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HORTICULTURA

2007

Horticultura

ndice Geral

1.

ESTRUTURA DAS EXPLORAES AGRCOLAS COM CULTURAS HORTCOLAS ................... 7


1.1.

Nmero de Exploraes e rea Base................................................................... 7

1.2.

Dimenso das exploraes com Culturas Hortcolas .............................................. 8

1.3.

Rega .............................................................................................................. 9

1.4.

Foragem........................................................................................................ 9

1.5.

Mo de Obra...................................................................................................10

2.

ESCOAMENTO DA PRODUO ..................................................................................11

3.

PRODUO HORTCOLA. CARACTERIZAO DAS PRINCIPAIS CULTURAS......................16


3.1.

Alface ............................................................................................................21

3.2.

Alho Francs...................................................................................................24

3.3.

Alho Seco.......................................................................................................25

3.4.

Couves ..........................................................................................................27

3.4.1.

Couve Repolho ........................................................................................................................ 30

3.4.2.

Couve Lombardo...................................................................................................................... 31

3.4.3.

Couve Brcolo.......................................................................................................................... 32

3.4.4.

Couve Flor ............................................................................................................................... 33

3.4.5.

Couve Tronchuda (Portuguesa e Penca)................................................................................. 34

3.5.

Grelos............................................................................................................35

3.6.

Ervilha ...........................................................................................................36

3.7.

Fava ..............................................................................................................38

3.8.

Feijo Verde ...................................................................................................39

3.9.

Cenoura .........................................................................................................43

3.10.

Cebola ...........................................................................................................46

3.11.

Pepino ...........................................................................................................49

3.12.

Pimento .........................................................................................................50

3.13.

Batata de Conservao e Batata Primor .............................................................52

3.14.

Batata Doce ...................................................................................................56

3.15.

Tomate Fresco ................................................................................................56

Horticultura

3.16.
4.

Tomate para Indstria .....................................................................................59

PERSPECTIVAS PARA O SECTOR HORTCOLA .............................................................61

ndice de Quadros

Quadro 1 - Exploraes e rea base com culturas hortcolas................................................. 7


Quadro 2 - Repartio regional da rea e do nmero de exploraes, por classes de rea de
horticultura intensiva em estufa ................................................................................... 8
Quadro 3 - Repartio regional da rea e do nmero de exploraes, por classes de rea de
horticultura intensiva de ar livre ................................................................................... 8
Quadro 4 - Repartio regional da rea e do nmero de exploraes, por classes de rea de
horticultura extensiva ................................................................................................. 9
Quadro 5 - Tipos de rega utilizados nas culturas hortcolas por regio ................................... 9
Quadro 6 - Estufas com culturas hortcolas, por regio .......................................................10
Quadro 7 - Mo-de-obra afecta s culturas hortcolas .........................................................10
Quadro 8 - Volume de mo de obra utilizada na horticultura (UTA) ......................................11
Quadro 9 - Formas de escoamento da produo hortcola ...................................................12
Quadro 10 - Formas de escoamento da produo comercializada, por classes de rea base de
horticultura...............................................................................................................12
Quadro 11 - Nmero de cmaras frigorficas e volume, afectas s culturas hortcolas, por classes
de rea base de horticultura .......................................................................................13
Quadro 12 - Organizaes de Produtores de Produtos Hortcolas Distribuio por regio; rea,
volume de produo e respectivo VPC em 2004.............................................................14
Quadro 13 - Produtos hortcolas contratados pelas unidades de ultra congelao ...................15
Quadro 14 - Produo de Hortcolas .................................................................................16
Quadro 15 - Evoluo da rea e produo de hortcolas, por regio agrria, entre 1997 e 2002
...............................................................................................................................17
Quadro 16 - Evoluo do Comrcio Internacional Portugus de produtos hortcolas, em valor, no
perodo de 2000 a 2004 .............................................................................................18
Quadro 17 - Evoluo do Comrcio Internacional Portugus de produtos hortcolas, em volume,
no perodo de 2000 a 2004 .........................................................................................18
Quadro 18 - Balano de Aprovisionamento dos produtos hortcolas: campanhas de 1983/84 a
2002/03 ...................................................................................................................20
Quadro 19 - Evoluo das cotaes mais frequentes de produtos hortcolas, nos mercados de
produo ..................................................................................................................21
Quadro 20 - Evoluo da rea e produo de alface, por regio agrria, entre 1997 e 2002 ....22

Horticultura

Quadro 21 - rea e Produo mundial de alface em 2003 e 2004.........................................23


Quadro 22 - Caracterizao das Organizaes de Produtores de Alface em 2004....................24
Quadro 23 - Evoluo do Comrcio Internacional Portugus de Alface, em valor, no perodo de
2000 a 2004 .............................................................................................................24
Quadro 24 - Comrcio Internacional Portugus de Alface, por Pas, em 2004.........................24
Quadro 25 - Evoluo do Comrcio Internacional Portugus de Alho francs, em valor, no
perodo de 2000 a 2004 .............................................................................................25
Quadro 26 - Comrcio Internacional Portugus de Alho Francs, por Pas, em 2004 ...............25
Quadro 27 - rea e Produo mundial de alho seco em 2003 e 2004 ....................................26
Quadro 28 - Evoluo do Comrcio Internacional Portugus de Alho seco, em valor, no perodo
de 2000 a 2004.........................................................................................................26
Quadro 29 - Comrcio Internacional Portugus de Alho seco, por Pas, em 2004....................26
Quadro 30 - Evoluo da rea e produo de couves, por regio agrria, entre 1997 e 2002...27
Quadro 31 - rea e Produo mundial de couves em 2003 e 2004 .......................................28
Quadro 32 - rea e Produo mundial de couve flor em 2003 e 2004 ...................................28
Quadro 33 - Caracterizao das Organizaes de Produtores de Couves em 2004 ..................29
Quadro 34 - Evoluo do Comrcio Internacional Portugus de Couves, em valor, no perodo de
2000 a 2004 .............................................................................................................29
Quadro 35 - Comrcio Internacional Portugus de Couves, por Pas, em 2004 .......................30
Quadro 36 - Evoluo da rea e produo de couve repolho, por regio agrria, entre 1997 e
2002........................................................................................................................31
Quadro 37 - Evoluo da rea e produo de couve lombardo, por regio agrria, entre 1997 e
2002........................................................................................................................32
Quadro 38 - Evoluo da rea e produo de couve brcolo, por regio agrria, entre 1997 e
2002........................................................................................................................33
Quadro 39 - Evoluo da rea e produo de couve flor, por regio agrria, entre 1997 e 2002
...............................................................................................................................34
Quadro 40 - Evoluo da rea e produo de couve tronchuda, por regio agrria, entre 1997 e
2002........................................................................................................................35
Quadro 41 - Evoluo da rea e produo de grelos, por regio agrria, entre 1997 e 2002 ....36
Quadro 42 - rea e Produo mundial de ervilha em 2003 e 2004........................................37
Quadro 43 - Evoluo do Comrcio Internacional Portugus de Ervilha, em valor, no perodo de
2000 a 2004 .............................................................................................................37
Quadro 44 - Comrcio Internacional Portugus de Ervilha, por Pas, em 2004........................38
Quadro 45 - Evoluo da rea e produo de fava, por regio agrria, entre 1997 e 2002 ......38
Quadro 46 - rea e Produo mundial de fava em 2003 e 2004 ...........................................39

Horticultura

Quadro 47 - Evoluo da rea e produo de feijo verde, por regio agrria, entre 1997 e 2002
...............................................................................................................................40
Quadro 48 - rea e Produo mundial de feijo verde em 2003 e 2004 ................................41
Quadro 49 - Caracterizao das Organizaes de Produtores de Ervilha, Fava e Feijo Verde em
2004........................................................................................................................42
Quadro 50 - Evoluo do Comrcio Internacional Portugus de Feijo Verde, em valor, no
perodo de 2000 a 2004 .............................................................................................42
Quadro 51 - Comrcio Internacional Portugus de Feijo verde, por Pas, em 2004 ................42
Quadro 52 - Evoluo da rea e produo de cenoura, por regio agrria, entre 1997 e 2002 .43
Quadro 53 - rea e Produo mundial de cenoura em 2003 e 2004......................................44
Quadro 54 - Caracterizao das Organizaes de Produtores de Cenoura em 2004.................45
Quadro 55 - Evoluo do Comrcio Internacional Portugus de Cenoura e Nabo, em valor, no
perodo de 2000 a 2004 .............................................................................................45
Quadro 56 - Comrcio Internacional Portugus de Cenoura e Nabo, por Pas, em 2004...........45
Quadro 57 - Evoluo da rea e produo de cebola, por regio agrria, entre 1997 e 2002 ...46
Quadro 58 - rea e Produo mundial de cebola em 2003 e 2004 ........................................47
Quadro 59 - Caracterizao das Organizaes de Produtores de Cebola, Alho seco e Alho
francs em 2004 .......................................................................................................48
Quadro 60 - Evoluo do Comrcio Internacional Portugus de Cebola, em valor, no perodo de
2000 a 2004 .............................................................................................................48
Quadro 61 - Comrcio Internacional Portugus de Cebola de consumo, por Pas, em 2004......48
Quadro 62 - rea e Produo mundial de pepino em 2003 e 2004........................................49
Quadro 63 - Evoluo do Comrcio Internacional Portugus de Pepino, em valor, no perodo de
2000 a 2004 .............................................................................................................50
Quadro 64 - Comrcio Internacional Portugus de Pepino, por Pas, em 2004........................50
Quadro 65 - Evoluo da rea e produo de pimento, por regio agrria, entre 1997 e 2002 .50
Quadro 66 - Evoluo do Comrcio Internacional Portugus de Pimento, em valor, no perodo de
2000 a 2004 .............................................................................................................51
Quadro 67 - Comrcio Internacional Portugus de Pimento, por Pas, em 2004......................52
Quadro 68 - Evoluo da rea e produo de batata, por regio agrria, entre 1999 e 2005 ...52
Quadro 69 - rea e Produo mundial de Batata em 2003 e 2004 ........................................53
Quadro 70 - Evoluo do Comrcio Internacional Portugus de Batata, em valor, no perodo de
2000 a 2004 .............................................................................................................54
Quadro 71 - Comrcio Internacional Portugus de Batata, por Pas, em 2004 ........................55
Quadro 72 - Balano de aprovisionamento de batata: Campanhas de 1983/84 a 2004/05.......56

Horticultura

Quadro 73 - Evoluo da rea e produo de tomate fresco, por regio agrria, entre 1997 e
2002........................................................................................................................57
Quadro 74 - Caracterizao das Organizaes de Produtores de Tomate fresco em 2004 ........58
Quadro 75 - Evoluo do Comrcio Internacional Portugus de Tomate fresco, em valor, no
perodo de 2000 a 2004 .............................................................................................58
Quadro 76 - Comrcio Internacional Portugus de Tomate, por Pas, em 2004.......................58
Quadro 77 - Balano de aprovisionamento de tomate fresco: campanhas de 1983/84 a 2002/03
...............................................................................................................................59
Quadro 78 - Evoluo da rea e produo de tomate para indstria, por regio agrria, entre
1999 e 2005 .............................................................................................................59
Quadro 79 - rea e Produo mundial de tomate para indstria em 2003 e 2004...................60
Quadro 80 - Caracterizao das Organizaes de Produtores de tomate para indstria em 2004
...............................................................................................................................60
Quadro 81 - Balano de aprovisionamento de tomate industrializado: Campanhas de 1983/84 a
2002/03 ...................................................................................................................61

ndice de Grficos

Grfico 1 - Origem das entradas de hortcolas em 2004 ......................................................18


Grfico 2 - Destino das sadas de hortcolas em 2004 .........................................................19
Grfico 3 - Composio das entradas de hortcolas em 2004 ...............................................19
Grfico 4 - Composio das sadas de hortcolas em 2004 ...................................................20

Horticultura

1. ESTRUTURA DAS
HORTCOLAS
1.1.

EXPLORAES

AGRCOLAS

COM

CULTURAS

Nmero de Exploraes e rea Base

De acordo com o Inqurito Horticultura 2000 (IH2000), existiam no Continente, 21 725


exploraes com culturas hortcolas, que perfaziam 31 070 hectares de rea base (Quadro 1).
A distribuio da rea de culturas hortcolas segundo o regime/modo de instalao, revela a
importncia da horticultura extensiva1, que inclui grande parte das espcies hortcolas utilizadas
para transformao industrial, sobretudo o tomate, mas tambm o pimento e a couve brcolo,
entre outras. Este regime/modo de instalao ocupa cerca de dois teros da rea base com
culturas hortcolas, sendo efectuado em 15 316 exploraes.
As culturas hortcolas intensivas2 ao ar livre, que ocupam a 2 posio em termos de rea, so
efectuadas em 11 990 exploraes e representam cerca de 30% da rea base com culturas
hortcolas.
As culturas hortcolas intensivas em estufa, efectuadas em 3 175 exploraes, so pouco
importantes em termos de rea, representando apenas 4% da rea com culturas hortcolas.
Quadro 1 - Exploraes e rea base com culturas hortcolas
Unidade: Expl - n; rea - ha

Culturas hortcolas

Culturas hortcolas
extensivas ao ar livre

Culturas hortcolas
intensivas ao ar livre

Culturas hortcolas
em estufa

Regies

Continente
Entre Douro e Minho
Trs-os-Montes
Beira Litoral
Beira Interior
Ribatejo e Oeste
Alentejo
Algarve

Expl.

rea

21 725

31 070

3 101
936
3 314
699
7 812
2 394
3 469

1 720
271
1 738
159
20 672
4 841
1 670

rea/
Expl.

rea/
Expl.

Expl.

rea

rea/
Expl.

Expl.

rea

rea/
Expl.

Expl.

rea

1,4

15 316

20 741

1,4

11 990

9 167

0,8

3 175

1 162

0,4

0,6
0,3
0,5
0,2
2,6
2,0
0,5

2 154
683
2 198
549
4 952
1 703
3 076

717
120
815
74
13 701
4 350
963

0,3
0,2
0,4
0,1
2,8
2,6
0,3

1 855
700
2 519
478
4 537
1 338
562

827
136
844
82
6 587
469
222

0,4
0,2
0,3
0,2
1,5
0,4
0,4

1 125
99
473
31
895
73
478

176
14
78
3
385
22
484

0,2
0,1
0,2
0,1
0,4
0,3
1,0

Fonte: INE - Inqurito Horticultura 2000

Em termos regionais, as culturas hortcolas extensivas esto concentradas no Ribatejo e Oeste,


que detm 66% da rea e 32% das exploraes de Portugal Continental, seguindo-se o Alentejo
com 21% da rea e 11% das exploraes.
As hortcolas intensivas ao ar livre so efectuadas tambm maioritariamente no Ribatejo e
Oeste (72% da rea e 38% das exploraes do Continente), embora assumam alguma
importncia em Entre Douro e Minho e na Beira Litoral onde, em conjunto, representam 18% da
rea e 36% das exploraes.
Apesar de ser em Entre Douro e Minho que se regista o maior nmero de exploraes com
culturas hortcolas intensivas em estufa, cerca de 35% do total do Continente, so as regies do
Ribatejo e Oeste e Algarve que detm a maior rea com este aproveitamento, assumindo esta
ltima regio a primeira posio, com 42% da rea base total de estufas (Quadro 1).

Culturas hortcolas extensivas so efectuadas em reas em rotao com outras culturas.

Culturas hortcolas intensivas so efectuadas de forma sucessiva sempre na mesma rea

Horticultura

A rea mdia de culturas hortcolas por explorao, no Continente, de 1,4 hectares. No


Ribatejo e Oeste, a rea mdia de culturas hortcolas por explorao de 2,6 hectares e no
Alentejo atinge os 2 hectares.
A rea mdia de culturas hortcolas por explorao, no Continente, em cada regime/modo de
instalao, de 1,4 hectares nas hortcolas extensivas, 0,8 hectares nas hortcolas intensivas de
ar livre e de 0,4 hectares nas hortcolas intensivas em estufa.
1.2.

Dimenso das exploraes com Culturas Hortcolas

No Continente, o nmero de exploraes com rea base de horticultura iguais ou superiores a 5


hectares, representam apenas 8% do total de exploraes (1 655 exploraes), mas detm
mais de metade (53%) da rea base total com hortcolas (16 546 ha). Ver Quadro 2, Quadro 3
e Quadro 4.
Quadro 2 - Repartio regional da rea e do nmero de exploraes, por classes de
rea de horticultura intensiva em estufa
Classes de rea (ha)
< 0,1
REGIO AGRRIA

rea
(ha)

N.
Expl.

0,1 a < 0,25

0,25 a < 0,5

rea
(ha)

rea
(ha)

N.
Expl.

0,5 a < 1

N.
Expl.

rea
(ha)

1 a < 2,5

N.
Expl.

rea
(ha)

2,5 a < 5

N.
Expl.

rea
(ha)

>=5

N.
Expl.

rea
(ha)

Total

N.
Expl.

rea
(ha)

N.
Expl.

14

339

57

592

125

614

184

617

352

730

209

193

220

86

1 162

3 175

Entre Douro e Minho

159

25

238

34

225

55

297

45

180

19

...

176

1 125

Trs-os-Montes

18

42

22

...

...

14

99

Beira Litoral

84

99

11

100

11

71

18

88

18

16

10

14

78

473

Continente

Beira Interior

10

...

...

31

Ribatejo e Oeste

35

136

40

136

50

115

151

319

80

114

53

40

385

895

Alentejo

...

17

13

15

14

...

...

22

73

Algarve

32

57

34

113

63

105

133

116

104

36

140

19

484

478

Fonte: INE - Inqurito Horticultura 2000


(...) segredo estatstico
(o) Dado inferior a metade da unidade utilizada

O segmento das exploraes com rea de 1 a 2,5 hectares de horticultura intensiva em estufa
o mais significativo, quer em termos de rea (30%), quer em nmero de exploraes (23%). As
reas de culturas hortcolas em estufa por explorao superiores a 2,5 hectares, perfazem 37%
da rea total e localizam-se em 9% das exploraes do Continente. Com menos de 1 hectare de
estufas apresentam-se 68% das exploraes (Quadro 2).
Quadro 3 - Repartio regional da rea e do nmero de exploraes, por classes de
rea de horticultura intensiva de ar livre
Classes de rea (ha)
< 0,1
REGIO AGRRIA
Continente

rea
(ha)

N.
Expl.

0,1 a < 0,25

0,25 a < 0,5

rea
(ha)

rea
(ha)

N.
Expl.

0,5 a < 1

1 a < 2,5

2,5 a < 5

N.
Expl.

rea
(ha)

N.
Expl.

rea
(ha)

N.
Expl.

rea
(ha)

>=5

N.
Expl.

rea
(ha)

Total

N.
Expl.

rea
(ha)

N.
Expl.

63

1 366

343

2 690

636

2 400

1 032

2 105

2 077

2 118

2 056

889

2 949

423

9 167

11 990

92

59

437

119

436

246

517

275

336

65

28

...

827

1 855

Trs-os-Montes

10

280

20

174

28

118

22

64

44

57

...

...

Beira Litoral

20

409

83

721

182

690

217

438

170

197

57

33

114

Beira Interior

11

231

12

103

17

65

24

54

...

24

...

...

82

478

Ribatejo e Oeste

11

135

74

462

205

752

401

659

1 500

1 399

1 845

777

2 551

353

6 587

4 537

Entre Douro e Minho

32

136

700

844

2 519

Alentejo

55

81

638

76

305

97

273

23

32

25

21

166

14

469

1 338

Algarve

164

14

155

34

25

100

51

73

52

25

68

11

222

562

Fonte: INE - Inqurito Horticultura 2000


(...) segredo estatstico

A rea mdia das exploraes com culturas hortcolas intensivas de ar livre, atinge o valor
mximo no Ribatejo e Oeste (1,5 hectares). Esta regio tem 72% da rea de horticultura
intensiva ao ar livre do Continente e 56% das suas exploraes apresentam reas superiores a

Horticultura

1 hectare. A nvel do Continente e para a classe de rea superior a 5 hectares, apenas existem
4% das exploraes ocupando 32% da rea (Quadro 3).
Quase 64% da rea de culturas hortcolas extensivas encontra-se em exploraes que
apresentam mais de 5 hectares destas actividades vegetais. Esta situao acontece em 8% das
exploraes. O Ribatejo e Oeste a regio que mais contribui com aquele valor, pois 35% dessa
rea encontra-se na regio. Cerca de 70% das exploraes do Continente tem parcelas
inferiores a 1 hectare (Quadro 4).
Quadro 4 - Repartio regional da rea e do nmero de exploraes, por classes de
rea de horticultura extensiva
Classes de rea (ha)
< 0,1
REGIO AGRRIA

rea
(ha)

Continente

N.
Expl.

0,1 a < 0,25

0,25 a < 0,5

rea
(ha)

rea
(ha)

N.
Expl.

0,5 a < 1

1 a < 2,50

>=5

2,5 a < 5

Total

N.
Expl.

rea
(ha)

N.
Expl.

rea
(ha)

N.
Expl.

rea
(ha)

N.
Expl.

rea
(ha)

N.
Expl.

rea
(ha)

N.
Expl.

106

2 812

347

3 172

435

2 104

1 260

2 624

2 463

2 386

2 714

1 070

13 377

1 146

20 741

15 316

11

251

52

494

97

491

245

567

219

316

65

29

...

717

2 154

359

11

112

15

94

27

71

24

40

29

120

683

15

492

56

640

85

442

158

381

136

160

99

44

266

39

815

2 198

Entre Douro e Minho


Trs-os-Montes
Beira Litoral
Beira Interior

288

113

66

23

57

17

21

...

...

...

74

549

Ribatejo e Oeste

135

54

366

95

495

547

996

1 460

1 361

1 916

791

9 624

807

13 701

4 952

Alentejo
Algarve

183

30

353

56

264

114

259

290

230

508

144

3 345

269

4 350

1 703

51

1 104

136

1 094

79

252

146

293

317

258

121

56

113

20

963

3 076

Fonte: INE - Inqurito Horticultura 2000


(...) segredo estatstico

1.3.

Rega

De acordo com o IH 2000, cerca de 91%


dispem de um sistema de rega. A rega por
rega gota-a-gota, constituem os principais
recorrendo a eles, respectivamente, 48%,
(Quadro 5).

do total de exploraes com culturas hortcolas


regos/sulcos, a rega por asperso fixa/mvel e a
tipos de rega utilizados por estas exploraes,
36% e 28% das exploraes que a efectuam

Das exploraes com culturas hortcolas regadas, somente 14% recorrem fertirrigao, sendo
o Ribatejo e Oeste e o Algarve, as regies onde maior nmero de exploraes utilizam este
sistema, 25% e 16%, respectivamente.
Quadro 5 - Tipos de rega utilizados nas culturas hortcolas por regio
Unidade: Expl. - n

Regies

Continente
Entre Douro e Minho
Trs-os-Montes
Beira Litoral
Beira Interior
Ribatejo e Oeste
Alentejo
Algarve

Exploraes
Exploraes
com culturas
que regam
hortcolas

Exploraes que dispem de


Regos/
sulcos

Gota-agota

MicroAsperso
asperso fixa/mvel

Outros

Exploraes
que
utilizam
fertirrega

21 725

19 874

9 548

5 641

2 601

7 243

1 420

2 845

3 101
936
3 314
699
7 812
2 394
3 469

2 853
924
3 240
629
7 184
2 331
2 713

1 291
840
1 682
605
1 676
1 684
1 770

705
95
316
13
3 009
729
774

626
73
356
14
1 225
80
227

1 495
167
1 966
136
3 117
132
229

243
16
74
6
778
43
260

229
55
87
2
1 787
243
442

Fonte: INE - Inqurito Horticultura 2000

1.4.

Foragem

De acordo com o inqurito referenciado, foi apurado um total de 12 558 estufas em Portugal
Continental, distribudas por 3 175 exploraes e ocupando uma superfcie de 1 162 hectares
(Quadro 6).

Horticultura

Quadro 6 - Estufas com culturas hortcolas, por regio

Regies

Exploraes

rea

Estufas

N mdio de
estufas
por explorao

rea mdia de
estufas
por explorao

rea mdia
das estufas

ha

ha

ha

Continente

3 175

1 162

12 558

0,37

0,09

Entre Douro e Minho


Trs-os-Montes
Beira Litoral
Beira Interior
Ribatejo e Oeste
Alentejo
Algarve

1 125
99
473
31
895
73
478

176
14
78
3
385
22
484

3 217
222
1 728
68
5 430
245
1 648

3
2
4
2
6
3
3

0,16
0,14
0,16
0,10
0,43
0,30
1,01

0,05
0,06
0,05
0,04
0,07
0,09
0,29

Fonte: INE - Inqurito Horticultura 2000

O Algarve e o Ribatejo e Oeste detm, em conjunto, 75% da rea e 43% das exploraes. As
estufas tm ainda importncia em Entre Douro e Minho e na Beira Litoral com, respectivamente,
35% e 15% das exploraes a ocuparem 15% e 7% da rea. Nas restantes regies, este tipo de
instalaes no tem expresso.
No Continente, a rea mdia de estufas por explorao de 0,37 hectares, sendo este valor
excedido no Algarve e no Ribatejo e Oeste com 1 e 0,43 hectares, respectivamente. Por
explorao existem em mdia 4 estufas, com uma rea mdia de 0,09 hectares.
1.5.

Mo de Obra

Das 21 725 exploraes apuradas no Continente (Quadro 1), no IH 2000, cerca de 98%
recorrem a mo de obra familiar, 8% a mo de obra assalariada permanente e 36% a mo de
obra assalariada eventual (Quadro 7). O nmero mdio de trabalhadores (familiar e
assalariado) por explorao de 3,5, sendo de 2,4, o nmero mdio de trabalhadores por
hectare.
A mo de obra no contratada directamente pelo produtor e a entre ajuda so utilizadas,
respectivamente, em 34% e 25% do total de exploraes com culturas hortcolas.
Quadro 7 - Mo-de-obra afecta s culturas hortcolas
Unidade: n

Mo de obra
Assalariado
Regies

Familiar

Expl.
Continente
Entre Douro e Minho
Trs-os-Montes
Beira Litoral
Beira Interior

Indivduos

Permanente
Expl.

No contratada
directamente
pelo produtor

Eventual

Indivduos

Expl.

Indivduos

Expl.

Dias de
trabalho

Entreajuda

Expl.

Dias de
trabalho

21 267

43 678

1 784

4 813

7 818

27 089

7 464

36 645

5 374

99 222

3 042

7 128

361

503

826

1 764

898

1 105

783

15 256

925

2 137

61

164

393

1 837

516

511

230

3 185

3 260

6 638

301

812

1 450

4 854

1 714

1 839

1 610

26 750

664

1 075

89

310

108

285

135

140

244

2 094

Ribatejo e Oeste

7 612

16 313

569

1 490

3 872

13 191

2 715

20 373

1 512

31 248

Alentejo

2 306

4 426

218

964

707

3 734

896

11 486

705

15 670

Algarve

3 458

5 961

185

570

462

1 424

590

1 190

290

5 018

Fonte: INE - Inqurito Horticultura 2000

O volume de mo-de-obra utilizado na horticultura , no Continente, de 30 151 Unidades de


Trabalho Anuais (UTA), sendo o Ribatejo e Oeste a regio que mais mo-de-obra utiliza, 47%
do total (Quadro 8). A mo de obra assalariada corresponde a 21% do total de trabalho
absorvido por estas actividades, sendo o Alentejo, a regio que, proporcionalmente, mais
recorre a este tipo de mo de obra (43% do total de UTA da regio).

10

Horticultura

Quadro 8 - Volume de mo de obra utilizada na horticultura (UTA)


Unidade: n UTA

Mo de obra
Regies

Total

Assalariado
Familiar

Entreajuda
Total

Continente
Entre Douro e Minho
Trs-os-Montes
Beira Litoral
Beira Interior
Ribatejo e Oeste

Permanente Eventual

No contratada
directamente
pelo produtor

30 151

23 117

6 468

3 045

3 423

413

153

5 152

4 634

450

301

149

64

742

633

93

54

39

13

4 079

3 342

618

392

226

111

436

300

127

117

10

14 213

10 593

3 406

1 063

2 343

130

85

Alentejo

2 516

1 313

1 089

623

467

65

48

Algarve

3 013

2 302

685

496

189

21

Fonte: INE - Inqurito Horticultura 2000

A mo de obra afecta s culturas hortcolas predominantemente familiar, representando, cerca


de 77% do total. O trabalho eventual essencialmente desempenhado por mulheres,
correspondendo a 86% do total de UTA eventuais (IH 2000).
O trabalho familiar est associado s exploraes de menores dimenses. O volume de trabalho
assalariado permanente e eventual est concentrado nas exploraes de maiores dimenses,
com 5 ou mais hectares, sendo, respectivamente, de 40% e 46% do total de UTA permanente e
eventual (IH 2000).

2. ESCOAMENTO DA PRODUO
A comercializao da produo hortcola efectuada de diversas formas.
de destacar o peso dos intermedirios, nomeadamente os grossistas, camionistas e os
ajuntadores, nas regies agrrias do Algarve, Ribatejo e Oeste, Alentejo e Trs-os-Montes, com
37%, 28%, 22% e 19%, no escoamento da produo hortcola da regio (Quadro 9).
A venda directa ao consumidor uma importante forma de escoamento destes produtos em
praticamente todas as regies agrrias.
As centrais de comercializao tm muita importncia em Entre Douro e Minho, que
comercializaram 33% da produo hortcola da regio. Tambm de destacar, a
comercializao via agrupamentos de agricultores, que apesar de ter pouco peso no Continente
(4%), atinge os 10% nesta regio.
no Ribatejo e Oeste onde a indstria tem algum peso (12%), como forma de escoamento da
produo.

11

Horticultura

Quadro 9 - Formas de escoamento da produo hortcola3


Unidade: %

Regies

DirectaAgrupamenDirectamente para
tos de
mente ao
Retalhistas
o mercado
agricultoconsumidor
externo
res

Central
de
comercializao

Sector
Outros
de
intermedidistribuio
rios

Indstria

Continente

2,5

15,8

18,3

3,9

19,3

6,6

24,6

8,9

Entre Douro e Minho


Trs-os-Montes
Beira Litoral
Beira Interior
Ribatejo e Oeste
Alentejo
Algarve

1,5

26,2
30,9
29,8
65,7
10,5
24,7
15,7

23,3
19,2
33,9
14,2
15,5
10,2
27,0

10,2

32,8
4,1
11,1

3,6
24,5
3,9
1,7
7,0
6,1
7,7

1,6
19,4
11,8
8,7
28,3
21,9
36,5

0,7
1,9
7,9
0,4
11,9
7,3
0,1

0,9
0,3
2,3
6,9
1,5

0,8
9,1
3,5
1,5
7,4

21,1
21,4
4,2

Fonte: INE - Inqurito Horticultura 2000

Quadro 10 - Formas de escoamento da produo comercializada, por classes de rea


base de horticultura
Unidade:%

Classes de rea (ha)


Portugal

Total

< 0,25

0,25 a < 0,5 0,5 a < 1 1 a < 2,50 2,5 a < 5

5 a < 10

> = 10

Directamente para mercado externo

100

1,3

0,2

3,6

5,1

1,7

0,2

Directamente ao consumidor

100

11,3

12,3

22,8

30,6

13,5

3,3

87,8
6,3

Retalhista

100

6,2

8,3

13,8

25,1

15,8

9,3

21,6

Agrupamento de agricultores

100

0,8

2,8

7,9

18,5

15,0

26,4

28,6

Central de comercializao

100

1,2

2,1

8,3

21,2

23,2

16,6

27,4

Sector de distribuio

100

0,9

2,2

4,4

13,8

11,3

27,4

40,0

Outros intermedirios

100

2,5

5,2

11,0

24,7

29,8

12,5

14,5

Indstria

100

0,1

0,2

2,6

12,6

12,3

25,7

46,6

Todas

100

3,9

5,5

11,4

22,6

19,2

13,5

23,8

Fonte: INE - Inqurito Horticultura 2000

Em Portugal, cerca de 88% da produo escoada para o mercado externo oriunda das
exploraes com reas base de horticultura iguais ou superiores a 10 hectares. Nas exploraes
com reas de horticultura a partir de 5 hectares, 55% da produo escoada pelos

Forma de escoamento - Processo de colocao do produto no mercado pelo produtor agrcola, tal como venda directa,
intermedirio, cooperativa agrcola, indstria, etc.
Venda directa - Transaco efectuada entre um produtor a um consumidor ou utilizador final sem interveno de
comerciantes ou intermedirios.
Intermedirio - Designao genrica dada aos camionistas, armazenistas, grossistas e comerciantes de gado.
Cooperativa de comercializao - Cooperativa que tem por objecto principal a aquisio, o armazenamento e fornecimento
aos comerciantes membros, de bens e servios necessrios sua actividade.
Sada - Somatrio das expedies de mercadorias efectuadas por Portugal para os restantes Estados Membros, com as
exportaes de Portugal para os pases terceiros.
Retalhista - Agente econmico que exerce como actividade principal o comrcio a retalho.
Central de compras - Entidade associando um conjunto de empresas retalhistas ou grossistas, que centraliza as compras
por conta dos seus membros. Esta centralizao implica a escolha dos fornecedores, a negociao das compras e em certos
casos, actividades de organizao e distribuio.
Distribuio - Conjunto de operaes fsicas, financeiras e de gesto, necessrias num sistema econmico para colocar os
bens produzidos junto dos consumidores finais.

12

Horticultura

agrupamentos de agricultores, 67% pela distribuio e 72% pela indstria. Aproximadamente


50% da produo escoada directamente ao consumidor, acontece em exploraes at 1 hectare
(Quadro 10).
Das 25 165 exploraes existentes em Portugal, com culturas hortcolas, apenas 11% so
associadas de agrupamentos de agricultores ligados ao sector. Cerca de 55% destas
exploraes assumiram no referido inqurito constituir a principal razo para se associarem, a
facilidade na comercializao da produo. A segunda razo invocada, o apoio tcnico
prestado explorao (IH 2000).
Constata-se assim, que a concentrao da oferta e a preparao para venda de hortcolas est
pulverizada e muito pouco organizada.
O Inqurito Horticultura 2000 revela que, no Continente, 386 exploraes hortcolas dispem
de capacidade de armazenagem frigorfica com um volume global de 46 017 metros cbicos
(Quadro 11). Deste volume de armazenagem 54% situa-se em exploraes com rea de
horticultura inferior a 1 hectare e 14% em exploraes com rea superior a 5 hectares.
Quadro 11 - Nmero de cmaras frigorficas e volume, afectas s culturas hortcolas,
por classes de rea base de horticultura
Classes de rea (ha)
Total
REGIO AGRRIA
Continente

< 0,25

Volume
3
m

N.
Expl.

0,25 a < 0,5

Volume
3
m

N.
Expl.

0,5 a < 1

Volume
3
m

N.
Expl.

1 a < 2,50

Volume
3
m

N.
Expl.

5 a < 10

2,5 a < 5

Volume
3
m

N.
Expl.

Volume
3
m

N.
Expl.

> = 10

Volume
3
m

N.
Expl.

Volume
3
m

N.
Expl.

386

46 017

143

15 258

34

1 555

31

2 017

96

8 157

27

1 697

26

3 822

Entre Douro e Minho

22

1 220

14

627

334

...

...

Trs-os-Montes

13

403

...

94

...

...

...

146

17 605

102

11 751

...

17

1 683

11

3 374

314

314

...

Beira Litoral
Beira Interior

28 10 669
...

...

...

176

18 585

22

2 880

28

1 461

...

79

4 783

12

994

15

3 079

15

4 570

Alentejo

12

6 656

...

...

...

5 789

Algarve

15

1 532

...

...

389

429

310

Ribatejo e Oeste

Fonte: INE - Inqurito Horticultura 2000


(...) Segredo estatstico

No que se refere s centrais hortcolas, que so estruturas fundamentais de concentrao da


oferta, no se dispe de dados actualizados, embora seja um bom indicador, a anlise dos
investimentos realizados nestas estruturas que consta do documento base do diagnstico, o
qual contem, tambm, outros elementos de caracterizao.
Organizaes de Produtores
Em 2004 existiam, no Continente, 39 OP a comercializar produtos hortcolas. O volume de
vendas totalizou nesse ano 18 599 toneladas, a que correspondeu um VPC de 107,1 milhes de
euros (Quadro 12).
na regio do Ribatejo e Oeste que se concentram a quase totalidade das OP. Das trinta OP
que se dedicaram comercializao de hortcolas, apenas cinco no comercializaram tomate
para indstria, e 28% das organizaes que comercializaram este produto fizeram-no em
exclusividade (Quadro 80 - OP de tomate para indstria, pg. 60). Para as organizaes deste
sector, o tomate para indstria representou 82% do total do valor da produo comercializada
de hortcolas. As cinco organizaes que no comercializaram tomate para indstria
contriburam com 13% para o valor total da produo comercializada por OP. A cenoura foi o
produto mais relevante (com um contributo de 35%), seguindo-se-lhe as couves (23%) e, mais
distanciado, o tomate fresco (8%).

13

Horticultura

Quadro 12 - Organizaes de Produtores de Produtos Hortcolas Distribuio por


regio; rea, volume de produo e respectivo VPC em 2004
Regio

N OP

rea (ha)

Volume
de Produo (t)

VPC (euros)

Ribatejo e Oeste

30

974 560

14 282

91 747 554

Alentejo

146 538

2 092

11 941 905

Entre Douro e Minho

2 824

156

1 291 690

Algarve

24

2 009

1 234 690

Beira Litoral

1 370

60

857 500

TOTAL

39

1 125 316

18 599

107 073 339

Fonte: GPPAA

Na regio do Alentejo, das seis OP que comercializaram produtos hortcolas, quatro dedicaramse em exclusivo comercializao de tomate para indstria e para as restantes duas, este
produto contribuiu com 94 e 98% para o valor total de produo escoada. Analisando o
conjunto de todos os produtos hortcolas comercializados pelas organizaes de produtores
desta regio, observa-se que o tomate para indstria correspondeu a 99,5% do valor total da
produo comercializada, sendo de referir, apesar da sua fraca expresso, o pimento e o
brcolo que representaram, respectivamente, 0,52% e 0,02%.
Em Entre Douro e Minho, na Beira Litoral e no Algarve a comercializao de hortcolas atravs
de organizaes pouco significativa.
Na primeira regio, apenas uma OP comercializou produtos hortcolas, destacando-se, a alface e
as couves, com, respectivamente, 42% e 13% do valor total da produo comercializada.
Na segunda, apenas uma OP comercializou produtos hortcolas, sendo os produtos que mais
contriburam para o total da receita, as couves, a alface e o alho francs, respectivamente com
41%, 25% e 12%.
No Algarve tambm s uma OP comercializou produtos hortcolas, destacando-se o tomate com
um peso de 70% do valor total, e o feijo verde, pepino e pimento, respectivamente com 12%,
8% e 7%.
Indstria de Transformao de Produtos Hortcolas
Dos sete subsectores da indstria de conservao de frutos e produtos hortcolas, cuja
caracterizao apresentada no ponto 1.3 do diagnstico, os mais representativos no
aprovisionamento de hortcolas frescos para transformao so claramente o da preparao e
conservao de frutos e produtos hortcolas por processos no especificados, onde se inclui a
indstria de concentrado de tomate (CAE 15335), o da congelao de frutos e produtos
hortcolas (CAE 15331), o da preparao e conservao de batatas (CAE 15310) e o da secagem
e desidratao de frutos e produtos hortcolas (CAE 15332).
Destes subsectores destaca-se claramente o da indstria do tomate. As preparaes e
conservas de tomate, includas na CAE 15335, representam cerca de 75% do volume total da
produo deste subsector, sendo o concentrado de tomate o principal produto produzido, o qual
tem sobretudo como destino o mercado externo. O aprovisionamento deste tomate na
totalidade assegurado por Organizaes de Produtores constituindo assim, por fora da
regulamentao vigente, um caso nico a nvel da organizao da produo agrcola de base.
Na campanha de 2004/2005 (INGA) a capacidade instalada nesta indstria era de 1,5 milhes
de toneladas, distribudas por 11 empresas, 9 das quais localizadas no Ribatejo e Oeste com
85,5% da capacidade total e as duas restantes no Alentejo. De realar que o limiar nacional
para efeitos de ajuda no mbito da OCM estava fixado em 1,05 milhes de toneladas, tendo
sido recepcionada nas fbricas na campanha de 2004/2005 matria-prima num total de 1,01
milhes de toneladas.

14

Horticultura

O nmero de produtores que aprovisionam esta indstria tem vindo a decrescer de forma
sustentada e muito significativa, tendo passado de 5 850 na campanha de 1996/97 para 817 na
campanha de 2004/2005 (Fonte: INGA).
A reduo do nmero de produtores verificada neste perodo traduziu-se numa evoluo
positiva dos seguintes indicadores:
- a rea e a produo mdias por agricultor passaram de 2,8 hectares e 150 toneladas para
respectivamente 17,2 hectares e 1 435 toneladas;
- o nmero de organizaes de produtores decresceu de 46 para 28 e os respectivos valores de
produo comercializada aumentaram de 19,8 toneladas para 41,9 toneladas; a produtividade
mdia cresceu de 54,2 t/ha para 72,1 t/ha.
Ainda no mbito da preparao e conservao de hortcolas por processos no especificados, a
produo de conservas em recipientes hermeticamente fechados (appertizados) tem vindo a
perder importncia relativa, sendo o pimento, a couve flor, a cenoura e o pepino, as principais
matrias primas laboradas pelas seis unidades industriais em actividade.
O tomate tambm utilizado como matria-prima na indstria de secagem e desidratao de
frutos e produtos hortcolas (CAE 15332). Esta actividade muito especializada e est orientada
para o fabrico de tomate em p e pimento. O tomate em p produzido por uma nica
unidade com forte vocao exportadora e o pimento, com forte tradio de fabrico em
pequenas unidades, perdeu expresso, estando a actividade restringida a duas unidades que
realizaram investimentos recentes.
Na indstria de congelao de frutos e produtos hortcolas (CAE 15331) verificou-se, nos
ltimos anos, um incremento na produo de hortcolas congelados para o mercado externo.
Das 11 unidades em laborao em 2004, destacam-se quatro com maior dimenso, das quais
trs esto ligadas a grupos estrangeiros fortes. A capacidade instalada dominante no Ribatejo
e Oeste, mas est tambm implantada na regio da Beira Litoral e no Alentejo.
Para o ano de 2006 foram apuradas as seguintes reas e produes contratadas com
produtores nacionais pela indstria de congelao de hortcolas:
Quadro 13 - Produtos hortcolas contratados pelas unidades de ultra congelao

C u ltu r a s
B r c o lo
P im e n to
E r v ilh a
C o u r g e tte
B e r in g e la
Fava
F e ij o v e r d e
C o u v e flo r
C e b o la

Q u a n tid a d e s
( t)
20
30
10
9
6
1

000
000
000
300
000
500
600
600
400

S u p e r fc ie
(h a)
2 000
800
1 550
200
75
330
70
30
10

F o n te : E m p r e s a s

A indstria de congelao de hortcolas, que tem efectuado investimentos significativos nos


ltimos anos, manifesta inteno de aumentar fortemente a capacidade instalada, visando
sobretudo o escoamento de produtos especficos para mercados externos cuja procura se tem
vindo a acentuar, como o caso do pimento, do brcolo, da courgette e da beringela, sendo
que alguns destes produtos so objecto de processamento antes da congelao, de que
exemplo a pr-fritura.
A indstria de preparao e conservao de batatas (CAE 15310) com treze unidades em
laborao em 2004, duas das quais de grande dimenso, consome como matria-prima cerca
de 70 000 toneladas de batata para fabrico de batata frita e batata congelada. O mercado

15

Horticultura

interno absorve actualmente cerca de 90% desta produo, tendo-se verificado um decrscimo
significativo das vendas para a UE, que passaram de 21% em 2000 para 5% em 2004.
A inexistncia de unidades de transformao de hortcolas em zonas com grande aptido para a
horticultura, constitui um forte estrangulamento ao desenvolvimento da produo de hortcolas.
desejvel o desenvolvimento de planos de investimento integrados e de contratos-programa,
em que a iniciativa de empresas industriais, com bons nveis de qualificao e inovao e com
boa insero em mercados internacionais, seja determinante e motora do incremento da
produo hortcola, designadamente no desenvolvimento de novas formas de processamento e
apresentao dos produtos. o caso por exemplo das hortcolas prontas a consumir,
conservadas em atmosfera modificada e refrigerada, em embalagens hermeticamente fechadas,
cuja procura est em crescimento e que tem sido objecto de investimentos recentes.

3. PRODUO
CULTURAS

HORTCOLA.

CARACTERIZAO

DAS

PRINCIPAIS

rea e Produo
No Quadro 14, esto indicados os pesos de algumas espcies hortcolas na produo total de
hortcolas em Portugal.
O tomate fresco, o repolho, a alface, o lombardo, a cenoura e o pimento tm pesos de 15%,
10%, 9%, 9%, 8% e 8%, respectivamente, na produo total de produtos hortcolas, quando
do seu conjunto se exclui a batata e o tomate para indstria.
Quadro 14 - Produo de Hortcolas
Unidade: t

Portugal
Alface
Couve flor
Couve brcolo
Couve repolho
Couve lombardo
Couve tronchuda
Grelos
Pimento
Tomate fresco
Fava
Feijo verde
Cebola
Cenoura
Outras hortcolas
Batata
Tomate para indstria
Total hortcolas

2001

2002

2003

53
13
23
52
45
16
11
43
80
5
17
31
47
104
639
911

57
18
34
62
56
19
12
50
87
8
15
36
54
123
727
867

57
18
34
65
59
20
13
47
98
6
14
38
54
128
670
894

887
577
916
174
639
218
028
596
972
028
373
846
426
931
546
535

162
025
827
762
364
625
788
371
267
371
591
845
039
556
202
416

287
400
927
443
093
599
428
637
656
794
241
593
039
365
251
181

2 098 692 2 232 211 2 221 934

Mdia
2001-2003
56
16
31
60
53
18
12
47
88
6
15
35
51
118
679
891

Peso no total
Peso no total
excluindo a batata incluindo a batata e
o tomate para
e o tomate para
indstria (%)
indstria (%)

112
667
223
126
699
814
415
201
965
731
735
761
835
951
000
044

9,1
2,7
5,1
9,8
8,7
3,1
2,0
7,7
14,5
1,1
2,6
5,8
8,4
19,4

2,6
0,8
1,4
2,8
2,5
0,9
0,6
2,2
4,1
0,3
0,7
1,6
2,4
5,4
31,1
40,8

2 184 279

100

100

Fonte: INE

Se incluirmos as culturas do tomate para a indstria e da batata, os pesos alteram-se


significativamente, uma vez que estas so culturas muito importantes, com representatividades
de 41% e 31%, respectivamente, na produo total do pas.

16

Horticultura

O volume de produo
2 221 934 mil toneladas.

de

culturas

hortcolas

em

Portugal,

alcanou

em

20034,

Quadro 15 - Evoluo da rea e produo de hortcolas, por regio agrria, entre 1997
e 2002
Regio

1997

%C

Area
E. Douro e Minho Rend.
Prod.

2 288
18 562
42 469

10

Area
Rend.
Prod.

458
18 164
8 319

Area
Rend.
Prod.

2 191
17 652
38 675

175
15 486
2 710

Beira Interior

Area
Rend.
Prod.

14 389
21 472
308 963

60

Ribatejo e Oeste

Area
Rend.
Prod.

2 590
17 222
44 605

11

Alentejo

Area
Rend.
Prod.
Area
Rend.
Prod.

1 896
26 504
50 251

Trs-os-Montes

Beira Litoral

Algarve

62

10

Area
23 987 100
Rend.
20 678
Prod.
495 992 100
Rend. - Kg/ha; Prod. - t

CONTINENTE

1998

%C

2 400
19 450
46 679

10

480
19 050
9 144

2 298
18 498
42 509

184
16 190
2 979

15 093
22 500
339 593

60

2 716
18 051
49 027

11

1 989
27 769
55 233

62

10

25 160 100
21 668
545 164 100

1999

%C

2 494
19 848
49 500

10

499
19 431
9 696

2 388
18 877
45 078

191
16 539
3 159

15 682
22 964
360 116

60

2 822
18 423
51 990

11

2 066
28 350
58 571

62

10

26 142 100
22 114
578 110 100

2000

%C

2 689
19 889
53 481

10

538
19 472
10 476

2 575
18 914
48 703

206
16 568
3 413

16 909
23 010
389 076

60

3 043
18 459
56 171

11

2 228
28 403
63 281

62

10

28 188 100
22 158
624 601 100

2001

%C

2 739
19 783
54 185

564
19 775
11 153

2 300
19 653
45 203

217
16 724
3 629

17 044
22 533
384 046

59

3 846
18 897
72 677

13

2 318
27 875
64 614

60

11

10

29 028 100
21 893
635 507 100

2002

%C

3 178
22 915
72 819

10

670
21 453
14 364

2 722
19 859
54 062

241
17 860
4 309

17 760
24 616
437 167

56

4 802
19 826
95 210

15

2 303
27 522
63 380

10

59

13

31 676 100
23 403
741 312 100

Mdia
%C
1998/02
2 700
10
20 494
55 333
9
550
19 935
10 967

2 457
19 177
47 111

208
16 828
3 498

16 498
23 155
382 000

59

3 446
18 868
65 015

12

2 181
27 979
61 016

61

10
8
10

28 039 100
22 288
624 939 100

Area - ha;
Fonte: INE
Inclui: alface, couve flor, couve brcolo, couve repolho, lombardo, couve tronchuda, grelos, melo, melancia, morango, pimento, tomate fresco, fava,
feijo verde, cebola, cenoura e outras hortcolas

Como se pode observar no Quadro 15, o Ribatejo e Oeste a principal regio de produo de
produtos hortcolas, com um peso de 60% no volume total do Continente. Seguem-se-lhe, por
ordem de importncia, o Algarve e o Alentejo, com 10% cada, Entre Douro e Minho com 9% e a
Beira Litoral com 8% (mdia do quinqunio 1998/02).
O Ribatejo e Oeste concentra cerca de trs quartos da produo de couves, embora estas
culturas tenham alguma importncia em Entre Douro e Minho, nomeadamente, a couve repolho
e a couve penca, com 30% e 12% da produo, respectivamente. A Beira Litoral a principal
regio produtora de grelos, concentrando 65% da produo total do Continente.
igualmente no Ribatejo e Oeste, que se concentra a maioria dos horticultores, com cerca de
35% do total, seguindo-se as regies do Algarve, da Beira Litoral e Entre Douro e Minho com,
respectivamente, 17%, 16% e 15% do nmero total de horticultores (IH 2000).
Comrcio Internacional Portugus
A balana comercial portuguesa relativa ao total dos produtos hortcolas deficitria. Tomando
como referncia o quinqunio 2000-04, o valor das entradas rondou os 125,8 milhes de euros
e o das vendas 44,3 milhes de euros (Quadro 16).

Valores para Portugal. Em 2003 no existem dados disponveis para o Continente.

17

Horticultura

Quadro 16 - Evoluo do Comrcio Internacional Portugus de produtos hortcolas,


em valor, no perodo de 2000 a 2004
Unidade: EUR
2 0 0 0

2 0 0 1

2 0 0 2

2 0 0 3

2 0 0 4

MDIA (2000/04)

PRODUTO
ENTRADAS

TOTAL
HORTCOLAS

SADAS

ENTRADAS

SADAS

ENTRADAS

SADAS

ENTRADAS

SADAS

ENTRADAS

SADAS

ENTRADAS

SADAS

97 692 888 31 191 525 134 346 766 38 562 773 130 874 769 50 435 060 134 096 564 44 345 096 131 892 062 57 133 752 125 780 610 44 333 641

Fonte: INE

Em igual perodo, as nossas aquisies de produtos hortcolas eram de cerca de 426 mil
toneladas e as vendas situaram-se em 90 mil toneladas, como se pode observar no
(Quadro 17).
Quadro 17 - Evoluo do Comrcio Internacional Portugus de produtos hortcolas,
em volume, no perodo de 2000 a 2004
Unidade: t

2 0 0 0

2 0 0 1

2 0 0 2

2 0 0 3

2 0 0 4

MDIA (2000/04)

PRODUTO

TOTAL
HORTCOLAS

ENTRADAS

SADAS

ENTRADAS

SADAS

ENTRADAS

SADAS

ENTRADAS

SADAS

ENTRADAS

SADAS

380 669

46 944

491 360

42 313

424 408

102 245

406 782

88 183

424 689

170 666

ENTRADAS SADAS
425 582

90 070

Fonte: INE

O principal pas fornecedor do mercado nacional a Espanha, contribuindo, em 2004, com 50%
do valor total das entradas (Grfico 1). Segue-se-lhe a Frana (22%), os Pases Baixos (12%) e
a Alemanha (10%).
Grfico 1 - Origem das entradas de hortcolas em 2004

Outros
2%
Pases Baixos
12%

Frana
22%

Alemanha
10%

Blgica
2%
Dinamarca
2%

Espanha
50%

Fonte: INE

No que respeita s sadas, o Reino Unido o principal destino dos hortcolas nacionais, com um
peso de 45% do valor total das vendas, seguindo-se a Espanha com 26% e a Frana com 13%.
Os Pases Baixos, a Blgica e a Alemanha representam, em conjunto, 13% do valor das sadas
(Grfico 2).

18

Horticultura

Grfico 2 - Destino das sadas de hortcolas em 2004

Outros
3%

Alemanha
4%

Blgica
4%

Espanha
26%

Reino Unido
45%
Pases Baixos
5%

Frana
13%

Fonte: INE

A batata de conservao, a batata semente e o tomate so os produtos hortcolas mais


adquiridos ao exterior, representando 26%, 13% e 13%, respectivamente, do valor total das
entradas em 2004 (Grfico 3). Os restantes produtos so a cebola, a cenoura, o feijo verde e o
pimento, com um peso de 7% cada e o alho seco representando 5% desse valor.
Grfico 3 - Composio das entradas de hortcolas em 2004

Pimento
7%

Alho
5%

Batata
Conservao
26%

Outros
15%

Batata Semente
13%
Tomate
13%
Feijo Verde
7%

Cebola
7%

Cenoura / Nabo
7%

Fonte: INE

Como se pode observar pelo Grfico 4, os produtos hortcolas mais vendidos ao exterior foram,
naquele ano, a batata de conservao, o tomate, a alface e as couves, representando 22%,
15%, 12% e 10% do valor total das sadas.

19

Horticultura

Grfico 4 - Composio das sadas de hortcolas em 2004

Batata
Conservao
22%

Outros
22%
Pimento
5%

Cenoura / Nabo
8%

Tomate
15%

Couves
10%

Alface
12%

Cogumelos /
Trufas
6%

Fonte: INE

Balano de Aprovisionamento
Em Portugal, nos ltimos vinte anos, o consumo de produtos hortcolas teve grandes oscilaes;
um aumento moderado at meados da dcada de 90, um crescimento acentuado nos anos de
1995 a 1999 e um decrscimo a partir de 2000 (Quadro 18). Em 2002/2003 o consumo de
hortcolas era de 1 088 mil toneladas (105 kg/habitante/ano).
Quadro 18 - Balano de Aprovisionamento dos produtos hortcolas: campanhas de
1983/84 a 2002/03
Unidade: 103 t
Campanhas
(a)

1983/84
1984/85
1985/86
1986/87
1987/88
1988/89
1989/90
1990/91
1991/92
1992/93
1993/94
1994/95
1995/96
1996/97
1997/98
1998/99
1999/00
2000/01
2001/02
2002/03 (b)

Produo
Utilizvel
(c)

1 482
1 683
1 728
1 650
1 569
1 493
1 657
1 940
1 811
1 385
1 481
1 892
2 507
2 722
2 397
2 432
1 854
1 733
1 838
1 859

Comrcio
Internacional
Entradas

9
4
7
7
32
45
75
60
86
77
137
148
185
175
248
243
262
308
311
339

Utilizao Interna
Recursos
Disponveis

Variao de
Existncias

Sadas

570
556
508
636
558
506
647
485
699
671
549
759
844
750
830
802
866
874
967
997

921
131
196
021
059
032
085
515
198
791
1 069
1 281
1 848
2 147
1 815
1 873
1 250
1 167
1 182
1 201
1
1
1
1
1
1
1
1

- 80
90
166
- 110
- 141
- 135
- 129
256
- 40
- 420
- 175
- 51
62
188
- 60
- 32
- 38
- 18
- 20
- 12

Total

1 001
1 041
1 061
1 131
1 184
1 167
1 215
1 259
1 238
1 211
1 244
1 332
1 786
1 959
1 875
1 905
1 128
1 185
1 202
1 213

Perdas

85
90
90
95
105
100
100
105
105
60
70
105
160
186
145
182
184
117
118
120

Consumo

907
942
963
1 029
1 073
1 062
1 110
1 149
1 128
1 146
1 169
1 222
1 621
1 768
1 725
1 718
1 099
1 063
1 079
1 088

Capitao
(kg)

Grau de AutoAprovisionamento
(%)

92
95
97
104
108
107
112
116
115
116
118
123
163
178
173
172
108
104
104
105

148
162
163
146
133
128
136
154
146
114
119
142
140
139
128
128
144
146
153
153

Nota: Os dados referentes s campanhas de 1996/97 a 1998/99 foram rectificados devido reviso de srie, merc do RGA 99
e ao inqurito Horticultura de 2000
(a) Perodo de referncia: Julho do ano n a Junho do ano n+1
(b) Dados provisrios
(c) Dados estimados
Fonte: INE

20

Horticultura

Evoluo dos preos


No Quadro 19, esto indicadas as mdias das cotaes mais frequentes, registadas nas zonas
de produo mais representativas, para as diferentes espcies de produtos hortcolas no
Continente, entre 2003 a 2005.
Pela anlise da evoluo das cotaes, constata-se que existiram oscilaes, mais ou menos
acentuadas, em funo do produto, da qualidade, do calibre e da procura nos mercados
nacionais e internacionais. Essas variaes prendem-se, ainda, com o facto da maioria das
hortcolas serem produtos perecveis e o seu poder de conservao ou a manuteno da sua
qualidade depender das condies meteorolgicas. O facto de alguns agentes terem contratos
com as Grandes Superfcies tambm influencia o nvel dos preos.
Quadro 19 - Evoluo das cotaes mais frequentes de produtos hortcolas, nos
mercados de produo
EUR/Kg

Produto
Agrio
Alface frisada de ar livre
Alface frisada de estufa
Alho francs
Batata conservao branca
Batata conservao branca
Batata conservao vermelha
Batata conservao vermelha
Batata primor branca
Batata primor vermelha
Batata doce
Cebola conservao
Cebola tempor
Cenoura
Couve brcolo
Couve flor
Couve lombardo
Couve penca
Ervilha de gro
Fava
Feijo verde riscadinho
Feijo verde direito estufa
Feijo verde direito estufa
Pepino de estufa
Pimento verde de estufa
Tomate sulcado de estufa
Tomate sulcado de estufa

rea de mercado
Eira Pedrinha
Gndaras
Oeste
P. Varzim/Esposende
Chaves
Viseu
Chaves
Viseu
Salvaterra de Magos
Salvaterra de Magos
Aljezur
P. Varzim/Esposende
P. Varzim/Esposende
Montijo
Oeste
Oeste
Oeste
P. Varzim/Esposende
Algarve
Algarve
P. Varzim/Esposende
Algarve
Oeste
Algarve
Algarve
Oeste
Algarve

2003

2004

2005

0,30
0,44
0,56
0,61
0,16
0,22
0,16
0,22
0,25
0,25
0,29
0,27
0,23
0,54
0,48
0,22
0,54
1,83
0,86
1,41
1,79
1,40
0,58
0,83
0,54
0,59

0,29
0,47
0,53
0,41
0,21
0,17
0,20
0,17
0,22
0,26
0,93
0,38
0,33
0,18
0,65
0,55
0,21
0,26
1,61
0,76
1,09
1,54
1,40
0,42
0,91
0,43
0,50

0,30
0,53
0,56
0,42
0,17
0,12
0,13
0,12
0,18
0,92
0,21
0,18
0,16
0,60
0,59
0,29
0,24
1,81
1,21
1,46
1,53
1,22
0,99
0,71
0,55
0,63

Fonte: SIMA

3.1.

Alface

rea e Produo
A alface uma das principais culturas hortcolas do nosso pas, quer pelo elevado valor
comercial, quer pela diversidade de variedades que possibilitam a sua produo nos mais
variados climas. Pelo facto de ser predominantemente efectuada ao ar livre, as condies
climatricas adversas originam frequentes alteraes de rea e de produo. Esta situao tem
levado substituio da alface produzida ao ar livre, pela produzida em estufa.

21

Horticultura

Em 2003, a produo foi de 57 287 toneladas (Quadro 14), para uma rea cultivada de 2 541
hectares. Regionalmente, a produo de alface est concentrada no Ribatejo e Oeste, com cerca
de 55% do total da produo do Continente (Quadro 20), seguindo-se Entre Douro e Minho com
20% e a Beira Litoral com 17% (mdia do quinqunio 1998/02).
Cerca de 29% das exploraes que produzem alface esto localizadas no Ribatejo e Oeste,
detendo o Entre Douro e Minho, a Beira Litoral e o Alentejo, em conjunto, 56% do total de
exploraes do Continente (IH 2000).
Quadro 20 - Evoluo da rea e produo de alface, por regio agrria, entre 1997 e
2002
Regio

1997

%C

Area
E. Douro e Minho Rend.
Prod.

252
20 571
5 184

20

16
20 875
334

Trs-os-Montes

Area
Rend.
Prod.
Area
Rend.
Prod.

206
25 665
5 287

16

Beira Litoral

8
15 125
121

Beira Interior

Area
Rend.
Prod.

715
22 632
16 182

56

Ribatejo e Oeste

Area
Rend.
Prod.

48
19 542
938

Alentejo

Area
Rend.
Prod.
Area
Rend.
Prod.

35
20 400
714

1 280
22 469
28 760
Prod. - t

100

Algarve

Area
Rend.
Prod.
Rend. - Kg/ha;

CONTINENTE
Area - ha;
Fonte: INE

18

18

56

100

1998

%C

360
20 000
7 200

20

23
20 174
464

294
24 973
7 342

16

11
15 273
168

18

18

1 021
22 013
22 475

56

68
19 147
1 302

50
19 840
992

1 827
21 863
39 943

100

56

100

1999

%C

360
20 000
7 200

20

23
20 174
464

294
24 973
7 342

16

11
15 273
168

18

18

1 021
22 013
22 475

56

68
19 147
1 302

50
19 840
992

1 827
21 863
39 943

100

56

100

2000

%C

450
20 000
9 000

20

29
20 000
580

367
25 008
9 178

16

14
15 000
210

18

18

1 277
22 000
28 094

56

85
19 153
1 628

62
20 000
1 240

2 284
21 861
49 930

100

56

100

2001

%C

450
20 000
9 000

19

37
18 162
672

294
24 973
7 342

12

14
15 000
210

17

14

1 469
21 993
32 308

61

92
20 837
1 917

62
20 000
1 240

2 418
21 790
52 689

100

61

100

2002

%C

650
23 350
15 178

26

73
24 493
1 788

327
25 177
8 233

13

16
14 688
235

27

15

1 195
21 670
25 896

48

110
21 000
2 310

110
20 000
2 200

2 481
22 507
55 840

100

46

100

Mdia
%C
1998/02
454
21
20 959
9 516
20
37
21 449
794

315
25 023
7 887

15

13
15 015
198

1 197
21 937
26 250

55

85
19 998
1 692

67
19 952
1 333

2 167
21 994
47 669

100

17

55

100

De acordo com os dados da FAO, a produo mundial de alface em 2004 estimava-se em 22


milhes de toneladas, distribudas por uma superfcie de 1 milho de hectares (Quadro 21). A
China o maior produtor do mundo, com um volume anual de cerca de 10,5 milhes de
toneladas, o que representa aproximadamente 48% da produo mundial. Seguem-se-lhe os
Estados Unidos da Amrica com 23%. A Europa responsvel por 15% da produo mundial,
estando praticamente confinada aos 25 pases membros da Unio Europeia. A Espanha e a Itlia
so os principais produtores de alface da Europa.
As produtividades mdias de alface, nos vrios Continentes so muito diferentes, rondando as
23 t/ha na Europa, 18 t/ha na sia e 36 t/ha na Amrica do Norte e Central.

22

Horticultura

Quadro 21 - rea e Produo mundial de alface em 2003 e 2004


rea (ha)

Continente/Pas

2003

Peso
%

Produo (t)

2004

Peso
%

2003

Peso
%

2004

Peso
%

Mundo

938 540

100

1 020 842

100

21 233 395

100

22 001 381

Europa
UE (25)

146 434

16

143 725

14

3 305 934

16

3 333 728

15

135 906

13

3 227 623

15

UE (15)

137 691

Portugal

4 400

Alemanha

9 400

8 300

202 000

220 000

Espanha

37 705

37 500

1 044 762

967 100

Frana

17 444

17 237

460 524

462 917

Itlia

47 472

49 162

913 942

986 734

15 429

15 194

272 386

265 426

607 355

65

689 365

68

12 174 575

57

12 690 739

58

420 250

45

500 250

49

10 005 000

47

10 505 000

48

6 994

6 791

190 304

204 786

120 000

13

120 000

12

790 000

790 000

22 100

22 000

548 600

508 700

frica
sia
China
Coreia do Sul
ndia
Japo
Turquia
Amrica do Norte e Central
EUA

15

3 196 713
4 400

100

15

95 000

95 000
1

17 900

19 000

340 000

362 000

146 587

16

150 152

15

5 133 500

24

5 358 685

24

128 050

14

131 280

13

4 754 890

22

4 976 880

23

11 290

11 290

243 406

243 406

15 241

14 925

193 800

193 705

7 494

7 481

153 200

159 098

Mxico
Amrica do Sul
Oceania
Fonte: FAO

Nota: Os dados da FAO relativos a Portugal no coincidem com os dados estatsticos nacionais.

Escoamento da Produo
As principais formas de escoamento da alface, de acordo com o Inqurito Horticultura 2000,
so:
Centrais de comercializao (26%)
Venda aos retalhistas (26%)
Venda directa ao consumidor (22%)
Venda directa ao sector da distribuio (11%)
Agrupamentos de Agricultores (3%)
Indstria (1%)
No Continente, em 2004, existiam 7 Organizaes de Produtores a comercializar alface, tendo
apurado nesse ano um Valor da Produo Comercializada (VPC) de 1,3 milhes de euros,
correspondendo comercializao de 1 494 toneladas, o que representa apenas cerca de 3% da
produo de alface do Continente no quinqunio 1998/02 (Quadro 20 e Quadro 22). na regio
do Ribatejo e Oeste que existe o maior nmero de OP, no entanto, a nica OP existente em
Entre Douro e Minho, concentrou 53% da oferta do Continente e gerou 43% do total do VPC do
Continente. Nesta regio, a OP comercializou aproximadamente 8% da produo mdia de
alface da regio no quinqunio 1998/02.

23

Horticultura

Quadro 22 - Caracterizao das Organizaes de Produtores de Alface em 2004


N Produtores

rea (ha)

Volume
de Produo (t)

Regio

N OP

Beira Litoral

39

244

214 068

Entre Douro e Minho

41

44

792

538 593

Ribatejo e Oeste

22

33

458

503 957

TOTAL

102

1 494

1 256 618

85

VPC (EUR)

Fonte: GPPAA

Comrcio Internacional Portugus


A balana comercial portuguesa da alface favorvel desde 2002. O saldo tem evoludo de
forma positiva nos ltimos anos, tendo sido de 1,5 milhes, 3,6 milhes e 4,8 milhes de euros
de 2002 a 2004 (Quadro 23). Neste ltimo ano, o valor das vendas de alface ao exterior
rondaram os 6,6 milhes de euros e as 4,5 mil toneladas.
Quadro 23 - Evoluo do Comrcio Internacional Portugus de Alface, em valor, no
perodo de 2000 a 2004
Unidade: EUR

2 0 0 0

2 0 0 1

2 0 0 2

2 0 0 3

2 0 0 4

MDIA (2000/04)

PRODUTO

ALFACE

ENTRADAS

SADAS

ENTRADAS

SADAS

ENTRADAS

SADAS

ENTRADAS

SADAS

ENTRADAS

SADAS

ENTRADAS

SADAS

2 587 638

254 695

4 237 862

249 629

3 270 927

4 766 188

2 228 320

5 870 938

1 838 797

6 612 304

2 832 709

3 550 751

Fonte: INE

O Reino Unido, com 70%, e a Frana, com 17% do valor das vendas, foram os principais
compradores da produo nacional (Quadro 24). Os valores unitrios do produto sado
significativamente superior no destinado aos Pases Baixos e ao Reino Unido do que nas
restantes transaces. Aproximadamente 63% do volume foi transaccionado em Maro, Abril e
Maio.
Quadro 24 - Comrcio Internacional Portugus de Alface, por Pas, em 2004
ENTRADAS
O R IG E M

S A D A S

1000 Kg

EUR

D E S T IN O

1000 Kg

EUR

A LEM A N H A

75

6 2 1 5 4 ES PA N H A

1 250

815 977

B LG IC A

11

8 7 5 5 F R AN A

1 845

1 128 812

41 024

1 435

4 623 337

3 154

4 539

6 612 304

ES PA N H A

985

FRANA

93

PA S ES B A IX O S

10

TOTAL

1 174

1 6 4 3 5 3 2 PA S ES B A IX O S
1 1 6 6 9 0 R EIN O U N ID O
7 6 6 6 O U TR O S
1 838 797 TO TAL

FO N T E : IN E (da dos provisrios)

3.2.

Alho Francs

rea e Produo
O Ribatejo e Oeste e o Entre Douro e Minho, so as principais regies de produo de alho
francs. uma cultura produzida maioritariamente ao ar livre. A continuao do aumento da
procura, a verificar-se, constituir um incentivo para o aumento da rea de cultivo,
nomeadamente, na regio de Entre Douro e Minho.

24

Horticultura

Comrcio Internacional Portugus


O alho francs um dos poucos produtos que tem tido, em alguns anos, a balana comercial
favorvel, em funo da campanha e da procura externa. Em 2002 o saldo cifrou-se em 82 mil
euros. Em 2004 o volume de vendas ao exterior totalizou 1,4 milhes de euros, para cerca de
0,6 milhes de euros de importao, sendo o saldo de 807 mil euros (Quadro 25).
Quadro 25 - Evoluo do Comrcio Internacional Portugus de Alho francs, em valor,
no perodo de 2000 a 2004
Unidade: EUR

2 0 0 0

2 0 0 1

2 0 0 2

2 0 0 3

2 0 0 4

MDIA (2000/04)

PRODUTO

ALHO FRANCS

ENTRADAS

SADAS

ENTRADAS

SADAS

ENTRADAS

SADAS

ENTRADAS

SADAS

ENTRADAS

SADAS

ENTRADAS

SADAS

485 046

431 734

869 780

586 791

731 892

813 600

852 956

679 146

551 928

1 358 489

698 320

773 952

Fonte: INE

Os principais compradores de alho francs nacional foram, em 2004, a Frana e o Reino Unido
(Quadro 26). Maio e Junho foram os meses onde ocorreu o maior volume de transaces, quase
80% das quantidades totais vendidas ao exterior neste ano. Neste produto destacam-se os
valores mdios unitrios mais elevados das vendas para o Reino Unido e das aquisies a
Espanha.
Quadro 26 - Comrcio Internacional Portugus de Alho Francs, por Pas, em 2004
ENTRADAS
O RIG EM

SA D A S

1000 Kg

EUR

D ESTIN O

B LG IC A

114

E S PA N H A

255

246 309 FRANA

FRANA

430

2 6 1 1 5 7 R E IN O U N ID O

O UTRO S

TOTAL

802

4 2 5 1 3 E S PA N H A

1 9 4 9 O U TR O S
551 928 TO TAL

1000 Kg

EUR

294

191 788

1 389

441 571

551

721 500

3 630

2 238

1 358 489

FO N T E : IN E (dados provisrios)

3.3.

Alho Seco

rea e Produo
Existe alguma produo nacional, embora pequena, na rea de mercado da Pvoa de VarzimEsposende (cerca de 6 ha). A evoluo dos ltimos anos aponta para o progressivo abandono
da cultura. A forte concorrncia de alho seco mais barato, proveniente de Espanha, levou
perda de importncia da produo nacional de alho seco.
De acordo com os dados da FAO, a produo mundial de alho seco para o ano de 2004
estimava-se em 14,1 milhes de toneladas, distribudas por uma superfcie de 1,1 milhes de
hectares (Quadro 27). A China o maior produtor do mundo, com um volume anual de 10,6
milhes de toneladas, o que representa trs quartos da produo mundial. Seguem-se-lhe a
Europa com apenas 5% e a ndia com um peso de 4%.
As produtividades obtidas pelo maior produtor asitico, a China, destacam-se por serem
bastantes mais elevadas que nos restantes.

25

Horticultura

Quadro 27 - rea e Produo mundial de alho seco em 2003 e 2004


rea (ha)

Continente/Pas

Peso
%

2003

Mundo

Produo (t)

Peso
%

2004

Peso
%

2003

1 132 037

100

1 122 324

100

13 619 221

100

Europa
UE (25)

118 486

10

112 061

10

716 572

35 994

UE (15)

31 155

251 442

Portugal

250

Espanha

21 683

23 700

Federao Russa

30 110

Romnia

14 800

Ucrnia

20 600

frica

170 161

30 610

8 747

19 600

35 395

9 509

14 087 991

100

756 498

267 782

1 400
2

Egipto
sia

250

Peso
%

2004

1 400
1

168 300

219 570

236 170

76 523

65 884

103 200

130 700

33 034

377 731

361 518

8 349

207 757

187 833

908 436

80

915 578

82

11 781 778

87

12 304 193

87

632 350

56

637 250

57

10 078 351

74

10 593 366

75

8 500

8 500

90 000

90 000

33 140

30 237

378 846

357 824

120 000

11

120 000

11

500 000

500 000

Myanmar (Birmnia)

21 209

22 000

120 333

121 000

Tailndia

15 516

Turquia

China
Coreia do Norte
Coreia do Sul
ndia

16 800

95 909

107 000

19 000

17 000

125 000

109 000

Amrica do Norte e Central

25 574

23 634

375 301

348 090

Amrica do Sul

43 866

37 717

366 359

316 192

Oceania

280

300

1 480

1 500

Fonte: FAO

Comrcio Internacional Portugus


A balana comercial muito deficitria. Nos ltimos anos, tem-se verificado um aumento nas
quantidades de alho seco adquiridas ao exterior. Desde 2000 at 2004, esse aumento foi de
36%, atingindo neste ltimo ano as 6 880 toneladas (cerca de 6,9 milhes de euros - Quadro
28).
Quadro 28 - Evoluo do Comrcio Internacional Portugus de Alho seco, em valor, no
perodo de 2000 a 2004
Unidade: EUR

2 0 0 0

2 0 0 1

2 0 0 2

2 0 0 3

2 0 0 4

MDIA (2000/04)

PRODUTO

ALHO SECO

ENTRADAS

SADAS

ENTRADAS

SADAS

ENTRADAS

SADAS

ENTRADAS

SADAS

ENTRADAS

SADAS

ENTRADAS

SADAS

5 325 298

71 454

7 762 672

47 604

9 525 241

98 677

8 134 337

29 405

6 954 971

22 659

7 540 504

53 960

Fonte: INE

Quadro 29 - Comrcio Internacional Portugus de Alho seco, por Pas, em 2004


ENTRADAS
O RIGEM

1000 Kg

A LE M A N H A
C H IN A
ES PA N H A

SADAS
EUR

1 1 0 4 ,4
1 9 ,2
5 6 5 8 ,0

D ES T IN O

1 7 7 1 5 5 3 A N G O LA
15 233 CABO VERD E
5 066 171 ES PA N H A

1000 Kg

EUR
1 ,2

1 849

5 ,9

6 802

1 3 ,8

9 627

FRANA

4 4 ,2

4 9 8 1 4 S .T O M P R IN C .

2 ,7

3 584

P A S E S B A IX O S

1 9 ,1

14 231 O UTR O S

0 ,3

797

T U R Q U IA

2 3 ,0

19 348

O U TR O S

1 3 ,3

18 621

TOTAL

6 8 8 1 ,4

2 3 ,8

22 659

6 954 971 TO TA L

F O N T E : IN E (d a d os p ro visrios)

A Espanha e a Alemanha foram os nossos principais fornecedores de alho, tendo


representatividades de 73% e 25%, respectivamente, do valor total das compras ao exterior

26

Horticultura

(Quadro 29). O alho seco o oitavo produto, com 5% de peso, mais adquirido ao exterior,
quando comparamos com a restante composio das entradas totais de hortcolas em Portugal.
3.4.

Couves

rea e Produo
Nos ltimos anos, tem-se verificado um aumento quer da superfcie, quer da produo de
couves. Em 2003 produziram-se 198 mil toneladas de couves em Portugal (Quadro 14), o maior
valor desde 1997 e a rea cultivada situou-se nos 9 000 hectares.
Quadro 30 - Evoluo da rea e produo de couves, por regio agrria, entre 1997 e
2002
Regio

1997

%C

Area
E. Douro e Minho Rend.
Prod.

626
15 962
9 992

11

128
26 945
3 449

Trs-os-Montes

Area
Rend.
Prod.

376
21 686
8 154

Beira Litoral

Area
Rend.
Prod.

34
20 824
708

Beira Interior

Area
Rend.
Prod.

4 199
20 593
86 472

74

Ribatejo e Oeste

Area
Rend.
Prod.

166
15 084
2 504

Alentejo

Area
Rend.
Prod.
Area
Rend.
Prod.

110
21 482
2 363

1998

%C

10

138
26 630
3 675

453
21 501
9 740

39
20 359
794

5 179
20 735
107 387

76

205
15 600
3 198

135
20 859
2 816

Area
5 639 100
6 303 100
6 833
CONTINENTE Rend.
20 153
20 224
20 288
Prod.
113 642 100
127 469 100
138 630
Area - ha; Rend. - Kg/ha; Prod. - t
Inclui: Couve flor, couve repolho, lombardo, brcolo e couve tronchuda
Fonte: INE

100

Algarve

76

10

134
26 455
3 545

418
21 483
8 980

36
20 694
745

4 746
20 702
98 252

75

187
15 636
2 924

124
20 823
2 582

%C

684
16 111
11 020

658
15 868
10 441

1999

77

77

100

2000

%C

791
16 311
12 902

10

158
26 703
4 219

499
21 471
10 714

45
20 267
912

5 760
20 654
118 968

75

225
15 724
3 538

162
20 679
3 350

7 640
20 236
154 603

100

77

100

2001

%C

817
16 755
13 689

11

164
25 384
4 163

483
20 135
9 725

59
18 305
1 080

5 704
19 508
111 273

74

314
15 261
4 792

162
20 679
3 350

7 703
19 223
148 072

100

75

100

2002

%C

876
18 414
16 138

10

176
27 170
4 782

551
23 134
12 747

67
20 701
1 387

6 177
22 918
141 563

73

440
16 780
7 383

166
20 591
3 420

8 454
22 171
187 420

100

76

100

Mdia
%C
1998/02
765
10
16 775
12 838
8
154
26 473
4 077

481
21 592
10 381

49
19 992
984

5 513
20 948
115 489

75

274
15 926
4 367

150
20 716
3 104

76

7 387 100
20 475
151 239 100

De acordo com os dados da FAO, a produo mundial de couves para o ano de 2004 estimavase em 68,2 milhes de toneladas, distribudas por uma superfcie de 3,2 milhes de hectares.
Mais de 70% da produo mundial concentra-se no continente asitico, cabendo a liderana
China com 32,6 milhes de toneladas, o que representa 48% da produo mundial. A Europa
tem uma representatividade na produo mundial de 19%, destacando-se a Federao Russa,
com produes superiores a 4 milhes de toneladas (Quadro 31). A produtividade mdia na
sia, nomeadamente na China, cerca de metade da que se atinge na Polnia e na Alemanha, ou
seja mais de 40 toneladas por hectare.
Na sia produz-se aproximadamente 80% da couve flor, a nvel mundial, sendo a China e a
ndia os maiores produtores. A Europa tem um peso de 14%, sendo praticamente os 25 Estados
Membros, os responsveis pela produo desta hortcola (Quadro 32). Neste produto, a
produtividade obtida na Europa e a obtida na sia semelhante, cerca de 18 toneladas por
hectare.

27

Horticultura

Quadro 31 - rea e Produo mundial de couves em 2003 e 2004


rea (ha)

Continente/Pas

Mundo

Peso
%

2003

Produo (t)

Peso
%

2004

2003

Peso
%

2004

Peso
%

3 127 891

100

Europa
UE (25)

535 767

17

UE (15)

95 692

Portugal

10 178

Alemanha

16 000

23 800

757 000

972 510

Bielorssia

27 000

26 000

845 000

850 000

Federao Russa

3 156 672

100

65 776 148

100

68 219 989

100

521 329

17

13 226 353

20

13 182 198

19

153 192

4 938 148

2 736 140
8 000

211 890

140 000

177 040

169 500

4 442 210

4 067 680

Polnia

31 815

32 313

1 236 670

1 370 957

Romnia

42 200

42 101

1 019 234

919 101

1
2

Ucrnia
frica
Egipto
Qunia
sia
China
Coreia do Sul
ndia
Indonsia
Japo
Turquia
Amrica do Norte e Central
EUA
Amrica do Sul
Oceania

78 100

74 700

1 541 000

1 559 300

112 362

99 177

1 984 753

1 769 379

22 541

18 790

624 346

541 915

44 701

35 000

708 972

550 000

2 310 068

74

2 359 944

75

47 211 122

72

49 663 912

73

1 624 310

52

1 669 350

53

30 584 911

46

32 591 000

48
5

53 087

49 837

2 959 855

3 139 407

280 000

280 000

5 800 000

6 000 000

64 520

68 029

1 348 433

1 432 814

55 000

54 000

2 340 500

2 165 400

32 000

32 000

721 000

700 000

127 602

133 491

2 742 671

2 979 326

83 550

86 510

1 981 190

2 155 670

39 147

39 776

499 432

513 164

2 945

2 955

111 817

112 010

Fonte: FAO

Nota: Os dados da FAO relativos a Portugal no coincidem com os dados estatsticos nacionais.

Quadro 32 - rea e Produo mundial de couve flor em 2003 e 2004


rea (ha)

Continente/Pas

2003

Peso
%

Produo (t)

2004

Peso
%

2003

Peso
%

2004

Peso
%

Mundo

846 248

100

885 298

100

15 980 696

100

16 483 937

Europa
UE (25)

129 410

15

126 700

14

2 235 257

14

2 305 977

14

121 231

14

2 248 883

14

UE (15)

109 434

13

1 943 009

12

Portugal

1 800

Alemanha

5 491

7 740

136 600

182 264

Espanha

26 620

26 500

509 911

499 000

Frana

26 564

25 413

413 657

412 707

Itlia

24 035

22 446

484 854

460 707

Polnia

10 363

10 243

188 845

205 687

15 497

14 574

224 061

308 030

4 350

5 439

109 618

131 209

650 423

77

692 447

78

12 701 554

79

13 014 589

79

313 464

37

353 165

40

7 084 863

44

7 328 864

44

280 000

33

280 000

32

4 800 000

30

4 800 000

29

11 061

11 343

199 570

204 971

41 026

42 183

616 165

648 826

EUA

15 780

16 840

311 890

335 530

Mxico

18 000

18 000

210 000

215 000

Amrica do Sul

4 813

4 628

77 078

Oceania

5 079

4 766

126 581

frica
Egipto
sia
China
ndia
Paquisto
Amrica do Norte e Central

1 800

35 000

100

35 000

73 734
1

132 781

Fonte: FAO
Nota: Os dados da FAO relativos a Portugal no coincidem com os dados estatsticos nacionais.

Organizaes de Produtores
No Continente, em 2004, existiam 21 OP a comercializar couves, tendo apurado nesse ano um
Valor da Produo Comercializada (VPC) de 6,4 milhes de euros, correspondendo
comercializao de 14 593 toneladas. na regio do Ribatejo e Oeste que existe o maior
nmero de OP (18) e a maior concentrao da oferta de couves, cerca de 88% (Quadro 33).
Comparando os volumes de produo comercializados pelas OP com as produes totais de
couves obtidas no quinqunio 1998/02 nas vrias regies (Quadro 30), verifica-se que a
representatividade das OP no escoamento da produo regional baixa, sendo de 11% no
Ribatejo e Oeste, 8% na Beira Litoral e 7% em Entre Douro e Minho. Esta situao vem
reforar, a constatao do fraco peso que as OP tm no escoamento da produo regional e

28

Horticultura

nacional e, ao mesmo tempo, indiciam a necessidade de estimular a organizao da produo e


o crescimento das actuais organizaes.
Quadro 33 - Caracterizao das Organizaes de Produtores de Couves em 2004
N Produtores

Volume
de Produo (t)

Regio

N OP

rea (ha)

Alentejo

2 024

Beira Litoral

185

22

848

458 455

Entre Douro e Minho

149

91

905

365 805

Ribatejo e Oeste

18

452

1 265

12 832

5 573 074

TOTAL

21

1 380

14 593

6 399 358

787

VPC (EUR)

Fonte: GPPAA

Comrcio Internacional Portugus


No quinqunio analisado (2000-04), o saldo da balana comercial do total de couves alternou
entre positivo e negativo, tendo sido nos anos de 2000, 2002 e 2004 positivo. Neste ltimo ano
o valor de vendas ao exterior cifrou-se em 6 milhes de euros, para cerca de 4 milhes de
euros de compras. As outras couves, foram as que mais contriburam para esse valor,
nomeadamente a variedade Spitzkool, vulgarmente conhecida por couve pontiaguda, que no
sendo habitual no consumo dos portugueses apreciada nos mercados estrangeiros.
Quadro 34 - Evoluo do Comrcio Internacional Portugus de Couves, em valor, no
perodo de 2000 a 2004
Unidade: EUR

2 0 0 0

2 0 0 1

2 0 0 2

2 0 0 3

2 0 0 4

MDIA (2000/04)

PRODUTO
ENTRADAS

SADAS

ENTRADAS

SADAS

ENTRADAS

SADAS

ENTRADAS

SADAS

ENTRADAS

SADAS

ENTRADAS

SADAS

COUVE FLOR / BRCOLOS

2 285 017

51 427

4 698 097

91 779

2 955 211

303 179

4 620 533

56 541

3 721 480

360 810

3 656 068

172 747

COUVE BRANCA / C.ROXA

161 234

662 775

584 901

464 259

329 660

449 987

495 576

213 528

182 488

119 171

350 772

381 944

214

COUVE DE BRUXELAS

112 403

OUTRAS COUVES

616 982

TOTAL

138 954

21 248

181 282

19 424

127 504

70 245

146 080

22 250

2 869 783

120

2 571 368

170 259

3 786 900

560 236

4 777 615

1 394 304

4 004 772

410 352

5 106 464

1 110 648

4 109 107

3 175 636 3 584 105

8 024 625

4 343 152

3 984 061

5 552 029

6 691 695

4 294 265

4 441 824

5 656 690

5 263 568

4 686 048

Fonte: INE

A Alemanha, a Espanha, o Reino Unido e a Frana, foram os principais compradores de


brssicas nacionais contribuindo com 30%, 28%, 23% e 8%, respectivamente, do valor total de
vendas ao exterior (Quadro 35). Cerca de 60% das transaces concentraram-se nos meses de
Maro, Abril e Maio (7,5 mil toneladas). Relativamente couve de Bruxelas, o saldo da balana
comercial negativo, no entanto, o valor de vendas ao exterior tm aumentado nos ltimos
anos. No que respeita s aquisies desta couve, cerca de 56% e 32% do valor foi proveniente
de Espanha e Alemanha, respectivamente. Relativamente couve flor e brcolo, o saldo da
balana comercial muito negativo. Cerca de 58% do valor de compras ao exterior foi oriundo
de Espanha e 32% da Alemanha.

29

Horticultura

Quadro 35 - Comrcio Internacional Portugus de Couves, por Pas, em 2004


ENTRADAS

SADAS

PRODUTO
ORIGEM

COUVE BRANCA
COUVE ROXA

86 647 ESPANHA

ESPANHA

234,1

TOTAL
BLGICA
ESPANHA
PASES BAIXOS
OUTROS
TOTAL

91,0
7,1
576,9
4,8

73 529 SUA

6,4

2 000

17 159 OUTROS

1,5

1 465

366,5

119 171

28,9

32 748

5 153
182 488 TOTAL
3 624 ESPANHA

49,2

50 283 FRANA

5,6

36 446

146,2

72 001 OUTROS

0,6

1 051

127 504 TOTAL

35,1

70 245

340,3

233 151

4,7

4 776

105,7

77 152

FRANA

41,5

39 296

OUTROS

3,0

6 435

495,0

360 810

4 124,5

1 711 778

1,7
201,9

1 596

1 735,4

1 188 683 BLGICA

3 563,2

2 163 661 CABO VERDE

ALEMANHA

488,6

5 787,1
9,6

369 136 ESPANHA

3 721 480 TOTAL


2 309 ALEMANHA

ESPANHA

935,7

FRANA

156,3

99 558 ESPANHA

PASES BAIXOS

104,3

33 332 FRANA

OUTROS

0,3

274 958 DINAMARCA

195 ITLIA
LUXEMBURGO

36 972
1 340 404

939,5

349 091

422,2

153 092

12,4

9 450
183 521

1 897,5

1 294 109

SUA

16,6

11 915

OUTROS

11,5

16 132

11 593,7

5 106 464

REINO UNIDO

1 206,2

60,5
3 615,6

493,4

PASES BAIXOS

TOTAL

EUR
115 706

ESPANHA

TOTAL

1000 Kg
358,6

ALEMANHA

FRANA

OUTRAS
COUVES

DESTINO

244,7

OUTROS

COUVE FLR
E BRCOLOS

EUR

ALEMANHA

PASES BAIXOS

COUVE
BRUXELAS

1000 Kg

410 352 TOTAL

FONTE: INE (dados provisrios)

3.4.1. Couve Repolho


rea e Produo
A couve repolho actualmente, de entre as brssicas e a par do lombardo, a couve mais
produzida no Continente. Em 2003 a produo desta brssica foi de 65 443 toneladas e a
superfcie cultivada de 2 417 hectares. Em termos de representatividade regional da cultura,
destaca-se o Ribatejo e Oeste como a principal regio de produo de couve repolho, com cerca
de 70% da rea e da produo do Continente, seguida de Entre Douro e Minho com 14% na
rea e 12% na produo (Quadro 36).
Cerca de 28% das exploraes que produzem repolho esto localizadas no Ribatejo e Oeste, e
aproximadamente 32% no Entre Douro e Minho e Beira Litoral (IH 2000).

30

Horticultura

Quadro 36 - Evoluo da rea e produo de couve repolho, por regio agrria, entre
1997 e 2002
Regio

1997

%C

Area
E. Douro e Minho Rend.
Prod.

169
26 462
4 472

12

30
31 567
947

Trs-os-Montes

Area
Rend.
Prod.

82
29 256
2 399

Beira Litoral

Area
Rend.
Prod.

16
21 063
337

Beira Interior

Area
Rend.
Prod.

Area
Ribatejo e Oeste Rend.
Prod.

1 002
26 408
26 461

72

41
21 976
901

Alentejo

Area
Rend.
Prod.

46
23 478
1 080

Algarve

Area
Rend.
Prod.

1 386
26 405
36 597
Prod. - t

100

Area
CONTINENTE Rend.
Prod.
Area - ha; Rend. - Kg/ha;
Fonte: INE

12

72

100

1998

%C

190
25 037
4 757

12

34
29 618
1 007

92
27 739
2 552

18
19 889
358

1 126
25 000
28 150

72

46
20 826
958

52
22 096
1 149

1 558
24 988
38 931

100

12

72

100

1999

%C

209
25 014
5 228

12

37
29 919
1 107

101
27 762
2 804

20
19 700
394

1 237
25 008
30 935

72

50
21 060
1 053

57
22 158
1 263

1 711
25 005
42 784

100

12

72

100

2000

%C

255
25 000
6 375

12

45
30 000
1 350

123
27 805
3 420

24
20 000
480

1 509
25 000
37 725

72

61
21 049
1 284

70
22 000
1 540

2 087
25 000
52 174

100

12

72

100

2001

%C

280
25 000
7 000

14

48
27 688
1 329

105
27 686
2 907

27
18 519
500

1 368
25 002
34 203

69

85
21 235
1 805

70
22 000
1 540

1 983
24 853
49 284

100

14

69

100

2002

%C

285
25 000
7 128

14

51
30 078
1 534

119
29 924
3 561

30
20 433
613

1 440
29 518
42 506

68

105
24 886
2 613

74
22 000
1 617

2 104
28 319
59 572

100

12

71

100

Escoamento da Produo
As principais formas de escoamento do repolho, de acordo com o Inqurito Horticultura 2000,
so:
Outros intermedirios (35%)
Central de comercializao (32%)
Venda directa ao consumidor (15%)
Retalhista (14%)
Agrupamentos de Agricultores (2%)
3.4.2. Couve Lombardo
rea e Produo
Em 2003 a produo de lombardo foi de 59 093 toneladas e a superfcie cultivada de 1 896
hectares. Entre 1995 e 2001 verificou-se alguma estabilidade na produo de lombardo, a qual
se localizou maioritariamente no Ribatejo e Oeste, com cerca de 85% da produo total do
Continente. A Beira Litoral a segunda regio mais importante, assegurando 9% da produo
(Quadro 37).
Cerca de 44% das exploraes que produzem repolho situam-se no Ribatejo e Oeste, detendo a
Beira Litoral aproximadamente 23% do total de exploraes do Continente (IH 2000).

31

Horticultura

Quadro 37 - Evoluo da rea e produo de couve lombardo, por regio agrria, entre
1997 e 2002
Regio

1997

%C

Area
E. Douro e Minho Rend.
Prod.

12
28 000
336

Trs-os-Montes

Area
Rend.
Prod.

7
29 857
209

Beira Litoral

Area
Rend.
Prod.

155
23 935
3 710

Beira Interior

Area
Rend.
Prod.

5
23 000
115

Area
Ribatejo e Oeste Rend.
Prod.

1 219
28 327
34 531

84

41
17 610
722

Alentejo

Area
Rend.
Prod.

16
24 000
384

Algarve

Area
Rend.
Prod.

1 455
27 496
40 007
Prod. - t

100

Area
CONTINENTE Rend.
Prod.
Area - ha; Rend. - Kg/ha;
Fonte: INE

1998

14
27 286
382

8
29 750
238

11
9

178
23 685
4 216

%C
1
1

15
28 000
420

9
29 000
261

11
9

5
26 200
131

86

100

1999

196
23 638
4 633

%C
1
1

15
28 000
420

9
29 000
261

11
9

6
24 000
144

1 402
27 989
39 240

84

47
17 468
821

18
24 278
437

1 672
27 192
45 465

100

86

100

2000

196
23 638
4 633

%C
1

84

52
17 346
902

20
24 000
480

1 838
27 182
49 960

100

86

100

%C
1

20
28 000
560

12
24 750
297
167
23 581
3 938

10

11
9

6
24 000
144

1 540
28 000
43 120

2001

8
21 250
170

1 540
28 000
43 120

84

52
17 346
902

20
24 000
480

1 838
27 182
49 960

100

86

100

1 391
27 989
38 933

83

62
17 742
1 100

20
24 000
480

1 680
27 070
45 478

100

86

100

2002

%C

40
28 007
1 131

15
29 000
435

184
28 739
5 288

11

9
25 333
228

1 392
33 828
47 089

81

54
27 907
1 507

22
24 000
526

84

1 716 100
32 747
56 204 100

Escoamento da Produo
As principais formas de escoamento do lombardo, de acordo com o Inqurito Horticultura
2000, so:
Outros intermedirios (30%)
Central de comercializao (25%)
Venda directa ao consumidor (18%)
Retalhista (17%)
Sector de distribuio (inclui as mdias e grande superfcies) (9%)
Agrupamentos de Agricultores (1%)
3.4.3. Couve Brcolo
rea e Produo
Em 2003 produziram-se 34 927 toneladas de couve brcolo e a rea cultivada foi 2 534
hectares. Nos ltimos anos, tem-se vindo a registar por parte de indstria transformadora, um
crescente interesse por esta cultura, reflectido no aumento das reas cultivadas. O destino da
produo fundamentalmente a indstria (44% da produo). O Ribatejo e Oeste a principal
regio de produo, com quase 90% da produo do Continente. O Alentejo e a Beira Litoral,
com muito menor importncia, so responsveis, cada regio, por 5% do total da produo
(Quadro 38).
Mais de metade das exploraes que se dedicam a esta cultura localizam-se na regio do
Ribatejo e Oeste e cerca de 23% na Beira Litoral (IH 2000).

32

Horticultura

Quadro 38 - Evoluo da rea e produo de couve brcolo, por regio agrria, entre
1997 e 2002
Regio

1997

%C

Area
E. Douro e Minho Rend.
Prod.

32
6 781
217

Trs-os-Montes

Area
Rend.
Prod.

Beira Litoral

Area
Rend.
Prod.

Beira Interior

Area
Rend.
Prod.

1998

%C

0
37
9 054
335

1999

%C
2

41
7 976
327

3
2

42
10 952
460

Area
Ribatejo e Oeste Rend.
Prod.

1 263
10 067
12 715

90

70
10 057
704

Alentejo

Area
Rend.
Prod.

9
12 333
111

Algarve

Area
Rend.
Prod.

1 411
9 980
14 082
Prod. - t

100

Area
CONTINENTE Rend.
Prod.
Area - ha; Rend. - Kg/ha;
Fonte: INE

37
8 054
298

90

100

2000

%C
2

44
8 000
352

3
2

50
10 860
543

47
10 745
505

1 452
11 994
17 416

90

1 595
11 999
19 139

90

1 715
12 000
20 580

90

80
12 063
965

88
12 045
1 060

95
12 000
1 140

10
15 200
152

11
15 182
167

12
15 000
180

1 621
11 901
19 291

100

1 782
11 896
21 198

100

1 916
11 897
22 795

100

90

100

90

100

90

100

2001
45
8 000
360
8
18 375
147
103
10 806
1 113

%C
2

2002

%C
2

55
8 001
440

5
20 600
103

5
5

2
12 500
25
1 887
10 906
20 580

86

131
11 534
1 511

12
15 000
180

2 188
10 931
23 916

100

86

100

121
13 107
1 586

0
0
5
5

2
18 000
36

2 168
13 985
30 320

86

140
12 000
1 680

17
15 000
255

88

2 508 100
13 724
34 420 100

Escoamento da Produo
As principais formas de escoamento do brcolo, de acordo com o Inqurito Horticultura 2000,
so:
Indstria (44%)
Central de comercializao (18%)
Outros intermedirios (16%)
Retalhista (11%)
Agrupamentos de Agricultores (3%)
3.4.4. Couve Flor
rea e Produo
Em 2003 a produo de couve flor situou-se nas 18 400 toneladas e a superfcie cultivada em 1
011 hectares. A produo localiza-se essencialmente no Ribatejo e Oeste, com cerca de 82% da
produo do Continente. O Algarve, a Beira Litoral e o Entre Douro e Minho obtm, em
conjunto, 14% da produo do Continente.
Aproximadamente 47% das exploraes com couve flor situam-se no Ribatejo e Oeste, seguido
da Beira Litoral e Algarve com, respectivamente, 20% e 18% do total das exploraes (IH
2000).

33

Horticultura

Quadro 39 - Evoluo da rea e produo de couve flor, por regio agrria, entre 1997
e 2002
Regio

1997

%C

%C
5

28
14 750
413

3
25 000
75

33
14 091
465

1999

%C

Trs-os-Montes

2
34 000
68
29
14 586
423

Beira Litoral

Area
Rend.
Prod.

Beira Interior

Area
Rend.
Prod.

Area
Ribatejo e Oeste Rend.
Prod.

369
18 634
6 876

81

420
17 993
7 557

80

461
18 013
8 304

80

607
18 000
10 926

80

4
7 500
30

4
8 250
33

5
7 200
36

Alentejo

Area
Rend.
Prod.

6
7 833
47

30
18 867
566

35
17 771
622

38
18 000
684

Algarve

Area
Rend.
Prod.

458
18 207
8 339
Prod. - t

100

523
17 524
9 165

100

573
17 576
10 071

100

100

3
27 333
82

36
14 194
511

%C

Area
Rend.
Prod.

82

30
15 133
454

2000

24
15 667
376

Area
CONTINENTE Rend.
Prod.
Area - ha; Rend. - Kg/ha;
Fonte: INE

1998

Area
E. Douro e Minho Rend.
Prod.

82

100

40
14 925
597

4
27 000
108

48
14 000
672

82

100

2001

%C

35
15 000
525

7
27 000
189

38
14 158
538

1
15 000
15
81

25
8 440
211

50
18 000
900

50
18 000
900

755
17 550
13 250

100

825
16 143
13 318

100

100

%C

61
15 000
915

5
20 600
103

44
15 500
682

1
19 000
19

669
16 353
10 940

82

2002

82

100

751
19 430
14 592

76

76
8 000
608

46
18 000
823

984
18 036
17 742

100

82

100

Escoamento da Produo
As principais formas de escoamento da couve flor, de acordo com o Inqurito Horticultura
2000, so:
Central de comercializao (32%)
Outros intermedirios (31%)
Retalhista (17%)
Venda directa ao consumidor (9%)
Sector de distribuio (inclui as mdias e grande superfcies) (7%)
Indstria (4%)
Agrupamentos de Agricultores (1%)
3.4.5. Couve Tronchuda (Portuguesa e Penca)
rea e Produo
A produo de couve tronchuda foi de 20 599 toneladas em 2003 e a rea dedicada a esta
brssica de 1 204 hectares. As principais regies de produo so o Ribatejo e Oeste (40%) e o
Entre Douro e Minho (33%) (Quadro 40). De assinalar, ainda, a regio de Trs-os-Montes,
responsveis por cerca de 13% da produo, na qual se produz a famosa penca de Chaves,
muito apreciada, sobretudo durante a quadra natalcia. Cerca de 1/3 das exploraes
encontram-se localizadas na regio de Entre Douro e Minho; o Ribatejo e Oeste e a Beira Litoral
registam, em conjunto, 46% do total das exploraes do Continente (IH 2000).

34

Horticultura

Quadro 40 - Evoluo da rea e produo de couve tronchuda, por regio agrria,


entre 1997 e 2002
Regio

1997

%C

Area
E. Douro e Minho Rend.
Prod.

389
11 802
4 591

42

89
25 000
2 225

10

Trs-os-Montes

Area
Rend.
Prod.

73
17 630
1 287

Beira Litoral

Area
Rend.
Prod.

13
19 692
256

Beira Interior

Area
Rend.
Prod.

Area
Ribatejo e Oeste Rend.
Prod.

346
17 020
5 889

37

10
14 700
147

Alentejo

Area
Rend.
Prod.

9
24 667
222

Algarve

Area
Rend.
Prod.

929
15 734
14 617
Prod. - t

100

Area
CONTINENTE Rend.
Prod.
Area - ha; Rend. - Kg/ha;
Fonte: INE

31

15

40

100

1998

%C

389
11 802
4 591

42

89
25 000
2 225

10

73
17 630
1 287

13
19 692
256

346
17 020
5 889

37

10
14 700
147

9
24 667
222

929
15 734
14 617

100

31

15

40

100

1999

%C

389
11 802
4 591

42

89
25 000
2 225

10

73
17 630
1 287

13
19 692
256

346
17 020
5 889

37

10
14 700
147

9
24 667
222

929
15 734
14 617

100

31

15

40

100

2000

%C

437
11 803
5 158

42

100
25 000
2 500

10

82
17 634
1 446

15
19 200
288

389
17 010
6 617

37

11
15 000
165

10
25 000
250

1 044
15 732
16 424

100

31

15

40

100

2001

%C

437
12 000
5 244

43

89
24 730
2 201

33

14

70
17 557
1 229

21
17 619
370

389
17 010
6 617

38

11
15 000
165

10
25 000
250

1 027
15 653
16 076

100

41

100

2002

%C

435
15 000
6 524

38

100
26 070
2 607

33

13

83
19 639
1 630

25
19 640
491

426
16 563
7 056

37

65
15 000
975

8
25 000
200

1 142
17 061
19 483

100

36

100

Escoamento da Produo
As principais formas de escoamento da couve tronchuda, de acordo com o Inqurito
Horticultura 2000, so:
Venda directa ao consumidor (36%)
Central de comercializao (26%)
Retalhista (21%)
Outros intermedirios (9%)
Sector de distribuio (inclui as mdias e grande superfcies) (7%)
Agrupamentos de Agricultores (1%)
3.5.

Grelos

rea e Produo
A produo de grelos de nabo e couve tem bastante expresso no nosso pas. Em 2003 (Quadro
14) a produo foi 12 788 toneladas e a rea de cultura de 1 063 hectares. A Beira Litoral a
principal regio produtora de grelos, atingindo no quinqunio 1998-02, 66% (7 300 toneladas)
da produo do Continente e 50% da superfcie. O Ribatejo e Oeste e o Entre Douro e Minho
contriburam com 18% e 11% da produo, respectivamente (Quadro 41).
Em termos do nmero de exploraes, a Beira Litoral aparece igualmente destacada com 53%
das exploraes com esta cultura, seguida da regio Entre Douro e Minho com 23% e do
Ribatejo e Oeste com 10% do total das exploraes do Continente (IH 2000).

35

Horticultura

Quadro 41 - Evoluo da rea e produo de grelos, por regio agrria, entre 1997 e
2002
Regio

1997

%C

Area
E. Douro e Minho Rend.
Prod.

208
5 981
1 244

24

Area
Rend.
Prod.

62
3 968
246

428
15 477
6 624

50

Beira Litoral

Area
Rend.
Prod.

13
8 154
106

Beira Interior

Area
Rend.
Prod.

143
12 524
1 791

17

Ribatejo e Oeste

Area
Rend.
Prod.

4
4 500
18

Alentejo

Area
Rend.
Prod.

Trs-os-Montes

Algarve

12

66

18

1998

%C

208
5 981
1 244

24

62
3 968
246

428
15 477
6 624

50

13
8 154
106

143
12 524
1 791

17

4
4 500
18

12

66

18

1999

%C

208
5 981
1 244

24

62
3 968
246

428
15 477
6 624

50

13
8 154
106

143
12 524
1 791

17

4
4 500
18

12

66

18

2000

%C

236
5 992
1 414

24

70
4 000
280

486
15 490
7 528

50

15
8 000
120

162
12 562
2 035

17

4
5 250
21

12

66

18

Area
Rend.
Prod.

Area
CONTINENTE Rend.
Prod.
Area - ha; Rend. - Kg/ha;
Fonte: INE

858
11 689
10 029
Prod. - t

100
100

858
11 689
10 029

100
100

858
11 689
10 029

100
100

973
11 714
11 398

100
100

2001

%C

236
4 000
944

24

72
4 764
343

486
15 490
7 528

50

19
7 211
137

162
12 562
2 035

17

5
5 800
29

68

18

1
12 000
12

981
11 242
11 028

100

100

2002

%C

252
6 000
1 510

24

81
4 901
397

520
15 781
8 206

49

21
8 095
170

164
14 287
2 343

15

24
6 000
144

2
12 000
18

1 063
12 028
12 788

100

12

64

18

100

Mdia
%C
1998/02
228
24
5 577
1 271
11
69
4 357
302

470
15 549
7 302

50

16
7 889
128

155
12 913
1 999

16

8
5 610
46

1
12 000
6

66

18

947 100
11 678
11 054 100

Na Beira Litoral, 20% da rea total de hortcolas ocupada com esta cultura e 15% o peso da
produo, quando comparamos com o total de hortcolas produzidas na regio. Mais de 50%
das exploraes produzem grelos de nabo e de couve. Tem-se verificado, nos ltimos anos, um
aumento na rea e na produo desta cultura na regio. Esta produo proveniente
principalmente da rea de mercado de Carapelhos, na qual se verifica uma expedio de 40 a
50% da sua produo total. A Unio Europeia o principal destino dessas expedies, sendo a
Frana, o pas que recebe a maior percentagem, dada a sua grande receptividade a estes
produtos da horticultura portuguesa.
Escoamento da Produo
Dadas as caractersticas da produo, as principais formas de escoamento dos grelos, de acordo
com o Inqurito Horticultura 2000, so:
Retalhista (40%)
Central de comercializao (32%)
Venda directa ao consumidor (31%)
Outros intermedirios (16%)
Indstria (5%)
Sector de distribuio (inclui as mdias e grande superfcies) (2%)
Agrupamentos de Agricultores (apenas 0,2%)
3.6.

Ervilha

rea e Produo
As regies agrrias mais representativas na produo de ervilha so o Algarve e o Ribatejo e
Oeste. A distribuio da rea segundo o regime/modo de instalao, revela a importncia da
cultura extensiva (com um peso de 95%) em detrimento da intensiva.

36

Horticultura

Nos ltimos anos, tem-se verificado uma gradual perda de importncia da produo de ervilha
em fresco. A forte concorrncia de produto espanhol e o aumento do consumo de ervilha
congelada e/ou embalada, mais prtico e rpido de utilizar, so algumas das razes.
Em 2004, de acordo com os dados da FAO, a produo mundial de ervilha estimava-se em 9
milhes de toneladas, distribudas por uma superfcie de 1,1 milhes de hectares. A produo
reparte-se pela sia (62%), Europa (18%) e Amrica do Norte e Central (11%). A ndia o
maior produtor do mundo, com um volume anual de 3,2 milhes de toneladas, o que representa
aproximadamente 36% da produo mundial. Segue-se-lhe a China com 23% da produo
mundial. A Europa a 25 Estados Membros responsvel por 1,4 milhes de toneladas, ou seja,
16% da produo mundial, destacando-se a Frana com um peso de 5% (Quadro 42).
O maior rendimento desta cultura apresentado pela Blgica, Pases Baixos e Espanha, no
havendo diferenas relevantes entre Continentes (Europa - 10t/ha, sia e Amrica do Norte e
Central - 9 t/ha).
Quadro 42 - rea e Produo mundial de ervilha em 2003 e 2004
rea (ha)

Continente/Pas

Peso
%

2003

Mundo

Produo (t)

2004

Peso
%

2003

2004

1 135 640

100

Europa
UE (25)

194 296

17

UE (15)

128 144

Portugal

1 000

1 000

7 000

Alemanha

5 656

5 503

60 700

66 000

Blgica

1 106 596

Peso
%
100

9 036 758

100

180 078

16

1 587 545

18

142 380

13

11

1 385 958

Peso
%

8 998 357

100

1 579 473

18

1 444 316

16

15
7 000
1

10 233

9 755

192 000

178 000

7 780

10 000

55 225

75 200

Frana

32 059

31 312

420 660

441 400

Hungria

17 852

15 296

68 666

93 000

Itlia

11 478

11 575

6 000

4 900

35 800

32 360

86 742

89 798

Arglia

25 000

25 000

Egipto

26 277

28 108

Marrocos

19 870

20 895

5 900

5 900

628 139

55

625 151

56

5 452 847

60

5 553 836

62

231 110

20

231 016

21

2 009 094

22

2 108 663

23

350 000

31

350 000

32

3 200 000

35

3 200 000

36

10 125

10 481

73 196

76 444

7 700

8 300

54 000

58 000

1
11

Espanha

Pases Baixos
Reino Unido
frica

Qunia
sia
China
ndia
Paquisto
Turquia
Amrica do Norte e Central

61 260

70 714

84 000

80 000

399 000

313 300

519 395

589 878

81 992

80 000

257 454

293 358

115 450

145 430

25 000

25 000

121 400

11

108 990

10

1 185 906

13

1 000 814

Canada

17 470

16 760

76 256

67 114

EUA

93 930

82 230

1 060 650

12

884 700

10

Amrica do Sul

89 846

87 105

208 970

189 885

Oceania

15 217

15 474

82 095

84 471

Fonte: FAO

Comrcio Internacional Portugus


A balana comercial da ervilha fortemente deficitria. Verificou-se em 2004 um aumento de
37% nas compras de ervilha ao exterior, que se situou nas 470 toneladas e que correspondeu a
0,8 milhes de euros (Quadro 43). Apesar do valor das vendas ter aumentado cinco vezes, face
a 2003, este, situou-se em nveis muito baixos quando comparados com o valor das entradas.
Quadro 43 - Evoluo do Comrcio Internacional Portugus de Ervilha, em valor, no
perodo de 2000 a 2004
Unidade: EUR

2 0 0 0

2 0 0 1

2 0 0 2

2 0 0 3

2 0 0 4

MDIA (2000/04)

PRODUTO

ERVILHA FRESCA

ENTRADAS

SADAS

ENTRADAS

SADAS

ENTRADAS

SADAS

ENTRADAS

SADAS

ENTRADAS

SADAS

ENTRADAS

SADAS

576 723

16 381

585 600

14 552

520 512

42 011

663 550

16 991

806 492

97 965

630 575

37 580

Fonte: INE

Espanha foi, praticamente, o nico fornecedor de ervilha (Quadro 44).

37

Horticultura

Quadro 44 - Comrcio Internacional Portugus de Ervilha, por Pas, em 2004


ENTRADAS
O RIG EM

SA D A S

1000 Kg

A LE M A N H A

2 ,3

B R A S IL

0 ,8

E S PA N H A

EUR

TO TAL

1000 Kg

1 1 4 7 8 A N G O LA
6 9 0 E S PA N H A

4 6 3 ,7

PA S E S B A IX O S

D ESTIN O

EUR

3 ,2

5 572

3 5 ,2

88 135

2 ,1

1 146

7 8 4 3 0 1 S .TO M PR IN C .

2 ,2

10 023 O UTRO S

2 ,1

3 112

4 6 9 ,0

806 492 TOTAL

4 2 ,7

97 965

FO N T E : IN E (d a d o s p ro vis rio s)

3.7.

Fava

rea e Produo
As principais zonas de produo de fava localizam-se nas regies do Ribatejo e Oeste, Algarve e
Beira Litoral, com pesos na produo total do Continente (mdia do quinqunio 1998-02) de
43%, 26% e 24%, respectivamente (Quadro 45). Em Portugal, a produo de fava em 2003 foi
de 6 794 toneladas para uma rea semeada de 1 192 hectares.
Quadro 45 - Evoluo da rea e produo de fava, por regio agrria, entre 1997 e
2002
Regio

1997

%C

Area
E. Douro e Minho Rend.
Prod.

12
5 500
66

Area
Rend.
Prod.

3
15 000
45

361
7 388
2 667

22

Beira Litoral

Area
Rend.
Prod.

2
9 500
19

Beira Interior

Area
Rend.
Prod.

612
6 505
3 981

38

Ribatejo e Oeste

Area
Rend.
Prod.

61
5 328
325

Alentejo

Area
Rend.
Prod.

578
3 696
2 136

35

Algarve

Area
Rend.
Prod.

1 629
5 672
9 239
Prod. - t

100

Trs-os-Montes

Area
CONTINENTE Rend.
Prod.
Area - ha; Rend. - Kg/ha;
Fonte: INE

29

43

23

100

1998

%C

9
6 111
55

3
12 333
37

278
7 993
2 222

22

2
8 000
16

471
7 045
3 318

38

47
5 766
271

445
4 000
1 780

35

1 255
6 135
7 699

100

29

43

23

100

1999

%C

9
6 111
55

3
12 333
37

278
7 993
2 222

22

2
8 000
16

471
7 045
3 318

38

47
5 766
271

445
4 000
1 780

35

1 255
6 135
7 699

100

29

43

23

100

2000

%C

10
6 200
62

3
14 000
42

312
8 003
2 497

22

2
9 000
18

529
7 047
3 728

38

53
5 736
304

500
4 000
2 000

35

1 409
6 140
8 651

100

29

43

23

100

2001

%C

8
6 000
48

6
13 000
78

31
8 065
250

2
9 000
18

317
7 057
2 237

34

55
5 782
318

501
4 000
2 004

54

920
5 384
4 953

100

45

40

100

2002
8
7 220
59
5
13 800
69
220
8 068
1 775

%C
1

Mdia
1998/02

%C
1

9
6 317
56

4
13 150
53
224
8 013
1 793

18

2
9 000
18

450
7 198
3 242

37

62
6 167
385

478
4 000
1 914

39

17
21

2
11 000
22
464
7 780
3 610

35

110
6 909
760

501
4 000
2 004

38

1 310
6 334
8 299

100

43

24

100

24

43

26

1 230 100
6 066
7 460 100

Aproximadamente 45% das exploraes com fava situam-se no Algarve, registando o Ribatejo e
Oeste aproximadamente das exploraes (IH 2000).
Em 2004, de acordo com os dados da FAO, a produo mundial de fava estimava-se em 1,1
milhes de toneladas, distribudas por uma superfcie de 200 mil hectares. A produo repartese fundamentalmente por quatro Continentes, a frica (32%), a sia (30%), a Europa (19%) e
a Amrica do Sul (14%) (Quadro 46). A Arglia, Marrocos e a China so os principais produtores
do mundo, com volumes anuais superiores a 138 mil toneladas. Na Europa destaca-se a
Espanha com um volume anual de 75 mil toneladas, o que representa 7% da produo mundial.

38

Horticultura

Quadro 46 - rea e Produo mundial de fava em 2003 e 2004


rea (ha)

Continente/Pas

Mundo

Peso
%

2003

Produo (t)

Peso
%

2004

2003

Peso
%

2004

Peso
%

194 063

100

200 153

100

1 092 542

100

1 138 538

Europa
UE (25)

27 997

14

30 890

15

188 492

17

216 501

19

29 960

15

214 001

19

UE (15)

26 469

14

183 537

17

Portugal

3 000

3 000

30 000

30 000

Espanha

6 800

8 000

60 500

75 900

Itlia

9 725

9 700

54 883

55 000

Reino Unido

2 090

2 100

11 900

11 800

52 075

27

51 750

26

364 792

33

364 060

32

27 000

14

27 000

13

176 407

16

175 000

15

1 100

1 100

15 000

15 000

14 325

14 000

140 725

13

140 000

12

frica
Arglia
Lbia
Marrocos
Tunsia
sia
Casaquisto

100

7 000

7 000

20 600

22 000

46 581

24

48 843

24

323 846

30

342 379

30

1 000

1 000

11 500

12 000

13 094

13 803

132 333

12

138 011

12

Lbano

1 653

1 700

16 100

16 500

Sria
Turquia

5 154

5 160

43 597

44 000

6 000

6 000

44 000

44 000

10 550

10 550

58 100

58 100

9 700

9 700

53 000

53 000

56 730

29

57 990

29

156 312

14

156 498

14

33 200

17

33 350

17

59 231

61 680

2 500

2 550

20 000

20 500

9 396

10 590

15 205

17 818

11 634

11 500

61 876

56 500

China

Amrica do Norte e Central


Mxico
Amrica do Sul
Bolvia
Chile
Equador
Per
Oceania

130

130

1 000

1 000

Fonte: FAO
Nota: Os dados da FAO relativos a Portugal no coincidem com os dados estatsticos nacionais.

O rendimento desta cultura equilibrado nos Continentes, frica, Europa e sia (cerca de 7
toneladas por hectare), mas menor na Amrica do Sul (valor mdio de 2,6 t/ha, sendo no
Per de aproximadamente 5 toneladas por hectares).
Escoamento da Produo
As principais formas de escoamento da fava, de acordo com o Inqurito Horticultura 2000,
so:
Venda directa ao consumidor (42%)
Retalhista (21%)
Indstria (16%)
Outros intermedirios (13%)
Central de comercializao (5%)
Sector de distribuio (inclui as mdias e grande superfcies) (3%)
Agrupamentos de Agricultores (apenas 0,2%)
3.8.

Feijo Verde

rea e Produo
Em 2003 a rea de feijo verde foi de 1 188 hectares, o que originou uma produo de 14 241
toneladas. uma cultura produzida predominantemente em estufa. A produo de feijo verde
encontra-se distribuda pelo Continente, da seguinte forma (mdia 1998-02): Ribatejo e Oeste
(46%), Algarve (21%), Beira Litoral (19%) e Entre Douro e Minho (6%) (Quadro 47).

39

Horticultura

No Ribatejo e Oeste localiza-se a maior percentagem de exploraes com esta cultura, cerca de
28%, registando o Entre Douro e Minho, a Beira Litoral e o Algarve, em conjunto, 47% do total
das exploraes (IH 2000).
Quadro 47 - Evoluo da rea e produo de feijo verde, por regio agrria, entre
1997 e 2002
Regio

1997

%C

Area
E. Douro e Minho Rend.
Prod.

97
10 784
1 046

89
8 079
719

Trs-os-Montes

Area
Rend.
Prod.

253
12 506
3 164

15

Beira Litoral

Area
Rend.
Prod.

21
10 619
223

Beira Interior

Area
Rend.
Prod.

Area
Ribatejo e Oeste Rend.
Prod.

945
10 224
9 662

55

Area
Rend.
Prod.

87
6 414
558

Area
Rend.
Prod.

236
18 153
4 284

14

1 728
11 375
19 656
Prod. - t

100

Alentejo

Algarve

Area
CONTINENTE Rend.
Prod.
Area - ha; Rend. - Kg/ha;
Fonte: INE

16

49

22

100

1998

%C

76
10 671
811

70
7 971
558

198
12 389
2 453

15

16
10 813
173

738
10 149
7 490

55

68
6 368
433

185
17 951
3 321

14

1 351
11 280
15 239

100

16

49

22

100

1999

%C

61
10 639
649

56
7 964
446

158
12 418
1 962

15

13
10 692
139

590
10 156
5 992

55

54
6 407
346

148
17 953
2 657

14

1 080
11 288
12 191

100

16

49

22

100

2000

%C

74
10 689
791

68
8 000
544

193
12 399
2 393

15

16
10 563
169

720
10 149
7 307

55

66
6 394
422

180
18 000
3 240

14

1 317
11 288
14 866

100

16

49

22

100

2001

%C

80
11 000
880

50
9 940
497

278
12 396
3 446

20

16
11 375
182

720
10 149
7 307

51

86
6 442
554

180
18 000
3 240

13

1 410
11 423
16 106

100

21

45

20

100

2002

%C

82
13 500
1 107

57
12 351
704

262
13 095
3 431

22

15
12 067
181

496
10 052
4 986

41

134
6 000
804

11

169
18 000
3 035

14

1 215
11 730
14 248

100

24

35

21

100

Mdia
%C
1998/02
75
6
11 362
848
6
60
9 133
550

218
12 567
2 737

17

15
11 105
169

653
10 135
6 616

51

82
6 272
512

172
17 981
3 099

14

1 275
11 400
14 530

100

19

46

21

100

De acordo com os dados da FAO (Quadro 48), a produo mundial de feijo verde para o ano de
2004 estimava-se em 6,4 milhes de toneladas, distribudas por uma superfcie de cerca de 900
mil hectares. A China o maior produtor do mundo, com um volume anual de 2,3 milhes de
toneladas, o que representa 36% da produo mundial. A UE a 25 Estados Membros tem um
peso de 14% na produo mundial, destacando-se a Espanha e a Itlia como os maiores
produtores, com pesos de 4% e 3%, respectivamente. A Indonsia e a Turquia ocupam a 3 e
4 posies no ranking mundial, com produes anuais prximas das 800 mil e 600 mil
toneladas, respectivamente.
Na Europa, esta cultura atinge os rendimentos mais elevados, sendo de 17,3 toneladas por
hectare na Blgica. A produtividade mdia do maior produtor mundial, a China, de 11,4
toneladas por hectare.

40

Horticultura

Quadro 48 - rea e Produo mundial de feijo verde em 2003 e 2004


rea (ha)

Continente/Pas

2003

Peso
%

Produo (t)

2004

Peso
%

2003

Peso
%

2004

Mundo

882 840

100

894 428

100

6 221 028

100

Europa
UE (25)

116 178

13

112 820

13

980 101

16

80 076

UE (15)

75 990

Portugal

1 188

Blgica

6 098

6 270

105 000

109 068

17 329

17 700

258 632

225 900

8 691

8 033

97 660

100 440

Espanha
Frana
Grcia
Itlia
frica
Arglia
frica do Sul

844 449
1 200

6 383 990

Peso
%
100

980 463

15

877 528

14

14

14 241

15 000
2

8 327

8 087

70 000

72 500

23 720

23 562

190 452

207 205

64 401

65 510

501 775

543 040

8 000

8 000

40 681

40 000

1
1

5 600

4 800

44 485

35 390

21 300

21 300

215 000

215 000

4 960

5 830

82 000

128 900

626 930

71

640 887

72

4 386 157

71

4 523 023

71

11 331

12 545

50 000

59 000

China
ndia

197 030

22

203 030

23

2 279 929

37

2 310 300

36

150 000

17

150 000

17

420 000

420 000

Indonsia

148 163

17

150 000

17

770 428

12

829 899

13

Egipto
Marrocos
sia
Bangladesh

Japo

7 950

8 000

57 000

52 900

Tailndia

22 000

22 000

88 000

88 000

Turquia

66 000

70 000

545 000

582 000

Amrica do Norte e Central

38 293

36 333

233 054

217 578

Canada

10 969

10 698

65 964

62 503

EUA

18 530

16 840

109 180

97 160

29 252

30 931

80 015

83 347

7 786

7 947

39 926

36 539

Amrica do Sul
Oceania
Fonte: FAO

Nota: Os dados da FAO relativos a Portugal no coincidem com os dados estatsticos nacionais.

Escoamento da Produo
As principais formas de escoamento do feijo verde, de acordo com o Inqurito Horticultura
2000, so:
Outros intermedirios (30%)
Venda directa ao consumidor (26%)
Retalhista (19%)
Central de comercializao (12%)
Indstria (4%)
Agrupamentos de Agricultores (4%)
No Continente e em 2004 existiam 9 OP a comercializar ervilha, fava e feijo verde, tendo-se
apurado nesse ano um Valor da Produo Comercializada (VPC) de aproximadamente 800 mil
euros, correspondendo comercializao de 2 291 toneladas (Quadro 49). O Ribatejo e Oeste,
com 6 OP, e a regio algarvia com apenas uma, foram responsveis, respectivamente, por 79%
e 19% do VPC total.

41

Horticultura

Quadro 49 - Caracterizao das Organizaes de Produtores de Ervilha, Fava e Feijo


Verde em 2004
Regio

N OP

N Produtores

Algarve

Beira Litoral

0,2

Entre Douro e Minho

35

Ribatejo e Oeste

86

TOTAL

134

Volume
de Produo (t)

rea (ha)

VPC (EUR)

95

154 250

898

14

12 845

284

2 181

633 495

2 291

801 488

287

Fonte: GPPAA

Comrcio Internacional Portugus


A balana comercial portuguesa relativa ao feijo verde altamente deficitria, em virtude do
valor das vendas ao exterior ser reduzido face ao das entradas. Tomando como referncia o
quinqunio 2000-04, o valor das entradas rondou os 8,8 milhes de euros e o das vendas 332
mil euros (Quadro 50). um dos produtos hortcolas mais adquiridos ao exterior, com um peso
de 7% (9 milhes de euros) relativamente ao valor total das entradas de hortcolas.
Quadro 50 - Evoluo do Comrcio Internacional Portugus de Feijo Verde, em valor,
no perodo de 2000 a 2004
Unidade: EUR

2 0 0 0

2 0 0 1

2 0 0 2

2 0 0 3

2 0 0 4

MDIA (2000/04)

PRODUTO

FEIJO VERDE

ENTRADAS

SADAS

ENTRADAS

SADAS

ENTRADAS

SADAS

ENTRADAS

SADAS

ENTRADAS

SADAS

ENTRADAS

SADAS

6 241 639

103 056

8 179 597

420 365

9 058 508

555 329

11 333 702

106 981

9 224 534

475 284

8 807 596

332 203

Fonte: INE

Espanha contribuiu com uma quantidade superior a 80% (5,5 mil toneladas), sendo o nosso
principal fornecedor de feijo verde. O Reino Unido e a Espanha, com um peso, em valor, de
aproximadamente 55% e 30%, respectivamente, foram os principais compradores de feijo
verde nacional (Quadro 51).
Quadro 51 - Comrcio Internacional Portugus de Feijo verde, por Pas, em 2004
ENTRADAS
O R IG E M
A LEM A N H A
ES PA N H A

1000 Kg
2 7 3 ,8
5 4 9 5 ,5

FRANA

7 5 2 ,0

O U TR O S

1 ,3

S A D A S
EUR

D E S T IN O

5 4 6 0 9 6 A N G O LA

6 5 2 2 ,7

EUR

3 ,8

6 898

1 4 ,7

14 673

1 1 0 ,4

148 972

9 ,2

13 605

LU XEM B U R G O

1 8 ,0

12 537

S . TO M PR IN C .

2 8 ,0

19 399

1 0 3 ,9

255 316

O UTR O S

4 ,2

3 884

9 224 534 TOTAL

2 9 2 ,3

475 284

7 7 8 0 8 9 7 C A BO V ER D E
8 9 3 6 4 5 ES PA N H A
3 8 9 6 F R AN A

R EIN O U N ID O

TO TAL

1000 Kg

FO N T E : IN E (da dos provisrios)

42

Horticultura

3.9.

Cenoura

rea e Produo
Em 2003 a produo de cenoura foi 54 039 toneladas e a superfcie cultivada de 1 598 hectares.
A produo localiza-se maioritariamente no Ribatejo e Oeste, com cerca de 76% da produo
mdia do Continente, no quinqunio 1998-02. O Alentejo a segunda regio mais importante,
assegurando 13% da produo(Quadro 52).
As exploraes com cenoura esto localizadas maioritariamente no Ribatejo e Oeste e Alentejo,
apresentando o Entre Douro e Minho e a Beira Litoral, respectivamente 20% e 12% do total de
exploraes do Continente (IH 2000).
Quadro 52 - Evoluo da rea e produo de cenoura, por regio agrria, entre 1997 e
2002
Regio

1997

%C

Area
E. Douro e Minho Rend.
Prod.

48
36 208
1 738

Area
Rend.
Prod.

4
25 500
102

34
35 235
1 198

Beira Litoral

Area
Rend.
Prod.

3
29 333
88

Beira Interior

Area
Rend.
Prod.

595
36 568
21 758

76

Ribatejo e Oeste

Area
Rend.
Prod.

98
43 020
4 216

12

Alentejo

Area
Rend.
Prod.
Area
Rend.
Prod.

5
26 200
131

Trs-os-Montes

Algarve

Area
CONTINENTE Rend.
Prod.
Area - ha; Rend. - Kg/ha;
Fonte: INE

74

14

787 100
37 142
29 231 100
Prod. - t

1998

%C

62
35 048
2 173

5
25 600
128

43
34 837
1 498

4
27 500
110

763
35 646
27 198

76

126
41 825
5 270

12

7
23 429
164

74

14

1 010 100
36 179
36 541 100

1999

%C

75
34 907
2 618

6
25 667
154

52
34 712
1 805

5
26 400
132

920
35 617
32 768

76

151
42 046
6 349

12

8
24 750
198

74

14

1 217 100
36 174
44 024 100

2000

%C

85
35 000
2 975

7
25 000
175

59
34 763
2 051

6
25 000
150

1 045
35 633
37 236

76

172
41 948
7 215

12

9
25 000
225

74

14

1 383 100
36 173
50 027 100

2001

%C

80
35 000
2 800

9
27 111
244

50
34 860
1 743

6
27 500
165

1 045
32 069
33 512

77

164
40 909
6 709

12

9
25 000
225

74

15

1 363 100
33 307
45 398 100

2002
76
35 000
2 657
9
25 667
231

%C
5
5
1
0

52
35 596
1 851

6
29 167
175

1 254
34 259
42 961

82

120
33 650
4 038

4
24 750
99

83

1 521 100
34 198
52 012 100

Mdia
%C
1998/02
76
6
34 989
2 645
6
7
25 889
186

51
34 953
1 790

5
27 111
146

1 005
34 548
34 735

77

147
40 356
5 916

11

7
24 622
182

76

13

1 299 100
35 110
45 600 100

A produo mundial de cenoura (dados da FAO) para o ano de 2004, estimava-se em 24


milhes de toneladas, distribudas por uma superfcie de cerca de 1,1 milhes de hectares. A
sia responsvel por quase metade da produo mundial (46%), destacando-se como
principal produtor, a China. Na Europa produz-se 34% da cenoura, a nvel mundial, sendo a
Federao Russa e a Polnia os maiores produtores (Quadro 53).
A Amrica do Norte e Central produz em mdia, cerca de 34 toneladas de cenoura por hectare,
sendo 40 nos EUA. Na Europa atinge-se produtividades de 73 toneladas por hectare no Reino
Unido e acima dos 50 t/ha na Alemanha e Pases Baixos. A frica, a sia e a Amrica do Sul
apresentam rendimentos mais baixos.

43

Horticultura

Quadro 53 - rea e Produo mundial de cenoura em 2003 e 2004


rea (ha)

Continente/Pas

Mundo

2003

Peso
%

Produo (t)

2004

Peso
%

2003

Peso
%

2004

Peso
%

1 048 321

100

1 102 198

100

23 827 102

100

24 405 409

Europa
UE (25)

289 905

28

287 437

26

7 872 266

33

8 241 433

34

123 378

11

5 246 051

21

UE (15)

80 358

Portugal

4 500

Alemanha

9 255

10 500

Federao Russa

88 980

Frana

15 872

Itlia
Pases Baixos
Polnia
Reino Unido
Ucrnia
frica
Marrocos
Nigria

100

3 894 753

16

150 000

150 000

426 038

554 000

89 200

1 735 760

1 762 040

15 998

688 426

703 218

13 212

13 694

571 160

607 188

8 000

8 000

432 000

430 000

30 277

30 384

834 621

927 949

8 810

8 444

617 800

619 300

38 800

41 700

529 700

674 900

82 454

83 207

1 128 303

1 141 222

11 500

11 202

332 210

311 090

4 500

27 500

27 500

235 000

235 000

549 594

52

607 271

55

11 070 760

46

11 336 540

46

402 521

38

452 436

41

8 093 079

34

8 295 350

34

24 000

24 000

350 000

350 000

Indonsia
Japo

21 501

24 168

355 802

423 722

20 300

21 000

658 700

613 400

Turquia

21 000

23 000

405 000

438 000

71 415

69 565

2 425 223

10

2 371 881

10
1

sia
China
ndia

Amrica do Norte e Central


Canad

9 542

8 812

313 344

293 810

EUA

41 170

40 330

1 637 700

1 601 790

Mxico

15 189

15 189

378 517

378 517

45 766

45 703

968 188

955 423

9 500

9 333

230 000

230 000

9 187

9 015

362 362

358 910

Amrica do Sul
Argentina
Oceania
Fonte: FAO

Nota: Os dados da FAO relativos a Portugal no coincidem com os dados estatsticos nacionais.

Escoamento da Produo
As principais formas de escoamento da cenoura, de acordo com o Inqurito Horticultura 2000,
so:
Outros intermedirios (46%)
Central de comercializao (16%)
Mercado externo (12%)
Venda directa ao consumidor (9%)
Agrupamentos de Agricultores (9%)
Retalhista (7%)
Indstria (apenas 0,3%)
Sector de distribuio (inclui as mdias e grande superfcies) (apenas 0,2%)
No Continente, em 2004, existiam 7 OP a comercializar cenoura, que movimentaram 5 milhes
de euros, montante correspondente ao VPC, tal como referenciado no Quadro 54. Avaliando
este VPC, constata-se que a regio do Ribatejo e Oeste responsvel pela quase totalidade do
VPC do Continente, com uma concentrao da oferta de cerca de 98%. As outras duas regies
que comercializam cenoura atravs das OP, a Beira Litoral e Entre Douro e Minho, tm uma
expresso muito reduzida, quando comparada com a regio anterior, na ordem de 0,3% e 1%,
respectivamente, do total do VPC gerado.

44

Horticultura

Comparando os volumes de produo comercializados pelas OP do Ribatejo e Oeste, com a


produo mdia de cenoura da regio, obtida no quinqunio 1998/02 (Quadro 52), verifica-se
que, cerca de 55% do produto regional foi vendido atravs destas organizaes.
Quadro 54 - Caracterizao das Organizaes de Produtores de Cenoura em 2004
N Produtores

Volume
de Produo (t)

Regio

N OP

rea (ha)

Beira Litoral

36

13 576

Entre Douro e Minho

27

354

51 749

Ribatejo e Oeste

48

366

18 994

4 921 835

TOTAL

19 385

4 987 159

78

378

VPC (EUR)

Fonte: GPPAA

Comrcio Internacional Portugus


O saldo da balana comercial portuguesa da cenoura e do nabo negativo. O volume de vendas
ao exterior tem aumentado nos ltimos anos, atingindo 4,4 milhes de euros em 2004
(Quadro 55). Nesse ano, cerca de 90% do volume de vendas de produto concentrou-se nos
meses de Abril, Maio e Junho.
Quadro 55 - Evoluo do Comrcio Internacional Portugus de Cenoura e Nabo, em
valor, no perodo de 2000 a 2004
Unidade: EUR

2 0 0 0

2 0 0 1

2 0 0 2

2 0 0 3

2 0 0 4

MDIA (2000/04)

PRODUTO

CENOURA / NABO

ENTRADAS

SADAS

ENTRADAS

SADAS

ENTRADAS

SADAS

9 940 311

1 259 873

12 713 967

2 727 741

11 595 309

3 007 478

ENTRADAS

SADAS

13 905 873 2 942 678

ENTRADAS

SADAS

ENTRADAS

SADAS

9 125 948

4 395 022

11 456 282

2 866 558

Fonte: INE

A Frana e o Reino Unido, com um peso de 78%, foram os principais compradores de cenoura e
nabo nacionais. No que respeita s aquisies, cerca de 83% do seu volume provm de
Espanha e de Frana, aproximadamente no valor de 7 milhes de euros (Quadro 56).
Quadro 56 - Comrcio Internacional Portugus de Cenoura e Nabo, por Pas, em 2004
ENTRADAS
O R IG EM
A LEM A N H A

1000 Kg
5 763,4

BLG IC A
D IN A M A R C A

83,9
365,1

S A D A S
EUR

D E S T IN O

2 176 285 A LEM A N H A


39 292 BLG IC A
94 277 C A BO V ER D E

ES PA N H A

17 517,6

3 462 109 ES PA N H A

FR A N A

14 851,8

3 288 148 FR A N A

PA S ES BA IXOS

157,1

58 739 PA S ES BA IXOS

R EIN O U N ID O

18,8

4 289 R EIN O U N ID O

O U TR O S

18,8

2 809 O U TR O S

TOTAL

3 8 7 7 6 ,4

9 125 948 TOTAL

1000 Kg

EUR

953,1

379 124

729,2

246 489

96,2

40 313

925,3

228 426

7 862,2

1 664 582

493,2

84 533

3 340,2

1 749 069

11,6

2 486

1 4 4 1 1 ,0

4 395 022

FO NTE: INE (dados provisrios)

45

Horticultura

3.10. Cebola
rea e Produo
Em 2003 produziram-se 38 593 toneladas de cebola e a rea cultivada foi 1 617 hectares.
principalmente cultivada como cultura intensiva de ar livre. O Ribatejo e Oeste e o Entre Douro
e Minho so as principais regies de produo, com 45% e 30% da produo mdia do
quinqunio 1998-02, respectivamente (Quadro 57) e com mais de 60% das exploraes do
Continente (IH 2000). As produtividades mais elevadas encontram-se em Trs-os-Montes e
Algarve, com produes mdias de 30 toneladas por hectare.
Quadro 57 - Evoluo da rea e produo de cebola, por regio agrria, entre 1997 e
2002
Regio

1997

%C

Area
E. Douro e Minho Rend.
Prod.

295
25 041
7 387

27

Area
Rend.
Prod.

57
28 982
1 652

Area
Rend.
Prod.

33
24 364
804

8
27 125
217

Beira Interior

Area
Rend.
Prod.

537
21 473
11 531

48

Ribatejo e Oeste

Area
Rend.
Prod.

132
17 379
2 294

12

Alentejo

Area
Rend.
Prod.
Area
Rend.
Prod.

46
29 717
1 367

Trs-os-Montes

Beira Litoral

Algarve

Area
CONTINENTE Rend.
Prod.
Area - ha; Rend. - Kg/ha;
Fonte: INE

29

46

1 108 100
22 791
25 252 100
Prod. - t

1998

%C

284
25 011
7 103

27

55
28 891
1 589

31
24 935
773

8
26 125
209

517
21 445
11 087

48

127
17 370
2 206

12

44
29 886
1 315

29

46

1 066 100
22 779
24 282 100

1999

%C

342
25 023
8 558

27

66
29 000
1 914

38
24 500
931

10
25 200
252

622
21 477
13 359

48

153
17 373
2 658

12

53
29 887
1 584

29

46

1 284 100
22 785
29 256 100

2000

%C

389
25 000
9 725

27

75
29 000
2 175

43
24 605
1 058

11
26 000
286

707
21 471
15 180

48

174
17 356
3 020

12

60
30 000
1 800

29

46

1 459 100
22 785
33 244 100

2001

%C

375
25 000
9 375

28

68
31 574
2 147

43
24 605
1 058

11
26 364
290

566
21 456
12 144

42

221
14 235
3 146

16

60
30 000
1 800

31

41

11

1 344 100
22 292
29 960 100

2002

%C

377
28 000
10 556

26

69
31 493
2 173

48
25 938
1 245

12
28 417
341

718
22 451
16 120

49

192
14 000
2 688

13

61
30 000
1 836

30

46

1 477 100
23 666
34 959 100

Mdia
%C
1998/02
353
27
25 646
9 063
30
67
30 024
2 000

41
24 951
1 013

10
26 500
276

626
21 690
13 578

47

173
15 822
2 744

13

56
29 960
1 667

45

1 326 100
22 880
30 340 100

A produo mundial de cebola, de acordo com os dados da FAO, e para o ano de 2004
estimava-se em 57 milhes de toneladas, distribudas por uma superfcie de 3,1 milhes de
hectares. Mais de 60% da produo mundial concentra-se no continente asitico, cabendo a
liderana China com 18 milhes de toneladas, o que representa 32% da produo mundial. A
Europa tem uma representatividade na produo mundial de 15% (Quadro 58).
A Amrica do Norte e Central produz em mdia, cerca de 40 toneladas de cebola por hectare,
sendo 54 t/ha, a produtividade mdia nos EUA. A Europa tem produtividades mdias da ordem
das 20 toneladas por hectare, sendo de 35 na UE a 25 Estados Membros. Destacam-se a
Espanha (48 t/ha) e os Pases Baixos (53 t/ha) com maiores produtividades. A frica (16 t/ha),
a sia (17 t/ha) e a Amrica do Sul (24 t/ha) apresentam rendimentos mais baixos.

46

Horticultura

Quadro 58 - rea e Produo mundial de cebola em 2003 e 2004


rea (ha)

Continente/Pas

Mundo

2003

Peso
%

Produo (t)

2004

Peso
%

2003

Peso
%

2004

Peso
%

3 019 512

100

3 095 697

100

53 492 312

100

56 806 477

Europa
UE (25)

420 635

14

426 213

14

7 339 705

14

8 736 780

15

158 523

5 596 803

10

UE (15)

104 522

Portugal

4 800

Espanha

21 324

22 800

936 827

1 083 700

118 130

127 000

1 564 730

1 673 420

Pases Baixos

23 200

23 200

808 800

1 224 700

Polnia

32 463

36 548

678 262

865 735

Federao Russa

frica

3 648 946
4 800

100

110 000

110 000

293 567

10

298 059

10

4 331 948

4 663 978

Egipto

23 253

29 059

686 345

895 491

Marrocos

29 500

31 590

684 220

788 950

Nigria

41 000

41 000

615 000

615 000

2 029 636

67

2 105 988

68

33 973 117

64

35 196 564

62

800 617

27

850 834

27

17 536 041

33

18 046 822

32

15 563

745 203

947 797

5 500 000

10

5 500 000

10

sia
China
Coreia do Sul
ndia

12 352
530 000

18

530 000

17

Indonsia
Iro

88 029

88 707

762 795

757 399

45 000

45 000

1 500 000

1 450 000

Japo

23 500

23 000

1 172 000

1 125 000

108 020

108 931

1 427 480

1 449 025

82 000

78 000

1 750 000

2 040 000

105 688

107 316

3 920 325

4 325 986

67 210

67 440

3 327 670

3 669 540

Paquisto
Turquia
Amrica do Norte e Central
EUA
Amrica do Sul

164 721

152 560

3 698 605

3 649 809

Argentina

25 000

25 000

678 248

699 480

Brasil

68 790

57 790

1 229 850

1 132 920

Oceania

5 265

5 561

228 612

233 360

Fonte: FAO
Nota: Os dados da FAO relativos a Portugal no coincidem com os dados estatsticos nacionais.

Escoamento da Produo
As principais formas de escoamento da cebola, de acordo com o Inqurito Horticultura 2000,
so:
Outros intermedirios (31%)
Central de comercializao (31%)
Venda directa ao consumidor (18%)
Retalhista (14%)
Agrupamentos de Agricultores (3%)
Sector de distribuio (inclui as mdias e grande superfcies) (3%)
Indstria (0%)
No Continente, em 2004, existiam 11 OP a comercializar cebola, alho seco e alho francs, tendo
apurado nesse ano um valor da Produo Comercializada de 1,4 milhes de euros,
correspondendo comercializao de 5 234 toneladas (Quadro 59). na regio do Ribatejo e
Oeste que existe o maior nmero de OP e a maior concentrao da oferta (96%). Estas nove
OP, movimentaram 90% do total do VPC total. As OP da Beira Litoral e Entre Douro e Minho
comercializaram quantidades reduzidas de cebola, alho seco e alho francs.

47

Horticultura

Quadro 59 - Caracterizao das Organizaes de Produtores de Cebola, Alho seco e


Alho francs em 2004
N Produtores

Volume
de Produo (t)

Regio

N OP

rea (ha)

Beira Litoral

26

19

107

103 932

Entre Douro e Minho

37

107

42 083

Ribatejo e Oeste

91

124

5 020

1 238 452

TOTAL

11

5 234

1 384 466

154

146

VPC (EUR)

Fonte: GPPAA

Comrcio Internacional Portugus


A balana comercial portuguesa apresenta saldo negativo para a cebola semente e para a
cebola para consumo. Tomando como referncia o quinqunio 2000-04, o valor total mdio das
entradas rondou os 9,2 milhes de euros e o das vendas 273 mil euros (Quadro 60).
Quadro 60 - Evoluo do Comrcio Internacional Portugus de Cebola, em valor, no
perodo de 2000 a 2004
Unidade: EUR

2 0 0 0

2 0 0 1

2 0 0 2

2 0 0 3

2 0 0 4

MDIA (2000/04)

PRODUTO
ENTRADAS

SADAS

ENTRADAS

SADAS

ENTRADAS

ENTRADAS

SADAS

CEBOLA DE
SEMENTE

85 346

18 851

128 257

14 822

203 787

SADAS
340

ENTRADAS
2 069 546

SADAS
15

ENTRADAS
1 122 493

SADAS
14

721 886

6 808

CEBOLA DE
CONSUMO

4 781 358

83 042

10 404 368

266 006

9 946 286

661 061

7 702 981

67 853

9 567 860

252 757

8 480 571

266 144

TOTAL

4 866 704

101 894

10 532 625

280 828

10 150 073

661 401

9 772 527

67 868

10 690 353

252 771

9 202 456

272 952

Fonte: INE

Em 2004, cerca de 80% das quantidades de cebola para consumo (Quadro 61), foram
provenientes de Espanha e Frana. O valor de aquisies ao exterior totalizou aproximadamente
9,6 milhes de euros.
Quadro 61 - Comrcio Internacional Portugus de Cebola de consumo, por Pas, em
2004
ENTRADAS
O R IG E M

1000 Kg

A LEM A N H A
B LG IC A

3 9 1 8 ,2
8 4 8 ,4

S A D A S
EUR

D E S T IN O

1 5 2 2 6 4 8 B R A S IL
1 4 3 5 7 4 C A B O V ER D E

1000 Kg

EUR

2 6 4 ,0

84 734

9 5 ,1

24 387

ES PA N H A

1 6 0 1 7 ,2

3 6 6 9 1 7 5 ES PA N H A

1 5 9 ,8

62 615

FR A N A

1 3 5 0 3 ,1

3 5 4 4 9 5 8 R EIN O U N ID O

1 4 2 ,5

68 643

4 3 ,4

1 2 07 4

0 ,9

304

7 0 5 ,7

252 757

PA S ES B A IX O S

2 1 2 6 ,5

6 4 6 8 6 4 S .TO M PR IN C .

R EIN O U N ID O

7 5 ,3

1 6 4 2 0 O U TR O S

O U TR O S

6 9 ,1

24 221

TOTAL

3 6 5 5 7 ,8

9 567 860 TO TAL

FO N T E : IN E (dados provisrios)

48

Horticultura

3.11. Pepino
rea e Produo
Trata-se de uma cultura que efectuada predominantemente em estufa (85-90%), mas
tambm existe produo de ar livre, com cada vez menor importncia. produzida
essencialmente na zona do Oeste, Algarve, Grande Porto e Pvoa de Varzim-Esposende.
semelhana de outras culturas de Primavera/Vero, os produtores tm vindo a substituir a
cultura de ar livre pela de estufa, visando obter maiores produes e ultrapassar as dificuldades
que mais tm afectado a valorizao deste produto, nomeadamente, a qualidade e o calibre.
Na regio de Entre Douro e Minho tem-se verificado, nos ltimos anos, um maior interesse
produo desta cultura, dado o aumento do consumo de pepino. H interesse no acrscimo
rea em estufa, na procura de novas variedades e num maior cuidado na apresentao
produto. Verificou-se um ligeiro decrscimo na superfcie cultivada deste produto hortcola
Oeste e no Sotavento algarvio. Na regio algarvia esta diminuio deve-se ao abandono
estufas.

na
de
do
no
de

Em 2004, segundo os dados da FAO, a produo mundial de pepino estimava-se em 41 milhes


de toneladas, distribudas por uma rea de 2,4 milhes de hectares. Cerca de 33 milhes de
toneladas (80% da produo mundial) so produzidas no Continente asitico, sendo a China,
com um peso de 62%, o maior produtor do mundo, com produtividades mdias de 17 toneladas
por hectare. A Europa responsvel por 5 milhes de toneladas, ou seja, 12% da produo
mundial e com uma produo por hectare de 21 toneladas. A UE a 25 Estados Membros atinge
rendimentos mdios de 47 toneladas por hectare (Quadro 62).
Quadro 62 - rea e Produo mundial de pepino em 2003 e 2004
rea (ha)

Continente/Pas

Mundo

Peso
%

2003

Produo (t)

Peso
%

2004

2003

Peso
%

2004

Peso
%

2 284 691

100

2 414 804

100

40 840 927

100

40 953 372

100

Europa
UE (25)

246 415

11

227 199

5 033 480

12

4 819 344

12

45 548

2 161 173

UE (15)

18 649

1 846 062

Portugal

300

300

7 000

Espanha

7 183

7 200

577 124

500 000

1 312 030

1 321 870

430 000

435 000

1
2

Federao Russa
Pases Baixos
Ucrnia
frica
Egipto
sia
China
Coreia do Sul

90 330

639

88 900

623

7 000
1

67 572

54 009

816 100

712 600

148 850

142 363

1 127 116

1 031 766

33 146

26 929

674 117

583 114

1 755 458

77

1 908 384

79

32 459 767

79

32 889 783

80

1 353 029

59

1 503 094

62

25 058 864

61

25 559 515

62

445 033

407 464

1
1

6 648

6 026

Indonsia
Iro

52 119

50 352

514 210

477 716

79 000

80 000

1 400 000

1 400 000

Japo
Turquia

14 100

14 500

684 100

672 900

2
4

60 000

60 000

1 780 000

1 725 000

127 584

130 252

2 125 211

2 114 658

Cuba

29 994

34 666

347 239

365 471

EUA/USA

70 340

68 660

1 015 750

969 400

Mxico

17 000

17 000

472 000

475 000

Amrica do Norte e Central

Amrica do Sul

5 104

5 326

75 965

78 481

Oceania

1 280

1 280

19 388

19 340

Fonte: FAO

Comrcio Internacional Portugus


A balana comercial do pepino deficitria. Apesar da venda de produto ao exterior ter quase
triplicado em 2004, relativamente ao ano transacto, as quantidades vendidas continuam muito
inferiores s quantidades adquiridas ao exterior.

49

Horticultura

Quadro 63 - Evoluo do Comrcio Internacional Portugus de Pepino, em valor, no


perodo de 2000 a 2004
Unidade: EUR

2 0 0 0

2 0 0 1

2 0 0 2

2 0 0 3

2 0 0 4

MDIA (2000/04)

PRODUTO
ENTRADAS

SADAS

ENTRADAS

SADAS

ENTRADAS

SADAS

ENTRADAS

SADAS

ENTRADAS

SADAS

ENTRADAS

SADAS

556 150

37 083

554 607

36 019

880 259

9 409

1 315 905

32 598

882 801

77 358

837 944

38 493

PEPINO
Fonte: INE

Espanha o principal fornecedor, contribuindo com praticamente 100% das quantidades, ou


seja, duas mil toneladas de pepino, a que correspondeu um valor de quase 0,9 milhes de euros
(Quadro 64).
Quadro 64 - Comrcio Internacional Portugus de Pepino, por Pas, em 2004
ENTRADAS
O R IG EM

SA D A S

1000 Kg

A LEM A N H A

EUR

0 ,1

B LG IC A

PA S ES B A IX O S
TOTAL

1000 Kg

121 CABO VERD E

1 1 ,2

ESPANHA

D ESTIN O

1 0 4 3 9 ES PA N H A

EUR

1 ,5

1 200

1 3 7 ,2

65 434

2 0 1 3 ,5

858 511 FRANA

1 0 ,1

8 898

1 4 ,0

13 730 O UTRO S

1 ,0

1 826

1 4 9 ,7

77 358

2 0 3 8 ,7

882 801 TOTAL

F O N T E : IN E ( d a d o s p r o v is r io s )

3.12. Pimento
rea e Produo
Em 2003 produziram-se 47 637 toneladas de pimento e a rea cultivada foi 1 695 hectares. Nos
ltimos anos, tem vindo a notar-se um interesse crescente por esta cultura, motivado em parte,
pela possibilidade de escoamento da produo para a indstria. Geograficamente, no Ribatejo
Quadro 65 - Evoluo da rea e produo de pimento, por regio agrria, entre 1997 e
2002
Regio

1997

%C

Area
E. Douro e Minho Rend.
Prod.

18
29 889
538

Area
Rend.
Prod.

3
7 667
23

45
27 733
1 248

Beira Litoral

Area
Rend.
Prod.

4
22 000
88

Beira Interior

Area
Rend.
Prod.

660
29 698
19 601

67

Ribatejo e Oeste

Area
Rend.
Prod.

144
21 875
3 150

15

Alentejo

Area
Rend.
Prod.
Area
Rend.
Prod.

105
29 667
3 115

11

Trs-os-Montes

Algarve

Area
CONTINENTE Rend.
Prod.
Area - ha; Rend. - Kg/ha;
Fonte: INE

71

11

11

979 100
28 359
27 763 100
Prod. - t

1998

%C

19
34 158
649

3
9 333
28

47
32 000
1 504

5
21 200
106

694
34 029
23 616

67

152
24 967
3 795

15

110
34 127
3 754

11

71

11

11

1 030 100
32 478
33 452 100

1999

%C

19
34 158
649

3
9 333
28

47
32 000
1 504

5
21 200
106

694
34 029
23 616

67

152
24 967
3 795

15

110
34 127
3 754

11

71

11

11

1 030 100
32 478
33 452 100

2000

%C

21
33 571
705

3
10 000
30

51
32 059
1 635

5
23 000
115

755
34 000
25 670

67

165
25 000
4 125

15

120
34 000
4 080

11

71

11

11

1 120 100
32 464
36 360 100

2001

%C

25
34 000
850

4
15 250
61

92
31 989
2 943

5
23 000
115

755
34 000
25 670

55

361
25 136
9 074

26

122
34 000
4 148

60

21

10

1 364 100
31 423
42 861 100

2002
40
36 005
1 440
8
19 375
155

%C
3
3
1
0

110
32 455
3 570

6
23 167
139

902
33 949
30 622

57

423
25 000
10 575

27

89
35 857
3 206

62

21

1 578 100
31 492
49 706 100

Mdia
%C
1998/02
25
2
34 623
859
2
4
14 381
60

69
32 150
2 231

5
22 346
116

760
33 998
25 839

62

251
25 031
6 273

20

110
34 352
3 788

66

16

10

1 224 100
31 986
39 166 100

50

Horticultura

e Oeste que se localiza a maior mancha de produo, com 66% do total do Continente,
seguindo-se o Alentejo, com 16% e o Algarve, com 10% (mdia 1998-02).
As exploraes produtoras de pimento esto concentradas no sul do pas, registando o Ribatejo
e Oeste, o Alentejo e o Algarve, 71% do total de exploraes do Continente (IH 2000).
Escoamento da Produo
As principais formas de escoamento do pimento, de acordo com o Inqurito Horticultura 2000,
so:
Indstria (57%)
Retalhista (10%)
Venda directa ao consumidor (8%)
Outros intermedirios (8%)
Sector de distribuio (inclui as mdias e grande superfcies) (7%)
Central de comercializao (7%)
Agrupamentos de Agricultores (3%)
Comrcio Internacional Portugus
A balana comercial portuguesa relativa ao pimento deficitria. Tomando como referncia o
quinqunio 2000-04, o valor das entradas rondou os 6 milhes de euros e o das vendas 2
milhes de euros (Quadro 66).
Tem-se verificado nos ltimos anos, um aumento nas quantidades de pimento comprado ao
exterior, tendo atingido em 2004, 7% do total das entradas de hortcolas, a que correspondeu
um valor de 9 milhes de euros e um volume de 9,9 mil toneladas. Espanha e os Pases Baixos
so os principais compradores de pimento nacional. Contudo, tambm a nvel das sadas se
verificou algum progresso.
Quadro 66 - Evoluo do Comrcio Internacional Portugus de Pimento, em valor, no
perodo de 2000 a 2004
Unidade: EUR

2 0 0 0

2 0 0 1

2 0 0 2

2 0 0 3

2 0 0 4

MDIA (2000/04)

PRODUTO

PIMENTO

ENTRADAS

SADAS

ENTRADAS

SADAS

ENTRADAS

SADAS

ENTRADAS

SADAS

ENTRADAS

SADAS

ENTRADAS

SADAS

4 157 645

813 073

5 036 916

595 068

5 333 001

2 476 484

7 436 946

2 072 771

9 114 325

2 734 376

6 215 767

1 738 354

Fonte: INE

51

Horticultura

Quadro 67 - Comrcio Internacional Portugus de Pimento, por Pas, em 2004


E N T R AD AS
O RIG E M

S AD A S

10 0 0 K g

A LE M A N HA

EUR

255,7

B LG IC A

51 851 ES PA N H A

9 328,6

FR A N A

15 30 4

1 629,6

1 172 7 31

72,9

67 99 6

867,2

1 476 4 23

0,5

1 92 2

2 58 1,9

2 73 4 3 76

24 552 PA S ES B AIX O S

G U IN B IS S AU

11,9

10 999 O UTR O S

N D IA

13,0

28 864

205,2

358 782

O U TR O S

7,2

24 145

TOTAL

9 8 57 ,2

9 1 14 32 5 TO TA L

E UR

11,7

8 229 435 FR A N A

9,1

PA S ES B A IX O S

1000 Kg

385 697 C A B O V ER D E

26,4

ES PA N H A

D E S T IN O

FO NTE: INE (dados provisrios)

3.13. Batata de Conservao e Batata Primor


rea e Produo
Tem-se constatado uma diminuio da rea e da produo de batata nos ltimos anos. A
produo desta hortcola h duas dcadas atrs, situava-se nas 1 500 mil toneladas para uma
superfcie que ultrapassava os 100 mil hectares. Em 2005 a produo de batata atingiu o valor
mais baixo desde 1986, ou seja 511 mil toneladas.
A produo de batata encontra-se distribuda pelo Continente da seguinte forma: Beira Litoral
(32%), Ribatejo e Oeste (23%), Trs-os-Montes (21%), Entre Douro e Minho (11%) e a Beira
Interior (7%) relativamente produo mdia do Continente, no quinqunio 2001/05 (Quadro
68).
Quadro 68 - Evoluo da rea e produo de batata, por regio agrria, entre 1999 e
2005
Regio

1999

%C

Area
E. Douro e Minho Rend.
Prod.

7 782
15 227
118 493

13

Area
Rend.
Prod.

15 244
10 761
164 048

26

Area
Rend.
Prod.

13 113
21 410
280 742

22

Area
Rend.
Prod.

6 414
10 438
66 950

11

Area
Ribatejo e Oeste Rend.
Prod.

13 758
16 420
225 917

23

Area
Rend.
Prod.

1 723
12 597
21 705

Area
Rend.
Prod.

944
16 093
15 192

Area
Rend.
Prod.

58 978
15 142
893 048

100

Trs-os-Montes

Beira Litoral

Beira Interior

Alentejo

Algarve

CONTINENTE

Area - ha; Rend. - Kg/ha;


(*) Dados provisrios
Fonte: INE

13

18

31

25

99

2000

%C

7 352
9 813
72 150

14

13 954
9 251
129 082

26

11 901
19 583
233 067

22

6 227
9 488
59 079

12

12 130
13 158
159 611

22

1 637
11 656
19 075

944
15 327
14 469

54 145
12 680
686 532

100

11

19

34

23

100

2001

%C

6 001
11 691
70 157

13

13 740
11 256
154 661

29

10 472
21 533
225 489

22

5 424
9 353
50 728

12

8 427
12 547
105 737

18

1 586
11 542
18 305

944
15 327
14 469

46 594
13 726
639 546

100

11

24

35

17

100

2002

%C

6 063
13 002
78 831

12

13 745
12 070
165 903

28

11 182
21 389
239 169

23

5 501
9 733
53 540

11

10 499
14 972
157 186

21

1 575
11 544
18 182

907
15 867
14 391

49 472
14 699
727 202

100

11

23

33

22

100

2003

%C

5 766
12 063
69 557

13

11 982
11 536
138 219

26

10 606
21 099
223 780

23

5 485
9 653
52 947

12

9 035
16 810
151 880

20

1 614
11 879
19 172

933
15 751
14 696

45 421
14 756
670 251

100

2004

%C

5 967
13 096
78 141

13

11 899
11 588
137 885

26

11 178
19 572
218 772

25

4 482
10 067
45 121

10

9 245
20 961
193 785

20

1 533
11 422
17 510

892
15 947
14 225

45 196
15 608
100 705 439

100

10

21

33

23

11

20

31

27

100

2005 (*)

%C

5 450
12 226
66 630

14

10 875
9 320
101 355

28

9 635
15 396
148 345

25

3 543
8 847
31 345

7 939
18 005
142 945

20

1 208
11 303
13 654

476
14 515
6 909

39 126
13 065
511 183

100

13

20

29

28

100

Mdia
%C
01-05
5 849
13
12 422
72 663
11
12 448
11 215
139 605

28

10 615
19 889
211 111

24

4 887
9 563
46 736

11

9 029
16 647
150 307

20

1 503
11 552
17 365

830
15 580
12 938

21

32

23

45 162 100
14 409
650 724 100

Prod. - t

Na Beira Litoral, a maior produo de batata primor encontra-se nas NUTS III do Baixo Vouga e
Baixo Mondego, que em 2003, contriburam com 85% da produo de batata primor da regio.

52

Horticultura

Segundo o RGA 99, as exploraes que produzem batata de conservao esto concentradas na
Beira Litoral, Entre Douro e Minho e Trs-os-Montes, que detm 30%, 29% e 21%,
respectivamente, do total de exploraes. Em termos regionais, as exploraes com batata
primor esto concentradas na Beira Litoral, com 48% do total de exploraes, no Entre Douro e
Minho e Ribatejo e Oeste, com 24% e 19%, respectivamente.
No Continente a rea mdia de batata por explorao de 0,3 hectares. As exploraes
situadas no Alentejo atingem os valores mais elevados (1,1 hectares), seguidas das exploraes
do Ribatejo e Oeste com 0,7 hectares. A rea mdia por explorao atinge o maior valor, no
Alentejo, na batata primor (2,43 hectares).
A Batata de Trs-os-Montes foi recentemente registada como IGP (Indicao Geogrfica
Protegida).
De acordo com os dados da FAO (Quadro 69), a produo mundial de batata em 2004
estimava-se em aproximadamente 330 milhes de toneladas, correspondendo a uma superfcie
de 19 milhes de hectares. A produo distribui-se essencialmente por dois dos Continentes, a
Europa (43%) e a sia (39%). A China o maior produtor do mundo, com um volume anual de
cerca de 70 milhes de toneladas, o que representa cerca de 21% da produo mundial.
Seguem-se-lhe a Federao Russa e a ndia, com pesos na produo mundial de 11% e 8%,
respectivamente.
Quadro 69 - rea e Produo mundial de Batata em 2003 e 2004
rea (ha)

Continente/Pas

Mundo

2003

Peso
%

2004

18 972 088

100

Europa
UE (25)

8 175 821

43

UE (15)

1 236 230

Portugal

Produo (t)

18 753 576

Peso
%

2003

2004

Peso
%

100

315 750 538

100

330 518 791

100

8 016 947

43

131 006 378

41

141 863 576

43

2 249 240

12

67 162 967

20

80 000

Peso
%

41 721 679
80 000

13

1 200 000

1 250 000

Alemanha

283 624

295 300

10 231 737

13 044 000

Bielorssia

530 000

509 000

8 649 400

9 902 100

Federao Russa

3 175 000

17

3 130 000

17

36 746 512

12

35 914 240

11

Frana

157 278

159 638

6 348 126

7 254 221

Pases Baixos

158 600

163 905

6 468 762

7 488 000

Polnia

765 771

713 250

13 731 500

13 998 654

Reino Unido

145 000

149 000

5 918 000

6 316 000

Romnia
Ucrnia
frica
Arglia
Egipto

282 000

265 622

3 947 177

4 230 210

1 586 900

1 556 000

18 453 000

20 754 800

1 214 375

1 334 223

13 913 949

15 110 335

1 879 918

1 800 000

88 660

90 000
104 217

2 039 351

2 546 610

7 877 206

42

7 729 775

41

126 528 513

40

129 630 573

39

Bangladesh

245 242

270 730

3 386 000

3 908 000

Casaquisto

166 014

168 200

2 308 340

2 260 630

4 523 764

24

4 301 512

23

68 139 264

22

70 036 279

21

sia

China
ndia

82 879

1 370 000

1 400 000

25 000 000

25 000 000

Iro

175 000

190 000

3 750 000

4 180 000

Japo
Turquia

2 939 000

2 884 000

195 000

179 000

5 300 000

4 800 000

790 724

746 392

28 571 002

28 424 974

Canada

180 890

170 530

5 282 420

5 170 790

EUA

505 300

472 230

20 766 100

20 685 670

866 373

878 409

13 980 586

13 675 218

Brasil

151 850

139 883

3 089 020

2 931 180

Colombia

164 088

161 873

Per

213 300

250 600

Amrica do Norte e Central

Amrica do Sul

Oceania

88 400

85 000

47 589

47 830

2 872 284

2 836 187

3 151 355

2 996 090

1 750 110

1 814 115

Fonte: FAO
Nota: Os dados da FAO relativos a Portugal no coincidem com os dados estatsticos nacionais.

A Europa e a sia tm praticamente as mesmas produtividade mdias por hectare (18 e 17 t/ha
respectivamente). Destacam-se na Europa, a Alemanha, a Frana, os Pases Baixos e o Reino
Unido, por terem rendimentos superiores a 40 toneladas de batata por hectare.
Comrcio Internacional Portugus
A batata de conservao e a batata semente so os produtos hortcolas mais adquiridos ao
exterior, representando 26% e 13%, respectivamente, do valor total das entradas. A balana

53

Horticultura

comercial da batata de conservao deficitria (Quadro 70). Em 2004, o valor de compras ao


exterior totalizou 35 milhes de euros, para cerca de 13 milhes de euros de vendas, sendo
este, o maior valor desde 2000.
Quadro 70 - Evoluo do Comrcio Internacional Portugus de Batata, em valor, no
perodo de 2000 a 2004
Unidade: EUR

2 0 0 0

2 0 0 1

2 0 0 2

2 0 0 3

2 0 0 4

MDIA (2000/04)

PRODUTO

BATATA PRIMOR

ENTRADAS

SADAS

929 771

ENTRADAS

SADAS

1 858 730

2 046 838

2 267 610

BATATA
CONSERVAO

24 803 241 5 315 948

36 387 068

7 430 939

BATATA SEMENTE

14 319 772

17 862 665

936 952

TOTAL

40 052 784 7 637 952

463 274

ENTRADAS

SADAS

ENTRADAS

SADAS

ENTRADAS

SADAS

ENTRADAS

1 900 412

1 146 471

531 881

246 166

2 304 359

214 961

1 542 652

26 120 314 12 248 431 28 266 661 8 550 224 34 515 794 12 636 225 30 018 616
19 851 858

1 036 813

15 982 665

893 415

16 608 831

1 659 935

16 925 158

SADAS
1 146 788
9 236 353
998 078

56 296 571 10 635 501 47 872 584 14 431 715 44 781 207 9 689 805 53 428 984 14 511 121 48 486 426 11 381 219

Fonte: INE

Cerca de 50% da quantidade e do valor de batata comprada ao exterior, foi oriunda de Frana,
seguindo-se a Espanha, com alguma importncia. O Reino Unido, com 45%, e a Frana, com
18% do valor, foram os principais compradores de batata nacional (Quadro 71).
excepo dos ltimos trs anos, o saldo da balana comercial da batata primor tem sido
positiva. Em 2004, o valor de compras ao exterior totalizou 2,3 milhes de euros. Cerca de 50%
do valor de batata comprada ao exterior foi oriunda de Frana, seguindo-se a Espanha, com
alguma importncia (26%). A Espanha com um valor de 40%, a Alemanha (24%) e os Pases
Baixos (22%), foram os principais compradores de batata primor nacional.

54

Horticultura

Quadro 71 - Comrcio Internacional Portugus de Batata, por Pas, em 2004


ENTRADAS

SADAS

PRODUTO
ORIGEM

BATATA
DE
CONSERVAO

1000 Kg

ALEMANHA
BLGICA
DINAMARCA
ESPANHA
FRANA
IRLANDA
PASES BAIXOS
REINO UNIDO
OUTROS

535,7

EUR

DESTINO

103 055 ALEMANHA

BATATA
PRIMOR

BATATA
SEMENTE

28 334

707,3

131 009 BLGICA

4 778,1

1 433 477

11 751 669 CABO VERDE

1 696,5

388 216

16 998 039 ESPANHA

6 138,4

1 575 485

4 355,0

2 320 798

140,2

40 086

75 960,1
107 529,5
1 855,3
15 599,6
1 058,6
26,2

210 437,6
250,0
1 698,4

FRANA

5 655,2

346 588 FRANA


3 518 333 ITLIA
248 065 LUXEMBURGO
5 776 PASES BAIXOS

34 515 794 TOTAL


44 604 ALEMANHA
609 019 CABO VERDE
1 133 986 ESPANHA

ISRAEL

833,0

300 866 PASES BAIXOS

MARROCOS

339,4

135 617

PASES BAIXOS

253,5

52 265

OUTROS

124,2

28 002

9 153,7

2 304 359 TOTAL

ALEMANHA

3 546,3

1 243 622 BLGICA

DINAMARCA

4 501,3

1 838 671 ESPANHA

ESPANHA

2 316,1

450 324 OUTROS

FRANA

4 419,6

1 936 694

766,8

280 999

31 248,8

9 792 796

2 090,2

729 147

IRLANDA
PASES BAIXOS
REINO UNIDO
OUTROs
TOTAL

73 995

175,6

ESPANHA

TOTAL

161,3

1 413 260 ANGOLA

OUTROS
TOTAL

EUR

7 165,5

REINO UNIDO

BLGICA

1000 Kg

1 065,9
49 955,0

230,1

81 089

2 614,2

958 829

4 831,9

5 664 813

247,9

71 103

25 369,4

12 636 225

77,8

50 712

159,0

30 420

264,4

87 269

127,0

46 560

628,1

214 961

24,2

8 957

3 270,4

1 641 944

13,6

9 034

3 308,2

1 659 935

336 578
16 608 831 TOTAL

FONTE: INE (dados provisrios)

Balano de Aprovisionamento
Em Portugal, nos ltimos vinte anos, tm-se registado algumas oscilaes no consumo de
batata, notando-se um decrscimo evidente a partir de meados da dcada de 90 (Quadro 72).
Em 2004/2005 o consumo de batata era de 978 000 toneladas (93 kg/habitante/ano).

55

Horticultura

Quadro 72 - Balano de aprovisionamento de batata: Campanhas de 1983/84 a


2004/05
Unidade: 103 t
Campanhas
(a)

1983/84
1984/85
1985/86
1986/87
1987/88
1988/89
1989/90
1990/91
1991/92
1992/93
1993/94
1994/95
1995/96
1996/97
1997/98
1998/99
1999/00
2000/01
2001/02
2002/03
2003/04
2004/05 (b)

Produo
Utilizvel
(c)

1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1

Comrcio
Internacional
Entradas

394
547
702
577
641
280
358
343
421
569
241
324
436
326
861
931
949
743
694
781
736
770

97
104
58
251
249
228
197
318
376
201
360
231
235
303
457
504
312
453
377
349
419
384

Utilizao Interna
Recursos
Disponveis

Variao de
Existncias

Sadas

3
1
8
2
4
7
10
9
10
14
24
43
29
30
28
37
38
29
54
33
42
39

1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1

488
650
752
826
886
501
545
652
787
756
577
512
642
599
290
398
223
167
017
097
113
115

o
o
o
o
o
o
o
o
o
o
o
30
18
-4
- 30
30
- 10
10
- 40
10
30
40

Total

1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1

488
650
752
826
886
501
545
652
787
756
577
542
660
595
320
368
233
157
057
087
083
075

Sementeira

186
191
180
184
174
176
174
163
158
127
130
137
127
118
125
90
83
72
76
70
69
57

Consumo

1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1

291
366
440
512
588
321
351
424
504
529
402
360
385
376
145
093
055
010
946
971
974
978

Capitao
(kg)

131
138
145
153
160
134
137
144
153
155
142
137
140
139
113
108
103
99
92
93
93
93

Grau de AutoAprovisionamento
(%)

94
94
97
86
87
85
88
81
80
89
79
86
87
83
65
90
77
64
66
72
68
72

(a) Perodo de referncia: Julho do ano n a Junho do ano n+1


(b) Dados provisrios
(c) Dados estimados
Fonte: INE

3.14. Batata Doce


rea e Produo
Foi concedida a proteco nacional a Aljezur como Indicao Geogrfica para a batata doce
(Batata doce de Aljezur).
A batata doce de Aljezur produzida numa regio que dispe de condies edafo-climticas
nicas para o seu cultivo. Os solos de textura arenosa, com uma camada superficial pouco
espessa e subsolos compactos, o clima mediterrneo de influncia martima, fazem da batata
doce de Aljezur um produto de sabor diferente, de qualidade reconhecida pelos consumidores. O
facto de se tratar de uma zona inserida no permetro de rega do Aproveitamento Hidroagrcola
do Mira e no Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina, so certamente desafios
e oportunidades adicionais que se colocam, compatibilizando a preservao dos valores naturais
com a integrao nos produtos de uma mais valia ambiental.
A atribuio destas proteces constitui uma mais valia significativa para os diversos agentes
envolvidos nas respectivas fileiras, para os territrios abrangidos e para o consumidor, que cada
vez mais procura um produto diferenciado, com garantias de segurana e qualidade alimentar.
Visa-se assim o reforo da competitividade, dos produtos e dos territrios, ao mesmo tempo
que se preservam e valorizam os nossos recursos genticos, gastronmicos, culturais e
paisagsticos.
3.15. Tomate Fresco
rea e Produo
O tomate para consumo em fresco uma das principais culturas produzidas no Continente, pois
uma das espcies com maior valor comercial. Em termos de rea, o cultivo em estufa

56

Horticultura

predomina sobre o cultivo de ar livre. Em 2003, a produo de tomate fresco foi 98 646
toneladas para uma rea cultivada de 1 550 hectares. Nos ltimos anos tem vindo a observarse um crescimento das produes. Esta cultura assume maior importncia nas regies do
Ribatejo e Oeste e Algarve, com, respectivamente, 50% e 30% do total da produo do
Continente no quinqunio 1998-02 (Quadro 73). De referir que o Entre Douro e Minho, embora
com menor expresso, produz cerca de 12% do total. As produtividades mais elevadas
registam-se nas regies do Algarve, Entre Douro e Minho e Beira Litoral.
Aproximadamente 42% das exploraes esto localizadas no Ribatejo e Oeste e no Algarve,
registando o Entre Douro e Minho, 17% do total das exploraes (IH 2000).
Quadro 73 - Evoluo da rea e produo de tomate fresco, por regio agrria, entre
1997 e 2002
Regio

1997

%C

Area
E. Douro e Minho Rend.
Prod.

62
71 323
4 422

Area
Rend.
Prod.

15
30 200
453

Area
Rend.
Prod.

34
69 000
2 346

Beira Interior

Area
Rend.
Prod.

7
29 143
204

Ribatejo e Oeste

Area
Rend.
Prod.

Alentejo

Trs-os-Montes

Beira Litoral

Algarve

1998

%C

68
69 926
4 755

17
28 647
487

37
68 162
2 522

7
31 286
219

460
53 285
24 511

53

Area
Rend.
Prod.

84
20 214
1 698

10

Area
Rend.
Prod.

211
76 825
16 210

24

Area
CONTINENTE Rend.
Prod.
Area - ha; Rend. - Kg/ha;
Fonte: INE

49

33

873 100
57 095
49 844 100
Prod. - t

1999

%C

82
69 866
5 729

20
29 350
587

45
67 533
3 039

9
29 333
264

500
52 712
26 356

53

91
20 066
1 826

10

229
76 114
17 430

24

49

33

949 100
56 475
53 595 100

2000

%C

93
70 000
6 510

23
29 000
667

51
67 706
3 453

10
30 000
300

603
52 662
31 755

53

110
20 000
2 200

10

276
76 087
21 000

24

49

33

1 145 100
56 397
64 574 100

2001

%C

95
70 000
6 650

28
27 500
770

51
67 706
3 453

12
30 000
360

685
52 679
36 085

53

125
20 000
2 500

10

314
76 000
23 864

24

49

33

1 301 100
56 402
73 379 100

2002
130
79 999
10 400

%C
9
12

38
31 947
1 214

54
71 074
3 838

13
29 923
389

754
52 645
39 694

52

182
18 989
3 456

13

317
77 000
24 409

22

50

31

1 439 100
54 755
78 792 100

Mdia
%C
1998/02
94
7
72 743
6 809
10
25
29 563
745

48
68 508
3 261

10
30 039
306

700
59 157
41 410

49

648
54 072
35 060

52

190
19 000
3 610

13

140
19 473
2 718

11

317
75 485
23 929

22

291
76 140
22 126

23

49

28

1 442 100
58 800
84 790 100

49

31

1 255 100
56 585
71 026 100

Escoamento da Produo
As principais formas de escoamento do tomate, de acordo com o Inqurito Horticultura 2000,
so:
Outros intermedirios (26%)
Central de comercializao (24%)
Retalhista (18%)
Venda directa ao consumidor (14%)
Sector de distribuio (inclui as mdias e grande superfcies) (8%)
Indstria (6%)
Agrupamentos de Agricultores (4%)
No Continente, em 2004, existiam 8 OP a comercializar tomate fresco, que movimentaram 2
milhes de euros, montante correspondente ao VPC, tal como referenciado no Quadro 74.
Avaliando este VPC, constata-se que a regio algarvia, com apenas uma OP responsvel por
45% do VPC do Continente e tem uma concentrao da oferta de cerca de 55% do volume total
do Continente. O Ribatejo e Oeste, com 5 OP responsvel por 50% do total do VPC gerado.
Comparando os volumes de produo comercializados pelas OP, com a produo de tomate da
regio, obtida no quinqunio 1998/02 (Quadro 73), verifica-se que, apenas 7%, 5% e 3% do

57

Horticultura

produto do Algarve, Entre Douro e Minho e Ribatejo e Oeste, respectivamente, foi vendido
atravs destas organizaes. Estes valores evidenciam a fraca organizao do sector.
Quadro 74 - Caracterizao das Organizaes de Produtores de Tomate fresco em
2004
Volume
de Produo (t)

VPC (EUR)

17

1 556

864 920

722

41

304

106 871

Ribatejo e Oeste

26

27

949

957 841

TOTAL

2 810

1 930 355

Regio

N OP

N Produtores

Algarve

Beira Litoral

Entre Douro e Minho

rea (ha)

75

48

Fonte: GPPAA

Comrcio Internacional Portugus


O saldo da balana comercial negativo (Quadro 75). O tomate, a seguir batata, dos
produtos hortcolas mais adquiridos ao exterior, representando 13% (17 milhes de euros), do
valor total das entradas.
Quadro 75 - Evoluo do Comrcio Internacional Portugus de Tomate fresco, em
valor, no perodo de 2000 a 2004
Unidade: EUR

2 0 0 0

2 0 0 1

2 0 0 2

2 0 0 3

2 0 0 4

MDIA (2000/04)

PRODUTO
ENTRADAS
TOMATE FRESCO

SADAS

13 131 224 4 997 782

ENTRADAS

SADAS

ENTRADAS

SADAS

ENTRADAS

SADAS

ENTRADAS

SADAS

ENTRADAS

SADAS

12 476 752

4 069 419

19 947 472

5 471 700

18 353 312

5 379 043

16 987 206

8 608 596

16 179 193

5 705 308

Fonte: INE

Quadro 76 - Comrcio Internacional Portugus de Tomate, por Pas, em 2004


ENTRAD AS
O RIGEM

1000 Kg

A LE M A N H A

EUR

3 9 0 0 ,3

B L G IC A

2 3 ,6

E S PA N H A

SADAS

2 4 7 7 0 ,8

D E S T IN O

3 254 982 CABO VERD E


1 4 4 4 6 E S PA N H A
13 597 605 FRANA

1000 Kg

EUR

1 4 ,6

14 500

9 3 2 1 2 ,8

5 570 535

5 ,4

3 768

1 2 9 6 ,0

3 016 742

FRANA

6 5 ,0

5 8 4 9 5 R E IN O U N ID O

PA S E S B A IX O S

7 4 ,1

6 1 6 7 8 O U TR O S

1 ,5

3 051

2 8 8 3 3 ,9

16 987 206 TO TA L

9 4 5 3 0 ,3

8 608 596

TOTAL

F O N T E : IN E (dad os pro visrios)

Como se pode observar no Quadro 76, cerca de 80% deste valor, foi oriundo de Espanha,
seguindo-se a Alemanha, com quase 20% do total de compras. Em relao s vendas de
produto ao exterior, Espanha adquiriu a quase totalidade do tomate (93 mil toneladas),
enquanto o Reino Unido, absorveu apenas 1,3 mil toneladas, no entanto, representou 35% do
valor total de sadas. A maior parte do tomate comprado por Espanha, teve como destino a
indstria e cerca de 72% das vendas ocorreram nos meses de Agosto e Setembro.
Balano de Aprovisionamento
Em Portugal, nos ltimos vinte anos, o consumo humano de tomate fresco aumentou mais do
dobro, tendo atingido em 2002-03, as 110 mil toneladas.

58

Horticultura

Quadro 77 - Balano de aprovisionamento de tomate fresco: campanhas de 1983/84 a


2002/03
Unidade: 10 3 t

Cam panhas
(a)

Com rcio
Internacional

Produo
Utilizvel

Entradas

1983/84
1984/85
1985/86
1986/87
1987/88
1988/89
1989/90
1990/91
1991/92
1992/93
1993/94
1994/95
1995/96
1996/97
1997/98
1998/99
1999/00
2000/01
2001/02
2002/03 (b)

613
787
795
716
531
520
698
910
802
528
595
970
001
131
950
130
087
946
045
958

1
1
1
1
1

Utilizao Interna
Recursos
Disponveis

Total

Sadas

o
o
o
o
o
o
1
1
3
5
8
6
9
11
17
15
30
22
41
50

o
1
2
1
1
2
2
2
2
4
2
2
4
3
3
4
4
12
2
35

1
1
1
1
1

613
786
793
715
530
518
697
909
803
529
601
974
006
139
964
141
113
956
084
973

1
1
1
1
1

Transf.
Industrial

613
786
793
715
530
518
697
909
803
529
601
974
006
139
964
141
113
956
084
973

Consum o
Hum ano

558
729

50
52
52
54
57
57
62
71
76
77
85
91
124
176
154
67
109
100
113
110

n.d.

736
656
463
456
823
706
447
501
853
831
863
772
988
997
855
949
857

Nota: Os dados referentes s campanhas de 1996/97 a 1998/99 foram retificados devido reviso de srie,
merc do RGA 99 e ao inqurito Horticultura de 2000
(a) Perodo de referncia: Abril do ano n a Maro do ano n+1
(b) Dados provisrios
Fonte: INE

3.16. Tomate para Indstria


rea e Produo
No que se refere ao tomate para a indstria, assistiu-se nos ltimos anos, a oscilaes nas
reas e nas produes. Em 2005 e no Continente, existiam aproximadamente 14 mil hectares
com esta cultura e uma produo de 1 085 mil toneladas. O Ribatejo e Oeste contribuiu com
82% da produo de tomate do Continente no quinqunio 2001-05, sendo esta a regio com as
maiores produtividades, atingindo 80 toneladas por hectare.
Quadro 78 - Evoluo da rea e produo de tomate para indstria, por regio agrria,
entre 1999 e 2005
Regio

1999

%C

Area
Rend.
Prod.

54
60 000
3 253

10 980
73 894
811 328

73

Ribatejo e Oeste

Area
Rend.
Prod.
Area
Rend.
Prod.

4 093
47 844
195 825

27

Alentejo

Area
Rend.
Prod.

15 127
66 796
1 010 406

100

Beira Litoral

CONTINENTE

Area - ha; Rend. - Kg/ha;


(*) Dados provisrios
Fonte: INE

80

19

100

2000

%C

60
41 806
2 494

9 993
75 119
750 664

77

2 882
47 692
137 436

22

12 934
68 855
890 594

100

84

15

100

2001

%C

34
59 824
2 034

8 869
83 016
736 271

77

2 588
66 936
173 230

23

11 491
79 326
911 535

100

81

19

100

2002

%C

47
52 234
2 455

9 540
75 141
716 849

80

2 311
64 090
148 112

19

11 898
72 904
867 416

100

83

17

100

2003

%C

14
50 786
711

9 849
73 783
726 687

79

2 588
64 445
166 783

21

12 451
71 816
894 181

100

2004

%C

14
92 857
1 300

11 291
88 108
994 830

81

2 710
75 572
204 800

19

14 015
85 689
100 1 200 930

100

81

19

2005 (*)

%C

39
76 923
3 000

10 966
81 602
894 850

80

2 679
69 882
187 215

20

13 684
79 294
100 1 085 065

100

83

17

82

17

100

Mdia
01-05
30
64 189
1 900

%C
0
0

10 103
80 560
813 897

80

2 575
68 355
176 028

20

82

18

12 708 100
78 049
991 825 100

Prod. - t

59

Horticultura

De acordo com os dados da FAO (Quadro 79), a produo mundial de tomate para indstria
para o ano de 2004 estimava-se em 124 milhes de toneladas, distribudas por uma superfcie
de 4,5 milhes de hectares. A sia o maior produtor do mundo, com um volume anual de 62
milhes de toneladas, o que representa 50% da produo mundial. Destaca-se a China com
24% da produo mundial. A Europa tem um peso de 19% na produo mundial, sobressaindo
a Itlia e a Espanha como os maiores produtores deste Continente, com pesos de 6 e 4%,
respectivamente. Os Estados Unidos ocupam a 2 posio no ranking mundial, com produes
anuais superiores a 11 milhes de toneladas.
A Europa a 25 Estados Membros produz em mdia, cerca de 60 toneladas de tomate para
indstria por hectare. Portugal e Espanha destacam-se por terem as maiores produtividades,
com valores superiores a 64 toneladas por hectare. Os EUA conseguem produzir cerca de 74
toneladas de tomate por hectare. A sia, com 50% da produo mundial, atinge, em mdia,
rendimentos mais baixos (23 t/ha).
Quadro 79 - rea e Produo mundial de tomate para indstria em 2003 e 2004
rea (ha)

Continente/Pas

2003

Mundo

Peso
%

Produo (t)

2004

Peso
%

Peso
%

2003

Peso
%

2004

4 286 493

100

4 520 827

100

117 348 203

100

124 111 781

Europa
UE (25)

675 613

16

685 208

15

21 120 397

18

23 429 437

19

301 472

17 849 452

14

UE (15)

254 006

Portugal

12 451

Espanha

62 973

69 900

Federao Russa

156 670

150 910

Itlia

130 507

49 300

Romnia
Ucrnia
frica
Egipto

100

15 113 302

13

894 181

1 200 930

3 947 327

4 441 800

2 021 070

2 017 860

144 963

6 651 505

7 682 504

58 484

818 900

1 330 085

14 015

0
1

107 483

96 000

1 265 200

1 145 700

675 311

16

679 892

15

14 037 566

12

14 815 850

12

192 976

195 164

7 140 198

7 640 818

1 004 110

1 201 230

Marrocos

19 095

Tunsia

21 690

27 000

32 000

992 000

1 118 000

2 462 337

57

2 668 777

59

60 434 099

51

61 662 812

50

1 055 126

25

1 255 046

28

28 842 743

25

30 143 929

24

540 000

13

540 000

12

7 600 000

7 600 000

Iro

130 000

130 000

4 200 000

4 200 000

Sria
Turquia

900 000

920 000

260 000

255 000

9 820 000

9 440 000

63 880

56 380

1 410 300

1 245 470

316 261

sia
China
ndia

19 000

Usbequisto
Amrica do Norte e Central

20 000

330 977

14 641 429

12

47 415

58 100

643 700

788 700

168 200

172 810

10 522 000

12 766 000

10

67 084

67 084

2 148 130

2 148 130

148 544

146 389

6 657 913

6 479 997

Brasil

63 479

59 315

3 708 600

3 489 270

Chile

19 000

17 900

1 250 000

1 200 000

8 427

9 585

456 799

567 340

Cuba
EUA
Mxico
Amrica do Sul

Oceania

17 156 345

14

Fonte: FAO

Organizaes de Produtores
Quadro 80 - Caracterizao das Organizaes de Produtores de tomate para indstria
em 2004
rea (ha)

Volume
de Produo (t)

VPC (EUR)

134

2 075

146 193

11 877 565

25

648

11 748

919 162

74 613 618

31

782

13 823

1 065 355

86 491 183

Regio

N OP

Alentejo

Ribatejo e Oeste
TOTAL

N Produtores

Fonte: GPPAA

Em 2004 existiam 25 Organizaes de Produtores de tomate para indstria no Ribatejo e Oeste


e 6 no Alentejo, sendo o nmero de produtores de 648 e 134, respectivamente. Cerca de 85%
da rea abrangida situou-se no Ribatejo e Oeste. O volume de produo nesta regio foi de 919
162 toneladas e gerou um VPC de 74,6 milhes de euros (86% do VPC total do Continente).

60

Horticultura

Comparando o volume de produo comercializado pelas 31 OP de tomate para indstria


(Quadro 80), com a produo de tomate do Continente, obtida em 2004 (Quadro 78), verificase que, cerca de 90% do produto foi vendido atravs destas organizaes. As OP da regio
alentejana comercializaram 71% do tomate da regio, enquanto que as OP do Ribatejo e Oeste,
comercializaram 92% do tomate regional.
Balanos de Aprovisionamento
Quadro 81 - Balano de aprovisionamento de tomate industrializado: Campanhas de
1983/84 a 2002/03
3

Unidade: 10 t
Campanhas
(a)

Produo
Utilizvel

Comrcio
Internacional
Entradas

1983/84
1984/85
1985/86
1986/87
1987/88
1988/89
1989/90
1990/91
1991/92
1992/93
1993/94
1994/95
1995/96
1996/97
1997/98
1998/99
1999/00
2000/01
2001/02
2002/03 (b)

558
729
736
656
463
456
620
823
706
447
501
853
831
863
772
988
997
855
949
857

o
o
o
1
1
5
2
4
6
7
14
34
27
22
29
23
34
21
29
31

Recursos
Disponveis

Variao de
Existncias

Consumo
Humano

Sadas

504
498
588
477
611
593
619
401
585
698
707
758
778
678
788
762
827
790
873
854

54
231
148
180
-147
-132
3
426
127
-244
-192
129
80
207
13
249
204
86
105
34

o
176
93
125
-203
-190
-55
367
64
-313
-263
57
10
135
59
166
121
4
21
- 48

54
55
55
55
56
58
58
59
63
69
71
72
70
72
72
83
83
82
84
82

(a) Perodo de referncia: Abril do ano n a Maro do ano n+1


(b) Dados provisrios
Fonte: INE

Da anlise do Quadro 81, constata-se que ao longo dos ltimos vinte anos tem havido um
aumento da produo utilizvel de tomate para indstria e das sadas de produto para outros
pases, que aumentou 40% desde a campanha 1983/84 para a de 2002/03. O consumo humano
seguiu a mesma tendncia crescente, atingindo as 82 000 toneladas nesta ltima campanha, ou
seja, mais 34% que duas dcadas atrs.

4. PERSPECTIVAS PARA O SECTOR HORTCOLA


A produo est em franca progresso, qualquer que seja o destino considerado, fresco,
transformao, destacando-se os congelados e ainda a IV e V Gama;
Existncia de um forte mercado potencial.
Possibilidade de uma diversificao cultural, face a novas solicitaes do mercado
Modernizao das exploraes, a ser equacionada de uma forma integrada pela fileira e
seguindo cadernos tcnicos de especificaes.

61

Horticultura

A falta de gua de qualidade poder ser um factor limitante ao desenvolvimento das fileiras
hortofrutcolas, assim o investimento nas infra estruturas de regadio fundamental para
assegurar competitividade nas regies que tm condies naturais para a sua produo.
Estmulo ao consumo interno, atravs de campanhas de informao e promoo, no sentido de
alterar hbitos alimentares e contribuir para a melhoria da sade;
Reduo do dficit da balana comercial, contribuindo para a diminuio das importaes e
aumento das vendas de produto para o mercado externo, explorando a qualidade e a produo
em pocas especficas.
Estudo do mercado de modo a identificar os "nichos de mercado".
Para a sustentabilidade do sector necessrio aumentar a oferta de qualidade e reduzir custos
de produo ao longo de toda a fileira, o que se traduz pela necessidade de investir na
modernizao das exploraes, na aquisio de equipamento e ainda em infra estruturas. Nas
Centrais e Unidades de Transformao haver que investir no seu redimensionamento,
modernizao, reduo de custos nomeadamente energticos, e na criao de novas infra
estruturas.
A criao de condies que permitam captao de investidores em agro-indstrias, reduzindo os
chamados custos de contexto, grande parte simplificados desde que existam entendimentos
entre as instituies da Administrao Pblica e proactividade no desenvolvimento de projectos
integrados.
A cooperao empresarial e a estruturao da oferta so fundamentais para o ganho de escala e
reduo de custos. O reforo da Organizao Comercial dos produtores, atravs do aumento da
dimenso das empresas, tendo em vista uma cada vez maior tendncia de concentrao das
grandes empresas de distribuio.
Desenvolvimento de Organizaes de Produtores Reconhecidas, que funcionam como
instrumento de comercializao e de criao de fundos operacionais de apoio ao
desenvolvimento da produo.
A Implementao de uma poltica de Certificao dos produtos e de Fiscalizao adequada.
necessrio actuar sobre a comercializao desleal, que actua quase sempre sem documentao,
face s empresas que declaram e pagam impostos.
A aposta na inovao e I & D uma necessidade sentida pelo sector, sendo um factor crtico de
sucesso, bem como a aposta na qualidade, na criao de marcas, iniciativas de reconhecimento
de produo que conduza certificao.
O incentivo ao cuidado ambiental, com crescente certificao em Produo Integrada e
Agricultura Biolgica, bem como nas questes relacionadas com a higiene e segurana no
trabalho, desde a produo at ao consumidor, integrando quer os produtos frescos quer os
transformados.
A mo-de-obra requerida pelo sector representa 47% do total de UTA do Pas. O sector
evidencia a necessidade de contratao de mo-de-obra qualificada para as diversas tarefas
(como por exemplo produo em estufa, culturas em substrato). O mesmo desafio se coloca
para as Centrais e Unidades de Transformao. A possibilidade de recorrer a trabalhadores
sazonais provenientes de outros pases hoje uma realidade, sendo no entanto dificultada pela
burocrtica associada e demora dos procedimentos. Este processo precisa de ser revisto.
A qualificao dos agentes e o apoio maior disponibilidade de prestadores de servios
tambm fundamental, sendo cada vez maior o nmero de empresas agrcolas a recorrerem a
estes servios.

62

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