada, área de preservação ambiental com trilhas e praça na margem do rio.[215]

Entre os municípios de Marliéria e Pingo-d'Água, em um dos limites do Parque Estadual do Rio Doce, encontra-se a Ponte Queimada. Embora tenha sido reconstruída na década de 1930, a fim de escoar a produção local de carvão vegetal, seu nome reverencia um incêndio no local provocado por indígenas no passado e a construção preserva suas características originais de vigamento de ferro e corpo em madeira.[216][217] Em substituição a essa ponte foi iniciada a construção de uma nova em Bom Jesus do Galho, também nos limites do parque estadual, mas a obra foi embargada em 1973, devido aos possíveis impactos ambientais à região. Essa se tornou a Ponte Perdida,[218] posteriormente aproveitada como ponto de monitoramento ambiental.[219]

 
Cúpula do antigo Farol do Rio Doce (1895)

Em Governador Valadares está localizada a Ponte do São Raimundo, que é a primeira grande ponte construída no município, com seu tabuleiro de 447 m de extensão servindo para a passagem da BR-116. Datada da década de 1940,[220] sua estrutura em pórtico com vigas em arco era tida como complexa para a localidade na ocasião de sua inauguração.[221] O rio Doce, assim como o Pico da Ibituruna, localizado em sua margem direita, está entre os principais símbolos da cidade enquanto integrantes da paisagem.[222] Em Itapina, distrito de Colatina, destaca-se na paisagem sobre o leito uma ponte em arco que foi abandonada sem nunca ser finalizada na década de 1950. As obras foram paralisadas por um erro de cálculo e jamais foram retomadas. A estrutura não pode ser reaproveitada por ter sido condenada devido ao desgaste com o tempo, mas pelo seu valor histórico e paisagístico foi tombada como parte do Sítio Histórico de Itapina.[223]

A Ponte Florentino Avidos, em Colatina, foi inaugurada como parte dos incentivos públicos ao desenvolvimento do norte capixaba em 1928. Além de ligar as regiões norte e sul da cidade, que é dividida pelo rio Doce, a construção se trata de um dos principais símbolos do município em conjunto com a Avenida Beira Rio e com o rio.[224] Na margem norte da foz do manancial, na vila de Regência Augusta, há de se destacar o Farol do Rio Doce, construído originalmente pela Marinha do Brasil em 1895. Doze anos mais tarde foi substituído por outro mais a sul, mas o antigo foi tombado pelo governo do Espírito Santo em 1998.[225]

Panorama da Ponte Queimada sobre o rio Doce vista da saída do Parque Estadual do Rio Doce, entre Marliéria e Pingo-d'Água.

Ver também

editar

Referências

  1. a b Espíndola 2021, p. 19–21
  2. Dessart, Rafael Lima (2009). «Caracterização estratigráfica do preenchimento do vale inciso do Baixo Rio Doce durante o pleistoceno superior-holoceno» (PDF). Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos): 6. Consultado em 31 de maio de 2022. Cópia arquivada (PDF) em 31 de maio de 2022 
  3. Espíndola 2021, p. 30–31
  4. a b c Espíndola 2021, p. 32–34
  5. Almeida, Helena Azevedo Paulo de (2013). «Bravos botocudo: indígenas bravios do Vale do Rio Doce e Belmonte» (PDF). Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP): 17. Consultado em 22 de maio de 2022. Cópia arquivada (PDF) em 22 de maio de 2022 
  6. a b Povos Indígenas do Brasil (2013). «Pataxó». Consultado em 9 de novembro de 2020. Cópia arquivada em 22 de maio de 2022 
  7. a b c d e f Ceciliano Abel de Almeida (12 de janeiro de 2015). «O desbravamento das selvas do Rio Doce (Memórias) - Rio Doce I». Estação Capixaba. Consultado em 23 de maio de 2022. Arquivado do original em 25 de julho de 2016 
  8. a b c d e f Espíndola 2021, p. 35–39
  9. a b Portes, Edileila Maria Leite (2011). «Desenhos de um território: Arte e Territorialidade na Sociedade Athorãn/Krenak no Vale do Rio Doce – MG» (PDF). Universidade Vale do Rio Doce (Univale): 11. Consultado em 22 de maio de 2022. Cópia arquivada (PDF) em 22 de maio de 2022 
  10. a b Teixeira de Oliveira, José (2008). História do Estado do Espírito Santo (PDF). Vitória-ES: Governo do Espírito Santo. p. 206–207. ISBN 978-85-98928-04-3. Consultado em 22 de maio de 2022. Cópia arquivada (PDF) em 22 de maio de 2022 
  11. Milanez e Losekann 2017, p. 130
  12. a b Circuito Turístico Mata Atlântica de Minas Gerais. «Coronel Fabriciano». Consultado em 23 de maio de 2022. Arquivado do original em 21 de fevereiro de 2014 
  13. Gazeta Online (30 de outubro de 2017). «Distrito de Mariana vira uma 'Chernobyl não radioativa' feita de lama». Consultado em 23 de maio de 2022. Cópia arquivada em 23 de maio de 2022 
  14. a b c Marinato 2007, p. 39–40
  15. Marinato 2007, p. 27–28
  16. a b c Barbosa 2010, p. 39–41
  17. a b Rostworowski da Costa, Christina (2008). «O príncipe Maximiliano de Wide-Neuwied e sua viagem ao Brasil (1815-1817)» (PDF). Universidade de São Paulo (USP): 58. Consultado em 25 de maio de 2022. Cópia arquivada (PDF) em 8 de setembro de 2017 
  18. a b Marinato 2007, p. 52–54
  19. Marcelo Resende. «Botocudos x fazendeiros». Idas Brasil. Consultado em 23 de maio de 2022. Cópia arquivada em 23 de maio de 2022 
  20. a b Moreira 2020, p. 45–47
  21. Brasiliana Iconográfica (21 de fevereiro de 2019). «Botocudos: de Wied-Neuwied à tragédia no Vale do Rio Doce». Consultado em 25 de maio de 2022. Cópia arquivada em 25 de maio de 2022 
  22. Miguel Trefaut Rodrigues, Luís Fábio Silveira e José Rubens Pirani. «A contribuição dos naturalistas alemães para as Ciências Naturais no Brasil». Brasil-Alemanha. Consultado em 25 de maio de 2022. Cópia arquivada em 25 de maio de 2022 
  23. Junghans, Miriam Elvira (2017). «"Ordenar o mundo e sondar a natureza": o projeto humboldtiano de Friedrich Sellow (1789-1831)» (PDF). Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz): 184. Consultado em 25 de maio de 2022. Cópia arquivada (PDF) em 26 de maio de 2022 
  24. Haruf Salmen Espindola (6 de dezembro de 2020). «História do Rio Doce – VI». Jornal Diário do Rio Doce. Consultado em 25 de maio de 2022. Cópia arquivada em 25 de maio de 2022 
  25. a b c A Gazeta (14 de julho de 2021). «Colatina 100 anos: de uma vila à maior cidade do Noroeste capixaba». Consultado em 25 de maio de 2022. Cópia arquivada em 25 de maio de 2022 
  26. Marinato 2007, p. 155–156
  27. a b Siman, Lana Mara de Castro (junho de 2008). «Memórias sobre a história de uma cidade: a História como labirinto». Scientific Electronic Library Online (SciELO). Educação em Revista (47). doi:10.1590/S0102-46982008000100014. Consultado em 25 de maio de 2022. Cópia arquivada em 26 de maio de 2022 
  28. a b c Emano Silva (23 de dezembro de 2018). «A tragédia de Mariana (MG) vista pela janela do trem». Metrópoles. Consultado em 14 de abril de 2022. Cópia arquivada em 14 de abril de 2022 
  29. a b c Teixeira, Tamara Lopes (novembro de 2013). «Estrada de Ferro Vitória a Minas: elementos para a gestão da paisagem ferroviária» (PDF). Universidade Federal do Espírito Santo (UFES). Arquivo Público do Estado do Espírito Santo (APEES): 49–54. Consultado em 14 de abril de 2022. Cópia arquivada (PDF) em 14 de abril de 2022 
  30. Espíndola 2015, p. 177–178
  31. Espíndola 2015, p. 161
  32. Espíndola 2015, p. 175–176
  33. Fundação Getúlio Vargas (FGV). «Companhia Vale do Rio Doce (CVRD)». Consultado em 31 de maio de 2022. Cópia arquivada em 31 de maio de 2022 
  34. Espindola, Haruf Salmen; Wendling, Ivan Jannotti (junho de 2008). «Memórias sobre a história de uma cidade: a História como labirinto». Scientific Electronic Library Online (SciELO). Dossiê: História Ambientel e Cultura da Natureza. 24 (39). doi:10.1590/S0104-87752008000100009. Consultado em 25 de maio de 2022. Cópia arquivada em 26 de maio de 2022 
  35. a b c d e Espíndola 2015, p. 193–195
  36. a b c Espíndola 2015, p. 197–201
  37. Gil, Andressa Padovani (2017). «Alterações no corredor fluvial do baixo curso do Rio Doce em 1987 e 2011 - Linhares, ES» (PDF). Universidade Federal do Espírito Santo (UFES): 53–54. Consultado em 27 de maio de 2022. Cópia arquivada (PDF) em 27 de maio de 2022 
  38. Matos, Ralfo Edmundo da Silva; Silva Carneiro, Patrício Aureliano; Felippe, Miguel Fernandes; Garcia, Ricardo Alexandrino (2015). «SL12 Grandes projetos de mineração, condições de vida e a questão hídrica na região do vale do Rio Doce». Belo Horizonte-MG: XVI Encontro Nacional da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Planejamento Urbano e Regional (ENANPUR). Anais ENANPUR. 16 (1). Consultado em 27 de maio de 2022. Cópia arquivada em 27 de maio de 2022 
  39. Jornal Diário do Aço (14 de julho de 2021). «Parque Estadual do Rio Doce completa 77 anos». Consultado em 27 de maio de 2022. Cópia arquivada em 27 de maio de 2022 
  40. Instituto Estadual de Florestas de Minas Gerais (IEF-MG) (6 de outubro de 2021). «Parque Estadual do Rio Doce». Consultado em 27 de maio de 2022. Cópia arquivada em 27 de maio de 2022 
  41. a b Milanez e Losekann 2017, p. 134–135
  42. Rachel de Queiroz (25 de fevereiro de 1961). «As matas». O Cruzeiro (20): 146. Consultado em 31 de maio de 2022. Cópia arquivada em 31 de maio de 2022 
  43. Espíndola 2015, p. 170
  44. a b Genovez, Patrícia Falco; Vilarino, Maria Terezinha Bretas; Superbi, Roberto (julho de 2012). «Populações ribeirinhas e o processo de urbanização: o horizonte histórico das enchentes em Governador Valadares a partir do Jornal Diário do Rio Doce» (PDF). Associação Nacional de História - Seção Minas Gerais (ANPUH-MG). XVIII Encontro Regional (ANPUH-MG): 4–9. Consultado em 27 de maio de 2022. Cópia arquivada (PDF) em 27 de maio de 2022 
  45. Mário Arnal Duran (10 de abril de 1926). «As enchentes do Rio Dôce». Jornal Diário da Manhã (197): 3. Consultado em 31 de maio de 2022. Cópia arquivada em 31 de maio de 2022 
  46. «Auxílio da L.B.A. às vítimas da enchente do rio Doce». Jornal Diário da Noite (3982): 3. 18 de janeiro de 1944. Consultado em 31 de maio de 2022. Cópia arquivada em 31 de maio de 2022 
  47. Castilho, Alice Silva (novembro de 2011). «Avaliação preliminar da viabilidade do uso de reservatórios previstos para geração de energia elétrica para minimização dos efeitos de cheias na bacia do rio Doce» (PDF). Associação Brasileira de Recursos Hídricos (ABRHidro). XIX Simpósio Brasileiro de Recursos Hídricos: 5. Consultado em 27 de maio de 2022. Arquivado do original (PDF) em 28 de dezembro de 2013 
  48. Espíndola 2021, p. 24
  49. Dallapicola 2015, p. 24
  50. a b c Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM) (12 de abril de 2009). «Relatório técnico da operação do sistema de alerta - período de dezembro de 2008 a abril de 2009» (PDF). p. 1; 5–7. Consultado em 13 de abril de 2022. Arquivado do original (PDF) em 11 de março de 2016 
  51. a b Consórcio Ecoplan-Lume 2010, p. 195–196
  52. a b c Lima, Higor Suzuki (2016). «Qualidade das águas superficiais da bacia do Rio Doce e sua relação com aspectos socioambientais» (PDF). Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG): 78–80. Consultado em 27 de maio de 2022. Cópia arquivada (PDF) em 10 de julho de 2020 
  53. a b Consórcio Ecoplan-Lume 2010, p. 243–246
  54. a b c Paula Coura (10 de agosto de 2016). «Rio Doce sofre com falta de água e estiagem pode ser a pior da história». Jornal Hoje em Dia. Consultado em 17 de abril de 2022. Cópia arquivada em 17 de abril de 2022 
  55. a b Silva, Danielle Letícia da; Ferreira, Matteus Carvalho; Scotti, Maria Rita (2015). «O maior desastre ambiental brasileiro: de Mariana (MG) a Regência (ES)». Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Arquivos do Museu de História Natural e Jardim Botânico. 24 (1/2): 137–138. Consultado em 18 de abril de 2022. Cópia arquivada em 2 de março de 2022 
  56. Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) (14 de janeiro de 2016). «Recuperação do Rio Doce requer tratamento de esgoto e recomposição de matas ciliares». Consultado em 27 de maio de 2022. Cópia arquivada em 27 de maio de 2022 
  57. Viviane Maciel (5 de novembro de 2021). «Seis anos após desastre, Rio Doce ainda sofre impactos da lama no ES». A Gazeta. Consultado em 27 de maio de 2022. Cópia arquivada em 27 de maio de 2022 
  58. a b G1 (12 de janeiro de 2022). «Rio Doce começa a baixar de forma lenta em Governador Valadares». Consultado em 17 de abril de 2022. Cópia arquivada em 17 de abril de 2022 
  59. a b c d e f g h i j ANA 2016, p. 6–7
  60. a b c d Atlas Digital das Águas de Minas (2010). «Atualização dos estudos hidrológicos na bacia hidrográfica do rio Doce». Universidade Federal de Viçosa (UFV). Consultado em 13 de abril de 2022. Cópia arquivada em 13 de abril de 2022 
  61. Kelly Oliveira (22 de novembro de 2015). «Boias de contenção não impedem que lama atinja vegetação na foz do Rio Doce». Agência Brasil. Consultado em 31 de maio de 2022. Cópia arquivada em 31 de maio de 2022 
  62. a b Instituto Estadual de Florestas de Minas Gerais (IEF-MG) (30 de maio de 2019). «Primeira nascente do Rio Doce é cercada e protegida no município de Ressaquinha». Consultado em 13 de abril de 2022. Cópia arquivada em 13 de abril de 2022 
  63. Pires, Cleverson Vieira; Vilar, Mariana Barbosa; Elisabet dos Santos, Eliana; Baldi, Clara Glória Oliveira; Marciano da Costa, Liovando (agosto de 2015). «Perfil da Ocupação do Solo na Cabeceira da Bacia Hidrográfica do Rio Xopotó, Município de Desterro do Melo - MG» (PDF). Natal-RN: XXXV Congresso Brasileiro de Ciência do Solo. Consultado em 31 de maio de 2022. Cópia arquivada (PDF) em 31 de maio de 2022 
  64. Instituto Mineiro de Gestão de Águas (IGAM) (23 de novembro de 2008). «Minas e Espírito Santo discutem plano de gestão das águas da bacia do Doce». Consultado em 31 de maio de 2022. Cópia arquivada em 31 de maio de 2022 
  65. Consórcio Ecoplan-Lume 2010, p. 102; 376
  66. a b Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Doce. «A bacia». Consultado em 13 de abril de 2022. Cópia arquivada em 13 de abril de 2022 
  67. Fundação Renova (28 de agosto de 2017). «Onde o rio Doce nasce». Consultado em 13 de abril de 2022. Cópia arquivada em 13 de abril de 2022 
  68. a b Consórcio Ecoplan-Lume 2010, p. 384–385
  69. a b Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental (ABES) (29 de agosto de 2011). «Os rios mais poluídos do Brasil». Consultado em 13 de maio de 2015. Cópia arquivada em 17 de abril de 2022 
  70. Cupolillo, Fulvio; Abreu, Magda Luzimar de; Vianello, Rubens Leite (dezembro de 2008). «Climatologia da Bacia do Rio Doce e sua Relação com a Topografia Local». Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Geografias. 4 (1): 45–60. Consultado em 13 de abril de 2022. Cópia arquivada em 9 de fevereiro de 2020 
  71. Atlas Digital das Águas de Minas (2010). «Índices de vazões mínimas da bacia do rio Doce». Universidade Federal de Viçosa (UFV). Consultado em 13 de abril de 2022. Cópia arquivada em 13 de abril de 2022 
  72. a b Vinícius Zagoto (6 de outubro de 2021). «Rio Doce quase seco e avanço da crise hídrica no ES assustam o agronegócio». A Gazeta. Consultado em 13 de abril de 2022. Cópia arquivada em 13 de abril de 2022 
  73. Ana Lucia Gonçalves (19 de janeiro de 2016). «Chuva leva alívio ao rio Doce, mas não garante fim da crise hídrica na região Leste». Jornal Hoje em Dia. Consultado em 13 de abril de 2022. Cópia arquivada em 13 de abril de 2022 
  74. a b c Léo Ramos Chaves (8 de julho de 2019). «Uma possível origem das estiagens de verão do Sudeste». Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP). Consultado em 13 de abril de 2022. Cópia arquivada em 9 de fevereiro de 2020 
  75. Consórcio Ecoplan-Lume 2010, p. 43–45
  76. a b c Luiz Ribeiro (6 de setembro de 2021). «Estudo mostra como degradação da natureza e estiagem têm afetado rios de MG». Jornal Estado de Minas. Consultado em 13 de abril de 2022. Cópia arquivada em 13 de abril de 2022 
  77. a b c d Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Doce. «Caracterização da Bacia Hidrográfica». Consultado em 14 de abril de 2022. Arquivado do original em 6 de outubro de 2014 
  78. Coelho 2006, p. 8
  79. a b c d e f ANA 2016, p. 8–9
  80. Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais. «Ilha dos Araújos». Consultado em 14 de abril de 2022. Cópia arquivada em 14 de abril de 2022 
  81. a b c d Coelho 2006, p. 2–3
  82. a b c d Atlas Digital das Águas de Minas (2010). «Erosão, o inimigo silencioso do rio Doce». Universidade Federal de Viçosa (UFV). Consultado em 14 de abril de 2022. Cópia arquivada em 5 de julho de 2013 
  83. Consórcio Ecoplan-Lume 2010, p. 89
  84. a b Barbosa 2010, p. 46–53
  85. a b c d Dallapicola 2015, p. 41–44
  86. a b Fernanda Couzemenco (22 de fevereiro de 2022). «Monoculturas ditam as regras e encurralam a floresta no Espírito Santo». Um Só Planeta. Consultado em 14 de abril de 2022. Cópia arquivada em 14 de abril de 2022 
  87. Consórcio Ecoplan-Lume 2010, p. 92–93
  88. a b c Fundação SOS Mata Atlântica (5 de novembro de 2020). «05 anos do desastre de Mariana: bacia do rio Doce sofre desmatamento de 1.857 hectares de Mata Atlântica entre 2018 e 2019». Consultado em 14 de abril de 2022. Cópia arquivada em 15 de abril de 2022 
  89. Vieira, Fábio; Baumgratz, Sônia Santos (2011). O peixe e a pesca no Rio Piracicaba. Usina Hidrelétrica de Guilman Amorim 2 ed. Belo Horizonte-MG: Ecodinâmica Consultores Associados Ltda. p. 5. ISBN 978-85-61056-01-8. Consultado em 14 de abril de 2022. Cópia arquivada em 7 de setembro de 2019 
  90. Rosado Alves 2020, p. 44–48
  91. a b c d Rosado Alves 2020, p. 101–112
  92. a b c Instituto Humanitas Unisinos (7 de julho de 2016). «A "morte matada" de um rio que sofria de "morte morrida"». Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos). Consultado em 2 de junho de 2022. Cópia arquivada em 2 de junho de 2022 
  93. a b Rosado Alves 2020, p. 28
  94. Consórcio Ecoplan-Lume 2010, p. 109
  95. a b c Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (27 de agosto de 2021). «Estimativas da população residente no Brasil e Unidades da Federação com data de referência em 1º de julho de 2021» (PDF). Consultado em 15 de abril de 2022 
  96. Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres (CENAD) (7 de novembro de 2015). «Relatório - Estado de Minas Gerais - Município de Mariana» (PDF). Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Doce: 10. Consultado em 17 de julho de 2022. Cópia arquivada (PDF) em 20 de janeiro de 2022 
  97. Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) (8 de setembro de 2016). «Nota Técnica nº 01 da Câmara Técnica de Segurança Hídrica e Qualidade de Água - CT-SHQA instituída pelo Comitê Interfederativo – CIF» (PDF): 1; 4. Consultado em 2 de junho de 2022. Cópia arquivada (PDF) em 6 de julho de 2017 
  98. a b c d e f g Consórcio Ecoplan-Lume 2010, p. 35–36
  99. Jornal Diário do Aço (31 de agosto de 2021). «Região Metropolitana do Vale do Aço alcança marca de 505.358 habitantes». Consultado em 15 de abril de 2022. Cópia arquivada em 15 de abril de 2022 
  100. Espíndola 2015, p. 193
  101. João Henrique do Vale (29 de novembro de 2016). «Temporais fizeram mais de 1,2 mil pessoas deixarem as casas em Minas». Jornal Estado de Minas. Consultado em 15 de abril de 2022. Cópia arquivada em 15 de abril de 2022 
  102. Consórcio Ecoplan-Lume 2010, p. 366
  103. a b Consórcio Ecoplan-Lume 2010, p. 437–438
  104. a b Consórcio Ecoplan-Lume 2010, p. 389–390
  105. A Gazeta (18 de agosto de 2021). «Com estiagem, Rio Doce volta a pedir socorro». Consultado em 15 de abril de 2022. Cópia arquivada em 15 de abril de 2022 
  106. Consórcio Ecoplan-Lume 2010, p. 106
  107. Washington Bonifácio (24 de agosto de 2021). «Pescadores se tornam piscicultores no Vale do Rio Doce». Uai Agro. Consultado em 15 de abril de 2022. Cópia arquivada em 15 de abril de 2022 
  108. Jornal Diário do Rio Doce (3 de novembro de 2019). «Piracema tem início com proibição de pesca de espécies nativas em Minas». Consultado em 15 de abril de 2022. Cópia arquivada em 15 de abril de 2022 
  109. Paulo Viana, João (junho de 2017). «As atividades de pesca e aquicultura na bacia do Rio Doce: subsídios para a mitigação dos impactos socioeconômicos do desastre da Samarco em Mariana, Minas Gerais» (PDF). Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Boletim regional, urbano e ambiental (16): 104–105. Consultado em 2 de junho de 2022. Cópia arquivada (PDF) em 29 de julho de 2020 
  110. a b c Veja (31 de janeiro de 2020). «Chuvas em MG: surfistas aproveitam cheia do Rio Doce para pegar onda». Consultado em 15 de abril de 2022. Cópia arquivada em 15 de abril de 2022 
  111. globoesporte.com (15 de agosto de 2014). «Valadares recebe a segunda etapa da Copa Brasil de Canoagem». Consultado em 16 de abril de 2022. Cópia arquivada em 16 de abril de 2022 
  112. Cristiane Silva (15 de agosto de 2018). «Bombeiros encontram corpo de terceira vítima de afogamento no Rio Doce». Jornal Estado de Minas. Consultado em 15 de abril de 2022. Cópia arquivada em 15 de abril de 2022 
  113. Tim Filho (15 de setembro de 2020). «Valadares: corpo de jovem que se afogou no Rio Doce continua desaparecido». Jornal Estado de Minas. Consultado em 15 de abril de 2022. Cópia arquivada em 15 de abril de 2022 
  114. Ana Lúcia Gonçalves (15 de outubro de 2015). «Baixo nível do Rio Doce compromete transporte de passageiros em balsas». Jornal Hoje em Dia. Consultado em 15 de abril de 2022. Cópia arquivada em 15 de abril de 2022 
  115. a b Época (15 de agosto de 2019). «'Lutamos contra a mineração há 200 anos', diz indígena que vive às margens do Rio Doce». O Globo. Consultado em 5 de maio de 2022. Cópia arquivada em 5 de maio de 2022 
  116. Hudson Correia (4 de junho de 2020). «"Ninguém mais pesca nem caça nada aqui. As pessoas cultivam com medo", conta o líder indígena Krenak, sobre a vida à beira do Rio Doce». Casa Vogue. Consultado em 5 de maio de 2022. Cópia arquivada em 5 de maio de 2022 
  117. a b Consórcio Ecoplan-Lume 2010, p. 422
  118. Consórcio Ecoplan-Lume 2010, p. 144
  119. Consórcio Ecoplan-Lume 2010, p. 32
  120. Consórcio Ecoplan-Lume 2010, p. 154–155
  121. Consórcio Ecoplan-Lume 2010, p. 132
  122. Centro de Desenvolvimento Tecnológico do Café (CETCAF) (2019). «Breve histórico do café arábica no Espírito Santo». Consultado em 16 de abril de 2022. Cópia arquivada em 16 de abril de 2022 
  123. a b c Consórcio Ecoplan-Lume 2010, p. 75–81
  124. ANA 2016, p. 10–11
  125. Consórcio Ecoplan-Lume 2010, p. 170
  126. a b Consórcio Ecoplan-Lume 2010, p. 161–164
  127. Ana Lúcia Gonçalves (2 de setembro de 2012). «'Ouro': Eucalipto é dinheiro verde no Vale do Rio Doce». Jornal Hoje em Dia. Consultado em 16 de abril de 2022. Cópia arquivada em 16 de abril de 2022 
  128. Luciano Costa (19 de novembro de 2015). «Hidrelétricas do Rio Doce podem ficar meses paradas após rompimento de barragem». Reuters. Consultado em 16 de abril de 2022. Cópia arquivada em 16 de abril de 2022 
  129. a b Consórcio Ecoplan-Lume 2010, p. 373–374
  130. Luiz Cláudio Ferreira (16 de dezembro de 2017). «Desastre com barragem acordou "monstro" de poluentes no Rio Doce, diz perito». Agência Brasil. Consultado em 17 de abril de 2022. Cópia arquivada em 17 de abril de 2022 
  131. a b c d Terra (4 de junho de 2014). «As águas poluídas do Brasil - rio Doce». Consultado em 17 de abril de 2022. Cópia arquivada em 17 de abril de 2022 
  132. a b c d Mateus Parreiras (8 de abril de 2014). «Rio Doce, que começa a correr quase morto, tem a bacia mais degradada de Minas». Jornal Estado de Minas. Consultado em 13 de maio de 2015. Cópia arquivada em 24 de setembro de 2015 
  133. a b c Thiago Nogueira (28 de agosto de 2019). «Rio Doce sofre com 80% do esgoto despejado sem tratamento». Jornal O Tempo. Consultado em 17 de abril de 2022. Cópia arquivada em 17 de abril de 2022 
  134. A Gazeta (21 de outubro de 2020). «Recuperação do Rio Doce passa por investimentos em saneamento». Consultado em 17 de abril de 2022. Cópia arquivada em 17 de abril de 2022 
  135. Consórcio Ecoplan-Lume 2010, p. 428
  136. Consórcio Ecoplan-Lume 2010, p. 246
  137. Pedro Rocha Franco (7 de novembro de 2017). «Água do rio Doce é usada, mas ainda gera desconfiança». Jornal O Tempo. Consultado em 17 de abril de 2022. Cópia arquivada em 17 de abril de 2022 
  138. O Olhar (21 de março de 2021). «Dia Mundial da Água: 100% do esgoto in natura ainda acaba no rio Doce em Valadares». Consultado em 17 de abril de 2022. Cópia arquivada em 17 de abril de 2022 
  139. O Olhar (9 de setembro de 2019). «Renova vai liberar R$ 23 milhões para finalizar ETE em Valadares». Consultado em 17 de abril de 2022. Cópia arquivada em 17 de abril de 2022 
  140. Prefeitura de Governador Valadares (10 de agosto de 2021). «Comitiva da Prefeitura confere obras da Nova Captação de Água nesta terça-feira (10)». Consultado em 17 de abril de 2022. Cópia arquivada em 17 de abril de 2022 
  141. Eduardo Dias (8 de novembro de 2017). «Poluído, trecho da foz do Rio Doce está impróprio para banho». A Gazeta. Consultado em 17 de abril de 2022. Cópia arquivada em 17 de abril de 2022 
  142. Ana Lúcia Gonçalves (17 de outubro de 2014). «Seca no rio Doce, uma história para contar». Jornal Hoje em Dia. Consultado em 17 de abril de 2022. Cópia arquivada em 17 de abril de 2022 
  143. a b Lima, Adelso Rocha; Girardi, Eduardo Paulon; Mancio, Daniel; Nunes, Diorgines da Costa (2016). «Impactos da monocultura de eucalipto sobre a estrutura agrária nas regiões norte e central do Espírito Santo». Universidade Estadual Paulista (Unesp). Revista NERA (19): 27–33. Consultado em 17 de abril de 2022. Cópia arquivada em 13 de abril de 2021 
  144. Boratto Viana, Maurício (abril de 2004). «O eucalipto e os efeitos ambientais do seu plantio em escala» (PDF). Biblioteca Digital da Câmara dos Deputados. Consultoria Legislativa da Câmara dos Deputados. Consultado em 17 de abril de 2022. Cópia arquivada (PDF) em 7 de setembro de 2019 
  145. a b Mapa de Conflitos envolvendo Injustiça Ambiental e Saúde no Brasil (17 de julho de 2018). «MG – Povos indígenas, pescadores, ribeirinhos e populações são prejudicados pela Hidrelétrica Aimorés». Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Consultado em 17 de abril de 2022. Cópia arquivada em 17 de abril de 2022 
  146. Priscila Gorzoni (16 de fevereiro de 2005). «Esta cidade vai desaparecer». ISTOÉ. Consultado em 17 de abril de 2022. Arquivado do original em 16 de outubro de 2013 
  147. Sumaia Villela (3 de novembro de 2017). «Tragédia de Mariana: moradores sofrem com depressão e outros problemas de saúde». Agência Brasil. Consultado em 18 de abril de 2022. Cópia arquivada em 18 de abril de 2022 
  148. Governo do Brasil (18 de dezembro de 2018). «Recuperação da Bacia do Rio Doce - perguntas e respostas». Consultado em 18 de abril de 2022. Arquivado do original em 27 de julho de 2019 
  149. Lucas Pordeus Leon (5 de novembro de 2021). «Tragédia em Mariana completa 6 anos sem nenhuma punição criminal». Agência Brasil. Consultado em 18 de abril de 2022. Cópia arquivada em 18 de abril de 2022 
  150. Guilherme Paranaiba e Sandra Kiefer (19 de novembro de 2015). «Sirenes são raridade em cidades próximas a barragens de mineradoras em Minas Gerais». Jornal Estado de Minas. Consultado em 18 de abril de 2022. Cópia arquivada em 18 de abril de 2022 
  151. João Henrique do Vale e Guilherme Paranaiba (10 de novembro de 2015). «Governador Valadares decreta estado de calamidade por causa de poluição do Rio Doce». Jornal Estado de Minas. Consultado em 18 de abril de 2022. Cópia arquivada em 18 de abril de 2022 
  152. a b Carla Sá e Leandro Nossa (17 de dezembro de 2015). «Samarco suspende distribuição de água em Colatina, ES». G1. Consultado em 18 de abril de 2022. Cópia arquivada em 18 de abril de 2022 
  153. O Estado de S. Paulo (16 de novembro de 2015). «Uber faz corridas para arrecadar doações de água a cidades de MG». Consultado em 18 de abril de 2022. Cópia arquivada em 18 de abril de 2017 
  154. Jornal Estado de Minas (3 de dezembro de 2015). «Municípios às margens do Rio Doce ainda sofrem com a escassez e qualidade da água». Consultado em 18 de abril de 2022. Cópia arquivada em 18 de abril de 2022 
  155. Jornal Estado de Minas (13 de dezembro de 2015). «Samarco assina acordo com MPMG para garantir abastecimento de água em Galileia». Consultado em 18 de abril de 2022. Cópia arquivada em 18 de abril de 2022 
  156. Renan Damasceno e Guilherme Paranaiba (10 de novembro de 2015). «Lama de mineração acelera degradação do já poluído Rio Doce». Jornal Estado de Minas. Consultado em 18 de abril de 2022. Cópia arquivada em 18 de abril de 2022 
  157. a b Viviane Machado (5 de dezembro de 2015). «Lama deixa 1,4 mil pescadores sem renda e mata 3 t de peixes no ES». G1. Consultado em 18 de abril de 2022. Cópia arquivada em 18 de abril de 2022 
  158. Terra (22 de novembro de 2015). «Vazamento de lama e resíduos chega ao oceano Atlântico». Consultado em 18 de abril de 2022. Cópia arquivada em 18 de abril de 2022 
  159. Eduardo Dias (5 de novembro de 2021). «Desastre ambiental: 6 anos após rompimento de barragem, pesca continua proibida na foz do Rio Doce». G1. Consultado em 18 de abril de 2022. Cópia arquivada em 18 de abril de 2022 
  160. a b Camilla Veras Mota (5 de novembro de 2017). «Após dois anos, impacto ambiental do desastre em Mariana ainda não é totalmente conhecido». BBC Brasil. Consultado em 18 de abril de 2022. Cópia arquivada em 18 de abril de 2022 
  161. Kevin Damásio (21 de fevereiro de 2019). «Lama tóxica da barragem de Mariana contaminou corais de Abrolhos, diz novo estudo». National Geographic Brasil. Consultado em 18 de abril de 2022. Cópia arquivada em 18 de abril de 2022 
  162. Estadão (6 de setembro de 2019). «Estudo mostra que lama de desastre de Mariana chegou a Abrolhos». Jornal Estado de Minas. Consultado em 18 de abril de 2022. Cópia arquivada em 18 de abril de 2022 
  163. Thais Pimentel (11 de dezembro de 2020). «Samarco retoma atividades em Mariana 5 anos após tragédia que matou 19 pessoas». G1. Consultado em 18 de abril de 2022. Cópia arquivada em 18 de abril de 2022 
  164. Freitas de Oliveira, Lara Luiza; Santos, Hélio Batista dos; Thomé, Ralph Gruppi; Chequer, Farah Maria Drumond (junho de 2021). «Efeitos tóxicos à saúde humana e ao ambiente causados pelo derramamento de rejeitos de minério da barragem de Fundão». Centro Universitário Christus (Unichristus). Journal of Health & Biological Sciences. 9 (1): 5–6. doi:10.12662/2317-3076jhbs.v9i1.3535.p1-17.2021. Consultado em 18 de abril de 2022. Cópia arquivada em 18 de abril de 2022 
  165. Neiva, Daniel Silva (dezembro de 2021). «Utilização do Índice de Conformidade ao Enquadramento para análise da qualidade das águas em estações da sub-bacia do rio Piranga antes e após o rompimento da barragem de Fundão» (PDF). Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP): 57–58. Consultado em 18 de abril de 2022. Cópia arquivada (PDF) em 18 de abril de 2022 
  166. Fernanda Couzemenco (7 de abril de 2021). «Rejeitos aumentaram em nove vezes concentração de manganês no estuário do Rio Doce». Século Diário. Consultado em 18 de abril de 2022. Cópia arquivada em 18 de abril de 2022 
  167. Vicente, Natália Maria de Freitas; Sperber, Carlos Frankl; Carbone Carneiro, Marco Aurélio (2021). Dia D do rio Doce: Um olhar científico sobre o maior desastre ambiental do Brasil (PDF). Universidade Federal de Lavras (UFLA) 1 ed. Lavras-MG: Editora UFLA. ISBN 978-65-86561-16-6. Consultado em 18 de abril de 2022. Cópia arquivada (PDF) em 18 de abril de 2022 
  168. Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Piracicaba (22 de março de 2022). «O Dia da Água e as questões de saneamento na Bacia Hidrográfica do Rio Doce». Consultado em 27 de abril de 2022. Cópia arquivada em 27 de abril de 2022 
  169. Instituto Mineiro de Gestão de Águas (IGAM) (28 de janeiro de 2021). «Monitoramento da Qualidade das Águas Superficiais do Rio Doce no Estado de Minas Gerais». Consultado em 27 de abril de 2022. Cópia arquivada em 27 de abril de 2022 
  170. Reuters (11 de agosto de 2016). «Conselho da Fundação Renova responsável por recuperar rio Doce tem primeira reunião». O Globo. Consultado em 27 de abril de 2022. Cópia arquivada em 27 de abril de 2022 
  171. Jornal Estado de Minas (28 de dezembro de 2016). «Período chuvoso gera plano de emergência para bacia do Rio Doce». Consultado em 27 de abril de 2022. Cópia arquivada em 27 de abril de 2022 
  172. Lara Alves (26 de fevereiro de 2021). «Com R$ 11,8 bi, Fundação Renova construiu apenas cinco casas no 'novo Bento'». Jornal O Tempo. Consultado em 27 de abril de 2022. Cópia arquivada em 27 de abril de 2022 
  173. Laísa Dall'Agnol (2 de dezembro de 2021). «Fundação abre edital para recuperação ambiental na bacia do Rio Doce». Veja. Consultado em 27 de abril de 2022. Cópia arquivada em 27 de abril de 2022 
  174. Gabriel Ronan e Matheus Adler (24 de fevereiro de 2021). «MPMG pede extinção da Fundação Renova». Jornal Estado de Minas. Consultado em 27 de abril de 2022. Cópia arquivada em 27 de abril de 2022 
  175. Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Doce (2 de junho de 2021). «Comitês da Bacia do Rio Doce trabalham em prol de melhorias no saneamento». Consultado em 5 de maio de 2022. Cópia arquivada em 5 de maio de 2022 
  176. Folha Vitória (14 de abril de 2022). «CBH-Doce está com edital aberto para municípios inseridos na bacia do Rio Doce». Consultado em 5 de maio de 2022. Cópia arquivada em 5 de maio de 2022 
  177. Silva Alves, Fabiano Henrique da (agosto de 2020). «Avaliação do Programa de Incentivo ao Uso Racional de Água na Agricultura (P 22) após a sua implementação na Unidade de Análise do São José» (PDF). Universidade Federal de Itajubá (UNIFEI): 15–19. Consultado em 5 de maio de 2022. Cópia arquivada (PDF) em 5 de maio de 2022 
  178. Jornal Diário do Aço (12 de janeiro de 2018). «Programa Rio Vivo contempla 150 propriedades rurais de Ipatinga». Consultado em 5 de maio de 2022. Cópia arquivada em 5 de maio de 2022 
  179. Léo Rodrigues (10 de maio de 2017). «Reflorestamento da bacia do Rio Doce custará R$ 1,1 bilhão». Agência Brasil. Consultado em 5 de maio de 2022. Cópia arquivada em 5 de maio de 2022 
  180. Instituto Mineiro de Gestão de Águas (IGAM) (3 de abril de 2008). «Revitalização de bacias é debatida no Fórum das Águas do Doce». Consultado em 5 de maio de 2022. Cópia arquivada em 5 de maio de 2022 
  181. a b Mateus Parreiras (6 de junho de 2016). «Rompimento de barragem piorou situação da mata ciliar em todo o Rio Doce». Jornal Estado de Minas. Consultado em 27 de abril de 2022. Cópia arquivada em 27 de abril de 2022 
  182. Consórcio Ecoplan-Lume 2010, p. 188–192
  183. Centro Universitário Católica do Leste de Minas Gerais (Unileste) (agosto de 2014). «Região Metropolitana do Vale do Aço - diagnóstico final (volume 2)» (PDF). Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado (PDDI). 2: 358. Consultado em 27 de abril de 2022. Arquivado do original (PDF) em 17 de novembro de 2015 
  184. Daniel Camargos (21 de dezembro de 2015). «Rejeitos da Barragem do Fundão ameaçam ecossistema da Amazônia mineira». Jornal Estado de Minas. Consultado em 27 de abril de 2022. Cópia arquivada em 13 de agosto de 2016 
  185. a b Miriam Leitão (19 de abril de 2015). «Instituto inicia projeto para proteger nascentes do Vale do Rio Doce». O Globo. Consultado em 13 de maio de 2015. Cópia arquivada em 13 de maio de 2015 
  186. Pedro Carvalho (7 de maio de 2018). «A batalha de Sebastião Salgado para (ainda) tentar salvar Mariana». GQ. Consultado em 5 de maio de 2022. Cópia arquivada em 9 de fevereiro de 2019 
  187. Jornal Estado de Minas (21 de dezembro de 2015). «Pesquisadores independentes e ONGs avaliam área devastada ao longo do Rio Doce». Consultado em 5 de maio de 2022. Cópia arquivada em 5 de maio de 2022 
  188. Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Doce (9 de novembro de 2016). «CBH-Barra Seca e Foz do Rio Doce, governo capixaba, ONGs e iniciativa privada particular articulam parceria para conservação das bacias do Espírito Santo». Consultado em 5 de maio de 2022. Cópia arquivada em 5 de maio de 2022 
  189. The Bioatlântica Institute (IBIO). «Water and Forestry Development Center (Espírito Santo)» (em inglês). Consultado em 1 de junho de 2022. Cópia arquivada em 1 de junho de 2022 
  190. The Nature Conservancy (14 de dezembro de 2020). «Uma nova forma de garantir a boa gestão da água». Consultado em 1 de junho de 2022. Cópia arquivada em 1 de junho de 2022 
  191. Centro Universitário Católica do Leste de Minas Gerais (Unileste) (16 de agosto de 2016). «Pesquisadores do Unileste investigam a produção de materiais de construção civil a partir da lama de rejeitos despejadas no Rio Doce». Consultado em 5 de maio de 2022. Cópia arquivada em 5 de maio de 2022 
  192. Luana Macieira (23 de outubro de 2017). «'Iara' vai purificar as águas do Rio Doce». Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Consultado em 5 de maio de 2022. Cópia arquivada em 5 de maio de 2022 
  193. Naiara Arpini (30 de novembro de 2015). «Lama no Rio Doce: saiba o impacto na vida, na economia e na natureza». G1. Consultado em 6 de maio de 2022. Cópia arquivada em 6 de maio de 2022 
  194. Prefeitura de Rio Doce. «História». Consultado em 6 de maio de 2022. Cópia arquivada em 6 de maio de 2022 
  195. a b Andressa Menezes de Souza (16 de julho de 2019). «Memórias poéticas de lágrima, lama e luta». Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Consultado em 6 de maio de 2022. Cópia arquivada em 6 de maio de 2022 
  196. Secretaria da Cultura do Espírito Santo (6 de novembro de 2018). «A Vila de Regência Augusta recebe o projeto Monumentos de Amor ao Rio Doce». Consultado em 6 de maio de 2022. Cópia arquivada em 6 de maio de 2022 
  197. a b Vale S.A. (13 de maio de 2014). «A Estrada de Ferro Vitória a Minas celebra 110 anos. Conheça essa história!». Consultado em 7 de maio de 2022. Cópia arquivada em 7 de maio de 2022 
  198. TV Gazeta (3 de fevereiro de 2014). «Pôr do sol de Colatina ganha terceiro lugar em concurso do Fantástico». Rede Globo. Consultado em 7 de maio de 2022. Cópia arquivada em 7 de maio de 2022 
  199. Thiago Fonseca (15 de janeiro de 2019). «Viajar de trem é uma boa opção para as férias». Culturadoria. Consultado em 7 de maio de 2022. Cópia arquivada em 7 de maio de 2022 
  200. Lemos da Costa, Fabrício (maio de 2021). «Tensões identitárias, diálogos e desafios na representação do indígena na literatura brasileira desde o século XVI». Universidade de Brasília (UnB). Cerrados. 5 (55): 277–279. ISSN 1982-9701. Consultado em 6 de maio de 2022. Cópia arquivada em 6 de maio de 2022 
  201. Bicalho, Charlene Sales; Trigueiro, Aline; Knox, Winifred; Behr, Ricardo (2014). «Movimentos das Águas Caboclas: narrativa visual, cotidiano e ruptura na comunidade pesqueira de Regência Augusta-ES». Universidade Federal do Espírito Santo (UFES). Caderno eletrônico de Ciências Sociais. 2 (1): 23–27. ISSN 2318-6933. doi:10.24305/cadecs.v2i1.8429. Consultado em 6 de maio de 2022. Cópia arquivada em 6 de maio de 2022 
  202. Secretaria de Turismo de Minas Gerais (18 de março de 2013). «Circuitos Turísticos de Minas Gerais» (PDF). Consultado em 28 de dezembro de 2023. Cópia arquivada (PDF) em 31 de julho de 2013 
  203. Circuito Turístico Trilhas do Rio Doce. «O circuito». Consultado em 28 de dezembro de 2023. Cópia arquivada em 28 de dezembro de 2023 
  204. Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Doce (12 de dezembro de 2022). «Dia do Rio Doce: CBH-Doce comemora a data com a execução de iniciativas». Consultado em 28 de dezembro de 2023. Cópia arquivada em 28 de dezembro de 2023 
  205. a b c d Augusto Nunes (15 de novembro de 2015). «Rio Doce sobrevive nas poesias, crônicas, romances e canções». Veja. Consultado em 7 de maio de 2022. Cópia arquivada em 7 de maio de 2022 
  206. Vitor Taveira (9 de outubro de 2020). «Filme usa arquivos históricos para contar história do Rio Doce». Século Diário. Consultado em 7 de maio de 2022. Cópia arquivada em 7 de maio de 2022 
  207. J. Sabiá (14 de maio de 2018). «Na trilha do Doce». Revista Ecológico. Consultado em 7 de maio de 2022. Cópia arquivada em 7 de maio de 2022 
  208. a b PublishNews (17 de novembro de 2017). «Histórias e lendas do Rio Doce». Consultado em 7 de maio de 2022. Cópia arquivada em 7 de maio de 2022 
  209. Rebeca Fuks (2 de julho de 2020). «Sebastião Salgado: 13 fotos impactantes que resumem a obra do fotógrafo». Cultura Genial. Consultado em 7 de maio de 2022. Cópia arquivada em 7 de maio de 2022 
  210. Bruna Ribeiro (4 de setembro de 2013). «Sebastião Salgado: "'Genesis' fecha para mim um ciclo de histórias"». Veja SP. Consultado em 7 de maio de 2022. Cópia arquivada em 7 de maio de 2022 
  211. Carlos Herculano Lopes (1 de junho de 2014). «Exposição Genesis, com fotografias de Sebastião Salgado, chega a BH na quarta-feira». Uai. Consultado em 7 de maio de 2022. Cópia arquivada em 7 de maio de 2022 
  212. Jornal O Tempo (21 de novembro de 2015). «Autora tem obra baseada na vivência em torno do rio Doce». Consultado em 7 de maio de 2022. Cópia arquivada em 7 de maio de 2022 
  213. iPatrimônio. «Tumiritinga – Conjunto Paisagístico da Praia do Jaó». Consultado em 11 de maio de 2022. Cópia arquivada em 11 de maio de 2022 
  214. Guedes, Gilvan Ramalho; Simão, Andréa Branco; Dias, Carlos Alberto; Braga, Eliza de Oliveira (junho de 2015). «Risco de adoecimento por exposição às águas do Rio Doce: um estudo sobre a percepção da população de Tumiritinga, Minas Gerais, Brasil». Scientific Electronic Library Online (SciELO). Cadernos de Saúde Pública. 31 (6). ISSN 1678-4464. doi:10.1590/0102-311X00063514. Consultado em 11 de maio de 2022. Cópia arquivada em 11 de maio de 2022 
  215. Circuito Turístico Trilhas do Rio Doce. «Tumiritinga». Consultado em 11 de maio de 2022. Cópia arquivada em 11 de maio de 2022 
  216. Descubra Minas. «Parque Estadual do Rio Doce - Apresentação». Consultado em 11 de maio de 2022. Arquivado do original em 12 de fevereiro de 2019 
  217. Jornal Diário do Aço (10 de julho de 2015). «Ponte Queimada deve ganhar reforma em breve». Consultado em 11 de maio de 2022. Cópia arquivada em 11 de maio de 2022 
  218. Melo, Deyse Lílian de Moura (dezembro de 2001). «O Parque Estadual do Rio Doce/MG e a qualidade de vida da população de seu entorno» (PDF). Universidade Federal de Viçosa (UFV). Locus UFV: 29–31. Consultado em 11 de maio de 2022. Arquivado do original (PDF) em 12 de fevereiro de 2019 
  219. Jornal Diário do Aço (23 de setembro de 2016). «PERD reinaugura Centro de Pesquisa da Ponte Perdida». Consultado em 11 de maio de 2022. Cópia arquivada em 11 de maio de 2022 
  220. Fábio Velame (6 de setembro de 2020). «Fluxo de trânsito na ponte do São Raimundo é motivo de reclamações da população valadarense». Diário do Rio Doce. Consultado em 11 de maio de 2022. Cópia arquivada em 11 de maio de 2022 
  221. Couzi, Douglas Oliveira; Duque, Juliano; Pinto, Marcelo José; Falci, Rodrigo Angello; Silva, Rosenildo Ribeiro; Leite, Salatiel Anuda de Souza; Davel, Viviany Coelho (junho de 2000). «Patologia e recuperação da ponte do bairro São Raimundo». Universidade Vale do Rio Doce (Univale): 11–12. Consultado em 11 de maio de 2022. Cópia arquivada em 11 de maio de 2022 
  222. Guimarães, Cristiana Maria de Oliveira (abril de 2008). «O patrimônio cultural de Governador Valadares (MG): algumas reflexões». Universidade de São Paulo (USP). Revista CPC (5): 46. doi:10.11606/issn.1980-4466.v0i5p37-52. Consultado em 11 de maio de 2022. Cópia arquivada em 11 de maio de 2022 
  223. Nilo Tardin (16 de novembro de 2014). «Ponte iniciada há 58 anos nunca foi usada» (PDF). Jornal A Tribuna. Consultado em 11 de maio de 2022. Cópia arquivada (PDF) em 11 de maio de 2022 
  224. Paulo César Dutra (23 de fevereiro de 2021). «A ponte Florentino Avidos em Colatina foi inaugurada em 1928 para desenvolver o norte capixaba». Diário Digital Capixaba. Consultado em 11 de maio de 2022. Cópia arquivada em 11 de maio de 2022 
  225. iPatrimônio. «Linhares – Farol do Rio Doce». Consultado em 11 de maio de 2022. Cópia arquivada em 11 de maio de 2022 

Bibliografia

editar

Ligações externas

editar
 
O Commons possui uma categoria com imagens e outros ficheiros sobre Rio Doce