Prominp Sistemas Eletricos Industriais
Prominp Sistemas Eletricos Industriais
Prominp Sistemas Eletricos Industriais
DE CAMPO
CONSTRUO E
MONTAGEM
MDULO I Mtodos
e Processos de
Fabricao, Montagem
e Inspeo
SISTEMAS
ELTRICOS
INDUSTRIAIS
JOS MANOEL FERNANDES, Ph.D.
Departamento de Engenharia Eltrica
Universidade Federal do Paran
CM ENGENHEIRO DE CAMPO CONSTRUO E
MONTAGEM
PETROBRAS Petrleo Brasileiro S. A.
Todos os direitos reservados e protegidos pela Lei 9.610, de
19.2.1998.
proibida a reproduo total ou parcial, por quaisquer meios, bem
como a produo de apostilas, sem autorizao prvia, por escrito,
da Petrleo Brasileiro S. A. PETROBRAS
Direitos exclusivos da PETROBRAS Petrleo Brasileiro S. A.
_____________________________________________________________
VAZ, Marcos da Rocha; MONTEIRO, Paulo Duailibe.
Sistemas Eltricos Industriais/ Universidade Federal Fluminense, Niteri,
2006
265 sl.
_____________________________________________________________
CONTEDO PROGRAMTICO
TPICO I: FUNDAMENTOS DE ELETRICIDADE
1. Introduo aos Sistemas Eltricos
1.1. Gerao, Transmisso, Distribuio e Comercializao de Energia Eltrica
1.2. Fontes de Energia Eltrica
1.3. Grandezas Eltricas Fundamentais
2. Circuitos de Corrente Contnua (CC) e de Corrente Alternada (CA)
2.1. Elementos dos Circuitos
2.2. Ligaes
2.3. Circuitos CA monofsicos - Impedncia, Potncias, Fator de Potncia
2.4. Circuitos CA trifsicos
CONTEDO PROGRAMTICO
CONTEDO PROGRAMTICO
TPICO II: TRANSFORMADORES
1. Definio Elementos
2. Aspectos Construtivos
3. Funcionamento
4. Transformadores em circuitos trifsicos
TPICO III: MQUINAS ELTRICAS ROTATIVAS DE CORRENTE
CONTNUA E DE CORRENTE ALTERNADA
1. Balano de Energia
2. Partes Componentes
3. Tipos de Mquinas
4. Utilizao
5. Controle de velocidade ; partida e frenagem de motores
6. Seleo de motores
CONTEDO PROGRAMTICO
TPICO IV: SUBESTAES
1. Definies, Classificao e Funes dos Principais Equipamentos
2. Esquemas de Manobra de Subestaes de Mdia Tenso
3. Arranjos de Subestaes Receptoras
4. Seleo de Nveis de Tenso das Subestaes
5. Potncias de Subestaes para Industrias
6. Principais Equipamentos
TPICO V: TPICOS EM SISTEMAS ELTRICOS INDUSTRIAIS
1. Sistema de Aterramento
2. Proteo
GUSSOW, M. ; Eletricidade Bsica; Coleo Schaum; Ed. Makron Books.
COTRIM, A. A.M.B.; Instalaes Eltricas; Ed. Makron Books.
NISKIER, J. , MACINTYRE, A.J. ; Instalaes Eltricas, Ed. Guanabara
Koogan.
CREDER, H. ; Instalaes Eltricas, Ed. LTC.
TORO, V. ; Fundamentos de Mquinas Eltricas; Ed. Prentice-Hall do Brasil.
MARTIGNONI, A.; Transformadores; Ed. Globo.
LOBOSCO,O.S. , DIAS, J.L.P.C.; Seleo e aplicao de motores eltricos;
volume 1; Siemens, Srie Brasileira de Tecnologia; Ed. Mc.Graw-Hill.
BIBLIOGRAFIA
TPICO I
FUNDAMENTOS DE
ELETRICIDADE
FUNDAMENTOS DE ELETRICIDADE
1 . INTRODUO
1.1. Gerao, Transmisso, Distribuio e Comercializao de
Energia Eltrica
Energia Eltrica PRODUTO
Consumidor de Energia Eltrica CLIENTE
Sistema Eltrico- ORGANIZAO
Sistema elementar
Sistema real
G : gerador T1 : transformador elevador LT : linha de transmisso
T2: transformador abaixador DP : distribuio primria SE: subestao
T3 e T4 : transformadores de distribuio DS: distribuio secundria
O sistema eltrico envolve: planejamento / projeto, construo / instalao,
operao, manuteno e equipamentos (fabricao, montagem, materiais).
FUNDAMENTOS DE ELETRICIDADE
MODELO ENERGTICO ATUAL:
Consumidores com sua prpria gerao ; Gerao Distribuda ; Cogerao
Sistema Estatal e Sistema Privado rgo Regulador : ANEEL
http://www.aneel.gov.br/
A questo tarifria.
FUNDAMENTOS DE ELETRICIDADE
1.2. Fontes de energia eltrica tradicionais e alternativas
(a) Fontes tradicionais grandes blocos de energia
Energia cintica da gua
ex: usinas hidreltricas
TURBINA Energia Mecnica GERADOR Energia
http://pt.wikipedia.org/wiki/Lista_de_usinas_hidrel%C3%A9tricas_do_Brasil
Eltrica
Energia trmica
Combustvel convencional
ou nuclear
ex: usinas termeltricas
No se armazena energia eltrica; deve ser feita uma avaliao tcnica e
econmica do transporte at os centros consumidores do combustvel ou da
energia eltrica?
FUNDAMENTOS DE ELETRICIDADE
FUNDAMENTOS DE ELETRICIDADE
(b) Fontes alternativas - solues particulares
Energia solar; energia elica; energia qumica; energia dos mares; bio-massa
http://descobrir-a-terra.blogs.sapo.pt/21701.html
CONCLUSO :
ENERGIA
QUALQUER
(fonte)
GERADOR
ENERGIA
ELTRICA
CONSUMIDOR
(carga)
ENERGIA
MECNICA
TRMICA
LUMINOSA
OUTRAS
FUNDAMENTOS DE ELETRICIDADE
1.3. Grandezas Fundamentais
1.3.1 Corrente eltrica ( i )
http://br.geocities.com/saladefisica3/laboratorio/corrente/corrente.htm
(a) Movimento ordenado de cargas eltricas. Ex: fio metlico
(b) Efeitos :
Efeito trmico (efeito Joule) : condutor percorrido por corrente se aquece.
Ex: aquecedores, fios / cabos
Efeito magntico : condutor percorrido por corrente cria campo magntico.
Ex: condutor retilneo ; bobina
CUIDADO !! Efeito fisiolgico.
http://web.rcts.pt/fq/electricidade/efeitos.htm
FUNDAMENTOS DE ELETRICIDADE
(c) Corrente contnua ( CC ) e corrente alternada ( CA )
i
i
i
i
i
t
i
t
i
i
i
i
FUNDAMENTOS DE ELETRICIDADE
1.3.2 Tenso eltrica ( V ou U )
Para que corrente eltrica possa passar por dois pontos de um condutor
necessrio que entre eles exista uma diferena de potencial eltrico
(d.d.p.) ou tenso eltrica. Um gerador eltrico estabelece entre seus
terminais uma tenso. Esta tenso pode ser CONTNUA ou
ALTERNADA, dependendo do gerador.
Ex : geradores eletromecnicos, baterias, pilhas.
v v
t t
FUNDAMENTOS DE ELETRICIDADE
1.3.3 Resistncia Eltrica ( R )
Modelo : A B V = R .i
Para um fio metlico : R depende do material (resistividade), das dimenses
(comprimento e rea da seo reta), e da temperatura.
importante analisar as variaes de V, i e R, controladas ou no.
R
i
FUNDAMENTOS DE ELETRICIDADE
3.4 Energia eltrica ( W ) e Potncia Eltrica ( P )
W
W = V . i . t P = ; P = V . i
t
W = P . t
FUNDAMENTOS DE ELETRICIDADE
IMPORTANTE LEMBRAR :
Unidades das grandezas , do Sistema Internacional ( SI ) e unidades prticas.
Medidores destas grandezas.
Valores nominais das grandezas
TARIFAS DE ENERGIA ELTRICA
GRUPO A : consumidores de alta tenso tarifa binmia (demanda e
consumo)
GRUPO B : consumidores de baixa tenso tarifa monmia (consumo)
TARIFA HORO-SAZONAL : Horrio (ponta e fora da ponta) e Perodo (mido e
seco).
FUNDAMENTOS DE ELETRICIDADE
2 . CIRCUITOS DE CORRENTE CONTNUA (CC) E DE CORRENTE
ALTERNADA (CA)
1. Introduo : Elementos
Elementos essenciais : geradores, condutores , cargas ( ex: motores
eltricos ).
Elementos acessrios : elementos de proteo, de medio, de manobra, de
controle.
E os TRANSFORMADORES ?
FUNDAMENTOS DE ELETRICIDADE
1.1 Gerador Eltrico ( CC ou CA )
Estabelecer entre seus terminais uma tenso ; transformar energia
qualquer em energia eltrica.
Entrada de energia qualquer GERADOR Sada de energia eltrica
Entrada de energia - Sada de energia = perdas de energia
ou
Potncia de entrada ( Pe ) - Potncia de Sada ( Ps ) = perdas de
Potncia
Ps
Rendimento : q q =
Pe
http://br.geocities.com/saladefisica3/laboratorio/gerador/gerador.htm
FUNDAMENTOS DE ELETRICIDADE
1.2 Cargas ( CC ou CA )
Transformar energia eltrica em energia qualquer, que pode ser apenas
energia trmica ou outra forma ALM da trmica ( ex: energia mecnica -
motor eltrico ) .
Entrada de energia eltrica CARGA Sada de energia qualquer.
FUNDAMENTOS DE ELETRICIDADE
2. Ligaes
( a ) em srie
http://br.geocities.com/saladefisica3/laboratorio/serie/serie.htm
FUNDAMENTOS DE ELETRICIDADE
( b ) em paralelo
http://br.geocities.com/saladefisica3/laboratorio/paralelo/paralelo.htm
FUNDAMENTOS DE ELETRICIDADE
CURTOCIRCUITO: ligar dois pontos por um condutor de resistncia nula.
FUNDAMENTOS DE ELETRICIDADE
( c ) srie / paralelo
FUNDAMENTOS DE ELETRICIDADE
3. Circuitos de corrente alternada
usual : gerao CA, transmisso CA e distribuio CA; mais econmica,
maior flexibilidade (circuitos monofsicos e trifsicos), vrios nveis
de tenso e corrente separados por transformadores.
3.1 Tenso alternada senoidal e corrente alternada senoidal
Um gerador CA, por induo eletromagntica, vai produzir:
v : valor instantneo u = w . t ; w = 2t f ; u = 2t f . t
Vm : valor mximo ou amplitude
(constante)
T : Perodo ; f : freqncia eltrica (ex. freqncia industrial no Brasil : 60 Hz)
FUNDAMENTOS DE ELETRICIDADE
FUNDAMENTOS DE ELETRICIDADE
v = Vm senu ; v produz i , de mesma frequncia ; i = Im senu
i : valor instantneo
Im : valor mximo ou amplitude
( constante )
FUNDAMENTOS DE ELETRICIDADE
VALOR EFICAZ ( ou r m s ) : O valor eficaz de uma corrente alternada ( I )
o valor da corrente contnua que produz o mesmo efeito trmico que o da
corrente alternada no mesmo intervalo de tempo. (valor mdio quadrtico)
No caso, I = 0,707 Im.
Analogamente, o valor eficaz da tenso alternada ( V ) o valor da tenso
contnua que provoca I.
V = 0,707 Vm.
Na prtica, sempre se utilizam valores eficazes; os medidores medem valores
eficazes.
FUNDAMENTOS DE ELETRICIDADE
NGULO DE FASE ( | ) : Dependendo do elemento do circuito ao qual se
aplica a tenso v, a corrente i no mesmo pode no estar em fase com a
tenso aplicada ; ou seja, pode estar atrasada ou adiantada em relao
tenso (referncia).
Ex : v = Vm sen wt | = 0 ( ref ) ; i = Im sen ( wt + 90) | = 90
REPRESENTAO FASORIAL : grandezas senoidais de amplitude e
freqncia constantes podem ser representadas por um vetor girante
chamado FASOR.
Ex: w i = Im sen ( wt + | )
I I : valor eficaz
| | +
referncia (| = 0)
| -
FUNDAMENTOS DE ELETRICIDADE
3.2 Circuitos monofsicos ( 1| )
FUNDAMENTOS DE ELETRICIDADE
Exemplo de carga monofsica : impedncia Z circuito RLC srie
V = Z . I
Modelo :
Z
FUNDAMENTOS DE ELETRICIDADE
Para compatibilizar as dimenses fsicas :
R resistncia
L indutncia ; X
L
reatncia indutiva X
L
= wL
1
C capacitncia ; X
C
reatncia capacitiva X
C
=
wC
X = X
L
X
C
; X reatncia do circuito
FUNDAMENTOS DE ELETRICIDADE
TRINGULO DA IMPEDNCIA ( Z ) DO CIRCUITO
______
z = \ R +X
FUNDAMENTOS DE ELETRICIDADE
3.3 Potncia ativa (P) , Potncia Reativa (Q) e Potncia Aparente (S)
P : Potncia ativa consumida; transformada em potncia
mecnica, trmica, etc...
Q
L
: Potncia reativa indutiva; Q
C
: Potncia reativa capacitiva
fluem no sistema eltrico, devido s indutncias e capacitncias; no
so consumidas, mas tem efeitos contrrios.
Q = Q
L
Q
C
; Q potncia reativa do circuito; se Q
L
= Q
C
Q = 0
S : Potncia aparente a soma vetorial de P e Q.
FUNDAMENTOS DE ELETRICIDADE
TRINGULO DAS POTNCIAS
P
cos | = ; cos | : fator de potncia ( f p )
S
P = S.cos | ; P = V . I .cos |
Q = S.sen | ; Q = V . I ..sen |
cos | = 1.0 | = 0 sen | = 0 Q = 0 S = P
cos | = 0 | = 90 sen | = 1 P = 0 S = Q
CORREO DO FATOR DE POTNCIA
maior f p melhor f p
FUNDAMENTOS DE ELETRICIDADE
3.4 Circuitos trifsicos ( 3| )
Um circuito trifsico uma combinao de 3 circuitos monofsicos . Num
circuito 3| equilibrado, um nico gerador CA produz trs tenses senoidais de
mesmo valor eficaz , mesma freqncia e defasadas de 120.
FUNDAMENTOS DE ELETRICIDADE
LIGAES TRIFSICAS
As ligaes trifsicas podem ser em ESTRELA ( Y ) ou TRIANGULO ( delta ).
FUNDAMENTOS DE ELETRICIDADE
FUNDAMENTOS DE ELETRICIDADE
As cargas monofsicas devem ser divididas igualmente nas 3
fases (sistema equilibrado).
V
L
: tenso de linha V
f
: tenso de fase
I
L
: corrente de linha I
f
: corrente de fase
FUNDAMENTOS DE ELETRICIDADE
RELAES FUNDAMENTAIS
__
Ligao Estrela : V
L
= \ 3 . V
f
I
L
= I
f
__
Ligao Tringulo : V
L
= V
f
I
L
= \ 3 . I
f
Para as potncias : S, P e Q sero trifsicos.
S = 3 V
f
. I
f
ou S = \ 3 . V
L
. I
L
FUNDAMENTOS DE ELETRICIDADE
TRINGULO DAS POTNCIAS TRIFSICAS
_______
S = \ P + Q
P
cos | = ; cos |: fator de potncia (f p)
S
__
P = S.cos | ; P = \ 3 . VL . IL.cos |
__
Q = S.sen | ; Q = \ 3 . VL . IL.sen |
FUNDAMENTOS DE ELETRICIDADE
TPICO II
TRANSFORMADORES
1. INTRODUO
Transformador um dispositivo (equipamento, mquina eltrica) que,
por meio da induo eletromagntica, transfere energia eltrica de um
circuito (PRIMRIO) para outro (SECUNDRIO), mantendo a frequncia,
mas geralmente com valores de tenso e correntes diferentes. Num
transformador ideal toda a energia eltrica transferida do primrio para o
secundrio (no h perdas).
http://pt.wikipedia.org/wiki/Transformador
TRANSFORMADORES
Induo Eletromagntica
Um condutor em movimento num campo magntico fixo OU um condutor
fixo num campo magntico varivel (no espao ou no tempo) : nos terminais
do condutor aparece uma tenso induzida; se o circuito for fechado, uma
corrente induzida.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Lei_de_Faraday-Neumann-Lenz
TRANSFORMADORES
ncleo magntico
fonte CA carga CA
lado primrio enrolamento primrio enrolamento secundrio lado secundrio
N
P
; N
S
: nmero de espiras do primrio e do secundrio V
P
; V
S
: tenso no
primrio e no secundrio
I
P
; I
S
: corrente no primrio e no secundrio
TRANSFORMADORES
2. ASPECTOS CONSTRUTIVOS
2.1 A parte ativa (ncleo e enrolamentos) colocada num tanque
cheio de material isolante e refrigerante (ex: leo, silicone, ar).
TRANSFORMADORES
2.2 O transformador uma mquina esttica, de corrente alternada,
podendo ser monofsico ou trifsico; seus enrolamentos esto isolados
do ncleo e no h ligao eltrica entre primrio e secundrio .
TRANSFORMADORES
2.3 As extremidades dos enrolamentos so levadas aos circuitos
externos (fora do tanque) por meio de buchas de material isolante (ex :
porcelana).
TRANSFORMADORES
TRANSFORMADORES
3. FUNCIONAMENTO
A tenso num enrolamento (bobina) de um transformador diretamente
proporcional ao nmero de espiras deste enrolamento ( bobina ).
V
p
V
s
V
p
N
p
N
p
= ; = ; = a
N
p
N
s
V
s
N
s
N
s
a: relao de espiras
TRANSFORMADORES
Num transformador ideal, no h perdas ( q= 100 % ); logo,
S
p
= S
s
V
p
. I
p
= V
s
. I
s
V
p
I
s
= V e I : inversamente proporcionais
V
s
I
p
TRANSFORMADORES
N
p
> N
s
( a >1 ) : V
p
> V
s
; I
p
< I
s
transformador abaixador
N
p
< N
s
( a< 1 ) : V
p
< V
s
; I
p
> I
s
transformador elevador
TRANSFORMADORES
EXEMPLO : Transformador 1| de 10 kVA , 6600 V / 220 V
Lado de Alta Tenso ( AT ) Lado de Baixa Tenso ( BT )
Pode-se alimentar o transformador ( ligar fonte CA ) pelo lado de AT ou de BT,
desde que seja respeitado o nvel de tenso ( isolamento ).
TRANSFORMADORES
CLASSES DE ISOLAMENTO : so definidas pelo tipo de material isolante e
pelo limite de temperatura admissvel.
Ex: Classes B , F , H.
http://www.dsee.fee.unicamp.br/~sato/ET515/node76.html
Com a relao N
p
/ N
s
fixa, variando-se V
p
varia-se V
s
na mesma
proporo; no entanto, pode-se variar esta relao e, com isto, consegue-se
variar V
s
para V
p
constante ou manter V
s
constante com variaes de V
p
.
TRANSFORMADORES
4. TRANSFORMADORES EM CIRCUITOS TRIFSICOS
http://www.siemens.com.br/upfiles/290.pdf
Nos circuitos trifsicos possvel ter:
4.1 Transformador Trifsico ( 3| ): uma nica unidade contendo 3
enrolamentos primrios e 3 enrolamentos secundrios , ligados em
ESTRELA ou TRINGULO ( 4 combinaes possveis ).
TRANSFORMADORES
4.2 Banco de Transformadores monofsicos: composto por 3
transformadores 1| idnticos. As 3 unidades so ligadas numa das 4
combinaes possveis .
EXEMPLO NUMRICO: Um transformador 3| de 150 kVA, 11,4 kV / 220
V, 60 Hz, opera nas condies nominais, alimentando em 220 V as cargas
de uma indstria.. Calcular as correntes no primrio e no secundrio do
transformador.
TRANSFORMADORES
OBSERVAO: TRANSFORMADOR DE POTENCIAL (T
P
) e
TRANSFORMADOR DE CORRENTE (T
C
) .
Quando os valores de tenso e corrente so muito elevados (ex: 13,8 kV,
400A) so utilizados transformadores para instrumentos (T
P
e T
C
), que
transformam esses valores em outros menores (ex: 120 V, 5 A),
compatveis com as escalas dos medidores.
TPICO III
MQUINAS ELTRICAS ROTATIVAS DE CORRENTE
CONTNUA E DE CORRENTE ALTERNADA
MQUINAS ELTRICAS ROTATIVAS DE CORRENTE
CONTNUA E DE CORRENTE ALTERNADA
1. INTRODUO BALANO DE ENERGIA
Mquina Eltrica Rotativa (girante) : equipamento que efetua converso
eletromecnica de energia GERADORES e MOTORES ELTRICOS.
Exemplos:
Potncia Potncia
Mecnica Eltrica Ativa
Turbina hidrulica, a vapor n: velocidade do eixo ( rpm )
ou a gs; motor diesel ou a gs
MQUINAS ELTRICAS ROTATIVAS DE CORRENTE
CONTNUA E DE CORRENTE ALTERNADA
Potncia Potncia
Eltrica Ativa Mecnica
G e M : construtivamente a mesma mquina; s h inverso no sentido do fluxo de
potncia.
MQUINAS ELTRICAS ROTATIVAS DE CORRENTE
CONTNUA E DE CORRENTE ALTERNADA
Objetivo da mquina: Potncia de sada (P
s
) : P
s
= P
e
- perdas de potncia ;
q = P
s
/ P
e
Perdas : eltricas, mecnicas e magnticas calor
Valores nominais : valores de sada kVA (gerador CA), kW (gerador CC), CV
(motor)
MQUINAS ELTRICAS ROTATIVAS DE CORRENTE
CONTNUA E DE CORRENTE ALTERNADA
2. PARTES COMPONENTES
http://www.faatesp.edu.br/publicacoes/maquinas_assincronas.pdf
Parte fixa - estator : carcaa e parte magntica
Parte mvel - rotor : eixo e parte magntica
Parte magntica: ncleo magntico e condutores
Na carcaa est fixada a PLACA DE IDENTIFICAO com valores
nominais de potncia, tenso, frequncia, tipo de mquina, ligaes, etc...
MQUINAS ELTRICAS ROTATIVAS DE CORRENTE
CONTNUA E DE CORRENTE ALTERNADA
3. TIPOS DE MQUINAS
3.1 Mquinas CA (1| e 3|)
a) Mquinas Sncronas (em geral 3|) geradores sncronos e motores
sncronos.
A frequncia eltrica da tenso (f) diretamente proporcional velocidade
do eixo velocidade sncrona (ns). Chamando o nmero de plos
magnticos da mquina de p, a velocidade sncrona pode ser calculada
por :
ns = 120 . f / p . Logo, se f cte ns cte.
MQUINAS ELTRICAS ROTATIVAS DE CORRENTE
CONTNUA E DE CORRENTE ALTERNADA
b) Mquinas Assncronas ( em geral motores ) motores de induo 3| e
1| de pequena potncia < 1 CV.
A velocidade do eixo depende da frequncia e das condies de carga
(escorregamento).
3.2 Mquinas CC Geradores de corrente contnua e Motores de corrente
contnua .
MQUINAS ELTRICAS ROTATIVAS DE CORRENTE
CONTNUA E DE CORRENTE ALTERNADA
4. UTILIZAO
4.1. Mquinas Sncronas
Gerador Sncrono : enorme utilizao; utilizado em usinas hidreltricas ,
usinas termoeltricas e grupos motor ( diesel ou a gs ) - gerador
Motor Sncrono: utilizao muito restrita; motor de velocidade constante
com a frequncia da rede constante; utilizado para correo de fator de
potncia em grandes sistemas
MQUINAS ELTRICAS ROTATIVAS DE CORRENTE
CONTNUA E DE CORRENTE ALTERNADA
4.2. Motor de Induo 3|
Enorme utilizao; so motores simples, robustos e de baixo custo
(rotor gaiola); podem ter bom controle de velocidade pela variao da
frequncia da tenso aplicada ao motor ou pela utilizao de rotor bobinado (
de anis ) ; restrio : circuito indutivo, piorando o fator de potncia da
instalao.
MQUINAS ELTRICAS ROTATIVAS DE CORRENTE
CONTNUA E DE CORRENTE ALTERNADA
Na partida (n = 0), as correntes no estator so muito elevadas
(4 a 6 vezes a corrente nominal); a partir de determinadas
potncias, por exemplo, 5 CV a 220 V, so necessrios
mtodos especiais de partida sob tenso reduzida, utilizando
dispositivos como chaves estrela-tringulo ou compensadores de
partida (autotransformadores).
MQUINAS ELTRICAS ROTATIVAS DE CORRENTE
CONTNUA E DE CORRENTE ALTERNADA
4.3 Motores 1| de pequena potncia
Em geral so motores de induo ; so utilizados em eletrodomsticos,
bombas e compressores.
4.4 Mquinas de Corrente Contnua
Gerador CC : utilizao muito restrita, pois as redes eltricas so , em
geral, de corrente alternada; competio desfavorvel com sistemas de
retificao eletrnica.
Motor CC : competitivo, pois possui bom controle de velocidade;
restrio : necessita de fonte de corrente contnua para aliment-lo.
MQUINAS ELTRICAS ROTATIVAS DE CORRENTE
CONTNUA E DE CORRENTE ALTERNADA
5. Controle de Velocidade ; Partida e Frenagem de Motores
http://www.cpdee.ufmg.br/~selenios/Acionamentos/Acion_2.pdf
O controle de velocidade consiste em manter a velocidade
constante com variaes da carga mecnica ou variar essa
velocidade com a carga constante. Esse controle pode ser feito por
processos mecnicos, hidrulicos ou eltricos. Atualmente
dispositivos eletrnicos so amplamente usados para o controle de
velocidade de motores.
MQUINAS ELTRICAS ROTATIVAS DE CORRENTE
CONTNUA E DE CORRENTE ALTERNADA
Quanto partida, alguns motores possuem conjugado de
partida, como o motor de induo 3| e os motores de corrente
contnua. Os motores cujo conjugado de partida zero
necessitam de um dispositivo adicional de partida.
Quanto aos mtodos de frenagem, eles podem ser eltricos
ou mecnicos .
MQUINAS ELTRICAS ROTATIVAS DE CORRENTE
CONTNUA E DE CORRENTE ALTERNADA
6. Seleo de Motores
O processo consiste na seleo de um motor industrialmente disponvel, que
atenda, no mnimo, os seguintes requisitos:
a) Fonte de alimentao: tipo (CA ou CC, monofsica ou trifsica), tenso,
freqncia.
b) Condies ambientais: agressividade, periculosidade, temperatura, altitude.
c) Exigncia da carga e condies de servio : potncia necessria, conjugado
exigido, velocidade, ciclo de operao , esforos mecnicos.
d) Confiabilidade e economicidade.
EXERCCIOS
EXERCCIOS
1 - Os geradores sncronos da Usina Hidreltrica de Furnas geram energia
eltrica em 18 kV a 60 Hz. Uma parte desta energia est suprindo a rea do
Grande Rio, onde uma indstria recebe esta energia em 13,8kV e a utiliza em
220V. Explique como ocorre esse processo desde a Usina at os
equipamentos eltricos em operao na indstria.
2 - Uma instalao com fator de potncia 0,50 indutivo considerada
satisfatria?
Caso voc no a considere satisfatria : diga o que voc poderia fazer para
melhor-la e apresente uma justificativa a ser dada ao dono da instalao para
a necessidade da medida tomada.
EXERCCIOS
3 - Uma indstria alimentada por uma rede eltrica trifsica de 220V em 60
Hz. necessrio suprir uma carga mecnica por meio de um motor eltrico
ligado diretamente na rede, sem nenhum equipamento adicional. Qual dos
motores abaixo voc escolheria? Justifique sua resposta.
Motor 1 : motor CA ; 110 V ; rendimento 95%
Motor 2 : motor CC ; 220 V ; rendimento 90%
Motor 3 : motor CA ; 220 V ; rendimento 75%
Motor 4 : motor CC ; 220 V ; rendimento 85%
Motor 5 : motor CA ; 440 V ; rendimento 80%
EXERCCIOS
4 - Um transformador monofsico de relao de espiras 10 : 1 ligado a uma
rede de 220V monofsica alimentando uma carga de 5,0 kVA do lado de
BAIXA TENSO. Calcule a tenso no secundrio do transformador e a
corrente na carga.
5 - Dadas as afirmativas a seguir, diga se elas so verdadeiras ou falsas,
justificando cada uma delas:
a) Num circuito trifsico em estrela ( Y ) , as tenses de linha so iguais s
tenses de fase.
b) Um motor de induo trifsico transforma corrente alternada trifsica em
corrente contnua
EXERCCIOS
6. Um motor de corrente contnua opera com uma potncia de sada de 1,2
CV e rendimento 90%. Quanto marcou um medidor de energia eltrica, em
kWh, instalado na entrada do motor, no ms de junho deste ano, quando o
motor funcionou 12 horas por dia?
Dado: 1 CV = 0,736 kW
1. Um motor de induo ligado a uma rede monofsica de 220 V 60 Hz,
opera com fator de potncia 0,95 alimentando uma carga mecnica de 1,10
CV. As perdas de potncia do motor podem ser consideradas desprezveis.
Calcule a corrente na entrada do motor.
Dado: 1 CV = 0,736 kW
EXERCCIOS
8. Um motor de induo trifsico, ligao estrela(Y), 30 CV, 220 V, 60Hz, fator de
potncia 0,95 indutivo e rendimento 80% ligado a uma rede eltrica trifsica,
operando nas condies nominais. Calcule a corrente em cada fase do motor
nestas condies. Trs fusveis, de 60 A cada um, so adequados para a
proteo do motor, colocados um em cada fase da entrada do mesmo?
Dado: 1 CV = 0,736 kW
9. Imagine um gerador sncrono trifsico para alimentar o sistema eltrico de um
grande hospital no Rio de Janeiro, em caso de falta de energia eltrica da
concessionria. Seu eixo deve girar a 900 rpm. Qual o nmero de plos deste
gerador? Qual o tipo de mquina motriz voc sugere para acionar o eixo do
gerador? O eixo do gerador deve ser HORIZONTAL ou VERTICAL?
EXERCCIOS
10. Uma pequena indstria, num momento de produo reduzida, est
funcionando apenas com um motor de induo ligado a uma rede
monofsica de 220 V / 60 Hz. O fator de potncia do motor 0,70.
Apresente uma justificativa a ser dada ao dono da indstria para a
necessidade de aumentar o fator de potncia do circuito para, pelo menos,
0,92 indutivo.
11. Um transformador monofsico tem um enrolamento com 800 espiras e
outro com 160 espiras. Ele deve alimentar uma carga de 10 kVA em 480 V
do lado baixa tenso.
(a) Qual a tenso da fonte para alimentar o transformador?
(b) Quais as correntes no primrio e no secundrio do transformador?
EXERCCIOS
12. Uma sala iluminada por 12 lmpadas de incandescncia (no eficientes),
sendo 5 de 100 W e 7 de 60W. Para uma mdia diria de 10 horas de plena
utilizao, qual a energia eltrica consumida, em kWh, por essas lmpadas
num ms de 30 dias? O que voc sugere para reduzir esse consumo?
13. A resistncia eltrica de um enrolamento de uma mquina eltrica rotativa
foi medida com a mquina parada, temperatura ambiente (20C), e aps
algumas horas de funcionamento plena carga, logo que foi desligada. Os
valores encontrados foram respectivamente 25 ohms e 28 ohms. A que voc
atribui esta diferena nos valores medidos?
EXERCCIOS
14. Voc precisa alimentar uma carga mecnica de 4,0 CV por meio de um
motor eltrico ligado diretamente rede da concessionria de energia
eltrica, que uma rede trifsica de 380 V ( fase-fase ) e 60 Hz. Dentre
as especificaes para o motor para ser escolhido voc considera o
rendimento: imprescindvel, relevante ou pouco importante?
EXERCCIOS
QUESTES TIPO VERDADEIRA ( V ) OU FALSA ( F )
( ) 1. Devido ao fato da passagem de corrente por um condutor gerar
calor, e a temperatura do mesmo poder elevar-se atingindo valores que
venham a causar deteriorao do isolamento, torna-se necessrio
limitar a intensidade de corrente nos condutores.
( ) 2. O valor da corrente mxima admissvel num fio depende da rea
da sua seo reta e no depende do tipo de isolamento utilizado.
EXERCCIOS
( ) 3. Os reostatos se caracterizam pela resistncia mxima que podem
apresentar, pela corrente mxima que podem suportar e pela potncia
mxima que podem dissipar.
( ) 4. Um ampermetro deve ser ligado em srie com o trecho do circuito
que se deseja medir a corrente.
EXERCCIOS
( ) 5. Um voltmetro deve ser ligado em paralelo com o trecho do circuito
que se deseja medir a tenso.
( ) 6. Fusveis so sempre ligados em paralelo com o elemento do circuito
que esto efetuando a proteo.
EXERCCIOS
( ) 7. Se ligarmos quatro lmpadas iguais de 60 W / 120 V em paralelo a
uma fonte de tenso constante de 120 V, a corrente em cada lmpada
ser 2 A e a corrente na sada da fonte ser 8 A.
( ) 8. Uma corrente eltrica ao percorrer um fio condutor produz um campo
magntico em torno do mesmo. Isto pode ser comprovado
pela deflexo de uma agulha magntica quando
colocada prxima desse fio.
EXERCCIOS
( ) 9. Ao colocarmos uma espira percorrida por corrente eltrica no interior de
um campo magntico, foras magnticas provocaro movimento na espira.
Este o princpio de funcionamento dos transformadores eltricos.
( ) 10. Quando uma pea de ferro submetida a um campo magntico
varivel, nela induzida corrente eltrica.
EXERCCIOS
QUESTES DE MLTIPLA ESCOLHA
1. Um fio condutor de cobre, utilizado em enrolamentos de
transformadores, cilndrico, de seo reta S e comprimento L tem uma
resistncia R. Se ele tivesse o dobro da seo reta e a metade do
comprimento, sua resistncia seria:
a) R
b) 2R
c) 4Re
d) R/2
e) R/4
EXERCCIOS
2. Dez resistores de resistncia R so associados em paralelo e ligados a
uma bateria ideal. A resistncia equivalente do circuito vale:
a) 10 R
b) R
c) R/10
d) R/2
e) O valor depende da fora eletromotriz da bateria.
EXERCCIOS
3. Por meio de dois wattmetros, ligados respectivamente no primrio e no
secundrio de um transformador monofsico, foram medidos os valores:
1,00 kW e 950 W. O rendimento do transformador nesta situao :
a) 99,5%
b) 95%
c) 100%
d) 9,5%
e) 105%
EXERCCIOS
5. Os motores eltricos possuem uma Placa de Identificao, colocada pelo
fabricante, fixada em local visvel, onde constam os Dados de Placa.
Assinale a opo em que aparece pelo um dado incorreto:
a) Marca comercial, tipo;
b) Nmero de fases, tipo de corrente (CA ou CC);
c) Tenso nominal, freqncia nominal;
d) Potncia nominal, velocidade nominal;
e) Classe de Isolamento, nome do comprador.
EXERCCIOS
6. Num grupo motor diesel-gerador sncrono 3|, o gerador possui 16 plos
e gera 220 V a 60 Hz. Para que isso ocorra, a velocidade do eixo deve
ser ajustada em:
a) 3600 rpm;
b) 1800 rpm;
c) 900 rpm;
d) 450 rpm;
e) 112,5 rpm.
SUBESTAES
TPICO IV
SUBESTAES
96
1 Subestaes - Conceitos Gerais
1.1 - Definio Bsica de uma Subestao
Uma subestao (SE) um conjunto de equipamentos
de manobra e/ou transformao e ainda eventualmente
de compensao de reativos usado para dirigir o fluxo
de energia em sistemas de potncia e possibilitar a sua
diversificao atravs de rotas alternativas, possuindo
dispositivos de proteo capazes de detectar os
diferentes tipo de faltas que ocorrem no sistema e de
isolar os trechos onde estas faltas ocorrem.
97
1.2 - Classificao das SEs
As subestaes podem ser classificadas quanto sua
funo e a sua instalao.
1 Subestaes - Conceitos Gerais
98
Funo no sistema eltrico:
Subestao Transformadora
aquela que converte a tenso de suprimento para um
nvel diferente, maior ou menor, sendo designada,
respectivamente, SE Transformadora Elevadora e SE
Transformadora Abaixadora.
Geralmente, uma subestao transformadora prximas
aos centros de gerao uma SE elevadora.
Subestaes no final de um sistema de transmisso,
prximas aos centros de carga, ou de suprimento a uma
indstria uma SE transformadora abaixadora.
1.2 Classificao das SE`s
99
Funo no sistema eltrico:
Subestao Seccionadora, de Manobra ou de
Chaveamento
aquela que interliga circuitos de suprimento sob o
mesmo nvel de tenso, possibilitando a sua
multiplicao. tambm adotada para possibilitar o
seccionamento de circuitos, permitindo sua energizao
em trechos sucessivos de menor comprimento.
1.2 Classificao das SE`s
100
Modo de instalao dos equipamentos em relao ao
meio ambiente:
Subestao Externa ou Ao Tempo
aquela em que os equipamentos so instalados ao
tempo e sujeitos portanto s condies atmosfricas
desfavorveis de temperatura, chuva, poluio, vento,
etc., as quais desgastam os materiais componentes,
exigindo portanto manuteno mais freqente e reduzem
a eficcia do isolamento.
1.2 Classificao das SE`s
101
Modo de instalao dos equipamentos em relao ao
meio ambiente:
Subestao Interna ou Abrigada
aquela em que os equipamentos so instalados ao
abrigo do tempo, podendo tal abrigo consistir de uma
edificao e de uma cmara subterrnea.
Subestaes abrigadas podem consistir de cubculos
metlicos, alm de subestaes isoladas a gs, tal como
o hexafluoreto de enxofre (SF6).
1.2 Classificao das SE`s
102
Principais Equipamentos de uma Subestao e suas
Funes
Equipamentos de Transformao
-Transformador de fora - TF
-Transformadores de instrumentos TI
transformadores de corrente - TC
transformadores de potencial (capacitivos ou indutivos)
TP e TPC
Principais Equipamentos da Subestao
103
Sem os transformadores de fora seria praticamente
impossvel o aproveitamento econmico da energia
eltrica, pois a partir deles foi possvel a transmisso em
tenses cada vez mais altas, possibilitando grandes
economias nas linhas de transmisso em trechos cada
vez mais longos.
J os transformadores de instrumentos (TCs e TPs) tm
a finalidade de reduzir a corrente ou a tenso
respectivamente a nveis compatveis com os valores de
suprimento de rels e medidores.
Equipamentos de Transformao
104
Disjuntores
Destinados operao em carga, podendo sua operao
ser manual ou automtica.
Chaves seccionadoras
Equipamentos destinados a isolar equipamentos ou
zonas de barramento, ou ainda, trechos de linhas de
transmisso. Somente podem ser operadas sem carga,
muito embora possam ser operadas sob tenso.
Equipamentos de Manobra
105
- Reator derivao ou srie
- Capacitor derivao ou srie
- Compensador sncrono
- Compensador esttico
Desses equipamentos o que so utilizados com mais
freqncia nas SEs receptoras de pequeno e mdio porte
o capacitor derivao. Quando a planta industrial possui
motor sncrono, a compensao de reativo geralmente
feita atravs dele.
Equipamentos para Compensao de Reativos
Out/06
106
- Pra-raios
O pra-raios um dispositivo protetor que tem por
finalidade limitar os valores dos surtos de tenso
transitrios que, de outra forma, poderiam causar
severos danos aos equipamentos eltricos. Eles
protegem o sistema contra descargas de origem
atmosfricas e contra surtos de manobra.
Equipamentos de Proteo
Out/06
107
- Rels
Os rels tm por finalidade proteger o sistema contra
faltas, permitindo atravs da atuao sobre disjuntores, o
isolamento dos trechos de localizao das faltas.
- Fusveis
O fusvel se destina a proteger o circuito contra curtos,
sendo tambm um limitador da corrente de curto. Muito
utilizado na indstria para a proteo de motores.
Equipamentos de Proteo
Out/06
108
Constituem os instrumentos destinados a medir
grandezas tais como corrente, tenso, freqncia,
potncia ativa e reativa, etc.
Equipamentos de Medio
Out/06
109
Entre os vrios esquemas de subestaes de mdia tenso
encontrados na prtica, podem ser destacados, pela sua
freqncia de utilizao, a entrada direta e o barramento
simples, descritos a seguir.
2 - Principais Esquemas de Subestaes de Mdia Tenso
2.1 - Entrada direta
Em SEs receptoras com uma s entrada e um s
transformador no necessrio barramento, podendo ser
prevista uma alimentao direta. A Figura 2 mostra
esquemas de subestaes com entrada direta.
Out/06
110
Figura 2
Entrada Direta
Principais Esquemas de Subestaes de Mdia Tenso
Out/06
111
Principais Esquemas de Subestaes de Mdia Tenso
2.2 - Barramento Simples
Havendo mais de uma entrada, e/ou mais de um
transformador em SE receptora o barramento simples
o esquema de maior simplicidade e menor custo,
com confiabilidade compatvel com este tipo de
suprimento. A seguir so apresentadas figuras com as
principais variaes encontradas em SEs de
barramento simples.
Out/06
112
Figuras A e B
O defeito em qualquer transformador causa a abertura do
disjuntor, desligando por completo a SE, cabe ao
operador identificar a unidade afetada, isol-la atravs
dos respectivos seccionadores e providenciar o
religamento do disjuntor.
2.2 - Barramento Simples
Out/06
113
(A) (B)
2.2 - Barramento Simples
Out/06
114
Figura C
Este esquema, utilizado em SEs de maior porte, limita o
desligamento ao transformador defeituoso, introduzindo
disjuntor individual para cada transformador. O
acrscimo de chaves de isolamento e de contorno (by-
pass) d maior flexibilidade operao, s custas de
maior complexidade nos circuitos de controle
(aumentando os intertravamentos) e de proteo
(adicionando transferncia de disparo no caso de
contorno de um disjuntor).
2.2 - Barramento Simples
Out/06
115
Figura C
2.2 - Barramento Simples
Out/06
116
As figuras D, E, F e G apresentadas a seguir mostram
esquemas para SEs com duas entrada radiais, com um ou
mais transformadores.
Figura D
Este esquema s permite a alimentao da SE por uma
entrada de cada vez, mediante intertravamento adequado,
obrigando o desligamento momentneo da carga quando
for necessria a transferncia de fonte.
2.2 - Barramento Simples
Out/06
117
Figura D
2.2 - Barramento Simples
Out/06
118
Figura E
Se as entradas puderem ser ligadas em paralelo, obtm-
se maior confiabilidade com o esquema E, onde cada
entrada sendo dotada de disjuntor prprio, pode ser
desligada em caso de falha, independentemente de outra.
Neste caso, o(s) disjuntor(es) no precisa(m) de chave de
contorno face a existncia da segunda entrada.
2.2 - Barramento Simples
Out/06
119
Figura E
2.2 - Barramento Simples
Out/06
120
Figuras F e G
Havendo dois transformadores, pode ser seccionada a
barra para tornar a operao mais flexvel (F). Se for
necessrio evitar a interrupo total do suprimento ao
ser desligado um transformador, instala-se um disjuntor
para seccionar a barra (G).
2.2 - Barramento Simples
Out/06
121
Figura F
2.2 - Barramento Simples
Out/06
122
Figura G
2.2 - Barramento Simples
Out/06
123
As SEs receptoras destinadas s indstrias que
aparecerem com maior freqncia so na faixa de
tenso de 13,8 a 69 kV, prevalecendo em sua grande
maioria as SEs de pequeno porte (13,8 kV). Assim,
sero enfatizados tanto os esquemas como o arranjo
fsico dessas SEs.
Principais Esquemas de Subestaes de Mdia Tenso
Out/06
124
3.1 - Esquemas de Manobra de SEs Receptoras
Os esquemas mais utilizados so os da figura A para
as SEs de 13,8 kV e B para as SEs acima de 13,8
at 138 kV.
3.2 - Arranjos Fsicos de SEs Receptoras
Neste item sero apresentados alguns dos principais
arranjos utilizados nas SEs receptoras.
3 - Esquemas de Manobra e Arranjos de SEs Receptoras
Out/06
125
3 - Esquemas de Manobra e Arranjos de SEs Receptoras
3.2.1 - Arranjos Fsicos das Subestaes de 13,8 kV
Os principais tipos de arranjos fsicos caractersticos das
subestaes de 13,8 kV so:
SE Abrigada
A Figura 3 apresenta um esquema tpico de uma
subestao abrigada em 13,8 kV.
Out/06
126
Planta Baixa
Corte A-A
3.2.1 - Arranjos Fsico das Subestaes de 13,8 kV
Diagrama
Unifilar
FIGURA 3
Out/06
127
Figura 4 - Vista Geral de SE de 13,8 kV ao Tempo
3.2.1 - Arranjos Fsico das Subestaes de 13,8 kV
SE ao Tempo
As Figuras 4 e 5 mostram alguns detalhes de SEs de 13,8 kV ao tempo.
Out/06
128
Figura 5 Vista de SE de 13,8 kV ao Tempo
3.2.1 - Arranjos Fsico das Subestaes de 13,8 kV
Out/06
129
Figura 6
SE Semi-Abrigada
13,8 / 4,16 kV
Planta
3.2.1 - Arranjos Fsico das Subestaes de 13,8 kV
SE Semi-Abrigada
A Figura 6 apresenta a planta baixa de uma SE semi-abrigada de 13,8 /
4,16 kV. A Figura 7 mostra um corte.
Out/06
130
Figura 7
SE Semi-Abrigada
13,8 / 4,16 kV
Corte A-A
3.2.1 - Arranjos Fsico das Subestaes de 13,8 kV
Out/06
131
3.2.1 - Arranjos Fsico das Subestaes de 13,8 kV
Vista Frontal com
Portas Externas Abertas
Figura 8
SE Blindada ao Tempo
A Figura 8 apresenta uma SE blindada ao tempo.
Out/06
132
Diagrama Unifilar
Legenda
1 Seccionador de entrada
2 Seccionador do disjuntor
3 Disjuntor Principal
4 Comando Auxiliar Geral
5 Conector de Ligao neutro/terra
6 Bloqueio Eltrico
7 Caixa de Medio
8 Entrada dos Cabos
9 Sada dos Cabos
Figura 8:
SE Blindada ao Tempo
3.2.1 - Arranjos Fsico das Subestaes de 13,8 kV
Out/06
133
Diagrama Unifilar
3.2.1 - Arranjos Fsico das Subestaes de 13,8 kV
SE Blindada Abrigada
A Figura 9 mostra uma SE blindada abrigada do unifilar
abaixo.
Out/06
134
Figura 9:
SE Blindada Abrigada
Corte A-A
Vista Frontal
Corte B-B
3.2.1 - Arranjos Fsico das Subestaes de 13,8 kV
Out/06
135
Figura 10
Viso Geral
SE 15 MVA
69 / 4,16 kV
3.2.2 - Arranjo Fsico de uma Subestao de 69 kV
Esquemas de Manobra e Arranjos de SEs Receptoras
Out/06
136
Figura 11 - Detalhe de
Disjuntor de 69 kV a PVO
3.2.2 - Arranjo Fsico de uma Subestao de 69 kV
Out/06
137
Figura 12 - Detalhe de TI`s de 69 kV
3.2.2 - Arranjo Fsico de uma Subestao de 69 kV
Out/06
138
Figura 13 - Detalhe de Transformador de uma SE-69 kV
3.2.2 - Arranjo Fsico de uma Subestao de 69 kV
Out/06
139
200
130
300 170 150
115
200 150
Recomendado
Mn
Recomendado Mn Recomendado
Mn
Recomendado Mn
Fase-Neutro
(mm)
Fase-Fase
(mm)
Fase-Neutro
(mm)
Fase-Fase
(mm)
Servio Externo Servio Interno
Figura 15 - Afastamento recomendados
Para Barramentos de SE de 13,8 kV
Tabelas prticas utilizadas em Projetos de
Subestaes
Out/06
140
3,00 2,50 2,50 2,50 Altura mnima do solo, das partes em tenso
reduzida a zero (porcelana, isoladores, etc.)
5,00 4,50 4,00 3,00 Alturas mnima do solo, das partes vivas
3,40 2,20 2,00 0,50 Entre fase e terra, para barras flexveis
2,50 1,50 1,50 0,50 Entre fase e terra, para barras rgidas
4,50 3,00 2,50 1,20 Entre fases, para barras flexveis
3,60 2,40 2,15 1,20 Entre fases, para barras rgidas
230 kV 138 kV 69 kV 25/34 kV Distncias Mnimas (m)
Figura 16 Distncias mnimas recomendados
(1) As chaves no barramento so consideradas como barras flexveis.
(2) As distncias fase-terra de barras flexveis so do ponto de flexa mxima ao solo.
Tabelas para Projetos de Subestaes
Out/06
141
8,5 - 50 De 701 a 2500
6,5 4 20 AT 700
Vergalho de Cobre
(| mm)
Fio
Cobre Nu (AWG)
Tubo ou Barra
Retangular de Cobre
(mm
2
)
Demanda (kVA)
Figura 17 Recomendao de dimetro de barramento para SE
de 13,8 kV abrigada
Tabelas para Projetos de Subestaes
Out/06
142
4 Seleo dos Nveis de Tenso das Subestaes
Uma forma de estimar o nvel da tenso de suprimento
para instalaes com potncia acima de 3.000 kW
atravs da seguinte frmula:
P T =18
Onde:
T tenso (kV);
P potncia instalada (MW)
Out/06
143
Seleo dos Nveis de Tenso das Subestaes
O nvel de tenso deve sempre submetida a uma
anlise das cargas por parte da concessionria.
Deve-se conhecer os nveis de tenso
disponveis no local de implantao do projeto e a
partir da verificar se as necessidades do projeto
so atendidas.
Out/06
144
Seleo dos Nveis de Tenso das Subestaes
Aps a seleo da tenso de suprimento, pode-se
definir as tenses secundrias de fora e
auxiliares.
Em sistemas industriais, a tenso dos motores so
determinantes na escolha da tenso secundria do
sistema de distribuio de fora.
No caso de motores, muito importante a escolha
correta da tenso nominal em funo, dentre
outros fatores, da potncia de forma a obter um
equipamento mais econmico.
Out/06
145
Seleo dos Nveis de Tenso das Subestaes
A tabela abaixo apresenta uma relao tenso
potncia de motores normalmente encontrado no
mercado:
6600 ou 13200 > 4000
4000 1000 5000
2300 500 1500
380 ou 440 At 500
Tenso (V) Potncia (cv)
Figura 18 Escolha da tenso: motores
Out/06
146
5 Definio da Potncia das Subestaes Industriais
A seguir sero apresentados dois exemplos para
definio da potncia de SEs para indstrias.
5.1 - Pequeno Porte
Uma indstria contm 12 motores de 10 cv alimentados
pelo CCM1, 10 motores de 30 cv e 5 motores de 50 cv
alimentados pelo CCM2. O QDL, responsvel pela
iluminao da indstria, alimenta 150 lmpadas
fluorescentes de 40 W e 52 incandescentes de 100 W.
Todas essas cargas so alimentadas pelo QGF que
suprido pelo transformador da subestao.
Out/06
147
5.1 Pequeno Porte
Determinar as demandas do CCM1, CCM2, QDL,
QDF e QGF e a potncia necessria do
transformador da subestao. Sabe-se que todos
os motores tm fator de potncia 0,85.
Obs: Considerar as potncias dos motores em cv
j incluindo o rendimento do motor.
Out/06
148
- Potncia dos Motores
S
10cv
= kVA
S
30cv
= kVA
S
50cv
= kVA
66 , 8
85 , 0
736 , 0 10
=
98 , 25
85 , 0
736 , 0 30
=