Senhores da guerra da China
A Era dos Senhores da Guerra na China é um período da história chinesa de 1916 a 1928, de constante guerra civil entre facções militares, chamadas de camarilhas, lideradas por chefes militares. Este período formou uma divisão que continuou até a proclamação da República Popular da China em 1949, com a invasão efetiva das regiões da China continental de Sichuan, Shanxi, Qinghai, Ningxia, Guangdong, Guangxi, Gansu, Yunnan, e em Xinjiang e Tibete no ano seguinte, 1950.
O Período dos Senhores da Guerra se inicia de fato após a morte de Yuan Shikai. Yuan Shikai após restaurar a monarquia chinesa, entregou os governos das províncias para os generais de seu exército, o Exército de Beiyang, criando praticamente um sistema feudal onde os governadores podiam coletar impostos de camponeses e criar exércitos para suas provincias. Seguindo a morte de Yuan Shikai, Se inicia o Governo de Beiyang, também chamado como Governo dos Senhores da Guerra, onde a camarilha que capturasse a capital, Pequim, obtinha o reconhecimento internacional, controle sobre os ministérios do governo e a coleta de impostos nacionais por todo o país. Durante os anos de 1916 e 1926, vários conflitos entre senhores da guerra ocorreram, como a Guerra Anhui-Zhili, os conflitos entre Camarilha de Zhili e Camarilha de Fengtian após o enfraquecimento da Camarilha de Anhui, além dos revolucionários ao sul da China, comandados por Sun Yat-sen, líder do Partido Nacionalista da China, popularmente conhecido como Kuomintang (KMT), através do Governo da República da China em Guangzhou. A partir dos anos de 1924 e 1925, a Camarilha de Fengtian na Manchuria se consolidou no poder, o que levou as demais camarilhas, a se juntarem em uma coligação, na chamada Guerra Anti-Fengtian; O Periodo dos senhores da guerra terminou de fato em 1927, na conclusão da Expedição do Norte com a reunificação chinesa de 1928 e a substituição da bandeira nacional em Pequim, dando inicio a "Década de Nanquim". Todavia, quando os velhos senhores da guerra, como Wu Peifu e Chuanfang Sun, foram depostos, os novos senhores da guerra menores persistiram até os anos 1930 e 1940, enquanto o governo central se esforçou para manter seus aliados nominais sob rédea, um grande problema para o Kuomintang, durante a Segunda Guerra Mundial e depois da guerra civil chinesa. Alguns dos principais combates entre senhores da guerra depois da unificação teórica de 1928, incluía a Guerra das planícies centrais, envolvendo quase um milhão de soldados.
Muitas facções militares, no entanto, continuam a existir até o estabelecimento da República Popular da China com a vitória dos comunistas liderados por Mao Tsé-tung. Apesar de não serem reconhecidos como senhores da guerra de fato, são considerados ainda facções e nações menores que foram ocupadas pelo Exército de Libertação Popular após a proclamação da República Popular da China em 1949, como a invasão ao Tibete em 1950.
Facções mais importantes
editarFacções do norte
editarCamarilhas mais importantes
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Camarilhas Menores
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Guominjun 國民軍
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camarilha Ma 馬家軍
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Facções posteriores
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Facções do sul
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Antiga camarilha de Guangxi 桂系
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Guomindang (KMT) 中國國民黨
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Facções menores do sul
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Partido Comunista da China (PCCh)
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Referências
- 陈, 贤庆 (2007), "民国军阀派系谈" (The Republic of China warlord cliques discussed)
- McCord, Edward A. (1993), The Power of the Gun: The Emergence of Modern Chinese Warlordism, Berkeley, Calif: Cambridge University Press
- Waldron, Arthur (2003), From War to Nationalism: China's Turning Point, 1924-1925, ISBN 0-521-52332-X, Cambridge University Press
Ver Também
editarBibliografia
editar- 陈, 贤庆. «民国军阀派系谈 (Ensayo sobre las camarillas militares de la República de China» (em chinês)
- «La segunda lucha por Shanghai» (em espanhol). ABC. Consultado em 11 de novembro de 2010
- «Boletín del día. Wu-Pei-Fu» (em espanhol). ABC. Consultado em 11 de novembro de 2010
- «Fallecimiento de Chang Tso-lin» (em espanhol). ABC. Consultado em 11 de novembro de 2010
- «Boletín del día. Tuan Chi Juei» (em espanhol). ABC. Consultado em 11 de novembro de 2010
- Révész, Andrés. «ABC 8/5/1927» (em espanhol). ABC. Consultado em 11 de novembro de 2010
- «Boletín del día. La situación militar en China» (em espanhol). ABC. Consultado em 11 de novembro de 2010
- «Boletín del día. La lucha por Pekín» (em espanhol). ABC. Consultado em 11 de novembro de 2010
- McCord, Edward A. (1993). The Power of the Gun: The Emergence of Modern Chinese Warlordism (em inglês). [S.l.]: University of California Press. 384 páginas. ISBN 9780520081284
- Nathan, Andrew (1998). Peking Politics 1918-1923: Factionalism and the Failure of Constitutionalism (em inglês). [S.l.]: Center for Chinese Studies. 320 páginas. ISBN 9780892641314
- Waldron, Arthur (2003). Denis Twitchett, ed. From War to Nationalism (Cambridge Studies in Chinese History, Literature and Institutions Series) : China's Turning Point, 1924-1925 (em inglês). [S.l.]: Cambridge University Press. 416 páginas. ISBN 9780521523325
- Wou, Odorik Y. K. (1978). Militarism in modern China. The career of Wu P’ei-Fu, 1916-1939 (em inglês). [S.l.]: Australian National University Press. 349 páginas. ISBN 0708108326