Diagrama de Fases

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 20

ESCOLA POLITCNICA DA UNIVERSIDADE DE SO PAULO Departamento de Engenharia Metalrgica e de Materiais

DIAGRAMAS DE FASE II TRANSFORMAES DE FASE


PMT 2100 - Introduo Cincia dos Materiais para Engenharia 2 semestre de 2005

Acima: Boeing 767. Em baixo : microscopia eletrnica de transmisso de uma liga de alumnio 7150-T651 (6,2 %Zn-2,3 %Cu-2,3 %Mg-0,12% Zr) usada para a fabricao de partes das asas e da fuselagem.

ROTEIRO DA AULA
Diagrama de fases Fe-Fe3C
Microestruturas eutetides Microestruturas hipoeutetides

Transformaes de fase Cintica


Cintica da reao eutetide do ao fora do equilbrio Diagramas T T T

Tmpera do ao Endurecimento por precipitao

PMT 2100 Introduo Cincia dos Materiais para a Engenharia - 2005

DIAGRAMA Fe-Fe3C

Fundamental devido s aplicaes do ao. AUSTENITA


Fe- - FCC

FERRITA
Fe- - CCC

PERLITA
Microestrutura formada por finas camadas de Fe3C numa matriz de Fe-

PMT 2100 Introduo Cincia dos Materiais para a Engenharia - 2005

CEMENTITA
Fe3C

DIAGRAMA Fe-Fe3C MICROESTRUTURA EUTETIDE

Austenita Fe- Ferrita Fe-

PMT 2100 Introduo Cincia dos Materiais para a Engenharia - 2005

Microestrutura de Perlita

DIAGRAMA Fe-Fe3C TRANSFORMAO NOS AOS HIPOEUTETIDES a.

Nucleao e crescimento da ferrita (Fe-) nos contornos de gro da austenita (Fe-).

b.

Crescimento da ferrita (Fe-).

PMT 2100 Introduo Cincia dos Materiais para a Engenharia - 2005

DIAGRAMA Fe-Fe3C TRANSFORMAO NOS AOS HIPOEUTETIDES c.

Crescimento de perlita a partir da austenita residual.

d.

Microestrutura de um ao 0,4% C resfriado lentamente.

PMT 2100 Introduo Cincia dos Materiais para a Engenharia - 2005

DIAGRAMA Fe-Fe3C - MICROESTRUTURA HIPOEUTETIDE

Microestrutura de um ao 0,38% C resfriado lentamente (em condies prximas ao equilbrio).

TRANSFORMAES DE FASE

As transformaes de fase nos materiais geralmente resultam em mudanas microestrutrurais. A maioria das transformaes de fase no ocorrem imediatamente, pois existem problemas de transporte de massa a serem superados. Da decorre que a maioria das transformaes de fase so dependentes do tempo. Por exemplo quando h formao de uma nova fase, os tomos do reticulado devem se re-arranjar, havendo criao de uma interface que separa a nova fase da fase matriz. Alm disso os tomos tm que se movimentar (difuso) para formar o ncleo cristalino.

CINTICA

A formao de uma nova fase ou de um novo arranjo ordenado de tomos ocorre por nucleao e crescimento.

O tempo necessrio para nuclear e crescer um novo arranjo no interior do material pode ser medido e avaliado atravs do estudo da cintica da transformao.

Em reaes no estado slido a quantidade de fase transformada varia de acordo com um comportamento sigmoidal (S-shaped curve) como o ilustrado na figura ao lado. A frao transformada (y) em uma reao isotrmica, varia exponencialmente com o tempo transcorrido, t, conforme uma expresso denominada equao de Avrami : y = 1 exp(-ktn) onde k e n so constantes independentes do tempo, porm caractersticas do tipo de transformao.

CINTICA

10

CINTICA

11

Porcentagem de recristalizao isotrmica em funo do tempo para cobre puro


Para a maioria das transformaes de fase isotrmicas, a taxa de reao, r, varia exponencialmente com a temperatura, T:

Q r = Ae RT
onde R a constante universal dos gases, T temperatura absoluta, A uma constante que independe da temperatura e Q a energia de ativao da reao.

Cintica da reao eutetide em aos fora do equilbrio

12

Curvas em S para a cintica de transformao isotrmica de um ao com composio euttide (0,76 %C). Decomposio da fase austenita e formao dum agregado de ferrita + cementita denominado perlita.

Nucleao e crescimento de perlita nos contornos de gro da ausetnita.

Cintica da reao eutetide em aos fora do equilbrio

13

Diagrama TTT

Diagrama de transformao isotrmica TTT (TempoTransformaoTemperatura) para a reao eutetide em aos

Cintica da reao eutetide em aos fora do equilbrio

14

Diagrama de transformao isotrmica TTT (Tempo-TransformaoTemperatura) para a reao eutetide em aos

15

TMPERA DOS AOS (fases de no-equilbrio)


O tratamento de tmpera do ao descrito na Odissia, obra de Homero escrita supostamente entre os sculos XII e VIII a.C. . A tmpera consiste em resfriamento brusco (em gua ou leo) do ao a partir do campo austentico. Forma-se uma fase acicular de no-equilbrio denominada martensita. Plaquetas de martensita em um fundo de austenita retida.
PMT 2100 Introduo Cincia dos Materiais para a Engenharia - 2005

TMPERA DOS AOS (fases de no-equilbrio) 16


A transformao martenstica ocorre quando a velocidade de resfriamento rpida o suficiente para impedir a difuso do carbono. A martensita uma fase dura e frgil. Sua dureza aumenta com o teor de carbono do ao.

Estrutura da martensita (tetragonal de corpo centrado) : os crculos indicam as posies dos tomos de Fe, enquanto os X indicam posies que podem ser ocupadas por tomos de C.

ENDURECIMENTO POR PRECIPITAO (fora do equilbrio ) 17


A principal condio para que uma liga possa ser envelhecida que a solubilidade diminua com o decrscimo da temperatura, de forma que uma soluo slida supersaturada possa ser obtida (no h tempo suficiente para precipitar a fase ).

PMT 2100 Introduo Cincia dos Materiais para a Engenharia - 2005

ENDURECIMENTO POR PRECIPITAO (fora do equilbrio ) 18

No tratamento de precipitao, aps solubilizao, ocorre a formao de precipitados metaestveis muito finos que endurecem o material.

Temperatura constante

Endurecimento por precipitao (Duralumnio)

19

Liga de alumnio 2014 (0,9%Si; 4,4%Cu; 0,8%Mn; 0,5%Mg)


PMT 2100 Introduo Cincia dos Materiais para a Engenharia - 2005

20

Captulos do Callister tratados nesta aula


Itens do Captulo 9 :
9.13 e 9.14 (somente at ligas hipoeutetides)

Itens do Captulo 10 :
10.1 a 10.5; 10.7

Itens do Captulo 11 :
11.7 e 11.8

Outras referncias importantes


Van Vlack , L. - Princpios de Cincia dos Materiais, 3a ed.
os temas tratados nesta aula esto dispersos pelo livro do Van Vlack, e no so completamente cobertos nessa referncia; os itens que apresentam assuntos tratados na aula so os seguintes: Itens 9-10 a 912;10-1 a 10-7; 10-10; 11-7

PMT 2100 Introduo Cincia dos Materiais para a Engenharia - 2005

Você também pode gostar