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Ricardo Vale de Andrade, 2007

Sntese Esquemtica de Frei Lus de Sousa
ACTO CENA Personagens Assunto
Estrutura
Interna
Sinais indicativos do desenlace
I
1 e 2 D. Madalena, Telmo
Apresentao de D. Madalena
Dilogo com Telmo: antecedentes da aco,
situao actual, relao entre as personagens.
Exposio



Comparao D. Madalena/Ins de Castro
Agouros de Telmo
A carta de D. Joo Portugal de que Telmo
fala
A fragilidade de Maria
A Peste em Lisboa
3
Madalena, Telmo,
Maria
Maria entra na histria.
Desconforto de D. Madalena e Telmo perante
a conversa de Maria sobre D. Sebastio e o
mito sobre o seu regresso.

Mito do Sebastianismo
manifestaes de doena de Maria (ltima
fala)
4 D. Madalena, Maria
No dilogo entre D. Madalena e Maria, esta
fala questiona o porqu de tanta
preocupao; fala tambm dos seus sonhos.
Preocupao de D. Madalena com a filha.

Os sonhos e pensamentos de Maria no
so absurdos. So um possvel sinal do que
pode ser o desenlace da histria.
A didasclia mortificada remete para
uma reaco que mostra desconforto
perante o que a filha perguntou sobre seu
pai.
5, 6,
7
Jorge, D. Madalena,
Maria, Miranda e
Manuel de Sousa
Jorge transmite a notcia da inteno dos
governadores em mudar de ares de Lisboa
para Almada devido fama de suas guas
sadias, ares lavados e graciosa vista.
Manuel de Sousa chega de Lisboa e anuncia a
deciso de abandonar o palcio. Azfama para
sair do palcio antes da meia-noite
Primeiros sinais de relutncia de D. Madalena
perante a casa onde se vo instalar.

Frei Jorge d mais um sinal da sade dbil
de Maria (final da cena VI).
Maria e Jorge mostram-se favorveis
mudana de casa.
Relutncia de D. Madalena em relao ao
sitio escolhido por Manuel de Sousa como
abrigo aps sada do palcio (antiga casa
de D. Joo de Portugal).

8
Manuel de Sousa,
Madalena
(dilogo entre Manuel de Sousa e D.
Madalena)
Sentimento nacionalista de Manuel de Sousa
Relutncia e medo de D. Madalena em mudar-
se para aquela casa.
Manuel de Sousa reitera a ideia de sair do
palcio.

Medos de D. Madalena relacionados com a
mudana para a casa de D. Joo de
Portugal.
9 e
10
Manuel de Sousa,
Madalena, Telmo,
Miranda, Criados,
Jorge, Maria
Telmo d a notcia do desembarque dos
governadores em Almada.
Manuel de Sousa coordena a sada de bens e
pessoas do palcio, e prepara-se para tambm
para sair.

11 e
12
Manuel de Sousa,
Miranda, Madalena,
Maria, Jorge, Telmo
Na cena XI, Manuel de Sousa lembra seu pai e
reafirma a sua honra ao evitar que os
governadores se possam instalar naquele
palcio.
Manuel de Sousa ateia o fogo ao seu palcio.
Do lado de fora (cena XII), D. Madalena parece
chocada com o que v e pede que se salve o
retrato de seu marido. A tentativa para o fazer
falha. Fuga apressada de todos.

O incndio do retrato de Manuel de Sousa
parece pressagiar o fim que esta
personagem tem (retirada da vida
mundana).
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Ricardo Vale de Andrade, 2007

ACTO CENA Personagens Assunto
Estrutura
Interna
Sinais indicativos do desenlace
II
1 Maria, Telmo
Dilogo entre Maria e Telmo no palcio que fora de D.
Joo de Portugal
Maria fala do incndio, do estado de sua me e
dos medos de sua me, em que tambm
acredita.
Telmo louva a atitude de Manuel de Sousa
(incndio do palcio).
Maria questiona Telmo (que fica embaraado)
sobre o retrato de D. Joo de Portugal.
Conflito



A perda de um retrato prognstico fatal de
uma perda maior.
Maria tem f nos agouros da me.
As conversas sobre os retratos.
Crena de Maria no mito do sebastianismo.
2, 3
Manuel de
Sousa, Telmo,
Maria
Chegada de Manuel de Sousa ao palcio.
Manuel de Sousa revela que D. Joo de
Portugal que est no retrato.
Dilogo entre Manuel de Sousa e a filha.
Manuel de Sousa fala das qualidades de D. Joo
de Portugal. (caractersticas romnticas de Maria
III)
Manifestao da doena de Maria (febre).
Manuel de Sousa compara-se com um frade
pregador e fala da proximidade do convento.
4
Maria, Manuel
de Sousa, Frei
Jorge
Frei Jorge traz a notcia da resoluo do
problema com os governadores.
Manuel de Sousa decide que vai a Lisboa.
Maria pede ao pai que a leve com ele, pois quer
conhecer Joana de Castro (tia).

5, 6, 7
Maria, Manuel
de Sousa e Frei
Jorge; Madalena
(entrando, aps
descanso)
Madalena revela sentimentos de medo.
Madalena autoriza a filha a ir a Lisboa e decido
que Telmo a acompanhar.
D. Madalena despede-se de Maria e chora
compulsivamente.
Manuel tenta tranquilizar D. Madalena.
Terror de D. Madalena por ser Sexta-Feira.
Choro de D. Madalena e de Maria, partida
desta para Lisboa.
Fala-se de Soror Joana.
8
Manuel de
Sousa, D.
Madalena, Frei
Jorge
D. Madalena despede-se de Manuel de Sousa.
Medo de Madalena em ficar s no Mundo.
Comparao com o caso dos condes de
Vimioso.

9, 10
Frei Jorge, D.
Madalena
Frei Jorge constata que Maria, Madalena, Manuel
de Sousa e ele prprio esto pouco tranquilos
com toda a situao.
Madalena fala sobre o seu sentimento de culpa
pecado pelo sentimento de amor que tinha a
Manuel de Sousa quando D. Joo de Portugal era
ainda vivo.
O dia, que alm de ser ricos em efemrides*
para D. Madalena, uma sexta-feira.
*(primeiro casamento, perca de D. Sebastio e
primeiro olhar em Manuel de Sousa)
11,
12,13
Madalena, Frei
Jorge, Romeiro,
Miranda.
Miranda d conta a D. Madalena sobre a chegada
do romeiro.
Miranda continua espera do bergantim que
trar de volta Manuel de Sousa, Maria e Telmo.

14
Madalena, Frei
Jorge, Romeiro
Conversa entre Frei Jorge, Madalena e o romeiro
O romeiro fala do cativeiro que viveu na Terra
Santa.
O romeiro fala com dissabor da famlia que o
conta como morto.
Profere as palavras de D. Joo de Portugal para a
sua mulher.
Reaco desesperada de D. Madalena
Notcias sobre a possibilidade de D. Joo de
Portugal se encontrar vivo.
15
Frei Jorge,
Romeiro
O romeiro revela-se apontando para o quadro
com o seu retrato
(clebre: Romeiro, Romeiro! quem s tu?
Ningum!)
A identidade do romeiro como sendo D. Joo
de Portugal parece indiciar um final
3
Ricardo Vale de Andrade, 2007


ACTO CENA Personagens Assunto
Estrutura
Interna
Sinais indicativos do desenlace
III
1
Manuel de
Sousa, Frei Jorge
Dilogo entre Manuel de Sousa e Frei Jorge (irmos)
O sofrimento de Manuel de Sousa, tambm
perante a situao em que v a sua filha.
Frei Jorge lembra a Manuel que deixe o mundo
e as suas vaidades.
Agravamento do estado de sade de Maria
Deciso de tomada do hbito
D. Joo de Portugal na cela de Frei Jorge pede-
lhe que o deixe falar com Telmo, seu amo.

































Desenlace



Estado de sade de Maria agravado
O hbito que tomar Frei Luis de Sousa, e
que ele designa por mortalha.
2
Manuel de
Sousa, Frei
Jorge, Telmo
Telmo informa Manuel de Sousa e o Frei Jorge
sobre o estado de Maria.

3, 4
Telmo, irmo
converso
Preparao do encontro de Telmo com o
Romeiro.
Em monlogo, Telmo revela o seu esprito
interior em conflito entre o seu amo e Maria, o
anjo que criou.
5 Telmo, Romeiro
O romeiro d-se a conhecer a Telmo.
O romeiro questiona Telmo sobre se D. Madalena
moveu esforos na sua busca, ao que Telmo
responde afirmativamente.
O Romeiro pede que Telmo diga a D. Madalena
que o Romeiro era afinal um impostor, na
tentativa de evitar a catstrofe.
D. Joo de Portugal afirma que morreu no dia em
que sua mulher disse que ele tinha morrido.
6
Madalena grita pelo marido (Manuel de Sousa).
D. Joo ainda parece sentir que os chamamentos
eram para ele (no so).
Romeiro saio de cena.
7, 8, 9
Telmo, Frei
Jorge, D.
Madalena,
Manuel de
Sousa.
Madalena (sem saber que o romeiro se tratava
do seu antigo marido) perdida de sentimentos
tenta fazer crer a Manuel de Sousa que romeiro
poderia ser um impostor.
Manuel de Sousa diz que o amor entre os dois
impossvel.3
Deciso de D. Madalena em aceitar o seu
destino.
Hbitos, que Manuel de Sousa chama de
mortalhas.

10, 11
Coro, Prior de
Benfica,
Arcebispo,
Manuel de
Sousa,
Madalena,
Maria (entrando
precipitadament
e pela igreja)
Inicia-se a cerimnia de tomada do hbito por
parte de D. Madalena e Manuel de Sousa.
Maria interrompe a cerimonia de tomada do
hbito, manifestando, dor, melancolia e revolta,
questionando o sentido de tudo o que se est a
passar.
*prostrar . lanar por terra
extinguir, destruir.
figurado humilhado, abater
figurado tornar-fraco
humilhar-se
12
Madalena, Frei
Jorge, Romeiro
O Romeiro pede a Telmo que os salve.
Maria morre.
Tomada do hbito por Manuel de Sousa e D.
Madalena