Parker - Eletromecanica Servo e Passo
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Para nós da Parker, a qualidade é alcançada quando suas Você pode ter certeza de que sendo certificada pela ISO
expectativas são atendidas, tanto em relação aos produtos 9001 e QS-9000, a Parker:
e suas características, quanto aos nossos serviços. Nosso
maior objetivo é corresponder a todas as suas expectativas - Tem implementado um sistema de garantia de qualida-
da melhor maneira possível. de documentado, avaliado e aprovado. Assim você não
precisa inspecionar e testar os produtos recebidos.
A Parker Hannifin implementou substanciais modifica-
ções, em sua organização e métodos de trabalho, a fim de - Trabalha com fornecedores qualificados e aplica o princí-
satisfazer os requisitos do Sistema de Garantia de pio de perda zero em todo o processo de produção. Todos
Qualidade ISO 9001e QS-9000. Este sistema controla a os componentes agregados ao produto satisfazem os
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organização, desde o projeto e planejamento, passando
pelo suprimento e produção, até a distribuição e serviços. - Trabalha para garantir que o projeto do produto atenda
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A Parker Hannifin está certificada pelo ABS - Quality de qualidade oferece soluções racionais e reduz custos.
Evaluations, Inc. desde 13/05/94 na ISO 9001 e em
26/11/99 teve seu certificado graduado para a norma - Previne as não conformidades dos processos em todos
automotiva QS-9000 Terceira Edição. os estágios, com qualidade permanente e conforme
especificações.
Este certificado é a certeza de que a Parker trabalha ativa
e profissionalmente para garantir a qualidade de seus - Tem como objetivo permanente o aumento da eficiência
produtos e serviços e a sua garantia é segurança de estar e a redução de custos sendo que, como cliente, isto lhe
adquirindo a melhor qualidade possível. proporciona maior competitividade.
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atender plenamente as condições previamente negociadas. melhor qualidade, preço justo e no prazo conveniente.
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Este documento e outras informações contidas neste catálogo da Parker Hannifin Ind. e Com. Ltda. e seus Distribuidores
Autorizados, fornecem opções de produtos e/ou sistemas para aplicações por usuários que tenham habilidade técnica. É
importante que você analise os aspectos de sua aplicação, incluindo conseqüências de qualquer falha, e revise as informações
que dizem respeito ao produto ou sistemas no catálogo geral da Parker Hannifin Ind. e Com. Ltda. Devido à variedade de
condições de operações e aplicações para estes produtos e sistemas, o usuário, através de sua própria análise e teste, é o único
responsável para fazer a seleção final dos produtos e sistemas e também para assegurar que todo o desempenho, segurança
da aplicação e cuidados sejam atingidos.
Os produtos aqui descritos com suas características, especificações, desempenhos e disponibilidade de preço são objetos de
mudança pela Parker Hannifin Ind. e Com. Ltda., a qualquer hora, sem prévia notificação.
Introdução
A Divisão de Eletromecânica da Parker, com uma das mais completas gamas de produtos jamais oferecida ao
mercado, oferece soluções para uma ampla variedade de aplicações no campo do controle do movimento. Além
de drives, motores e controladores há diversos sistemas mecânicos de posicionamento e produtos de apoio. Esta
gama completa de hardware é complementada por software sofisticado de interface e de operação que visa
simplificar o processo de análise de sistemas, seleção da motorização, geração de programas, e setup do sistema.
Todos os produtos são fornecidos e têm o suporte de Centros de Tecnologia de Automação que oferecem
aconselhamento técnico especializado, auxiliando desde o conceito inicial até a colocação em operação e apoio
pós-vendas.
Este manual pretende servir de acompanhamento aos catálogos de produto da Eletromecânica da Parker e cobre
de forma básica a tecnologia e as aplicações dos produtos, e contém também informações de referência para
aplicações e engenharia.
Índice
Parte II - Aplicações
Cálculos de Torque e Inércia ..................................................................................................................................................... 35
Dimensionamento de Transformadores para Sistemas de Posicionamento ........................................................................... 39
Frenagem Dinâmica de Servomotores ...................................................................................................................................... 40
Introdução à Programação de Código X ................................................................................................................................... 42
Resolução de Problemas em Comunicação RS232 ................................................................................................................. 45
Princípios de Instalação EMC ................................................................................................................................................... 46
Motores, Instalação Elétrica ...................................................................................................................................................... 46
Motores, Instalação Mecânica ................................................................................................................................................... 47
Paradas de Emergência ............................................................................................................................................................ 52
Aterramento de Segurança ....................................................................................................................................................... 53
Sensores de Limite em Aplicações de Segurança Crítica ........................................................................................................ 54
O Motor
Este pode ser um motor de passo (rotativo ou linear), um
motor CC com escova ou um servomotor brushless. O mo-
tor deve ser dotado de algum tipo de dispositivo para feed-
back, a não ser que seja um motor de passo.
A Fig. 1.2 mostra um sistema completo, com feedback para
controle da velocidade e posição do motor. Este sistema é
conhecido como servosistema de malha fechada de controle
de velocidade.
Encoder
Circuito de feedback
O Drive
Trata-se de um amplificador eletrônico de potência que for-
nece a energia para a operação do motor em resposta a
sinais de controle de baixa tensão. Em geral, o drive é proje-
tado especificamente para operar com um tipo particular de
motor - não se pode empregar um drive para motor de pas-
so na operação de um motor CC com escova, por exemplo.
Inicie Aqui
Não A taxa de inércia da Não
Um motor de passo carga em relação Use um sistema
atenderá aos requisitos ao motor é superior de servomotor
de torque/velocidade? a 10:1? brushless
Sim Sim
Não Sim
Não
Não
Sim
Você precisa
controlar o
torque?
Não
É preciso detectar
Sim perda de posição
ou medir a posição
Não real da carga para
É importante um tempo correção de folga?
curto para alcançar Tente um drive
o set-point? de micro passo
Sim
Sim
Adicione realimentação
com encoder no
Utilize um drive de Controlador
micro passo com
viscosidade eletrônica
a amortecimento ativo
N N S S
S S N N
NS N S N S N S
S N
S N
N S
Fig. 2.1 Motor tipo “canstack”, ou de magneto permanente. Fig. 2.3 Motor de relutância variável.
Rotor
Proteção do estator A
Espira A
Espira B
Eixo de saída
Fig. 2.4 Motor de passo híbrido.
Diagrama cortesia da Airpax Corp., EUA A operação do motor híbrido pode ser compreendida mais
facilmente analisando-se um modelo muito simples que
produzirá 12 passos por revolução (Fig. 2.5).
Fig. 2.2 Vista em corte de motor com magneto permanente.
S N S
N N
N S S
N
S S
N N S
Fig. 2.7 Passo completo, duas fases ligadas.
S
1 2 3 4 5 6 7 8
S S
Fase 1
S N N N
S S S
S S
S N N S N N
N N N
S N S S
N N
Fase 2
Fig. 2.8 Meio passo. Fig. 2.9 Corrente de passo completo, duas fases ligadas.
Fase 2 +
Corrente da Fase 2:
-
Fig. 2.9 Corrente de passo completo, duas fases ligadas. Fig. 2.12 Correntes de fase no modo de micro-passo.
O Motor Híbrido Padrão de 200 Passos Caso um motor seja dessincronizado, o erro posicional resul-
O motor de passo padrão opera da mesma forma que nosso tante sempre será equivalente a um número inteiro de dentes
modelo simples, porém possui um número maior de dentes do rotor ou um múltiplo de 7,2°. O motor, propriamente dito,
no rotor e no estator, o que propicia um tamanho menor não pode “perder” passos individuais - erros de posição, de
para o passo básico. O rotor é construído em duas seções um ou dois passos, devem ser atribuídos a ruído, pulsos de
como anteriormente, porém possui 50 dentes em cada passo falsos ou perdidos, ou falha do controlador.
seção. O deslocamento de meio dente entre as duas seções
foi mantido. O estator possui 8 pólos, cada um com 5 dentes, Espiras Bifilares
perfazendo um total de 40 dentes (veja a Fig. 2.13). A maior parte dos motores é descrita como sendo de “espiras
bifilares”, o que significa que há dois conjuntos idênticos de
espiras em cada pólo. Dois filamentos são enrolados juntos
como se fossem uma única bobina. Isto produz dois
enrolamentos que são quase idênticos elétrica quanto
magneticamente - se ao invés disso uma bobina fosse
enrolada sobre a outra, mesmo tendo o mesmo número de
voltas, as características magnéticas seriam diferentes. Em
termos simples, enquanto quase a totalidade do fluxo da
bobina interna fluiria pelo núcleo ferroso, parte do fluxo da
bobina externa fluiria pelo enrolamento da bobina interna. A
Fig. 2.13 Motor híbrido de 200 passos. origem da espira bifilar data do drive unipolar (veja a seção
de Tecnologia de Drives). Ao invés de ser preciso reverter a
Se imaginarmos que um dente está colocado em cada um corrente em uma espira, o campo poderá ser revertido trans-
dos intervalos entre os pólos do estator, haveria um total de ferindo-se a corrente para uma segunda bobina enrolada
48 dentes, dois a menos do que o número de dentes do na direção oposta. (Embora as duas bobinas sejam enrola-
rotor. Portanto, se os dentes do rotor e do estator estiverem das da mesma forma, trocando-se suas pontas produz-se o
alinhados na posição vertical superior (correspondente à mesmo efeito.) Portanto, com um motor de espiras bifilares,
posição de 12 horas de um ponteiro de relógio), eles também pode-se manter um projeto simples para o drive. No entanto,
estarão alinhados na posição vertical das 6 horas. Nas este requisito já praticamente desapareceu atualmente, com
posições correspondentes a 3 e 9 horas os dentes estarão a ampla disponibilidade do drive bipolar, de maior eficiência.
desalinhados. No entanto, devido ao deslocamento entre os No entanto, os dois conjuntos de espiras realmente propor-
conjuntos de dentes do rotor, o alinhamento ocorrerá nas cionam uma flexibilidade maior, e veremos que diferentes
posições correspondentes a 3 e 9 horas na outra extremida- métodos de conexão podem ser empregados para propiciar
de do rotor. As espiras estão arranjadas em conjuntos de características alternativas para torque e velocidade.
quatro, e enroladas de forma tal que os pólos diametrica-
mente opostos são equivalentes. Portanto, em referência à Caso todas as bobinas em um motor bifilar sejam retiradas
Fig. 2.13, os pólos norte nas posições de 12 e 6 horas atraem separadamente, teremos um total de 8 terminais (veja a Fig.
os dentes pólo sul na parte frontal do rotor; e os pólos sul 2.14). Esta é a configuração mais comum, pois propicia a
nas posições de 3 e 9 horas atraem os dentes pólos norte maior flexibilidade. No entanto, há ainda alguns poucos moto-
na parte traseira. Ao se mudar a corrente para o segundo res que são produzidos com apenas 6 terminais, com um
conjunto de bobinas, o padrão do campo magnético do terminal atuando como conexão comum a cada espira num
estator rotaciona 45°. No entanto, para alinhar este novo par bifilar. Este arranjo limita a flexibilidade, pois as espiras
campo, o rotor precisa girar apenas 1,8°. Isto equivale a um não podem ser conectadas em paralelo. Alguns motores são
quarto de giro de dente no rotor, o que resulta em 200 passos construídos com apenas 4 terminais, porém estes não têm
por revolução. espiras bifilares e não podem ser utilizados com um drive
unipolar. Obviamente não há um modo alternativo de
Observe que há o mesmo número de posições detentoras conexão para um motor de 4 terminais, porém para muitas
quanto passos por revolução, normalmente 200. As posições aplicações isto não constitui desvantagem, e ainda se evita
detentoras correspondem aos dentes do rotor estando o problema do isolamento de terminais não utilizados.
totalmente alinhados com os dentes do estator. Ao se aplicar
energia a um drive de passo, é usual que ele se energize no
estado de “fase zero”, onde há corrente em ambos os
conjuntos de espiras. A posição resultante do rotor não
corresponde a uma posição detentora natural, portanto um
motor sem carga se moverá, pelo menos, meio passo no
4 terminais 5 terminais 6 terminais 8 terminais
momento da energização. É claro que, se o sistema foi
desligado num estado diferente do de fase zero, ou se o Fig. 2.14 Configurações de terminais de motores.
motor for movimentado enquanto desligado, poderá ocorrer
um movimento maior no momento da energização. Outro Ocasionalmente pode-se encontrar um motor de 5 terminais.
ponto a se lembrar é o de que, para um dado padrão de Estes não são recomendados, pois não podem ser utilizados
corrente nas espiras, o número de posições estáveis é igual com Drives bipolares convencionais, pois requerem isola-
ao de dentes do motor (50 para um motor de 200 passos). mento adicional entre as fases.
Observando-se um corte longitudinal do motor (Fig. 2.15), seções, de magneto ao mesmo eixo (Fig. 2.16). Uma
podemos ver o magneto permanente no rotor e o caminho segunda seção permitirá a produção do dobro de torque, e
do fluxo através das peças que constituem os pólos e o duplicará a inércia, portanto mantendo a mesma relação de
estator. O fluxo alternado produzido pelas espiras do estator torque-inércia. Daí, para cada tamanho do flange os motores
flui em um plano perpendicular à página, e portanto os dois de passo são normalmente produzidos em versões com
caminhos do fluxo estão em ângulo reto entre si e interagem seções de magneto simples, duplo e triplo.
apenas nas peças que constituem os pólos do rotor. Esta é
uma característica importante do motor híbrido - isto significa
que o magneto permanente no rotor não “enxerga” o campo
alternado das espiras, e portanto não produz um efeito
desmagnetizante. Diferente do servomotor CC, é quase im-
possível de se desmagnetizar um motor de passo aplicando-
se corrente excessiva. No entanto, um excesso de corrente
danificará o motor de outras maneiras. O calor excessivo
poderá derreter o isolamento ou o suporte das espiras, e
poderá amolecer o material colante que une as laminações
do rotor. Caso isto ocorra e as laminações sejam deslocadas, Fig. 2.16 Motor de passo híbrido com seção tripla.
os sintomas podem ser os mesmos que os de uma desmag-
netização do rotor. Como regra genérica, a relação de torque-inércia é reduzida
numa relação quadrática com cada aumento do diâmetro
do flange. Portanto, girando livremente, um motor tamanho
34 pode acelerar duas vezes mais rápido do que um motor
tamanho 42, independente do número de seções.
Forcer
Magneto
Permanente
Eletro-magneto Eletro-magento
Fase A Fase B Espiras ds Campos
Dentes do Platinado
Vão de Ar N S
{
A1 A2 B1 B2
A Fig. 2.15 mostra também que o fluxo do rotor precisa cruzar Faces dos Pólos
a ser movimentada. Portanto, a maior parte do torque do O fluxo magnético que passa entre o Forcer e a base resulta
motor é utilizada para acelerar as engrenagens, e este em uma grande força de atração. A força de atração pode
problema se torna mais grave à medida em que aumenta a ser até 10 vezes superior à força de retenção de pico do
distância de movimentação requerida. Empregando-se um motor, requerendo um conjunto de mancais que mantenha
motor linear, toda a força desenvolvida pode ser aplicada uma distância precisa entre as faces dos pólos e os dentes
diretamente à carga, e o desempenho obtido independe do da base. São empregados mancais de rolamentos de ar para
comprimento do movimento. Um sistema de rosca pode manter as distâncias requeridas. Ao se estabelecer a
atingir maior força linear e mais robustez, porém a velocidade corrente em uma das espiras, o campo magnético resultante
máxima de um motor linear equivalente poderá ser até dez tende a reforçar o fluxo do magneto permanente em um
vezes superior. Por exemplo, uma velocidade máxima típica pólo e a cancelá-lo no outro. Revertendo-se a corrente, o
para um motor linear é 2,5 m/seg. Para que isto possa ser reforço e o cancelamento são intercambiados. Removendo-
atingido com uma rosca de 10 mm seria necessária uma se a corrente provoca uma divisão do fluxo eletromagnético
velocidade rotativa de 15.000 rpm. Além disso, o motor em partes iguais entre as faces dos pólos. Aplicando-se de
linear pode movimentar-se a uma distância de até 2,4 metros forma seletiva a corrente às fases A e B, é possível se
empregando uma base padrão. concentrar o fluxo em qualquer uma das quatro faces dos
pólos do Forcer. A face que estiver recebendo a maior
Como Funciona o Motor Linear concentração de fluxo tentará alinhar seus dentes com a
O Forcer consiste de dois eletromagnetos (A e B) e de um base. A Fig. 2.18 mostra os quatro estados primários, ou
magneto permanente forte. As faces dos dois pólos de cada posições de passo completo, do Forcer. Os quatro passos
eletromagneto são dentadas, sendo que os quatro conjuntos resultam no movimento de uma largura de dente para a
de dentes são espaçados em quadratura, resultando que direita. Revertendo-se a seqüência faz com que o Forcer
apenas um conjunto pode ser alinhado aos dentes da base movimente-se para a esquerda.
por vez.
Fase A Fase B
Caracterísiticas do Motor de Passo
Poderíamos discutir diversas características de desempenho
N S dos motores de passo, porém, para manter a simplicidade,
nos restringiremos àquelas com maior significado prático. A
Fig. 2.19 ilustra a curva de torque estático do motor. Isto se
refere a um motor que está energizado porém estacionário,
e mostra como o torque varia com a posição do rotor ao se
defletir do ponto de estabilidade. Estamos supondo que não
Direção do FEM
Linhas de Fluxo há fricção nem outras cargas estáticas aplicadas ao motor.
A1 Alinhado
Devido ao Eletromagneto Com a movimentação do rotor para longe da posição estável,
o torque aumenta de forma estável até atingir um ponto
máximo após um passo completo (1,8°). Este valor máximo
N S
é denominado torque retentor, e representa a maior carga
estática que pode ser aplicada ao eixo sem causar rotação
contínua. No entanto, isto não nos informa o torque máximo
de operação do motor - este é sempre menor do que o torque
retentor (tipicamente em torno de 70%).
B2 Alinhado
Sentido Anti-horário
4 Passos do Motor
N S
Torque
Máximo
Torque
Ângulo
Sentido Horário
A2 Alinhado
N S
Fig. 2.19 Curva característica de torque em relação ao deslocamento.
Embora esta característica de torque estático não tenha A tentativa de se aplicar ao motor um passo que corresponda
muita utilidade por si só, ela ajuda a explicar alguns dos à sua freqüência natural de oscilação pode provocar uma
efeitos que observamos. Por exemplo, ela indica a robustez resposta exagerada conhecida como ressonância. Em casos
estática do sistema, em outras palavras, como a posição do graves, isto pode levar ao dessincronismo, ou “perda de
eixo muda quando é aplicada uma carga de torque a um passo” (stalling), do motor. Este problema é incomum com
motor estacionário. Claramente, o eixo deverá se curvar até drives de meio-passo, e ainda menos comum com um mi-
que o torque gerado se equipare à carga aplicada, portanto, cro-passo. A velocidade natural de ressonância está tipica-
se a carga varia, assim também o fará a posição estática. mente na faixa de 100 a 200 passos completos/segundo
Portanto, erros de posição não cumulativos resultarão de (0,5 a 1 rev/seg). Em condições dinâmicas incluindo todas
efeitos como fricção ou cargas de torque em desequilíbrio. as variáveis, o desempenho do motor é descrito por uma
curva de torque e velocidade como a mostrada na Fig. 2.21.
É importante lembrar que a robustez estática não aumenta Há duas faixas de operação, a faixa de início/parada (ou
com o emprego de um drive de micro-passo - uma dada “pull in”) e a faixa de rendimento (“slew” ou “pull out”).
carga sobre o eixo produzirá a mesma defleção angular.
Portanto, embora o micro-passo aumente a resolução e a Na faixa de início/parada, o motor pode ser acionado ou
suavidade do movimento, ele não, necessariamente, aumen- parado com a aplicação de pulsos de passo a uma
tará a precisão de posicionamento. Sob condições dinâmicas freqüência constante no drive. Em velocidades dentro desta
com o motor funcionando, o rotor deverá estar atrasado em faixa, o motor possui torque suficiente para acelerar sua
relação ao campo do estator caso esteja produzindo torque. própria inércia até uma velocidade de sincronismo sem que
De forma similar, haverá uma situação de adiantamento a defasagem de posicionamento exceda 3,6°. É óbvio que,
quando o torque se reverter durante a desaceleração. Ob- se uma carga inercial for adicionada, esta faixa de velocidade
serve que o atraso e o adiantamento se relacionam apenas é reduzida. Portanto, a faixa de início/parada depende da
à posição, e não à velocidade. Tomando-se a curva de torque inércia da carga. O limite superior da faixa de início/parada
estático (Fig. 2.19), claramente este atraso ou adiantamento está localizado tipicamente entre 200 e 500 passos comple-
não poderão exceder dois passos completos (3,6°) se for tos/segundo (1 a 2,5 rev/seg.).
preciso que o motor mantenha o sincronismo. Este limite do
erro de posicionamento pode tornar o motor de passo uma Torque
opção atraente em sistemas onde a precisão do posiciona- Detentor Curva de Início/Parada
mento dinâmico seja importante.
Curva de Rendimento
Entrada
de Corrente Saída
Força (F)
Força sobre o Condutor F = I x B Fig. 3.3 Esquema elétrico da armadura.
Fig. 3.1 Força sobre um condutor em um campo magnético. Isto é obtido construindo-se a armadura como uma série de
pequenas seções conectadas em seqüência aos segmentos
A força que age sobre o condutor é o produto da corrente e de um comutador (Fig. 3.3). A conexão elétrica é feita com o
da densidade do fluxo: comutador por meio de duas escovas. Se a armadura girar
1/6 de revolução no sentido horário, a corrente nas bobinas
F=IxB
3 e 6 terá mudado de direção. Com a passagem de segmen-
onde B = densidade do fluxo magnético e I = corrente tos sucessivos do comutador pelas escovas, a corrente nas
bobinas conectadas a estes segmentos muda de direção.
A força disponível pode ser aumentada utilizando-se mais Este efeito de comutação ou chaveamento resulta em um
condutores, ou enrolando-se um fio numa forma de bobina. fluxo de corrente na armadura que ocupa uma posição fixa
Esta é a base do motor CC com escova. no espaço, independente da posição da armadura. Isto
resultará na produção de uma saída de torque constante no
Considerações Práticas eixo do motor. O eixo de magnetização é determinado pela
O problema agora é como utilizar esta força para produzir o posição das escovas. Se o motor é projetado para possuir
torque contínuo requerido numa aplicação prática de mo- as características similares nas duas direções de rotação, o
tor. eixo das escovas deve ser posicionado para produzir um
eixo de magnetização a 90° em relação ao campo do estator.
Para obter a maior força possível, um grande número de
condutores deve ser colocado no campo magnético. Na Tipos de Motor com Escova
prática, isto produz um cilindro de fios, com as espiras São utilizados dois tipos diferentes de motores CC escova.
colocadas em paralelo ao eixo do cilindro. Um eixo mecânico
passando pelo eixo do cilindro age como pivô, e este arranjo Motor com Núcleo de Ferro
é chamado de armadura do motor (Fig. 3.2). Este é o tipo mais comum de motor utilizado em sistemas
CC servo-controlados (veja a Fig. 3.4). Ele é composto por
Campo Resultante
Devido à Corrente Eixo duas partes principais - uma carcaça contendo os magne-
na Armação tos do campo, e um rotor com bobinas de fios enroladas em
ranhuras sobre um núcleo de ferro e conectadas a um
Armação comutador. As escovas em contato com o comutador levam
a corrente às bobinas.
Magnetos do Estator
Direção da Corrente
Perpendicular
à Página
Campo do Estator
Espiras do Rotor
Fig. 3.2 Armadura do motor CC.
I Rs
v RL Vg
Magneto Permanente
(8 pólos)
Núcleo S
Caminho do Fluxo Vg = FEM inversa
Armação
(Conjunto de Condutores RL representa as perdas magnéticas.
em Forma de Cilindro Oco)
A tensão de saída tem uma relação essencialmente linear Esta é a equação elétrica básica do motor.
com a velocidade do motor, e sua taxa é definida como a
constante de tensão do motor, KE (Fig. 3.7). O KE é em geral Se KT é a constante de torque do motor (em Nm por amp),
expresso em volts por 1.000 rpm. então o torque gerado pelo motor será dado por:
T = IKT (2)
A1
A1
B2 C2
C2 A2
C1 B1
N B2
S A2 C1 B1
Comutador B2 C2
N I
Encoder N C2 A2
S B2
C1 S C1 B1
B1
Drive A2
Campo do
Estator
A1 A1
B2 C2
N I
Fig. 3.12 Servomotor brushless. N C2 A2
S B2
C1 S B1 C1 B1
Voltando ao motor convencional com escova, um rotor-
A2
consistindo de apenas uma bobina, exibirá uma ampla
Campo do
variação de torque conforme rotaciona. Na verdade a Estator
A1
característica será senoidal, com o torque máximo sendo A1
10 5%
Torque (N • m)
outras palavras, possui muitos ciclos magnéticos por Revolução (rps) Ângulo de Rotação (graus)
revolução. Este elevado número de pólos resulta numa
saída de torque elevado. Fig. 3.22 Ondulação de velocidade/torque do Dynaserv.
Passo
Energia Cinética do
Registro Volante Equivalente a
Direção
Energia Armazenada
Válvula de no Campo Magnético
Fig. 4.1 Elementos de um drive de motor de passo. 1 via
Turbina
Os componentes lógicos do drive de motor de passo são Fluxo de Água
freqüentemente chamados de tradutor. Sua função é con- Equivalente a Corrente
nos transistores é igual à disponível para impulsionar o mo- sistor. Quando a tensão necessária tiver sido atingida, o
tor. Em sistemas de baixo consumo de energia, esse arranjo comutador superior é desligado e a energia armazenada na
pode ainda ser usado com limite de resistência, como mostra bobina mantém a corrente circulando via comutador inferior
a Fig. 4.7. e diodo. As perdas no sistema fazem com que essa decaia
V+ lentamente, e quando um limite mais baixo pré-determinado
é atingido, o comutador superior é religado e o ciclo se repete.
A corrente é, portanto, mantida no valor médio correto
comutando ou “cortando(chopping)” o fornecimento para o
TR1 TR3 motor.
+ +
Vs Vs
Rs Rs
– –
Injection Recirculation
Motor current
100K
R3
Sinewave Filled out Trimmed
C1 R1 TR2
Fig. 4.11 Forma de corrente de micropasso.
360°. Na maioria dos motores de passo híbridos, os dentes descrita como de “tensão limitada”, pois uma mudança na
do estator tem o mesmo espaçamento que os dentes do corrente do drive não teria conseqüências. Podemos concluir
rotor, resultando em incrementos iguais de 7,2°. Esse último que em velocidades baixas o torque depende da corrente
arranjo tende a oferecer uma produção de torque superior, do drive, e em altas velocidades depende da tensão de
mas é menos satisfatória que um motor de micropasso pois alimentação do drive. Fica claro que o desempenho em altas
os pólos magnéticos são mais “fixos” - não há transferência velocidades não é afetado pela corrente do drive. Reduzir a
progressiva de alinhamento dos dentes de um pólo para o corrente simplesmente “achata” a curva de torque sem
próximo. Na verdade, com esse tipo de motor, pode ser mais restringir a capacidade de funcionamento em altas velocida-
difícil encontrar uma forma de corrente que dê bom des. Quando o desempenho é limitado pelo torque de alta
posicionamento estático combinado a uma rotação leve e velocidade disponível, há muito a dizer quanto ao funciona-
de baixa velocidade. Uma alternativa para obter um estator mento com corrente mais baixa que dê margem de torque
com espaçamento de 7,5° é tornar os dentes do rotor mais adequada.
oblíquos. Isso produz um efeito similar e tem a vantagem de
usar lâminas de 7,2°. Aumentar a obliqüidade é um recurso Em geral, a dissipação no motor e drive é reduzida e o
também usado em motores escova de corrente contínua para desempenho em baixa velocidade, em particular, será mais
melhorar a suavidade. Devido a essa dependência do tipo suave e produzirá menos ruído audível. Com um drive bipo-
de motor para obtenção de bom desempenho, é comum que lar, há alternativas para conexões com o motor, como mostra
sistemas de micropasso de alta resolução sejam fornecidos a Fig. 4.13. Um motor de 8 contatos pode ser conectado às
num pacote motor-drive. duas metades de cada enrolamento em série ou em paralelo.
Com um motor de 6 contatos, uma metade do enrolamento,
A Curva de Velocidade/Torque do ou as duas metades, podem ser conectadas em série. Os
esquemas de conexão alternativos produzem diferentes
Motor de Passo características de torque-velocidade e também afetam a
Vimos que a indutância do motor é o fator que impede corrente do motor.
rápidas mudanças de corrente e, portanto, torna mais difícil
conduzir um motor de passo em altas velocidades.
Observando a curva torque-velocidade na Fig. 4.12,
podemos ver o que acontece. Em baixas velocidades, a
corrente tem tempo suficiente para atingir o nível exigido e
a corrente média no motor é muito próxima do valor regulado
pelo motor. Mudar a corrente regulada ou mudar para um
drive com corrente diferente afeta o torque disponível.
Voltage-Limited
Regulated Region Region 1A 1B 2A 2B 1A 1B 2A 2B
Drive with
Higher Supply Series Parallel
Torque
Voltage
Fig. 4.13 Conexões em série e em paralelo.
Speed
Torque
Series
Parallel
Average
Current
During
Pulse
Speed
Fig. 4.12 Regiões reguladas e de tensão limitada da curva de Fig. 4.14 Curvas de velocidade/torque em série e paralelo.
torque-velocidade.
Comparado ao uso de somente uma metade do enrolamento,
À medida que a velocidade aumenta, o tempo que a corrente a conexão de ambas as metades em série resulta no fluxo
leva para subir passa a ser uma proporção significativa do da corrente no drive através do dobro de voltas do enrola-
intervalo entre os pulsos de passo. Isso tem o efeito de mento. Para a mesma dissipação no motor, um aumento de
reduzir o nível de corrente médio, e o torque começa a cair. 40% no torque de baixa velocidade é atingido usando-se
Quando a velocidade aumenta ainda mais, o intervalo entre somente 70% da corrente anterior. Mas, dobrar o número
os pulsos de passo não dá tempo para que a corrente atinja de voltas no enrolamento que recebe corrente significa em
um nível em que a ação circuito de chopper possa atuar. aumentarmos a indutância 4 vezes. Isso faz com que o torque
Nessas condições, o valor final da corrente depende somente caia muito mais rapidamente do que a velocidade aumenta,
da indutância do motor e da tensão. Se a tensão aumenta, o que faz com que o modo em série seja mais útil em veloci-
a corrente aumenta mais rapidamente e atinge um valor mais dades baixas. A máxima potência de eixo que pode ser obtida
alto no tempo disponível. Assim, essa região da curva é numa série é tipicamente metade da disponível em paralelo.
Conectar as duas metades do enrolamento de um motor de Essa característica é a principal limitação do uso de ampli-
8 contatos em paralelo faz com que a corrente se divida ficadores lineares, pois sempre haverá energia dissipada
entre as duas bobinas. Isso não muda o número efetivo de na saída do amplificador. Para dissipar essa energia, grandes
voltas e a indutância continua a mesma. Assim, com uma transistores e reservatórios de calor serão necessários,
dada corrente do drive, a característica do torque será a tornando esse tipo de amplificador inadequado para uso em
mesma para dois meios-enrolamentos em paralelo e para sistemas de alta energia. Contudo, o amplificador linear
um enrolamento sozinho. Como já foi dito, a corrente de um oferece a vantagem de baixo nível de ruído elétrico.
motor de passo é determinada pelo aumento de temperatura Amplificadores de Comutação são o tipo mais usado para
permissível. A menos que os dados do fabricante do motor todas as aplicações, exceto as de consumo muito baixo de
tenham informação diferente, a taxa é um valor unipolar e energia, e o método mais freqüentemente usado para
presume-se que ambas as fases do motor sejam energiza- controle de saída é a modulação de largura de pulso (PWM).
das simultaneamente. Assim, uma corrente de 5A significa
que o motor irá aceitar fluxo de 5A em cada meio-enrolamen- A dissipação de energia é grandemente reduzida pois os
to. Quando os enrolamentos de um motor de 8 contatos são transistores de saída estão em estado “ligado” ou “desligado”.
conectados em paralelo, a resistência efetiva cai pela meta- No estado “desligado”, nenhuma corrente é reduzida e
de. Para a mesma dissipação de energia no motor, a corrente nenhuma energia é dissipada. No estado “ligado” a tensão
pode ser aumentada em 40%. Portanto um motor de 5A nos transistores é muito baixa (1-2 volts), e a quantidade de
aceitará 7A com os enrolamentos em paralelo, gerando um energia dissipada é pequena. Esses amplificadores são
aumento significativo no torque disponível. adequados para uma variedade de aplicações com todos
os níveis de energia. A operação de um amplificador de
Por outro lado, conectar os enrolamentos em série duplicará comutação ou corte é muito similar a do estágio chopper do
a resistência total e a corrente será reduzida num fator de drive de motor de passo já descrita. Somente um conjunto
1.4, resultando numa corrente segura de 3.5A para nosso de comutadores é necessário para conduzir um motor de
motor de 5A em série. Via de regra, conexão em paralelo é corrente contínua, tornando o motor mais simples e menos
o método de conexão preferido pois produz uma curva de caro. Contudo, a função de um drive de corrente contínua é
torque mais achatada e maior potência do eixo (Fig. 4.14). fornecer uma corrente variável para o motor para o controle
A conexão em série é útil quando um torque alto é necessário de torque. Essa função pode ser atingida com o uso de
em baixas velocidades, e permite que o motor produza técnicas analógicas ou digitais.
torque total com corrente mais baixa. Deve-se evitar aqueci-
mento excessivo do motor em série pois sua corrente é mais Drives para Servomotores Analógicos
baixa nesse modo. As configurações em série também acar-
retam maior probabilidade de ressonância devido ao alto
e Digitais
torque produzido na região de baixa velocidade. Ao contrário dos drives para motores de passo, os amplifica-
dores dos servomotores com escova e brushless são ou
analógicos ou digitais. O motor analógico está no mercado
Drives para Motores DC há muitos anos, e o digital é uma inovação relativamente
recente. Ambos os tipos têm seus méritos.
com Escova
Descrição Geral - Drive Analógico
No drive analógico tradicional, a velocidade desejada é
Amplificadores Lineares e de Comutação representada por uma tensão de entrada analógica,
Os amplificadores lineares operam de forma que, dependen- normalmente na faixa de ±10 volts. A velocidade total é
do da direção da rotação do motor, ou TR1 ou TR2 estarão representada por +10v, e a velocidade total reversa por -10v.
em série com o motor e terão sempre tensão (V) (Fig. 4.15). Zero volt representa a condição estacionária e as tensões
+ Ve intermediárias representam velocidades proporcionais à
tensão. Drives analógicos podem também ser configurados
TR1 como amplificadores de torque, caso no qual a tensão de
V
entrada representa um torque e não uma exigência de
velocidade.
Tuning
RS-232C
Step
D to A PWM Amplifier
Microprocessor Converter Control
Direction Encoder
M E
O ajuste de um servo drive digital é feito ou através de botões fluxo de corrente em qualquer direção por quaisquer dois
ou enviando-se dados numéricos a partir de um computador enrolamentos do motor. A qualquer tempo, o caminho da
ou terminal. Não há ajustes de medidores de potência. Os corrente depende da posição do rotor e da direção de
dados de ajuste são usados para definir vários coeficientes rotação, e os transistores da ponte são selecionados através
no servo algoritmo e assim determinar o comportamento de lógica extraída do encoder de comutação. Em sistemas
do sistema. Mesmo se o ajuste for feito através de botões, trapezoidais o encoder de comutação normalmente usa
os valores finais podem ser transportados para um terminal dispositivos de efeito Hall.
de forma a permitir a fácil repetição.
Um PWM utilizando sistema chopper de recirculação
Em alguns aplicativos, a inércia da carga varia numa faixa controla a corrente da mesma forma que o motor com escova
ampla - pense num braço mecanizado que começa sem de corrente contínua descrito anteriormente. A informação
carga e depois transporta pesadas cargas numa longa da realimentação de corrente exigida é fornecida pelos
extensão. A mudança na inércia pode ser da ordem de um resistores conectados em série com dois dos contatos do
fator de 20 ou mais, e tal mudança exige que o drive seja motor. Os sinais de tensão obtidos desses resistores devem
reajustado para que um desempenho estável seja mantido. ser decodificados e combinados para fornecer uma
Isso pode ser feito de forma simples enviando novos valores referência de corrente, e o circuito que faz isso usa o encoder
de ajuste na altura apropriada do ciclo de operação. de comutação para determinar como interpretar a informa-
ção. Para amenizar o problema de isolar o sinal de corrente
das altas tensões de comutação geradas pelo gerador de
Servomotores sem energia, sensores de efeito Hall são freqüentemente usados
Escova Brushless ao invés de resistores. As entradas do drive trapezoidal para
servomotores brushless normalmente seguem o mesmo
padrão de um motor com escova analógico (usando um
O Drive Trapezoidal amplificador de velocidade de alto ganho que gere o sinal
A Fig. 4.19 mostra um layout simplificado para um drive de demanda de torque). A informação de velocidade pode
trapezoidal de três fases. O gerador de energia é baseado ser obtida de várias maneiras, e é desejável usar um método
na conhecida ponte em H, mas usa três segmentos da ponte sem contato juntamente com um motor brushless. Uma
ao invés de dois. Os enrolamentos do motor são conectados solução comum é usar um encoder ótico e converter a
entre os três segmentos da ponte como mostrado, sem cone- freqüência de pulso do encoder para uma tensão analógica.
xão ao ponto central da junção dos enrolamentos. Ajustando O encoder também pode ser usado como dispositivo de
os dois transistores apropriados na ponte, pode-se criar um feedback para um controlador de posição.
Torque
Velocity Amp +
Velocity Amp
+
Input
- Logic
PWM &
Circuit
Velocity
Feedback
-
Current
Sense
Selector
Motor
Commutation
Fig. 4.19 Servo motor sem escova trapezoidal simplificado. Encoder
D-to-A PWM
H - Bridge
Step Converter Control
Micro-
processor
Resolver
to Digital Resolver
Converter
O Drive Senoidal
Os motores senoidais brushless podem ser bi ou trifásicos, A maior parte dos servo motores tem quatro, seis ou oito
e nosso exemplo mostra um bifásico (Fig. 4.20).Ele usa duas pólos, o que significa que têm dois, três ou quatro ciclos
pontes H para controlar a corrente nos enrolamentos do elétricos por rotação respectivamente. Um ciclo elétrico para
motor, e a seção de potência desse motor lembra um par de um motor de seis pólos, portanto, corresponde a somente
drives motores com escova de corrente contínua. Diferente- 120 graus mecânicos (ver Fig. 4.21).
mente do exemplo anterior, este drive usa uma seção de
controle baseada em processadores digitais que transporta Cada ciclo elétrico representa 360 graus elétricos, e quando
os sinais de entrada na forma de passo e sinais direcionais. falamos de ângulos de torque, esses são sempre em graus
elétricos. Portanto um ângulo de torque ideal de 90° corres-
Precisamos gerar corrente nos dois enrolamentos do motor ponde na verdade a somente 30° mecânicos para o motor
que têm formatos seno e coseno à medida que o eixo roda. de 6 pólos.
O motor mostrado na Fig. 4.20 usa um resolver e um conver-
sor resolver-digital para detectar a posição do eixo. Ele nos
dá um número que pode ser incluído numa tabela de referên-
cia para determinar os valores de corrente instantâneos para
aquela posição do eixo em particular. É preciso lembrar que 360°
mechanical
a tabela de referência somente indicará as correntes relativas One electrical cycle
nos dois enrolamentos - o valor absoluto dependerá da 360° electrical
demanda de torque na ocasião. O processador deve então S N 120° mechanical
multiplicar os valores seno e coseno pela demanda de torque
para obter o valor final de corrente em cada fase. Os números
resultantes são alimentados em conversores D-A que
produzem uma tensão analógica proporcional à corrente N S
exigida. A função de multiplicação é às vezes executada
diretamente pelos conversores D-A. O sinal de saída é então
informado a dois amplificadores de corte PWM. S N
Os graus mecânicos são diretos - são graus absolutos de Para um motor de 8 pólos haverá 500 contagens por ciclo
rotação. Cada volta completa do eixo representa 360 graus elétrico, e a resolução passa a 360/500 = 0,72° em termos
mecânicos. Mas os graus elétricos referem-se a cada ciclo elétricos. Isso representa a mais alta precisão com que o
elétrico individual, e pode haver mais de um por rotação. ângulo de torque de 90° pode ser mantido.
O defrator e a máscara produzem um efeito de fechamento, Fig. 5.4 Sinais de saída de quadratura.
A Fig. 5.4 mostra que para cada período de onda quadrado protegido e de par torcido. Os dois sinais são processados
completo do canal A, entre os dois canais haverá quatro por um receiver diferencial, que rejeita os sinais de ruído
bordas de pulso. Isso permite que a resolução do encoder comuns deixando o sinal necessário sem ruído.
seja quadruplicada processando-se as saídas de A e B para
produzir um pulso separado para cada borda de pulso
quadrado.
Channel A
Contudo, para que esse processo seja eficiente, é impor- Noise Spike
tante que a quadratura seja mantida dentro da tolerância A
permitida para que os pulsos não colidam. Os encoderes
de saída de ondas quadradas estão disponíveis numa ampla
variedade de resoluções (de até cerca de 5000 linhas/rot),
e com uma variedade de configurações de saída diferentes,
algumas das quais estão listadas abaixo. Fig. 5.6 Sinais de saída complementares.
TTL (Lógica Transistor-Transistor) - é uma saída comum,
Encoder Control system
compatível com níveis de lógica TTL, e normalmente exigem A
tensão de 5V. As saídas em TTL também estão disponíveis A
numa configuração de coletor aberto que permite que o
+ A
projetista dos sistemas escolha entre uma variedade de
valores de resistor pull-up. -
A
CMOS (Semicondutor Complementar Óxido-Metálico) -
disponível para compatibilidade com níveis lógicos mais al- A
Line shielded, twisted - differential
tos, normalmente usado juntamente com dispositivos CMOS. drivers pair cable line receiver
Drive de Linha - nesse arranjo, duas saídas derivadas de
cada canal fornecem um par de sinais em antifase um com Fig. 5.7Redução de ruído num sistema complementar.
o outro. Isso permite máxima imunidade à interferência.
Fatores que Afetam a Precisão
Problemas com Ruído
do Encoder
O sistema de controle de uma máquina é normalmente prote-
Taxa Slew (velocidade) - Um encoder rotativo incremental
gido com uma caixa metálica. Um encoder pode ser
terá freqüência máxima na qual possa operar(tipicamente
protegido de forma similar, com uma caixa de metal. Contu-
100KHz), e a velocidade máxima de rotação (ou taxa slew)
do, a menos que sejam tomadas as precauções cabíveis, o
será determinada por essa freqüência. Além disso, o sinal
cabo que conecta os dois pode ser uma fonte de ruído. Esse
de saída irá se tornar não confiável e a precisão será afetada.
cabo pode ter comprimento significativo e passar perto de
Por exemplo, um encoder de 1000 linhas gera 1KHz a 1 ro-
dispositivos causadores de ruído. Esse ruído pode causar a
tação por segundo. Se a freqüência de operação máxima
perda ou ganho de contagens de sinal, gerando dados
for 100 KHz, a velocidade será limitada a 100 rotações/se-
incorretos e perda de posição.
gundo (6000 rpm).
Positive Noise Pulse
Se a rotação de um encoder tiver velocidades mais altas
que a máxima especificada em projeto, não somente a
precisão de posicionamento será ameaçada como também
será criado o risco de dano mecânico aos componentes do
Channel A
encoder.
Erro de Quadratura - se dois canais de quadratura estão
Negative Noise Pulse defasados de mais ou menos 90° , precisa detecção de
Fig. 5.5 Deturpação do sinal do encoder devido a ruído. borda será mais difícil em altas velocidades. Isto acontece
porque bordas alternadas estão muito próximas, reduzindo
A Fig. 5.5 mostra como a introdução de dois pulsos de ruído assim o tempo disponível para separação do circuito deco-
converte uma seqüência de quatro pulsos numa de seis dificador. O efeito é introduzir uma limitação na taxa slew.
pulsos. Várias técnicas estão disponíveis para solução de
Erro de Quantificação - como o disco do encoder tem um
problemas causados por ruído. A mais óbvia é usar cabos
número finito de linhas, o conhecimento da posição do
de conexão protegidos. Mas, como os sinais são gerados
sistema será preciso somente até um quarto da altura da
num nível baixo (5 volts) e podem ser gerados por fontes de
linha (presumindo decodificação x4 dos sinais da
alta impedância, revestir os cabos pode não eliminar
quadratura).
complemente o problema.
Excentricidade causada por folga do mancal, disparo do
A maneira mais eficaz de evitar problemas causados por eixo ou montagem incorreta pode causar vários erros inclu-
ruído é usar um encoder com saídas complementares (Fig. sive modulação da freqüência cíclica e vibração (“jitter”)
5.6) e conectá-lo ao sistema de controle através de um cabo intercanais.
Mounting Plate
Shaft
Fig. 5.8 Encoder de eixo.
Cover
As rotas de um encoder absoluto variam quanto ao tamanho e cada uma é conectada à próxima, a uma razão de 8:1. O
das aberturas, indo das menores na borda externa para as encoder tem então 19 canais de saída e exigirá 83 ou 512
maiores em direção ao centro. O padrão de abertura tam- voltas completas do eixo para cobrir todas as posições
bém é alternado com relação às rotas anteriores e posterio- possíveis. Teoricamente, discos adicionais podem continuar
res. O número de rotas determina a quantidade de informa- a ser incorporados - na prática, a maioria dos encoderes
ções de posição que podem ser obtidas com o encoder - a pára em 512 voltas ou abaixo disso. Os encoderes que usam
resolução. Por exemplo, se o disco tem 10 rotas, a resolução essa técnica são chamados de encoderes absolutos
do encoder seria de 210 ou 1.024 posições por rotação. Para multivoltas. A mesma técnica pode ser incorporada a um
confiabilidade, é desejável usar um disco feito de metal ao encoder linear de cremalheira e pinhão, resultando longas
invés de vidro. Um disco de metal é mais robusto e tem extensões de localizações absolutas.
inércia menor.
Vantagens dos Encoderes Absolutos
O padrão do disco de um encoder absoluto é um código de Encoderes absolutos lineares e rotativos oferecem várias
máquina, normalmente binário, gray-code ou uma variação vantagens significativas na área industrial de controle de
deste código. O diagrama representa uma saída binária movimento e aplicações de controle de processos.
simples com quatro informações. A localização atual é equi-
valente ao número decimal 11. Indo para a direita a partir Nenhuma Perda de Posição Durante
da posição atual, o próximo número decimal é 10 (1010 biná- Falta de Energia
rio). Indo para a esquerda a partir da posição atual, a próxima Um encoder absoluto não é um contador como um encoder
posição seria 12 (1100). incremental; como um sistema absoluto lê a posição real do
Current eixo, a falta de energia não faz com que o encoder perca a
Bit Position
informação de posição. Assim que o fornecimento de energia
é restaurado a um sistema absoluto, ele pode ler a posição
1
atual imediatamente. Isso pode ser importante em aplicações
em que um retorno à posição inicial após falta de energia
1
não é possível. Um robô de solda operando dentro do corpo
0
de um carro é um exemplo óbvio - é impossível determinar
como retrair com segurança sem saber a posição atual.
1
Operação em Ambientes Eletricamente Poluídos
1011 = Decimal 11
Equipamentos como soldadores e soft startes normalmente
geram ruído elétrico que pode parecer pulsos de um enco-
Fig. 5.12 Saída de encoder absoluto. der para um contador incremental. O ruído elétrico pode afe-
tar uma posição absoluta individual, mas não causará um
O gray-code é derivado de números binários, mas é arranja- erro permanente.
do de forma que somente uma parte mude de estado de
cada vez. Isso evita ambigüidades durante os períodos de
Aplicação de Alta Velocidade
transição quando várias partes mudam de estado simulta- O dispositivo contador é freqüentemente o fator que limita o
neamente. uso de encoderes incrementais em aplicações de alta veloci-
High Resolution
dade. O contador é freqüentemente limitado a uma freqüên-
Main Disk cia de pulso máxima de 100 KHz. Um encoder absoluto não
exige um contador ou observação contínua do eixo ou locali-
zação da carga. Esse atributo permite que um encoder abso-
luto seja usado em aplicações de alta velocidade e alta resolução.
Resolveres
Bearing
Winding B
Winding A
Additional Turns
Seals Stages ø
Um resolver é, em princípio, um transformador rotativo. A tensão de excitação E1 pode ser combinada ao enrola-
mento de rotação por anéis deslizantes e escovas, mas mais
Se considerarmos dois enrolamentos, A e B (Fig. 5.14), e freqüentemente um arranjo sem escovas é usado no qual a
se fornecermos ao enrolamento B uma tensão senoidal, uma tensão de excitação é indutivamente combinado ao enrola-
tensão será induzida no enrolamento A. Se girarmos o enro- mento do rotor (Fig. 5.17).
lamento B, a tensão induzida será máxima quando os planos
de A e B forem paralelos e será mínima quando estiverem
em ângulo reto. A tensão induzida em A também irá variar Stator
Phase 1
sinusoidalmente com o ângulo de B, de forma que EOA =
Ei SenØ. Se introduzirmos um terceiro enrolamento (C) em
ângulo reto com o enrolamento A, quando girarmos o enro-
lamento B, uma tensão será induzida nesse enrolamento e
variará como o coseno do ângulo Ø, de forma que EOC =
Ei CosØ.
360°
E i Sinφ
1 Electrical Cycle
Sine
Multiplier
Integrator
Phase
Comparator
Cosine
Multiplier
Voltage
Up/Down Controlled
Counter Oscillator
Integrator
Digital Output DC Signal
(Shaft Angle) (Velocity)
W F Speed
D
Time
100%
Fig. 7.5 Sistema de correia com atrito.
O pico de potência da carga deve sempre ser menor que o Exemplo de Aplicação
pico de potência disponível no motor (não mais que 70% no
caso de um motor de passo). O torque e a velocidade podem
ser trocados mudando a razão de impulso, mas a potência 100Kg Motor
nunca pode ser aumentada.
10mm
Jm = 5Kg-cm2
Perfis de Movimento 5mm in 120mS
O dimensionamento do motor para aplicações de alta veloci- Fig. 7.8 Exemplo de sistema com fuso acme.
dade é freqüentemente baseado em perfis trapezoidais de
“terços iguais”, nos quais a aceleração, movimento de velo- Uma mesa que pesa 100Kg é movimentada por um fuso
cidade constante e desaceleração ocupam cada um um terço acme de aço de 40mm de diâmetro e um metro de com-
do tempo de movimento. primento com passo do fuso de 10mm. A carga precisa
mover-se 5mm em 120mS. O motor tem inércia do rotor de
Esse perfil exige o pico de potência mais baixo durante o 5 Kg-cm2, e a fricção é desprezível. Usando um perfil de
movimento; um perfil triangular, ou um que tenha um seg- movimento de terços iguais, quanto torque será necessário?
mento de velocidade constante mais longo, exigirá pico de
potência do eixo maior para o mesmo tempo de movimento Inércia refletida da mesa
e distância. Jw = 100 x 102 ÷ 4 x 107
V V = 250 x 10-6 Kg-m2
O que acontece se os rolamentos que movem a mesa tiverem A velocidade máxima, a taxa de aceleração e a distância
coeficiente de atrito de 0,2 (usando o fuso com 70% de efi- percorrida pelo motor permanecem as mesmas.
ciência)?
Nova demanda de torque
Força gravitacional devida à massa da mesa T = 1225 x 10-6 x 156 x 2π
= 100 x 9,81 = 1,23 Nm
= 981 Newtons
Qual é o novo fator de inércia carga/rotor?
Força de fricção (µ = 0,1)
F = 981 x 0,2 Novo fator de inércia
= 196 Newtons = 725 ÷ 500
= 1,45:1
Torque para superar essa força
T = 196 x 10 ÷ 6284 x 0,7 Como o pico de potência é afetado?
= 0,44 Nm
Novo pico de potência
Nova demanda de torque W = 1,23 x 6,25 x 2π
T = 3,14 Nm = 48 watts
Quais valores de aceleração e velocidade precisariam ser Esta é uma situação em que aumentando-se o passo do
programados? fuso e a introdução de um redutor resultaram em melhoria
significativa. O fuso somente gira na metade de sua velocida-
Taxa de aceleração (acima) de anterior devido ao aumento do passo, e o efeito de sua
A = 156 rot/seg2 inércia é reduzido na razão da redução. O torque e potência
do motor necessários foram ambos reduzidos em 50%, e o
Velocidade
fator de inércia carga/motor é mais favorável.
V = 1,5 x 0,5 ÷ 0,12
Voltando ao caso com fuso perfeito e nenhum atrito, qual Como a demanda de torque é então cerca de metade do
seria a demanda de pico de potência? que era antes, usando o mesmo motor podemos dobrar a
taxa de aceleração e reduzir o tempo geral de movimento
Pico de potência em 30%. Na prática, os componentes de redução também
W = 2,6 x 6,25 x 2π introduzem alguma inércia e atrito adicional.
= 102 watts
Se introduzirmos uma redução de 2:1 e dobrarmos o passo A potência máxima de um motor está relacionada a seu
do fuso para 20 mm, o que acontece com a demanda de tamanho, e um motor capaz de oferecer 8 vezes a potência
torque? (ignore a inércia do sistema de redução). será muito maior. Ele terá também muito mais inércia, o que
Inércia refletida da mesa aumentará ainda mais a demanda de torque. Assim, na
Jw = 100 x 202 ÷ 4 x 107 prática a potência adicional exigida para reduzir pela metade
o tempo de movimentação pode ser até 50 vezes maior.
= 1000 x 10-6 Kg-m2
Há duas importantes conclusões:
A inércia do fuso será a mesma de antes. A inércia da mesa 1. O tempo de movimento é um fator crítico na necessidade
mais a do fuso será agora reduzida pelo quadrado da razão de potência do sistema. Economia significativa pode ser
de redução. obtida reduzindo a exigência de tempo de movimento
quando possível, e é sempre bom observar outros aspec-
Inércia da mesa + fuso tos do ciclo de uma máquina para checar se outras econo-
Jw + Js = 2900 x 10-6 Kg-m2 mias podem ser obtidas.
Inércia refletida no motor 2. Um sistema de posicionamento bem projetado não pode
= 2900 x 10-6 ( 4 Kg-m2 operar significativamente mais rapidamente que sua velo-
= 725 x 10-6 Kg-m2 cidade de projeto. Por exemplo, com um sistema que
tenha margem de potência de 20%, só se pode esperar
Nova inércia total (acrescentada ao motor) um corte de até 5% no tempo de movimento e fazendo
Jt = 1225 x 10-6 Kg-m2 com que tudo funcione no limite.
Cálculo de Torque RMS ca é o tempo que se leva para atingir 63% da temperatura
Quando um servo motor é usado em aplicações intermiten- final; são necessárias três constantes para atingir aproxi-
tes, é possível operar o motor em excesso em parte do ciclo madamente 95% da temperatura final, e depois disso as
operacional contanto que ele tenha tempo para esfriar coisas mudam bem lentamente. Para que nossos cálculos
depois. Uma taxa de intermitência típica é de até quatro de calor RMS sejam válidos, é importante que o ciclo
vezes o torque contínuo e é normalmente limitada somente operacional completo seja curto em comparação com a cons-
pela corrente disponível no drive. Contanto que o calor total tante de tempo térmica do motor - 10% é um bom número.
produzido durante um ciclo de operação não seja maior que Pode-se normalmente encontrar a constante de tempo
o produzido quando o motor opera de forma contínua em térmica nos dados do motor, e ela normalmente varia de 30
seu torque especificado, é seguro concluir que o motor não minutos para um motor pequeno a 90 minutos para um
se superaquecerá. grande. Um ciclo operacional de até 3 minutos é portanto
aceitável na maioria dos casos. Na prática ele é um ciclo
A principal fonte de calor é a perda resistiva nos enrolamen- bastante longo, e isso não é um problema na maioria das
tos do motor, que é proporcional ao quadrado da corrente aplicações.
(lembre-se que W = RI2). Como a corrente e o torque são
diretamente relacionados (Constante de Torque), o calor Dimensionando
gerado também é proporcional ao quadrado do torque. Por
exemplo, com o dobro do torque haverá quatro vezes mais Transformadores para
calor produzido. Portanto, não podemos calcular uma simples
média aritmética do torque para calcular o calor total produzido Sistemas de Posicionamento
durante o ciclo. Precisamos usar uma média da raiz quadrada Motores de passo e servo motores alimentados por um
(RMS-root-mean-square). A fórmula seria assim: transformador são normalmente especificados com um
transformador padrão que será adequado para todas as
T12t1+T22t2+T32t3+...... aplicações práticas. Na verdade, isso significa que o transfor-
Trms = mador é sobre-especificado na maioria dos casos. Embora
t1 + t2 + t3+ t4 +.....
as quantidades envolvidas sejam pequenas, é melhor ter
uma solução garantida que fazer grandes esforços de
engenharia otimizando o projeto do transformador para eco-
nomizar uma quantidade relativamente pequena de dinheiro.
Velocity
Quando quantidades maiores estão envolvidas ou quando
espaço é um fator a considerar, um projeto otimizado pode
T1 ser justificável. Mas a maioria dos sistemas de posicionamen-
T2
to envolvendo movimentos ponto-a-ponto podem ser difíceis
Torque (T) (dwell)
de dimensionar porque a energia muda significativamente
T3
durante o ciclo operacional.
As exigências básicas para o transformador são:
t1 t2 t3 t4
1. Fornecer a energia média a longo prazo sem superaqueci-
mento.
Fig. 7.9 Ciclo simples de máquina. 2. Fornecer o pico de demanda no curto prazo sem queda
excessiva de tensão.
Tudo que fizemos aqui foi adicionar o calor produzido du-
rante cada parte do ciclo, dividi-lo pelo tempo total e tirar a A demanda de energia média de longo prazo pode ser
raiz quadrada para chegar a um torque contínuo equivalente. estimada quando os cálculos de torque RMS tiverem sido
feitos.
O Que Acontece em Ciclos de Operação
Muito Longos? Quando o transformador estiver fornecendo picos de energia
Se o torque exceder a taxa contínua por um período longo, maiores que a taxa contínua para períodos curtos (como 2
é obviamente possível que o motor superaqueça durante segundos ou menos), uma boa medida da taxa VA
esse tempo embora o torque RMS seja aceitável. Por necessária será maior que o seguinte:
exemplo, com o dobro do torque contínuo ficamos restritos
1. Pico de carga x √ duração do pico de carga/tempo total
a 25% do ciclo (quatro vezes mais calor em um quarto do
do ciclo.
tempo) Se for necessário torque por 1 segundo num ciclo
de 4 segundos tudo fica bem - mas por uma hora em ciclos 2. 70% do pico de carga.
de quatro horas não é uma boa perspectiva, mesmo estando
em 25% do ciclo. Então qual é o limite? Por exemplo, um pico de carga de 1000 VA para um total de
400mS a cada 1,2 segundos exigiria uma taxa do transforma-
O limite se resume à Constante de Tempo Térmica do mo- dor de 1000 x a raiz quadrada de 0,4/1,2 = 577VA (70% do
tor. Quando a corrente passa pelo motor, a temperatura pico de carga). Uma queda na tensão do barramento de
aumenta exponencialmente. Quanto maior o motor mais corrente contínua causada pela regulagem do transformador
lentamente a temperatura sobe. A constante de tempo térmi- afetará o desempenho em alta velocidade. A maior queda
Energia total armazenada no sistema a 3000 rpm t = 0,27 x Velocidade máxima em rpm x inércia
= 0,5 Jw2 do sistema ÷ torque de frenagem máximo
= 1331 watt-segundos
Para o MB 145 30 28, Kt = 1,77 e o torque máximo (da
O tempo necessário para que o motor desacelere dependerá equação acima) é 19 Nm (isso significa que o torque de de-
da velocidade máxima, da inércia do sistema e do torque saceleração tem excesso de 15 Nm entre 3000 rpm e 750
de frenagem disponível. rpm). O cálculo mostra que o motor deve parar em aproxima-
damente 1,15s.
O torque máximo na velocidade central é dado por
T = 3Kt2 ( (L x Nº de pólos) Geralmente, os resistores de potência tem uma taxa de
sobrecarga de cinco vezes a potência normal num período
onde Kt = constante de torque por fase (rms) de 5 segundos.
L = indutância de fase
Como o tempo que o motor leva para parar é de menos de
O tempo aproximado necessário para reduzir para 5% da 2 segundos e a energia a ser dissipada em 5 segundos é
velocidade máxima é dado por: 622/5 = 125 watts, um resistor de 50 watts será adequado.
CONTACTOR
DRIVE V
MOTOR
W
E
0V
SV DRIVE +24V
A1 OUTPUT
X10/14 DYNAMIC
Contactor BRAKE
1µF supply LOAD
X10/15
Relay
X10/16 A1 output transistor
10nf 63V X10/10 in the OFF condition.
GND 24V X11/7
screen
Exemplo:
RS232 V10 - velocidade definida para 10 rot/seg
cable A150 - aceleração definida para 150 rot/seg2
D4000 - distância definida para 4000 passos do motor
G - ir (iniciar o movimento)
Indexer/ Motor
drive
Formato do Comando
PC
Todos os comandos do Código X consistem de caracteres
Fig. 8.1 Conexão RS232 de eixo único. maiúsculos distribuídos como segue:
[endereço do equipamento] [comando] [valor numérico]
O PC pode ser configurado como um simples terminal com [delimitador]
o uso do X-Ware, um software fornecido juntamente com o
Código X que também incorpora armazenagem de programa O endereço do equipamento nem sempre é necessário (ver
um editor de programa. Os comandos do Código X são abaixo). O delimitador marca o final do comando e pode ser
simplesmente digitados no teclado do PC e transmitidos ao um espaço (barra de espaço) ou retorno do cursor.
controlador como caracteres ASCII. Algumas observações
sobre a configuração e a solução de problemas para comunica- Exemplo:
ções RS232 podem ser encontradas no final deste capítulo. 2V10<espaço>
Comandos ESPECÍFICOS DE EQUIPAMENTO são execu- H. Um comando H permite definir ou mudar a direção sem
tados por um controlador ou “equipamento” somente, re-especificar a distância, e também pode ser usado no
conforme especificado pelo endereço. Os comandos dessa modo contínuo (quando os valores de D são ignorados).
categoria devem incluir um endereço, e são principalmente H+ define a direção no sentido horário
comandos que exigem informação de volta, como se o mo- H- define a direção no sentido anti-horário
tor está pronto para um novo comando ou se está ocupado, H (sem sinal) reverte a direção qualquer que ela seja.
portanto é essencial que somente o eixo correto responda.
Os comandos definidos no manual como “específicos de Exemplo: D25000 G H- G
equipamento” não serão acionados sem um endereço. Um
exemplo é o R de reportar status - ele teria que ser enviado O motor opera em 25000 passos no sentido horário e então
como 1R para o eixo 1. 25000 passos no sentido anti-horário.
MODO NORMAL (MN) - a distância do movimento é pré- Se não houver número incluído depois de comando L, o
determinada usando o comando D (distância). Esse modo loop irá se repetir continuamente. Ele pode ser interrompido
é usado em todas as operações de posicionamento ponto- ou com o comando S (Parar), que aborta qualquer movi-
a-ponto normais. mento em andamento, ou com o Y que interrompe o ciclo
no final do loop em andamento.
MODO CONTÍNUO (MC) - nesse modo o motor opera de
forma contínua na velocidade especificada até parar ou até Com a maioria dos controladores é possível colocar os loops
que um novo comando de velocidade seja dado. Os dados juntos, ou seja, é possível ter um ou mais loops dentro de
de distância definidos pelo comando D são ignorados. outro loop maior. Mas é importante que o número de
Dentro do modo normal (MN) há duas outras opções: comandos N seja igual ao de comandos L, mesmo se
estiverem todos juntos.
MODO PRÉ-DEFINIDO INCREMENTAL (MPI) - cada movi-
mento é executado como incremento, com a distância de- Exemplo: L5 D1000 G L10 D200 G N N
terminada pelo comando D. Em outras palavras, a distân-
cia percorrida é relativa à posição atual. Aqui cada um dos cinco movimentos de 1000 passos será
seguido pelo loop de 10 movimentos de 200 passos.
MODO PRÉ-DEFINIDO ABSOLUTO (MPA) - nesse modo
o dado D ou distância é interpretado como posição absoluta Acrescentando Temporizadores
relativa à posição zero. Portanto, cada movimento será É comum querer incluir um temporizador entre os movimen-
relativo a uma posição absoluta definida, independentemen- tos, por exemplo para permitir que uma operação externa
te da posição atual. O controlador calcula a distância neces- seja finalizada. Isso é possível com o comando T (temporiza-
sária e a direção do movimento para chegar à nova posição. dor) seguido pelo tempo em segundos.
É possível alternar livremente entre o modo absoluto e o in-
cremental pois o controlador sempre armazena sua posição Exemplos: T2 resulta num temporizador de 2 segundos
absoluta atual. T0,05 resulta num temporizador de 50mS
L20 D500 G T0,5 N
Comandos Básicos Adicionais No último exemplo o comando T acrescenta um tempo de
Controle de Direção espera de meio segundo entre cada movimento do loop.
No modo incremental normal o usuário determina a direção
de rotação do eixo pelo sinal de valor de distância. Assim, Usando Gatilhos
D4000 irá determinar um movimento de 4000 passos no O comando gatilho TR permite especificar um padrão nos
sentido horário, e D-6000 determinará 6000 passos no senti- sinais de entrada do controlador que passarão para ou
do anti-horário. A direção presumida é o sentido horário, a desencadearão o próximo comando. O sinal poderia vir, por
menos que um sinal de menos seja incluído, embora seja exemplo, de um botão ou comutador. As opções nos sinais
possível incluir um sinal de mais para o sentido horário se de entrada são:
assim se desejar. 1 = alto sinal de entrada
0 = baixo sinal de entrada
Pode-se também controlar a direção usando os comandos X = indiferente (sinal de entrada pode ser alto ou baixo)
O padrão de sinal de entrada é especificado na ordem Há várias opções disponíveis em conjunto com a rotina de
numérica dos sinais de entrada. Por exemplo: TR01X - conti- posição de origem, que varia de acordo com o tipo de contro-
nuar para o próximo comando quando o sinal de entrada 1 lador. Eles possibilitam a escolha da velocidade de chegada
for baixo e o sinal de entrada 2 for alto. Ignorar o que estiver ao ponto final e podem selecionar qual borda do sinal de
acontecendo no sinal de entrada 3. Na verdade, pode-se origem é considerada como posição de parada.
ignorar qualquer rota X valores, e neste caso o TR01 funcio-
naria bem também. Alguns controladores oferecem a opção Programando Seqüências de
de versões alternativas do comando gatilho, como:
TRE - dispara o gatilho quando os sinais de entrada são iguais
Movimentação Completa
aos padrões especificados (equivalentes ao TR) Uma seqüência é uma série de comandos que serão execu-
tados na ordem programada. A seqüência pode ser iniciada
TRN - dispara o gatilho quando os sinais de entrada não por um comando único, tornando mais fácil programar
são iguais ao padrão especificado operações repetidas. As seqüências podem ser armazena-
das em memória não volátil, selecionadas e inicializadas
Usando Sinais de Saída Programáveis por sinais de entrada gatilho sem a necessidade de uma
O comando O (output) é usado para ligar e desligar sinais conexão RS232. Esse estilo de operação é particularmente
de saída programáveis. Ele opera de forma similar ao coman- útil quando o controle geral da máquina é feito via PLC.
do de gatilho de sinal de entrada pois um padrão necessário
é especificado para os sinais de saída. As opções são: Observe que somente comandos buffered podem ser usados
1 = output ligado e armazenados em seqüência e, por definição, comandos
0 = output desligado imediatos serão executados assim que forem recebidos e
X = deixar inalterado não serão armazenados no buffer de comando.
Exemplo: 2O1X1 - para endereço de eixo 2, ligar sinais de Todos os comandos em seqüência começam com X.
saída 1 e 3, mas deixar o output 2 inalterado. Mais uma vez
XDn inicia a definição de uma seqüência. Por exemplo, XD1
a rota X pode ser ignorada.
marca o início da seqüência 1.
Indo para a Posição de Origem XT encerra a seqüência. Veja um exemplo de seqüência
A maioria dos sistemas de posicionamento sem alguma forma única:
de dispositivo de posicionamento absoluto deve usar uma
referência mecânica ou posição de origem quando são ligados. XD1 A2 V10 D2000 G H- G XT
Isso estabelece onde a referência mecânica está e todos os
XRn opera a seqüência, assim XR1 opera seqüência 1.
movimentos subseqüentes serão relativos à posição de origem.
Pode-se usar o comando XR para operar uma seqüência
Essa posição é normalmente determinada por um comutador
de dentro de outra seqüência, como uma subrotina, por
ou sensor de proximidade. O comando Ir para Posição de
Origem (GH) inicia o retorno automático à essa posição, come- exemplo:
çando rapidamente e seguindo-se de uma lenta busca pelo XD2 A2 V10 D2000 G XR1 XT
ponto de operação do sensor. O número que segue-se ao Nesse caso a seqüência 2 incorpora a seqüência 1. (Com
comando representa a velocidade de início rápido. certos tipos de controladores, XR age como um GoTo ao
invés de um GoSub, caso no qual não voltará à seqüência
Exemplo: GH5 - voltar para posição de origem a 5 rot/seg primária. Veja no Guia do Usuário quando embutir XR’s numa
(um sinal de direção pode ser incluído)
seqüência). Para mudar a seqüência, a antiga deve primeiro
ser deletada. Essa é uma função de segurança que minimiza
O padrão do início parecerá com a Fig. 8.3. Durante a fase
a possibilidade de re-escrever uma seqüência por engano.
final do início rápido, o contador de posição absoluta é res-
setado para zero quando a borda sinal é detectada. Depen- XEn deleta uma seqüência, por exemplo XE2 deleta a
dendo do tipo de controlador, o sistema não necessariamen- seqüência 2. Para verificar o que está programado numa
te pára na posição de origem - pode ser necessário tempo seqüência, pode-se voltar ao terminal.
para a desaceleração. Contudo, a posição foi capturada
quando a borda do sinal foi ultrapassada e um posicionamento aXUn carrega uma seqüência (é um comando específico
preciso foi estabelecido. de equipamento e deve sempre incluir endereço). Por
Fast return (n) exemplo, 1XU3 retorna a seqüência 3 para o controlador do
equipamento número 1.
Separação
Princípios de Instalação EMC Nunca passe os cabos de Sinal ou Controle no mesmo
EMC, ou compatibilidade eletromagnética, já foi definida de conduit que linhas de corrente alternada, condutores que
várias formas. EMC significa que uma parte de um equipa- alimentam motores, solenóides, etc. Os cabos devem ser
mento nem gera excessivo ruído elétrico tampouco é passados em conduits de metal que sejam adequadamente
indevidamente sensível a ruído externo. A intenção básica aterrados. Os cabos de Sinal e Controle dentro de uma cabina
da diretriz européia para EMC é garantir que itens de
também devem passar o mais longe possível de contatores,
equipamentos elétricos e eletrônicos operem no mesmo
Reles de controle, transformadores, e outros componentes
ambiente sem interferir um com o outro. Também ajuda a
geradores de ruído.
restringir o aumento na interferência gerada pelo aumento
no uso de controles eletrônicos.
Instalação P-Clip
As exigências de instalação para compatibilidade com EMC A função do clip P é oferecer contato metálico de 360 graus
variam com o produto. Equipamentos marcados com CE e e um meio conveniente de garantir aterramento adequado.
certificados quanto à conformidade com EMC podem ser Instalar o mais perto possível da extremidade do cabo, con-
instalados em qualquer local, contanto que as instruções tanto que um aterramento, contraplano ou pino terra estejam
de instalação sejam seguidas. Outros equipamentos para acessíveis. O uso de um clip P de latão ou outro metal con-
uso por fabricantes de sistemas qualificados exigem medidas dutor inerte é recomendável.
adicionais para garantir a conformidade com EMC e os
princípios gerais são descritos abaixo. Supressão de Surtos
Instale componentes de supressão de surtos, como filtros
Proteção Externa de resistores/capacitores ou diodos de fixação, em todas as
Para controlar as emissões, todos os equipamentos de bobinas elétricas, como contatores.
controle e motor devem ser instalados numa cabina de metal
que forneça isolamento adequado. Opto-isolamento
O isolamento de sinais remotos com o uso de Reles em es-
Filtragem tado sólido ou opto-isoladores é recomendado.
Instalar um filtro de fonte de corrente alternada no cabo de
energia da unidade para eliminar qualquer interferência.
Monte o filtro a 50mm do motor ou transformador, e passe o Motores, Instalação Elétrica
cabo e qualquer fio terra perto do painel. Tente arranjar o Embora haja princípios gerais bem aceitos, a instalação
layout do motor e do filtro para que o cabo de corrente alter- elétrica tende a ser específica a um tipo de motor em par-
nada seja mantido longe dos condutores de saída do filtro. ticular. Os comentários que seguem aplicam-se principal-
mente aos servomotores da Parker, embora muitos pontos
Supressão sejam relevantes para outros tipos de motor também.
Dispositivos de supressão de interferência eletromagnética
externa, como absorvedores de ferrite, devem ser instalados Colocando os Cabos nos Conduits
nos cabos de Sinal e Controle o mais perto possível da A razão mais comum para falha de encoder é a religação in-
unidade. correta depois que um cabo tenha sido removido, normal-
mente quando é passado por um conduit.
Pares Trançados
No caso de motores que têm sinais de entrada diferenciais, Antes de desconectar qualquer cabo, faça um desenho
é preferível usar um cabo com pares trançados para minimi- preciso das conexões a quaisquer cabos do terminal ou
zar a combinação magnética. Isso aplica-se a sinais analógi- conectores de várias vias. Se um cabo de par trançado for
cos e digitais. usado, preste atenção a como os cabos são combinados.
Como muitos pares têm um cabo preto, marcar o cabo no
Malha desenho como “preto” não é identificação suficiente. É uma
Use cabos com malha de alta qualidade para todos os sinais boa idéia colocar uma pequena luva nos pares à medida que
de entrada de Sinal e Controle. A conexão da malha deve são desconectados - isso mantém os dois cabos juntos.
ser a mais curta possível. O ponto de conexão para a malha
depende da aplicação. Alguns dos métodos recomendados Quando preparar e desconectar um cabo de par trançado,
de conexão da malha, por ordem de eficiência, são: sempre remova o suficiente da malha externa (no mínimo
a) Conectar a malha somente ao painel onde a unidade esti- 100mm) para garantir que os pares corretos estão trançados
ver montada para aterramento (aterramento de proteção). juntos. Então, coloque uma pequena luva nos dois antes de
O uso deste método reduzirá a área de loop, e oferecerá cortar na extensão necessária.
maior proteção.
b) Conectar a malha ao aterramento em ambas as extremi- Quando estiver passando um cabo de um motor ML por um
dades do cabo, normalmente quando a freqüência da fonte conduit, é mais fácil desconectar o cabo na extremidade do
de ruído é maior que 1 MHz. motor. Primeiro remova a caixa do terminal e desenhe as
c) Conectar a malha à unidade e deixar a outra extremidade conexões como descrito acima. Pode-se então desparafusar
da malha desconectada e isolada do aterramento. os terminais e soltar o cabo da porca.
pilot
register Axial movement
Os acoplamentos membrana normalmente têm dois discos, são particularmente bons na acomodação de movimento
como mostrado. Uma versão de disco único existe mas não axial e oferecem rigidez torcional extremamente alta. O
tolera nenhum desalinhamento radial. Acoplamentos de acoplamento de feixe helicoidal tem a vantagem de ser de
disco único são normalmente usados em pares com um eixo baixo custo, mas tem rigidez torsional relativamente baixa e
flutuante entre eles. Uma montagem completa consistindo gera altas cargas no mancal quando há desalinhamento.
de dois acoplamentos de disco único mais um eixo de ligação Ambos os tipos de acoplamento são mais propensos a falhas
é conhecida como Cardan; ele opera da mesma forma que a menos que bem utilizados dentro de suas especificações.
um acoplamento de dois discos, exceto pelo fato de que
quanto maior o eixo de ligação, maior o desalinhamento ra- Instalando o Acoplamento - Métodos de Fixação
dial que pode ser acomodado. Os três elementos do Cardan com Grampos
podem normalmente ser montados no local. Quando o acoplamento tiver sido selecionado, o próximo
passo é decidir como fixá-lo ao eixo do motor e carga. Uma
bucha bi-cônica ou “taper lock”, usada junto com uma
chaveta, é o método preferido. Ele mantém a concentricidade
e prende o eixo numa área extensa, o que é muito desejável
Fig.9.4 Um eixo sem suporte (flutuante). onde há torques e rápidas reversões. Nessa situação, a
chaveta é usada primariamente como dispositivo de
Os acoplamentos de membrana podem operar em altas segurança para evitar que algo escorregue no caso de so-
velocidades, tipicamente de até 25000 rpm, e tem longa vida brecarga. Ela não é usada para transmitir torque. Infeliz-
útil pois não há partes deslizantes. Contudo, são mais caros mente, muitos acoplamentos são muito pequenos para
que a maioria dos outros tipos de acoplamento. acomodar esse tipo de bucha.
A tabela abaixo é uma guia de torque máximo recomendável tante permitirá que o acoplamento deslize facilmente no eixo.
com o uso de acoplamentos ou polias acopladas por Mas esse pequeno espaço irá inevitavelmente levar a alguma
parafusos. Os números referem-se a um único parafuso e folga (as passagens tanto no eixo quanto na polia devem
podem ser dobrados se dois parafusos distantes 90° forem ser profundas o bastante para garantir um espaço adequado
usados. para a chaveta).
Ø Eixo Tamanho Torque Máximo A melhor maneira de solucionar o problema é ter um parafu-
(mm) do Parafuso (Nm) so no acoplamento que cause um pequeno achatamento
6 M2 0.1 no topo da chaveta. Outra solução é usinar a chaveta com
6 M3 0.2 um passo para que ela se ajuste em ambas as passagens,
11 M3 0.4 mas como isso evita que o acoplamento deslize facilmente
11 M4 0.8 no eixo, deve-se tomar cuidado para não danificar os
15 M3 0.5 mancais do motor. Aplicar uma grande carga axial (por
15 M4 1 exemplo com uma prensa de alavanca) e martelar o
15 M5 2
acoplamento no eixo são as causas mais comuns de danos
ao mancal que levam a falhas prematuras. Se uma bucha
Pinos “taper lock” for usada, esses problemas não aparecem
Furar e usar pinos no eixo é um método que é ocasional- porque a bucha desliza no eixo com facilidade e não há
mente usado, mas só é adequado para aplicações de baixo folga, pois a bucha fixa-se firmemente ao eixo.
torque. O furo reduz consideravelmente a área de corte trans-
versal do eixo e, como conseqüência, o torque que ele pode Lembre-se que uma chaveta de 5mm num eixo de 15mm
transmitir. Se o eixo já tiver uma passagem de chaveta, a transmitindo torque de 10Nm está sujeita à força de ruptura
situação fica ainda pior. Deve-se lembrar que a força de um de 30 MegaNewtons/m2. Uma chaveta mal colocada irá
pino de 3mm é só 20-30% daquela de uma chaveta de 3mm, chacoalhar quando o motor mudar de direção e sob esse
Se essa opção de fixação for escolhida, deve-se tomar as tipo de força, não seria inédito a chaveta se desgastar e se
mesmas precauções na furação do eixo que as tomadas transformar num perfeito cilindro que se reduz em diâmetro
para encurtá-lo, que serão descritas mais tarde. Os até o sistema falhar.
comentários sobre tolerância do eixo/acoplamento feitos
para a fixação por parafuso também aplicam-se à fixação Tolerâncias do Eixo
por pino. Há uma teoria popular de que o acoplamento deve ser bem
justo no eixo e ser instalado cuidadosamente com o martelo
Uso de Adesivos mais longo que houver. É verdade que se o acoplamento
O uso de adesivos anaeróbicos, como Loctite, entre o eixo estiver muito solto, um leve movimento entre o eixo e o
e o acoplamento, é freqüentemente benéfico. Esse tipo de acoplamento faria com que ambos se desgastassem e
adesivo endurece na ausência de ar. Adesivos só devem falhassem. Mas os mancais são relativamente frágeis e a
ser usados juntamente com um dos métodos de fixação força usada para instalar o acoplamento não deve exceder
descritos acima. Se um adesivo viscoso de alta resistência a força axial máxima, como mostra a Fig. 9.10. Normalmente
for usado ele deve ser espalhado no eixo antes da monta- a tolerância mais alta do eixo será igual à tolerância mais
gem, enquanto que um adesivo mais fino pode ser aplicado baixa do diâmetro do acoplamento, e deve haver sempre
no vão depois de instalado o acoplamento. Se um adesivo um pequeno espaço entre os dois.
for usado, será quase impossível remover o acoplamento
sem danificar o motor, a menos que tenha sido deixado Se você tiver um eixo na tolerância máxima e um acoplamen-
bastante espaço entre o acoplamento e o motor para inserir to na mínima, será muito difícil fazer o deslize. A solução
um instrumento extrator. Outro ponto a considerar é que no mais simples é colocar um anel de papelão ou plástico fino
caso de falha, não será possível reparar o motor sem um no eixo, para evitar que poeira entre no mancal, e fazer o
trabalho de reconstrução caro. motor funcionar enquanto segura-se um pedaço de papel
carborundo em torno do eixo. Teste sempre o tamanho do
Chavetas e Passagens de Chaveta eixo para garantir que não se elimine demais.
“Você nos mandou a chaveta errada - ela não entra na
passagem”. É uma reclamação comum entre os novatos na Encurtando o Eixo
instalação de motores. É surpreendente a freqüência com que os usuários acham
necessário encurtar o eixo de um motor. O problema pode
Uma chaveta padrão de 3mm, por exemplo, é cerca de ser evitado se for dada um pouco mais de atenção ao projeto.
0,04mm mais larga que a passagem de chaveta no eixo e a Se o encurtamento for inevitável, é essencial que o eixo
intenção é que ela seja lixada para que o encaixe seja justo. seja apoiado de forma que o mancal do motor não seja
E por que o fabricante não faz a chaveta com a largura submetido a choques ou esforço. Não deve haver risco de
correta? É uma questão de tolerância - a chaveta deve ficar que detritos ou óleo refrigerante entrem no mancal. Não
bem justa na passagem de chaveta do eixo porque a passa- permita que o eixo esquente muito - se ele chegar a mais
gem do acoplamento é cerca de 0,025mm maior que a do de 120° há o risco de desmagnetização parcial do motor.
eixo. Isso garante que uma vez que a chaveta tenha sido Apoie o eixo no lado do motor do corte, o mais perto possível
lixada para a passagem de chaveta do eixo, o espaço resul- do corte, usando um bloco em V ou grampo. O motor deve
ser frouxamente apoiado para evitar esforço do mancal. Use Fadiga do Eixo
um anel de fita adesiva ou composto adesivo moldável (como Fica claro que qualquer carga radial irá comprimir um lado
Blue-Tack) para evitar que o óleo refrigerante ou detritos do eixo e criar tensão no outro. À medida que o eixo gira,
entrem no mancal. Lembre-se de qualquer forma de modifi- cada elemento individual do eixo passa por alternância en-
cação do eixo feita após despacho da Parker invalida a tre tensão e compressão, o que pode causar fatiga do metal.
garantia do eixo, mancal, encoder ou resolver. A linha vertical na Fig. 9.9 representa a carga radial máxima
clamp here que pode ser aplicada na metade do eixo sem risco de que
haja falha devido à fadiga do metal. Será necessário reduzir
sawcut esse número pela metade se a carga for aplicada na
extremidade do eixo.
Motor
20 rpm
rpm
30 0 rpm
rpm
00
00
00
radial load
10
40
50,000
Sensores de Limite em
Aplicações de Segurança
Crítica
Em muitas aplicações de baixo consumo de energia, a
provisão para os sensores de limite de distância percorrida
é uma questão de conveniência operacional ou um meio de
evitar danos mecânicos. Em um caso ou outro, há normal-
mente uma escolha entre os tipos de sensores adequados,
dependendo de fatores como espaço disponível e facilidade
de incorporação de um atuador apropriado. Mas em
situações em que a segurança for o mais importante, como
quando a falha em parar pode causar danos pessoais, é
essencial usar o tipo correto de sensor e instalá-lo de
maneira intrinsecamente segura.
N.C.
switch
Aeroespacial Climatização e
Líder em desenvolvimento, projeto, Controles Industriais
manufatura e serviços de sistemas Projeta, manufatura e
de controle e componentes para o comercializa componentes e
mercado aeroespacial e segmentos sistemas para controle de
relacionados com alta tecnologia, fluidos para refrigeração, ar
alcançando crescimento lucrativo condicionado e aplicações
através de excelência no industriais em todo o mundo.
atendimento ao cliente.
Hidráulica Filtração
Projeta, manufatura e comercializa Projeta, manufatura e
uma linha completa de componentes comercializa produtos para
e sistemas hidráulicos para filtração e purificação, provendo
fabricantes e usuários de a seus clientes maior valor
máquinas e equipamentos no agregado, com qualidade,
segmento industrial e mobil. suporte técnico e
disponibilidade global
para sistemas.
Automação Instrumentação
Líder no fornecimento de Líder global em projeto,
componentes e sistemas manufatura e distribuição de
pneumáticos e eletromecânicos componentes para condução
para clientes em todo o mundo. de fluidos em condições críticas
para aplicações na indústria de
processo, ultra-alta-pureza,
médica e analítica.
Tecnologia
Automation Eletromecânica
Parker Hannifin
Filiais
G
Campinas - SP Recife - PE
G T4 L6 OXX1
V 30 1P
Rua Tiradentes 289 - salas 21 e 22
Guanabara
Rua Santa Edwirges 135
Bairro do Prado
A 150 D 4 0 0 0 R
13023-190 Campinas, SP 50830-000 Recife, PE
Tel.: 19 3235-3400 Tel.: 81 3227-3376
Fax: 19 3235-2969 Fax: 81 3227-6064
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