Horticultura PDF
Horticultura PDF
Horticultura PDF
2007
Horticultura
ndice Geral
1.
1.2.
1.3.
Rega .............................................................................................................. 9
1.4.
Foragem........................................................................................................ 9
1.5.
Mo de Obra...................................................................................................10
2.
3.
Alface ............................................................................................................21
3.2.
Alho Francs...................................................................................................24
3.3.
Alho Seco.......................................................................................................25
3.4.
Couves ..........................................................................................................27
3.4.1.
3.4.2.
Couve Lombardo...................................................................................................................... 31
3.4.3.
Couve Brcolo.......................................................................................................................... 32
3.4.4.
3.4.5.
3.5.
Grelos............................................................................................................35
3.6.
Ervilha ...........................................................................................................36
3.7.
Fava ..............................................................................................................38
3.8.
3.9.
Cenoura .........................................................................................................43
3.10.
Cebola ...........................................................................................................46
3.11.
Pepino ...........................................................................................................49
3.12.
Pimento .........................................................................................................50
3.13.
3.14.
3.15.
Horticultura
3.16.
4.
ndice de Quadros
Horticultura
Horticultura
Quadro 47 - Evoluo da rea e produo de feijo verde, por regio agrria, entre 1997 e 2002
...............................................................................................................................40
Quadro 48 - rea e Produo mundial de feijo verde em 2003 e 2004 ................................41
Quadro 49 - Caracterizao das Organizaes de Produtores de Ervilha, Fava e Feijo Verde em
2004........................................................................................................................42
Quadro 50 - Evoluo do Comrcio Internacional Portugus de Feijo Verde, em valor, no
perodo de 2000 a 2004 .............................................................................................42
Quadro 51 - Comrcio Internacional Portugus de Feijo verde, por Pas, em 2004 ................42
Quadro 52 - Evoluo da rea e produo de cenoura, por regio agrria, entre 1997 e 2002 .43
Quadro 53 - rea e Produo mundial de cenoura em 2003 e 2004......................................44
Quadro 54 - Caracterizao das Organizaes de Produtores de Cenoura em 2004.................45
Quadro 55 - Evoluo do Comrcio Internacional Portugus de Cenoura e Nabo, em valor, no
perodo de 2000 a 2004 .............................................................................................45
Quadro 56 - Comrcio Internacional Portugus de Cenoura e Nabo, por Pas, em 2004...........45
Quadro 57 - Evoluo da rea e produo de cebola, por regio agrria, entre 1997 e 2002 ...46
Quadro 58 - rea e Produo mundial de cebola em 2003 e 2004 ........................................47
Quadro 59 - Caracterizao das Organizaes de Produtores de Cebola, Alho seco e Alho
francs em 2004 .......................................................................................................48
Quadro 60 - Evoluo do Comrcio Internacional Portugus de Cebola, em valor, no perodo de
2000 a 2004 .............................................................................................................48
Quadro 61 - Comrcio Internacional Portugus de Cebola de consumo, por Pas, em 2004......48
Quadro 62 - rea e Produo mundial de pepino em 2003 e 2004........................................49
Quadro 63 - Evoluo do Comrcio Internacional Portugus de Pepino, em valor, no perodo de
2000 a 2004 .............................................................................................................50
Quadro 64 - Comrcio Internacional Portugus de Pepino, por Pas, em 2004........................50
Quadro 65 - Evoluo da rea e produo de pimento, por regio agrria, entre 1997 e 2002 .50
Quadro 66 - Evoluo do Comrcio Internacional Portugus de Pimento, em valor, no perodo de
2000 a 2004 .............................................................................................................51
Quadro 67 - Comrcio Internacional Portugus de Pimento, por Pas, em 2004......................52
Quadro 68 - Evoluo da rea e produo de batata, por regio agrria, entre 1999 e 2005 ...52
Quadro 69 - rea e Produo mundial de Batata em 2003 e 2004 ........................................53
Quadro 70 - Evoluo do Comrcio Internacional Portugus de Batata, em valor, no perodo de
2000 a 2004 .............................................................................................................54
Quadro 71 - Comrcio Internacional Portugus de Batata, por Pas, em 2004 ........................55
Quadro 72 - Balano de aprovisionamento de batata: Campanhas de 1983/84 a 2004/05.......56
Horticultura
Quadro 73 - Evoluo da rea e produo de tomate fresco, por regio agrria, entre 1997 e
2002........................................................................................................................57
Quadro 74 - Caracterizao das Organizaes de Produtores de Tomate fresco em 2004 ........58
Quadro 75 - Evoluo do Comrcio Internacional Portugus de Tomate fresco, em valor, no
perodo de 2000 a 2004 .............................................................................................58
Quadro 76 - Comrcio Internacional Portugus de Tomate, por Pas, em 2004.......................58
Quadro 77 - Balano de aprovisionamento de tomate fresco: campanhas de 1983/84 a 2002/03
...............................................................................................................................59
Quadro 78 - Evoluo da rea e produo de tomate para indstria, por regio agrria, entre
1999 e 2005 .............................................................................................................59
Quadro 79 - rea e Produo mundial de tomate para indstria em 2003 e 2004...................60
Quadro 80 - Caracterizao das Organizaes de Produtores de tomate para indstria em 2004
...............................................................................................................................60
Quadro 81 - Balano de aprovisionamento de tomate industrializado: Campanhas de 1983/84 a
2002/03 ...................................................................................................................61
ndice de Grficos
Horticultura
1. ESTRUTURA DAS
HORTCOLAS
1.1.
EXPLORAES
AGRCOLAS
COM
CULTURAS
Culturas hortcolas
Culturas hortcolas
extensivas ao ar livre
Culturas hortcolas
intensivas ao ar livre
Culturas hortcolas
em estufa
Regies
Continente
Entre Douro e Minho
Trs-os-Montes
Beira Litoral
Beira Interior
Ribatejo e Oeste
Alentejo
Algarve
Expl.
rea
21 725
31 070
3 101
936
3 314
699
7 812
2 394
3 469
1 720
271
1 738
159
20 672
4 841
1 670
rea/
Expl.
rea/
Expl.
Expl.
rea
rea/
Expl.
Expl.
rea
rea/
Expl.
Expl.
rea
1,4
15 316
20 741
1,4
11 990
9 167
0,8
3 175
1 162
0,4
0,6
0,3
0,5
0,2
2,6
2,0
0,5
2 154
683
2 198
549
4 952
1 703
3 076
717
120
815
74
13 701
4 350
963
0,3
0,2
0,4
0,1
2,8
2,6
0,3
1 855
700
2 519
478
4 537
1 338
562
827
136
844
82
6 587
469
222
0,4
0,2
0,3
0,2
1,5
0,4
0,4
1 125
99
473
31
895
73
478
176
14
78
3
385
22
484
0,2
0,1
0,2
0,1
0,4
0,3
1,0
Horticultura
rea
(ha)
N.
Expl.
rea
(ha)
rea
(ha)
N.
Expl.
0,5 a < 1
N.
Expl.
rea
(ha)
1 a < 2,5
N.
Expl.
rea
(ha)
2,5 a < 5
N.
Expl.
rea
(ha)
>=5
N.
Expl.
rea
(ha)
Total
N.
Expl.
rea
(ha)
N.
Expl.
14
339
57
592
125
614
184
617
352
730
209
193
220
86
1 162
3 175
159
25
238
34
225
55
297
45
180
19
...
176
1 125
Trs-os-Montes
18
42
22
...
...
14
99
Beira Litoral
84
99
11
100
11
71
18
88
18
16
10
14
78
473
Continente
Beira Interior
10
...
...
31
Ribatejo e Oeste
35
136
40
136
50
115
151
319
80
114
53
40
385
895
Alentejo
...
17
13
15
14
...
...
22
73
Algarve
32
57
34
113
63
105
133
116
104
36
140
19
484
478
O segmento das exploraes com rea de 1 a 2,5 hectares de horticultura intensiva em estufa
o mais significativo, quer em termos de rea (30%), quer em nmero de exploraes (23%). As
reas de culturas hortcolas em estufa por explorao superiores a 2,5 hectares, perfazem 37%
da rea total e localizam-se em 9% das exploraes do Continente. Com menos de 1 hectare de
estufas apresentam-se 68% das exploraes (Quadro 2).
Quadro 3 - Repartio regional da rea e do nmero de exploraes, por classes de
rea de horticultura intensiva de ar livre
Classes de rea (ha)
< 0,1
REGIO AGRRIA
Continente
rea
(ha)
N.
Expl.
rea
(ha)
rea
(ha)
N.
Expl.
0,5 a < 1
1 a < 2,5
2,5 a < 5
N.
Expl.
rea
(ha)
N.
Expl.
rea
(ha)
N.
Expl.
rea
(ha)
>=5
N.
Expl.
rea
(ha)
Total
N.
Expl.
rea
(ha)
N.
Expl.
63
1 366
343
2 690
636
2 400
1 032
2 105
2 077
2 118
2 056
889
2 949
423
9 167
11 990
92
59
437
119
436
246
517
275
336
65
28
...
827
1 855
Trs-os-Montes
10
280
20
174
28
118
22
64
44
57
...
...
Beira Litoral
20
409
83
721
182
690
217
438
170
197
57
33
114
Beira Interior
11
231
12
103
17
65
24
54
...
24
...
...
82
478
Ribatejo e Oeste
11
135
74
462
205
752
401
659
1 500
1 399
1 845
777
2 551
353
6 587
4 537
32
136
700
844
2 519
Alentejo
55
81
638
76
305
97
273
23
32
25
21
166
14
469
1 338
Algarve
164
14
155
34
25
100
51
73
52
25
68
11
222
562
A rea mdia das exploraes com culturas hortcolas intensivas de ar livre, atinge o valor
mximo no Ribatejo e Oeste (1,5 hectares). Esta regio tem 72% da rea de horticultura
intensiva ao ar livre do Continente e 56% das suas exploraes apresentam reas superiores a
Horticultura
1 hectare. A nvel do Continente e para a classe de rea superior a 5 hectares, apenas existem
4% das exploraes ocupando 32% da rea (Quadro 3).
Quase 64% da rea de culturas hortcolas extensivas encontra-se em exploraes que
apresentam mais de 5 hectares destas actividades vegetais. Esta situao acontece em 8% das
exploraes. O Ribatejo e Oeste a regio que mais contribui com aquele valor, pois 35% dessa
rea encontra-se na regio. Cerca de 70% das exploraes do Continente tem parcelas
inferiores a 1 hectare (Quadro 4).
Quadro 4 - Repartio regional da rea e do nmero de exploraes, por classes de
rea de horticultura extensiva
Classes de rea (ha)
< 0,1
REGIO AGRRIA
rea
(ha)
Continente
N.
Expl.
rea
(ha)
rea
(ha)
N.
Expl.
0,5 a < 1
1 a < 2,50
>=5
2,5 a < 5
Total
N.
Expl.
rea
(ha)
N.
Expl.
rea
(ha)
N.
Expl.
rea
(ha)
N.
Expl.
rea
(ha)
N.
Expl.
rea
(ha)
N.
Expl.
106
2 812
347
3 172
435
2 104
1 260
2 624
2 463
2 386
2 714
1 070
13 377
1 146
20 741
15 316
11
251
52
494
97
491
245
567
219
316
65
29
...
717
2 154
359
11
112
15
94
27
71
24
40
29
120
683
15
492
56
640
85
442
158
381
136
160
99
44
266
39
815
2 198
288
113
66
23
57
17
21
...
...
...
74
549
Ribatejo e Oeste
135
54
366
95
495
547
996
1 460
1 361
1 916
791
9 624
807
13 701
4 952
Alentejo
Algarve
183
30
353
56
264
114
259
290
230
508
144
3 345
269
4 350
1 703
51
1 104
136
1 094
79
252
146
293
317
258
121
56
113
20
963
3 076
1.3.
Rega
Das exploraes com culturas hortcolas regadas, somente 14% recorrem fertirrigao, sendo
o Ribatejo e Oeste e o Algarve, as regies onde maior nmero de exploraes utilizam este
sistema, 25% e 16%, respectivamente.
Quadro 5 - Tipos de rega utilizados nas culturas hortcolas por regio
Unidade: Expl. - n
Regies
Continente
Entre Douro e Minho
Trs-os-Montes
Beira Litoral
Beira Interior
Ribatejo e Oeste
Alentejo
Algarve
Exploraes
Exploraes
com culturas
que regam
hortcolas
Gota-agota
MicroAsperso
asperso fixa/mvel
Outros
Exploraes
que
utilizam
fertirrega
21 725
19 874
9 548
5 641
2 601
7 243
1 420
2 845
3 101
936
3 314
699
7 812
2 394
3 469
2 853
924
3 240
629
7 184
2 331
2 713
1 291
840
1 682
605
1 676
1 684
1 770
705
95
316
13
3 009
729
774
626
73
356
14
1 225
80
227
1 495
167
1 966
136
3 117
132
229
243
16
74
6
778
43
260
229
55
87
2
1 787
243
442
1.4.
Foragem
De acordo com o inqurito referenciado, foi apurado um total de 12 558 estufas em Portugal
Continental, distribudas por 3 175 exploraes e ocupando uma superfcie de 1 162 hectares
(Quadro 6).
Horticultura
Regies
Exploraes
rea
Estufas
N mdio de
estufas
por explorao
rea mdia de
estufas
por explorao
rea mdia
das estufas
ha
ha
ha
Continente
3 175
1 162
12 558
0,37
0,09
1 125
99
473
31
895
73
478
176
14
78
3
385
22
484
3 217
222
1 728
68
5 430
245
1 648
3
2
4
2
6
3
3
0,16
0,14
0,16
0,10
0,43
0,30
1,01
0,05
0,06
0,05
0,04
0,07
0,09
0,29
O Algarve e o Ribatejo e Oeste detm, em conjunto, 75% da rea e 43% das exploraes. As
estufas tm ainda importncia em Entre Douro e Minho e na Beira Litoral com, respectivamente,
35% e 15% das exploraes a ocuparem 15% e 7% da rea. Nas restantes regies, este tipo de
instalaes no tem expresso.
No Continente, a rea mdia de estufas por explorao de 0,37 hectares, sendo este valor
excedido no Algarve e no Ribatejo e Oeste com 1 e 0,43 hectares, respectivamente. Por
explorao existem em mdia 4 estufas, com uma rea mdia de 0,09 hectares.
1.5.
Mo de Obra
Das 21 725 exploraes apuradas no Continente (Quadro 1), no IH 2000, cerca de 98%
recorrem a mo de obra familiar, 8% a mo de obra assalariada permanente e 36% a mo de
obra assalariada eventual (Quadro 7). O nmero mdio de trabalhadores (familiar e
assalariado) por explorao de 3,5, sendo de 2,4, o nmero mdio de trabalhadores por
hectare.
A mo de obra no contratada directamente pelo produtor e a entre ajuda so utilizadas,
respectivamente, em 34% e 25% do total de exploraes com culturas hortcolas.
Quadro 7 - Mo-de-obra afecta s culturas hortcolas
Unidade: n
Mo de obra
Assalariado
Regies
Familiar
Expl.
Continente
Entre Douro e Minho
Trs-os-Montes
Beira Litoral
Beira Interior
Indivduos
Permanente
Expl.
No contratada
directamente
pelo produtor
Eventual
Indivduos
Expl.
Indivduos
Expl.
Dias de
trabalho
Entreajuda
Expl.
Dias de
trabalho
21 267
43 678
1 784
4 813
7 818
27 089
7 464
36 645
5 374
99 222
3 042
7 128
361
503
826
1 764
898
1 105
783
15 256
925
2 137
61
164
393
1 837
516
511
230
3 185
3 260
6 638
301
812
1 450
4 854
1 714
1 839
1 610
26 750
664
1 075
89
310
108
285
135
140
244
2 094
Ribatejo e Oeste
7 612
16 313
569
1 490
3 872
13 191
2 715
20 373
1 512
31 248
Alentejo
2 306
4 426
218
964
707
3 734
896
11 486
705
15 670
Algarve
3 458
5 961
185
570
462
1 424
590
1 190
290
5 018
10
Horticultura
Mo de obra
Regies
Total
Assalariado
Familiar
Entreajuda
Total
Continente
Entre Douro e Minho
Trs-os-Montes
Beira Litoral
Beira Interior
Ribatejo e Oeste
Permanente Eventual
No contratada
directamente
pelo produtor
30 151
23 117
6 468
3 045
3 423
413
153
5 152
4 634
450
301
149
64
742
633
93
54
39
13
4 079
3 342
618
392
226
111
436
300
127
117
10
14 213
10 593
3 406
1 063
2 343
130
85
Alentejo
2 516
1 313
1 089
623
467
65
48
Algarve
3 013
2 302
685
496
189
21
2. ESCOAMENTO DA PRODUO
A comercializao da produo hortcola efectuada de diversas formas.
de destacar o peso dos intermedirios, nomeadamente os grossistas, camionistas e os
ajuntadores, nas regies agrrias do Algarve, Ribatejo e Oeste, Alentejo e Trs-os-Montes, com
37%, 28%, 22% e 19%, no escoamento da produo hortcola da regio (Quadro 9).
A venda directa ao consumidor uma importante forma de escoamento destes produtos em
praticamente todas as regies agrrias.
As centrais de comercializao tm muita importncia em Entre Douro e Minho, que
comercializaram 33% da produo hortcola da regio. Tambm de destacar, a
comercializao via agrupamentos de agricultores, que apesar de ter pouco peso no Continente
(4%), atinge os 10% nesta regio.
no Ribatejo e Oeste onde a indstria tem algum peso (12%), como forma de escoamento da
produo.
11
Horticultura
Regies
DirectaAgrupamenDirectamente para
tos de
mente ao
Retalhistas
o mercado
agricultoconsumidor
externo
res
Central
de
comercializao
Sector
Outros
de
intermedidistribuio
rios
Indstria
Continente
2,5
15,8
18,3
3,9
19,3
6,6
24,6
8,9
1,5
26,2
30,9
29,8
65,7
10,5
24,7
15,7
23,3
19,2
33,9
14,2
15,5
10,2
27,0
10,2
32,8
4,1
11,1
3,6
24,5
3,9
1,7
7,0
6,1
7,7
1,6
19,4
11,8
8,7
28,3
21,9
36,5
0,7
1,9
7,9
0,4
11,9
7,3
0,1
0,9
0,3
2,3
6,9
1,5
0,8
9,1
3,5
1,5
7,4
21,1
21,4
4,2
Total
< 0,25
5 a < 10
> = 10
100
1,3
0,2
3,6
5,1
1,7
0,2
Directamente ao consumidor
100
11,3
12,3
22,8
30,6
13,5
3,3
87,8
6,3
Retalhista
100
6,2
8,3
13,8
25,1
15,8
9,3
21,6
Agrupamento de agricultores
100
0,8
2,8
7,9
18,5
15,0
26,4
28,6
Central de comercializao
100
1,2
2,1
8,3
21,2
23,2
16,6
27,4
Sector de distribuio
100
0,9
2,2
4,4
13,8
11,3
27,4
40,0
Outros intermedirios
100
2,5
5,2
11,0
24,7
29,8
12,5
14,5
Indstria
100
0,1
0,2
2,6
12,6
12,3
25,7
46,6
Todas
100
3,9
5,5
11,4
22,6
19,2
13,5
23,8
Em Portugal, cerca de 88% da produo escoada para o mercado externo oriunda das
exploraes com reas base de horticultura iguais ou superiores a 10 hectares. Nas exploraes
com reas de horticultura a partir de 5 hectares, 55% da produo escoada pelos
Forma de escoamento - Processo de colocao do produto no mercado pelo produtor agrcola, tal como venda directa,
intermedirio, cooperativa agrcola, indstria, etc.
Venda directa - Transaco efectuada entre um produtor a um consumidor ou utilizador final sem interveno de
comerciantes ou intermedirios.
Intermedirio - Designao genrica dada aos camionistas, armazenistas, grossistas e comerciantes de gado.
Cooperativa de comercializao - Cooperativa que tem por objecto principal a aquisio, o armazenamento e fornecimento
aos comerciantes membros, de bens e servios necessrios sua actividade.
Sada - Somatrio das expedies de mercadorias efectuadas por Portugal para os restantes Estados Membros, com as
exportaes de Portugal para os pases terceiros.
Retalhista - Agente econmico que exerce como actividade principal o comrcio a retalho.
Central de compras - Entidade associando um conjunto de empresas retalhistas ou grossistas, que centraliza as compras
por conta dos seus membros. Esta centralizao implica a escolha dos fornecedores, a negociao das compras e em certos
casos, actividades de organizao e distribuio.
Distribuio - Conjunto de operaes fsicas, financeiras e de gesto, necessrias num sistema econmico para colocar os
bens produzidos junto dos consumidores finais.
12
Horticultura
< 0,25
Volume
3
m
N.
Expl.
Volume
3
m
N.
Expl.
0,5 a < 1
Volume
3
m
N.
Expl.
1 a < 2,50
Volume
3
m
N.
Expl.
5 a < 10
2,5 a < 5
Volume
3
m
N.
Expl.
Volume
3
m
N.
Expl.
> = 10
Volume
3
m
N.
Expl.
Volume
3
m
N.
Expl.
386
46 017
143
15 258
34
1 555
31
2 017
96
8 157
27
1 697
26
3 822
22
1 220
14
627
334
...
...
Trs-os-Montes
13
403
...
94
...
...
...
146
17 605
102
11 751
...
17
1 683
11
3 374
314
314
...
Beira Litoral
Beira Interior
28 10 669
...
...
...
176
18 585
22
2 880
28
1 461
...
79
4 783
12
994
15
3 079
15
4 570
Alentejo
12
6 656
...
...
...
5 789
Algarve
15
1 532
...
...
389
429
310
Ribatejo e Oeste
13
Horticultura
N OP
rea (ha)
Volume
de Produo (t)
VPC (euros)
Ribatejo e Oeste
30
974 560
14 282
91 747 554
Alentejo
146 538
2 092
11 941 905
2 824
156
1 291 690
Algarve
24
2 009
1 234 690
Beira Litoral
1 370
60
857 500
TOTAL
39
1 125 316
18 599
Fonte: GPPAA
Na regio do Alentejo, das seis OP que comercializaram produtos hortcolas, quatro dedicaramse em exclusivo comercializao de tomate para indstria e para as restantes duas, este
produto contribuiu com 94 e 98% para o valor total de produo escoada. Analisando o
conjunto de todos os produtos hortcolas comercializados pelas organizaes de produtores
desta regio, observa-se que o tomate para indstria correspondeu a 99,5% do valor total da
produo comercializada, sendo de referir, apesar da sua fraca expresso, o pimento e o
brcolo que representaram, respectivamente, 0,52% e 0,02%.
Em Entre Douro e Minho, na Beira Litoral e no Algarve a comercializao de hortcolas atravs
de organizaes pouco significativa.
Na primeira regio, apenas uma OP comercializou produtos hortcolas, destacando-se, a alface e
as couves, com, respectivamente, 42% e 13% do valor total da produo comercializada.
Na segunda, apenas uma OP comercializou produtos hortcolas, sendo os produtos que mais
contriburam para o total da receita, as couves, a alface e o alho francs, respectivamente com
41%, 25% e 12%.
No Algarve tambm s uma OP comercializou produtos hortcolas, destacando-se o tomate com
um peso de 70% do valor total, e o feijo verde, pepino e pimento, respectivamente com 12%,
8% e 7%.
Indstria de Transformao de Produtos Hortcolas
Dos sete subsectores da indstria de conservao de frutos e produtos hortcolas, cuja
caracterizao apresentada no ponto 1.3 do diagnstico, os mais representativos no
aprovisionamento de hortcolas frescos para transformao so claramente o da preparao e
conservao de frutos e produtos hortcolas por processos no especificados, onde se inclui a
indstria de concentrado de tomate (CAE 15335), o da congelao de frutos e produtos
hortcolas (CAE 15331), o da preparao e conservao de batatas (CAE 15310) e o da secagem
e desidratao de frutos e produtos hortcolas (CAE 15332).
Destes subsectores destaca-se claramente o da indstria do tomate. As preparaes e
conservas de tomate, includas na CAE 15335, representam cerca de 75% do volume total da
produo deste subsector, sendo o concentrado de tomate o principal produto produzido, o qual
tem sobretudo como destino o mercado externo. O aprovisionamento deste tomate na
totalidade assegurado por Organizaes de Produtores constituindo assim, por fora da
regulamentao vigente, um caso nico a nvel da organizao da produo agrcola de base.
Na campanha de 2004/2005 (INGA) a capacidade instalada nesta indstria era de 1,5 milhes
de toneladas, distribudas por 11 empresas, 9 das quais localizadas no Ribatejo e Oeste com
85,5% da capacidade total e as duas restantes no Alentejo. De realar que o limiar nacional
para efeitos de ajuda no mbito da OCM estava fixado em 1,05 milhes de toneladas, tendo
sido recepcionada nas fbricas na campanha de 2004/2005 matria-prima num total de 1,01
milhes de toneladas.
14
Horticultura
O nmero de produtores que aprovisionam esta indstria tem vindo a decrescer de forma
sustentada e muito significativa, tendo passado de 5 850 na campanha de 1996/97 para 817 na
campanha de 2004/2005 (Fonte: INGA).
A reduo do nmero de produtores verificada neste perodo traduziu-se numa evoluo
positiva dos seguintes indicadores:
- a rea e a produo mdias por agricultor passaram de 2,8 hectares e 150 toneladas para
respectivamente 17,2 hectares e 1 435 toneladas;
- o nmero de organizaes de produtores decresceu de 46 para 28 e os respectivos valores de
produo comercializada aumentaram de 19,8 toneladas para 41,9 toneladas; a produtividade
mdia cresceu de 54,2 t/ha para 72,1 t/ha.
Ainda no mbito da preparao e conservao de hortcolas por processos no especificados, a
produo de conservas em recipientes hermeticamente fechados (appertizados) tem vindo a
perder importncia relativa, sendo o pimento, a couve flor, a cenoura e o pepino, as principais
matrias primas laboradas pelas seis unidades industriais em actividade.
O tomate tambm utilizado como matria-prima na indstria de secagem e desidratao de
frutos e produtos hortcolas (CAE 15332). Esta actividade muito especializada e est orientada
para o fabrico de tomate em p e pimento. O tomate em p produzido por uma nica
unidade com forte vocao exportadora e o pimento, com forte tradio de fabrico em
pequenas unidades, perdeu expresso, estando a actividade restringida a duas unidades que
realizaram investimentos recentes.
Na indstria de congelao de frutos e produtos hortcolas (CAE 15331) verificou-se, nos
ltimos anos, um incremento na produo de hortcolas congelados para o mercado externo.
Das 11 unidades em laborao em 2004, destacam-se quatro com maior dimenso, das quais
trs esto ligadas a grupos estrangeiros fortes. A capacidade instalada dominante no Ribatejo
e Oeste, mas est tambm implantada na regio da Beira Litoral e no Alentejo.
Para o ano de 2006 foram apuradas as seguintes reas e produes contratadas com
produtores nacionais pela indstria de congelao de hortcolas:
Quadro 13 - Produtos hortcolas contratados pelas unidades de ultra congelao
C u ltu r a s
B r c o lo
P im e n to
E r v ilh a
C o u r g e tte
B e r in g e la
Fava
F e ij o v e r d e
C o u v e flo r
C e b o la
Q u a n tid a d e s
( t)
20
30
10
9
6
1
000
000
000
300
000
500
600
600
400
S u p e r fc ie
(h a)
2 000
800
1 550
200
75
330
70
30
10
F o n te : E m p r e s a s
15
Horticultura
interno absorve actualmente cerca de 90% desta produo, tendo-se verificado um decrscimo
significativo das vendas para a UE, que passaram de 21% em 2000 para 5% em 2004.
A inexistncia de unidades de transformao de hortcolas em zonas com grande aptido para a
horticultura, constitui um forte estrangulamento ao desenvolvimento da produo de hortcolas.
desejvel o desenvolvimento de planos de investimento integrados e de contratos-programa,
em que a iniciativa de empresas industriais, com bons nveis de qualificao e inovao e com
boa insero em mercados internacionais, seja determinante e motora do incremento da
produo hortcola, designadamente no desenvolvimento de novas formas de processamento e
apresentao dos produtos. o caso por exemplo das hortcolas prontas a consumir,
conservadas em atmosfera modificada e refrigerada, em embalagens hermeticamente fechadas,
cuja procura est em crescimento e que tem sido objecto de investimentos recentes.
3. PRODUO
CULTURAS
HORTCOLA.
CARACTERIZAO
DAS
PRINCIPAIS
rea e Produo
No Quadro 14, esto indicados os pesos de algumas espcies hortcolas na produo total de
hortcolas em Portugal.
O tomate fresco, o repolho, a alface, o lombardo, a cenoura e o pimento tm pesos de 15%,
10%, 9%, 9%, 8% e 8%, respectivamente, na produo total de produtos hortcolas, quando
do seu conjunto se exclui a batata e o tomate para indstria.
Quadro 14 - Produo de Hortcolas
Unidade: t
Portugal
Alface
Couve flor
Couve brcolo
Couve repolho
Couve lombardo
Couve tronchuda
Grelos
Pimento
Tomate fresco
Fava
Feijo verde
Cebola
Cenoura
Outras hortcolas
Batata
Tomate para indstria
Total hortcolas
2001
2002
2003
53
13
23
52
45
16
11
43
80
5
17
31
47
104
639
911
57
18
34
62
56
19
12
50
87
8
15
36
54
123
727
867
57
18
34
65
59
20
13
47
98
6
14
38
54
128
670
894
887
577
916
174
639
218
028
596
972
028
373
846
426
931
546
535
162
025
827
762
364
625
788
371
267
371
591
845
039
556
202
416
287
400
927
443
093
599
428
637
656
794
241
593
039
365
251
181
Mdia
2001-2003
56
16
31
60
53
18
12
47
88
6
15
35
51
118
679
891
Peso no total
Peso no total
excluindo a batata incluindo a batata e
o tomate para
e o tomate para
indstria (%)
indstria (%)
112
667
223
126
699
814
415
201
965
731
735
761
835
951
000
044
9,1
2,7
5,1
9,8
8,7
3,1
2,0
7,7
14,5
1,1
2,6
5,8
8,4
19,4
2,6
0,8
1,4
2,8
2,5
0,9
0,6
2,2
4,1
0,3
0,7
1,6
2,4
5,4
31,1
40,8
2 184 279
100
100
Fonte: INE
16
Horticultura
O volume de produo
2 221 934 mil toneladas.
de
culturas
hortcolas
em
Portugal,
alcanou
em
20034,
Quadro 15 - Evoluo da rea e produo de hortcolas, por regio agrria, entre 1997
e 2002
Regio
1997
%C
Area
E. Douro e Minho Rend.
Prod.
2 288
18 562
42 469
10
Area
Rend.
Prod.
458
18 164
8 319
Area
Rend.
Prod.
2 191
17 652
38 675
175
15 486
2 710
Beira Interior
Area
Rend.
Prod.
14 389
21 472
308 963
60
Ribatejo e Oeste
Area
Rend.
Prod.
2 590
17 222
44 605
11
Alentejo
Area
Rend.
Prod.
Area
Rend.
Prod.
1 896
26 504
50 251
Trs-os-Montes
Beira Litoral
Algarve
62
10
Area
23 987 100
Rend.
20 678
Prod.
495 992 100
Rend. - Kg/ha; Prod. - t
CONTINENTE
1998
%C
2 400
19 450
46 679
10
480
19 050
9 144
2 298
18 498
42 509
184
16 190
2 979
15 093
22 500
339 593
60
2 716
18 051
49 027
11
1 989
27 769
55 233
62
10
25 160 100
21 668
545 164 100
1999
%C
2 494
19 848
49 500
10
499
19 431
9 696
2 388
18 877
45 078
191
16 539
3 159
15 682
22 964
360 116
60
2 822
18 423
51 990
11
2 066
28 350
58 571
62
10
26 142 100
22 114
578 110 100
2000
%C
2 689
19 889
53 481
10
538
19 472
10 476
2 575
18 914
48 703
206
16 568
3 413
16 909
23 010
389 076
60
3 043
18 459
56 171
11
2 228
28 403
63 281
62
10
28 188 100
22 158
624 601 100
2001
%C
2 739
19 783
54 185
564
19 775
11 153
2 300
19 653
45 203
217
16 724
3 629
17 044
22 533
384 046
59
3 846
18 897
72 677
13
2 318
27 875
64 614
60
11
10
29 028 100
21 893
635 507 100
2002
%C
3 178
22 915
72 819
10
670
21 453
14 364
2 722
19 859
54 062
241
17 860
4 309
17 760
24 616
437 167
56
4 802
19 826
95 210
15
2 303
27 522
63 380
10
59
13
31 676 100
23 403
741 312 100
Mdia
%C
1998/02
2 700
10
20 494
55 333
9
550
19 935
10 967
2 457
19 177
47 111
208
16 828
3 498
16 498
23 155
382 000
59
3 446
18 868
65 015
12
2 181
27 979
61 016
61
10
8
10
28 039 100
22 288
624 939 100
Area - ha;
Fonte: INE
Inclui: alface, couve flor, couve brcolo, couve repolho, lombardo, couve tronchuda, grelos, melo, melancia, morango, pimento, tomate fresco, fava,
feijo verde, cebola, cenoura e outras hortcolas
Como se pode observar no Quadro 15, o Ribatejo e Oeste a principal regio de produo de
produtos hortcolas, com um peso de 60% no volume total do Continente. Seguem-se-lhe, por
ordem de importncia, o Algarve e o Alentejo, com 10% cada, Entre Douro e Minho com 9% e a
Beira Litoral com 8% (mdia do quinqunio 1998/02).
O Ribatejo e Oeste concentra cerca de trs quartos da produo de couves, embora estas
culturas tenham alguma importncia em Entre Douro e Minho, nomeadamente, a couve repolho
e a couve penca, com 30% e 12% da produo, respectivamente. A Beira Litoral a principal
regio produtora de grelos, concentrando 65% da produo total do Continente.
igualmente no Ribatejo e Oeste, que se concentra a maioria dos horticultores, com cerca de
35% do total, seguindo-se as regies do Algarve, da Beira Litoral e Entre Douro e Minho com,
respectivamente, 17%, 16% e 15% do nmero total de horticultores (IH 2000).
Comrcio Internacional Portugus
A balana comercial portuguesa relativa ao total dos produtos hortcolas deficitria. Tomando
como referncia o quinqunio 2000-04, o valor das entradas rondou os 125,8 milhes de euros
e o das vendas 44,3 milhes de euros (Quadro 16).
17
Horticultura
2 0 0 1
2 0 0 2
2 0 0 3
2 0 0 4
MDIA (2000/04)
PRODUTO
ENTRADAS
TOTAL
HORTCOLAS
SADAS
ENTRADAS
SADAS
ENTRADAS
SADAS
ENTRADAS
SADAS
ENTRADAS
SADAS
ENTRADAS
SADAS
97 692 888 31 191 525 134 346 766 38 562 773 130 874 769 50 435 060 134 096 564 44 345 096 131 892 062 57 133 752 125 780 610 44 333 641
Fonte: INE
Em igual perodo, as nossas aquisies de produtos hortcolas eram de cerca de 426 mil
toneladas e as vendas situaram-se em 90 mil toneladas, como se pode observar no
(Quadro 17).
Quadro 17 - Evoluo do Comrcio Internacional Portugus de produtos hortcolas,
em volume, no perodo de 2000 a 2004
Unidade: t
2 0 0 0
2 0 0 1
2 0 0 2
2 0 0 3
2 0 0 4
MDIA (2000/04)
PRODUTO
TOTAL
HORTCOLAS
ENTRADAS
SADAS
ENTRADAS
SADAS
ENTRADAS
SADAS
ENTRADAS
SADAS
ENTRADAS
SADAS
380 669
46 944
491 360
42 313
424 408
102 245
406 782
88 183
424 689
170 666
ENTRADAS SADAS
425 582
90 070
Fonte: INE
O principal pas fornecedor do mercado nacional a Espanha, contribuindo, em 2004, com 50%
do valor total das entradas (Grfico 1). Segue-se-lhe a Frana (22%), os Pases Baixos (12%) e
a Alemanha (10%).
Grfico 1 - Origem das entradas de hortcolas em 2004
Outros
2%
Pases Baixos
12%
Frana
22%
Alemanha
10%
Blgica
2%
Dinamarca
2%
Espanha
50%
Fonte: INE
No que respeita s sadas, o Reino Unido o principal destino dos hortcolas nacionais, com um
peso de 45% do valor total das vendas, seguindo-se a Espanha com 26% e a Frana com 13%.
Os Pases Baixos, a Blgica e a Alemanha representam, em conjunto, 13% do valor das sadas
(Grfico 2).
18
Horticultura
Outros
3%
Alemanha
4%
Blgica
4%
Espanha
26%
Reino Unido
45%
Pases Baixos
5%
Frana
13%
Fonte: INE
Pimento
7%
Alho
5%
Batata
Conservao
26%
Outros
15%
Batata Semente
13%
Tomate
13%
Feijo Verde
7%
Cebola
7%
Cenoura / Nabo
7%
Fonte: INE
Como se pode observar pelo Grfico 4, os produtos hortcolas mais vendidos ao exterior foram,
naquele ano, a batata de conservao, o tomate, a alface e as couves, representando 22%,
15%, 12% e 10% do valor total das sadas.
19
Horticultura
Batata
Conservao
22%
Outros
22%
Pimento
5%
Cenoura / Nabo
8%
Tomate
15%
Couves
10%
Alface
12%
Cogumelos /
Trufas
6%
Fonte: INE
Balano de Aprovisionamento
Em Portugal, nos ltimos vinte anos, o consumo de produtos hortcolas teve grandes oscilaes;
um aumento moderado at meados da dcada de 90, um crescimento acentuado nos anos de
1995 a 1999 e um decrscimo a partir de 2000 (Quadro 18). Em 2002/2003 o consumo de
hortcolas era de 1 088 mil toneladas (105 kg/habitante/ano).
Quadro 18 - Balano de Aprovisionamento dos produtos hortcolas: campanhas de
1983/84 a 2002/03
Unidade: 103 t
Campanhas
(a)
1983/84
1984/85
1985/86
1986/87
1987/88
1988/89
1989/90
1990/91
1991/92
1992/93
1993/94
1994/95
1995/96
1996/97
1997/98
1998/99
1999/00
2000/01
2001/02
2002/03 (b)
Produo
Utilizvel
(c)
1 482
1 683
1 728
1 650
1 569
1 493
1 657
1 940
1 811
1 385
1 481
1 892
2 507
2 722
2 397
2 432
1 854
1 733
1 838
1 859
Comrcio
Internacional
Entradas
9
4
7
7
32
45
75
60
86
77
137
148
185
175
248
243
262
308
311
339
Utilizao Interna
Recursos
Disponveis
Variao de
Existncias
Sadas
570
556
508
636
558
506
647
485
699
671
549
759
844
750
830
802
866
874
967
997
921
131
196
021
059
032
085
515
198
791
1 069
1 281
1 848
2 147
1 815
1 873
1 250
1 167
1 182
1 201
1
1
1
1
1
1
1
1
- 80
90
166
- 110
- 141
- 135
- 129
256
- 40
- 420
- 175
- 51
62
188
- 60
- 32
- 38
- 18
- 20
- 12
Total
1 001
1 041
1 061
1 131
1 184
1 167
1 215
1 259
1 238
1 211
1 244
1 332
1 786
1 959
1 875
1 905
1 128
1 185
1 202
1 213
Perdas
85
90
90
95
105
100
100
105
105
60
70
105
160
186
145
182
184
117
118
120
Consumo
907
942
963
1 029
1 073
1 062
1 110
1 149
1 128
1 146
1 169
1 222
1 621
1 768
1 725
1 718
1 099
1 063
1 079
1 088
Capitao
(kg)
Grau de AutoAprovisionamento
(%)
92
95
97
104
108
107
112
116
115
116
118
123
163
178
173
172
108
104
104
105
148
162
163
146
133
128
136
154
146
114
119
142
140
139
128
128
144
146
153
153
Nota: Os dados referentes s campanhas de 1996/97 a 1998/99 foram rectificados devido reviso de srie, merc do RGA 99
e ao inqurito Horticultura de 2000
(a) Perodo de referncia: Julho do ano n a Junho do ano n+1
(b) Dados provisrios
(c) Dados estimados
Fonte: INE
20
Horticultura
Produto
Agrio
Alface frisada de ar livre
Alface frisada de estufa
Alho francs
Batata conservao branca
Batata conservao branca
Batata conservao vermelha
Batata conservao vermelha
Batata primor branca
Batata primor vermelha
Batata doce
Cebola conservao
Cebola tempor
Cenoura
Couve brcolo
Couve flor
Couve lombardo
Couve penca
Ervilha de gro
Fava
Feijo verde riscadinho
Feijo verde direito estufa
Feijo verde direito estufa
Pepino de estufa
Pimento verde de estufa
Tomate sulcado de estufa
Tomate sulcado de estufa
rea de mercado
Eira Pedrinha
Gndaras
Oeste
P. Varzim/Esposende
Chaves
Viseu
Chaves
Viseu
Salvaterra de Magos
Salvaterra de Magos
Aljezur
P. Varzim/Esposende
P. Varzim/Esposende
Montijo
Oeste
Oeste
Oeste
P. Varzim/Esposende
Algarve
Algarve
P. Varzim/Esposende
Algarve
Oeste
Algarve
Algarve
Oeste
Algarve
2003
2004
2005
0,30
0,44
0,56
0,61
0,16
0,22
0,16
0,22
0,25
0,25
0,29
0,27
0,23
0,54
0,48
0,22
0,54
1,83
0,86
1,41
1,79
1,40
0,58
0,83
0,54
0,59
0,29
0,47
0,53
0,41
0,21
0,17
0,20
0,17
0,22
0,26
0,93
0,38
0,33
0,18
0,65
0,55
0,21
0,26
1,61
0,76
1,09
1,54
1,40
0,42
0,91
0,43
0,50
0,30
0,53
0,56
0,42
0,17
0,12
0,13
0,12
0,18
0,92
0,21
0,18
0,16
0,60
0,59
0,29
0,24
1,81
1,21
1,46
1,53
1,22
0,99
0,71
0,55
0,63
Fonte: SIMA
3.1.
Alface
rea e Produo
A alface uma das principais culturas hortcolas do nosso pas, quer pelo elevado valor
comercial, quer pela diversidade de variedades que possibilitam a sua produo nos mais
variados climas. Pelo facto de ser predominantemente efectuada ao ar livre, as condies
climatricas adversas originam frequentes alteraes de rea e de produo. Esta situao tem
levado substituio da alface produzida ao ar livre, pela produzida em estufa.
21
Horticultura
Em 2003, a produo foi de 57 287 toneladas (Quadro 14), para uma rea cultivada de 2 541
hectares. Regionalmente, a produo de alface est concentrada no Ribatejo e Oeste, com cerca
de 55% do total da produo do Continente (Quadro 20), seguindo-se Entre Douro e Minho com
20% e a Beira Litoral com 17% (mdia do quinqunio 1998/02).
Cerca de 29% das exploraes que produzem alface esto localizadas no Ribatejo e Oeste,
detendo o Entre Douro e Minho, a Beira Litoral e o Alentejo, em conjunto, 56% do total de
exploraes do Continente (IH 2000).
Quadro 20 - Evoluo da rea e produo de alface, por regio agrria, entre 1997 e
2002
Regio
1997
%C
Area
E. Douro e Minho Rend.
Prod.
252
20 571
5 184
20
16
20 875
334
Trs-os-Montes
Area
Rend.
Prod.
Area
Rend.
Prod.
206
25 665
5 287
16
Beira Litoral
8
15 125
121
Beira Interior
Area
Rend.
Prod.
715
22 632
16 182
56
Ribatejo e Oeste
Area
Rend.
Prod.
48
19 542
938
Alentejo
Area
Rend.
Prod.
Area
Rend.
Prod.
35
20 400
714
1 280
22 469
28 760
Prod. - t
100
Algarve
Area
Rend.
Prod.
Rend. - Kg/ha;
CONTINENTE
Area - ha;
Fonte: INE
18
18
56
100
1998
%C
360
20 000
7 200
20
23
20 174
464
294
24 973
7 342
16
11
15 273
168
18
18
1 021
22 013
22 475
56
68
19 147
1 302
50
19 840
992
1 827
21 863
39 943
100
56
100
1999
%C
360
20 000
7 200
20
23
20 174
464
294
24 973
7 342
16
11
15 273
168
18
18
1 021
22 013
22 475
56
68
19 147
1 302
50
19 840
992
1 827
21 863
39 943
100
56
100
2000
%C
450
20 000
9 000
20
29
20 000
580
367
25 008
9 178
16
14
15 000
210
18
18
1 277
22 000
28 094
56
85
19 153
1 628
62
20 000
1 240
2 284
21 861
49 930
100
56
100
2001
%C
450
20 000
9 000
19
37
18 162
672
294
24 973
7 342
12
14
15 000
210
17
14
1 469
21 993
32 308
61
92
20 837
1 917
62
20 000
1 240
2 418
21 790
52 689
100
61
100
2002
%C
650
23 350
15 178
26
73
24 493
1 788
327
25 177
8 233
13
16
14 688
235
27
15
1 195
21 670
25 896
48
110
21 000
2 310
110
20 000
2 200
2 481
22 507
55 840
100
46
100
Mdia
%C
1998/02
454
21
20 959
9 516
20
37
21 449
794
315
25 023
7 887
15
13
15 015
198
1 197
21 937
26 250
55
85
19 998
1 692
67
19 952
1 333
2 167
21 994
47 669
100
17
55
100
22
Horticultura
Continente/Pas
2003
Peso
%
Produo (t)
2004
Peso
%
2003
Peso
%
2004
Peso
%
Mundo
938 540
100
1 020 842
100
21 233 395
100
22 001 381
Europa
UE (25)
146 434
16
143 725
14
3 305 934
16
3 333 728
15
135 906
13
3 227 623
15
UE (15)
137 691
Portugal
4 400
Alemanha
9 400
8 300
202 000
220 000
Espanha
37 705
37 500
1 044 762
967 100
Frana
17 444
17 237
460 524
462 917
Itlia
47 472
49 162
913 942
986 734
15 429
15 194
272 386
265 426
607 355
65
689 365
68
12 174 575
57
12 690 739
58
420 250
45
500 250
49
10 005 000
47
10 505 000
48
6 994
6 791
190 304
204 786
120 000
13
120 000
12
790 000
790 000
22 100
22 000
548 600
508 700
frica
sia
China
Coreia do Sul
ndia
Japo
Turquia
Amrica do Norte e Central
EUA
15
3 196 713
4 400
100
15
95 000
95 000
1
17 900
19 000
340 000
362 000
146 587
16
150 152
15
5 133 500
24
5 358 685
24
128 050
14
131 280
13
4 754 890
22
4 976 880
23
11 290
11 290
243 406
243 406
15 241
14 925
193 800
193 705
7 494
7 481
153 200
159 098
Mxico
Amrica do Sul
Oceania
Fonte: FAO
Nota: Os dados da FAO relativos a Portugal no coincidem com os dados estatsticos nacionais.
Escoamento da Produo
As principais formas de escoamento da alface, de acordo com o Inqurito Horticultura 2000,
so:
Centrais de comercializao (26%)
Venda aos retalhistas (26%)
Venda directa ao consumidor (22%)
Venda directa ao sector da distribuio (11%)
Agrupamentos de Agricultores (3%)
Indstria (1%)
No Continente, em 2004, existiam 7 Organizaes de Produtores a comercializar alface, tendo
apurado nesse ano um Valor da Produo Comercializada (VPC) de 1,3 milhes de euros,
correspondendo comercializao de 1 494 toneladas, o que representa apenas cerca de 3% da
produo de alface do Continente no quinqunio 1998/02 (Quadro 20 e Quadro 22). na regio
do Ribatejo e Oeste que existe o maior nmero de OP, no entanto, a nica OP existente em
Entre Douro e Minho, concentrou 53% da oferta do Continente e gerou 43% do total do VPC do
Continente. Nesta regio, a OP comercializou aproximadamente 8% da produo mdia de
alface da regio no quinqunio 1998/02.
23
Horticultura
rea (ha)
Volume
de Produo (t)
Regio
N OP
Beira Litoral
39
244
214 068
41
44
792
538 593
Ribatejo e Oeste
22
33
458
503 957
TOTAL
102
1 494
1 256 618
85
VPC (EUR)
Fonte: GPPAA
2 0 0 0
2 0 0 1
2 0 0 2
2 0 0 3
2 0 0 4
MDIA (2000/04)
PRODUTO
ALFACE
ENTRADAS
SADAS
ENTRADAS
SADAS
ENTRADAS
SADAS
ENTRADAS
SADAS
ENTRADAS
SADAS
ENTRADAS
SADAS
2 587 638
254 695
4 237 862
249 629
3 270 927
4 766 188
2 228 320
5 870 938
1 838 797
6 612 304
2 832 709
3 550 751
Fonte: INE
O Reino Unido, com 70%, e a Frana, com 17% do valor das vendas, foram os principais
compradores da produo nacional (Quadro 24). Os valores unitrios do produto sado
significativamente superior no destinado aos Pases Baixos e ao Reino Unido do que nas
restantes transaces. Aproximadamente 63% do volume foi transaccionado em Maro, Abril e
Maio.
Quadro 24 - Comrcio Internacional Portugus de Alface, por Pas, em 2004
ENTRADAS
O R IG E M
S A D A S
1000 Kg
EUR
D E S T IN O
1000 Kg
EUR
A LEM A N H A
75
6 2 1 5 4 ES PA N H A
1 250
815 977
B LG IC A
11
8 7 5 5 F R AN A
1 845
1 128 812
41 024
1 435
4 623 337
3 154
4 539
6 612 304
ES PA N H A
985
FRANA
93
PA S ES B A IX O S
10
TOTAL
1 174
1 6 4 3 5 3 2 PA S ES B A IX O S
1 1 6 6 9 0 R EIN O U N ID O
7 6 6 6 O U TR O S
1 838 797 TO TAL
3.2.
Alho Francs
rea e Produo
O Ribatejo e Oeste e o Entre Douro e Minho, so as principais regies de produo de alho
francs. uma cultura produzida maioritariamente ao ar livre. A continuao do aumento da
procura, a verificar-se, constituir um incentivo para o aumento da rea de cultivo,
nomeadamente, na regio de Entre Douro e Minho.
24
Horticultura
2 0 0 0
2 0 0 1
2 0 0 2
2 0 0 3
2 0 0 4
MDIA (2000/04)
PRODUTO
ALHO FRANCS
ENTRADAS
SADAS
ENTRADAS
SADAS
ENTRADAS
SADAS
ENTRADAS
SADAS
ENTRADAS
SADAS
ENTRADAS
SADAS
485 046
431 734
869 780
586 791
731 892
813 600
852 956
679 146
551 928
1 358 489
698 320
773 952
Fonte: INE
Os principais compradores de alho francs nacional foram, em 2004, a Frana e o Reino Unido
(Quadro 26). Maio e Junho foram os meses onde ocorreu o maior volume de transaces, quase
80% das quantidades totais vendidas ao exterior neste ano. Neste produto destacam-se os
valores mdios unitrios mais elevados das vendas para o Reino Unido e das aquisies a
Espanha.
Quadro 26 - Comrcio Internacional Portugus de Alho Francs, por Pas, em 2004
ENTRADAS
O RIG EM
SA D A S
1000 Kg
EUR
D ESTIN O
B LG IC A
114
E S PA N H A
255
FRANA
430
2 6 1 1 5 7 R E IN O U N ID O
O UTRO S
TOTAL
802
4 2 5 1 3 E S PA N H A
1 9 4 9 O U TR O S
551 928 TO TAL
1000 Kg
EUR
294
191 788
1 389
441 571
551
721 500
3 630
2 238
1 358 489
FO N T E : IN E (dados provisrios)
3.3.
Alho Seco
rea e Produo
Existe alguma produo nacional, embora pequena, na rea de mercado da Pvoa de VarzimEsposende (cerca de 6 ha). A evoluo dos ltimos anos aponta para o progressivo abandono
da cultura. A forte concorrncia de alho seco mais barato, proveniente de Espanha, levou
perda de importncia da produo nacional de alho seco.
De acordo com os dados da FAO, a produo mundial de alho seco para o ano de 2004
estimava-se em 14,1 milhes de toneladas, distribudas por uma superfcie de 1,1 milhes de
hectares (Quadro 27). A China o maior produtor do mundo, com um volume anual de 10,6
milhes de toneladas, o que representa trs quartos da produo mundial. Seguem-se-lhe a
Europa com apenas 5% e a ndia com um peso de 4%.
As produtividades obtidas pelo maior produtor asitico, a China, destacam-se por serem
bastantes mais elevadas que nos restantes.
25
Horticultura
Continente/Pas
Peso
%
2003
Mundo
Produo (t)
Peso
%
2004
Peso
%
2003
1 132 037
100
1 122 324
100
13 619 221
100
Europa
UE (25)
118 486
10
112 061
10
716 572
35 994
UE (15)
31 155
251 442
Portugal
250
Espanha
21 683
23 700
Federao Russa
30 110
Romnia
14 800
Ucrnia
20 600
frica
170 161
30 610
8 747
19 600
35 395
9 509
14 087 991
100
756 498
267 782
1 400
2
Egipto
sia
250
Peso
%
2004
1 400
1
168 300
219 570
236 170
76 523
65 884
103 200
130 700
33 034
377 731
361 518
8 349
207 757
187 833
908 436
80
915 578
82
11 781 778
87
12 304 193
87
632 350
56
637 250
57
10 078 351
74
10 593 366
75
8 500
8 500
90 000
90 000
33 140
30 237
378 846
357 824
120 000
11
120 000
11
500 000
500 000
Myanmar (Birmnia)
21 209
22 000
120 333
121 000
Tailndia
15 516
Turquia
China
Coreia do Norte
Coreia do Sul
ndia
16 800
95 909
107 000
19 000
17 000
125 000
109 000
25 574
23 634
375 301
348 090
Amrica do Sul
43 866
37 717
366 359
316 192
Oceania
280
300
1 480
1 500
Fonte: FAO
2 0 0 0
2 0 0 1
2 0 0 2
2 0 0 3
2 0 0 4
MDIA (2000/04)
PRODUTO
ALHO SECO
ENTRADAS
SADAS
ENTRADAS
SADAS
ENTRADAS
SADAS
ENTRADAS
SADAS
ENTRADAS
SADAS
ENTRADAS
SADAS
5 325 298
71 454
7 762 672
47 604
9 525 241
98 677
8 134 337
29 405
6 954 971
22 659
7 540 504
53 960
Fonte: INE
1000 Kg
A LE M A N H A
C H IN A
ES PA N H A
SADAS
EUR
1 1 0 4 ,4
1 9 ,2
5 6 5 8 ,0
D ES T IN O
1 7 7 1 5 5 3 A N G O LA
15 233 CABO VERD E
5 066 171 ES PA N H A
1000 Kg
EUR
1 ,2
1 849
5 ,9
6 802
1 3 ,8
9 627
FRANA
4 4 ,2
4 9 8 1 4 S .T O M P R IN C .
2 ,7
3 584
P A S E S B A IX O S
1 9 ,1
14 231 O UTR O S
0 ,3
797
T U R Q U IA
2 3 ,0
19 348
O U TR O S
1 3 ,3
18 621
TOTAL
6 8 8 1 ,4
2 3 ,8
22 659
6 954 971 TO TA L
F O N T E : IN E (d a d os p ro visrios)
26
Horticultura
(Quadro 29). O alho seco o oitavo produto, com 5% de peso, mais adquirido ao exterior,
quando comparamos com a restante composio das entradas totais de hortcolas em Portugal.
3.4.
Couves
rea e Produo
Nos ltimos anos, tem-se verificado um aumento quer da superfcie, quer da produo de
couves. Em 2003 produziram-se 198 mil toneladas de couves em Portugal (Quadro 14), o maior
valor desde 1997 e a rea cultivada situou-se nos 9 000 hectares.
Quadro 30 - Evoluo da rea e produo de couves, por regio agrria, entre 1997 e
2002
Regio
1997
%C
Area
E. Douro e Minho Rend.
Prod.
626
15 962
9 992
11
128
26 945
3 449
Trs-os-Montes
Area
Rend.
Prod.
376
21 686
8 154
Beira Litoral
Area
Rend.
Prod.
34
20 824
708
Beira Interior
Area
Rend.
Prod.
4 199
20 593
86 472
74
Ribatejo e Oeste
Area
Rend.
Prod.
166
15 084
2 504
Alentejo
Area
Rend.
Prod.
Area
Rend.
Prod.
110
21 482
2 363
1998
%C
10
138
26 630
3 675
453
21 501
9 740
39
20 359
794
5 179
20 735
107 387
76
205
15 600
3 198
135
20 859
2 816
Area
5 639 100
6 303 100
6 833
CONTINENTE Rend.
20 153
20 224
20 288
Prod.
113 642 100
127 469 100
138 630
Area - ha; Rend. - Kg/ha; Prod. - t
Inclui: Couve flor, couve repolho, lombardo, brcolo e couve tronchuda
Fonte: INE
100
Algarve
76
10
134
26 455
3 545
418
21 483
8 980
36
20 694
745
4 746
20 702
98 252
75
187
15 636
2 924
124
20 823
2 582
%C
684
16 111
11 020
658
15 868
10 441
1999
77
77
100
2000
%C
791
16 311
12 902
10
158
26 703
4 219
499
21 471
10 714
45
20 267
912
5 760
20 654
118 968
75
225
15 724
3 538
162
20 679
3 350
7 640
20 236
154 603
100
77
100
2001
%C
817
16 755
13 689
11
164
25 384
4 163
483
20 135
9 725
59
18 305
1 080
5 704
19 508
111 273
74
314
15 261
4 792
162
20 679
3 350
7 703
19 223
148 072
100
75
100
2002
%C
876
18 414
16 138
10
176
27 170
4 782
551
23 134
12 747
67
20 701
1 387
6 177
22 918
141 563
73
440
16 780
7 383
166
20 591
3 420
8 454
22 171
187 420
100
76
100
Mdia
%C
1998/02
765
10
16 775
12 838
8
154
26 473
4 077
481
21 592
10 381
49
19 992
984
5 513
20 948
115 489
75
274
15 926
4 367
150
20 716
3 104
76
7 387 100
20 475
151 239 100
De acordo com os dados da FAO, a produo mundial de couves para o ano de 2004 estimavase em 68,2 milhes de toneladas, distribudas por uma superfcie de 3,2 milhes de hectares.
Mais de 70% da produo mundial concentra-se no continente asitico, cabendo a liderana
China com 32,6 milhes de toneladas, o que representa 48% da produo mundial. A Europa
tem uma representatividade na produo mundial de 19%, destacando-se a Federao Russa,
com produes superiores a 4 milhes de toneladas (Quadro 31). A produtividade mdia na
sia, nomeadamente na China, cerca de metade da que se atinge na Polnia e na Alemanha, ou
seja mais de 40 toneladas por hectare.
Na sia produz-se aproximadamente 80% da couve flor, a nvel mundial, sendo a China e a
ndia os maiores produtores. A Europa tem um peso de 14%, sendo praticamente os 25 Estados
Membros, os responsveis pela produo desta hortcola (Quadro 32). Neste produto, a
produtividade obtida na Europa e a obtida na sia semelhante, cerca de 18 toneladas por
hectare.
27
Horticultura
Continente/Pas
Mundo
Peso
%
2003
Produo (t)
Peso
%
2004
2003
Peso
%
2004
Peso
%
3 127 891
100
Europa
UE (25)
535 767
17
UE (15)
95 692
Portugal
10 178
Alemanha
16 000
23 800
757 000
972 510
Bielorssia
27 000
26 000
845 000
850 000
Federao Russa
3 156 672
100
65 776 148
100
68 219 989
100
521 329
17
13 226 353
20
13 182 198
19
153 192
4 938 148
2 736 140
8 000
211 890
140 000
177 040
169 500
4 442 210
4 067 680
Polnia
31 815
32 313
1 236 670
1 370 957
Romnia
42 200
42 101
1 019 234
919 101
1
2
Ucrnia
frica
Egipto
Qunia
sia
China
Coreia do Sul
ndia
Indonsia
Japo
Turquia
Amrica do Norte e Central
EUA
Amrica do Sul
Oceania
78 100
74 700
1 541 000
1 559 300
112 362
99 177
1 984 753
1 769 379
22 541
18 790
624 346
541 915
44 701
35 000
708 972
550 000
2 310 068
74
2 359 944
75
47 211 122
72
49 663 912
73
1 624 310
52
1 669 350
53
30 584 911
46
32 591 000
48
5
53 087
49 837
2 959 855
3 139 407
280 000
280 000
5 800 000
6 000 000
64 520
68 029
1 348 433
1 432 814
55 000
54 000
2 340 500
2 165 400
32 000
32 000
721 000
700 000
127 602
133 491
2 742 671
2 979 326
83 550
86 510
1 981 190
2 155 670
39 147
39 776
499 432
513 164
2 945
2 955
111 817
112 010
Fonte: FAO
Nota: Os dados da FAO relativos a Portugal no coincidem com os dados estatsticos nacionais.
Continente/Pas
2003
Peso
%
Produo (t)
2004
Peso
%
2003
Peso
%
2004
Peso
%
Mundo
846 248
100
885 298
100
15 980 696
100
16 483 937
Europa
UE (25)
129 410
15
126 700
14
2 235 257
14
2 305 977
14
121 231
14
2 248 883
14
UE (15)
109 434
13
1 943 009
12
Portugal
1 800
Alemanha
5 491
7 740
136 600
182 264
Espanha
26 620
26 500
509 911
499 000
Frana
26 564
25 413
413 657
412 707
Itlia
24 035
22 446
484 854
460 707
Polnia
10 363
10 243
188 845
205 687
15 497
14 574
224 061
308 030
4 350
5 439
109 618
131 209
650 423
77
692 447
78
12 701 554
79
13 014 589
79
313 464
37
353 165
40
7 084 863
44
7 328 864
44
280 000
33
280 000
32
4 800 000
30
4 800 000
29
11 061
11 343
199 570
204 971
41 026
42 183
616 165
648 826
EUA
15 780
16 840
311 890
335 530
Mxico
18 000
18 000
210 000
215 000
Amrica do Sul
4 813
4 628
77 078
Oceania
5 079
4 766
126 581
frica
Egipto
sia
China
ndia
Paquisto
Amrica do Norte e Central
1 800
35 000
100
35 000
73 734
1
132 781
Fonte: FAO
Nota: Os dados da FAO relativos a Portugal no coincidem com os dados estatsticos nacionais.
Organizaes de Produtores
No Continente, em 2004, existiam 21 OP a comercializar couves, tendo apurado nesse ano um
Valor da Produo Comercializada (VPC) de 6,4 milhes de euros, correspondendo
comercializao de 14 593 toneladas. na regio do Ribatejo e Oeste que existe o maior
nmero de OP (18) e a maior concentrao da oferta de couves, cerca de 88% (Quadro 33).
Comparando os volumes de produo comercializados pelas OP com as produes totais de
couves obtidas no quinqunio 1998/02 nas vrias regies (Quadro 30), verifica-se que a
representatividade das OP no escoamento da produo regional baixa, sendo de 11% no
Ribatejo e Oeste, 8% na Beira Litoral e 7% em Entre Douro e Minho. Esta situao vem
reforar, a constatao do fraco peso que as OP tm no escoamento da produo regional e
28
Horticultura
Volume
de Produo (t)
Regio
N OP
rea (ha)
Alentejo
2 024
Beira Litoral
185
22
848
458 455
149
91
905
365 805
Ribatejo e Oeste
18
452
1 265
12 832
5 573 074
TOTAL
21
1 380
14 593
6 399 358
787
VPC (EUR)
Fonte: GPPAA
2 0 0 0
2 0 0 1
2 0 0 2
2 0 0 3
2 0 0 4
MDIA (2000/04)
PRODUTO
ENTRADAS
SADAS
ENTRADAS
SADAS
ENTRADAS
SADAS
ENTRADAS
SADAS
ENTRADAS
SADAS
ENTRADAS
SADAS
2 285 017
51 427
4 698 097
91 779
2 955 211
303 179
4 620 533
56 541
3 721 480
360 810
3 656 068
172 747
161 234
662 775
584 901
464 259
329 660
449 987
495 576
213 528
182 488
119 171
350 772
381 944
214
COUVE DE BRUXELAS
112 403
OUTRAS COUVES
616 982
TOTAL
138 954
21 248
181 282
19 424
127 504
70 245
146 080
22 250
2 869 783
120
2 571 368
170 259
3 786 900
560 236
4 777 615
1 394 304
4 004 772
410 352
5 106 464
1 110 648
4 109 107
8 024 625
4 343 152
3 984 061
5 552 029
6 691 695
4 294 265
4 441 824
5 656 690
5 263 568
4 686 048
Fonte: INE
29
Horticultura
SADAS
PRODUTO
ORIGEM
COUVE BRANCA
COUVE ROXA
86 647 ESPANHA
ESPANHA
234,1
TOTAL
BLGICA
ESPANHA
PASES BAIXOS
OUTROS
TOTAL
91,0
7,1
576,9
4,8
73 529 SUA
6,4
2 000
17 159 OUTROS
1,5
1 465
366,5
119 171
28,9
32 748
5 153
182 488 TOTAL
3 624 ESPANHA
49,2
50 283 FRANA
5,6
36 446
146,2
72 001 OUTROS
0,6
1 051
35,1
70 245
340,3
233 151
4,7
4 776
105,7
77 152
FRANA
41,5
39 296
OUTROS
3,0
6 435
495,0
360 810
4 124,5
1 711 778
1,7
201,9
1 596
1 735,4
3 563,2
ALEMANHA
488,6
5 787,1
9,6
ESPANHA
935,7
FRANA
156,3
99 558 ESPANHA
PASES BAIXOS
104,3
33 332 FRANA
OUTROS
0,3
195 ITLIA
LUXEMBURGO
36 972
1 340 404
939,5
349 091
422,2
153 092
12,4
9 450
183 521
1 897,5
1 294 109
SUA
16,6
11 915
OUTROS
11,5
16 132
11 593,7
5 106 464
REINO UNIDO
1 206,2
60,5
3 615,6
493,4
PASES BAIXOS
TOTAL
EUR
115 706
ESPANHA
TOTAL
1000 Kg
358,6
ALEMANHA
FRANA
OUTRAS
COUVES
DESTINO
244,7
OUTROS
COUVE FLR
E BRCOLOS
EUR
ALEMANHA
PASES BAIXOS
COUVE
BRUXELAS
1000 Kg
30
Horticultura
Quadro 36 - Evoluo da rea e produo de couve repolho, por regio agrria, entre
1997 e 2002
Regio
1997
%C
Area
E. Douro e Minho Rend.
Prod.
169
26 462
4 472
12
30
31 567
947
Trs-os-Montes
Area
Rend.
Prod.
82
29 256
2 399
Beira Litoral
Area
Rend.
Prod.
16
21 063
337
Beira Interior
Area
Rend.
Prod.
Area
Ribatejo e Oeste Rend.
Prod.
1 002
26 408
26 461
72
41
21 976
901
Alentejo
Area
Rend.
Prod.
46
23 478
1 080
Algarve
Area
Rend.
Prod.
1 386
26 405
36 597
Prod. - t
100
Area
CONTINENTE Rend.
Prod.
Area - ha; Rend. - Kg/ha;
Fonte: INE
12
72
100
1998
%C
190
25 037
4 757
12
34
29 618
1 007
92
27 739
2 552
18
19 889
358
1 126
25 000
28 150
72
46
20 826
958
52
22 096
1 149
1 558
24 988
38 931
100
12
72
100
1999
%C
209
25 014
5 228
12
37
29 919
1 107
101
27 762
2 804
20
19 700
394
1 237
25 008
30 935
72
50
21 060
1 053
57
22 158
1 263
1 711
25 005
42 784
100
12
72
100
2000
%C
255
25 000
6 375
12
45
30 000
1 350
123
27 805
3 420
24
20 000
480
1 509
25 000
37 725
72
61
21 049
1 284
70
22 000
1 540
2 087
25 000
52 174
100
12
72
100
2001
%C
280
25 000
7 000
14
48
27 688
1 329
105
27 686
2 907
27
18 519
500
1 368
25 002
34 203
69
85
21 235
1 805
70
22 000
1 540
1 983
24 853
49 284
100
14
69
100
2002
%C
285
25 000
7 128
14
51
30 078
1 534
119
29 924
3 561
30
20 433
613
1 440
29 518
42 506
68
105
24 886
2 613
74
22 000
1 617
2 104
28 319
59 572
100
12
71
100
Escoamento da Produo
As principais formas de escoamento do repolho, de acordo com o Inqurito Horticultura 2000,
so:
Outros intermedirios (35%)
Central de comercializao (32%)
Venda directa ao consumidor (15%)
Retalhista (14%)
Agrupamentos de Agricultores (2%)
3.4.2. Couve Lombardo
rea e Produo
Em 2003 a produo de lombardo foi de 59 093 toneladas e a superfcie cultivada de 1 896
hectares. Entre 1995 e 2001 verificou-se alguma estabilidade na produo de lombardo, a qual
se localizou maioritariamente no Ribatejo e Oeste, com cerca de 85% da produo total do
Continente. A Beira Litoral a segunda regio mais importante, assegurando 9% da produo
(Quadro 37).
Cerca de 44% das exploraes que produzem repolho situam-se no Ribatejo e Oeste, detendo a
Beira Litoral aproximadamente 23% do total de exploraes do Continente (IH 2000).
31
Horticultura
Quadro 37 - Evoluo da rea e produo de couve lombardo, por regio agrria, entre
1997 e 2002
Regio
1997
%C
Area
E. Douro e Minho Rend.
Prod.
12
28 000
336
Trs-os-Montes
Area
Rend.
Prod.
7
29 857
209
Beira Litoral
Area
Rend.
Prod.
155
23 935
3 710
Beira Interior
Area
Rend.
Prod.
5
23 000
115
Area
Ribatejo e Oeste Rend.
Prod.
1 219
28 327
34 531
84
41
17 610
722
Alentejo
Area
Rend.
Prod.
16
24 000
384
Algarve
Area
Rend.
Prod.
1 455
27 496
40 007
Prod. - t
100
Area
CONTINENTE Rend.
Prod.
Area - ha; Rend. - Kg/ha;
Fonte: INE
1998
14
27 286
382
8
29 750
238
11
9
178
23 685
4 216
%C
1
1
15
28 000
420
9
29 000
261
11
9
5
26 200
131
86
100
1999
196
23 638
4 633
%C
1
1
15
28 000
420
9
29 000
261
11
9
6
24 000
144
1 402
27 989
39 240
84
47
17 468
821
18
24 278
437
1 672
27 192
45 465
100
86
100
2000
196
23 638
4 633
%C
1
84
52
17 346
902
20
24 000
480
1 838
27 182
49 960
100
86
100
%C
1
20
28 000
560
12
24 750
297
167
23 581
3 938
10
11
9
6
24 000
144
1 540
28 000
43 120
2001
8
21 250
170
1 540
28 000
43 120
84
52
17 346
902
20
24 000
480
1 838
27 182
49 960
100
86
100
1 391
27 989
38 933
83
62
17 742
1 100
20
24 000
480
1 680
27 070
45 478
100
86
100
2002
%C
40
28 007
1 131
15
29 000
435
184
28 739
5 288
11
9
25 333
228
1 392
33 828
47 089
81
54
27 907
1 507
22
24 000
526
84
1 716 100
32 747
56 204 100
Escoamento da Produo
As principais formas de escoamento do lombardo, de acordo com o Inqurito Horticultura
2000, so:
Outros intermedirios (30%)
Central de comercializao (25%)
Venda directa ao consumidor (18%)
Retalhista (17%)
Sector de distribuio (inclui as mdias e grande superfcies) (9%)
Agrupamentos de Agricultores (1%)
3.4.3. Couve Brcolo
rea e Produo
Em 2003 produziram-se 34 927 toneladas de couve brcolo e a rea cultivada foi 2 534
hectares. Nos ltimos anos, tem-se vindo a registar por parte de indstria transformadora, um
crescente interesse por esta cultura, reflectido no aumento das reas cultivadas. O destino da
produo fundamentalmente a indstria (44% da produo). O Ribatejo e Oeste a principal
regio de produo, com quase 90% da produo do Continente. O Alentejo e a Beira Litoral,
com muito menor importncia, so responsveis, cada regio, por 5% do total da produo
(Quadro 38).
Mais de metade das exploraes que se dedicam a esta cultura localizam-se na regio do
Ribatejo e Oeste e cerca de 23% na Beira Litoral (IH 2000).
32
Horticultura
Quadro 38 - Evoluo da rea e produo de couve brcolo, por regio agrria, entre
1997 e 2002
Regio
1997
%C
Area
E. Douro e Minho Rend.
Prod.
32
6 781
217
Trs-os-Montes
Area
Rend.
Prod.
Beira Litoral
Area
Rend.
Prod.
Beira Interior
Area
Rend.
Prod.
1998
%C
0
37
9 054
335
1999
%C
2
41
7 976
327
3
2
42
10 952
460
Area
Ribatejo e Oeste Rend.
Prod.
1 263
10 067
12 715
90
70
10 057
704
Alentejo
Area
Rend.
Prod.
9
12 333
111
Algarve
Area
Rend.
Prod.
1 411
9 980
14 082
Prod. - t
100
Area
CONTINENTE Rend.
Prod.
Area - ha; Rend. - Kg/ha;
Fonte: INE
37
8 054
298
90
100
2000
%C
2
44
8 000
352
3
2
50
10 860
543
47
10 745
505
1 452
11 994
17 416
90
1 595
11 999
19 139
90
1 715
12 000
20 580
90
80
12 063
965
88
12 045
1 060
95
12 000
1 140
10
15 200
152
11
15 182
167
12
15 000
180
1 621
11 901
19 291
100
1 782
11 896
21 198
100
1 916
11 897
22 795
100
90
100
90
100
90
100
2001
45
8 000
360
8
18 375
147
103
10 806
1 113
%C
2
2002
%C
2
55
8 001
440
5
20 600
103
5
5
2
12 500
25
1 887
10 906
20 580
86
131
11 534
1 511
12
15 000
180
2 188
10 931
23 916
100
86
100
121
13 107
1 586
0
0
5
5
2
18 000
36
2 168
13 985
30 320
86
140
12 000
1 680
17
15 000
255
88
2 508 100
13 724
34 420 100
Escoamento da Produo
As principais formas de escoamento do brcolo, de acordo com o Inqurito Horticultura 2000,
so:
Indstria (44%)
Central de comercializao (18%)
Outros intermedirios (16%)
Retalhista (11%)
Agrupamentos de Agricultores (3%)
3.4.4. Couve Flor
rea e Produo
Em 2003 a produo de couve flor situou-se nas 18 400 toneladas e a superfcie cultivada em 1
011 hectares. A produo localiza-se essencialmente no Ribatejo e Oeste, com cerca de 82% da
produo do Continente. O Algarve, a Beira Litoral e o Entre Douro e Minho obtm, em
conjunto, 14% da produo do Continente.
Aproximadamente 47% das exploraes com couve flor situam-se no Ribatejo e Oeste, seguido
da Beira Litoral e Algarve com, respectivamente, 20% e 18% do total das exploraes (IH
2000).
33
Horticultura
Quadro 39 - Evoluo da rea e produo de couve flor, por regio agrria, entre 1997
e 2002
Regio
1997
%C
%C
5
28
14 750
413
3
25 000
75
33
14 091
465
1999
%C
Trs-os-Montes
2
34 000
68
29
14 586
423
Beira Litoral
Area
Rend.
Prod.
Beira Interior
Area
Rend.
Prod.
Area
Ribatejo e Oeste Rend.
Prod.
369
18 634
6 876
81
420
17 993
7 557
80
461
18 013
8 304
80
607
18 000
10 926
80
4
7 500
30
4
8 250
33
5
7 200
36
Alentejo
Area
Rend.
Prod.
6
7 833
47
30
18 867
566
35
17 771
622
38
18 000
684
Algarve
Area
Rend.
Prod.
458
18 207
8 339
Prod. - t
100
523
17 524
9 165
100
573
17 576
10 071
100
100
3
27 333
82
36
14 194
511
%C
Area
Rend.
Prod.
82
30
15 133
454
2000
24
15 667
376
Area
CONTINENTE Rend.
Prod.
Area - ha; Rend. - Kg/ha;
Fonte: INE
1998
Area
E. Douro e Minho Rend.
Prod.
82
100
40
14 925
597
4
27 000
108
48
14 000
672
82
100
2001
%C
35
15 000
525
7
27 000
189
38
14 158
538
1
15 000
15
81
25
8 440
211
50
18 000
900
50
18 000
900
755
17 550
13 250
100
825
16 143
13 318
100
100
%C
61
15 000
915
5
20 600
103
44
15 500
682
1
19 000
19
669
16 353
10 940
82
2002
82
100
751
19 430
14 592
76
76
8 000
608
46
18 000
823
984
18 036
17 742
100
82
100
Escoamento da Produo
As principais formas de escoamento da couve flor, de acordo com o Inqurito Horticultura
2000, so:
Central de comercializao (32%)
Outros intermedirios (31%)
Retalhista (17%)
Venda directa ao consumidor (9%)
Sector de distribuio (inclui as mdias e grande superfcies) (7%)
Indstria (4%)
Agrupamentos de Agricultores (1%)
3.4.5. Couve Tronchuda (Portuguesa e Penca)
rea e Produo
A produo de couve tronchuda foi de 20 599 toneladas em 2003 e a rea dedicada a esta
brssica de 1 204 hectares. As principais regies de produo so o Ribatejo e Oeste (40%) e o
Entre Douro e Minho (33%) (Quadro 40). De assinalar, ainda, a regio de Trs-os-Montes,
responsveis por cerca de 13% da produo, na qual se produz a famosa penca de Chaves,
muito apreciada, sobretudo durante a quadra natalcia. Cerca de 1/3 das exploraes
encontram-se localizadas na regio de Entre Douro e Minho; o Ribatejo e Oeste e a Beira Litoral
registam, em conjunto, 46% do total das exploraes do Continente (IH 2000).
34
Horticultura
1997
%C
Area
E. Douro e Minho Rend.
Prod.
389
11 802
4 591
42
89
25 000
2 225
10
Trs-os-Montes
Area
Rend.
Prod.
73
17 630
1 287
Beira Litoral
Area
Rend.
Prod.
13
19 692
256
Beira Interior
Area
Rend.
Prod.
Area
Ribatejo e Oeste Rend.
Prod.
346
17 020
5 889
37
10
14 700
147
Alentejo
Area
Rend.
Prod.
9
24 667
222
Algarve
Area
Rend.
Prod.
929
15 734
14 617
Prod. - t
100
Area
CONTINENTE Rend.
Prod.
Area - ha; Rend. - Kg/ha;
Fonte: INE
31
15
40
100
1998
%C
389
11 802
4 591
42
89
25 000
2 225
10
73
17 630
1 287
13
19 692
256
346
17 020
5 889
37
10
14 700
147
9
24 667
222
929
15 734
14 617
100
31
15
40
100
1999
%C
389
11 802
4 591
42
89
25 000
2 225
10
73
17 630
1 287
13
19 692
256
346
17 020
5 889
37
10
14 700
147
9
24 667
222
929
15 734
14 617
100
31
15
40
100
2000
%C
437
11 803
5 158
42
100
25 000
2 500
10
82
17 634
1 446
15
19 200
288
389
17 010
6 617
37
11
15 000
165
10
25 000
250
1 044
15 732
16 424
100
31
15
40
100
2001
%C
437
12 000
5 244
43
89
24 730
2 201
33
14
70
17 557
1 229
21
17 619
370
389
17 010
6 617
38
11
15 000
165
10
25 000
250
1 027
15 653
16 076
100
41
100
2002
%C
435
15 000
6 524
38
100
26 070
2 607
33
13
83
19 639
1 630
25
19 640
491
426
16 563
7 056
37
65
15 000
975
8
25 000
200
1 142
17 061
19 483
100
36
100
Escoamento da Produo
As principais formas de escoamento da couve tronchuda, de acordo com o Inqurito
Horticultura 2000, so:
Venda directa ao consumidor (36%)
Central de comercializao (26%)
Retalhista (21%)
Outros intermedirios (9%)
Sector de distribuio (inclui as mdias e grande superfcies) (7%)
Agrupamentos de Agricultores (1%)
3.5.
Grelos
rea e Produo
A produo de grelos de nabo e couve tem bastante expresso no nosso pas. Em 2003 (Quadro
14) a produo foi 12 788 toneladas e a rea de cultura de 1 063 hectares. A Beira Litoral a
principal regio produtora de grelos, atingindo no quinqunio 1998-02, 66% (7 300 toneladas)
da produo do Continente e 50% da superfcie. O Ribatejo e Oeste e o Entre Douro e Minho
contriburam com 18% e 11% da produo, respectivamente (Quadro 41).
Em termos do nmero de exploraes, a Beira Litoral aparece igualmente destacada com 53%
das exploraes com esta cultura, seguida da regio Entre Douro e Minho com 23% e do
Ribatejo e Oeste com 10% do total das exploraes do Continente (IH 2000).
35
Horticultura
Quadro 41 - Evoluo da rea e produo de grelos, por regio agrria, entre 1997 e
2002
Regio
1997
%C
Area
E. Douro e Minho Rend.
Prod.
208
5 981
1 244
24
Area
Rend.
Prod.
62
3 968
246
428
15 477
6 624
50
Beira Litoral
Area
Rend.
Prod.
13
8 154
106
Beira Interior
Area
Rend.
Prod.
143
12 524
1 791
17
Ribatejo e Oeste
Area
Rend.
Prod.
4
4 500
18
Alentejo
Area
Rend.
Prod.
Trs-os-Montes
Algarve
12
66
18
1998
%C
208
5 981
1 244
24
62
3 968
246
428
15 477
6 624
50
13
8 154
106
143
12 524
1 791
17
4
4 500
18
12
66
18
1999
%C
208
5 981
1 244
24
62
3 968
246
428
15 477
6 624
50
13
8 154
106
143
12 524
1 791
17
4
4 500
18
12
66
18
2000
%C
236
5 992
1 414
24
70
4 000
280
486
15 490
7 528
50
15
8 000
120
162
12 562
2 035
17
4
5 250
21
12
66
18
Area
Rend.
Prod.
Area
CONTINENTE Rend.
Prod.
Area - ha; Rend. - Kg/ha;
Fonte: INE
858
11 689
10 029
Prod. - t
100
100
858
11 689
10 029
100
100
858
11 689
10 029
100
100
973
11 714
11 398
100
100
2001
%C
236
4 000
944
24
72
4 764
343
486
15 490
7 528
50
19
7 211
137
162
12 562
2 035
17
5
5 800
29
68
18
1
12 000
12
981
11 242
11 028
100
100
2002
%C
252
6 000
1 510
24
81
4 901
397
520
15 781
8 206
49
21
8 095
170
164
14 287
2 343
15
24
6 000
144
2
12 000
18
1 063
12 028
12 788
100
12
64
18
100
Mdia
%C
1998/02
228
24
5 577
1 271
11
69
4 357
302
470
15 549
7 302
50
16
7 889
128
155
12 913
1 999
16
8
5 610
46
1
12 000
6
66
18
947 100
11 678
11 054 100
Na Beira Litoral, 20% da rea total de hortcolas ocupada com esta cultura e 15% o peso da
produo, quando comparamos com o total de hortcolas produzidas na regio. Mais de 50%
das exploraes produzem grelos de nabo e de couve. Tem-se verificado, nos ltimos anos, um
aumento na rea e na produo desta cultura na regio. Esta produo proveniente
principalmente da rea de mercado de Carapelhos, na qual se verifica uma expedio de 40 a
50% da sua produo total. A Unio Europeia o principal destino dessas expedies, sendo a
Frana, o pas que recebe a maior percentagem, dada a sua grande receptividade a estes
produtos da horticultura portuguesa.
Escoamento da Produo
Dadas as caractersticas da produo, as principais formas de escoamento dos grelos, de acordo
com o Inqurito Horticultura 2000, so:
Retalhista (40%)
Central de comercializao (32%)
Venda directa ao consumidor (31%)
Outros intermedirios (16%)
Indstria (5%)
Sector de distribuio (inclui as mdias e grande superfcies) (2%)
Agrupamentos de Agricultores (apenas 0,2%)
3.6.
Ervilha
rea e Produo
As regies agrrias mais representativas na produo de ervilha so o Algarve e o Ribatejo e
Oeste. A distribuio da rea segundo o regime/modo de instalao, revela a importncia da
cultura extensiva (com um peso de 95%) em detrimento da intensiva.
36
Horticultura
Nos ltimos anos, tem-se verificado uma gradual perda de importncia da produo de ervilha
em fresco. A forte concorrncia de produto espanhol e o aumento do consumo de ervilha
congelada e/ou embalada, mais prtico e rpido de utilizar, so algumas das razes.
Em 2004, de acordo com os dados da FAO, a produo mundial de ervilha estimava-se em 9
milhes de toneladas, distribudas por uma superfcie de 1,1 milhes de hectares. A produo
reparte-se pela sia (62%), Europa (18%) e Amrica do Norte e Central (11%). A ndia o
maior produtor do mundo, com um volume anual de 3,2 milhes de toneladas, o que representa
aproximadamente 36% da produo mundial. Segue-se-lhe a China com 23% da produo
mundial. A Europa a 25 Estados Membros responsvel por 1,4 milhes de toneladas, ou seja,
16% da produo mundial, destacando-se a Frana com um peso de 5% (Quadro 42).
O maior rendimento desta cultura apresentado pela Blgica, Pases Baixos e Espanha, no
havendo diferenas relevantes entre Continentes (Europa - 10t/ha, sia e Amrica do Norte e
Central - 9 t/ha).
Quadro 42 - rea e Produo mundial de ervilha em 2003 e 2004
rea (ha)
Continente/Pas
Peso
%
2003
Mundo
Produo (t)
2004
Peso
%
2003
2004
1 135 640
100
Europa
UE (25)
194 296
17
UE (15)
128 144
Portugal
1 000
1 000
7 000
Alemanha
5 656
5 503
60 700
66 000
Blgica
1 106 596
Peso
%
100
9 036 758
100
180 078
16
1 587 545
18
142 380
13
11
1 385 958
Peso
%
8 998 357
100
1 579 473
18
1 444 316
16
15
7 000
1
10 233
9 755
192 000
178 000
7 780
10 000
55 225
75 200
Frana
32 059
31 312
420 660
441 400
Hungria
17 852
15 296
68 666
93 000
Itlia
11 478
11 575
6 000
4 900
35 800
32 360
86 742
89 798
Arglia
25 000
25 000
Egipto
26 277
28 108
Marrocos
19 870
20 895
5 900
5 900
628 139
55
625 151
56
5 452 847
60
5 553 836
62
231 110
20
231 016
21
2 009 094
22
2 108 663
23
350 000
31
350 000
32
3 200 000
35
3 200 000
36
10 125
10 481
73 196
76 444
7 700
8 300
54 000
58 000
1
11
Espanha
Pases Baixos
Reino Unido
frica
Qunia
sia
China
ndia
Paquisto
Turquia
Amrica do Norte e Central
61 260
70 714
84 000
80 000
399 000
313 300
519 395
589 878
81 992
80 000
257 454
293 358
115 450
145 430
25 000
25 000
121 400
11
108 990
10
1 185 906
13
1 000 814
Canada
17 470
16 760
76 256
67 114
EUA
93 930
82 230
1 060 650
12
884 700
10
Amrica do Sul
89 846
87 105
208 970
189 885
Oceania
15 217
15 474
82 095
84 471
Fonte: FAO
2 0 0 0
2 0 0 1
2 0 0 2
2 0 0 3
2 0 0 4
MDIA (2000/04)
PRODUTO
ERVILHA FRESCA
ENTRADAS
SADAS
ENTRADAS
SADAS
ENTRADAS
SADAS
ENTRADAS
SADAS
ENTRADAS
SADAS
ENTRADAS
SADAS
576 723
16 381
585 600
14 552
520 512
42 011
663 550
16 991
806 492
97 965
630 575
37 580
Fonte: INE
37
Horticultura
SA D A S
1000 Kg
A LE M A N H A
2 ,3
B R A S IL
0 ,8
E S PA N H A
EUR
TO TAL
1000 Kg
1 1 4 7 8 A N G O LA
6 9 0 E S PA N H A
4 6 3 ,7
PA S E S B A IX O S
D ESTIN O
EUR
3 ,2
5 572
3 5 ,2
88 135
2 ,1
1 146
7 8 4 3 0 1 S .TO M PR IN C .
2 ,2
10 023 O UTRO S
2 ,1
3 112
4 6 9 ,0
4 2 ,7
97 965
FO N T E : IN E (d a d o s p ro vis rio s)
3.7.
Fava
rea e Produo
As principais zonas de produo de fava localizam-se nas regies do Ribatejo e Oeste, Algarve e
Beira Litoral, com pesos na produo total do Continente (mdia do quinqunio 1998-02) de
43%, 26% e 24%, respectivamente (Quadro 45). Em Portugal, a produo de fava em 2003 foi
de 6 794 toneladas para uma rea semeada de 1 192 hectares.
Quadro 45 - Evoluo da rea e produo de fava, por regio agrria, entre 1997 e
2002
Regio
1997
%C
Area
E. Douro e Minho Rend.
Prod.
12
5 500
66
Area
Rend.
Prod.
3
15 000
45
361
7 388
2 667
22
Beira Litoral
Area
Rend.
Prod.
2
9 500
19
Beira Interior
Area
Rend.
Prod.
612
6 505
3 981
38
Ribatejo e Oeste
Area
Rend.
Prod.
61
5 328
325
Alentejo
Area
Rend.
Prod.
578
3 696
2 136
35
Algarve
Area
Rend.
Prod.
1 629
5 672
9 239
Prod. - t
100
Trs-os-Montes
Area
CONTINENTE Rend.
Prod.
Area - ha; Rend. - Kg/ha;
Fonte: INE
29
43
23
100
1998
%C
9
6 111
55
3
12 333
37
278
7 993
2 222
22
2
8 000
16
471
7 045
3 318
38
47
5 766
271
445
4 000
1 780
35
1 255
6 135
7 699
100
29
43
23
100
1999
%C
9
6 111
55
3
12 333
37
278
7 993
2 222
22
2
8 000
16
471
7 045
3 318
38
47
5 766
271
445
4 000
1 780
35
1 255
6 135
7 699
100
29
43
23
100
2000
%C
10
6 200
62
3
14 000
42
312
8 003
2 497
22
2
9 000
18
529
7 047
3 728
38
53
5 736
304
500
4 000
2 000
35
1 409
6 140
8 651
100
29
43
23
100
2001
%C
8
6 000
48
6
13 000
78
31
8 065
250
2
9 000
18
317
7 057
2 237
34
55
5 782
318
501
4 000
2 004
54
920
5 384
4 953
100
45
40
100
2002
8
7 220
59
5
13 800
69
220
8 068
1 775
%C
1
Mdia
1998/02
%C
1
9
6 317
56
4
13 150
53
224
8 013
1 793
18
2
9 000
18
450
7 198
3 242
37
62
6 167
385
478
4 000
1 914
39
17
21
2
11 000
22
464
7 780
3 610
35
110
6 909
760
501
4 000
2 004
38
1 310
6 334
8 299
100
43
24
100
24
43
26
1 230 100
6 066
7 460 100
Aproximadamente 45% das exploraes com fava situam-se no Algarve, registando o Ribatejo e
Oeste aproximadamente das exploraes (IH 2000).
Em 2004, de acordo com os dados da FAO, a produo mundial de fava estimava-se em 1,1
milhes de toneladas, distribudas por uma superfcie de 200 mil hectares. A produo repartese fundamentalmente por quatro Continentes, a frica (32%), a sia (30%), a Europa (19%) e
a Amrica do Sul (14%) (Quadro 46). A Arglia, Marrocos e a China so os principais produtores
do mundo, com volumes anuais superiores a 138 mil toneladas. Na Europa destaca-se a
Espanha com um volume anual de 75 mil toneladas, o que representa 7% da produo mundial.
38
Horticultura
Continente/Pas
Mundo
Peso
%
2003
Produo (t)
Peso
%
2004
2003
Peso
%
2004
Peso
%
194 063
100
200 153
100
1 092 542
100
1 138 538
Europa
UE (25)
27 997
14
30 890
15
188 492
17
216 501
19
29 960
15
214 001
19
UE (15)
26 469
14
183 537
17
Portugal
3 000
3 000
30 000
30 000
Espanha
6 800
8 000
60 500
75 900
Itlia
9 725
9 700
54 883
55 000
Reino Unido
2 090
2 100
11 900
11 800
52 075
27
51 750
26
364 792
33
364 060
32
27 000
14
27 000
13
176 407
16
175 000
15
1 100
1 100
15 000
15 000
14 325
14 000
140 725
13
140 000
12
frica
Arglia
Lbia
Marrocos
Tunsia
sia
Casaquisto
100
7 000
7 000
20 600
22 000
46 581
24
48 843
24
323 846
30
342 379
30
1 000
1 000
11 500
12 000
13 094
13 803
132 333
12
138 011
12
Lbano
1 653
1 700
16 100
16 500
Sria
Turquia
5 154
5 160
43 597
44 000
6 000
6 000
44 000
44 000
10 550
10 550
58 100
58 100
9 700
9 700
53 000
53 000
56 730
29
57 990
29
156 312
14
156 498
14
33 200
17
33 350
17
59 231
61 680
2 500
2 550
20 000
20 500
9 396
10 590
15 205
17 818
11 634
11 500
61 876
56 500
China
130
130
1 000
1 000
Fonte: FAO
Nota: Os dados da FAO relativos a Portugal no coincidem com os dados estatsticos nacionais.
O rendimento desta cultura equilibrado nos Continentes, frica, Europa e sia (cerca de 7
toneladas por hectare), mas menor na Amrica do Sul (valor mdio de 2,6 t/ha, sendo no
Per de aproximadamente 5 toneladas por hectares).
Escoamento da Produo
As principais formas de escoamento da fava, de acordo com o Inqurito Horticultura 2000,
so:
Venda directa ao consumidor (42%)
Retalhista (21%)
Indstria (16%)
Outros intermedirios (13%)
Central de comercializao (5%)
Sector de distribuio (inclui as mdias e grande superfcies) (3%)
Agrupamentos de Agricultores (apenas 0,2%)
3.8.
Feijo Verde
rea e Produo
Em 2003 a rea de feijo verde foi de 1 188 hectares, o que originou uma produo de 14 241
toneladas. uma cultura produzida predominantemente em estufa. A produo de feijo verde
encontra-se distribuda pelo Continente, da seguinte forma (mdia 1998-02): Ribatejo e Oeste
(46%), Algarve (21%), Beira Litoral (19%) e Entre Douro e Minho (6%) (Quadro 47).
39
Horticultura
No Ribatejo e Oeste localiza-se a maior percentagem de exploraes com esta cultura, cerca de
28%, registando o Entre Douro e Minho, a Beira Litoral e o Algarve, em conjunto, 47% do total
das exploraes (IH 2000).
Quadro 47 - Evoluo da rea e produo de feijo verde, por regio agrria, entre
1997 e 2002
Regio
1997
%C
Area
E. Douro e Minho Rend.
Prod.
97
10 784
1 046
89
8 079
719
Trs-os-Montes
Area
Rend.
Prod.
253
12 506
3 164
15
Beira Litoral
Area
Rend.
Prod.
21
10 619
223
Beira Interior
Area
Rend.
Prod.
Area
Ribatejo e Oeste Rend.
Prod.
945
10 224
9 662
55
Area
Rend.
Prod.
87
6 414
558
Area
Rend.
Prod.
236
18 153
4 284
14
1 728
11 375
19 656
Prod. - t
100
Alentejo
Algarve
Area
CONTINENTE Rend.
Prod.
Area - ha; Rend. - Kg/ha;
Fonte: INE
16
49
22
100
1998
%C
76
10 671
811
70
7 971
558
198
12 389
2 453
15
16
10 813
173
738
10 149
7 490
55
68
6 368
433
185
17 951
3 321
14
1 351
11 280
15 239
100
16
49
22
100
1999
%C
61
10 639
649
56
7 964
446
158
12 418
1 962
15
13
10 692
139
590
10 156
5 992
55
54
6 407
346
148
17 953
2 657
14
1 080
11 288
12 191
100
16
49
22
100
2000
%C
74
10 689
791
68
8 000
544
193
12 399
2 393
15
16
10 563
169
720
10 149
7 307
55
66
6 394
422
180
18 000
3 240
14
1 317
11 288
14 866
100
16
49
22
100
2001
%C
80
11 000
880
50
9 940
497
278
12 396
3 446
20
16
11 375
182
720
10 149
7 307
51
86
6 442
554
180
18 000
3 240
13
1 410
11 423
16 106
100
21
45
20
100
2002
%C
82
13 500
1 107
57
12 351
704
262
13 095
3 431
22
15
12 067
181
496
10 052
4 986
41
134
6 000
804
11
169
18 000
3 035
14
1 215
11 730
14 248
100
24
35
21
100
Mdia
%C
1998/02
75
6
11 362
848
6
60
9 133
550
218
12 567
2 737
17
15
11 105
169
653
10 135
6 616
51
82
6 272
512
172
17 981
3 099
14
1 275
11 400
14 530
100
19
46
21
100
De acordo com os dados da FAO (Quadro 48), a produo mundial de feijo verde para o ano de
2004 estimava-se em 6,4 milhes de toneladas, distribudas por uma superfcie de cerca de 900
mil hectares. A China o maior produtor do mundo, com um volume anual de 2,3 milhes de
toneladas, o que representa 36% da produo mundial. A UE a 25 Estados Membros tem um
peso de 14% na produo mundial, destacando-se a Espanha e a Itlia como os maiores
produtores, com pesos de 4% e 3%, respectivamente. A Indonsia e a Turquia ocupam a 3 e
4 posies no ranking mundial, com produes anuais prximas das 800 mil e 600 mil
toneladas, respectivamente.
Na Europa, esta cultura atinge os rendimentos mais elevados, sendo de 17,3 toneladas por
hectare na Blgica. A produtividade mdia do maior produtor mundial, a China, de 11,4
toneladas por hectare.
40
Horticultura
Continente/Pas
2003
Peso
%
Produo (t)
2004
Peso
%
2003
Peso
%
2004
Mundo
882 840
100
894 428
100
6 221 028
100
Europa
UE (25)
116 178
13
112 820
13
980 101
16
80 076
UE (15)
75 990
Portugal
1 188
Blgica
6 098
6 270
105 000
109 068
17 329
17 700
258 632
225 900
8 691
8 033
97 660
100 440
Espanha
Frana
Grcia
Itlia
frica
Arglia
frica do Sul
844 449
1 200
6 383 990
Peso
%
100
980 463
15
877 528
14
14
14 241
15 000
2
8 327
8 087
70 000
72 500
23 720
23 562
190 452
207 205
64 401
65 510
501 775
543 040
8 000
8 000
40 681
40 000
1
1
5 600
4 800
44 485
35 390
21 300
21 300
215 000
215 000
4 960
5 830
82 000
128 900
626 930
71
640 887
72
4 386 157
71
4 523 023
71
11 331
12 545
50 000
59 000
China
ndia
197 030
22
203 030
23
2 279 929
37
2 310 300
36
150 000
17
150 000
17
420 000
420 000
Indonsia
148 163
17
150 000
17
770 428
12
829 899
13
Egipto
Marrocos
sia
Bangladesh
Japo
7 950
8 000
57 000
52 900
Tailndia
22 000
22 000
88 000
88 000
Turquia
66 000
70 000
545 000
582 000
38 293
36 333
233 054
217 578
Canada
10 969
10 698
65 964
62 503
EUA
18 530
16 840
109 180
97 160
29 252
30 931
80 015
83 347
7 786
7 947
39 926
36 539
Amrica do Sul
Oceania
Fonte: FAO
Nota: Os dados da FAO relativos a Portugal no coincidem com os dados estatsticos nacionais.
Escoamento da Produo
As principais formas de escoamento do feijo verde, de acordo com o Inqurito Horticultura
2000, so:
Outros intermedirios (30%)
Venda directa ao consumidor (26%)
Retalhista (19%)
Central de comercializao (12%)
Indstria (4%)
Agrupamentos de Agricultores (4%)
No Continente e em 2004 existiam 9 OP a comercializar ervilha, fava e feijo verde, tendo-se
apurado nesse ano um Valor da Produo Comercializada (VPC) de aproximadamente 800 mil
euros, correspondendo comercializao de 2 291 toneladas (Quadro 49). O Ribatejo e Oeste,
com 6 OP, e a regio algarvia com apenas uma, foram responsveis, respectivamente, por 79%
e 19% do VPC total.
41
Horticultura
N OP
N Produtores
Algarve
Beira Litoral
0,2
35
Ribatejo e Oeste
86
TOTAL
134
Volume
de Produo (t)
rea (ha)
VPC (EUR)
95
154 250
898
14
12 845
284
2 181
633 495
2 291
801 488
287
Fonte: GPPAA
2 0 0 0
2 0 0 1
2 0 0 2
2 0 0 3
2 0 0 4
MDIA (2000/04)
PRODUTO
FEIJO VERDE
ENTRADAS
SADAS
ENTRADAS
SADAS
ENTRADAS
SADAS
ENTRADAS
SADAS
ENTRADAS
SADAS
ENTRADAS
SADAS
6 241 639
103 056
8 179 597
420 365
9 058 508
555 329
11 333 702
106 981
9 224 534
475 284
8 807 596
332 203
Fonte: INE
Espanha contribuiu com uma quantidade superior a 80% (5,5 mil toneladas), sendo o nosso
principal fornecedor de feijo verde. O Reino Unido e a Espanha, com um peso, em valor, de
aproximadamente 55% e 30%, respectivamente, foram os principais compradores de feijo
verde nacional (Quadro 51).
Quadro 51 - Comrcio Internacional Portugus de Feijo verde, por Pas, em 2004
ENTRADAS
O R IG E M
A LEM A N H A
ES PA N H A
1000 Kg
2 7 3 ,8
5 4 9 5 ,5
FRANA
7 5 2 ,0
O U TR O S
1 ,3
S A D A S
EUR
D E S T IN O
5 4 6 0 9 6 A N G O LA
6 5 2 2 ,7
EUR
3 ,8
6 898
1 4 ,7
14 673
1 1 0 ,4
148 972
9 ,2
13 605
LU XEM B U R G O
1 8 ,0
12 537
S . TO M PR IN C .
2 8 ,0
19 399
1 0 3 ,9
255 316
O UTR O S
4 ,2
3 884
2 9 2 ,3
475 284
7 7 8 0 8 9 7 C A BO V ER D E
8 9 3 6 4 5 ES PA N H A
3 8 9 6 F R AN A
R EIN O U N ID O
TO TAL
1000 Kg
42
Horticultura
3.9.
Cenoura
rea e Produo
Em 2003 a produo de cenoura foi 54 039 toneladas e a superfcie cultivada de 1 598 hectares.
A produo localiza-se maioritariamente no Ribatejo e Oeste, com cerca de 76% da produo
mdia do Continente, no quinqunio 1998-02. O Alentejo a segunda regio mais importante,
assegurando 13% da produo(Quadro 52).
As exploraes com cenoura esto localizadas maioritariamente no Ribatejo e Oeste e Alentejo,
apresentando o Entre Douro e Minho e a Beira Litoral, respectivamente 20% e 12% do total de
exploraes do Continente (IH 2000).
Quadro 52 - Evoluo da rea e produo de cenoura, por regio agrria, entre 1997 e
2002
Regio
1997
%C
Area
E. Douro e Minho Rend.
Prod.
48
36 208
1 738
Area
Rend.
Prod.
4
25 500
102
34
35 235
1 198
Beira Litoral
Area
Rend.
Prod.
3
29 333
88
Beira Interior
Area
Rend.
Prod.
595
36 568
21 758
76
Ribatejo e Oeste
Area
Rend.
Prod.
98
43 020
4 216
12
Alentejo
Area
Rend.
Prod.
Area
Rend.
Prod.
5
26 200
131
Trs-os-Montes
Algarve
Area
CONTINENTE Rend.
Prod.
Area - ha; Rend. - Kg/ha;
Fonte: INE
74
14
787 100
37 142
29 231 100
Prod. - t
1998
%C
62
35 048
2 173
5
25 600
128
43
34 837
1 498
4
27 500
110
763
35 646
27 198
76
126
41 825
5 270
12
7
23 429
164
74
14
1 010 100
36 179
36 541 100
1999
%C
75
34 907
2 618
6
25 667
154
52
34 712
1 805
5
26 400
132
920
35 617
32 768
76
151
42 046
6 349
12
8
24 750
198
74
14
1 217 100
36 174
44 024 100
2000
%C
85
35 000
2 975
7
25 000
175
59
34 763
2 051
6
25 000
150
1 045
35 633
37 236
76
172
41 948
7 215
12
9
25 000
225
74
14
1 383 100
36 173
50 027 100
2001
%C
80
35 000
2 800
9
27 111
244
50
34 860
1 743
6
27 500
165
1 045
32 069
33 512
77
164
40 909
6 709
12
9
25 000
225
74
15
1 363 100
33 307
45 398 100
2002
76
35 000
2 657
9
25 667
231
%C
5
5
1
0
52
35 596
1 851
6
29 167
175
1 254
34 259
42 961
82
120
33 650
4 038
4
24 750
99
83
1 521 100
34 198
52 012 100
Mdia
%C
1998/02
76
6
34 989
2 645
6
7
25 889
186
51
34 953
1 790
5
27 111
146
1 005
34 548
34 735
77
147
40 356
5 916
11
7
24 622
182
76
13
1 299 100
35 110
45 600 100
43
Horticultura
Continente/Pas
Mundo
2003
Peso
%
Produo (t)
2004
Peso
%
2003
Peso
%
2004
Peso
%
1 048 321
100
1 102 198
100
23 827 102
100
24 405 409
Europa
UE (25)
289 905
28
287 437
26
7 872 266
33
8 241 433
34
123 378
11
5 246 051
21
UE (15)
80 358
Portugal
4 500
Alemanha
9 255
10 500
Federao Russa
88 980
Frana
15 872
Itlia
Pases Baixos
Polnia
Reino Unido
Ucrnia
frica
Marrocos
Nigria
100
3 894 753
16
150 000
150 000
426 038
554 000
89 200
1 735 760
1 762 040
15 998
688 426
703 218
13 212
13 694
571 160
607 188
8 000
8 000
432 000
430 000
30 277
30 384
834 621
927 949
8 810
8 444
617 800
619 300
38 800
41 700
529 700
674 900
82 454
83 207
1 128 303
1 141 222
11 500
11 202
332 210
311 090
4 500
27 500
27 500
235 000
235 000
549 594
52
607 271
55
11 070 760
46
11 336 540
46
402 521
38
452 436
41
8 093 079
34
8 295 350
34
24 000
24 000
350 000
350 000
Indonsia
Japo
21 501
24 168
355 802
423 722
20 300
21 000
658 700
613 400
Turquia
21 000
23 000
405 000
438 000
71 415
69 565
2 425 223
10
2 371 881
10
1
sia
China
ndia
9 542
8 812
313 344
293 810
EUA
41 170
40 330
1 637 700
1 601 790
Mxico
15 189
15 189
378 517
378 517
45 766
45 703
968 188
955 423
9 500
9 333
230 000
230 000
9 187
9 015
362 362
358 910
Amrica do Sul
Argentina
Oceania
Fonte: FAO
Nota: Os dados da FAO relativos a Portugal no coincidem com os dados estatsticos nacionais.
Escoamento da Produo
As principais formas de escoamento da cenoura, de acordo com o Inqurito Horticultura 2000,
so:
Outros intermedirios (46%)
Central de comercializao (16%)
Mercado externo (12%)
Venda directa ao consumidor (9%)
Agrupamentos de Agricultores (9%)
Retalhista (7%)
Indstria (apenas 0,3%)
Sector de distribuio (inclui as mdias e grande superfcies) (apenas 0,2%)
No Continente, em 2004, existiam 7 OP a comercializar cenoura, que movimentaram 5 milhes
de euros, montante correspondente ao VPC, tal como referenciado no Quadro 54. Avaliando
este VPC, constata-se que a regio do Ribatejo e Oeste responsvel pela quase totalidade do
VPC do Continente, com uma concentrao da oferta de cerca de 98%. As outras duas regies
que comercializam cenoura atravs das OP, a Beira Litoral e Entre Douro e Minho, tm uma
expresso muito reduzida, quando comparada com a regio anterior, na ordem de 0,3% e 1%,
respectivamente, do total do VPC gerado.
44
Horticultura
Volume
de Produo (t)
Regio
N OP
rea (ha)
Beira Litoral
36
13 576
27
354
51 749
Ribatejo e Oeste
48
366
18 994
4 921 835
TOTAL
19 385
4 987 159
78
378
VPC (EUR)
Fonte: GPPAA
2 0 0 0
2 0 0 1
2 0 0 2
2 0 0 3
2 0 0 4
MDIA (2000/04)
PRODUTO
CENOURA / NABO
ENTRADAS
SADAS
ENTRADAS
SADAS
ENTRADAS
SADAS
9 940 311
1 259 873
12 713 967
2 727 741
11 595 309
3 007 478
ENTRADAS
SADAS
ENTRADAS
SADAS
ENTRADAS
SADAS
9 125 948
4 395 022
11 456 282
2 866 558
Fonte: INE
A Frana e o Reino Unido, com um peso de 78%, foram os principais compradores de cenoura e
nabo nacionais. No que respeita s aquisies, cerca de 83% do seu volume provm de
Espanha e de Frana, aproximadamente no valor de 7 milhes de euros (Quadro 56).
Quadro 56 - Comrcio Internacional Portugus de Cenoura e Nabo, por Pas, em 2004
ENTRADAS
O R IG EM
A LEM A N H A
1000 Kg
5 763,4
BLG IC A
D IN A M A R C A
83,9
365,1
S A D A S
EUR
D E S T IN O
ES PA N H A
17 517,6
3 462 109 ES PA N H A
FR A N A
14 851,8
3 288 148 FR A N A
PA S ES BA IXOS
157,1
58 739 PA S ES BA IXOS
R EIN O U N ID O
18,8
4 289 R EIN O U N ID O
O U TR O S
18,8
2 809 O U TR O S
TOTAL
3 8 7 7 6 ,4
1000 Kg
EUR
953,1
379 124
729,2
246 489
96,2
40 313
925,3
228 426
7 862,2
1 664 582
493,2
84 533
3 340,2
1 749 069
11,6
2 486
1 4 4 1 1 ,0
4 395 022
45
Horticultura
3.10. Cebola
rea e Produo
Em 2003 produziram-se 38 593 toneladas de cebola e a rea cultivada foi 1 617 hectares.
principalmente cultivada como cultura intensiva de ar livre. O Ribatejo e Oeste e o Entre Douro
e Minho so as principais regies de produo, com 45% e 30% da produo mdia do
quinqunio 1998-02, respectivamente (Quadro 57) e com mais de 60% das exploraes do
Continente (IH 2000). As produtividades mais elevadas encontram-se em Trs-os-Montes e
Algarve, com produes mdias de 30 toneladas por hectare.
Quadro 57 - Evoluo da rea e produo de cebola, por regio agrria, entre 1997 e
2002
Regio
1997
%C
Area
E. Douro e Minho Rend.
Prod.
295
25 041
7 387
27
Area
Rend.
Prod.
57
28 982
1 652
Area
Rend.
Prod.
33
24 364
804
8
27 125
217
Beira Interior
Area
Rend.
Prod.
537
21 473
11 531
48
Ribatejo e Oeste
Area
Rend.
Prod.
132
17 379
2 294
12
Alentejo
Area
Rend.
Prod.
Area
Rend.
Prod.
46
29 717
1 367
Trs-os-Montes
Beira Litoral
Algarve
Area
CONTINENTE Rend.
Prod.
Area - ha; Rend. - Kg/ha;
Fonte: INE
29
46
1 108 100
22 791
25 252 100
Prod. - t
1998
%C
284
25 011
7 103
27
55
28 891
1 589
31
24 935
773
8
26 125
209
517
21 445
11 087
48
127
17 370
2 206
12
44
29 886
1 315
29
46
1 066 100
22 779
24 282 100
1999
%C
342
25 023
8 558
27
66
29 000
1 914
38
24 500
931
10
25 200
252
622
21 477
13 359
48
153
17 373
2 658
12
53
29 887
1 584
29
46
1 284 100
22 785
29 256 100
2000
%C
389
25 000
9 725
27
75
29 000
2 175
43
24 605
1 058
11
26 000
286
707
21 471
15 180
48
174
17 356
3 020
12
60
30 000
1 800
29
46
1 459 100
22 785
33 244 100
2001
%C
375
25 000
9 375
28
68
31 574
2 147
43
24 605
1 058
11
26 364
290
566
21 456
12 144
42
221
14 235
3 146
16
60
30 000
1 800
31
41
11
1 344 100
22 292
29 960 100
2002
%C
377
28 000
10 556
26
69
31 493
2 173
48
25 938
1 245
12
28 417
341
718
22 451
16 120
49
192
14 000
2 688
13
61
30 000
1 836
30
46
1 477 100
23 666
34 959 100
Mdia
%C
1998/02
353
27
25 646
9 063
30
67
30 024
2 000
41
24 951
1 013
10
26 500
276
626
21 690
13 578
47
173
15 822
2 744
13
56
29 960
1 667
45
1 326 100
22 880
30 340 100
A produo mundial de cebola, de acordo com os dados da FAO, e para o ano de 2004
estimava-se em 57 milhes de toneladas, distribudas por uma superfcie de 3,1 milhes de
hectares. Mais de 60% da produo mundial concentra-se no continente asitico, cabendo a
liderana China com 18 milhes de toneladas, o que representa 32% da produo mundial. A
Europa tem uma representatividade na produo mundial de 15% (Quadro 58).
A Amrica do Norte e Central produz em mdia, cerca de 40 toneladas de cebola por hectare,
sendo 54 t/ha, a produtividade mdia nos EUA. A Europa tem produtividades mdias da ordem
das 20 toneladas por hectare, sendo de 35 na UE a 25 Estados Membros. Destacam-se a
Espanha (48 t/ha) e os Pases Baixos (53 t/ha) com maiores produtividades. A frica (16 t/ha),
a sia (17 t/ha) e a Amrica do Sul (24 t/ha) apresentam rendimentos mais baixos.
46
Horticultura
Continente/Pas
Mundo
2003
Peso
%
Produo (t)
2004
Peso
%
2003
Peso
%
2004
Peso
%
3 019 512
100
3 095 697
100
53 492 312
100
56 806 477
Europa
UE (25)
420 635
14
426 213
14
7 339 705
14
8 736 780
15
158 523
5 596 803
10
UE (15)
104 522
Portugal
4 800
Espanha
21 324
22 800
936 827
1 083 700
118 130
127 000
1 564 730
1 673 420
Pases Baixos
23 200
23 200
808 800
1 224 700
Polnia
32 463
36 548
678 262
865 735
Federao Russa
frica
3 648 946
4 800
100
110 000
110 000
293 567
10
298 059
10
4 331 948
4 663 978
Egipto
23 253
29 059
686 345
895 491
Marrocos
29 500
31 590
684 220
788 950
Nigria
41 000
41 000
615 000
615 000
2 029 636
67
2 105 988
68
33 973 117
64
35 196 564
62
800 617
27
850 834
27
17 536 041
33
18 046 822
32
15 563
745 203
947 797
5 500 000
10
5 500 000
10
sia
China
Coreia do Sul
ndia
12 352
530 000
18
530 000
17
Indonsia
Iro
88 029
88 707
762 795
757 399
45 000
45 000
1 500 000
1 450 000
Japo
23 500
23 000
1 172 000
1 125 000
108 020
108 931
1 427 480
1 449 025
82 000
78 000
1 750 000
2 040 000
105 688
107 316
3 920 325
4 325 986
67 210
67 440
3 327 670
3 669 540
Paquisto
Turquia
Amrica do Norte e Central
EUA
Amrica do Sul
164 721
152 560
3 698 605
3 649 809
Argentina
25 000
25 000
678 248
699 480
Brasil
68 790
57 790
1 229 850
1 132 920
Oceania
5 265
5 561
228 612
233 360
Fonte: FAO
Nota: Os dados da FAO relativos a Portugal no coincidem com os dados estatsticos nacionais.
Escoamento da Produo
As principais formas de escoamento da cebola, de acordo com o Inqurito Horticultura 2000,
so:
Outros intermedirios (31%)
Central de comercializao (31%)
Venda directa ao consumidor (18%)
Retalhista (14%)
Agrupamentos de Agricultores (3%)
Sector de distribuio (inclui as mdias e grande superfcies) (3%)
Indstria (0%)
No Continente, em 2004, existiam 11 OP a comercializar cebola, alho seco e alho francs, tendo
apurado nesse ano um valor da Produo Comercializada de 1,4 milhes de euros,
correspondendo comercializao de 5 234 toneladas (Quadro 59). na regio do Ribatejo e
Oeste que existe o maior nmero de OP e a maior concentrao da oferta (96%). Estas nove
OP, movimentaram 90% do total do VPC total. As OP da Beira Litoral e Entre Douro e Minho
comercializaram quantidades reduzidas de cebola, alho seco e alho francs.
47
Horticultura
Volume
de Produo (t)
Regio
N OP
rea (ha)
Beira Litoral
26
19
107
103 932
37
107
42 083
Ribatejo e Oeste
91
124
5 020
1 238 452
TOTAL
11
5 234
1 384 466
154
146
VPC (EUR)
Fonte: GPPAA
2 0 0 0
2 0 0 1
2 0 0 2
2 0 0 3
2 0 0 4
MDIA (2000/04)
PRODUTO
ENTRADAS
SADAS
ENTRADAS
SADAS
ENTRADAS
ENTRADAS
SADAS
CEBOLA DE
SEMENTE
85 346
18 851
128 257
14 822
203 787
SADAS
340
ENTRADAS
2 069 546
SADAS
15
ENTRADAS
1 122 493
SADAS
14
721 886
6 808
CEBOLA DE
CONSUMO
4 781 358
83 042
10 404 368
266 006
9 946 286
661 061
7 702 981
67 853
9 567 860
252 757
8 480 571
266 144
TOTAL
4 866 704
101 894
10 532 625
280 828
10 150 073
661 401
9 772 527
67 868
10 690 353
252 771
9 202 456
272 952
Fonte: INE
Em 2004, cerca de 80% das quantidades de cebola para consumo (Quadro 61), foram
provenientes de Espanha e Frana. O valor de aquisies ao exterior totalizou aproximadamente
9,6 milhes de euros.
Quadro 61 - Comrcio Internacional Portugus de Cebola de consumo, por Pas, em
2004
ENTRADAS
O R IG E M
1000 Kg
A LEM A N H A
B LG IC A
3 9 1 8 ,2
8 4 8 ,4
S A D A S
EUR
D E S T IN O
1 5 2 2 6 4 8 B R A S IL
1 4 3 5 7 4 C A B O V ER D E
1000 Kg
EUR
2 6 4 ,0
84 734
9 5 ,1
24 387
ES PA N H A
1 6 0 1 7 ,2
3 6 6 9 1 7 5 ES PA N H A
1 5 9 ,8
62 615
FR A N A
1 3 5 0 3 ,1
3 5 4 4 9 5 8 R EIN O U N ID O
1 4 2 ,5
68 643
4 3 ,4
1 2 07 4
0 ,9
304
7 0 5 ,7
252 757
PA S ES B A IX O S
2 1 2 6 ,5
6 4 6 8 6 4 S .TO M PR IN C .
R EIN O U N ID O
7 5 ,3
1 6 4 2 0 O U TR O S
O U TR O S
6 9 ,1
24 221
TOTAL
3 6 5 5 7 ,8
FO N T E : IN E (dados provisrios)
48
Horticultura
3.11. Pepino
rea e Produo
Trata-se de uma cultura que efectuada predominantemente em estufa (85-90%), mas
tambm existe produo de ar livre, com cada vez menor importncia. produzida
essencialmente na zona do Oeste, Algarve, Grande Porto e Pvoa de Varzim-Esposende.
semelhana de outras culturas de Primavera/Vero, os produtores tm vindo a substituir a
cultura de ar livre pela de estufa, visando obter maiores produes e ultrapassar as dificuldades
que mais tm afectado a valorizao deste produto, nomeadamente, a qualidade e o calibre.
Na regio de Entre Douro e Minho tem-se verificado, nos ltimos anos, um maior interesse
produo desta cultura, dado o aumento do consumo de pepino. H interesse no acrscimo
rea em estufa, na procura de novas variedades e num maior cuidado na apresentao
produto. Verificou-se um ligeiro decrscimo na superfcie cultivada deste produto hortcola
Oeste e no Sotavento algarvio. Na regio algarvia esta diminuio deve-se ao abandono
estufas.
na
de
do
no
de
Continente/Pas
Mundo
Peso
%
2003
Produo (t)
Peso
%
2004
2003
Peso
%
2004
Peso
%
2 284 691
100
2 414 804
100
40 840 927
100
40 953 372
100
Europa
UE (25)
246 415
11
227 199
5 033 480
12
4 819 344
12
45 548
2 161 173
UE (15)
18 649
1 846 062
Portugal
300
300
7 000
Espanha
7 183
7 200
577 124
500 000
1 312 030
1 321 870
430 000
435 000
1
2
Federao Russa
Pases Baixos
Ucrnia
frica
Egipto
sia
China
Coreia do Sul
90 330
639
88 900
623
7 000
1
67 572
54 009
816 100
712 600
148 850
142 363
1 127 116
1 031 766
33 146
26 929
674 117
583 114
1 755 458
77
1 908 384
79
32 459 767
79
32 889 783
80
1 353 029
59
1 503 094
62
25 058 864
61
25 559 515
62
445 033
407 464
1
1
6 648
6 026
Indonsia
Iro
52 119
50 352
514 210
477 716
79 000
80 000
1 400 000
1 400 000
Japo
Turquia
14 100
14 500
684 100
672 900
2
4
60 000
60 000
1 780 000
1 725 000
127 584
130 252
2 125 211
2 114 658
Cuba
29 994
34 666
347 239
365 471
EUA/USA
70 340
68 660
1 015 750
969 400
Mxico
17 000
17 000
472 000
475 000
Amrica do Sul
5 104
5 326
75 965
78 481
Oceania
1 280
1 280
19 388
19 340
Fonte: FAO
49
Horticultura
2 0 0 0
2 0 0 1
2 0 0 2
2 0 0 3
2 0 0 4
MDIA (2000/04)
PRODUTO
ENTRADAS
SADAS
ENTRADAS
SADAS
ENTRADAS
SADAS
ENTRADAS
SADAS
ENTRADAS
SADAS
ENTRADAS
SADAS
556 150
37 083
554 607
36 019
880 259
9 409
1 315 905
32 598
882 801
77 358
837 944
38 493
PEPINO
Fonte: INE
SA D A S
1000 Kg
A LEM A N H A
EUR
0 ,1
B LG IC A
PA S ES B A IX O S
TOTAL
1000 Kg
1 1 ,2
ESPANHA
D ESTIN O
1 0 4 3 9 ES PA N H A
EUR
1 ,5
1 200
1 3 7 ,2
65 434
2 0 1 3 ,5
1 0 ,1
8 898
1 4 ,0
13 730 O UTRO S
1 ,0
1 826
1 4 9 ,7
77 358
2 0 3 8 ,7
F O N T E : IN E ( d a d o s p r o v is r io s )
3.12. Pimento
rea e Produo
Em 2003 produziram-se 47 637 toneladas de pimento e a rea cultivada foi 1 695 hectares. Nos
ltimos anos, tem vindo a notar-se um interesse crescente por esta cultura, motivado em parte,
pela possibilidade de escoamento da produo para a indstria. Geograficamente, no Ribatejo
Quadro 65 - Evoluo da rea e produo de pimento, por regio agrria, entre 1997 e
2002
Regio
1997
%C
Area
E. Douro e Minho Rend.
Prod.
18
29 889
538
Area
Rend.
Prod.
3
7 667
23
45
27 733
1 248
Beira Litoral
Area
Rend.
Prod.
4
22 000
88
Beira Interior
Area
Rend.
Prod.
660
29 698
19 601
67
Ribatejo e Oeste
Area
Rend.
Prod.
144
21 875
3 150
15
Alentejo
Area
Rend.
Prod.
Area
Rend.
Prod.
105
29 667
3 115
11
Trs-os-Montes
Algarve
Area
CONTINENTE Rend.
Prod.
Area - ha; Rend. - Kg/ha;
Fonte: INE
71
11
11
979 100
28 359
27 763 100
Prod. - t
1998
%C
19
34 158
649
3
9 333
28
47
32 000
1 504
5
21 200
106
694
34 029
23 616
67
152
24 967
3 795
15
110
34 127
3 754
11
71
11
11
1 030 100
32 478
33 452 100
1999
%C
19
34 158
649
3
9 333
28
47
32 000
1 504
5
21 200
106
694
34 029
23 616
67
152
24 967
3 795
15
110
34 127
3 754
11
71
11
11
1 030 100
32 478
33 452 100
2000
%C
21
33 571
705
3
10 000
30
51
32 059
1 635
5
23 000
115
755
34 000
25 670
67
165
25 000
4 125
15
120
34 000
4 080
11
71
11
11
1 120 100
32 464
36 360 100
2001
%C
25
34 000
850
4
15 250
61
92
31 989
2 943
5
23 000
115
755
34 000
25 670
55
361
25 136
9 074
26
122
34 000
4 148
60
21
10
1 364 100
31 423
42 861 100
2002
40
36 005
1 440
8
19 375
155
%C
3
3
1
0
110
32 455
3 570
6
23 167
139
902
33 949
30 622
57
423
25 000
10 575
27
89
35 857
3 206
62
21
1 578 100
31 492
49 706 100
Mdia
%C
1998/02
25
2
34 623
859
2
4
14 381
60
69
32 150
2 231
5
22 346
116
760
33 998
25 839
62
251
25 031
6 273
20
110
34 352
3 788
66
16
10
1 224 100
31 986
39 166 100
50
Horticultura
e Oeste que se localiza a maior mancha de produo, com 66% do total do Continente,
seguindo-se o Alentejo, com 16% e o Algarve, com 10% (mdia 1998-02).
As exploraes produtoras de pimento esto concentradas no sul do pas, registando o Ribatejo
e Oeste, o Alentejo e o Algarve, 71% do total de exploraes do Continente (IH 2000).
Escoamento da Produo
As principais formas de escoamento do pimento, de acordo com o Inqurito Horticultura 2000,
so:
Indstria (57%)
Retalhista (10%)
Venda directa ao consumidor (8%)
Outros intermedirios (8%)
Sector de distribuio (inclui as mdias e grande superfcies) (7%)
Central de comercializao (7%)
Agrupamentos de Agricultores (3%)
Comrcio Internacional Portugus
A balana comercial portuguesa relativa ao pimento deficitria. Tomando como referncia o
quinqunio 2000-04, o valor das entradas rondou os 6 milhes de euros e o das vendas 2
milhes de euros (Quadro 66).
Tem-se verificado nos ltimos anos, um aumento nas quantidades de pimento comprado ao
exterior, tendo atingido em 2004, 7% do total das entradas de hortcolas, a que correspondeu
um valor de 9 milhes de euros e um volume de 9,9 mil toneladas. Espanha e os Pases Baixos
so os principais compradores de pimento nacional. Contudo, tambm a nvel das sadas se
verificou algum progresso.
Quadro 66 - Evoluo do Comrcio Internacional Portugus de Pimento, em valor, no
perodo de 2000 a 2004
Unidade: EUR
2 0 0 0
2 0 0 1
2 0 0 2
2 0 0 3
2 0 0 4
MDIA (2000/04)
PRODUTO
PIMENTO
ENTRADAS
SADAS
ENTRADAS
SADAS
ENTRADAS
SADAS
ENTRADAS
SADAS
ENTRADAS
SADAS
ENTRADAS
SADAS
4 157 645
813 073
5 036 916
595 068
5 333 001
2 476 484
7 436 946
2 072 771
9 114 325
2 734 376
6 215 767
1 738 354
Fonte: INE
51
Horticultura
S AD A S
10 0 0 K g
A LE M A N HA
EUR
255,7
B LG IC A
51 851 ES PA N H A
9 328,6
FR A N A
15 30 4
1 629,6
1 172 7 31
72,9
67 99 6
867,2
1 476 4 23
0,5
1 92 2
2 58 1,9
2 73 4 3 76
24 552 PA S ES B AIX O S
G U IN B IS S AU
11,9
10 999 O UTR O S
N D IA
13,0
28 864
205,2
358 782
O U TR O S
7,2
24 145
TOTAL
9 8 57 ,2
9 1 14 32 5 TO TA L
E UR
11,7
8 229 435 FR A N A
9,1
PA S ES B A IX O S
1000 Kg
385 697 C A B O V ER D E
26,4
ES PA N H A
D E S T IN O
1999
%C
Area
E. Douro e Minho Rend.
Prod.
7 782
15 227
118 493
13
Area
Rend.
Prod.
15 244
10 761
164 048
26
Area
Rend.
Prod.
13 113
21 410
280 742
22
Area
Rend.
Prod.
6 414
10 438
66 950
11
Area
Ribatejo e Oeste Rend.
Prod.
13 758
16 420
225 917
23
Area
Rend.
Prod.
1 723
12 597
21 705
Area
Rend.
Prod.
944
16 093
15 192
Area
Rend.
Prod.
58 978
15 142
893 048
100
Trs-os-Montes
Beira Litoral
Beira Interior
Alentejo
Algarve
CONTINENTE
13
18
31
25
99
2000
%C
7 352
9 813
72 150
14
13 954
9 251
129 082
26
11 901
19 583
233 067
22
6 227
9 488
59 079
12
12 130
13 158
159 611
22
1 637
11 656
19 075
944
15 327
14 469
54 145
12 680
686 532
100
11
19
34
23
100
2001
%C
6 001
11 691
70 157
13
13 740
11 256
154 661
29
10 472
21 533
225 489
22
5 424
9 353
50 728
12
8 427
12 547
105 737
18
1 586
11 542
18 305
944
15 327
14 469
46 594
13 726
639 546
100
11
24
35
17
100
2002
%C
6 063
13 002
78 831
12
13 745
12 070
165 903
28
11 182
21 389
239 169
23
5 501
9 733
53 540
11
10 499
14 972
157 186
21
1 575
11 544
18 182
907
15 867
14 391
49 472
14 699
727 202
100
11
23
33
22
100
2003
%C
5 766
12 063
69 557
13
11 982
11 536
138 219
26
10 606
21 099
223 780
23
5 485
9 653
52 947
12
9 035
16 810
151 880
20
1 614
11 879
19 172
933
15 751
14 696
45 421
14 756
670 251
100
2004
%C
5 967
13 096
78 141
13
11 899
11 588
137 885
26
11 178
19 572
218 772
25
4 482
10 067
45 121
10
9 245
20 961
193 785
20
1 533
11 422
17 510
892
15 947
14 225
45 196
15 608
100 705 439
100
10
21
33
23
11
20
31
27
100
2005 (*)
%C
5 450
12 226
66 630
14
10 875
9 320
101 355
28
9 635
15 396
148 345
25
3 543
8 847
31 345
7 939
18 005
142 945
20
1 208
11 303
13 654
476
14 515
6 909
39 126
13 065
511 183
100
13
20
29
28
100
Mdia
%C
01-05
5 849
13
12 422
72 663
11
12 448
11 215
139 605
28
10 615
19 889
211 111
24
4 887
9 563
46 736
11
9 029
16 647
150 307
20
1 503
11 552
17 365
830
15 580
12 938
21
32
23
45 162 100
14 409
650 724 100
Prod. - t
Na Beira Litoral, a maior produo de batata primor encontra-se nas NUTS III do Baixo Vouga e
Baixo Mondego, que em 2003, contriburam com 85% da produo de batata primor da regio.
52
Horticultura
Segundo o RGA 99, as exploraes que produzem batata de conservao esto concentradas na
Beira Litoral, Entre Douro e Minho e Trs-os-Montes, que detm 30%, 29% e 21%,
respectivamente, do total de exploraes. Em termos regionais, as exploraes com batata
primor esto concentradas na Beira Litoral, com 48% do total de exploraes, no Entre Douro e
Minho e Ribatejo e Oeste, com 24% e 19%, respectivamente.
No Continente a rea mdia de batata por explorao de 0,3 hectares. As exploraes
situadas no Alentejo atingem os valores mais elevados (1,1 hectares), seguidas das exploraes
do Ribatejo e Oeste com 0,7 hectares. A rea mdia por explorao atinge o maior valor, no
Alentejo, na batata primor (2,43 hectares).
A Batata de Trs-os-Montes foi recentemente registada como IGP (Indicao Geogrfica
Protegida).
De acordo com os dados da FAO (Quadro 69), a produo mundial de batata em 2004
estimava-se em aproximadamente 330 milhes de toneladas, correspondendo a uma superfcie
de 19 milhes de hectares. A produo distribui-se essencialmente por dois dos Continentes, a
Europa (43%) e a sia (39%). A China o maior produtor do mundo, com um volume anual de
cerca de 70 milhes de toneladas, o que representa cerca de 21% da produo mundial.
Seguem-se-lhe a Federao Russa e a ndia, com pesos na produo mundial de 11% e 8%,
respectivamente.
Quadro 69 - rea e Produo mundial de Batata em 2003 e 2004
rea (ha)
Continente/Pas
Mundo
2003
Peso
%
2004
18 972 088
100
Europa
UE (25)
8 175 821
43
UE (15)
1 236 230
Portugal
Produo (t)
18 753 576
Peso
%
2003
2004
Peso
%
100
100
100
8 016 947
43
41
43
2 249 240
12
67 162 967
20
80 000
Peso
%
41 721 679
80 000
13
1 200 000
1 250 000
Alemanha
283 624
295 300
10 231 737
13 044 000
Bielorssia
530 000
509 000
8 649 400
9 902 100
Federao Russa
3 175 000
17
3 130 000
17
36 746 512
12
35 914 240
11
Frana
157 278
159 638
6 348 126
7 254 221
Pases Baixos
158 600
163 905
6 468 762
7 488 000
Polnia
765 771
713 250
13 731 500
13 998 654
Reino Unido
145 000
149 000
5 918 000
6 316 000
Romnia
Ucrnia
frica
Arglia
Egipto
282 000
265 622
3 947 177
4 230 210
1 586 900
1 556 000
18 453 000
20 754 800
1 214 375
1 334 223
13 913 949
15 110 335
1 879 918
1 800 000
88 660
90 000
104 217
2 039 351
2 546 610
7 877 206
42
7 729 775
41
40
39
Bangladesh
245 242
270 730
3 386 000
3 908 000
Casaquisto
166 014
168 200
2 308 340
2 260 630
4 523 764
24
4 301 512
23
68 139 264
22
70 036 279
21
sia
China
ndia
82 879
1 370 000
1 400 000
25 000 000
25 000 000
Iro
175 000
190 000
3 750 000
4 180 000
Japo
Turquia
2 939 000
2 884 000
195 000
179 000
5 300 000
4 800 000
790 724
746 392
28 571 002
28 424 974
Canada
180 890
170 530
5 282 420
5 170 790
EUA
505 300
472 230
20 766 100
20 685 670
866 373
878 409
13 980 586
13 675 218
Brasil
151 850
139 883
3 089 020
2 931 180
Colombia
164 088
161 873
Per
213 300
250 600
Amrica do Sul
Oceania
88 400
85 000
47 589
47 830
2 872 284
2 836 187
3 151 355
2 996 090
1 750 110
1 814 115
Fonte: FAO
Nota: Os dados da FAO relativos a Portugal no coincidem com os dados estatsticos nacionais.
A Europa e a sia tm praticamente as mesmas produtividade mdias por hectare (18 e 17 t/ha
respectivamente). Destacam-se na Europa, a Alemanha, a Frana, os Pases Baixos e o Reino
Unido, por terem rendimentos superiores a 40 toneladas de batata por hectare.
Comrcio Internacional Portugus
A batata de conservao e a batata semente so os produtos hortcolas mais adquiridos ao
exterior, representando 26% e 13%, respectivamente, do valor total das entradas. A balana
53
Horticultura
2 0 0 0
2 0 0 1
2 0 0 2
2 0 0 3
2 0 0 4
MDIA (2000/04)
PRODUTO
BATATA PRIMOR
ENTRADAS
SADAS
929 771
ENTRADAS
SADAS
1 858 730
2 046 838
2 267 610
BATATA
CONSERVAO
36 387 068
7 430 939
BATATA SEMENTE
14 319 772
17 862 665
936 952
TOTAL
463 274
ENTRADAS
SADAS
ENTRADAS
SADAS
ENTRADAS
SADAS
ENTRADAS
1 900 412
1 146 471
531 881
246 166
2 304 359
214 961
1 542 652
26 120 314 12 248 431 28 266 661 8 550 224 34 515 794 12 636 225 30 018 616
19 851 858
1 036 813
15 982 665
893 415
16 608 831
1 659 935
16 925 158
SADAS
1 146 788
9 236 353
998 078
56 296 571 10 635 501 47 872 584 14 431 715 44 781 207 9 689 805 53 428 984 14 511 121 48 486 426 11 381 219
Fonte: INE
Cerca de 50% da quantidade e do valor de batata comprada ao exterior, foi oriunda de Frana,
seguindo-se a Espanha, com alguma importncia. O Reino Unido, com 45%, e a Frana, com
18% do valor, foram os principais compradores de batata nacional (Quadro 71).
excepo dos ltimos trs anos, o saldo da balana comercial da batata primor tem sido
positiva. Em 2004, o valor de compras ao exterior totalizou 2,3 milhes de euros. Cerca de 50%
do valor de batata comprada ao exterior foi oriunda de Frana, seguindo-se a Espanha, com
alguma importncia (26%). A Espanha com um valor de 40%, a Alemanha (24%) e os Pases
Baixos (22%), foram os principais compradores de batata primor nacional.
54
Horticultura
SADAS
PRODUTO
ORIGEM
BATATA
DE
CONSERVAO
1000 Kg
ALEMANHA
BLGICA
DINAMARCA
ESPANHA
FRANA
IRLANDA
PASES BAIXOS
REINO UNIDO
OUTROS
535,7
EUR
DESTINO
BATATA
PRIMOR
BATATA
SEMENTE
28 334
707,3
4 778,1
1 433 477
1 696,5
388 216
6 138,4
1 575 485
4 355,0
2 320 798
140,2
40 086
75 960,1
107 529,5
1 855,3
15 599,6
1 058,6
26,2
210 437,6
250,0
1 698,4
FRANA
5 655,2
ISRAEL
833,0
MARROCOS
339,4
135 617
PASES BAIXOS
253,5
52 265
OUTROS
124,2
28 002
9 153,7
ALEMANHA
3 546,3
DINAMARCA
4 501,3
ESPANHA
2 316,1
FRANA
4 419,6
1 936 694
766,8
280 999
31 248,8
9 792 796
2 090,2
729 147
IRLANDA
PASES BAIXOS
REINO UNIDO
OUTROs
TOTAL
73 995
175,6
ESPANHA
TOTAL
161,3
OUTROS
TOTAL
EUR
7 165,5
REINO UNIDO
BLGICA
1000 Kg
1 065,9
49 955,0
230,1
81 089
2 614,2
958 829
4 831,9
5 664 813
247,9
71 103
25 369,4
12 636 225
77,8
50 712
159,0
30 420
264,4
87 269
127,0
46 560
628,1
214 961
24,2
8 957
3 270,4
1 641 944
13,6
9 034
3 308,2
1 659 935
336 578
16 608 831 TOTAL
Balano de Aprovisionamento
Em Portugal, nos ltimos vinte anos, tm-se registado algumas oscilaes no consumo de
batata, notando-se um decrscimo evidente a partir de meados da dcada de 90 (Quadro 72).
Em 2004/2005 o consumo de batata era de 978 000 toneladas (93 kg/habitante/ano).
55
Horticultura
1983/84
1984/85
1985/86
1986/87
1987/88
1988/89
1989/90
1990/91
1991/92
1992/93
1993/94
1994/95
1995/96
1996/97
1997/98
1998/99
1999/00
2000/01
2001/02
2002/03
2003/04
2004/05 (b)
Produo
Utilizvel
(c)
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
Comrcio
Internacional
Entradas
394
547
702
577
641
280
358
343
421
569
241
324
436
326
861
931
949
743
694
781
736
770
97
104
58
251
249
228
197
318
376
201
360
231
235
303
457
504
312
453
377
349
419
384
Utilizao Interna
Recursos
Disponveis
Variao de
Existncias
Sadas
3
1
8
2
4
7
10
9
10
14
24
43
29
30
28
37
38
29
54
33
42
39
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
488
650
752
826
886
501
545
652
787
756
577
512
642
599
290
398
223
167
017
097
113
115
o
o
o
o
o
o
o
o
o
o
o
30
18
-4
- 30
30
- 10
10
- 40
10
30
40
Total
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
488
650
752
826
886
501
545
652
787
756
577
542
660
595
320
368
233
157
057
087
083
075
Sementeira
186
191
180
184
174
176
174
163
158
127
130
137
127
118
125
90
83
72
76
70
69
57
Consumo
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
291
366
440
512
588
321
351
424
504
529
402
360
385
376
145
093
055
010
946
971
974
978
Capitao
(kg)
131
138
145
153
160
134
137
144
153
155
142
137
140
139
113
108
103
99
92
93
93
93
Grau de AutoAprovisionamento
(%)
94
94
97
86
87
85
88
81
80
89
79
86
87
83
65
90
77
64
66
72
68
72
56
Horticultura
predomina sobre o cultivo de ar livre. Em 2003, a produo de tomate fresco foi 98 646
toneladas para uma rea cultivada de 1 550 hectares. Nos ltimos anos tem vindo a observarse um crescimento das produes. Esta cultura assume maior importncia nas regies do
Ribatejo e Oeste e Algarve, com, respectivamente, 50% e 30% do total da produo do
Continente no quinqunio 1998-02 (Quadro 73). De referir que o Entre Douro e Minho, embora
com menor expresso, produz cerca de 12% do total. As produtividades mais elevadas
registam-se nas regies do Algarve, Entre Douro e Minho e Beira Litoral.
Aproximadamente 42% das exploraes esto localizadas no Ribatejo e Oeste e no Algarve,
registando o Entre Douro e Minho, 17% do total das exploraes (IH 2000).
Quadro 73 - Evoluo da rea e produo de tomate fresco, por regio agrria, entre
1997 e 2002
Regio
1997
%C
Area
E. Douro e Minho Rend.
Prod.
62
71 323
4 422
Area
Rend.
Prod.
15
30 200
453
Area
Rend.
Prod.
34
69 000
2 346
Beira Interior
Area
Rend.
Prod.
7
29 143
204
Ribatejo e Oeste
Area
Rend.
Prod.
Alentejo
Trs-os-Montes
Beira Litoral
Algarve
1998
%C
68
69 926
4 755
17
28 647
487
37
68 162
2 522
7
31 286
219
460
53 285
24 511
53
Area
Rend.
Prod.
84
20 214
1 698
10
Area
Rend.
Prod.
211
76 825
16 210
24
Area
CONTINENTE Rend.
Prod.
Area - ha; Rend. - Kg/ha;
Fonte: INE
49
33
873 100
57 095
49 844 100
Prod. - t
1999
%C
82
69 866
5 729
20
29 350
587
45
67 533
3 039
9
29 333
264
500
52 712
26 356
53
91
20 066
1 826
10
229
76 114
17 430
24
49
33
949 100
56 475
53 595 100
2000
%C
93
70 000
6 510
23
29 000
667
51
67 706
3 453
10
30 000
300
603
52 662
31 755
53
110
20 000
2 200
10
276
76 087
21 000
24
49
33
1 145 100
56 397
64 574 100
2001
%C
95
70 000
6 650
28
27 500
770
51
67 706
3 453
12
30 000
360
685
52 679
36 085
53
125
20 000
2 500
10
314
76 000
23 864
24
49
33
1 301 100
56 402
73 379 100
2002
130
79 999
10 400
%C
9
12
38
31 947
1 214
54
71 074
3 838
13
29 923
389
754
52 645
39 694
52
182
18 989
3 456
13
317
77 000
24 409
22
50
31
1 439 100
54 755
78 792 100
Mdia
%C
1998/02
94
7
72 743
6 809
10
25
29 563
745
48
68 508
3 261
10
30 039
306
700
59 157
41 410
49
648
54 072
35 060
52
190
19 000
3 610
13
140
19 473
2 718
11
317
75 485
23 929
22
291
76 140
22 126
23
49
28
1 442 100
58 800
84 790 100
49
31
1 255 100
56 585
71 026 100
Escoamento da Produo
As principais formas de escoamento do tomate, de acordo com o Inqurito Horticultura 2000,
so:
Outros intermedirios (26%)
Central de comercializao (24%)
Retalhista (18%)
Venda directa ao consumidor (14%)
Sector de distribuio (inclui as mdias e grande superfcies) (8%)
Indstria (6%)
Agrupamentos de Agricultores (4%)
No Continente, em 2004, existiam 8 OP a comercializar tomate fresco, que movimentaram 2
milhes de euros, montante correspondente ao VPC, tal como referenciado no Quadro 74.
Avaliando este VPC, constata-se que a regio algarvia, com apenas uma OP responsvel por
45% do VPC do Continente e tem uma concentrao da oferta de cerca de 55% do volume total
do Continente. O Ribatejo e Oeste, com 5 OP responsvel por 50% do total do VPC gerado.
Comparando os volumes de produo comercializados pelas OP, com a produo de tomate da
regio, obtida no quinqunio 1998/02 (Quadro 73), verifica-se que, apenas 7%, 5% e 3% do
57
Horticultura
produto do Algarve, Entre Douro e Minho e Ribatejo e Oeste, respectivamente, foi vendido
atravs destas organizaes. Estes valores evidenciam a fraca organizao do sector.
Quadro 74 - Caracterizao das Organizaes de Produtores de Tomate fresco em
2004
Volume
de Produo (t)
VPC (EUR)
17
1 556
864 920
722
41
304
106 871
Ribatejo e Oeste
26
27
949
957 841
TOTAL
2 810
1 930 355
Regio
N OP
N Produtores
Algarve
Beira Litoral
rea (ha)
75
48
Fonte: GPPAA
2 0 0 0
2 0 0 1
2 0 0 2
2 0 0 3
2 0 0 4
MDIA (2000/04)
PRODUTO
ENTRADAS
TOMATE FRESCO
SADAS
ENTRADAS
SADAS
ENTRADAS
SADAS
ENTRADAS
SADAS
ENTRADAS
SADAS
ENTRADAS
SADAS
12 476 752
4 069 419
19 947 472
5 471 700
18 353 312
5 379 043
16 987 206
8 608 596
16 179 193
5 705 308
Fonte: INE
1000 Kg
A LE M A N H A
EUR
3 9 0 0 ,3
B L G IC A
2 3 ,6
E S PA N H A
SADAS
2 4 7 7 0 ,8
D E S T IN O
1000 Kg
EUR
1 4 ,6
14 500
9 3 2 1 2 ,8
5 570 535
5 ,4
3 768
1 2 9 6 ,0
3 016 742
FRANA
6 5 ,0
5 8 4 9 5 R E IN O U N ID O
PA S E S B A IX O S
7 4 ,1
6 1 6 7 8 O U TR O S
1 ,5
3 051
2 8 8 3 3 ,9
16 987 206 TO TA L
9 4 5 3 0 ,3
8 608 596
TOTAL
Como se pode observar no Quadro 76, cerca de 80% deste valor, foi oriundo de Espanha,
seguindo-se a Alemanha, com quase 20% do total de compras. Em relao s vendas de
produto ao exterior, Espanha adquiriu a quase totalidade do tomate (93 mil toneladas),
enquanto o Reino Unido, absorveu apenas 1,3 mil toneladas, no entanto, representou 35% do
valor total de sadas. A maior parte do tomate comprado por Espanha, teve como destino a
indstria e cerca de 72% das vendas ocorreram nos meses de Agosto e Setembro.
Balano de Aprovisionamento
Em Portugal, nos ltimos vinte anos, o consumo humano de tomate fresco aumentou mais do
dobro, tendo atingido em 2002-03, as 110 mil toneladas.
58
Horticultura
Cam panhas
(a)
Com rcio
Internacional
Produo
Utilizvel
Entradas
1983/84
1984/85
1985/86
1986/87
1987/88
1988/89
1989/90
1990/91
1991/92
1992/93
1993/94
1994/95
1995/96
1996/97
1997/98
1998/99
1999/00
2000/01
2001/02
2002/03 (b)
613
787
795
716
531
520
698
910
802
528
595
970
001
131
950
130
087
946
045
958
1
1
1
1
1
Utilizao Interna
Recursos
Disponveis
Total
Sadas
o
o
o
o
o
o
1
1
3
5
8
6
9
11
17
15
30
22
41
50
o
1
2
1
1
2
2
2
2
4
2
2
4
3
3
4
4
12
2
35
1
1
1
1
1
613
786
793
715
530
518
697
909
803
529
601
974
006
139
964
141
113
956
084
973
1
1
1
1
1
Transf.
Industrial
613
786
793
715
530
518
697
909
803
529
601
974
006
139
964
141
113
956
084
973
Consum o
Hum ano
558
729
50
52
52
54
57
57
62
71
76
77
85
91
124
176
154
67
109
100
113
110
n.d.
736
656
463
456
823
706
447
501
853
831
863
772
988
997
855
949
857
Nota: Os dados referentes s campanhas de 1996/97 a 1998/99 foram retificados devido reviso de srie,
merc do RGA 99 e ao inqurito Horticultura de 2000
(a) Perodo de referncia: Abril do ano n a Maro do ano n+1
(b) Dados provisrios
Fonte: INE
1999
%C
Area
Rend.
Prod.
54
60 000
3 253
10 980
73 894
811 328
73
Ribatejo e Oeste
Area
Rend.
Prod.
Area
Rend.
Prod.
4 093
47 844
195 825
27
Alentejo
Area
Rend.
Prod.
15 127
66 796
1 010 406
100
Beira Litoral
CONTINENTE
80
19
100
2000
%C
60
41 806
2 494
9 993
75 119
750 664
77
2 882
47 692
137 436
22
12 934
68 855
890 594
100
84
15
100
2001
%C
34
59 824
2 034
8 869
83 016
736 271
77
2 588
66 936
173 230
23
11 491
79 326
911 535
100
81
19
100
2002
%C
47
52 234
2 455
9 540
75 141
716 849
80
2 311
64 090
148 112
19
11 898
72 904
867 416
100
83
17
100
2003
%C
14
50 786
711
9 849
73 783
726 687
79
2 588
64 445
166 783
21
12 451
71 816
894 181
100
2004
%C
14
92 857
1 300
11 291
88 108
994 830
81
2 710
75 572
204 800
19
14 015
85 689
100 1 200 930
100
81
19
2005 (*)
%C
39
76 923
3 000
10 966
81 602
894 850
80
2 679
69 882
187 215
20
13 684
79 294
100 1 085 065
100
83
17
82
17
100
Mdia
01-05
30
64 189
1 900
%C
0
0
10 103
80 560
813 897
80
2 575
68 355
176 028
20
82
18
12 708 100
78 049
991 825 100
Prod. - t
59
Horticultura
De acordo com os dados da FAO (Quadro 79), a produo mundial de tomate para indstria
para o ano de 2004 estimava-se em 124 milhes de toneladas, distribudas por uma superfcie
de 4,5 milhes de hectares. A sia o maior produtor do mundo, com um volume anual de 62
milhes de toneladas, o que representa 50% da produo mundial. Destaca-se a China com
24% da produo mundial. A Europa tem um peso de 19% na produo mundial, sobressaindo
a Itlia e a Espanha como os maiores produtores deste Continente, com pesos de 6 e 4%,
respectivamente. Os Estados Unidos ocupam a 2 posio no ranking mundial, com produes
anuais superiores a 11 milhes de toneladas.
A Europa a 25 Estados Membros produz em mdia, cerca de 60 toneladas de tomate para
indstria por hectare. Portugal e Espanha destacam-se por terem as maiores produtividades,
com valores superiores a 64 toneladas por hectare. Os EUA conseguem produzir cerca de 74
toneladas de tomate por hectare. A sia, com 50% da produo mundial, atinge, em mdia,
rendimentos mais baixos (23 t/ha).
Quadro 79 - rea e Produo mundial de tomate para indstria em 2003 e 2004
rea (ha)
Continente/Pas
2003
Mundo
Peso
%
Produo (t)
2004
Peso
%
Peso
%
2003
Peso
%
2004
4 286 493
100
4 520 827
100
100
Europa
UE (25)
675 613
16
685 208
15
21 120 397
18
23 429 437
19
301 472
17 849 452
14
UE (15)
254 006
Portugal
12 451
Espanha
62 973
69 900
Federao Russa
156 670
150 910
Itlia
130 507
49 300
Romnia
Ucrnia
frica
Egipto
100
15 113 302
13
894 181
1 200 930
3 947 327
4 441 800
2 021 070
2 017 860
144 963
6 651 505
7 682 504
58 484
818 900
1 330 085
14 015
0
1
107 483
96 000
1 265 200
1 145 700
675 311
16
679 892
15
14 037 566
12
14 815 850
12
192 976
195 164
7 140 198
7 640 818
1 004 110
1 201 230
Marrocos
19 095
Tunsia
21 690
27 000
32 000
992 000
1 118 000
2 462 337
57
2 668 777
59
60 434 099
51
61 662 812
50
1 055 126
25
1 255 046
28
28 842 743
25
30 143 929
24
540 000
13
540 000
12
7 600 000
7 600 000
Iro
130 000
130 000
4 200 000
4 200 000
Sria
Turquia
900 000
920 000
260 000
255 000
9 820 000
9 440 000
63 880
56 380
1 410 300
1 245 470
316 261
sia
China
ndia
19 000
Usbequisto
Amrica do Norte e Central
20 000
330 977
14 641 429
12
47 415
58 100
643 700
788 700
168 200
172 810
10 522 000
12 766 000
10
67 084
67 084
2 148 130
2 148 130
148 544
146 389
6 657 913
6 479 997
Brasil
63 479
59 315
3 708 600
3 489 270
Chile
19 000
17 900
1 250 000
1 200 000
8 427
9 585
456 799
567 340
Cuba
EUA
Mxico
Amrica do Sul
Oceania
17 156 345
14
Fonte: FAO
Organizaes de Produtores
Quadro 80 - Caracterizao das Organizaes de Produtores de tomate para indstria
em 2004
rea (ha)
Volume
de Produo (t)
VPC (EUR)
134
2 075
146 193
11 877 565
25
648
11 748
919 162
74 613 618
31
782
13 823
1 065 355
86 491 183
Regio
N OP
Alentejo
Ribatejo e Oeste
TOTAL
N Produtores
Fonte: GPPAA
60
Horticultura
Unidade: 10 t
Campanhas
(a)
Produo
Utilizvel
Comrcio
Internacional
Entradas
1983/84
1984/85
1985/86
1986/87
1987/88
1988/89
1989/90
1990/91
1991/92
1992/93
1993/94
1994/95
1995/96
1996/97
1997/98
1998/99
1999/00
2000/01
2001/02
2002/03 (b)
558
729
736
656
463
456
620
823
706
447
501
853
831
863
772
988
997
855
949
857
o
o
o
1
1
5
2
4
6
7
14
34
27
22
29
23
34
21
29
31
Recursos
Disponveis
Variao de
Existncias
Consumo
Humano
Sadas
504
498
588
477
611
593
619
401
585
698
707
758
778
678
788
762
827
790
873
854
54
231
148
180
-147
-132
3
426
127
-244
-192
129
80
207
13
249
204
86
105
34
o
176
93
125
-203
-190
-55
367
64
-313
-263
57
10
135
59
166
121
4
21
- 48
54
55
55
55
56
58
58
59
63
69
71
72
70
72
72
83
83
82
84
82
Da anlise do Quadro 81, constata-se que ao longo dos ltimos vinte anos tem havido um
aumento da produo utilizvel de tomate para indstria e das sadas de produto para outros
pases, que aumentou 40% desde a campanha 1983/84 para a de 2002/03. O consumo humano
seguiu a mesma tendncia crescente, atingindo as 82 000 toneladas nesta ltima campanha, ou
seja, mais 34% que duas dcadas atrs.
61
Horticultura
A falta de gua de qualidade poder ser um factor limitante ao desenvolvimento das fileiras
hortofrutcolas, assim o investimento nas infra estruturas de regadio fundamental para
assegurar competitividade nas regies que tm condies naturais para a sua produo.
Estmulo ao consumo interno, atravs de campanhas de informao e promoo, no sentido de
alterar hbitos alimentares e contribuir para a melhoria da sade;
Reduo do dficit da balana comercial, contribuindo para a diminuio das importaes e
aumento das vendas de produto para o mercado externo, explorando a qualidade e a produo
em pocas especficas.
Estudo do mercado de modo a identificar os "nichos de mercado".
Para a sustentabilidade do sector necessrio aumentar a oferta de qualidade e reduzir custos
de produo ao longo de toda a fileira, o que se traduz pela necessidade de investir na
modernizao das exploraes, na aquisio de equipamento e ainda em infra estruturas. Nas
Centrais e Unidades de Transformao haver que investir no seu redimensionamento,
modernizao, reduo de custos nomeadamente energticos, e na criao de novas infra
estruturas.
A criao de condies que permitam captao de investidores em agro-indstrias, reduzindo os
chamados custos de contexto, grande parte simplificados desde que existam entendimentos
entre as instituies da Administrao Pblica e proactividade no desenvolvimento de projectos
integrados.
A cooperao empresarial e a estruturao da oferta so fundamentais para o ganho de escala e
reduo de custos. O reforo da Organizao Comercial dos produtores, atravs do aumento da
dimenso das empresas, tendo em vista uma cada vez maior tendncia de concentrao das
grandes empresas de distribuio.
Desenvolvimento de Organizaes de Produtores Reconhecidas, que funcionam como
instrumento de comercializao e de criao de fundos operacionais de apoio ao
desenvolvimento da produo.
A Implementao de uma poltica de Certificao dos produtos e de Fiscalizao adequada.
necessrio actuar sobre a comercializao desleal, que actua quase sempre sem documentao,
face s empresas que declaram e pagam impostos.
A aposta na inovao e I & D uma necessidade sentida pelo sector, sendo um factor crtico de
sucesso, bem como a aposta na qualidade, na criao de marcas, iniciativas de reconhecimento
de produo que conduza certificao.
O incentivo ao cuidado ambiental, com crescente certificao em Produo Integrada e
Agricultura Biolgica, bem como nas questes relacionadas com a higiene e segurana no
trabalho, desde a produo at ao consumidor, integrando quer os produtos frescos quer os
transformados.
A mo-de-obra requerida pelo sector representa 47% do total de UTA do Pas. O sector
evidencia a necessidade de contratao de mo-de-obra qualificada para as diversas tarefas
(como por exemplo produo em estufa, culturas em substrato). O mesmo desafio se coloca
para as Centrais e Unidades de Transformao. A possibilidade de recorrer a trabalhadores
sazonais provenientes de outros pases hoje uma realidade, sendo no entanto dificultada pela
burocrtica associada e demora dos procedimentos. Este processo precisa de ser revisto.
A qualificao dos agentes e o apoio maior disponibilidade de prestadores de servios
tambm fundamental, sendo cada vez maior o nmero de empresas agrcolas a recorrerem a
estes servios.
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