Trabalho Acadêmico - Case Havaianas
Trabalho Acadêmico - Case Havaianas
Trabalho Acadêmico - Case Havaianas
HAVAIANAS
Com o mundo aos seus pés
São Paulo
2008
SILVANA BORGES DE OLIVEIRA
HAVAIANAS
Com o mundo aos seus pés
São Paulo
2008
2
SUMÁRIO
Introdução.......................................................................................................................6
Introdução.......................................................................................................................6
1. A Empresa e o Produto..............................................................................................8
2. Análise do Mercado..................................................................................................26
3
2.4 Ciclo de Vida do Produto - Análise Matriz CVP................................................56
Estágio Atual das Havaianas no CVP ................................................................56
Estratégia de Ciclo de Vida do Produto..............................................................57
2.5 Análise das Unidades Estratégicas de Negócios - Matriz BCG......................58
2.6 Análise Matriz SWOT ..........................................................................................59
Análise de Marketing - Havaianas......................................................................59
3. Plano de Marketing...................................................................................................59
Conclusão .....................................................................................................................65
Anexos ..........................................................................................................................66
ANEXO A ...........................................................................................................66
Referências ...................................................................................................................67
4
LISTA DE TABELAS E FIGURAS
5
Figura 4.3: os sistema de fixação das tiras à palmilha das Havaianas Build-in... Erro!
Indicador não definido.
6
Introdução
7
"Nunca ande pelo caminho traçado, pois ele conduz
somente onde outros já foram." - Graham Bell
8
1. A Empresa e o Produto
1.1 Briefing da Empresa
Informações Gerais
Denominação Social: São Paulo Alpargatas S.A
Endereço Sede: Rua Funchal, 160, Vila Olímpia, São Paulo – SP
Website: http://www.alpargatas.com.br
Estrutura Acionária
A São Paulo Alpargatas S.A. é uma companhia de capital aberto, controlada
pela Camargo Corrêa S.A. Com ações negociadas na Bolsa de Valores de São
Paulo desde 1913, possui 5 mil acionistas. As operações da Companhia são
conduzidas pelas empresas São Paulo Alpargatas S.A., Amapoly Indústria e
Comércio Ltda. e Alpargatas USA, Inc. Sem ligação societária, mas integrantes da
Alpargatas, estão a Spasaprev – sociedade de previdência privada dos funcionários
da Companhia – e o Instituto Alpargatas de Responsabilidade Social. A São Paulo
Alpargatas S.A. possui 22,2% do capital da Tavex Algodonera S.A., empresa
espanhola do setor têxtil.
Figura 1.1: Organograma da Estrutura Acionária da São Paulo Alpargatas S.A – 2007
Fonte: Site oficial São Paulo Alpargatas (http://www.alpargatas.com.br)
9
História da Empresa e contexto histórico
Anos 10
Começa a Primeira Guerra Mundial e a empresa enfrenta dificuldades em
conseqüência do conflito. Para piorar, a gripe espanhola assola a cidade de São
Paulo, deixando de cama metade da fábrica.
Anos 20
No final da década, turbulência: a superprodução de café e a quebra da bolsa
de Nova York obrigam a empresa a parar de produzir alpargatas, um dos calçados
mais baratos do país.
Anos 30
Momentos de instabilidade e violência varrem o país.
Getúlio Vargas assume o governo provisório. Empresas atolam-se em dívidas e a
Alpargatas, numa arriscada manobra de seus acionistas, consegue prosperar.
Durante todo esse tempo, a empresa obtém apoio de seus funcionários, que lutam
por ela.
Anos 40
A empresa volta a produzir alpargatas e adota o seu nome definitivo: São
Paulo Alpargatas S.A.
Em 41, assume um passo importante em favor de seus funcionários,
concedendo abono de Natal. Logo passou a beneficiar-lhes os domingos e feriados
não trabalhados, anos antes desses benefícios serem determinados por lei.
10
Em 42, o Brasil entra para a Segunda Guerra Mundial. Faltam alimentos e
combustível e a sociedade vive uma grande inquietação, mas a empresa consegue
a proeza de crescer em meio à adversidade. Quando a guerra termina, a Alpargatas
lança o Brim Coringa, com o qual o Brasil produz sua primeira calça Jeans, a
Rodeio.
Anos 50
O Brasil perde a Copa do Mundo em pleno Maracanã, mas ganha um brim de
muita qualidade, que dá origem as calças Far West. Os jingles da Alpargatas Roda e
dos Encerados Locomotiva são cantados em todas as esquinas, e levam o povo a
acreditar que a empresa é americana, porque, naquela época, só americano fazia
propaganda bem-feita (grifo meu). Em 55, o mercado é presenteado com a colorida
Lona Sempreviva, para toldos comerciais e residenciais. No ano seguinte, Juscelino
Kubitscheck assume o poder, decidido a progredir 50 anos em cinco.
Trabalhadores abrem estradas e erguem Brasília, calçando Sete Vidas. Em
58, o Brasil consagra-se campeão do Mundo na Suécia e a Alpargatas patrocina a
transmissão dos jogos pela Rádio Bandeirantes.
Anos 60
As Havaianas são lançadas em 1962 e fazem tanto sucesso que todo o
mundo copia. Mas são cópias “fajutas”, como alertam os comerciais da marca, e o
novo termo, de tão falado, vai parar no Dicionário Aurélio, como sinônimo de produto
de má qualidade. Em 1965, a empresa lança a calça Topeka e, em 67, as Colchas
Madrigal. Em 68, um ano antes do homem ir à lua, a Alpargatas recria o seu
logotipo: um triângulo que lembra o “A” inicial de Alpargatas e dá idéia de
movimento.
Anos 70
O Brasil torna-se Tricampeão Mundial e a empresa dá início à campanha de
cunho social, como a que percorre escolas estaduais com o mote: “Criança calçada,
criança sadia”. Em 72, os jovens ganham uma calça velha, azul e desbotada, Us
Top. A empresa inaugura fábricas de Norte a Sul do país e entra de sola num
segmento promissor, o dos artigos esportivos, com o lançamento da marca Topper,
em 75, e a compra da Rainha, em 79.
11
Anos 80
Em 82, em comemoração aos seus 75 anos, a Alpargatas adquire a
Jeaneration. No ano seguinte, lança as marcas Samoa e Top Plus.
Anos 90
Em 95, a empresa licencia a marca americana Timberland, especializada em
esportes de ação, e inaugura o mercado de outdoor wear. Em 96, adquire a licença
da fabricação e comercialização da Mizuno. Líder nos mercados de sandálias, lonas
e calçados esportivos, encerra a década com um recorde: 100 milhões de pares de
Havaianas vendidos.
12
Futuro
A Alpargatas olha o futuro como uma empresa global, operando em harmonia
nas três dimensões da sustentabilidade: econômica, social e ambiental.
Para alcançar esse objetivo, usará seus talentos e competências para crescer
nos mercados local e internacional, via aquisições e expansão de seus negócios.
As várias etapas do caminho que leva à globalização já estão sendo
percorridas. O sucesso em vendas, marcas, marketing, inovação e em market share
contribuiu para alcançar a liderança nacional. Com vendas significativas para
mercados formadores de opinião, passou a ser uma exportadora, operando país a
país.
Em 2007, com o início das operações nos Estados Unidos, está dando
importante passo no processo de internacionalização.
É o talento brasileiro levando para o mundo marcas e produtos que serão
admirados e consumidos por milhões de pessoas em todas as partes do planeta.
13
A fabricação dos produtos é feita em sete unidades industriais e dez fábricas-
satélites, onde trabalham 12.850 funcionários. No varejo, a Alpargatas atua por meio
das lojas Timberland e Meggashop. A pesquisa e o desenvolvimento de produtos
são realizados no Centro de P&D, em São Leopoldo.
Em 2006, quando contabilizou receita bruta de R$ 1,6 bilhão – crescimento de
14,3% em relação ao ano anterior, a Companhia deu importante passo rumo à
expansão internacional, ao promover a fusão da controlada em conjunto Santista
Têxtil com a Tavex Algodonera, da Espanha. Criou-se, assim, a maior fabricante
mundial de tecidos denim, com fábricas localizadas nas Américas, na Europa e na
Ásia.
Em setembro de 2007, a empresa adquiriu a marca Dupé, por 49,5 milhões
de reais (Anexo A). A aquisição faz parte da estratégia de expansão da São Paulo
Alpargatas, detentora da marca Havaianas, as quais responderam por metade do
faturamento da empresa - de 1,5 bilhão de reais, em 2006.
O Instituto Alpargatas
14
escolas públicas municipais de Campina Grande, com 3,5 mil alunos envolvidos; e
seis projetos Ação Pós-Escola sendo 2 em Natal, que favoreceram quase 1,3 mil
pessoas e 4 em Santa Rita que beneficiam 328 alunos.
As ações envolveram também 180 professores em cursos de capacitação;
órgãos públicos, como secretarias de educação, prefeituras e governos estaduais; e
instituições como o Senai.
O trabalho do Instituto Alpargatas para a melhoria da educação integral já
recebeu os seguintes reconhecimentos:
Entidade Contribuinte para a melhorias da Educação e do Esporte no Brasil
(Gabinete da Presidência da República e Ministério do Esporte)
Participação no Guia Exame da Boa Cidadania Corporativa
Participação por dois anos consecutivos da Pesquisa Ethos
Entidade que contribui para a Melhoria do Ensino Fundamental no Estado da
Paraíba (Conselho Estadual de Educação do Estado da Paraíba)
Entidade Responsável Social (Câmara Municipal de Santa/PB).
Prêmio Meio Ambiente e Responsabilidade Social/2005 –ABDT/PR
10 trabalhos selecionados, apresentados e publicados no Congresso
internacional de Educação Física/Foz do Iguaçu/PR
15
Missão, Visão e Valores da Empresa.
Mis sã o
Desenvolver e comercializar produtos inovadores, de alto valor percebido,
com qualidade e rentabilidade de classe mundial e criação de valor para os
acionistas, funcionários, fornecedores e clientes, atuando com responsabilidade
social e ambiental.
Visão
Ser uma empresa global de marcas desejadas em artigos esportivos,
calçados e têxteis industriais
Valores
Ética: Integridade, honestidade, transparência e atitude positiva na aplicação
das políticas internas e no cumprimento das leis.
Respeito às Pessoas: Compreende desde a qualidade dos relacionamentos, o
investimento no desenvolvimento das pessoas, o reconhecimento pelo
desempenho profissional até o respeito ao meio ambiente.
Inovação: Antecipação de tendências e aplicação de tecnologias na gestão de
pessoas, processos, produtos e serviços, focados em modernidade gerando
alta competitividade e ganho de market share.
Satisfação dos Consumidores: Obtenção da fidelidade dos nossos
consumidores às nossas marcas, por meio da aplicação do valor “inovação”,
garantia de qualidade dos produtos e serviços e entendimentos dos seus
desejos.
Comprometimento: Compromisso com os objetivos e formas de trabalhar da
empresa, responsabilidade com o controle das despesas e custos e
determinação na obtenção de resultados.
16
1.1.1 Missão
17
termos sociais mais amplos, podem atender melhor aos interesses de longo prazo
tanto da marca quanto dos consumidores (Kotler, 2007, p. 530).
Considerando as Havaianas como uma Unidade Estratégica de Negócios
independente e cumprindo os requisitos de uma declaração de missão orientada
para o mercado, a declaração de missão da empresa poderia ser assim elaborada:
1.1.2 Visão
18
valores prezados pela empresa compreendem: a ética, o respeito às pessoas, a
inovação, a satisfação dos consumidores e o comprometimento.
Desta forma, seria conveniente que a Visão da empresa estabelecesse de
alguma forma uma relação entre os valores da organização e a maneira como esses
valores representam o interesse do Micro-Ambiente Externo da empresa (clientes,
fornecedores, públicos internos e externos).
Seguindo estas diretrizes, a visão da empresa poderia ser definida assim:
19
consumidor tinha do produto que, por alguns anos, pôde ser classificado
como Produto de Conveniência, devido ao preço baixo, pouca variedade,
distribuição e comunicação em massa.
O Produto no Mundo
20
O Produto nos Estados Unidos
O Produto no Brasil
21
A Evolução do Produto
6
Representação gráfica elaborada pela autora
22
Produto Descrição Público-Alvo
Masculino e feminino
Disponíveis nas versões Top, Brasil, Pets e
Infantil
Estampadas, foram inspiradas no mundo dos bebês
e no universo lúdico de seu quarto. Essas sandálias
adaptam-se perfeitamente aos pés delicados e são
presas por um elástico em poliamida, confortável e
macio.
Masculino e feminino
São confortáveis, têm um preço competitivo e
Adulto, infantil e juvenil
possuem versão bicolor. Adequadas para usar na
praia, no shopping etc.
Havaianas Beach
Masculino e feminino
Possuem a bandeira do Brasil nas tiras e uma listra Adulto, infantil e juvenil
verde e amarela na lateral ao longo de todo o
solado.
Havaianas Brasil
Masculino
Possui tiras mais largas para prender-se melhor aos
Adulto e Juvenil
pés. Foram feitas para o público adulto masculino, e
com características diferenciadas: tiras e shape
mais largos, solado bicolor e design geométrico na
palmilha, o que proporciona conforto e melhor
fixação das sandálias ao pé. Havaianas Casual
Masculino e feminino
Decoradas de acordo com tendências de moda
Adulto e juvenil
internacionais, traduzindo o espírito descontraído do
Primavera / Verão. Disponível nas categorias de
estampa: Alamoana, Camuflada, Check, Floral,
Garden, Hibisco, Honey e Trend.
Havaianas Estampadas
Alamoana
23
Produto Descrição Público-Alvo
Feminino
Modernas e mais femininas e delicadas, possuem
Adulto e juvenil
quatro modelos com salto de até 6 centímetros,
disponíveis nas variações High Butterfly, High
Camuflada, High Flowers, High Light, High Look,
High Metalic e High Sun. Havaianas High
Feminino
A linha Joy valoriza a fluidez e leveza, são bicolores
Adulto e juvenil
com tom sobre tom. As tiras são finas e delicadas,
decoradas com ramos de hibiscos. O solado possui
salto de 3 centímetros. Possuem uma única versão,
variando apenas na cor.
Havaianas Joy
24
Produto Descrição Público-Alvo
Feminino
Possui design básico, mas com detalhes que as
Adulto e juvenil
transformam em peças singulares. Têm shape
acinturado, com tiras mais finas e cores em tons de
ouro, prata e metalizados. Uso indicado tanto para
trabalho como para praia e festa. Disponíveis
também nas versões Slim Animals, Slim Basic, Slim
Season e Slim Stripes. Havaianas Slim
Masculino e feminino
São meias coloridas, com vários modelos e estilos,
Adulto, juvenil e infantil
para homens, mulheres e crianças, com espaço
reservado para a tira entre os dedos. Possuem
variações com estampa de todos os modelos de
Havaianas.
Havaianas Socks
Masculino
Linha cujo tema das estampas estão relacionados à
Adulto e juvenil
praia e ao surf. Possui shape mais largo e tiras mais
planas para proporcionar melhor encaixe nos pés.
Havaianas Surf
Masculino e feminino
Versão original, idêntica à lançada em 1962. Possui
Adulto, infantil e juvenil
a superfície da palmilha branca, variando apenas as
cores do solado e das tiras.
Havaianas Tradicionais
25
Produto Descrição Público-Alvo
Masculino
Especialmente adaptadas para os praticantes de
Adulto, infantil e juvenil
trilha, proporcionando segurança e conforto. As
tiras são fixas e mais largas que contornam o
calcanhar, mantendo os pés estabilizados. O solado
possui cavidades no solado para manter a
aderência em superfícies irregulares.
Havaianas Trail
Masculino
Possuem solado injetado em 100% borracha. São
Adulto e juvenil
anatômicas, têm recortes e sulcos nas colas, tiras
bicolores, shape mais largo e com área de flexão.
Havaianas Wave
7
Figura 1.4: Linha do Tempo
Fonte: Alpargatas (http://www.alpargatas.com.br)
Diferencial do Produto
7
Esquema gráfico elaborado pela autora
26
cultura brasileira, independente de sua nacionalidade. Além disso, não há fatores
culturais que prejudiquem a imagem do produto.
Legenda:
Produto Núcleo
Sandálias de dedo Produto Básico
confeccionadas em Sandálias de Produto Ampliado
dedo com
borracha
grande
variedade de
cores e Sandálias de dedo
modelos, decoradas com cristais e
duráveis e jóias; símbolo de
confortáveis. brasilidade; produto
único – original, simples
e customizado; símbolo
de individualidade.
2. Análise do Mercado
2.1 Análise do Mercado
27
no design e na qualidade de produtos e matérias-primas, na constituição de marca
própria, na diminuição dos prazos de entrega e, finalmente, na redução dos preços.
Essa tendência tem exigido dos fabricantes a capacidade de organizar a
produção de forma flexível, possibilitando respostas rápidas às alterações freqüentes
nas preferências dos mercados. Observa-se também uma maior interação entre
empresas da cadeia produtiva, envolvendo inclusive os canais de comercialização,
com o recurso crescente à cooperação com fornecedores como forma de se obter
ganhos de produtividade e reduções de custos e prazos. Em sintonia com essa
tendência, tem-se observado, no âmbito internacional, a crescente introdução de
tecnologias de base microeletrônica que, além de aumentar a flexibilidade da
produção, tem reduzido os custos de produção, através da redução do desperdício
de matérias-primas e pela substituição de mão-de-obra especializada. Assim, o
custo da mão-de-obra tem perdido importância na determinação do sucesso
competitivo das empresas e dos países produtores. Isto não significa, entretanto,
que, no caso de produtos de menor valor agregado e de média a baixa qualidade,
como aqueles produzidos pela maioria dos países em desenvolvimento, o custo da
mão-de-obra tenha perdido importância.
No caso do Brasil, apesar de sua posição de destaque no cenário
internacional, a indústria brasileira tem atuado em uma posição de subordinação,
sem desenvolver o design dos produtos vendidos e sem consolidar marca própria. A
indústria exporta basicamente capacidade de produção, o que se traduz em perda
efetiva de rentabilidade. Além disso, o país tem enfrentado a concorrência da China,
país que, por possuir menores custos de produção, tem absorvido parcelas
crescentes das importações americanas. As exportações de calçados brasileiros
vêm ganhando novos mercados, como México, Venezuela, Chile e Países Árabes,
em razão das atividades promocionais desenvolvidas pelos fabricantes. Com isso as
indústrias estão conseguindo pulverizar as exportações que são muito concentradas
nos EUA.
A indústria calçadista brasileira detém posição de destaque no cenário
internacional, com o país ocupando o posto de terceiro maior produtor de calçados
do mundo (Tabela 2.1), quinto consumidor e sexto principal exportador.8
28
PAÍS PRODUÇÃO IMPORTAÇÃO EXPORTAÇÃO CONSUMO
EUA/ USA 34,0 2.252,0 44,1 2.241,9
China/ China 9.000,0 10,5 6.914,0 2.096,5
India/ India 909,0 8,4 65,0 852,4
Japão/ Japan 95,3 556,0 1,0 650,3
Brasil/ Brazil 762,0 10,0 217,0 555,0
Indonesia/ Indonesia 580,0 75,0 165,0 490,0
Reino Unido/ United Kingdom 7,0 424,0 34,0 397,0
Alemanha/ Germany 28,8 464,0 141,8 351,0
França/ France 43,2 379,3 53,2 369,3
Mexico/ Mexico 197,0 40,0 7,0 230,0
Italia/ Italy 250,2 331,7 249,0 332,9
Paquistão/ Pakistan 251,0 10,0 20,0 241,0
Espanha/ Spain 126,2 247,0 96,4 276,8
Russia/ Russia 44,0 178,0 7,0 215,0
Coreia do Sul/ South Korea 95,0 128,6 14,8 208,8
Filipinas/ Philippines 118,0 62,0 7,0 173,0
Turquia/ Turkey 170,0 29,3 46,3 153,0
Africa do Sul/ South Africa 15,3 134,9 1,6 148,6
Tailandia/ Thailand 264,0 17,0 143,0 138,0
Canada/ Canada 8,6 137,7 7,9 138,4
Polonia/ Poland 32,0 100,6 15,0 117,6
Egito/ Egypt 62,0 46,0 11,0 97,0
Colombia/ Colombia 62,5 36,0 1,5 97,0
Arabia Saudita/ Saudi Arabia 5,0 91,2 0,2 96,0
Romenia/ Romania 67,0 85,0 65,0 87,0
Argentina/ Argentina 76,0 20,1 1,9 94,2
Australia/ Australia 8,5 87,0 1,0 94,5
Holanda/ Netherlands 1,5 163,5 85,0 80,0
Malasia/ Malaysia 70,0 32,0 32,0 70,0
Peru/ Peru 36,0 23,0 1,0 58,0
Taiwan/ Taiwan 10,0 74,7 16,9 67,8
Hungria/ Hungary 5,5 48,0 10,0 43,5
Venezuela/ Venezuela 21,2 28,0 0,2 49,0
Belgica/ Belgium 0,2 125,0 80,2 45,0
Grecia/ Greece 5,0 40,0 2,0 43,0
Portugal/ Portugal 83,0 37,0 75,0 45,0
Tcheca Rep./ Czech Republic 5,6 75,0 16,0 64,6
Hong Kong/ Hong Kong 0,8 866,0 740,6 126,2
Austria/ Austria 5,5 62,9 41,7 26,7
Chile/ Chile 9,5 28,0 0,5 37,0
Suiça/ Switzerland 0,4 37,1 3,0 34,5
Jordania/ Jordan 1,5 32,0 0,1 33,4
Israel/ Israel 4,5 28,0 1,2 31,3
Tunisia/ Tunisia 41,0 5,0 16,0 30,0
Suecia/ Sweden 0,7 34,8 6,5 29,0
Vietna/ Vietnam 525,0 1,0 472,7 53,3
Dinamarca/ Denmark 1,95 40,80 14,80 28,0
Equador/ Ecuador 14,0 11,0 2,0 23,0
Nova Zelandia/ New Zealand 1,35 19,3 0,8 19,9
Syria/ Siria 34,5 0,5 15,0 20,0
Eslovaquia/ Slovakia 17,0 22,0 20,0 19,0
Finlandia/ Finland 2,5 16,0 1,5 17,0
Noruega/ Norway 0,2 16,8 0,5 16,5
Irlanda/ Eire 0,4 17,9 5,3 13,0
Paraguai/ Paraguay 3,5 8,5 0,0 12,0
Bulgaria/ Bulgaria 9,0 11,0 10,0 10,0
Croacia/ Croatia 8,0 10,5 7,5 11,0
Uruguai/ Uruguay 2,0 7,0 1,0 8,0
Kuwait/ Kuwait 0,2 8,0 0,1 8,1
Eslovenia/ Slovenia 3,5 8,4 3,6 8,3
Zimbabwe/ Zimbabwe 3,0 2,1 0,1 5,0
Malta/ Malta 1,0 2,5 0,0 3,5
Chipre/ Cyprus 1,0 3,3 1,0 3,3
Outros/ Others 285,0 966,0 195,0 1.056,0
TOTAIS/ TOTALS 14.526,60 8.873,90 10.209,50 13.191,0
29
PRODUTORES (Pares) EXPORTADORES (Pares) CONSUMIDORES (Pares)
PAÍS EM MILHÕES PAÍS EM MILHÕES PAÍS EM MILHÕES
China 9.000,0 China 6.914,0 EUA 2.241,9
India 909,0 Hong Kong 741,0 China 2.096,5
Brasil 762,0 Vietna 472,7 India 852,4
Indonesia 580,0 Italia 249,0 Japao 650,3
Vietna 525,0 Brasil 217,0 Brasil 555,0
B reve H is tó ria
O desenvolvimento econômico da indústria calçadista brasileira teve inícios
em 1824, no Rio Grande do Sul, com a chegada dos primeiros imigrantes alemães.
Instalados no Vale do Rio dos Sinos, além de atuarem na agricultura e na criação de
animais, eles também trouxeram consigo a cultura do artesanato, principalmente nos
artigos de couro.
A produção, que inicialmente era caseira e caracterizada pela confecção de
arreios de montaria, ganhou mais força com a Guerra do Paraguai, que ocorreu de
1864 a 1870. Após o episódio, surgiu a necessidade de ampliar o mercado
comprador. Assim, surgiram alguns curtumes e a fabricação de algumas máquinas,
que tornava a produção mais industrializada.
Em 1888 surgiu, no Vale do Sinos, a primeira fábrica de calçados do Brasil,
formada pelo filho de imigrantes Pedro Adams Filho, que também possuía um
curtume e uma fábrica de arreios. O estado gaúcho aumentava a demanda por
calçados, fazendo com que a produção se expandisse a cada ano, formando, ao
longo do tempo, um dos maiores clusters calçadistas mundiais da atualidade.
A necessidade de ampliar a comercialização de calçados para fora do país
ocorreu no início da década de 60, em contraponto com a exportação de couro
salgado. A primeira exportação brasileira em larga escala ocorreu em 1968, com o
embarque das sandálias Franciscano, da empresa Strassburguer, para os Estados
Unidos.
A produção nacional, naquela década, era de 80 milhões de pares anuais.
Novos mercados começaram a surgir no exterior e os negócios prosperaram. As
30
empresas faziam os contatos com os compradores internacionais e trabalhavam
diretamente com os line builder - responsáveis pela criação das linhas. Hoje, o
calçado é o terceiro principal item da balança comercial brasileira.9
31
infantis, além de calçados especiais, como ortopédicos e de segurança do
trabalhador. 10
( 1 ) : em milhões de pares
( 2 ) : em pares
( 3 ) : Dados produção referente pesquisa realizada pelo IEMI -
Instituto de Estudos e Marketing Industrial
32
Destino d as exportações
A estrutura exportadora do setor calçadista brasileiro é uma das mais
modernas do mundo. Anualmente são exportados cerca de 180 milhões de pares,
cuja comercialização envolve a presença de empresários brasileiros nas mais
importantes feiras internacionais, como a GDS, na Alemanha, MICAM, na Itália,
Show de Las Vegas, nos Estados Unidos. A América Latina tem sido alvo de várias
iniciativas, como a promoção de showrooms nos principais consumidores, como
Argentina, Venezuela, Chile e Colômbia.
Devido à agilidade em obter informações sobre as tendências mundiais de
moda, somada à facilidade em obtenção de matérias primas para desenvolver a
modelagem adequada ao mercado comprador e posterior fabricação em série, os
calçadistas brasileiros têm amplas condições de atender à demanda de
importadores dos mais diversos perfis. Exemplos são os calçados fabricados para
importantes grifes e lojas norte-americanas e européias, que já se habituaram a ver
o made in Brazil impresso nos seus calçados.
Os Estados Unidos são os principais compradores do calçado brasileiro,
detendo 46% do total exportado. Para ampliar o percentual de vendas em outros
países, principalmente da América Latina e Oriente Médio, o setor vem
desenvolvendo um projeto para que mais empresas passam a fazer parte da
balança comercial, principalmente as de pequeno e médio porte.
A diversificação da produção é outro fator competitivo, pois a adaptação às
mais diferentes coleções é muito rápida. Isto permite que o Brasil produza todos os
tipos de calçados necessários para atender ao mercado interno e também às
exportações.
33
PAÍS US$ % PARES PM PAÍS US$ % PARES PM
Estados Unidos 853.601.978 45,8 65.393.070 13,05 Nova Calcedônia 757.069 0,0 80.267 9,432
Reino Unido 200.775.419 10,8 11.334.026 17,71 Nicarágua 632.547 0,0 73.241 8,637
Argentina 125.211.811 6,7 15.096.012 8,294 Guiana Francesa 617.689 0,0 80.430 7,68
Itália 55.049.654 3,0 4.131.344 13,32 Trinidad E Tobago/ 613.803 0,0 64.928 9,454
Canadá 53.793.102 2,9 4.100.628 13,12 Coréia Do Sul 599.085 0,0 121.117 4,946
Espanha 52.831.702 2,8 5.099.160 10,36 Áustria 560.972 0,0 42.000 13,36
México 44.004.348 2,4 8.656.599 5,083 Iugoslávia 559.600 0,0 98.177 5,7
Venezuela 36.014.455 1,9 7.020.491 5,13 Lituânia 554.871 0,0 48.923 11,34
Chile 34.283.330 1,8 2.916.961 11,75 Índia 494.044 0,0 85.800 5,758
Alemanha 32.916.825 1,8 1.832.929 17,96 Omã 448.727 0,0 36.227 12,39
Paises Baixos 32.399.060 1,7 1.859.082 17,43 Mauricio 428.103 0,0 51.560 8,303
Portugal 22.113.731 1,2 2.439.155 9,066 Geórgia 422.178 0,0 25.229 16,73
Franca 22.058.400 1,2 1.771.811 12,45 Moçambique 416.709 0,0 57.475 7,25
Paraguai 21.749.610 1,2 9.873.781 2,203 Marrocos 382.515 0,0 37.656 10,16
Bolívia 18.682.178 1,0 4.160.441 4,49 Bahamas 331.367 0,0 25.881 12,8
Austrália 17.191.829 0,9 3.638.712 4,725 Polinésia Francesa 271.364 0,0 59.364 4,571
Colômbia 16.102.916 0,9 2.747.339 5,861 Letônia 267.760 0,0 18.872 14,19
Emirados Árabes 15.963.551 0,9 1.497.824 10,66 Coréia Do Norte 250.017 0,0 61.598 4,059
Uruguai 13.666.254 0,7 1.889.842 7,231 Antilhas Holandesas 230.223 0,0 62.934 3,658
Equador 12.642.264 0,7 1.703.777 7,42 Barbados 217.294 0,0 56.382 3,854
Porto Rico 10.601.262 0,6 810.635 13,08 Catar 210.078 0,0 17.392 12,08
Peru 8.876.916 0,5 1.370.302 6,478 Virgens, Britanicas 200.075 0,0 14.487 13,81
Grécia 8.822.355 0,5 1.048.373 8,415 Eslovaca, Rep. 181.376 0,0 52.569 3,45
Cuba 8.384.732 0,5 1.081.353 7,754 Jordânia 180.983 0,0 18.532 9,766
África Do Sul 8.253.148 0,4 965.328 8,55 Bahrein 174.793 0,0 16.592 10,53
Rússia 8.245.450 0,4 840.255 9,813 Cayman, Ilhas 173.560 0,0 32.100 5,407
Panamá 7.739.684 0,4 1.353.904 5,717 Romênia 169.632 0,0 50.642 3,35
Japão 7.680.969 0,4 854.722 8,987 Jamaica 165.934 0,0 66.653 2,49
Arábia Saudita 6.606.346 0,4 623.209 10,6 Nigéria 138.343 0,0 14.749 9,38
Costa Rica 6.219.538 0,3 881.477 7,056 Eslovênia 116.962 0,0 13.294 8,798
Hong Kong 5.159.718 0,3 359.386 14,36 Islândia 113.916 0,0 5.624 20,26
Dominicana, Rep. 4.816.377 0,3 531.653 9,059 Síria 92.652 0,0 10.782 8,593
Turquia 4.584.720 0,2 590.719 7,761 Argélia 86.070 0,0 4.032 21,35
Bélgica 4.384.858 0,2 998.822 4,39 Cabo Verde 81.150 0,0 10.644 7,624
Israel 4.337.193 0,2 508.488 8,53 Azerbaijão 72.156 0,0 3.374 21,39
Ucrânia 3.554.814 0,2 334.459 10,63 Canárias, Ilhas 71.292 0,0 6.442 11,07
Suriname 3.230.643 0,2 714.986 4,518 Indonésia 66.005 0,0 28.210 2,34
Tcheca, Rep. 3.158.872 0,2 487.790 6,476 Gabão 60.781 0,0 3.782 16,07
Guatemala 3.139.461 0,2 279.151 11,25 Tunísia 44.915 0,0 4.536 9,902
Angola 3.022.904 0,2 844.363 3,58 Paquistão 28.171 0,0 4.711 5,98
Coveite 2.954.122 0,2 235.085 12,57 Quênia 27.892 0,0 1.524 18,3
Filipinas 2.937.194 0,2 683.183 4,299 Gana 21.467 0,0 2.250 9,541
Cingapura 2.295.097 0,1 389.761 5,888 Zâmbia 20.570 0,0 1.020 20,17
Dinamarca 2.238.085 0,1 201.956 11,08 Belarus 20.419 0,0 2.976 6,861
Croácia 2.188.314 0,1 279.669 7,825 Aruba 18.460 0,0 1.887 9,783
Martinica 2.179.318 0,1 183.676 11,87 Macau 13.950 0,0 620 22,5
Hungria 2.148.239 0,1 387.009 5,551 São Tome E Príncipe 13.735 0,0 1.528 8,989
Honduras 2.068.787 0,1 268.361 7,709 Fiji 8.835 0,0 2.880 3,068
Guadalupe 2.045.774 0,1 300.723 6,803 Camarões 8.701 0,0 587 14,82
Egito 2.028.066 0,1 337.858 6,003 Albânia 7.637 0,0 3.378 2,261
Finlândia 1.999.181 0,1 114.987 17,39 Irã 6.369 0,0 1.043 6,106
Polônia 1.845.527 0,1 274.484 6,724 Mauritânia 4.725 0,0 240 19,69
Guiana 1.788.053 0,1 379.024 4,718 Mongólia 4.577 0,0 140 32,69
Chipre 1.778.123 0,1 156.880 11,33 Sri Lanka 3.672 0,0 350 10,49
Estônia 1.768.529 0,1 105.380 16,78 Papua Nova Guine 3.159 0,0 148 21,34
Tailândia 1.729.117 0,1 151.273 11,43 Uzbequistão 1.808 0,0 99 18,26
Suécia 1.654.781 0,1 96.236 17,2 Cazaquistão 1.700 0,0 96 17,71
Suíça 1.547.673 0,1 209.329 7,393 Mônaco 1.380 0,0 60 23
El Salvador 1.546.062 0,1 105.308 14,68 Costa Marfim 1.260 0,0 360 3,5
Nova Zelândia 1.439.053 0,1 216.668 6,642 Niue 1.139 0,0 140 8,136
Líbano 1.389.671 0,1 139.767 9,943 Pacifico, Ilhas EUA 956 0,0 42 22,76
China 1.210.505 0,1 75.081 16,12 Guine 756 0,0 170 4,447
Taiwan 1.205.750 0,1 164.627 7,324 Ilha da Madeira 632 0,0 27 23,41
Irlanda 1.030.401 0,1 76.435 13,48 Belize 608 0,0 31 19,61
Malásia 983.978 0,1 134.153 7,335 Namíbia 234 0,0 72 3,25
Malta 982.145 0,1 106.108 9,256 Benin 220 0,0 20 11
Noruega 899.400 0,0 51.644 17,42 Vietnã 12 0,0 3 4
Reunião 898.737 0,0 123.737 7,263
Bulgária 787.466 0,0 255.745 3,079
34
Exportação Brasileira de Calçados - Série Histórica
2000
1900
1800
1700
1600
1500
1400
1300
1200
1100
1000
900
800
700
600
500
400
300
200
100
0
Ano
Ano
35
TIPO 2006 2005 2004
% CALÇADOS E ACESSÓRIOS 30,77 52,99 56,11
% SAPATO MASCULINO 65,69 61,65 51,85
% SAPATO FEMININO 43,74 58,00 68,52
% SAPATO INFANTIL 10,17 72,63 38,74
% SANDÁLIA/CHINELO MASCULINO 8,71 40,20 73,97
% SANDÁLIA/CHINELO FEMININO 11,92 47,77 21,32
% SANDÁLIA/CHINELO INFANTIL 12,78 42,16 37,26
% TÊNIS 23,55 54,34 60,19
Operações Internacionais
Em linha com a expansão dos negócios na América Latina, a Alpargatas
montou uma subsidiária em Santiago, no Chile. Ela terá como foco aumentar a
participação de mercado e as vendas de Mizuno, e de outras marcas esportivas da
Alpargatas, no Cone Sul. Motivada pelo forte crescimento do consumo de sandálias
nos Estados Unidos, a Alpargatas acelerou seu processo de internacionalização com
a abertura da subsidiária em Nova York, que concentra a importação,
comercialização, distribuição e comunicação de Havaianas no país. Para 2008, essa
estratégia será, também, replicada na Europa.12
11 Medição do INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), compreendendo produtos consumidos por indivíduos
com renda de 0 a 8 salários mínimos
12 Informações coletadas e compiladas do relatório: DFP - Demonstrações Financeiras Padronizadas - Data-Base -
31/12/07 (http://ri.alpargatas.com.br)
36
Consolidação Nacional
37
fabricante das Havaianas na Receita Bruta de Vendas (Gráfico 1.5) e Lucro Líquido
de Vendas (Gráfico 2.6).13
17,5
19,1
11 80
50,0
0,0
2006 2007
Período
Alpargatas Grendene
38
Receita Bruta de Vendas
600,0
483,5 514,6 530,3
441,4
450,0
300,0
150,0
0,0
4T06 4T07
Período
Alpargatas Grendene
300,0
256,1 258,6
250,0
200,0
150,0 126,6 120,2
100,0
50,0
0,0
2006 2007
Período
Alpargatas Grendene
39
2.2 Análise do público-alvo
40
2.3 Concorrência – Análise Matriz Porter
Identificação do Concorrente
Perfil
A Grendene foi fundada em 1971 e é uma das maiores produtoras mundiais
de calçados sintéticos e líder em vários segmentos no mercado brasileiro. Possui
tecnologia proprietária e exclusiva na produção de calçados à base de PVC
(Policloreto de Vinila) e EVA (Etileno Vinil Acetato), denominados termoplásticos
injetados, totalmente verticalizada, a partir de matrizaria e fábricas próprias, com
uma logística de distribuição que atinge desde distribuidores a varejistas tradicionais
e não-tradicionais em todo o território nacional e no exterior.
A empresa é detentora de marcas reconhecidas e de sucesso, como Melissa,
Rider, Grendha, Ipanema Gisele Bündchen, Ipanema, Grendene Kids e Grendene
Baby; em julho de 2005, lançou mais uma marca – Ilhabela, que se consolidou em
2006 como um produto voltado para um público jovem feminino, na faixa etária de
18 a 25 anos. Além disso, atua também através de licenciamentos de celebridades e
personagens do universo infanto-juvenil e de histórias em quadrinhos.
A Grendene é totalmente integrada, com capacidade instalada em suas seis
unidades industriais, compostas por 12 fábricas de calçados, com capacidade
41
instalada total de 176 milhões de pares/ano, além de uma matrizaria e uma fábrica
de PVC com capacidade de produção de 51 mil toneladas/ano para consumo próprio
na produção de calçados.
As unidades industriais estão assim distribuídas: (i) Estado do Ceará, nas
cidades de Sobral (1993), matriz (sede social) e maior planta, com sete fábricas de
calçados, responsáveis por 87% da produção total de calçados; Fortaleza (1990),
duas fábricas de calçados e componentes de PVC; Crato (1997), uma fábrica de
calçados e de componentes em EVA; (ii) Estado do Rio Grande do Sul, nas cidades
de Farroupilha (1971), duas fábricas de calçados e sede administrativa; e Carlos
Barbosa (1980), matrizaria; e (iii) Estado da Bahia, uma unidade na cidade de
Teixeira de Freitas (2007).
A empresa vende seus produtos por meio de representantes comerciais,
distribuidores, exportações diretas e via subsidiárias no exterior, Grendha Shoes
(EUA) e Saddle Calzados (Argentina), atingindo cerca de 20 mil pontos-de-venda
fora do País e 60 mil no mercado brasileiro, além de uma área de vendas separada
e distribuição seletiva para a marca Melissa.
Os diferenciais competitivos são fundamentados nos valores da Grendene,
como:
42
- Tecnologia Proprietária
- Pesquisa & Desenvolvimento
- Verticalização
- Escala De Produção
- Custo Competitivo Global
- Qualidade Dos Produtos
- Logística
- Nível De Governança Corporativa
- Solidez Financeira
Unidades de Produção
43
Estrutura societária
Histórico
1971
Atenta às possibilidades do plástico, a Grendene começa a produzir telas
para os garrafões de vinho produzidos na Serra Gaúcha, para substituir as peças
feitas em vime. Desde então, nunca mais outra embalagem abraçou a bebida com
tanta funcionalidade. A Grendene não parou por aí: foi a primeira empresa a utilizar
44
a poliamida como matéria-prima para componentes de calçados. Assim, começava a
dar os primeiros passos em direção à sua vocação fashion.
1979
Observando as sandálias de tiras dos pescadores da Riviera Francesa, Pedro
Grendene Bartelle teve a idéia que revolucionou a empresa e a moda: nascia a
Melissa Aranha. Muito mais que um calçado de plástico injetado, a marca virou
símbolo fashion. E inaugurou o merchandising de calçados em novela: a partir dos
pés de Júlia, personagem de Sônia Braga na novela Dancing Days, a Melissa
ganhou milhões de outros pés pelo Brasil.
1980
Inauguração da matrizaria localizada em Carlos Barbosa, no Estado do Rio
Grande do Sul, para produzir matrizes próprias para a fabricação de calçados de
plástico.
1983
O casamento de sucesso da Melissa com os grandes designers mundiais
começou neste ano, com as invenções de Jean-Paul Gaultier, Thierry Mugler,
Jacqueline Jacobson e Elisabeth De Seneville.
1984
A Grendene ganhou os pés das meninas quando foi lançada a Melissinha,
sempre acompanhada de algum brinde. Desde então, a linha Kids da empresa não
parou mais de crescer. A aposta é abusar dos licenciamentos, como Barbie, Hot
Wheels e Disney, utilizando em boa parte o apelo emocional e lúdico dos calçados
com acessórios, que expressem o universo infantil.
1986
Com design diferenciado e priorizando o conforto, a Grendene lança a linha
Rider, direcionada ao público masculino. A sandália after sport continua um sucesso
20 anos depois e é comercializada em 70 países.
1990
Instalação em Fortaleza da primeira unidade fabril no Estado do Ceará, que
passou a se denominar Grendene do Nordeste S.A., com capacidade anual de
produção de 5 milhões de pares.
1993
Inauguração da fábrica em Sobral, também no Estado do Ceará, que passou
a se denominar Grendene Sobral S.A. Benefícios fiscais, menor custo de mão-de-
45
obra e localização estratégica para acesso ao mercado internacional motivaram a
transferência das operações fabris, até então localizadas em Farroupilha.
1994
Pensando nas diferentes mulheres, surge a linha Grendha, com opções para
todos os estilos. Os modelos mais clássicos dividem espaço com moda praia, casual
e fashion. À frente dos lançamentos, celebridades como a cantora baiana Ivete
Sangalo.
1996
Depois de dois anos sem lançamentos, a Melissa inova mais uma vez e traz a
top model Claudia Schiffer ao Brasil para desfilar os novos modelos da marca. Na
época, a vinda das top models não era comum, e a presença de Claudia foi um
furacão.
1997
Início das operações da terceira unidade localizada no Ceará, no município de
Crato, como Indústria de Calçados Grendene Ltda., com capacidade atual de
produção de 12 milhões de pares anuais de produtos de EVA (Estireno Vinil
Acetato).
1998
A Grendene cria uma divisão só para cuidar da grife Melissa e entrar os anos
2000 como ícone da moda.
2001
Para entrar de vez na linha praia, a Grendene lança a Ipanema. Com chinelos
femininos e masculinos a preços competitivos, a empresa ganhou de vez um lugar
cativo nos pés dos brasileiros. Neste mesmo ano, a empresa promoveu uma
reestruturação societária, com a incorporação da Indústria de Calçados Grendene
Ltda. pela Grendene Calçados S.A.
2002
Para dar nome a um produto Grendene, nada como uma celebridade que é
sinônimo de moda. A linha com a cara – e o nome – da Gisele Bündchen inclui
sandálias e chinelos com design diferenciado – surge a ipanema GB. Neste mesmo
ano, a Melissa estreou na São Paulo Fashion Week, com modelos desenhados pelo
renomado artista plástico Romero Britto.
46
2003
Definitivamente um ícone fashion, a Melissa ganha design by Alexandre
Herchcovitch, Sommer e Cavalera na São Paulo Fashion Week. A partir daí, o céu é
o limite: o calçado ganha as vitrines de lojas-conceito, como a Colette, em Paris, e a
Dover Street Market, em Londres. Neste mesmo ano, a Grendene Calçados S.A. foi
incorporada na Grendene S.A., como parte da preparação da abertura de capital da
empresa. A companhia passou de holding para uma sociedade operacional, com
apenas uma subsidiária integral, a Saddle Corporation, baseada no Uruguai, que
controla duas subsidiárias integrais: Grendha Shoes, nos Estados Unidos, e Saddle
Calzados, na Argentina.
2004/2005
Abertura do capital da Grendene, em 29 de outubro, que passou a ter ações
ordinárias negociadas no Novo Mercado da Bolsa de Valores de São Paulo. Os 25
anos da Melissa foram comemorados com uma exposição denominada
Plasticorama, no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro e com o relançamento
da Melissa Aranha. Neste ano, a Grendene fecha novas parcerias, como com os
irmãos Campana e a Melissa com cristais Swarovski, de autoria da designer J.
Maskrey.
2005/2006
Com ares high-tech, é inaugurada a Galeria Melissa, na rua Oscar Freire, um
dos endereços mais valorizados de São Paulo. A loja não se limita a vender os
produtos Melissa, mas também objetos de arte e design, e conta a história de um
dos calçados mais tradicionais do País, que se renova a cada coleção. Neste ano,
houve o lançamento de uma nova marca, a Ilhabela. Houve também a
reestruturação societária com a Saddle Corporation e Saddle Calzados, passando a
ser subsidiárias diretas da Grendene S.A.
Responsabilidade Ambiental
47
Programas de palestras e ações para a administração familiar
Programas de prevenção de doenças e incentivo a hábitos saudáveis.
Matrizaria
A matrizaria da Grendene é a maior do mundo. Conta com uma equipe
especializada dos mais diferentes setores, somando 424 funcionários. Uma
tecnologia própria foi desenvolvida para atender os tipos de produtos que a
Grendene produz.
PVC
A Grendene possui um laboratório de PVC onde pesquisa texturas,
densidades e performances adequadas a cada tipo de produto, buscando matérias-
primas específicas. Já foram desenvolvidas mais de 70 formulações distintas de
PVC, diferentemente das empresas concorrentes, que utilizam uma única
formulação na fabricação de seus produtos.
Esse controle e desenvolvimento de matéria-prima dão à Grendene a
condição única de ter o material específico para cada produto.
Tecnologia
Investir em tecnologia é um dos pilares do sucesso da Grendene. A empresa
se preocupa em ter as melhores máquinas desenvolvidas no mundo para que seus
funcionários tenham todos os instrumentos para realizar um trabalho da melhor
qualidade. A Grendene é a maior consumidora do mundo de PVC flexível.
Desenvolveu uma tecnologia única que permite acabamento, flexibilidade e
transparência.
Esses fatores, que fazem toda a diferença no produto final, são resultado de
três pilares da transformação industrial promovida pela Grendene: o molde, a
injetora e a formulação do material. As 19,7 mil pessoas que trabalham na área
48
produtiva potencializam o desenvolvimento tecnológico, buscando produtividade e
qualidade de vida.
Qualidade
O Laboratório de Controle de Qualidade é responsável pela garantia da
qualidade final do produto entregue ao consumidor.
Para tanto, realiza um rigoroso controle onde são testados e avaliados todos
os materiais e componentes utilizados na fabricação dos produtos Grendene, tendo
como parâmetro normas nacionais e internacionais de qualidade, treinamento
profissional e pessoal.
Diferencial
• Maior empresa calçadista do Brasil em número de pares.
• Mais avançada fábrica de calçados injetados do mundo.
• Maior produtor mundial de sandálias.
• Capacidade de entrega de produtos de alta qualidade em prazos bem
menores que os da concorrência.
49
mercado de calçados, mas para outras áreas que contribuam para a criatividade da
Grendene.
Outro diferencial do Desenvolvimento de Produtos da Grendene é a sua
estrutura física. O complexo de prédios foi projetado pensando no melhor fluxo das
informações e unindo o artesanal com a tecnologia. São 3 grandes blocos:
Produto
Marcas
Grendha
A Grendha é a marca feminina que mais cresce na Grendene, com uma linha
extensa que atinge os mais diversos tipos de consumidoras. Com grandes volumes
de vendas, consegue agregar tecnologia, atualidade e preço competitivo. Seu
diferencial é traduzir as tendências da moda para as necessidades da mulher
prática, dinâmica e trabalhadora. Seja no Brasil ou no mundo.
50
Melissa
A Melissa surgiu em 1979 e nunca parou de se reinventar. Seus lançamentos
encantam fashionistas brasileiros, teenagers americanas e consumidores de 5
continentes. Full plastic, ícone de moda e referência de comportamento, a Melissa
criou um conceito de vanguarda para o mercado da moda. Divertida, fashion,
original. Sempre igual, sempre diferente. E sempre um case de sucesso.
Ipanema
Lançada em 2001, Ipanema já é um sucesso de vendas. É leve, sensual e tropical
como a mulher brasileira. É novidade na Europa, Américas e Ásia. E charmosa até
no nome, que remete a uma das praias mais famosas do Brasil.
51
Grendene Kids
É líder de mercado, com aproximadamente 15 linhas voltadas para o segmento baby
e infantil. As principais marcas licenciadas são Disney, Barbie, Looney Tunes, Xuxa,
Sandy, Rouge e Senninha.
Rider
Rider é o after-sport footwear da Grendene. Voltado para o mercado masculino, esta
marca líder nasceu em 1986 e segue conquistando novos consumidores no Brasil e
no exterior. Rider busca em todos os esportes sua inspiração para desenvolver
produtos que reinventam a categoria.
Preço
O concorrente trabalha com diversas estratégias de preços. Os preços variam
muito de produto para produto devido à grande variedade. Com relação ao negócio
Chinelos de Borracha, o preço da Grendene é semelhante ao das Havaianas. A
margem de lucro da Grendene é superior à das Havaianas, porém, o volume de
venda é menor.
Praça
Os produtos Grendene estão disponíveis em sua maioria nos varejistas de
calçados. A linha de sandálias de dedo pode eventualmente ser encontrada em
alguns hipermercados. Já as linhas Rider, Grendha, Melissa entre outras são
encontradas em varejistas especializados (calçados, artigos esportivos).
Promoção
Faz parte da história da Grendene a contratação de grandes nomes nacionais
e internacionais para impulsionar suas marcas. Campanhas memoráveis utilizando
Sharon Stone, Claudia Schiffer, Gisele Bündchen, Adriane Galisteu, Gustavo
Kuerten (Guga), Ivete Sangalo, Xuxa, Roberto Carlos, Fernanda Lima, Dean Cain,
Terry Hatcher, Patrick Cox, Jean Paul Gaultier, Stephane Kelian, Tierry Mugler e
Alexandre Herchcovitch.
O marketing continua nos distribuidores. No mundo inteiro, cada distribuidor
que trabalha com os produtos Grendene se compromete a destinar um percentual de
seu lucro para ações de marketing. Isso garante visibilidade para a marca e a
presença dos produtos em programas de TV, desfiles, mídia espontânea em
52
editoriais de revistas, eventos de moda e de esporte, além das tradicionais mídias de
massa. Tudo para reforçar a identidade de cada produto e impactar o consumidor.
Pessoas
As políticas de Recursos Humanos da empresa incluem o comprometimento
dos funcionários com os resultados e conscientização de que são parte fundamental
no processo. A empresa investe na qualidade de vida e no crescimento profissional
de cada um, além de proporcionar uma melhor perspectiva de vida para as famílias
envolvidas.
A Grendene é rígida no cumprimento da Lei, não admitindo em seu quadro
funcional menores de 16 anos.
Os funcionários podem trabalhar tranqüilos graças a um completo leque de
benefícios como assistência médica e odontológica, restaurantes, transporte, cesta
básica e treinamento profissional e pessoal.
Exportações
A Grendene iniciou suas exportações em 1979, e já em 1984 estava presente
nos principais mercados calçadistas do mundo com as marcas Melissa e Karina.
Pouco tempo depois, em 1987, ocorreu o início das exportações dos produtos Rider,
que foram conquistando um importante espaço no mercado externo.
Atualmente, as marcas Grendene estão tendo cada vez mais sucesso nos
principais países, podendo ser encontradas hoje nas melhores vitrines dos cinco
continentes.
Em um mercado competitivo como o dos EUA, por exemplo, os produtos
Rider são encontrados em lojas como FootLocker, The Athlete's Foot, Finish Line,
The Sports Authority e Gart Sports. A Melissa, por sua vez, tem espaço especial em
grandes lojas de prestígio como Bloomingdale's, Nordstrom, Robinson May,
Journey's e Dillard's.
Num
53
Tabela 2.10: Volume de exportações Grendene – 2005
Fonte: http://www.grendene.com.br
Objetivos do Concorrente:
Estratégias do Concorrente:
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partir da aquisição das matérias-primas como resina de PVC e óleos plastificantes,
resultando em mais de 80 diferentes formulações, conforme a necessidade de grau
de dureza ou maleabilidade do plástico.
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Estratégias de crescimento no Mercado Externo: (i) exportação da marca própria
top de linha Melissa, que têm design próprio e distribuição seletiva; (ii) exportação
das marcas próprias Grendha, Rider, Ipanema, Ilhabela, Ipanema Gisele
Bündchen e licenças infantis, que têm design próprio e distribuição no varejo
tradicional, nas lojas de calçados, de departamento e distribuidores; (iii) exportação
para marcas de terceiros, com design próprio e venda pelo canal próprio do cliente.
A estratégia de distribuição seletiva da Melissa, adotada a partir de janeiro de 2005,
vem se consolidando em 2006, quando aumentou de 70 para 300 pontos-de-venda
no exterior, contribuindo para o crescimento das exportações da Grendene. Outro
importante movimento foi a partir do 4º trimestre de 2006, quando foi assinado um
contrato internacional com a top model Gisele Bündchen para vendas da marca
Ipanema GB no exterior, e que deve contribuir para garantir a manutenção do
crescimento das exportações.
56
2.4 Ciclo de Vida do Produto - Análise Matriz CVP
300
256,1 258,6
250 238
202
200
150 126,6 120,2
95,6
100 82
50
0
2003 2004 2006 2007
Período
Alpargatas Grendene
200 184
174,7
145,6
150 142 145 131,9
124 121
100
50
0
2003 2004 2006 2007
Período
Alpargatas Grendene
57
CVP - Ciclo de Vida do Produto
Lucro Vendas
58
2.5 Análise das Unidades Estratégicas de Negócios - Matriz BCG
59
2.6 Análise Matriz SWOT
Análise de Marketing - Havaianas
Oportunidades Ameaças
3. Plano de Marketing
3.1 Definições de objetivos e estratégias – Matriz Ansoff
60
Objetivos:
Penetração de mercado – possui baixo risco quanto ao mercado e ao produto.
Desenvolvimento de Mercado – baixo risco produto; alto risco mercado.
Estratégias:
Ampliar o mercado atual com produto atual: melhorar propaganda, investir no
produto e criar variações, investir no conceito da marca
Entrar em novo mercado com produto atual: exportar para outros continentes
além da América do Sul
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Estratégias para aumento das vendas e da participação no mercado
Manutenção do valor percebido das Havaianas Top, que eram baratas para a
classe média na mesma proporção em que as Tradicionais o eram para as
classes de baixa renda;
Extensão de linhas: a marca, dona de uma única linha até 1994, passou a ter
mais de 25 linhas entre 1997 e 2005, destinadas a diferentes segmentos do
mercado de renda mais elevada;
Melhorias no design do produto: lançamento de várias cores fashion,
estampas elaboradas e novos formatos;
Transformação das Havaianas em unidade de negócios independente, a partir
de 1997, o que alinhou as áreas de marketing, vendas, desenvolvimento e
fábrica, conferindo mais rapidez a todas as iniciativas referentes ao produto;
Produto
As ações com relação ao produto foram as seguintes:
Variedade: a marca, que só possuía um modelo de sandálias, começou a
diversificar o produto criando modelos, cores e estampas diferentes para o
produto.
Qualidade: o produto mantém a mesma qualidade e custo benefício da linha
tradicional, o que é um ponto positivo.
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Design: foram criados modelos com design diferenciado, mas que não
saíssem da categoria sandálias de dedo (Havaianas Flash, Havaianas High e
Trail).
Nome da marca: a marca passou a ser internacional, sinônimo de brasilidade
e qualidade incomparável.
Embalagem: o produto que era vendido solto ou em sacos plásticos, agora
possui caixas coloridas.
Preço
Praça
63
4. Plano de Comunicação
4.1 Definições de objetivos e estratégias
Escopo do Projeto:
Implantação de lojas de varejo especializadas em customização, isto é, que
vendam palmilhas e tiras para as sandálias separadamente, de modo que o
consumidor possa escolher a gosto, encomendando a montagem imediata da
sandália personalizada.
Produto:
A nova extensão será chamada Havaianas Build-in. O produto possui três
modelos de palmilha (Fig. 4.1) e quatro modelos de tiras (Fig. 4.2). Cada item possui
grande variedade de cores e estampas. As tiras são fixadas na palmilha através de
um parafuso interno presente em sua haste (Fig. 4.3). Existem também acessórios
que podem ser acoplados às tiras (como hibiscos e pequenos objetos)
Os funcionários das lojas Havaianas Build-in seriam treinados para agregar
maior valor ao cliente através da prestação de serviços – bom atendimento e
consultoria de moda.
Preço:
O produto é lançado com preço equivalente a aproximadamente o dobro do
preço médio da linha atual.
Praça:
As lojas seriam instaladas em pontos estratégicos – visitados por
apreciadores da moda e pessoas de elevado poder aquisitivo. Poucas unidades da
loja seriam instaladas, para manter o posicionamento premium da nova linha de
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produto. Além disso, a identidade visual da loja seria característica da Marca, tendo
as sandálias Havaianas como temática decorativa.
Promoção:
O novo produto seria divulgado apenas na mídia impressa (metrô, revistas
etc).
65
Conclusão
66
Anexos
ANEXO A
A maior empresa brasileira de calçados e artigos esportivos, a São Paulo Alpargatas, anunciou
na quinta-feira (20/09) uma oferta de compra da Companhia Brasileira de Sandálias (CBS),
dona da marca Dupé, por 49,5 milhões de reais.
O contrato para aquisição de 100% do capital da CBS foi comunicado à Bolsa de Valores de
São Paulo e à Comissão de Valores Mobiliários, mas a conclusão do negócio depende da
realização de uma auditoria (due diligence) da empresa adquirida, processo que precisa ser
realizado até 30 de outubro.
A aquisição de uma fábrica de sandálias faz parte da estratégia de expansão da São Paulo
Alpargatas, detentora da marca Havaianas. Vendidas em 80 países, as sandálias da companhia
responderam por metade do faturamento da empresa - de 1,5 bilhão de reais, em 2006.
21/09/2007 - 13h08
Fonte: http://www.exame.com.br
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Referências
Bibliográficas
RIES, Al; TROUT, Jack. Posicionamento: a batalha por sua mente. São Paulo,
Pearson Education do Brasil, 2002.
Outras
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