Sergey Gorlukovich
Sergey Vadimovich Gorlukovich ou Syarhey Vadzimavich Harlukovich - respectivamente, em russo, Сергей Вадимович Горлукович e, em bielorrusso, Сяргей Вадзімавiч Гарлуковіч (Baruni, oblast de Hrodna, 18 de novembro de 1961) - é um ex-futebolista e treinador de futebol bielorrusso, campeão olímpico em Seul 1988.[1]
Informações pessoais | |||||||||||
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Nome completo | Sergey Vadimovich Gorlukovich (russo) Syarhey Vadzimavich Harlukovich (bielorrusso) | ||||||||||
Data de nasc. | 18 de novembro de 1961 (62 anos) | ||||||||||
Local de nasc. | Baruni, União Soviética | ||||||||||
Nacionalidade | Russo e bielorrusso | ||||||||||
Altura | 1,85 m | ||||||||||
Apelido | Avô | ||||||||||
Informações profissionais | |||||||||||
Clube atual | Sem clube | ||||||||||
Posição | Treinador (Ex-defensor) | ||||||||||
Clubes de juventude | |||||||||||
SDYuShOR-7 Mogilev | |||||||||||
Clubes profissionais | |||||||||||
Anos | Clubes | Jogos (golos) | |||||||||
1980 1981-1984 1985-1986 1986-1989 1990-1992 1992-1995 1995 1996-1998 1999 2000 2001 2002 |
Torpedo Mohylev Gomselmash Gomel Dínamo Minsk Lokomotiv Moscou Borussia Dortmund Bayer Uerdingen Spartak-Alania Spartak Moscou Torpedo-ZIL Moscou Chkalovets ON Lokomotiv Nizhny Mika Ashtarak |
- (-) 112 (21) 22 (0) 114 (11) 44 (1) 80 (6) 5 (0) 83 (5) 42 (5) 22 (0) 18 (0) 2 (0) | |||||||||
Seleção nacional | |||||||||||
1988-1991 1993-1996 |
União Soviética Rússia |
30 (1) 17 (0) | |||||||||
Times/clubes que treinou | |||||||||||
2002-2004 2004 2005-2006 2007 2008 2009-2010 2013 |
Spartak Moscou (olheiro) Saturn (auxiliar-técnico) SKA Khabarovsk Avangard Kursk Vityaz Podolsk SKA Khabarovsk Baikal Irkutsk | ||||||||||
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Carreira
editarInício
editarComeçou a sua carreira em 1980, no Torpedo Mohylev. Após cinco temporadas no Gomselmash Gomel, chegou ao principal clube da então RSS da Bielorrússia, o Dínamo Minsk, em 1985, mas saiu da equipe já no ano seguinte, para o Lokomotiv Moscou.
Quando atuava pelo clube moscovita, foi convocado para a Seleção Soviética que conquistou a medalha de ouro nas Olimpíadas de 1988, na final contra o Brasil.
Um dos primeiros soviéticos na Alemanha
editarNo final dos anos 80, houve uma abertura na União Soviética que passou a permitir que jogadores do país se transferissem para clubes de outros países, inclusive capitalistas, o que levou várias estrelas e promessas da seleção da URSS a rumarem para a Europa Ocidental. No caso de Harlukovich, ele havia se transferido para o Borussia Dortmund, da então Alemanha Ocidental, em 1990. Em quatro temporadas, jogou 44 partidas, tendo marcado um único gol.
Ainda teve uma passagem um pouco mais bem-sucedida pelo Bayer Uerdingen (oitenta jogos, seis gols) antes de retornar à Rússia, para defender o Spartak-Alania Vladikavkaz.
Retorno à Rússia e final de carreira na Armênia
editarEm 1995, Harlukovich regressou à Rússia depois de sete anos na Alemanha. Entretanto, sua passagem pelo Spartak-Alania Vladikavkaz foi um fiasco: foram apenas cinco jogos, sem nenhum gol marcado.
No ano seguinte, assinaria contrato com o Spartak Moscou, onde conquistaria seus últimos títulos: a Copa da Rússia 1997-98 e o Campeonato Russo de 1998, este último já aos 36 anos.
Atuaria ainda por Torpedo-ZIL Moscou, Chkalovets-Olimpik Novosibirsk e Lokomotiv Nizhny Novgorod, tendo presenças modestas nos três times.
Em 2002, Harlukovich se muda para a Arménia depois de ser contratado pelo Mika Ashtarak. Jogaria mais duas partidas antes de encerrar sua carreira de jogador aos 40 anos.
Seleção Soviética
editarConvocado pela primeira vez para a Seleção Soviética em 1988, participou das Olimpíadas de Seul, realizadas no mesmo ano. Fez parte do elenco que conquistou a medalha de ouro no futebol, sendo este o último título obtido pela URSS.
Em 1990, seria chamado para a Copa daquele ano, que foi, curiosamente, o mundial para o qual a URSS mais chamou atletas bielorrussos: além dele, a estrela Syarhey Aleynikaw e Andrey Zyhmantovich. A União Soviética, entretanto, decepcionou, ficando na lanterna do grupo que continha Argentina, Romênia e a surpresa Camarões (contra quem obtiveram sua única vitória, por 4 a 0 - inclusive, a única derrota dos africanos na Copa no tempo normal).
Após a extinção da URSS, Harlukovich (que disputou 21 partidas pela Seleção, marcando um gol, contra a Síria, num amistoso em 1988) não foi convocado para a Seleção da CEI de Futebol que disputaria a Eurocopa de 1992.
Segunda Copa, agora pela Rússia
editarA URSS desmembrou-se em dezembro de 1991. Com a decisão da FIFA para que, das repúblicas independentes, apenas a Rússia pudesse pleitear vaga na Copa de 1994 (as demais só disputariam torneios oficiais a partir das Eliminatórias para a Eurocopa de 1996), Harlukovich e outros atletas não-russos decidiram jogar pela Seleção Russa, que obteve a classificação. Foi ao mundial como um dos únicos remanescentes da equipe soviética da edição anterior, ao lado do russo Aleksandr Borodyuk. A equipe herdeira, entretanto, fracassaria novamente na primeira fase - curiosamente, vencendo novamente na última partida e por goleada (agora por 6 a 1) Camarões, na partida marcada pelos recordes de Oleg Salenko e Roger Milla. Ainda na primeira rodada, na partida contra a Suécia, levou cartão amarelo com 55 segundos de jogo - o mais rápido da história das Copas até então, com o recorde negativo sendo ultrapassado somente em 2018.
Harlukovich vestiria a camisa da Rússia pela última vez na Eurocopa de 1996, mas a equipe cairia novamente na primeira fase. Entre 1993 e 1996, jogaria 17 partidas, não marcando nenhum gol.
Pós-aposentadoria
editarApós encerrar a carreira como jogador, Harlukovich assinou com o Spartak Moscou para ser olheiro do clube, função que exerceu até 2004, quando foi contratado pelo Saturn, onde trabalharia como auxiliar-técnico.
Sua estreia como treinador foi em 2005, no SKA Khabarovsk. Passou ainda por Avangard Kursk e Vityaz Podolsk, voltando a comandar o SKA Khabarovsk entre 2009 e 2010.
Após três anos desempregado, Harlukovich retomou a carreira de técnico em 2013, exercendo a função no Baikal Irkutsk, saindo no mesmo ano.
Referências
- ↑ «Perfil na Sports Reference». Consultado em 13 de fevereiro de 2016