Terceira Guerra Mundial

hipotético conflito global
 Nota: Este artigo é sobre a hipotética guerra mundial. Para história em quandrinhos, veja 3.ª Guerra Mundial (DC Comics).

Terceira Guerra Mundial seria uma hipotética guerra mundial, travada entre um grande número de países, especulando-se acerca do possível recurso a armas de destruição massiva, designadamente armas nucleares.[1][2][3]

Explosão da bomba Castle Romeo. A Terceira Guerra Mundial está sempre associada a holocaustos nucleares.

Na segunda metade do século XX, o confronto militar entre as superpotências generalizou uma situação que constituía uma ameaça extrema à paz mundial, com a Guerra Fria a ser efetuada entre os capitalistas Estados Unidos e a socialista extinta União das Repúblicas Socialistas Soviéticas. Se esta confrontação se tivesse intensificado até uma guerra em grande escala, estima-se que o conflito teria culminado na "Terceira Guerra Mundial", cujo resultado final seria o colapso da civilização.

Este resultado ombreia com um impacto de um asteroide, uma singularidade tecnológica hostil e mudanças climáticas catastróficas como um dos principais acontecimentos de extinção em massa que podem prejudicar seriamente a humanidade. Todas estas situações são às vezes designadas pelo termo bíblico Armagedom.

Hans Morgenthau afirmou que nos anos 80 o mundo estava à véspera de uma terceira guerra mundial.[8] Charles Clover declarou que a moderna diplomacia iria causar a Terceira Guerra Mundial.[9]

Terceira Guerra Mundial como um evento passado

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Prováveis eixos de ataque do Pacto de Varsóvia na Alemanha Ocidental.

Alguns analistas[10] e historiadores[11] sugerem que a Guerra Fria seja considerada a III Guerra Mundial, porque foi um conflito em escala global por proxies dos Estados Unidos e OTAN, de um lado, contra a União Soviética e o Pacto de Varsóvia, do outro.[12]

Como o próprio Albert Einstein cogita a Terceira Guerra Mundial, esta seria muito mais do que uma simples guerra fria, uma guerra de facto em função do arsenal de armamento que a humanidade alcançou. Ressaltamos esta temeridade de Einstein em função do crescimento populacional versus o estático espaço terrestres e de recursos naturais.[13]

Vasili Arkhipov conseguiu evitar uma guerra mundial em 1962.[14]

Henry Kissinger defendeu as ditaduras militares latino-americanas para que fosse evitada a terceira guerra mundial, na década de 1970.[15][16]

Em 2006, numa entrevista, George W. Bush chamou a Guerra ao Terror de "World War III".[17]

Terceira Guerra Mundial como um evento futuro

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Em fevereiro de 2017, Robert Kagan, cientista político norte-americano e co-fundador do think tank Project for the New American Century, escreveu um artigo na revista Foreign Policy,[18] no qual demonstra a preocupação com o potencial advento de uma Terceira Guerra Mundial em face do expansionismo territorial desproporcional, do crescente militarismo e das pretensões hegemônicas da Rússia (na Europa Oriental) e da China (sobre as Ilhas Spratleys, Paracels e Senkaku), comparando-as a "potências revisionistas", como a Alemanha Nazista ou o Japão Imperial, os Estados responsáveis pelo deflagrar da Segunda Guerra Mundial. Para Kagan, tais poderes insatisfeitos com o status-quo da ordem internacional estabelecida, tiram proveito da fraqueza e frouxidão das democracias ocidentais para adotar uma atitude nacionalista e militarista, lamentando a suposta fraqueza do governo Obama diante dos russos e dos chineses.[18]

As tensões entre China e Estados Unidos são, por vezes, descritas como uma guerra por procuração, tese defendida por George Soros.[19][20]

A crise da primeira metade da década de 2010 na União Europeia também foi considerada como uma das possíveis causas de uma futura terceira guerra mundial.[21]

Ver também

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Referências

  1. Leonida Krushelnycky (2003), The mistery of Stalin's death. BBC News.
  2. Don Keko (2009), The Kennedy Legacy. examiner.com [em linha]
  3. USSR planned nuclear attack on China in 1969. The Telegraph. maio de 2010.
  4. Calaprice, Alice (2005). The new quotable Einstein. [S.l.]: Princeton University Press. p. 173. ISBN 0-691-12075-7 
  5. Calaprice, Alice; Lipscombe, Trevor (2005). Albert Einstein: a biography. [S.l.]: Greenwood Publishing Group. p. 124. ISBN 0-313-33080-8 
  6. Shapiro, Fred; Epstein, Joseph (2006), The Yale book of quotations, ISBN 0-300-10798-6, Yale University Press, p. 229 
  7. «Uma variação da citação»  está presente em Call of Duty 4: Modern Warfare, como: I know not with what weapons World War III will be fought, but World War IV will be fought with sticks and stones...
  8. Hans J. Morgenthau, Politics Among Nations 52-53 (4th ed. 1968).
  9. Charles Clover, “Dreams of the Eurasian Heartland,” Foreign Affairs, 78 (March/April 1999), 9.
  10. Naton in his World War IV: The Long Struggle Against Islamofascism
  11. On the July 10 edition of Fox News' The Big Story, host John Gibson interviewed Michael Ledeen, resident scholar at the American Enterprise Institute (AEI), and said: "Some are calling the global war on terror something else, something more like World War III." But Ledeen responded: "It's more like World War IV because there was a Cold War, which was certainly a world war...Probably the start of it [World War IV] was the Iranian revolution of 1979." Similarly, on the 24 May edition of CNBC's Kudlow and Company, host Lawrence Kudlow, discussing a book by former deputy Under-secretary of Defense Jed Babbin, said: "World War IV is the terror war, and war with China would be World War V.", Mediamatters.org
  12. A little more than a month after the September 11 attacks, Eliot Cohen, the director of strategic studies at the Paul H. Nitze School of Advanced International Studies at Johns Hopkins University, declared in the Wall Street Journal that the struggle against terrorism was more than a law-enforcement operation, and would require military conflict beyond the invasion of Afghanistan. Cohen, like Marenches, considered World War III to be history. "A less palatable but more accurate name is World War IV," he wrote. "The Cold War was World War III, which reminds us that not all global conflicts entail the movement of multi-million-man armies, or conventional front lines on a map." Macleans.ca Arquivado em 7 de setembro de 2009, no Wayback Machine.
  13. «A população mundial vai parar de crescer?». Planeta Sustentável (Abril). Março de 2010. Consultado em 23 de julho de 2014 
  14. «Thank you Vasili Arkhipov, the man who stopped nuclear war | Edward Wilson». the Guardian (em inglês). 27 de outubro de 2012. Consultado em 18 de julho de 2021 
  15. The "Third World War" and South America (PDF)
  16. Dmytro Sinchenko, “Waiting for World War III: How the World Will Change”, Dmytro Sinchenko {blog}], September 2, 2014, Accessed September 3, 2014:
  17. «Bush likens 'war on terror' to WWIII.». Consultado em 9 de setembro de 2012. Arquivado do original em 8 de maio de 2006  06/05/2006. ABC News Online
  18. a b «Backing Into World War III». Foreign Policy (em inglês). 6 de fevereiro de 2017. Consultado em 6 de janeiro de 2018 
  19. «The 'war' word is being increasingly heard as Europe, Russia, China and the United States adopt provocative postures». NewsComAu (em inglês). 27 de maio de 2015. Consultado em 18 de julho de 2021 
  20. «World War III Rumors As Alleged U.S.-China Covert War Escalates: Zhejiang Blast U.S. Retaliatory Strike After Tokyo Attack, Conspiracy Theorists Say». The Inquisitr (em inglês). 3 de novembro de 2016. Consultado em 18 de julho de 2021 
  21. Weil, Dan (22 de junho de 2012). «Jim Rogers: European Bailouts May Lead to Another World War». Newsmax. Consultado em 18 de julho de 2021 

Bibliografia

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  • Towards a World War III Scenario: The Dangers of Nuclear War (2011) Michel Chossudovsky
  • Malbone W. Graham, “Neutrality and the World War"
  • Flashpoint in Ukraine: How the US Drive for Hegemony Risks World War III, Stephen Lendman (Clarity Press, May 2014)

Ligações externas

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