Cpia no autorizada

MAIO 1982

ABNT-Associao
Brasileira de
Normas Tcnicas

NBR 7372

Execuo de tubulaes de presso PVC rgido com junta soldada,

rosqueada, ou com anis de borracha

Sede:
Rio de Janeiro
Av. Treze de Maio, 13 - 28 andar
CEP 20003-900 - Caixa Postal 1680
Rio de Janeiro - RJ
Tel.: PABX (021) 210 -3122
Telex: (021) 34333 ABNT - BR
Endereo Telegrfico:
NORMATCNICA

Procedimento

Copyright 1982,
ABNTAssociao Brasileira
de Normas Tcnicas
Printed in Brazil/
Impresso no Brasil
Todos os direitos reservados

Origem: ABNT - NB-115/1964

CB-02 - Comit Brasileiro de Construo Civil
CE-02:009.21 - Comisso de Estudo de Tubos de PVC Rgido para Redes e
Adutoras
NBR 7372 - Execution of pressure pipes - Rigid unplasticized polyvinyl chloride
with welded joint, threaded, or with rubber rings - Procedure
Descriptor: PVC pipe
Palavra-chave: Tubo de PVC

4 pginas

1 Objetivo

3.2 Administrao das obras

Esta Norma fixa as condies gerais que devem ser obedecidas no projeto e execuo de obras em que se utilizam
tubos de PVC rgido com juntas soldadas, rosqueadas,
ou com anis de borracha, destinados ao transporte de
gua potvel.

No local da obra deve sempre haver, na ausncia do responsvel legal por sua execuo, um seu preposto, com
plenos poderes para represent-lo na administrao da
obra e nas relaes com a fiscalizao. A indicao desse
preprosto deve ser previamente feita fiscalizao e por
ela aprovada.

2 Documentos complementares
Na aplicao desta Norma necessrio consultar:
NBR 5411 - Instalaes de chuveiros eltricos e aparelhos similares - Procedimento
NBR 5626 - Instalaes prediais de gua fria - Procedimento

3.3 Esforos solicitantes

A escolha das classes dos tubos deve ser feita levandose em conta a temperatura dos tubos e a ao simultnea
das solicitaes mximas decorrentes de presso interna,
compresso diametral e flexo longitudinal.
3.3.1 Temperatura

NBR 5647 - Tubos de PVC rgido para adutores e redes de gua - Especificao

aquela a que o tubo est submetido por influncia do

lquido que transportado ou por influncias exteriores.

3 Condies gerais
3.3.2 Presso mxima interna

3.1 Projetos
a presso de servio mais a eventual sobrepresso.
As obras a serem executadas, total ou parcialmente, com
tubos de PVC rgido devem obedecer a projetos organizados de acordo com esta Norma. Estes projetos compreendem clculos hidrulicos, desenhos e memorial justificativo, e s podem ser assinados por engenheiro legalmente habilitado.

3.3.3 Compresso diametral

a decorrente da ao das cargas permanentes e acidentais sobre a tubulao.

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3.3.4 Flexo longitudinal

4.1.1.3 Forma da vala

a decorrente da ao de cargas permanentes e acidentais sobre a tubulao, quando no houver apoio contnuo.

A vala deve ser escavada de forma a resultar em uma seo retangular, sempre que possvel e pelo menos na
sua parte inferior.

3.4 Esforos de resistncia

4.1.1.4 Localizao da tubulao

3.4.1 Temperatura

Deve ser obedecida a seguinte reduo na presso mxima de servio com relao temperatura:

A localizao deve ser no tero mais alto das ruas; entretanto, nas grandes cidades e ruas com trfego intenso e
pavimentadas, de preferncia, deve ser sob ambos os
passeios.
4.1.1.5 Base para assentamento

a) para 30C - 0,8 da presso de servio a 20C;

b) para 40C - 0,6 da presso de servio a 20C;
c) para 60C - 0,2 da presso de servio a 20C.
3.4.2 Presso mxima interna

A relao entre a presso que define a classe e a presso

mxima interna de servio deve ser no mnimo igual a 2.
3.4.3 Compresso diametral

Deve ser levada em considerao a carga sobre a tubulao, a fim de que no se produza o esmagamento
desta.
3.4.4 Flexo longitudinal

O espaamento mximo entre apoios, para instalaes

externas e no sujeitas a sobrecargas acidentais, deve
obedecer ao seguinte:

No caso do fundo da vala se apresentar em solo terroso,

entre este e os tubos deve ser interposta uma camada
terrosa, isenta de pedras ou corpos estranhos e que tenha
uma espessura no inferior a 10 cm. No caso do fundo da
vala se apresentar em rocha ou rocha decomposta, deve
ser interposta uma camada terrosa isenta de pedras ou
corpos estranhos e que tenha uma espessura no inferior
a 15 cm.
4.1.1.6 Enchimento da vala

O espao compreendido entre a base de assentamento

e a cota definida pela geratriz externa superior do tubo,
acrescida de 30 cm, deve ser preenchido com aterro
cuidadosamente selecionado, isento de pedras e corpos
estranhos e adequadamente adensado em camadas no
superiores a 10 cm de cada vez. O restante do aterro deve ser procedido de maneira que resulte em uma densidade aproximadamente igual do solo que se apresenta
nas paredes da vala, utilizando-se, de preferncia, o mesmo tipo de solo, isento de pedras grandes ou corpos estranhos de dimenso notvel.
4.1.2 Instalaes domiciliares embutidas

a) tubos at a ref. 1 - 0,60 m;

b) tubos at a ref. 3 - 1,00 m;
c) acima da ref. 3 - 2,00 m.

4 Condies especficas
4.1 Disposies construtivas
4.1.1 Instalaes enterradas
4.1.1.1 Profundidade da vala

A profundidade da vala deve ser tal que o recobrimento

da tubulao resulte em um mnimo igual a 80 cm no caso do assentamento sob o leito ou travessias das ruas.
4.1.1.2 Largura da vala

A largura da vala deve ser to reduzida quanto possvel,

respeitando o limite mnimo D + 30 cm = dimetro externo
do tubo a assentar, em centmetros.

4.1.2.1 Canalizaes

As canalizaes devem ter o traado mais curto possvel,

evitando-se colos altos e baixos. Medidas devem ser tomadas para que as canalizaes no venham a sofrer
esforos no previstos, decorrentes de recalques ou deformaes das estruturas e para que fique assegurada a
possibilidade de dilataes e contaes destas. As canalizaes no devem ser embutidas em elementos estruturais de concreto (sapatas, pilares, vigas, lajes, etc.),
podendo, entretanto, quando indispensvel, ser alojadas
em reentrncias (encaixes) projetadas para este fim nos
referidos elementos. No devem, tambm, atravessar vigas ou lajes seno em passagens de maior dimetro,
tambm previstas (ver NBR 5626).
4.1.2.2 Medidas especiais

Os eventuais esforos produzidos pela dilatao dos tubos

devem ser levados em considerao, adotando-se para
clculo o coeficiente linear de dilatao de 8 x 10-5 por C
e o modulo de elasticidade de 3000 MPa. Para evitar perfurao acidental dos tubos por pregos, parafusos, etc.,
as canaletas (encaixes) devem ser fechadas com argamassa de cimento e areia trao 1:3.

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4.1.3 Instalaes submersas

4.1.3.1 Principalmente no caso de instalaes submarinas,

o estudo cuidadoso do fundo, quer como perfil, quer como

natureza (areia, lodo, pedras, rochas), e a observao de
correntezas profundas de vrias naturezas (rios, mars,
correntes marinhas) devem preceder ao projeto de lanamento de uma linha submersa.
4.1.3.2 Quando houver necessidade, o tubo deve ser fixa-

do ao fundo por meio de poitas de concreto. O tubo de

PVC deve ser a eles preso, sendo protegido contra eventual abraso, por meio de um lenol de PVC flexvel de
pelo menos 3 mm de espessura. Os meios de fixao s
poitas podem variar conforme os casos e o feitio destas,
sempre, porm, excludas as partes que sofram corroso
pela gua.
4.1.3.3 No caso de tubulaes submarinas, elas devem

ser enterradas no trecho de sua sada de gua ou do

lodo, desde 1m abaixo da zona de influncia das mars
at seu afloramento em terra firme.
4.1.3.4 Quando no for possvel enterrar a tubulao, esta

deve ser protegida, a fim de evitar o ataque por parte de

molusco do tipo Martesie(Guzano) na zona de sua sada
da gua, por meios especiais e adequados.
4.1.4 Juntas
4.1.4.1 Juntas soldadas

Antes da execuo da junta, cumpre verificar se a luva e

a bolsa dos tubos a ligar se acham perfeitamente limpas.
Para execuo da junta, deve-se proceder da seguinte
maneira:

Para execuo da junta deve-se proceder da seguinte

maneira:
a) aplicar uniformemente um material vedante
adequado(1) sobre os filetes da rosca;
b) rosquear os tubos nas luvas com auxlio de chave
de cinta, evitando a chave de grifo, at a completa
cobertura dos filetes de roscas.
4.1.4.3 Juntas com anel de borracha

Antes da execuo da junta, deve-se verificar se a luva, a

bolsa, os anis de borracha e a extremidade dos tubos a
ligar se acham bem secos e limpos (isentos de areia,
terra, lama, leo, etc.). Realizada a junta, deve-se provocar
uma folga de no mnimo 1 cm entre as extremidades, para permitir eventuais deformaes, o que conseguido,
por exemplo, imprimindo-se extremidade livre do tubo
recm-unido vrios movimentos circulares. Em seguida,
deve-se verificar a posio dos anis que devem ficar
dentro da sede para isso disposta. Qualquer material
usado que possa favorecer o deslocamento nos anis de
borracha deve ter caractersticas que no afetem a sua
durabilidade e dos tubos de PVC rgido.
4.1.5 Conexes, registros de parada e descarga, ventosas,
hidrantes, ligaes domiciliares e hidrmetros

As ligaes so feitas por sistema adequado entre o PVC

rgido e as peas metlicas, como juntas com flanges,
roscas especiais, etc. As juntas rosqueadas so executadas com interposio de vedante adequado sobre o
filete da rosca-macho. Para juntas que tenham que ser
desfeitas, deve-se empregar fita de Teflon, Hostaflon soluo de borracha ou similares. Para juntas no desmontveis, deve-se empregar resinas epxi (Araldite).
4.1.6 Aparelhos eltricos

a) limpar as extremidades a serem soldadas com uma

soluo limpadora adequada, que seja capaz de
eliminar qualquer substncia gordurosa;

As instalaes de aparelhos eltricos devem estar de

acordo com a NBR 5411.
4.1.7 Ancoragens

b) tirar o brilho das extremidades a serem soldadas,

por meio de uma lixa de gua;
c) colocar o adesivo soldador nas duas extremidades,
sem excesso;
d) encaixar perfeitamente as extremidades e aguardar o tempo conveniente para o processamento
da soldagem.
4.1.4.2 Juntas rosqueadas

Os tubos de PVC rgido so juntados por meio de luvas

rosqueadas (roscas cnicas do tipo Whitworth, cone 1:16,
para tubos) de PVC rgido, ferro malevel, bronze, cobre,
alumnio ou outro material adequado. A abertura das roscas nos tubos se faz com as ferramentas convencionais
usadas para tubos de ao. As roscas devem ser concntricas periferia do tubo. O nmero de filetes de roscas
deve ser tal que sejam integralmente cobertas pela luva.
(1)

Em todas as curvas, derivaes, redues, registros, etc.,

indispensvel a ancoragem; o dimensionamento desta
deve ser procedido, levando-se em conta as caractersticas
do solo a que deve transmitir os esforos e a grandeza
destes, determinada pela presso mxima na linha.
4.1.8 Ensaio da linha

Antes do completo recobrimento da tubulao, deve-se

verificar se no houve falhas da montagem de juntas, conexes, etc. ou se no foram instalados tubos avariados
no transporte ou manejo. Para isso recobrem-se as partes
centrais dos tubos, deixando as juntas e ligaes de conexes a descoberto e procede-se ao ensaio da linha.
Este realizado de preferncia sobre trechos que, para
facilidade operacional, no excedam 500 m em seu comprimento, aplicando-se tubulao, peas especiais, etc.,
compreendidas nesses trechos, uma presso 50% superior presso hidrosttica mxima, no devendo descer em ponto algum da canalizao a menos de

Fita de Teflon, Hostaflon soluo de borracha ou similares para juntas que tenham que ser desfeitas. Resinas epxi (Araldite,
Epikote, etc.) para juntas no desmontveis.

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0,1 MPa, e sem exceder a presso que presidiu o dimensionamento das ancoragens nem a presso de ensaio
dos tubos, na fbrica ou seja a que determinou a classe
dos mesmos. Em linhas de secundria importncia, o
ensaio pode ser procedido com a presso dgua
disponvel, sem recurso a bomba de ensaio. A durao
da prova de pelo menos 5 h para instalaes domiciliares
e de 1 h para redes e adutoras.
4.1.9 Transporte

Em todas as fases de transporte, inclusive manuseio e

empilhamento, devem ser tomadas medidas especiais
para evitar choques que afetem a integridade do material
e atritos que, causando ranhuras, comprometam o tubo
com a estanqueidade das juntas, particularmente no caso
do transporte martimo ou ferrovirio.
4.1.10 Materiais
4.1.10.1 Tubos e juntas

No recebimento de tubos e juntas, deve ser observada a

NBR 5647.

- no atravessar a tubulao solos agressivos ao

PVC rgido;
- haver recobrimento mnimo da tubulao de
80 cm, em se tratando de assentamento sob leito
e travessia de rua e de 60 cm quando a tubulao for assentada sob os passeios;
- haver apoio contnuo para a tubulao;
- estar a camada de solo que fica em contato direto
com a tubulao desprovida de pedras ou outros
corpos que por sua natureza, forma ou grandeza
possam acarretar direta ou indiretamente
qualquer dano aos tubos;
b) no caso de tubulao aparente deve:
- haver transporte de lquido no agressivo ao PVC
rgido;
- no atravessar a tubulao meios agressivos ao
PVC rgido;

4.1.11 Outros materiais

No recebimento de tubos e outros materiais, deve ser

observado o disposto nas normas brasileiras correspondentes. Os registros e conexes devem ser de tipo que
permita a realizao de juntas com tubos de PVC rgido
de acordo com o disposto, em relao s juntas, em 4.1.5.
4.1.12 Condies de aplicao
4.1.12.1 Considera-se normal a aplicao de tubos de
presso de PVC rgido, quando se verificarem as condies abaixo:

a) no caso de tubulao enterrada deve:

- haver transporte de lquido no agressivo ao
PVC rgido;

- estar devidamente protegida contra choques e

esforos que possam causar qualquer dano aos
tubos.
4.1.12.2 No caso de se verificarem as condies de aplicao definidas no item anterior, o emprego das tubulaes de presso de PVC rgido, satisfeitas as exigncias
quanto a esforos solicitantes (ver 3.3) e adotadas as disposies construtivas (ver 4.1), fica condicionado unicamente s prescries normais quanto execuo de
obras e sua fiscalizao.
4.1.12.3 No se verificando as condies de aplicao

definidas em 4.1.7, devem ser adotadas medidas especiais a fim de que fique assegurada, alm da integridade
da tubulao, a durabilidade desejada.