Elementos de Eletrotecnica
Elementos de Eletrotecnica
Elementos de Eletrotecnica
Eletrotcnica
Aplicada
Instalao Eltrica
Volume 1
verso preliminar
SENAI - RJ
Elementos de
Eletrotcnica
Aplicada
Instalao Eltrica
Volume 1
Rio de Janeiro
2002
Diretoria de Educao
Elementos de
Eletrotcnica
Aplicada
Instalao Eltrica
Volume 1
SENAI - RJ
FICHA TCNICA
Gerncia de Educao Profissional - SENAI-RJ
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11
Introduo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
15
1.Matria e substncia . . . . . . . . . . . . . . . . .
17
Molculas e tomos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
Prtons, nutrons e eltrons . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
20
2.Grandezas eltricas . . . . . . . . . . . . . . . . .
27
30
Voltmetro. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
34
37
Condutncia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37
Resistncia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37
Ohmmetro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39
45
4.Circuito eltrico . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
53
Componentes do circuito
Lei de Ohm . . . . . . .
Circuito em srie . . . .
Circuito em paralelo. . .
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57
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59
Resistncia equivalente. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 60
Ligao em srie . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
60
Ligao em paralelo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
61
Ligao mista. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
63
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65
68
69
69
70
6.Potncia mecnica . . . . . . . . . . . . . . . . . .
73
7.Energia eltrica. . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
77
8.ms e magnetismo . . . . . . . . . . . . . . . . .
83
9.Induo eletromagntica . . . . . . . . . . . . . .
95
Auto-induo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
101
Campo magntico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 88
Eletromagnetismo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 90
Histerese . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 94
Lei de Lenz . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 98
Lei de Faraday . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 99
Fora eletromotriz induzida . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 100
Corrente de Foucault . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 103
Corrente alternada . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 104
107
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117
117
118
121
12.Fator de potncia . . . . . . . . . . . . . . . . .
125
13.Circuito trifsicos . . . . . . . . . . . . . . . . .
135
14.Transformadores . . . . . . . . . . . . . . . . .
143
149
Bibliografia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
155
Uma
Palavra
Inicial
Meio ambiente...
Sade e segurana no trabalho...
O que que ns temos a ver com isso?
Antes de iniciarmos o estudo deste material, h dois pontos que
merecem destaque: a relao entre o processo produtivo e o meio
ambiente; e a questo da sade e segurana no trabalho.
As indstrias e os negcios so a base da economia moderna.
No s produzem os bens e servios necessrios, como do acesso
a emprego e renda. Mas para atender a essas necessidades, precisam
usar recursos e matrias-primas. Os impactos no meio ambiente
muito freqentemente decorrem do tipo de indstria existente no
local, do que ela produz e, principalmente, de como produz.
preciso entender que todas as atividades humanas transformam o ambiente. Estamos sempre retirando materiais da natureza, transformando-os e depois jogando o que sobra de volta ao
ambiente natural. Ao retirar do meio ambiente os materiais necessrios para produzir bens, altera-se o equilbrio dos ecossistemas e
arrisca-se ao esgotamento de diversos recursos naturais que no so
renovveis ou, quando o so, tm sua renovao prejudicada pela
velocidade da extrao, superior capacidade da natureza para se
recompor. necessrio fazer planos de curto e longo prazo, para
diminuir os impactos que o processo produtivo causa na natureza.
Alm disso, as indstrias precisam se preocupar com a recomposio
da paisagem e ter em mente a sade dos seus trabalhadores e da
populao que vive ao seu redor.
Com o crescimento da industrializao e a sua concentrao em determinadas reas, o problema da poluio aumentou e se intensificou. Em relao
ao ar e gua, a questo bastante complexa, pois as emisses poluentes se
espalham de um ponto fixo para uma grande regio, dependendo dos ventos,
do curso da gua e das demais condies ambientais, tornando difcil localizar, com preciso, a origem do problema. No entanto, importante repetir
que, ao depositarem os resduos no solo, ao lanarem efluentes sem tratamento
em rios, lagoas e demais corpos hdricos, as indstrias causam danos ao meio
ambiente.
O uso indiscriminado dos recursos naturais e a contnua acumulao de
lixo mostram a falha bsica de nosso sistema produtivo: ele opera em linha reta.
Extraem-se as matrias-primas atravs de processos de produo desperdiadores e que produzem subprodutos txicos. Fabricam-se produtos de utilidade
limitada que, finalmente, viram lixo, o qual se acumula nos aterros. Produzir,
consumir e dispensar bens desta forma, obviamente, no sustentvel.
Enquanto os resduos naturais (que no podem, propriamente, ser chamados de lixo) so absorvidos e reaproveitados pela natureza, a maioria dos
resduos deixados pelas indstrias no tem aproveitamento para qualquer espcie de organismo vivo e, para alguns, pode at ser fatal. O meio ambiente
pode absorver resduos, redistribu-los e transform-los. Mas, da mesma forma
que a Terra possui uma capacidade limitada de produzir recursos renovveis,
sua capacidade de receber resduos tambm restrita, e a de receber resduos
txicos praticamente no existe.
Ganha fora, atualmente, a idia de que as empresas devem ter procedimentos ticos que considerem a preservao do ambiente como uma parte
de sua misso. Isto quer dizer que se devem adotar prticas que incluam tal
preocupao, introduzindo processos que reduzam o uso de matrias-primas e
energia, diminuam os resduos e impeam a poluio.
Cada indstria tem suas prprias caractersticas. Mas j sabemos que a
conservao de recursos importante. Deve haver crescente preocupao com
a qualidade, durabilidade, possibilidade de conserto e vida til dos produtos.
As empresas precisam no s continuar reduzindo a poluio, mas
tambm buscar novas formas de economizar energia, melhorar os efluentes,
reduzir a poluio, o lixo, o uso de matrias-primas. Reciclar e conservar energia so atitudes essenciais no mundo contemporneo.
SENAI - RJ
12
Uma Palavra
Inicial
difcil ter uma viso nica que seja til para todas as empresas. Cada uma
enfrenta desafios diferentes e pode beneficiar-se de sua prpria viso de futuro.
Ao olhar para o futuro, ns (o pblico, as empresas, as cidades e as naes) podemos decidir que alternativas so mais desejveis e trabalhar com elas.
Entretanto, verdade que tanto os indivduos quanto as instituies s
mudaro as suas prticas quando acreditarem que seu novo comportamento
lhes trar benefcios sejam estes financeiros, para sua reputao ou para sua
segurana.
A mudana nos hbitos no uma coisa que possa ser imposta. Deve ser
uma escolha de pessoas bem informadas a favor de bens e servios sustentveis.
A tarefa criar condies que melhorem a capacidade de as pessoas escolherem, usarem e disporem de bens e servios de forma sustentvel.
Alm dos impactos causados na natureza, diversos so os malefcios
sade humana provocados pela poluio do ar, dos rios e mares, assim como
so inerentes aos processos produtivos alguns riscos sade e segurana do
trabalhador. Atualmente, acidente do trabalho uma questo que preocupa os
empregadores, empregados e governantes, e as conseqncias acabam afetando
a todos.
De um lado, necessrio que os trabalhadores adotem um comportamento
seguro no trabalho, usando os equipamentos de proteo individual e coletiva;
de outro, cabe aos empregadores prover a empresa com esses equipamentos,
orientar quanto ao seu uso, fiscalizar as condies da cadeia produtiva e a
adequao dos equipamentos de proteo.
A reduo do nmero de acidentes s ser possvel medida que cada
um trabalhador, patro e governo assuma, em todas as situaes, atitudes
preventivas, capazes de resguardar a segurana de todos.
Deve-se considerar, tambm, que cada indstria possui um sistema produtivo prprio, e, portanto, necessrio analis-lo em sua especificidade, para
determinar seu impacto sobre o meio ambiente, sobre a sade e os riscos que
o sistema oferece segurana dos trabalhadores, propondo alternativas que
possam levar melhoria de condies de vida para todos.
Da conscientizao, partimos para a ao: cresce, cada vez mais, o nmero
de pases, empresas e indivduos que, j estando conscientizados acerca desses
fatos, vm desenvolvendo aes que contribuem para proteger o meio ambiente
e cuidar da nossa sade. Mas, isso ainda no suficiente... Faz-se preciso
ampliar tais aes, e a educao um valioso recurso que pode e deve ser usado
Uma Palavra
Inicial
13
SENAI - RJ
em tal direo. Assim, iniciamos este material conversando com voc sobre o
meio ambiente, sade e segurana no trabalho, lembrando que, no seu exerccio profissional dirio, voc deve agir de forma harmoniosa com o ambiente,
zelando tambm pela segurana e sade de todos no trabalho.
Tente responder pergunta que inicia este texto: meio ambiente, a sade e
a segurana no trabalho o que que eu tenho a ver com isso? Depois, partir
para a ao. Cada um de ns responsvel. Vamos fazer a nossa parte?
SENAI - RJ
14
Uma Palavra
Inicial
Introduo
A histria da eletricidade comea com uma descoberta do filsofo e sbio
grego Thales de Mileto, no sculo VI antes de Cristo. Ele notou que o mbar (resina
fssil, slida mas frgil, proveniente de um pinheiro da poca terciria), ao ser atritado (esfregado) com um tecido qualquer ou com a pele de um animal, adquiria a
propriedade de atrair pequenos fragmentos de palha, pedacinhos de folhas secas,
fios de cabelo e outros objetos leves.
Foi assim, a partir de uma observao to simples e aparentemente insignificante, que teve incio o estudo do conjunto de fenmenos naturais que envolvem
a existncia de cargas eltricas estacionrias ou em movimento, fenmenos esses
to presentes na nossa vida diria e ligados ao desenvolvimento e ao progresso: a
eletricidade.
Entretanto as observaes sistemticas de fenmenos eltricos s comearam
a ser feitas cerca de 2000 anos mais tarde, quando se destacam os trabalhos de W.
Gilbert. Este mdico ingls observou, em seus estudos, o comportamento de vrios
outros corpos que, ao serem atritados, atraam outros, como ocorria com o mbar,
com a diferena de que essa atrao se manifestava sobre qualquer corpo, mesmo
que no fosse leve.
Hoje, dentro do mbito do conhecimento cientfico, encontra-se a Eletrotcnica, cincia que estuda as leis que regem a eletricidade, bem como os processos
tcnicos a empregar para produzi-la, transport-la e utiliz-la, com a maior vantagem.
Este curso vai oferecer-lhe conhecimentos bsicos necessrios ao seu trabalho
em instalaes eltricas.
Procure tirar o maior proveito deste material.
Tenha sucesso!
01
Matria
e
Substncia
Matria tudo que existe no universo, ou seja, tudo o que tem massa e
ocupa lugar no espao.
A madeira, o vidro, a gua so exemplos de matria. No entanto, podemos
perceber diferenas nessas matrias:
- o vidro transparente, a madeira no.
- a gua no tem forma prpria.
Uma poro limitada de matria constitui um corpo. Os corpos so formados por tipos particulares de matria: as substncias. Assim, a diferena
entre o vidro, a madeira e a gua ocorre porque cada tipo particular de matria
uma substncia com caractersticas prprias.
Algumas pessoas tm dificuldades com o conceito de MASSA, porque, no uso corrente, esta palavra pode significar um tamanho fsico grande (a massa de gua de
uma onda do mar) ou mesmo nmeros grandes (a massa de pessoas presentes a um
comcio). No uso cientfico, porm, a massa de um objeto uma medida direta da
quantidade de matria desse objeto. Assim: um ovo de galinha tem mais massa que
um ovo de codorna.
O grama uma unidade de massa, no de peso.
Peso a fora de atrao gravitacional entre o objeto e a Terra. Assim, o peso de
um objeto maior no Plo Norte ou no Sul do que no equador terrestre, porque como
01
Matria
e
Substncia
19
SENAI - RJ
a Terra ligeiramente achatada nos plos, estes so mais prximos do centro da Terra
que qualquer ponto do equador.
Se no h fora de gravidade, o peso de um corpo nulo, apesar de sua massa
permanecer inalterada.
Mais uma curiosidade: em portugus, o verbo pesar tanto pode significar determinar massa, como determinar peso.
Molculas e tomos
Molcula a menor parte de uma substncia. As molculas so partes to
pequenas, que no podem ser vistas mesmo com o auxlio dos microscpios.
Por exemplo: uma molcula de gua a menor quantidade de gua que
pode existir.
Ainda assim, cada molcula constituda de tomos.
O que caracteriza uma molcula o tipo de tomo que a constitui, a quantidade deles, e o modo como so combinados para constru-la.
Atualmente so conhecidos 103 tipos diferente de tomos. Cada tipo recebeu um nome e tem caractersticas prprias.
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20
01
Matria
e
Substncia
Fig. 2
01
Matria
e
Substncia
21
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SENAI - RJ
22
01
Matria
e
Substncia
Corrente eltrica
Quando um tomo est ionizado, sua tendncia voltar ao
estado de equilbrio. Evidentemente, um corpo eletrizado tende a
perder sua carga, libertando-se dos eltrons em excesso, ou procurando adquirir os eltrons que lhe faltam. Conclui-se, ento, que
basta unir corpos com cargas eltricas diferentes para que se estabelea um fluxo de eltrons, que chamamos corrente eltrica.
Para se determinar a grandeza (intensidade) de uma corrente
eltrica, tornou-se necessrio estabelecer uma unidade-padro.
Falar em eltrons que passam por segundo num condutor
impraticvel, pois os nmeros envolvidos nos problemas seriam
enormes. A fim de se eliminar esse inconveniente, fez-se uso de
uma unidade de carga eltrica o coulomb (C) que corresponde
a 6,28 X 1018 eltrons.
A intensidade de corrente eltrica medida em ampre e
corresponde quantidade de coloumbs que passa por segundo em
um condutor.
Uma intensidade de 1 coloumb por segundo equivale a 1 ampre.
O instrumento que mede a intensidade de corrente o
ampermetro.
Para entender o sentido da corrente eltrica, bom recapitular as condies de cargas eltricas do tomo.
01
Matria
e
Substncia
23
SENAI - RJ
Como se sabe, os prtons tm carga positiva, e os eltrons, cargas negativas. Se o tomo perde eltrons, ficar com carga negativa.
Se considerarmos as condies de carga dos tomos apresentados na figura
acima, havendo ligaes entre eles, o tomo B (-) ceder dois eltrons ao tomo A (+).
Logo, o sentido da corrente eltrica da carga negativa (-) para a carga positiva (+).
Entretanto, antes de ter alcanado esses conhecimentos sobre os tomos,
o homem j fazia uso da eletricidade, e sabia que algo se movimentava produzindo a corrente eltrica. Por uma questo de interpretao, admitiu que o sentido da corrente eltrica fosse do positivo (+) para o negativo (-).
Para evitarmos dvidas, sempre que considerarmos o sentido da corrente
como sendo igual ao dos eltrons, diremos sentido eletrnico e, no caso oposto,
sentido convencional ou clssico.
Voc sabe por que durante uma tempestade as nuvens acumulam as cargas necessrias para produzir um raio? Qual a diferena entre raio e relmpago? O que o
trovo?
A maneira pela qual uma nuvem acumula a quantidade de cargas eltricas necessrias para produzir um raio um tema que ainda no foi totalmente compreendido.
Acredita-se que durante uma tempestade a queda e ascenso de partculas de gelo e
gotculas de gua vo atritando as nuvens, formando em cada uma duas sees: uma
com cargas eltricas positivas, outra com cargas eltricas negativas. A seo positiva
fica sempre mais elevada que a negativa.
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01
Matria
e
Substncia
+ + + + + +
+ + + + + +
01
Matria
e
Substncia
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SENAI - RJ
02
Grandezas
Eltricas
luz
calor
choque eltrico
02
Grandezas
Eltricas
29
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Ampermetro
O ampermetro (figura abaixo), um aparelho destinado a realizar
medies da intensidade da corrente eltrica em ampre.
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30
02
Grandezas
Eltricas
Miliampermetro destinado
a realizar medies da amperagem
em miliampres;
300
200
50
20
60
40
80
10
mA
4
2
40
10
kA
10
02
Grandezas
Eltricas
31
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2
1
6 500 000
8 800 000
11 700 000
500 000 000
3 000 000 000
5 000
108 000 000 000
SENAI - RJ
32
MILIAMPRE (mA)
6 500
8 800
11 700
500 000
3 000 000
5
108 000 000
AMPRE (A)
6,5
8,8
11,7
500
3 000
0,005
108 000
02
QUILOAMPRE(kA)
0,0065
0,0088
0,0117
0,5
3
0,000005
108
Grandezas
Eltricas
MLTIPLO
UNIDADE
Quiloampre
ou Kiloampre
Ampre
Miliampre
Microampre
kA
mA
1kA = 1000A
1A
1mA = 0,001A
1A =
= 0,000 001A
SUBMLTIPLOS
1- Choque eltrico
A gravidade do choque eltrico que age diretamente no sistema nervoso do corpo humano, podendo provocar desde pequenas contraes
musculares at a morte determinada tanto pela intensidade da corrente eltrica como pelo caminho que ela percorre no corpo da pessoa.
A menor intensidade da corrente que percebemos como um formigamento de 1mA (miliampre). Uma corrente com intensidade de
10mA faz a pessoa perder o controle muscular. O valor entre 10mA
at 3A pode ser mortal se atravessar o trax da pessoa, pois atinge o
corao, modificando seu ritmo e fazendo com que ele pare de bombear
o sangue; a pessoa ento pode morrer em poucos minutos. Intensidades acima de 3A levam morte certa por asfixia em poucos segundos.
02
Grandezas
Eltricas
33
SENAI - RJ
O choque mais grave o que atravessa o trax, pois afeta o corao. Nesse caso,
mesmo uma intensidade no muito alta da corente pode ser fatal. Por outro lado, uma
corrente de alta intensidade que circule de uma perna a outra pode resultar s em
queimaduras locais, sem leses mais srias.
O quadro abaixo mostra a porcentagem da corrente eltrica que passa pelo corao
em funo do tipo de contato.
10%
2
1
8%
3%
2%
0%
Voltmetro
Como a tenso eltrica pode ser medida em microvolt, milivolt ou quilovolt, temos ainda:
300
200
10
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34
400
50
02
Grandezas
Eltricas
0
10
300
200
50
mV
4
2
400
kV
10
A leitura do voltmetro feita da mesma maneira que a leitura do ampermetro. L-se a medida, indicada pelo ponteiro, e a grandeza, cujo smbolo aparece no mostrador.
02
Grandezas
Eltricas
35
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MILIVOLT (mV)
VOLT (V)
2 000 000
30 000 000
3 500 000
7 800 000
5 000 000
8 000 000
12 000 000
1 100 000
2 000
30 000
3 500
7 800
5 000
8 000
12 000
1 100
QUILOVOLT(kV)
2
30
3,5
7,8
5
8
12
1,1
Atravs de sinais eltricos que viajam pelo nosso sistema nervoso, o crebro recebe
as impresses dos sentidos e envia instrues para os diferentes sistemas do corpo.
A voltagem dos impulsos nervosos de menos de 0,1V; a velocidade com que se
transmitem de at 100m/s. Isso significa menos de 0,04s entre o momento em que
um rgo sensorial estimulado e aquele em que o comando do crebro chega aos
sistemas que devem ser acionados.
Os componentes fundamentais de nosso sistema nervoso so os neurnios. Neste
existem prolongamentos, chamados axnios, revestidos por uma protena chamada
mielina, que funciona como a capa de isolamento dos fios eltricos.
vescula contendo mediadores qumicos que permitem aos impulsos nervosos atrvessar o espao entre os
neurnios (sinapse nervosa)
dentritos recebem os
impulsos que chegam
ncleo
Esquema do neurnio
SENAI - RJ
36
02
Grandezas
Eltricas
A extremidade de cada neurnio ramifica-se em estruturas chamadas dendritos. Entre os dendritos de dois neurnios, h um minsculo
intervalo, denominado sinapse, no qual se processa a comunicao
entre uma clula nervosa e outra. A transmisso da informao nervosa, pela sinapse, acontece quimicamente, no eletricamente.
As correntes eltricas que acompanham a atividade cerebral podem
ser registradas por aparelho de eletroencefalograma.
MLTIPLO
UNIDADE
Quilovolt ou
Kilovolt
Volt
Milivolt
Microvolt
kV
mV
1kV = 1000V
1V
1mV = 0,001V
1V =
= 0,000 000 1N
SUBMLTIPLOS
Condutncia
A facilidade que a corrente eltrica encontra, ao percorrer os
materiais, chamada de condutncia. Essa grandeza representada pela letra G.
Condutncia
Resistncia
Os materiais sempre oferecem certa oposio passagem da
corrente eltrica. Essa dificuldade que a corrente eltrica encontra
ao percorrer um material a resistncia eltrica, normalmente
representada pela letra R.
Resistncia
02
Grandezas
Eltricas
37
SENAI - RJ
CONDUTNCIA
RESISTNCIA
Maior resistncia
Menor condutncia
Menor resistncia
Maior condutncia
COBRE
Sentido da corrente
CONDUTNCIA
RESISTNCIA
PLSTICO
medida em Ohm ()
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38
02
Grandezas
Eltricas
Atualmente, a unidade empregada para medir a condutncia denominada SIEMENS representada pela letra S.
Condutncia
G=
1
R
R=
1
G
Vimos que a resistncia eltrica uma grandeza que tem por unidade de
medida o ohm.
O instrumento utilizado para medir a resistncia eltrica o ohmmetro,
e, no momento da medio, o circuito tem que estar desenergizado.
Ohmmetro
Serve para medir a resistncia elletrica
em OHM ().
Como a resistncia eltrica pode ser
tambm medida em microhm, miliohm, quiloohm e megohm, teremos, para cada caso, os
seguintes aparelhos medidores:
02
Grandezas
Eltricas
40
0
30
0
20
100
30
20
10
5
2
39
SENAI - RJ
0
40
0
40
0
40
0
40
00
20
30
100
20
10
5
2
00
20
100
0
30
20
10
5
0
20
30
100
20
10
5
2
20
0
30
30
30
100
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20
10
5
2
40
02
Grandezas
Eltricas
Observe que os OHMMETROS, normalmente, tm o incio de suas escalas ao inverso dos voltmetros, ou seja, o zero (0) da escala est direita.
4
2
10
0
40
30
00
30
100
20
10
5
2
02
Grandezas
Eltricas
pilha
x1
x10
x100
41
SENAI - RJ
Ilustrao B
Para medir a resistncia do isolamento com o
meghmetro, uma das pontas do aparelho fica no
condutor, a outra, no isolamento.
0
40
0
30
20
100
30
20
10
Neste exemplo vemos, logo abaixo do ponteiro, o smbolo k, que nos indica que a medida
deve ser lida em quiloohm. O ponteiro est coincidindo com o nmero 5; por conseguinte, temos
uma resistncia eltrica de cinco quiloohms.
5
2
R = 5k
KILOOHM (k)
OHM ()
1
1
0,000001
0,000012
0,0000054
0,000003
0,000047
0,000020
0,0000047
0,0000151
SENAI - RJ
42
1,000
0,001
0,012
0,0054
0,003
0,047
0,020
0,0047
0,0151
1 000 000
1
12
5,4
3
47
20
4,7
15,1
MILIOHM (m)
1 000m
1 000
12 000
5 400
3 000
47 000
20 000
4 700
15 100
02
MICROHM()
1 000 000
1 000 000
12 000 000
5 400 000
3 000 000
47 000 000
20 000 000
4 700 000
15 100 000
Grandezas
Eltricas
UNIDADE
SUBMLTIPLOS
Megohm
Quiloohm
ou Kiloohm
Ohm
Miliohm
Microhm
M
1 M = 1000000
K
1k = 1 000
m
1m = 0,001
1= 0,000 0001
02
Grandezas
Eltricas
43
SENAI - RJ
03
Condutores,
Resistores
e Isolantes
03
Condutores,
Resistores
e Isolantes
47
SENAI - RJ
SENAI - RJ
48
03
Condutores,
Resistores
e Isolantes
Para dois condutores de igual seo transversal e comprimentos diferentes, as resistncias sero diferentes.
A=5
B = 10
S = 1mm2
S= 2mm2
L
S
03
Condutores,
Resistores
e Isolantes
49
SENAI - RJ
RESISTIVIDADE
prata
cobre
alumnio
tungstnio
zinco
chumbo
niquelina
nquel-cromo
0,016
0,017
0,030
0,050
0,060
0,220
0,420
1,000
Coeficiente de temperatura
O coeficiente de temperatura da resistncia a razo com que a resitncia de
um material varia por ohm e por grau de temperatura.
SENAI - RJ
50
03
Condutores,
Resistores
e Isolantes
0,0039
0,0036
0,00393
0,0034
0,00387
0,0062
0,003
0,0038
0,005
0,0037
0,002
0,000005
03
Condutores,
Resistores
e Isolantes
51
SENAI - RJ
04
Circuito
Eltrico
receptor
chave
fonte geradora
condutor
Circuito eltrico
04
Circuito
Eltrico
55
SENAI - RJ
SENAI - RJ
56
04
Circuito
Eltrico
Lei de OHM
A relao entre a tenso (E), a intensidade de corrente (I) e a resistncia
eltrica (R) foi determinada por George Simon Ohm, cientista alemo. Em sua
homenagem, esta relao foi denominada lei de Ohm, e pode ser enunciada da
seguinte forma:
A intensidade de corrente eltrica diretamente proporcional tenso e
inversamente proporcional resistncia do circuito.
Essa lei corresponde seguinte equao:
I=
R
Dessa equao podemos deduzir que:
R=
E=IxR
I
Para facilitar a interpretao dessas equaes, utiliza-se um tringulo e
procede-se do seguinte modo:
a - cobrir a letra que representa a unidade desejada;
b - usar a equao que se apresentar.
E
I
No circuito (a) abaixo, uma resistncia R submetida a uma tenso de 1,5V, percorrida por uma corrente de 0,1A (indicada no ampermetro). Logo a seguir (circuito
(b)) duplicou-se a tenso, mas a resistncia permaneceu constante.
a)
b)
R
A
V
1,5V
Sabendo que:
resistncia eltrica do condutor =
04
Circuito
Eltrico
3V
57
SENAI - RJ
Isto :
E
ou E= R I
I
e considerando a resistncia constante nos circuitos apresentados, teremos:
R=
em (a):
R=
E
I
1,5
0,1
R = 15
em (b):
R=
E
I
3,0
0,2
R = 15
Circuito em srie
Circuito em srie aquele cujos componentes esto ligados de tal modo,
que permitem um s caminho passagem da corrente eltrica.
Conjunto de trs lmpadas formando um circuito em srie.
SENAI - RJ
58
04
Circuito
Eltrico
Circuito em paralelo
Circuito em paralelo aquele em que os receptores esto ligados diretamente aos condutores da fonte. Dessa maneira, nesse circuito haver vrios caminhos para a passagem da corrente, sendo
cada receptor um caminho independente para essa passagem.
Exemplo de circuito em paralelo formado com trs lmpadas.
04
Circuito
Eltrico
59
SENAI - RJ
Resistncia equivalente
Quando existem vrios resistores num circuito, importante determinar
a resistncia equivalente do conjunto, isto , a resistncia nica capaz de substituir a associao daqueles resistores.
Para maior clareza, a maioria dos problemas de clculos da resistncia
equivalente acompanhada de um desenho chamado esquema , onde os resistores so representados por uma das figuras abaixo.
Ligao em srie
SENAI - RJ
60
04
Circuito
Eltrico
Ligao em paralelo
R1
R2
R3
04
Circuito
Eltrico
61
SENAI - RJ
ddp
resistncia
equivalente
em paralelo
divide-se ao percorrer os
resistores da associao.
a ddp da associao
a soma da ddp de
cada resistor.
a soma das
resistncias individuais
da associao.
o inverso da resistncia
equivalente a soma do
inverso das resistncias
individuais da associao.
2) Re =
3) Re =
SENAI - RJ
62
R13R2
R11R2
1
1
1
1 1
1 ... 1 ...
R1 R2 R3
04
Circuito
Eltrico
Ligao mista
R3
R1
R2
R4
R5
Para determinarmos a resistncia equivalente da ligao mista, calculamos a resistncia equivalente dos resistores ligados em paralelo a que se soma
o valor dos resistores ligados em srie:
Re =
04
1
1
1
1
1 1
R3 R4 R5
Circuito
Eltrico
1R11R2
63
SENAI - RJ
05
Potncia
em
Corrente Contnua
05
Potncia
Correnteem
Contnua
67
SENAI - RJ
E=12V
V
I=2,5A
M
UNIDADE
SUBMLTIPLOS
Megawatt (MW)
Quilowatt ( kW)
Watt (W)
Watt(W)
Miliwatt (mW)
Microwatt (W)
w
1000
P(kW) =
3500
1000
Portanto, P = 3,5 kW
SENAI - RJ
68
05
Potncia
Correnteem
Contnua
Calcule a potncia de uma carga ligada a uma fonte de energia em corrente contnua de 24 V, por onde circula uma corrente de 5 A.
P=?
E = 24V
I = 5A
P=E.I
P = 24 x 5 P = 120W
P=EI
E
EE
P=E
P=
P=
R
R
05
Potncia
Correnteem
Contnua
E2
R
69
SENAI - RJ
P=
R=4.8
E=24V
E2
R
P=
Observao:
242
4,8
P=
24 3 24
4,8
P=
operao indicada em E I
576
4,8
E2
R
P = 120W
, faz-se a mesma
I=5A
R=24
SENAI - RJ
70
05
Potncia
Correnteem
Contnua
E2
R
P = I2 . R
05
Potncia
Correnteem
Contnua
71
SENAI - RJ
06
Potncia
Mecnica
bomba dgua A
bomba dgua B
06
Potncia
Mecnica
75
SENAI - RJ
Por que a bomba A foi mais eficiente, isto , gastou menos tempo para
realizar o trabalho? Porque a bomba A tem maior potncia que a bomba B.
Potncia mecnica: o resultado da diviso do trabalho realizado, pelo
tempo gasto para realiz-lo.
Matematicamente, temos:
T(trabalho)
Potncia mecnica =
t(tempo)
sendo trabalho igual ao produto da fora pela distncia, isto : T = F d
Assim, substituindo, na frmula de potncia mecnica, T por Fd temos:
P=
Fd
t
SENAI - RJ
76
06
Potncia
Mecnica
07
Energia
Eltrica
07
Energia
Eltrica
79
SENAI - RJ
SENAI - RJ
80
07
Energia
Eltrica
Outros medidores, e lugar de mostradores de ponteiro, possuem um indicador com a leitura direta.
07
Energia
Eltrica
81
SENAI - RJ
substitudo por parafina. Este antigo material e os pavios de algodo tranado continuam presentes nas velas atuais.
Adaptado de : Troia, Rosane (concepo). A cidade iluminada tecnologia e
poltica a servio da Light no incio do sculo. So Paulo: Diviso de Preservao do
Patrimnio Arquitetnico, 1989. p. 10.
2- Voc sabe por que a lmpada se acende imediatamente aps o interruptor ser
acionado?
Respostade de Snia S. Peduzzi, Departamento de Fsica da UFSC
O acender imediato da lmpada no depende da velocidade dos eltrons,
mas sim da velocidade prxima velocidade da luz com que se propaga
a mudana do campo eltrico ao longo do fio. Ou seja, os eltrons que provocam o acender da lmpada no so os do interruptor, e sim os que esto
no prprio filamento da lmpada.
Caderno Catarinense de Ensino de Fsica.
Florianpolis, UFSC, v. 4, n 2, agosto,1987. p. 116.
3- O chuveiro eltrico um grande consumidor de energia eltrica aproximadamente 25% do total da energia gasta numa
residncia. Mantendo a chave a posio
vero, voc economiza cerca de 30% dessa
energia.
SENAI - RJ
82
07
Energia
Eltrica
08
ms
e
Magnetismo
incio do
movimento
08
ms e
Magnetismo
85
SENAI - RJ
mantendoemcontatocomummoutrocorpoquetenhacapacidadepara
adquirir propriedades magnticas; enquanto durar o contato, o corpo atua como
um m, atraindo os ferromagnticos. Esse tipo de imantao temporria.
N
ferro doce
limanhas
86
08
ms e
Magnetismo
08
ms e
Magnetismo
87
SENAI - RJ
Campo magntico
A regio, em torno de um m, onde se exercem aes magnticas chamada campo magntico. Espalhando limalhas de ferro no campo magntico
de um m, notamos que elas se dispem segundo linhas bem definidas, que
denominamos linhas de fora do campo magntico. As linhas de fora, por
conveno, sempre se dirigem do plo norte para o plo sul do m.
SENAI - RJ
88
08
ms e
Magnetismo
A intensidade do campo
magntico no igual em todos
os seus pontos, pois, medida
que nos afastamos do m, tornam-se raras as linhas de fora.
mormagntico
ondas de choque
no vento solar
magnetopausa
magnetosfera
magnetopausa
08
ms e
Magnetismo
89
SENAI - RJ
elas formam nessas regies dois funisde entrada para as partculas que, ao
deslizarem em massa para dentro desses funis, produzem as auroras boreais.
O vento de prtons emitido pelo Sol deforma a magnetosfera, achatando-a do
lado do Sol e alongando-a em cada cauda do lado oposto.
Os cintures de Van Allen funcionam como dois captadores magnticos de
partculas provenientes do espao. O Sol e o prprio espao csmico bombardeiam nosso planeta com uma chuva de partculas subatmicas eletricamente
carregadas: eltrons, prtons (que formam o chamado vento solar) e ncleos
de tomos sem eltrons (os raios csmicos). O cinturo duplo de Van Allen,
que segue as linhas de induo do campo magntico terrestre, representa
uma armadilha para as partculas de alta energia, que ele retm magneticamente e que de outra forma cairiam sobre a Terra. A faixa interna do cinturo
retm prtons, que ali permanecem danando por centenas de anos. O
cinturo externo bombardeado diretamente pelo vento solar e pelos raios
csmicos .
CROPANI, Ottaviano de Fiore di. O mundo da eletricidade. So Paulo: PauBrasil, 1987. p. 20.
Eletromagnetismo
Embora a eletricidade e o magnetismo fossem considerados ramos independentes da Fsica, no sculo XIX um professor dinamarqus Hans Cristian
Oersted mostrou que h ntima relao entre eles. De suas experincias ficou
comprovado que uma corrente eltrica capaz de produzir efeitos magnticos.
Novas experincias foram-se desenvolvendo graas aos trabalhos de cientistas daquela poca, entre os quais destaca-se Ampre. Em pouco tempo,
verificava-se que qualquer fenmeno magntico era provocado por correntes
eltricas. Estava definitivamente provada a relao entre Magnetismo e Eletricidade, originando-se da o ramo da Fsica denominado Eletromagnetismo.
Quando a corrente eltrica passa por um condutor, solenide ou eletrom,
produz afeitos magnticos. Isso nos diz que se cria nas regies vizinhas um
campo magntico, cujas linhas de fora so circunferncias concntricas, de
plano perpendicular ao condutor.
Seu sentido dado pelo movimento do cabo de um saca-rolhas, cuja ponta
avana pelo condutor no mesmo sentido da corrente (Regra de Maxwell).
SENAI - RJ
90
08
ms e
Magnetismo
sentido
da
corrente
1,25 NI
1cm
1,25 constante
N nmero de espiras
I intensidade de corrente
1cm comprimento do solenide em centmetro
H=
08
ms e
Magnetismo
91
SENAI - RJ
a - Paramagnticos ao serem
colocados em um campo magntico,
imantam-se de modo a provocar um
pequeno aumento no valor do campo,
em um ponto qualquer. Os ms tendem
a se orientar no mesmo sentido do
campo aplicado.
Ex.: o ar, o alumnio, a platina, o sulfato de cobre.
c - Ferromagnticos pequeno
grupo de substncias existentes na natureza que, ao serem colocadas em um
campo magntico, se imantam fortemente. O campo magntico que estabelecem muitas vezes maior do que o
campo aplicado.
Ex; o ferro, cobalto e nquel, e as
ligas que contm esses elementos.
SENAI - RJ
92
08
ms e
Magnetismo
guitarra eltrica
amplificador
08
ms e
Magnetismo
93
SENAI - RJ
As cordas so fios de ao. Quando elas vibram, a vibrao captada pela bobina,
que , ento, tem seu campo magntico modificado. A ddp que aparece em torno da
bobina tem a mesma freqncia que a da corda vibrante. Uma vez amplificada, essa
ddp comanda um alto-falante eletrodinmico, que, por sua vez, tem uma bobina mvel
no interior.
De diversos outros instrumentos, como violinos, saxofones e contrabaixos, surgiram variaes que funcionam por sistemas semelhantes ao da guitarra eltrica.
Um instrumento que se tornou muito popular o sintetizador, em que a origem do
som no se deve vibrao de um objeto fsico, como uma corda ou uma pele esticada
num tambor, mas decorre integralmente da manipulao de sinais eltricos em circuitos eletrnicos. Os sintetizadores so capazes de reproduzir com muita fidelidade o
som de qualquer instrumento tradicional, com seus timbres caractersticos. Devido a
sua grande capacidade de tratamento sonoro, eles imitam at mesmo rudos naturais.
2 Voc sabe por que ocasionalmente os instrumentos com dispositivos magnticos e eletromagnticos, como bssolas, aparelhos de rdio e televisores, passam
a sofrer interferncias, apresentando um comportamento totalmente diferente do
normal?
A causa do aparente enlouquecimento ocasional desses instrumentos so tempestades magnticas ocorridas a mais de 150 000 000 de km da Terra. Essas tempestades se formam algumas horas depois da ocorrncia de exploses solares,
quando grandes quantidades de partculas eletricamente carregadas so expulsas
para o espao. O campo magntico terrestre atrai essas partculas, que so capturadas pelos cintures de Van Allen, criando outros campos magnticos muito intensos,
que interferem no comportamento das bssolas e de outros equipamentos eletromagnticos, chegando mesmo a interromper a transmisso de energia eltrica.
Histerese
Quando se coloca um ncleo de ferro numa bobina, na qual circula uma
corrente eltrica, ele adquire propriedades magnticas (atrao de substncias
que contenham ferro), enquanto a corrente passar por ela. Cessada a passagem
da corrente, o ncleo conserva um pouco dessa propriedade (continua ligeiramente imantado), que se chama magnetismo residual (ou remanescente),
fenmeno tambm chamado de histerese. Para se desimantar totalmente o ferro,
liberada certa energia, que se perde sob a forma de calor na massa do material.
SENAI - RJ
94
08
ms e
Magnetismo
09
Induo
Eletromagntica
B
MOVIMENTO
09
Induo
Eletromagntica
97
SENAI - RJ
As baterias esto longe de ser as nicas fontes de f.e.m. Entre outros, contam-se
os geradores; dispositivos ativados por diferenas de temperatura (termocoplas etc.);
dispositivos ativados por luz; o corao humano; certos peixes.
Lei de Lenz
A corrente induzida em um circuito aparece sempre com um sentido tal
que o campo magntico que ela cria tende a contrariar a variao do fluxo magntico atravs da espira.
A Lei de Lenz fornece um meio para se determinar o sentido da corrente
induzida, porm sua interpretao difere conforme a causa que a produz.
1- Se a corrente for devida ao deslocamento relativo entre um condutor e
um campo magntico (1 e 2 processo), ela d origem, com o circuito fechado,
a um sentido tal, que tende a frear o deslocamento do condutor.
SENAI - RJ
98
09
Induo
Eletromagntica
FEM
CAMPO
09
Induo
Eletromagntica
99
SENAI - RJ
m no
se move
a)
no passa
corrente
m se afasta
b)
passa
corrente
m se aproxima
passa corrente no
sentido
oposto
c)
e=
1
108
volt
onde:
e tenso induzida em volts
variao de fluxo a que foi submetido o condutor em maxwell
t tempo de durao da variao em segundos
A constante 108= 100 000 000 representa a variao do fluxo por segundo
necessrio para induzir, num condutor, uma tenso de 1 volt.
O sistema produtor do fluxo chama-se indutor, e aquele no qual se induz
a f. e. m., induzido.
SENAI - RJ
100
09
Induo
Eletromagntica
Auto-induo
O campo magntico produzido por uma corrente eltrica que percorre
um circuito capaz de induzir corrente no s nos circuitos prximos como
tambm em seu prprio circuito. A induo produzida por um circuito sobre si
mesmo recebe o nome de auto-induo ou self-induo.
A auto-induo obedece s leis gerais da induo. A corrente de autoinduo se ope variao da corrente indutora.
Quando se fecha um circuito, a auto-induo retarda o crescimento da
corrente induzida. Quando se abre o circuito, a corrente induzida tende a
aument-la.
corrente alimentando
09
Induo
Eletromagntica
101
SENAI - RJ
ia
nc
ut
ind
nte
rre
co
+
nte
rre
co
ind
ut
cia
Como
1 volt x 1 segundo
1 ampre
1 volt
= 1ohm,
1 ampre
pode-se escrever:
1 henry = 1 ohm/segundo
SENAI - RJ
102
09
Induo
Eletromagntica
Por essa razo os ingleses usam, s vezes, a palavra secohmem vez de henry.
Alguns dos fatores importantes que determinam o valor da
auto-induo esto indicados nas figuras do quadro abaixo.
material do ncleo
forma da bobina
dimetro
tipo de enrolamento
Corrente de Foucault
Se considerarmos o ncleo de um solenide como sendo
metlico, qualquer variao no fluxo magntico induzir nesse
uma corrente eltrica. Essas correntes tm o nome de correntes de
Foucault ou parasitas .
O calor produzido por elas aquece o ncleo a temperatura
indesejveis, representando uma perda de energia. Para reduzir os
efeitos dessas correntes, os ncleos das mquinas que funcionam
09
Induo
Eletromagntica
103
SENAI - RJ
com correntes alternadas so constitudos de lminas ou fios de material ferromagntico de alta resistividade.
As lminas ou fios so isolados entre si com verniz ou papel especial e
montados no sentido do fluxo, porque as correntes de Foucault so perpendiculares a ele.
Corrente alternada
A tenso e a corrente produzidas por fontes geradoras podem ser contnuas ou alternadas.
A corrente contnua, quando circula no circuito num nico sentido,
como temos estudado at agora. Entretanto, se a corrente sai ora por um, ora por
outro borne, na fonte geradora, circula ora num, ora noutro sentido, no circuito.
A fonte geradora de corrente alternada chama-se alternador.
SENAI - RJ
104
09
Induo
Eletromagntica
I mx.
09
Induo
Eletromagntica
105
SENAI - RJ
10
Resistncia,
Indutncia
e Capacitncia
10
Resistncia, Indultncia
e Capacitncia
109
SENAI - RJ
SENAI - RJ
110
10
Resistncia, Indultncia
e Capacitncia
condutor
condutor
dieltrico
10
Resistncia, Indultncia
e Capacitncia
111
SENAI - RJ
Q
E
sendo:
C capacitncia em farad
Q carga adquirida em coloumb
E tenso nas placas em volt
O valor da capacitncia de um capacitor depende dos seguintes fatores:
a rea das placas;
b tipo de dieltrico;
c espessura do dieltrico.
A capacitncia tende a impedir a variao da tenso.
cia
itn
ac
cap
ten
SENAI - RJ
112
Quando a tenso
aumenta, a
capacitncia tende a
reduzi-la.
so
ten
ca
pa
10
cit
cia
Quando a tenso
diminui, a
capacitncia tende a
aument-la.
Resistncia, Indultncia
e Capacitncia
11
Defasagem
entre
a
Tenso e a corrente
90
180
140
270
180
270
360
90
E Mx.
Desse modo, podemos representar a tenso e a corrente alternada por segmentos de reta proporcionais aos seus valores instantneos. Essa representao
denominada geomtrica.
11
Defasagem entre
a Tenso e a Corrente
115
SENAI - RJ
E Mx.
180
270
360
A diferena em graus entre os instantes em que ocorrem os valores mximos da corrente e da tenso, chama-se ngulo de fase ().
E Mx.
I Mx.
E Mx.
270
0
I Mx.
180
90
360
SENAI - RJ
116
11
Defasagem entre
a Tenso e a Corrente
Reatncia indutiva
A resistncia eltrica dos condutores depende apenas das
suas caractersticas fsicas, e no do tipo de corrente (contnua ou
alternada) que por eles circula. Todas as equaes podem ser aplicadas em C. C.
Nos circuitos de C. A. em que no haja efeitos de autoinduo, formados por resistores como lmpadas incandescentes,
estufas, ferro eltrico, ainda podemos usar as mesmas equaes.
Nos circuitos de C. A. formados por bobinas (indutores), porm, as
correntes de auto-induo desenvolvidas nos enrolamentos tendem
a se opor corrente do circuito (lei de Lenz), criando assim outra
dificuldade para a passagem da corrente eltrica.
A oposio criada num circuito de C. A. pelos efeitos de
auto-induo chamada reatncia indutiva.
O valor da reatncia indutiva (XL) depende do coeficiente de
auto-induo (L) e do nmero de variaes sofridas pela corrente,
em cada segundo. A reatncia indutiva medida em ohm (), e o
valor, calculado pela seguinte equao:
XL = 2 FL
XL reatncia indutiva em ohm
L coeficiente de auto-induo, em henry (H)
F freqncia em hertz
Reatncia capacitiva
A capacitncia produz, num circuito de corrente alternada,
um avano da corrente em relao tenso, tendo, portanto, efeito
contrrio reatncia indutiva. Esse avano chamado reatncia
capacitiva.
Num circuito em que a oposio passagem da corrente
eltrica seja apenas causada pela reatncia capacitiva, a tenso
estar atrasada 90 em relao corrente.
11
Defasagem entre
a Tenso e a Corrente
117
SENAI - RJ
CA
XC
capacitncia pura
tenso
90
corrente
A corrente est adiantada
de 90 em relao
A era da Eletrnica no poderia existir sem os capacitadores. Eles so empregados, juntamente com outros dispositivos, para reduzir a flutuao de voltagem nas
fontes eletrnicas de tenso, para transmitir sinais por meio de pulsos, para gerar
ou detectar oscilaes eletromagnticas de radiofreqncia, para produzir atrasos na
propagao de sinais, e de muitas outras maneiras. Na maioria dessas aplicaes,
a diferena de potencial entre as placas no constante, mas depende do tempo,
freqentemente de um modo senoidal ou pulsado.
Impedncia
o comportamento do circuito eltrico em funo da resistncia eltrica
(R), da reatncia indutiva (XL) e da reatncia capacitiva (Xc), considerando-se
cada um desses componentes isoladamente.
Vejamos agora o que acontece quando, no mesmo circuito, aparece mais
de um desses componentes:
num circuito resistivo, no h defasagem entre E (tenso) e I (corrente),
portanto, o ngulo de fase () igual a 0.
num circuito indutivo, a corrente est defasada em atraso de 90 da tenso;
num circuito capacitivo, a corrente est 90 adiantada da tenso.
SENAI - RJ
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11
Defasagem entre
a Tenso e a Corrente
XL=3
90
XL
ORIGEM
XL=3
XL
Z=
R=4
11
Defasagem entre
a Tenso e a Corrente
119
SENAI - RJ
ou
Z = Xc - XL
XL
origem
90
90
Xc
XL = I
3
origem
Z=
R=4
Xc=4
E (tenso)
Conclui-se ento que, em C. A. a equao
a impedncia
I
(
corrente)
do circuito, e no a resistncia hmica (R).
SENAI - RJ
120
11
Defasagem entre
a Tenso e a Corrente
iR
iT = corrente do circuito
iR = corrente no resistor
iL = corrente no reator (indutor)
iC = corrente no capacitor
iL
iC
iT
XL=3
XC=6
ET=10V
11
Defasagem entre
a Tenso e a Corrente
121
SENAI - RJ
ER = I x R = 2 x 4 = 8 V
Tenso no reator
EI = I x XL = 2 x 3 = 6 V
Tenso no capacitor
EC = I x XC = 2 x 6 = 12 V
EL
ER
valor superior tenso da linha (ET). Mas se considerarmos os ngulos de fase das tenses em
ECEL
ET
E
R
, em fase com E.
I
IL
IR
R
XL
Ef
IR=
E
R
SENAI - RJ
122
E
XL
, atrasada de 90 em relao a E.
11
Defasagem entre
a Tenso e a Corrente
Pela linha circula uma corrente I, cujo valor a soma vetorial ou trigonomtrica de IR com IL, defasada de um ngulo em relao a E.
IL=
E
XL
E
I
IC
XC
IL
IR
XL
IC
(IC IL)
IR
IL
11
Defasagem entre
a Tenso e a Corrente
123
SENAI - RJ
12
Fator
de Potncia
12
Fator de
Potncia
127
SENAI - RJ
Fator de potncia(fp) =
P
S
V I cos
VI
= cos
1) Um motor de induo, cuja sada de 2 HP, tem rendimento de 85%. Com essa
carga, o fator de potncia 0,8 atrassado. Determinar as potncias de entrada. Considerar 1HP = 745,70W
P = 2HP x 877,5W/HP = 1 755W
S = P/fp = 1755/0,8 = 2 190VA
= 36,9 graus atrasado
Q = 2 190 x sen 36,9 = 1 315 VAr indutivo
2) Um transformador de 25kVA fornece 12 kW a uma carga com fp = 0,6 atrasado.
Determinar o percentual de plena carga que o transformador alimenta. Deseja-se alimentar cargas adicionais com fp unitrio. Quantos kW podem ser alimentados, at que
o transformador esteja plena carga?
Para P = 12 kW S = P / cos = 12 / 0,6 = 20 kVA.
Percentual = 20 / 25 = 80%
Como = 53,1 graus, Q = S x sen =20 x 0,8 = 16 kVAr indutivo.
Cargas adicionais com fp = 1,
Q permanece inalterado.
plena carga, o novo valor de = arc sen (16/25) = 39,8 atrasado.
P total = novo S x (cos novo ) = 25 x cos 39,8 = 19,2 kW.
Carga adicional = 19,2 - 12 = 7,2 kW
Novo fp = cos 39,8 = 0,768 atrasado.
SENAI - RJ
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12
Fator de
Potncia
12
Fator de
Potncia
129
SENAI - RJ
Por outro lado, esta quantidade de energia ocupa lugar em toda a rede,
limitando a quantidade final que esta pode transportar. Uma situao pssima
pois, em tese, poder-se-ia fornecer mais energia a mais consumidores, porm a
rede est ocupada com energia reativa.
Sob esta tica, o fator de potncia a medida que representa o grau de
eficincia de um sistema eltrico, variado de 0 a 1,0. Quanto mais prximo de
1,0 for o fator de potncia de um consumidor (regio, empresa, rede, transformador ou equipamento) mais eficiente ser o uso do sistema eltrico, isto ,
mais condies de gerao de trabalho til ele ter.
As cargas que transformam a energia original em reativa so de dois tipos:
as indutivas (magnetizantes) e as capacitivas. Fisicamente, a energia eltrica
uma onda senoidal e o que ambas as cargas produzem na energia original uma
defasagem de 90 : a indutiva atrasa e a capacitiva adiantaa onda em 90.
As cargas magnetizantes so em geral provocadas por enrolamentos
(bobinas) que compem os mais diversos produtos eltricos, especialmente
transformadores, motores e reatores eletromagnticos.
As capacitivas constituem-se basicamente de capacitores e motores sncronos.
8
7
6
5
tenso
em Volt
4
3
2
corrente em
Ampre
+ 1
90
180
Tempo
SENAI - RJ
130
270
360
Quando a tenso e a corrente esto em fase, todos os valores instantneos da potncia esto
acima do ponto zero, e a curva
totalmente positiva. Durante o
primeiro semiciclo, a curva da
potncia aumenta de zero at
um mximo e retorna a zero, ao
mesmo tempo que as curvas de E e
I. Portanto, os valores instantneos
da potncia so iguais ao produto
dos valores instantneos de E e I.
12
Fator de
Potncia
=
=
=
=
(+)
(-)
(-)
(+)
Notamos que a curva da potncia no incio e no fim do semiciclo apresenta valores menores que E e I. Isso acontece porque,
quando multiplicamos duas fraes, o produto uma frao menor
(exemplo: 0,5V x 0,5A = 0,25W). Por essa razo, todos ou alguns
valores instantneos da curva da potncia podem ser menores do
que a tenso e a corrente.
A potncia efetiva a mdia da onda da potncia.
Nos circuitos de C. A. em que haja indutncias, capacitncias
e resistncias, o clculo da potncia deve ser feito considerando-se
os ngulos de fase do circuito.
Nos circuitos de C. A. temos trs potncias, que estudaremos
a seguir:
Se considerarmos um circuito puramente indutivo (ngulo
= 90 ), teremos as seguintes curvas para P, E e I:
Potncia aparente E x I = VA
12
Fator de
Potncia
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SENAI - RJ
SENAI - RJ
132
12
Fator de
Potncia
As mesmas relaes trigonomtricas que usamos nos clculos da impedncia so usadas nos clculos das potncias.
Diagrama das potncias
S= potncia aparente
S
P = potncia real
Q = potncia reativa
P
S=
S = E. I
Q = S. sen
P = E. I. cos
O cosseno do ngulo de defasagem (cos) chamado fator
de potncia do circuito.
P
Cos ou fator de potncia =
S
Para melhor aproveitamento das instalaes industriais,
conveniente manter, de alguma maneira, o fator de potncia
prximo da unidade.
O recurso mais usado com essa finalidade a instalao de
capacitores, para se elevar o fator de potncia. A NB-3 recomenda
0,92 para o fator da potncia medido junto ao medidor de energia.
12
Fator de
Potncia
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SENAI - RJ
13
Circuitos
Trifsicos
Quando uma linha formada por trs condutores com tenses iguais entre
eles, porm defasadas de 120 , temos uma rede trifsica.
Representao da corrente alternada ou tenso trifsica.
E1
E2
120
E3
240
360
E1
120
E3
13
Circuitos
Trifsicos
120
120
E2
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SENAI - RJ
FASE R
Z
Y
NEUTRO
TENSO DE LINHA
TENSO DE FASE
FASE S
FASE T
I = ILinha = IFase
O ponto comum aos trs elementos chama-se neutro. Se, desse ponto, se
tira um condutor, temos o condutor neutro, que em geral, ligado terra.
A tenso aplicada a cada elemento (entre condutores de fase e neutro),
chamada tenso de fase, e a entre dois condutores de fase, tenso de linha ou
entre fases.
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13
Circuitos
Trifsicos
fig. 1
X
V
fig. 2
13
Circuitos
Trifsicos
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SENAI - RJ
extremidades finais
X ou 4
Y ou 5
Z ou 6
Cada um desses elementos tem sua polaridade, que deve ser seu conservada na ligao.
A distribuio de energia eltrica feita, em geral, em sistemas trifsicos,
cujas redes podem ser ligadas em estrela ou em tringulo.
Na rede em Y, o neutro ligado terra, obtendo-se duas tenses, uma
entre fase e neutro e outra entre fases,
vezes maior;
Ex:
Em geral, as cargas monofsicas (lmpadas e pequenos motores) so ligadas tenso mais baixa, e as trifsicas (fora, aquecimento industrial) mais
alta.
As cargas monofsicas, num circuito trifsico, devem ser distribudas
igualmente entre as fases, para que uma no fique sobrecarregada em detrimento das outras.
I = IF
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Circuitos
Trifsicos
I = IF
IF = I
e no tringulo
EF=E
IF
13
Circuitos
Trifsicos
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SENAI - RJ
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Transformadores
O enrolamento que se liga `a rede ou fonte de energia chamado primrio; o outro, no qual aparecem os valores da tenso e da corrente modificados, chamado secundrio.
O funcionamento dos transformadores explicado pelos princpios de
induo de Faraday, j estudados. As variaes da corrente alternada aplicada
ao primrio produzem um fluxo magntico varivel, que induz, no enrola-
14
Transformadores
145
SENAI - RJ
SENAI - RJ
146
14
Transformadores
14
Transformadores
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SENAI - RJ
15
Transporte
de
Energia Eltrica
15
Transporte de
Energia Eltrica
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SENAI - RJ
Para demonstrarmos a importncia da transmisso em alta tenso, tomemos como exemplo o problema resolvido a seguir.
W
E
4000
200
= 20A
4 000 3 2
100
8 000
100
= 80W
4 000 - 80 = 3 920W
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15
Transporte de
Energia Eltrica
3 920 3 2
100
7 840
100
= 78,4W
I=
78,4
15,6
= 5 = 2,3A
W
R
3 920
2,3
= 1 700V
15
Transporte de
Energia Eltrica
153
SENAI - RJ
Bibliografia
1-HALLIDAY, D. RESNICK, R. Fsica. Rio de Janeiro: LTC, 1984. V.3.
2-PARAN, Djalma Nunes. Fsica. So Paulo: tica, 1993. V.3 Eletricidade.
3-SENAIRJ. DN . Eletrotcnica.
4-WEG. Clculo de fator de potncia . Jaragu do Sul.
FIRJAN
SENAI