Manual de Perfura o de Po Os Tubulares
Manual de Perfura o de Po Os Tubulares
Manual de Perfura o de Po Os Tubulares
1 INTRODUÇÃO.................................................................................................................................3
2 OBJETIVOS......................................................................................................................................4
3 CAMPO DE APLICAÇÃO..............................................................................................................4
4 DEFINIÇÕES....................................................................................................................................5
5 INFORMAÇÕES BÁSICAS CONSIDERADAS ...........................................................................9
5.1 CARACTERÍSTICAS TÍPICAS DO EMPREENDIMENTO .....................................................................9
5.2 FINALIDADE DO USO DE RECURSO HÍDRICO ..............................................................................10
5.2.1 Abastecimento público........................................................................................................10
5.2.2 Dessedentação – animais ...................................................................................................10
5.2.3 Abastecimento industrial ....................................................................................................10
5.2.4 Projetos de irrigação..........................................................................................................11
5.2.5 Projetos termais e lazer......................................................................................................11
6 ESTUDOS E LEVANTAMENTOS ..............................................................................................11
6.1 CONTEXTO GEOLÓGICO REGIONAL E LOCAL .............................................................................11
6.2 CONTEXTO HIDROGEOLÓGICO REGIONAL E LOCAL...................................................................11
6.3 CARACTERIZAÇÃO DO SISTEMA AQÜÍFERO ...............................................................................12
7 PERFURAÇÃO DE POÇOS .........................................................................................................12
7.1 INTRODUÇÃO ...........................................................................................................................12
7.1.1 Tipos ou métodos de perfuração.........................................................................................12
7.2 ASPECTOS GENÉRICOS DO SISTEMA AQÜÍFERO GUARANI .........................................................14
7.2.1 Captação em zona de afloramento .....................................................................................17
7.2.2 Captação do aqüífero guarani subjacente aos basaltos.....................................................18
7.3 CLASSIFICAÇÃO DOS MÉTODOS POR APLICAÇÃO ......................................................................19
7.4 SISTEMA DE PERFURAÇÃO ROTATIVA .......................................................................................20
7.4.1 Definição do sistema ..........................................................................................................20
7.4.2 Sistema de perfuração rotativo com circulação direta.......................................................21
7.4.3 Componentes do sistema ....................................................................................................23
7.4.4 Bombas de lama .................................................................................................................28
7.4.5 Fluído de perfuração ..........................................................................................................29
7.4.6 Amostragem........................................................................................................................29
7.4.7 Perfilagens de um poço ......................................................................................................29
7.4.8 Instalação da coluna de revestimento ................................................................................38
7.4.9 Cimentação.........................................................................................................................43
7.4.10 Seleção e instalação de pré-filtro ..................................................................................44
7.4.11 Condições específicas ....................................................................................................47
7.4.12 Limpeza e desenvolvimento............................................................................................51
7.4.13 Teste de Bombeamento ..................................................................................................66
7.5 SERVIÇOS COMPLEMENTARES ..................................................................................................71
7.5.1 Tampa de Vedação .............................................................................................................71
7.5.2 Laje de Proteção.................................................................................................................71
7.5.3 Equipamentos e condições de monitoramento....................................................................72
8 RELATÓRIO DE PERFURAÇÃO...............................................................................................72
9 DISPOSITIVOS LEGAIS ..............................................................................................................74
9.1 LICENÇA DE PERFURAÇÃO .......................................................................................................74
9.2 LICENÇA DE OUTORGA E USO ..................................................................................................74
9.3 PROFISSIONAIS E RESPONSÁVEIS TÉCNICOS .............................................................................75
9.3.1 Construção do poço – projeto e execução..........................................................................75
1
9.3.2 Dimensionamento e instalação de conjunto de bombeamento ...........................................75
10 OPERAÇÃO E MANUTENÇÃO DE POÇOS ............................................................................76
10.1 OPERAÇÃO ...............................................................................................................................76
10.1.1 Definição básica de operação de poços ........................................................................76
10.1.2 Informações que deverão ser registradas ......................................................................76
10.1.3 Planejamento e controle operacional ............................................................................76
10.2 MANUTENÇÃO DOS POÇOS .......................................................................................................77
11 ANEXOS..........................................................................................................................................79
11.1 TABLAS DE CONVERSÕES .........................................................................................................79
11.1.1 Comprimento .................................................................................................................79
11.1.2 Área ...............................................................................................................................79
11.1.3 Volume ...........................................................................................................................79
11.1.4 Peso ...............................................................................................................................79
11.1.5 Vazão .............................................................................................................................80
11.1.6 Pressão ..........................................................................................................................80
11.1.7 Densidade ......................................................................................................................80
11.2 ESPECIFICAÇÕES ......................................................................................................................81
11.2.1 Filtros espiralados.........................................................................................................81
11.2.2 Tubos de aço ..................................................................................................................82
11.2.3 Tipos de roscas ..............................................................................................................83
11.3 VÁRIOS ....................................................................................................................................83
11.3.1 Tabelas de cálculos práticos..........................................................................................83
11.3.2 Perdas de carga .............................................................................................................84
11.4 ESQUEMAS ...............................................................................................................................86
11.4.1 Esquema geral de um canteiro de perforaçao ...............................................................86
11.4.2 Proyeto esquemátoico de um poçço tubular profundo no SAG. ....................................87
11.5 INFORMES ................................................................................................................................88
11.5.1 Dados cadastrais do usuário/requerente.......................................................................92
11.5.2 Padrão de potabilidade para substâncias químicas que representam risco à saúde ..103
11.5.3 Padrão de aceitação para consumo humano...............................................................105
11.5.4 Padrão de potabilidade para substâncias químicas que representam risco à saúde ..106
12 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................................................107
2
1 INTRODUÇÃO
O Consórcio Guarani, integrado pelas consultoras Tahal Engineers Ltda. (Israel), SEINCO
SRL. (Uruguai), Hidrocontrol S.A. (Paraguai), Arcadis Hidroambiente S.A. (Brasil),
Hidroestructuras S.A. (Argentina) foi contratada para o desenvolvimento desta última
atividade a qual é básica e tem a seu cargo a elaboração de distintos produtos técnicos com
a informação disponível e aquela que se gere em projetos afins já licitados para a obtenção
de dados de campo.
3
Figura 1 – Localização do Aqüífero Guarani.
2 OBJETIVOS
Gerar um marco técnico que estabeleça as condições mínimas para a realização de poços
tubulares no SAG e permita uma investigação ou perfuração para a extração da água
subterrânea em forma eficiente e sustentável. A mesma deverá ser compatível com
técnicas e normativas quanto regionais como internacionais na matéria como também o
estudo de experiências prévias na perfuração do SAG.
3 CAMPO DE APLICAÇÃO
4
Sua aplicação se dará a qualquer tipo de exploração – rocha ígnea ou sedimentar, que
tenha interface com o SAG ou que possa interferir no sistema, seja qualitativa ou
quantitativamente.
4 DEFINIÇÕES
Amostra de calha
Material fragmentado proveniente da perfuração, coletado em intervalos representativos
das formações geológicas atravessadas
Aqüífero
Formação ou conjunto de formações geológicas capazes de armazenar e transmitir
quantidades significativas de água
Bacia Hidrográfica
É uma unidade fisiográfica limitada por divisores topográficos que recolhe a precipitação,
age como reservatório de água, defluindo-se em uma secção fluvial única, os exutórios. Os
divisores da água, são as ristas das elevações topográficas que separam a drenagem da
precipitação entre 2 bacias adjacentes.
Centralizador
Dispositivo externo à tubulação de revestimento, com a finalidade de permitir a
centralização do mesmo e preenchimento do espaço anular de forma eqüidistante.
Completação
É o conjunto de operações iniciadas após e perfuração e a perfilagem de um poço. Inclui a
troca, ou não do fluido de perfuração pelo de completação, a descida da coluna de
completação (tubos lisos e filtros), a injeção de pré-filtro, e a limpeza do poço, pela troca de
fluido de completação por água.
Cone de depressão
Rebaixamento do nível de água causada pelo movimento convergente da água no aqüífero
quando bombeada, resultando em um cone de depressão em torno do poço. A sua forma e
dimensão dependem das características hidráulicas do aqüífero e pode ser determinado a
partir dos dados obtidos no teste de vazão.
Conjunto de bombeamento
É o conjunto de materiais e equipamentos utilizados para retirar a água do poço. De
acordo com a necessidade e a disponibilidade de energia, podem ser utilizados, dentre
outros:
• Bomba submersa ou de superfície acionada por energia elétrica, acoplada a
tubulação de recalque (edução);
• Air-lift: Tubulações de edução de água, de ar e injetor acoplados a unidade de ar
comprimido – compressor
5
• Sistema de êmbolos ou pistão acoplados a moinho, ou outras máquinas acionadas
em superfície – não recomendado para o SAG
Contrafluxo
Operação de injeção de água em um poço, através de uma coluna aberta, instalada por
dentro da coluna de completação, pela qual, por circulação direta o fluido de completação é
injetado, retornando pelo espaço anular até a superfície. Durante essa operação é então
aplicado por gravidade no espaço anular o pré - filtro.
Desenvolvimento
Conjunto de operações - processos mecânicos e/ou químicos – que estimulam o fluxo de
água do aqüífero para o poço.
Espaço anular
É o espaço compreendido entre a parede do poço perfurado e a parede externa do
revestimento aplicado. Geralmente está preenchido pelo material que constitui o pré-filtro,
cimento ou argila. Quando preenchido por pré-filtro é também denominado de maciço
filtrante.
Estratigrafia
Estudos das seqüências das camadas sedimentares ou meta sedimentares. Investiga as
condições de sua formação e visa correlacionar os diferentes estratos no tempo geológico
por meio do seu conteúdo fóssil ou estudos petrográficos.
Filtros
Tubulação especialmente construída com o objetivo de permitir, o fluxo de água
proveniente do aqüífero para o poço. Estes tubos são metálicos ou em PVC e são providos
de aberturas ou ranhuras padronizada (perfurada, estampada ou espiralada) , estabelecidas
de modo a reter as partículas sólidas que constituí o aqüífero.
Fiscal
Técnico legalmente habilitado com atribuição profissional específica em construção de
poços para captação de água subterrânea, a serviço do contratante.
Formações Geológicas
Rochas ou grupos de rochas com extensão regional que ocorrem no solo e subsolo
Fluido de perfuração
Fluido composto de argila hidratável e/ou polímeros com aditivos químicos especiais
utilizados na perfuração, com a finalidade de resfriar e lubrificar as ferramentas, transportar
os resíduos de perfuração à superfície, estabilizar o furo impedindo desmoronamentos,
controlar filtrações e espessura do reboco, inibir e encapsular argilas hidratáveis.
Lacre
Dispositivo colocado no topo do revestimento que impede o ingresso de animais, líquidos
e outras substâncias que possam contaminar o poço e o aqüífero.
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Litologia
Estudo dos diferentes tipos de rocha
Nível piezométrico
Nível piezométrico corresponde ao nível estático de um poço em repouso. Em aqüífero
livre, onde o mesmo não está submetido a um diferencial de pressão coincide com o nível
do lençol freático. Nos aqüíferos confinados, onde a água está submetida a uma
determinada pressão, decorrente das diferenças do gradiente hidráulico existente entre a
área de recarga e a área de observação (excluindo-se perdas de carga). Este nível
corresponderá á altura em que o mesmo poderia atingir.
No caso de poços onde a pressão é tal que signifique a possibilidade de superar a superfície
do terreno (devido pressão positiva do aqüífero) teremos poços surgentes.
Perfilagem ótica
Filmagem das paredes internas do poço, ou revestimento, realizada com equipamento de
vídeo especial através de descida no interior do poço, com tomadas laterais e de fundo.
Perfuração
Procedimento de perfurar o solo e formações adjacentes, executado com sonda perfuratriz.
O diâmetro e profundidade são funções da necessidade, disponibilidade hídrica e da
geologia.
Pistoneamento ou Plungeamento
Processo mecânico de desenvolvimento dos poços, realizado através de coluna de
perfuração à percussão, com emprego de um plunge ou pistão com válvulas, atingindo
diretamente num intervalo filtrante.
Poço de Pesquisa
Poço perfurado com a finalidade de avaliar a geologia, litologia e a capacidade
hidrodinâmica do(s) aqüífero(s).
Poço Tubular
Obra hidrogeológica de acesso a um ou mais aqüíferos, para captação de água subterrânea,
executada com sonda perfuratriz mediante perfuração vertical com diâmetro mínimo de
101,6 mm (4”). Em função da necessidade e da geologia local, poderá ser parcial ou
totalmente revestido.
7
Pré-Filtro
Material sedimentar, granulométricamente selecionado, predominante quartzoso, aplicado
no espaço anular entre a perfuração e a coluna de revestimento (tubos e filtros) e que tem
como objetivo reter hidraulicamente as partículas da área produtora – aqüífero.
Propriedades Tixotrópicas
Capacidade de mudança reversível da viscosidade em certos sedimentos por influência
mecânica. Material tixotrópico por excelência, pode ser empregado em fluídos de
perfuração. É o caso do fluido a base de bentonita)
Raio de influência
É igual ao raio da área de influência máxima do cone de depressão gerado no poço
bombeado
Reabertura
Perfuração á partir do furo guia já realizado até um diâmetro tal que aja possibilidade de se
efetuar a aplicação da coluna de revestimento e do pré-filtro no poço.
Rebaixamento
Diferença entre os níveis estáticos e dinâmicos durante o bombeamento
Retrolavagem
Operação de injeção de água em um filtro com o objetivo de limpa-lo. Constitui a parte
correspondente a operação do contrafluxo, através do que, se consegue com a diluição do
fluído (e em conseqüência redução da viscosidade e do peso) e a circulação do mesmo,
melhores condições para a instalação do pré-filtro, ou ainda de “redução” da espessura do
filtrado, o que também melhorará as condições de desenvolvimento ao término da
instalação da coluna de revestimento.
Revestimento
Tubulação com diâmetro e composição variados, aplicada na perfuração, com finalidade de
sustentar as paredes do poço em formações inconsolidades e desmoronantes, manter a
estanqueidade, isolar camadas indesejáveis e aproveitar camadas produtoras.
Rocha Cristalina
Agregado natural formado de um ou mais minerais, que constitui parte essencial da crosta
terrestre, de origem magmática ou metamórfica, com variados graus de dureza,
normalmente alto.
Rocha Sedimentar
Agregado mineral originado da erosão/alteração, transporte, deposição ou precipitação e
diagênese de qualquer tipo de rocha.
Selamento
Isolamento através preenchimento do espaço anular entre a perfuração e a coluna de
revestimento com cimento e/ou pallets de argila expansiva, ou outra técnica que evite a
percolação de águas superiores pela parede externa do revestimento.
Surgência
Fenômeno de produção espontânea da água, provocado pela pressão positiva do aqüífero
confinado, no local perfurado. Quando o nível piezométrico do aqüífero é mais elevado do
que a cota do terreno, o poço jorra.
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Tamponamento
Preenchimento de perfurações improdutivas e ou abandonadas, em toda sua extensão, por
material inerte, pasta de cimento e/ou pallets de argila expansiva com a finalidade e impedir
acidentes e a contaminação dos mananciais subterrâneos.
Teste de alinhamento
Verificação do perfil retilíneo de um poço
Teste de aqüífero
Procedimento para avaliar as características hidrodinâmicas do aqüífero
Teste de vazão
Ensaio de bombeamento realizado em um poço tubular profundo sou sistema de poços,
com objetivo de determinar as características hidrodinãmicas do(s) poço(s) e permitir o
dimensionamento das condições explotação. Deve ter controle das vazões, rebaixamento e
recuperação.
Teste de verticalidade
Verificação do prumo de um poço
Vazão
Volume de água extraído do poço por unidade de tempo
Vazão de explotação
Vazão ótima que visa o aproveitamento técnico e econômico do poço, fica situada no
limite do regime laminar e deve ser definida pela curva característica do poço (curva-
vazão/rebaixamento)
A construção de poços tubulares para a captação de água subterrânea, por se tratar de uma
obra de hidrogeologia, deve ser executada segundo normas de elaboração de projetos bem
como de normas para a construção de poços tubulares profundos.
Nos procedimentos a serem adotados, dois pontos básicos a serem avaliados são:
viabilidade técnica de captação do recurso hídrico subterrâneo e, viabilidade econômica do
empreendimento.
A viabilidade técnica da captação do recurso hídrico está caracterizada pela elaboração de
um projeto construtivo que atenda ao binômio “o que eu tenho”, “o que eu quero” e ao
atendimento de normas que otimizem a exploração racional e sustentável do recurso
hídrico subterrâneo.
9
Com base na vazão requerida, na existência do aqüífero na área em questão, através de
mapas geológicos, mapas temáticos de tendências, cadastramento de dados de poços
perfurados no entorno do ponto em estudo é elaborado um projeto básico para a
perfuração de um poço tubular profundo.
Neste projeto estarão contemplados todos os dados possíveis, os geológicos,
hidrogeológicos, características dos materiais para a perfuração bem como dos materiais
para a completação, equipamento de bombeamento, potência a ser instalada, adução ao
ponto de distribuição, controle da produção e esquema de manutenção preventiva. Com
todos estes dados coligidos se elabora o estudo da viabilidade econômica do
empreendimento e se define sua exeqüibilidade ou não.
• Abastecimento Público;
• Dessedentação – Animais;
• Abastecimento Industrial;
• Projetos de Irrigação;
• Projetos Termais e Lazer;
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5.2.4 PROJETOS DE IRRIGAÇÃO
Normalmente em se tratando de empreendimento objetivando o uso intensivo de irrigação,
vazão é o ponto critico a ser alcançado e os volumes explorados são significativos. A
preocupação neste caso (assim como em todos os demais) se acentua pela necessidade de
um rígido controle da produção, bem como da perfuração, objetivando a exclusão da
possibilidade de contaminações por produtos agrotóxicos e outros, comuns em áreas de
irrigação. Deve-se ressaltar que se trata de uma área onde é crescente a utilização da água
subterrânea do SAG para atendimento da demanda existente
6 ESTUDOS E LEVANTAMENTOS
O local a ser escolhido para a perfuração de um poço profundo, deverá ser o resultado de
um estudo regional e de avaliação local, com o objetivo de se dispor das informações e
conhecimentos da litoestratigrafia, quantificando o topo e a espessura das formações, das
condições estruturais predominantes, e de outras feições que possam alterar as condições
hidrogeológicas locais e hidroquímicas.
11
6.3 Caracterização do sistema aqüífero
7 PERFURAÇÃO DE POÇOS
7.1 Introdução
Desde que definidos o local e o projeto do poço, o projetista deverá indicar o método de
perfuração a ser adotado. A escolha do método envolve fatores de ordem técnica e
econômica e depende também do tipo de poço que se vai perfurar e quais as suas
finalidades.
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• Sistemas Mecânicos
- Percussão à cabo
- Testemunhagem continua
- Balde de testemunhagem
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7.2 Aspectos genéricos do sistema aqüífero Guarani
É importante ressaltar neste item algumas informações básicas conhecidas que hoje dão a
diretriz aos projetos de perfuração no SAG. Os comentários refletem pois uma situação de
conhecimento que poderá ser modificada na medida em que novas informações e
conhecimentos venham a ser obtidas.
O Sistema Aqüífero Guarani, na sua porção mais conhecida, área norte, geralmente
apresenta duas litologias predominantes:
A parte superior, caracterizada por um arenito eólico, avermelhado, homogêneo, muito
fino, friável, com granulometria em torno de 0,2 mm, quartzoso, de espessura conhecida de
até 125 metros, alterando-se com poucos ritmitos, silticos avermelhados, de pequena
espessura.
No noroeste do Uruguay até a divisa com a Argentina, voltam a ocorrer os dois tipos
litológicos, ou seja, o arenito eólico avermelhado aparece novamente com a espessura
semelhante, em torno de 120 metros e o pacote sedimentar tem sido descrito como tendo
até 1200 metros, talvez englobando outras formações geológicas inferiores, localmente
arenosas, mais antigas.
Na Argentina, na parte mais conhecida, ao longo do rio Uruguay, nas províncias de entre
Rios e Missiones, a litologia também é semelhante a porção norte do aqüífero. A parte mais
oriental em território argentino os limites do SAG são muito pouco conhecidos, com
alguns poços perfurados para fins termais e outros para a prospecção de petróleo. No
território guarani, o Sistema Aqüífero Guarani aflora na região de Caaguazú, vindo do
norte e descendo rumo a Encarnacion.
Hidrogeologicamente o Sistema Aqüífero Guarani caracteriza-se por apresentar a sua
porção superior como a melhor parte do aqüífero. Sua espessura, da ordem de 120 metros,
limita um pouco a capacidade de produção em zonas de afloramento. A parte basal por
vezes argilosa tem sua produtividade diminuída, exceto em locais onde ocorram trechos
conglomeréticos, bons produtores.
São muito fácies de perfurar, dificilmente desmoronam e o custo de implantação de um
sistema é baixo.
Por terem água levemente ácida, pH em torno de 5.5, desenvolvem com muita freqüência
colônias de ferro-bactérias. Em poços de até 150 metros são comuns projetos que
contemplem a aplicação de PVC, ou misto de PVC com aço inoxidável. Uma forma de
minimizar os efeitos da corrosão provocada pelos microorganismos é a manutenção
periódica e constante, aumentando assim a vida útil do poço.
14
A ocorrência de derrames de basaltos ao longo de toda a área do SAG, principalmente nas
partes mais espessas, na calha central da bacia, se de um lado protege o aqüífero, de outro
contribui para o aumento do pH, bem como em algumas áreas aumenta também o teor de
sais totais dissolvidos, principalmente carbonatos.
Em poços mais profundos, são conhecidos valores de até 10,5 de pH com o íon cálcio
substituindo o sódio, podendo aumentar a concentração de sólidos totais dissolvidos e por
decorrência o efeito e a possibilidade de incrustação de carbonatos de cálcio em toda a
seção do poço. Uma conseqüência direta desta situação seria a perda de produção, de piora
dos níveis de bombeamento e a necessidade do aumento de intervenções para
manutenções preditivas e corretivas.
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Poço Tubular Profundo
Bariri SP
12,0 m Solo de
Perfuração, diâm 26”
alteração
Cimentação do espaço anular
Pré - Filtro
Arenito
SAG
196,65 m
Alargamento de 8 1/2” para 19
1/2” de 218 até 310 metros 209,4 m
224,54 m
Tubo liso de 8 5/8” 8,18 mm
soldados
300,50 m
Prof.de completação 310 m
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Poço Tubular Profundo
Morro Agudo - SP
Formação
Pré - Filtro
Serra
Geral
210 m
Redução
400 m
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Os diâmetros de perfuração estão relacionados com o espaço anular resultante da aplicação
do revestimento produtor, o qual, em príncipio, deverá ter pelo menos 3 polegadas (7,5
cm) de folga entre a perfuração e o revestimento na porção em que vier a estar situado a
coluna de filtros.
Este espaço anular e suficiente para reter a areia da formação. Estamos falando de uma
formação que tem 80% dos grãos menores que 0,2 mm de diâmetro. Por essa razão é
muito importante uma granulometria uniforme e homogênea do pré-filtro a ser aplicado.
Geralmente utiliza-se pré-filtro com 1 a 2 mm de diâmetro médio, em poços com filtros,
com perfil em V, de ranhura continua e abertura de 0,75 mm. Nestas condições, com a
instalação da coluna de revestimento provida de centralizadores bem colocados, vamos
observar que a coluna como um todo estará descendo de maneira livre e girando, o que
significará uma boa condição de instalação de pré filtro e com isto uma situação onde a
exploração do poço se dará corretamente e sem produção de areia.
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Os diâmetros mais comuns para a instalação de um tubo condutor são: 18, 20, 24 e 36
polegadas, de diâmetro externo OD. Os diâmetros mais comuns de tubulação para a
instalação de uma câmara de bombeamento em poços perfurados nas regiões mais
profundas do aqüífero são: 14, 18 e 20 de polegadas de diâmetro externo (OD). Neste caso
a coluna não é solidária, pois perfuramos o arenito superior ou não, uma parte do basalto
em um determinado diâmetro, revestimos e cimentamos o espaço anular.
Os diâmetros de tubulação para a instalação de uma coluna de produção mais comuns são:
6 5/8, 8 5/8, 10 ¾ . Filtros e tubos lisos de 12 ¾ , e 14 polegadas geralmente são instalados
quando a espessura do basalto é pequena, o aqüífero permite e queremos aproveitá-lo ao
máximo.
A classificação usual é feita com base nos tipos das formações geológicas, adequando-se
suas características litológicas a um determinado processo de perfuração.
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água ou necessário controle do fluído de perfuração.
circulação de
fluido
Martelo Rápida penetração (12 a 20 m/h),produz pedaços de
detritos e permite amostragem da água.
Formações Cristalinas
Rochas ígneas e metamórficas,
Método Vantagens / Desvantagens
Cabo Baixo rendimento (0,4 a 0,7m/h), com boa
amostragem e variação do nível e de entradas de água
Rotativo com ar, Inadequados, devido alto custo. Justifica-se apenas para
água ou grandes profundidades e diâmetros, com uso de brocas
circulação de de dentes de tungstênio e com relação peso área
fluido adequados.
Martelo Rápida penetração (6 a 12 m/h). Bom controle de
amostras e de entradas e volume de água potencial
Tendo em vista a limitação dos sistemas de perfuração a percussão à cabo e rotativo com ar
comprimido para a perfuração de poços com profundidade superiores a 400/500 metros
em rochas cristalinas e sedimentares muito consolidadas, temos no sistema rotativo a
alternativa adequada para esta situação.
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b) Circulação reversa - quando em sentido inverso os detritos cortados são retirados do
furo por sucção (ar comprimido ou bombas centrífugas) e conduzidos à superfície, sendo
succionados através dos orifícios da broca e passando pela parte interna dos comandos e
hastes de perfuração. É um processo inverso ao convencional, já que os tanques de lama
alimentam diretamente o poço – sem que ocorra injeção do fluído.
Seja qual for o equipamento de perfuração, temos sempre uma cabeça rotativa (swivel),
uma haste quadrada, hexagonal ou cilindrica com 2 guias laterais (kelly), uma bucha
acoplada a um eixo carda para girar a coluna, tubos de perfuração (drill pipes), comandos
perfuração para dar peso (drill collars) e uma broca tricônica, bicônica, tetracônica, ou
martelo de fundo (hammer drill), no caso de perfuração pneumática.
21
Foto 1 – Sonda Rotativa Perfurando no Sistema Aqüífero Guarani, em Avaré – SP – Brasil.
Sistema - circulação direta
22
3
Coluna de Perfuração
É constituída pelos seguintes componentes.
23
Tubos de perfuração (hastes – drill pipe)
Os tubos de perfuração, conhecidos como hastes de perfuração ou ainda drill pipe, são
colunas de tubos de aço com 6,0 a 9,0 metros de extensão, providos de ponteiras com
roscas especiais, cônicas e dupla cônicas, em diversos diâmetros, com resistência ao esforço
de tensão, sendo que geralmente são classificados em dois tipos: reforçado internamente e
reforçado externamente.
Estabilizadores
São ferramentas de pequena extensão, normalmente com cerca de 0,70 a 1,00 m de
comprimento, providos de aletas ou extensão (em número de 3) que confere um maior
diâmetro (próximo do diâmetro da broca). São constituídos por aço de igual dureza e
resistência que o comando, e que instalados na coluna de perfuração permite que o poço
seja mantido o mais próximo possível da vertical. Geralmente são aplicados três deles na
coluna, um no sub broca (peça de conexão entre a broca e o comando (drill colar), outro
acima do primeiro comando e o terceiro sobre o terceiro comando, conferindo assim à
coluna alta resistência a flanbagem ou deformação.
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Alinhamento e verticalidade
Trata-se dos procedimentos de verificação de prumo e alinhamento de um poço, sendo
utilizados durante ou ao término da perfuração.
As condições de verticalidade e alinhamento, são importantes no trecho destinado à câmara
de bombeamento, pois equipamento de bombeamento de eixo vertical exigem condições
de verticalidade e alinhamento muito rígidas. Se o poço for destinado a ser equipado com
bomba submersa estes parâmetros são mais flexíveis.
Condições específicas
Como o peso a ser aplicado é função direta do comprimento dos comandos, podemos
determinar a posição da linha neutra, a partir da broca, utilizando o mesmo valor
percentual aplicado ao peso, ou seja, tornando-se claro que apenas parte do peso dos
comandos deverá estar sobre a broca. Por medida de segurança operacional permitir um
máximo de 80% de peso, resguardando os 20% restantes para garantir a posição da linha
neutra nos comandos, desta forma, nenhum tubo de perfuração estará sujeito à
compressão.
Mesa Rotativa
Trata-se do “coração “do sistema rotativo. Constitue-se num conjunto que recebe energia
transmitida por uma unidade matriz, permitindo a rotação da coluna de perfuração através
do Kelly.
Materiais acessórios
Os principais componentes acessórios de um conjunto rotativo convencional são:
• Cabo de aço
• Ferramentas de aperto - chaves “Tong”; chaves
• decorrente e chaves decorrente e chaves griffo
• Bombas d’água
• Abraçadeiras e cunhas
• Conectores de roscas
• Mangueiras e mangotes de alta pressão
• Centrífugas - 3”x 4”, 4”x5”e 5”x6”;
• Pistão Duplex - 5”x 6”e 7. ½” x 12”
Brocas
Na extremidade da coluna de perfuração existe uma ferramenta cortante que promove a
perfuração das rochas, e que se denomina de broca. Seu trabalho decorre desde a fácil
penetração nas rochas brandas, até o dificílimo “esmagamento” das rochas duras.
25
• Formações duras;
• Formações abrasivas.
26
Tabela 1 - Comparativo de Brocas Tricônicas
27
Condições específicas
No caso de processos misto de perfuração, com a utilização de sistema de perfuração com
martelo pneumático (hammer-drill), deve-se sempre levar em consideração um plano de
perfuração com a quantificação do volume de ar e pressão a ser utlizado (e em
conseqüência o diâmetro interno e externo da coluna de perfuração), do martelo e da coroa
(broca) a ser utilizada. A relação pressão e volume de ar deve ser tal que permita não só o
acionamento do martelo, como também a demanda de ar para a limpeza eficiente do furo
(remoção das partículas cortadas)
Estamos anexando uma tabela que procura relacionar a questão da demanda de ar, com a
pressão requerida e o diâmetro da perfuração. O método não está sendo objeto de um
maior detalhamento, já que para o SAG predomina a perfuração pelo sistema rotativo com
circulação direta do fluído. Ressalte-se, no entanto que há uma grande evolução no que diz
respeito a tecnologia e equipamentos para perfurar com ar comprimido e que em função
mesmo dos custos de brocas tricônicas e do próprio fluído de perfuração é possível que
venha a ocorrer um acréscimo do uso deste sistema na parte de perfuração em rochas
duras (basaltos e diabásio), observando-se o fato de ser um processo inadequado para
perfurar em rochas moles como é o próprio Arenito Guarani.
Preferencialmente devem estar no canteiro de obras duas bombas, as quais poderão ser
usadas em separado, em paralelo ou em série. As bombas usadas na sondagem para
circulação do fluído de perfuração ao poço deverão ser preferencialmente do tipo pistão de
duplo efeito.
28
7.4.5 FLUÍDO DE PERFURAÇÃO
As formações sobrejacentes ao aqüífero produtor (Guarani) poderão ser perfuradas com
fluído à base de bentonita, com viscosidade que pode variar de 50 a 60 segundos no funil
Mash.
Nos poços perfurados em que se prevê que o aqüífero não deverá ser surgente, o fluido de
perfuração deverá ser preferencialmente a base de CMC – carboxi-metil-celulose de alta
viscosidade, com viscosidade variando da ordem de 40 a 50 segundos Marsh. A eficiência
na limpeza de um poço está relacionada a viscosidade do fluído bem como da velocidade
de retorno do fluído pelo espaço anular (esta última situação obtida com a bomba de lama
adequada – em termos de volume e pressão).
Na zona onde o aqüífero é surgente, o fluído deverá ser à base de polímeros, compatível
com os sólidos dissolvidos na água, seja sal (cloreto de sódio), seja baritina que vai conferir
peso adequado ao fluído.
A densidade do fluído (df) em lb/gal, necessária para manter um poço jorrante sob
controle, considerando que a profundidade do aqüífero responsável pelo jorro do poço seja
h, medida em metros, e que a pressão na cabeça do poço seja p, em kg/cm2, é a seguinte:
Em casos extremos de alta pressão na cabeça do poço o fluído de perfuração poderá ser
misto com adição à bentonita com baritina para atingir o peso necessário para manter
contida a jorrância.
7.4.6 AMOSTRAGEM
As amostras deverão ser coletadas preferencialmente na peneira vibratória ou no
desareiador, com intervalo de 2 em 2 metros, procurando-se levar em consideração o
tempo de retorno do fluido desde o fundo até a superfície.
As amostras deverão ser lavadas o mínimo possível para não perder os finos e devidamente
colocadas em caixas, anotando-se os seus respectivos intervalos e quando secas deverão ser
acondicionadas em recipientes plásticos adequados.
29
A coluna de perfuração, estabilizada, trabalha tracionada, com o ponto neutro nos
comandos de perfuração (Drill Collars). O peso disponível deverá ser de até 80% do valor
máximo dos comandos, sempre tracionada, de sorte que a broca de perfuração esteja
sempre submetida a um peso constante.
Em basaltos, compactos, uma broca de botão de carbeto de tugnstênio com 1 ton de peso
por polegada de diâmetro deverá perfurar um metro de basalto em 60/80 minutos. Casos
excepcionais de 400 a 800 minutos por metro são citados, porém geralmente acontece por
falta de peso sobre a broca, principalmente se o basalto aflorar em superfície.
Já no basalto alterado, este valor pode cair para algo em torno de 15 a 25 minutos. Em
arenitos do Sistema Guarani este tipo de broca, não recomendada, dá uma falsa idéia do
avanço, pois por vezes chegamos há ter 60 minutos por metro, ao passo que se for utilizada
broca de aço, de dente grande, com apenas 2,5 ton de peso total sobre a broca o avanço é
da ordem de 5 minutos por metro, e, só não é maior por causa da dificuldade da limpeza
do poço.
Trechos no aqüífero cimentado, ou então carbonático, podem elevar os valores para algo
em torno de 25 minutos por metro.
O traço do perfil de avanço poderá ser adicionado aos demais perfis corroborando e
aumentando a precisão da interpretação dos registros.
Trata-se, portanto de um perfil simples de ser obtido e importante por relacionar ao lado
do avanço, a litologia, a dureza e outros fatores importantes como variação brusca de
viscosidade, de perda de fluído e outros indicações práticas de campo.
30
Perfil 1 – Perfil de avanço montado sobre perfil de raios gama. Poço de Valparaiso – São
Paulo. Fonte: Perfil executado pela Perfil Máster. Equipamento Century
Pista 1 – em azul raios gama naturais em Graus API
Pista 2 – em vermelho avanço em minutos por metro.
Pista 3 - Profundidade em metros
Pista 4 – Litologia simplificada
• Perfis Radioativos;
• Perfis Elétricos;
• Perfis Eletromagnéticos;
• Perfis Acústicos;
• Perfis Térmicos;
• Perfis Mecânicos.
Perfis Radioativos
O sensor de Raios Gama mede a radiação natural das formações atravessadas pela
perfuração. O padrão de medida é em unidade Raios Gama API, o qual foi definido como
sendo 1/100 do nível de radiação do folhelho típico MID – Continent. O padrão de Raios
Gama API tornou-se um modelo de calibração da fábrica da Universidade de Houston no
Texas. Raios Gama naturais podem ser medidos também em unidades CPS (pulsos por
segundo). Materiais argilosos, como argilas, bentonita e também cimento podem ter níveis
elevados de radiação gama.
Arenito tem nível de radiação de 15 a 30 unidades API. É claro que formações mescladas
de arenitos com argilas ou silte, podem elevar o nível de radiação chegando a valores da
ordem de 75 unidades API.
Carbonatos e calcários compactos têm valores baixos, cerca de 5 a 15 unidades API. Outro
fator que pode mascarar o valor medido é a presença de feldspato potássico no arenito.
31
Isto é muito comum em formações mais jovens, como por exemplo, na cidade de São
Paulo e Vale do Paraíba. Nestas regiões o valor de Raios Gama natural é muito elevado, da
ordem de 70 a 100 unidades API. O diâmetro da investigação do sensor de Raios Gama
Naturais depende da densidade total do material ao redor do detector. Em ambiente
sedimentar (densidade de 2,2 a 2,6 g/cm3) o alcance do sensor é de aproximadamente 39
polegadas, com 90% de retorno do sinal. Em carvão (densidade de 1,2 g/cm3), o diâmetro
de cerca de 60 polegadas. Em dolomita de baixa porosidade (densidade de 2,9 g/cm3) o
diâmetro é de 24 polegadas.
Existem ferramentas que tem três canais de detecção, sendo um para Urânio, outro para
Tório e outro para Potássio. Esta ferramenta resolve o problema das bacias sedimentares
recentes, porém é cara, e o mercado de água subterrânea não remunera o investimento. Em
uma sonda comum o sensor de raios gama custa em torno de USD 1,500.00, enquanto que
uma ferramenta Gama Espectral, que define os três canais, custa em torno de USD
24,500.00.
Existem também as ferramentas em que uma pastilha radioativa é colocada na sua ponta,
emite radiação, gama, ou nêutrons. As pastilhas são de Americium Berílio, ou Césio e de
alta energia. Acima da fonte emissora tem o detector de Helio3, que recebe as partículas que
refletem nas formações. Nestas, o Hidrogênio existente na água ou óleo absorve a energia
da fonte e os valores capturados são menores.
Estas ferramentas correm como um braço (caliper) que ao abrir-se empurra a sonda contra
a parede no lado oposto e minimiza o efeito da lama. Como o braço abre até 18 polegadas,
até este diâmetro a ferramenta produz dados conscientes, acima deste valor o dado é
especulativo. O fato é que existe uma relação entre a radioatividade medida e a densidade
das formações. E o método mais confiável para se determinar a porosidade das formações.
Perfis Elétricos
“Os perfis elétricos mais comuns são: Potencial Espontâneo, Resistência e Resistividade
16x64”.
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O sensor Resistividade 16”mede a resistividade entre os eletrodos de corrente e de medida,
distanciados de 16”. O sinal, 50% do valor, vem de um raio de 32 polegadas ao redor da
ferramenta.
Assim temos:
O sensor Resistividade do Fluído mede a resistividade do fluído através de quatro
pequenos eletrodos colocados na ponta da ferramenta, protegidos por um envoltório de
aço. Ao descermos no poço o fluído passa pelo sensor que mede continuamente seu valor.
Valores de resistividade da ordem de 6 a 8 Ohm-m indicam fluídos a base de água doce
com polímeros inertes que conferem a lama a viscosidade necessária para carrear as
partículas cortadas, ditas amostras de calha (cuttings). Já valores de 15 a 20 Ohms-m
indicam fluído a base de bentonita como agente viscosificante. Um m3 de fluído a base de
bentonita custa aproximadamente R$ 38,00 enquanto que um m3 de fluído a base de
polímero custa R$ 160,00. Por ai já se percebe a importância de tal sensor.
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Perfil 2 – Poço da USP em Ribeirão Preto – São Paulo. Fonte: Perfil Máster, Equipamento
Century
Pista 1 – em azul raios gama naturais- destaque dos melhores trechos de arenitos em amarelo
Pista 1 – em Vermelho – sp em milivolts.
Pista 1 – em preto – temperatura em ºC.
Pista 2 - Profundidade em metros
Pista 3 – em liláz resistividade lateral
Pista 3 – em vermelho curva de resistividade 64”
Pista 3 – em preto resistividade 16”
Pista 4 – em preto azimute de 0 a 360º.
Pista 4 – em vermelho desvio da vertical
Pista 4 – em verde resistencia
Pista 4 – em azul gradiente de temperatura
Pista 5 - Litologia simplificada
Perfis Eletromagnéticos
A Resistividade Indução é uma curva calculada a partir da medida da condutividade. O
sinal é apresentado como uma curva de resistividade baseada na fórmula C = 1000/R ou R
= 1000/C, onde C = Condutividade medida pela ferramenta.
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Perfil 3 – Perfil de Indução – Eletromagnético, Poço da USP em Ribeirão Preto – São
Paulo. Fonte: Perfil Máster, Equipamento Century
Pista 1 – em Azul Raios Gama naturais em Graus API
Pista 1 – em Vermelho – SP_Cond.
Pista 2 - Profundidade em metros
Pista 3 – em Liláz Temperatura
Pista 3 – em vermelho curva de indução
Pista 4 – em preto condutividade aparente
Pista 4 – em verde condutividade real corrigida pela temperatua
Pista 5 - Litologia simplificada
Perfis Acústicos
O perfil sônico ou acústico usa o principio de ondas sonoras “viajando” pelo meio
perfilado. Geralmente utiliza um simples transmissor e dois receptores, para registro do
tempo de transito pela formação. Os receptores estão espaçados de três e quatro pés do
transmissor e são chamados de recetor N (near) e receptor F (far). Em geral o tempo de
transito de uma formação depende das propriedades elásticas do meio tais como
porosidades e litologias. A ferramenta sônico é usada para calcular a porosidade das
formações porém este valor é mais confiável onde é possível corre-se perfis nêutron e
densidade. O método padrão de cálculo da porosidade sônico leva em conta a seguinte
fórmula:
t perfil − t matriz
Porosidade sônico =
t Fluido − t Matriz
Onde:
tperfil tempo de transito lido no perfil e us/ft;
tmatriz tempo de transito da matriz da formação em us/ft;
tfluido tempo de transito do fluído, 210 us/ft para água doce.
35
descentralizada e encostada na parede. Corrige-se então o valor do Delta t pelo tempo N
segundo a fórmula:
t perfil ( N ) − 50
∆t =
0.60975
t matriz
Porosidade sônico = 63 * (1 − )
∆t
Observação: tmatriz debe estar en µs/m.
Gr − menor valor
Vsh =
Mayor valor − menor valor
Sendo:
Vsh volume de folhelhoç
GR raios de Gama medido no perfil
Maior valor maior valor de GR lido no perfil
Menor valor menor valor lido no perfil
Sendo:
A constante para meios porosos é 0,62
Ø a porosidade efetiva
m coeficiente de cimentação que varia para poços rasos pouco
cimentados, como o SAG de 1,3 a 1,7 e 2,15 para poços
cimentados.
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Perfil 4 – Perfil Sônico – Acústico, Poço da USP em Ribeirão Preto – São Paulo. Fonte:
Perfil Máster , Equipamento Century
Pista 1 – em azul raios gama naturais em Graus API.
Pista 1 – em Vermelho – volume de folhelho.
Pista 2 - Profundidade em metros
Pista 3 – em verde delta t em micro segundos por metro
Pista 3 – em azul delta t compensada em micro segundo por metro
Pista 4 – em preto tempo do sensor perto (Near).
Pista 4 – em vermelho tempo do sensor longe (Far)
Pista 5 – Litologia simplificada
Pista 6 – em azul porosidade efetiva calculada
Pista 6 - em vermelho porosidade total
Perfis Térmicos
O sensor de temperatura geralmente encontra-se junto ao sensor de Resistividade do
Fluído, na ponta da ferramenta. Ele tem uma resolução de 74 milésimos de ºC. No SAG é
muito comum haver gradiente de temperatura no Basalto e a mesma permanecer constante
ao longo de todo o arenito.
Perfis Mecânicos
Existem no mercado três tipos de perfis: o de Calibração do furo, o de verticalidade do
furo e o de desvio da vertical, o de amostragem de poço e o de fluxo de aqüífero (Flow
meter).
O Perfil de Calibração (Caliper log) pode ser obtido a partir de ferramentas com um, dois,
três ou quatro braços. A ferramenta desde no poço fechada e por um mecanismo
eletrônico no fundo abrimos os braços e subimos registrando ao valores medidos. Uma vez
na superfície os dados coletados são arquivados o arquivo obtido pode ser processado
como, por exemplo, calculando do volume do poço, do revestimento, do espaço anular, e
por subtração o volume de pré filtro a ser injetado no poço.
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Perfil 5 – Perfil Cáliper com integração de volumes. Poço da USP em Ribeirão Preto – São
Paulo. Fonte: Perfil Máster, Equipamento Century
Pista 1 – em vermelho diâmetro do poço em centímetros.
Pista 1 – em preto diâmetro do revestimento em centimetros.
Pista 2 - em preto diâmetro do revestimento em polegadas.
Pista 2 – em vermelho diâmetro do poço em polegadas.
Pista 3 – em preto volume do revestimento em m3.
Pista 3 – em vermelho volume do poço em m3.
Pista 4 – em azul volume do espaço anular em m3
Pista 4 – em verde volume do anular em sacos de 50 kg cada.
Perfil de verticalidade
O Perfil de Verticalidade do Furo tem como sensor um magnetômetro instalado na
ferramenta. Com ele obtemos o desvio da vertical, até 90º e azimute até 360º. Com o
registro continuo verificamos o que passa no poço ao longo de toda a perfuração e
podemos inclusive prever problemas para a instalação do revestimento de produção.
Perfil de Amostragem
O Perfil de Amostragem de poço, como o próprio nome diz, trata-se de coletar amostras
de água a determinadas profundidades, com uma garrafa com 1 litro de capacidade e um
mecanismo similar ao do caliper o qual abre a garrafa na profundidade desejada, enche o
recipiente e fecha, trazendo para a superfície uma amostra pontual, não contaminada.
Tubos lisos
A coluna de revestimento, constituída pelos tubos e filtros tem sua definição na
interpretação decorrente do conjunto tempo de penetração, descrição das amostras e
perfilagens geofísicas realizadas.
38
A coluna de revestimentos constituída de tubos lisos e filtros se estenderá desde o fundo
do poço até a superfície ou não.
Tal revestimento quando se estende até a superfície, deverá prever a posição da câmara de
bombeamento, que é função do nível piezométrica, do nível dinâmico projetado e do
volume de água que se pretende extrair do poço.
De uma maneira geral, esta coluna que pode ser única ou dependendo de seu peso,
segmentada, deve considerar ainda aspectos de segurança e do monitoramento da
instalação do pré filtro ao poço.
Outro ponto importante diz respeito a instalação de filtros índices em uma posição
normalmente situada no basalto, numa distância não inferior a 60 metros do topo do
aqüífero (e da secção de filtros). Este filtro índice tem a finalidade de auxiliar e controlar
adequadamente a instalação do pré filtro no poço.
Filtros
Os filtros, definidos no item 4.13, são também conhecidos por ser a parte mais sensível de
um poço tubular profundo. Popularmente se diz inclusive que se trata do coração do poço,
tamanha a sua importância.
Inicialmente o que se pode antecipar é que já na fase do projeto, cabe ao profissional que
está elaborando os estudos básicos definir as características desta parte da coluna de
revestimento.
O fato é que a formação arenosa que constitui o aqüífero Guarani é relativamente bem
conhecida e dela se tem informações precisas em praticamente toda a extensão da bacia.
Assim, é possível ao projetista avaliar e definir qual a característica desta parte e em
conseqüência do pré filtro e do processo em si de sua instalação.
Se de um lado não se poderia afirmar que a curva granulométrica que representa o aqüífero
Guarani não é a mesma em toda a extensão da bacia, por outro lado pode-se afirmar que as
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diferenças existentes não interferem a ponto de provocar alteração no que é possível e
usual de se obter no mercado, em termos de seleção de filtros e considerando-se uma
diferenciação pela abertura das ranhuras. O fato, como será mostrado, é que no mercado
predominam algumas ranhuras que são mais adequadas as condições do aqüífero.
É conhecido que o aqüífero Guarani apresenta na sua porção eólica uma predominância de
areias com diâmetro da ordem de 0,176 mm, enquanto sua fração flúvio lacustre, tem um
diâmetro de 0,113 mm.
Como decorrência desta situação e do fato que o mercado na área do Mercosul ou mesmo
internacional como um todo oferece, onde predominam filtros (quaisquer que sejam os
tipos) com aberturas que usualmente são de 0,25mm, 0,50 mm, 0,75 mm, 1,00 mm e que
crescem com intervalos de 0,25 mm, pode-se definir um padrão que melhor se adequa as
condições de exploração do aqüífero, de retenção das partículas finas do mesmo e que
ocasiona menor perda de carga. Paralelamente a esta definição, ao se considerar a questão
do item segurança, o projetista passa a ter condições de definir e caracterizar os filtros a
serem utilizados.
De maneira geral, e tomando-se uma abertura padrão para as ranhuras equivalente a 1,00
mm é informado o percentual médio de área aberta de cada filtro. Na seqüência também é
mostrado as condições normais de fluxo de água na passagem pelos mesmos.
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Filtro espiralado Filtro Estampado Filtro de PVC
Filtros estampados existentes no mercado, normalmente denominados tipo Nold (por sua
origem), são confeccionados em chapas calandradas, apresentam baixo percentual de área
aberta e em decorrência dos processos de fabricação são mais vulneráveis a qualidade da
água. Deve-se considerar ainda problemas de ‘ovalização’ em sua estrutura.
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Obra: Poço Tubular Profundo
Perfil
Laje de proteção Geológico
Tubo de aço, pto, diâm. 24”
Solo de
Perfuração, diâm. 30” alteração
25 m
Cimentação do espaço anular
120 m
FM Botucatú
Arenitos
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processo se atinja rapidamente a viscosidade de 35” no Funil Mash, melhorando as
condições de instalação do pré filtro.
7.4.9 CIMENTAÇÃO
A cimentação normal de um revestimento está enquadrada como “cimentação primária” e
consiste no deslocamento da pasta de cimento pura (cimento e água) através do
revestimento e colocação dessa pasta no espaço anular entre o a perfuração do poço e o
revestimento.
Limpeza de reboco
Antes da operação de cimentação propriamente dita é de boa prática o bombeio de água a
fim de se efetuar a lavagem do reboco.
Deslocamento
O deslocamento da pasta até o ponto desejado deverá ser feito com o emprego de uma
bomba de lama, por dentro da coluna de revestimento ou por dentro da coluna de
perfuração, até a sapata de cimentação, cuja finalidade principal é a de reter o refluxo de
cimento para dentro da coluna de revestimento e em conseqüência atingir outros locais
onde não se deseja sua presença.
Para tanto se faz necessário efetuar a cimentação por estágios, denominados colares de
estágio. As operações embora no mesmo poço, são feitas separadamente. O primeiro
estágio que corresponde a parte inferior é conduzido primeiro, enquanto o da zona
superior é feito posteriormente.
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Pasta de cimento
A Pasta de cimento utilizada nas cimentações dos poços nada mais é do que a resultante da
mistura de cimento à água, em determinadas proporções, recomenda-se a utilização de uma
pasta com peso da ordem de 1,74 kg/l (14,5 libras/galão). Entretanto, às vezes, necessário
se torna a adição de produtos, como retardador de pega, principalmente quando o volume
a ser injetado é grande e supera 400 sacos de cimento. Um retardador de pega poderá ser a
bentonita e/ou cloreto de cálcio.
Seleção
Teoricamente, antes da definição das características do filtro (abertura, tipo etc) e do
próprio pré filtro, dever-se-ia elaborar ensaios granulométricos de várias secções do
aqüífero, desde que o mesmo se apresente com características granulométricas distintas.
Com este procedimento e se definindo a curva granulométrica média do aqüífero, seu
coeficiente de uniformidade e indicadores como o D 40, se define também a característica e
curva padrão do pré filtro.
A recomendação neste caso é de que sejam feitas tantas análises quanto forem os intervalos
onde seja constatada diferenças granulométricas significativas. Para efeito de cálculo todas
são determinadas e na prática se utiliza assumir a que traga maior segurança para o sistema,
ou seja – o filtro e o maciço filtrante (pré filtro) que tenha possibilidade de operar no
intervalo de menor granulometria.
44
Na prática, se procura trabalhar com materiais – tanto o filtro quanto o pré filtro que são
disponíveis no mercado e que mais se aproximam destas condições.
No exemplo adotado, foram aplicados filtros espiralados, com abertura de 0,75 mm (usual
no mercado) e um pré filtro cuja curva granulométrica se aproximou de 1,00 a 2,00 mm,
sendo este pré filtro predominantemente quartzoso, bem arredondado e que apresentava
um coeficiente de uniformidade idêntico ao da amostra selecionada.
Análisis granulométrico
Municipio: Araraquara/SP
Local: Distrito Industrial Pozo:
Granulometría Tamiz
Clasificación Peso (g) % Intervalo % Acumulado % Pasa
(mm) (mm)
Pedregullo superior a 2,0 2,0 0,050 0,007 0,007 99,993
Arena muy gruesa 1,0 a 2,0 1,0 0,35 0,050 0,058 99,942
Arena Gruesa 0,5 a 1,0 0,50 0,84 0,121 0,178 99,822
0,420 5,40 0,777 0,955 99,045
0,350 23,00 3,309 4,264 95,736
Arena media 0,25 a 0,5
0,297 68,30 9,825 14,089 85,911
0,250 159,90 23,003 37,092 62,908
0,210 33,30 4,790 41,882 58,118
0,177 185,00 26,613 68,496 31,504
Arena fina 0,125 a 0,25
0,149 162,70 23,405 91,901 8,099
0,125 13,20 1,899 93,800 6,200
Arena muy fina 0,076 a 0,125 0,74 38,70 5,567 99,367 0,633
Limo y arcilla debajo de 0,076 fundo 4,40 0,633 100,000 0,000
Peso Total Utilizado: 695,14 gramos
100
90
70
% Material Retido
60
50
40
30
20
10
0
0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 1,2 1,4 1,6 1,8 2,0
Tamanho dos Grãos (mm)
45
Figura 6 - Curva granulométrica de un pozo en el Acuífero Guaraní con la curva de
selección de prefiltro
Este procedimento no entanto, não é prático, pois demandaria tanto tempo que o fato do
poço permanecer aberto, ainda que com fluído de boa qualidade (CMC), se poderia
provocar danos significativos ao aqüífero e aos resultados projetados.
Assim, o diâmetro médio do pré-filtro passa a ser adotado como uma função direta da
abertura do filtro, e das prováveis e já conhecidas características granulométricas do
aqüífero.
Deverá ser assegurado ainda que o pré-filtro não esteja contaminado com poluentes físico
ou químico em sua fonte, transporte e armazenamento.
Por último, é recomendável adicionar hipoclorito de sódio durante a injeção de pré-filtro,
que vai promover uma primeira desinfecção do poço.
Injeção de pré-filtro
A injeção de pré-filtro em zona não surgente, deve ser precedida de recondicionamento do
fluido de perfuração e redução da viscosidade do fluido para cerca de 35 segundos no funil
Mash. Em poços jorrantes o peso do fluido deverá ser mantido.
A injeção de pré-filtro deve ter uma programação a fim de possibilitar uma taxa de injeção
constante, para preencher o espaço anelar de forma contínua entre as paredes da
perfuração e a coluna de revestimento.
Contra-fluxo
A fim de injetar o pré-filtro por este método deve-se descer a coluna de hastes até cerca de
5 m acima do fundo do revestimento. No topo do revestimento, o espaço anelar entre a
haste e o tubo é fechado com chapa de aço revestida na área de contato com borracha ou
similar a fim de forçar o fluxo de retorno através das aberturas dos filtros e do espaço
anelar.
O volume injetado deve ser sempre calculado e comparado com o projetado. Quando se
preencher o último filtro haverá perda de circulação do fluido, indicando que se deve
paralisar o bombeamento e completando restante por gravidade.
46
Quando o revestimento é descido com rosca à esquerda, o processo é semelhante. Neste
caso quando se chega próximo ao volume teórico paralisa-se o processo por cerca de 2 a 3
horas. Se não preencheu o filtro índice, lança-se volume de pré-filtro correspondente entre
o filtro índice e a rosca esquerda. Repete-se a operação até preencher o filtro índice. Após o
preenchimento saca-se o pino da rosca a esquerda.
Quando o último filtro ou filtro índice é preenchido a circulação é paralisada Este processo
tem a grande vantagem de poço ficar totalmente limpo no término da operação.
Este método pode ter uma variante, quando se tem que injetar o pré-filtro com fluído
viscoso ou mais pesado conectando-se uma bomba centrífuga nas hastes para auxiliar o
retorno.
Assim, quando o volume dos tanques começar a baixar, por problema de perdas, haverá
tempo suficiente para iniciar o combate à mesma ou pelo menos minimizá-la.
Por outro lado quando substituímos lama à base de bentonita, utilizada para a perfuração
de basaltos, por lama a base de polímeros, para a perfuração de arenitos, quanto maior o
volume dos tanques mais fácil torna-se a troca e menor a perda de tempo.
47
1 3
2
Tipo
Geralmente trabalha-se com dois tipos de tanques de lama: os de alvenaria e os metálicos.
Tanques de alvenaria são construídos no solo, geralmente dois ou três deles,
interconectados, pela parte superior ou com uma válvula inferior tipo alçapão para conexão
entre eles.
Tanques metálicos são construídos de forma que possam ser transportados por carretas ou
pranchas baixas. São interconectáveis através de uniões com válvulas.
Recentemente têm aparecido no mercado tanques de plástico, de aproximadamente um m3
cada, protegidos por uma estrutura tubular, porem só para poços rasos.
48
Volume de armazenamento
Uma fórmula empírica e rápida de cálculo bem aproximado de volume de um poço ou
mesmo de tubulações é:
2
Volumen(l / m) = d ( pu lg adas)
2
Onde:
Volume volume de almacenamento (em litros por metro)
D diâmetro do poço (ou tubo) em polegadas elevado ao quadrado
Da mesma forma em se tratando de tanques metálicos devem se utilizar três deles em cada
locação. O volume normal de um tanque metálico é de 27 m3 sendo que suas dimensões
normais são de 2,5 x 6 x 1,8 de altura, para poder ser transportado por carretas.
49
Foto 4 – tanque de lama – peneira vibratória. Parte de um canteiro de obra – mostrando
tanque de lama, com peneira vibratória
Desareiador
Trata-se de um conjunto moto bomba centrifuga acoplado a uma serie de três a quatro
cones de poliuretano ou neoprene usado para centrifugar o fluido de perfuração e separar
as partículas mais finas, principalmente dos arenitos do SAG.
50
Enquanto gel permite que as partículas cortadas permaneçam em seu interior em suspensão
e quando em movimento, dependendo da velocidade carreiam tais partículas para a
superfície para serem removidas pelos equipamentos específicos. Os laboratórios portáteis
auxiliam o perfurador na identificação das características do fluido. Assim temos como
básico o funil e caneca para a medida da viscosidade. A caneca tem um volume
referenciado de 1000 ml e o funil uma ponta de diâmetro calibrado de forma que o tempo
necessário em segundos para escoar o total do volume do recipiente corresponde à
viscosidade Marsh. Valores de até 60 segundos Marsh são comuns na perfuração dos
basaltos do SAG. Os arenitos são geralmente perfurados com polímeros e a viscosidade cai
para algo em torno de 45 segundos.
O laboratório possui também uma balança para medir o peso do fluido. Comumente a
unidade utilizada é g/cm³ ou lb/gal. Para uma referência imediata a água tem 8,33 lb/gal
ou 1,00 g/cm³. A relação obtida nas tabelas de conversão indicam o coeficiente 0,11994
para transformar de lb/gal para g/cm³.
Uma lama a base de bentonita com 9,18 lb/gal corresponde a densidade de 1,10 g/l. Ao se
perfurar e agregar areia a lama, seu peso pode facilmente alcançar 10 lb/gal ou 1,2 g/cm³ e
ai então uma necessária operação de limpeza através dos desareiadores.
Um outro instrumento de grande valia, porem pouco utilizado, é o filtro prensa, que mede
a espessura do reboco. Sua utilização no SAG é pouco difundida porque se perfuram os
arenitos com polímeros que praticamente não formam reboco. Tanto no fluido a base de
bentonita como no de polímeros o controle do pH é primordial. Tal grandeza é medida
com papel indicador.
Introdução
A etapa de desenvolvimento de um poço tubular profundo deve ter, a exemplo das demais
etapas da perfuração, um planejamento adequado e criterioso, bem como toda uma
seqüência operacional que venha a permitir uma exploração econômica e racional do
aqüífero.
51
Procedimentos básicos
Para se fazer um planejamento adequado das operações visando conseguir os melhores
resultados possíveis deve ser considerado:
Destacamos ainda o fato de que em qualquer circunstância devemos intervir com rapidez
na fase de completação do poço,e a conclusão que decorre dessa observação é que para se
dar início aos processos de completação de um poço tubular profundo é imprescindível se
contar com todos os recursos materiais e técnicos ao lado da obra para sua realização de
forma imediata.
A utilização deste método implica em contarmos com recursos materiais significativos tais
como:
52
• compressores de alto pressão entre 200 a 350 PSI.(lbs/pol²)
Em qualquer caso, quer seja com a utilização de compressores de baixa ou alta pressão,
recomenda-se que a capacidade mínima de produção de ar seja de 150 cfm (pés cúbicos por
minuto equivalente a – 28,31 x 150 litros por minuto), podendo ainda atingir volume de
até 900 cfm.. O dimensionamento adequado do sistema possibilitará uma maior eficiência
da operação.
Razão de Submergência
É a relação entre a altura da coluna de água dentro do poço, acima da extremidade inferior
da posição do injetor, onde ocorre a mistura ar/água, e o comprimento total deste
multiplicando por 100.
profundidade injetor − ND
S (%) = *100
profundidade injector
Assim num poço que tem um nível dinâmico de 40 metros e a profundidade do injetor é de
130 metros (independente do fato de que o ponto de sucção poderá estar em profundidade
superior a do injetor), teremos uma razão de Submergência definida por:
130 − 40
S (%) = * 100 = 69.23%
130
Esta razão de submergência é que vai estabelecer qual o tipo de compressor que deverá ser
alocado para efetuar o desenvolvimento. Uma relação de submergência adequada deve ser
superior a 60%, possibilitando um bombeamento contínuo. Se a submergência for inferior
53
a 35%, independentemente do volume de ar do compressor, a eficiência do sistema e do
método estará comprometida.
Após a injeção de pré-filtro e circulação com água, retira-se parte das hastes para deixar
com comprimento adequado de acordo com a pressão do compressor. Recomenda-se mos
poços com profundidade superior a 300 metros, e para maior eficácia a utilização de
compressor com volume de ar 900 cfm e 350 ib/pol2 de pressão.
Quando á água apresentar tendência de ficar limpa, deve-se parar o bombeamento e lançar
solução de dispersantes a base de fosfato através das hastes e em seguida, lançar pela boca
do poço água em volume suficiente para deslocar a solução para o interior do aqüífero e
depois de pelo menos 6 hs reiniciar o bombeamento.
Bombeamento e superbombeamento
Bombeamento
Após o desenvolvimento com compressor instalar o equipamento de bombeamento,
equipado com tubos auxiliares pra medição de nível de água e medidores de vazão,
bombeando com vazão máxima permissível pelo equipamento. Neste processo bombear
por 2 horas com meia hora de paralisação. Se a ágfa se apresentar muito turva, lançar
dispersantes químicos pela boca do pó com e após água para deslocamento. Após 6h de
54
paralisação, reiniciar o bombeamento intermitente. O tempo requerido para deixar a água
dentro dos limites de turbidez normalmente situa entre 12 a 25 hs.
Superbombeamento
É o método mais simples de desenvolvimento, sendo aconselhável principalmente para os
aqüíferos por porosidade, onde a quantidade de argila e/ou silte seja desprezível.
Por sua simplicidade, há uma tendência generalizada do seu emprego, cujos resultados nem
sempre podem ser considerados como conclusivos e eficientes. A sua utilização, em
condições inadequadas podem provocar danos consideráveis a estrutura física do poço,
principalmente quando a coluna de revestimento utilizada é de baixa resistência a tração e
pressão de colapso. Neste aspecto, conforme será exposto, recomendam-se cuidados
adicionais quando se tratar de poço completado com coluna de revestimento de PVC.
O método tem como objetivo principal o bombeamento do poço a uma vazão maior do
que aquela que se vai extrair, o que implica dizer que o rebaixamento que se provoca é
maior do que o de trabalho quando o poço estiver em operação normal.
Jateamento
Trata-se de um método bem simples, que objetiva a introdução de água a uma velocidade
controlada, diretamente sobre a superfície dos filtros. Tem como princípio o uso de
ferramentas singelas e tem a vantagem de permitir a utilização de pequenas quantidades de
água e de produtos químicos para tratar frontalmente a porção filtrante e/ou ainda
somente áreas filtrantes que possam estar apresentando algum tipo de problema. É de fato
um processo eficiente quando da recuperação de poços que apresentam problemas de
incrustação e que exige a aplicação de ácidos e ou outras soluções, e/ou ainda de
problemas decorrentes de um maciço filtrante que não se encontra adequado a estrutura do
poço.
Figura 8. Jateador
Não se recomenda sua utilização em poços completados em PVC. A sua utilização nesse
tipo de material requer pessoal altamente capacitado, orifícios de maiores diâmetros junto
aos bicos de injeção para evitar a abrasão do jato d’água junto as ranhuras, e desta forma a
55
redução da pressão de jateamento que por sua vez torna o método menos eficiente, em
função da taxa de penetração do jato.
Em poços completados com filtros do tipo NOLD, também não demonstra resultados
satisfatórios, uma vez que o fluxo junto ao bico de injeção é tangencial, fato este que
diminui significantemente a eficiência do método. O desenvolvimento fica limitado às
cercanias do poço não conseguindo chegar até a formação aqüífera.
A maior vantagem de forma geral do método é que o mesmo não requer grandes volumes
de água e de produtos químicos, necessitando de pequenas bombas para se atingir até
mesmo grandes profundidades. As bombas centrífugas ou de pistão, são dimensionadas em
função da profundidade a ser executado o jateamento e também do nível estático do poço
56
Pistoneamento
Embora estejamos apresentando o procedimento usual para pistoneamento de poços,
podemos assegurar que uma vez a perfuração transcorrendo com um controle de qualidade
adequado do fluído de perfuração e os procedimentos de limpeza do poço (com lavagem e
bombeamento com ar comprimido) se iniciarem imediatamente após a instalação da coluna
de revestimento, provavelmente não será necessário aplicar este processo.
Anéis de borracha
Disco de metal
Figura 9.- Ferramenta usada para pistoneamento, consistindo de anéis de borracha e metal.
O pistão contém aberturas ou válvulas, que se abrem quando o pistão desce e fecha-se
quando sobe dentro do poço. Sendo operado em movimentos descendentes e ascendentes
dentro do poço, força a água a entrar e sair através do filtro. A força de entrada da água
para dentro do poço (quando o pistão sobe) é maior do que a de saída (quando o pistão
desce), isto é, o fluxo no sentido aqüífero-poço é mais forte do que no sentido contrário. A
vantagem desse tipo de “plunge” é que dependendo da profundidade em que ele é
operado, consegue-se executar simultaneamente o desenvolvimento, e o bombeamento do
poço.
57
Etapas da operação do pistão:
• Limpar bem o poço com a caçamba ou através de bombeamento, neste caso
utilizando-se mais freqüentemente uma coluna de ar móvel interna à coluna de
tubos de água. Anotar as profundidades das secções filtrantes e com precisão a
profundidade livre do poço;
• Verificar se o plunge está na posição correta, entre 1,0 e 1,5 m acima do topo da
secção filtrante a ser trabalhada, já que a operação é feita secção a secção e que a
operação obrigatoriamente se inicia pela secção mais alta (mais próxima da
superfície);
• Verificar e regular o balancim da perfuratriz para o curso médio e adequado ao
percurso que se pretende dar ao pistão;
• Acionar a perfuratriz iniciando lentamente os movimentos ascendentes e
descendentes do plunge. A freqüência desejável do balancim é da ordem de 10 a no
máximo 15 movimentos por minuto. No inicio da operação, fazer a limpeza do
poço com a caçamba a cada 5 minutos, tempo este que poderá ser aumentado
desde que se verifique que está entrando pouca areia no poço.
• À medida que se executa o desenvolvimento, observando sempre as
recomendações acima, verificar se a quantidade de areia diminuiu, e em caso
afirmativo, aumentar gradativamente a freqüência da sonda até 30 ou 35 pancadas
por minuto.
Balancim
Este é um procedimento eficiente para quebrar as possíveis pontes que tenham se formado
por ocasião da instalação do pré-filtro, evitando-se assim o eventual aprisionamento da
ferramenta por acúmulo de material particulado que poderia se depositar sobre o pistão, o
que poderia provocar danos a estrutura do poço.
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Produtos Químicos
Utilizados antes ou durante qualquer uma das operações acima e procurando atuar
especificamente sobre determinadas características do poço, do aqüífero, ou do fluído de
perfuração-reboco que estejam dificultando ou retardando o processo.
S = B.Q N + C.Q
Esta equação, caracterizada por uma reta quando n=2 permitirá (ainda no campo), uma
avaliação dos coeficientes de perda de carga do aqüífero (B) e do poço (C), e com isto
poder avaliar se as características do poço estão dentro dos parâmetros esperados. Outras
curvas (curva característica - vazão/rebaixamento) e a eficiência do poço permitirão uma
avaliação da real situação do poço e em conseqüência do desenvolvimento efetuado.
59
A finalização dos serviços de desenvolvimento é considerada concluída, quando por
comparação se atingiu valores próximos dos já conhecidos para a região ou aqüífero. No
caso de não se chegar à estes valores e após uma análise detalhada dos processos utilizados
e mesmo após sua repetição (ou de outros métodos) não se conseguir uma boa eficiência,
torna-se necessária fazer uma avaliação de outros fatores que possam ter interferido nos
resultados, sejam eles decorrentes de dados de projeto incorreto, ou de especificações
técnicas de materiais (principalmente filtros) inadequadas ou de anomalias geológicas
regionais não identificadas.
Seleção de bomba
Logo na conclusão da perfuração do poço e imediatamente após a etapa de
desenvolvimento torna-se necessário a execução de ensaios de vazão que vão caracterizar o
aqüífero e o seu potencial explotável.
Já na realização do teste de vazão deve-se contar com um equipamento que melhor atenda
às condições previstas no projeto e também as condições físicas regionais onde o poço está
situado, entendendo-se neste caso principalmente a questão da disponibilidade de energia
no local do empreendimento.
Desta maneira, já que as diferenças entre uma situação e outra (teste de vazão e exploração
definitiva) é pequena e conceitualmente as condições básicas para definição de um ou outro
equipamento são as mesmas, vamos abordar neste item a questão do ponto de vista da
seleção do equipamento de exploração do poço, lembrando portanto que as premissas são
válidas para a situação anterior que ocorre quando da realização do teste.
60
• profundidade de instalação do equipamento e características básicas da instalação x
demanda de equipamentos especiais para movimentação do mesmo;
• condições de atendimento a situações programadas e emergenciais
• condições de assistência técnica do fabricante na região
• qualidade da água a ser bombeada e sua temperatura
• nível de proteção desejada
• nível de automação e controle desejado
De acordo com estas variáveis se poderia projetar alguns tipos básicos de equipamentos,
quais sejam:
Bomba Submersível
Trata-se de um bombeador tipo centrífugo que á acoplada a um motor submersível,
constituindo assim um conjunto onde o eixo de interligação de uma parte (bombeador) a
outra (motor) é de pequena extensão, reduzindo com isto perdas de carga, demanda de
energia, riscos de danos etc. Este equipamento apresenta a vantagem de uma vez definido
o nível de bombeamento (nível dinâmico) para uma determinada vazão de exploração,
poder trabalhar logo abaixo deste ponto.
O motor submersível é alimentado por cabo elétrico blindado e que pode operar a grandes
profundidades sem risco de infiltração de água e redução de seu isolamento (salvo danos
físicos ao mesmo).
Estes conjuntos moto bombas podem trabalhar com vazões pequenas – 1 m³/hora a
centenas de m³/hora, durante milhares de hora sem requerer sua remoção (desde que
operados convenientemente).
61
Figura 10 - Grupo Moto Bomba Submersa – modelo de curva de rendimento de um
equipamento e tabela analítica produção e altura manométrica total
Bomba Turbina
É o mesmo tipo de sistema – bombeador – uma centrífuga vertical, porém com o motor
trabalhando à distância do bombeador e ligado por um eixo –denominado prolongado
(devido a distância que pode chegar a centenas de metro). A característica construtiva do
equipamento faz com que este eixo deva ser estabilizado através de mancais rosqueáveis ou
flangeados a cada 3 metros, comprimento padrão de cada coluna e de cada eixo,localizado
dentro de uma outra coluna que mantererá o eixo centralizado até a saída do poço, onde
estará localizado o motor. Embora o rendimento do conjunto seja normalmente inferior ao
do conjunto moto bomba submersível, estes equipamentos tipo turbina possibilitam por
outro lado a operação com volumes de água muito alto, a grandes profundidades e sem
restrições com relação a temperatura da água bombeada.
62
Figura 11 - Bomba Turbina
Em nível de Mercosul, onde o SAG está presente, tanto um quanto outro equipamento são
bastante diversificados e oferecem respostas para praticamente toda a situação demandada.
Hmt = Hr + Hc + ND
Onde:
63
ND – Nível Dinâmico (em m)
Usualmente a recomendação é de que o painel de comando fique em local situado até cerca
de 10,0 metros da saída do poço e que seu abrigo seja dotada de boa ventilação, além de
situado em altura compatível com os procedimentos de segurança de cada local.
Tubulação Edutora
Normalmente são utilizados tubos galvanizados para a linha até 6 “ de diâmetro e pretos
para diâmetros maiores *8 – 10 e 12”.
Em função da profundidade de instalação e da carga total, estes tubos são providos de
roscas convencionais (BSP) ou de maior resistência (NPT – Butress etc)
64
Tubo para medição de nível
É recomendado sempre a instalação de uma tubulação de aço galvanizado ou mesmo PVC
– no diâmetro de ½” ou ¾” com o objetivo de se viabilizar o monitoramento do nível da
água em repouso e durante o bombeamento. Este tubo é fixado próximo ao topo do
conjunto moto bomba (por exemplo, em uma conexão – luva solidária a tubulação
edutora) e é fixada a própria tubulação principal de bombeamento, a intervalos de 3,0 em
3,0 metros, através de cintas metálicas especiais (na falta pode-se utilizar cabo elétrico na
amarração, observando sempre que determinados procedimentos como o uso de borrachas
devem ser evitados já que as mesmas podem se tornar mais elásticas e com o tempo serem
deslocadas para o topo do equipamento, onde num procedimento de retirada do
equipamento poderão provocar dificuldades adicionais)..
65
Cabo elétrico
Como já foi dito, os manuais normalmente indicam como se proceder a seleção do cabo
elétrico adequado a alimentação do conjunto. Deve-se apenas tomar o cuidado com a
questão de temperatura da água que quando superior a 28 °C, pode demandar cabos
especiais.
Outras recomendações
Este manual dispõe de um breve capítulo sobre operação de poços, bem como apresenta
tabelas de controle diário, semanal etc da vida de um poço. Assim, observamos a
necessidade de se utilizar aquelas informações que poderão viabilizar uma operação
adequada do conjunto poço-equipamento-aquífero e permitirá que as intervenções no
sistema se dê segundo uma programação e não segundo procedimentos corretivos
emergenciais. Também lá se discute quais os itens que possibilitará uma avaliação do
desempenho do sistema São indicadores de eficiência elétrica e hidráulica que deverão ser
observados na vida de um poço tubular profundo.
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Teste de aqüífero
O teste de aqüífero através de rebaixamento e recuperação na vazão constante, tem como
finalidade pesquisar os parâmetros hidrodinâmicos do aqüífero, objetivando a
determinação dos coeficientes de transmissividade e armazenamento e sempre quando for
possível utilizar outros poços nas redondezas como piezômetros.
O programa de teste consiste numa seqüência de rebaixamento a vazão constante com
tempo de duração não inferior a 24 horas e após medidas de recuperação com duração de
pelo menos 6 horas.
Para adaptar o programa de teste convém obter todas as informações da avaliação
hidrogeológicas disponíveis, tais como:
Teste de Produção
A finalidade do teste de poço consiste em avaliar as características do poço para definir a
vazão ótima de exploração de acordo com o interesse do uso racional tendo em vista as
perdas de carga imputada no aqüífero pela perfuração e pelo projeto construtivo. O
programa de teste consiste numa seqüência de rebaixamentos à vazão crescente e de
duração constante. As vazões de cada etapa são definidas em função dos valores do teste
de aquífero.
Realização de testes de bombeamento
Para o bom andamento dos testes é importante observar algumas indicações, como segue:
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• O lançamento de água bombeada onde o aqüífero se encontra em condições livres
ou área de afloramento deve ser feito de maneira a evitar recarga induzindo para o
poço.
• As medidas do nível de água durante os testes de rebaixamento, recuperação e de
produção devem seguir a freqüência de tempo abaixo e nos intervalos indicados, o
que propiciará uma facilidade quando da interpretação dos ensaios em papel
monolog (eqüidistância dos pontos).
Rebaixamento
Estando o poço fechado, teremos a pressão máxima no manômetro que representa o nível
estático. Em seguida abre-se o registro para o poço entrar em produção. Aciona-se o
cronômetro e passa-se a efetuar as leituras de pressão e vazão nos tempos recomendados.
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Recuperação
Efetua-se a leitura da última medida de pressão estabilizada do poço em surgência. Fecha-
se o registro, aciona-se o cronômetro e passa-se a medir a pressão que vai aumentando nos
tempos predefinidos da mesma forma que se efetua num teste de recuperação em poços
surgentes.
Desinfecção
Por mais cuidados que se toma durante a fase de perfuração, é praticamente inevitável que
se provoque a introdução de materiais e ou ferramentas contaminadas, que poderão numa
fase posterior possibilitar o desenvolvimento de colônias de bactérias. Mesmo na fase de
conclusão, durante os ensaios de produção do poço, ou mesmo na fase de instalação do
equipamento definitivo de exploração poderemos estar introduzindo germes e bactérias
que devem ser objeto de controle e eliminadas.
Para se atingir o objetivo com eficiência e a confiança de que o processo não necessitará de
novas aplicações é necessário que os procedimentos a serem adotadas na desinfecção do
conjunto poço -aqüífero - equipamento de bombeamento, sejam cuidadosamente
observados.
Para tanto adotamos o seguinte roteiro de procedimentos que objetivam o sucesso desta
operação:
• Cálculo do volume de água contida no poço e no envoltório de pré-filtro:
• Escolha do produto químico a ser utilizado, caracterizando com precisão o volume
de Cloro disponível, que é função da concentração de Cloro no produto;
• Cálculo da quantidade do produto a ser aplicado, de tal maneira que se tenha a
possibilidade de termos um volume de solução contendo no mínimo 50 ppm de
cloro livre após a sua introdução no poço.
• Observamos aqui o fato de que o desejável seria termos uma quantidade de solução
equivalente a 3 vezes o volume calculado em A, ou seja, 3 vezes o volume da
perfuração propriamente dito, e que a solução introduzida no poço seja acrescida
de uma porção (já contida no poço) isenta de Cloro livre. Neste caso deve-se
considerar o efeito desta diminuição de concentração, buscando-se adequar a
solução a ser introduzida a um patamar maior para se atingir o mínimo desejável de
50 ppm.
• Tendo em vista que o limite máximo de Cloro livre na solução pode atingir até
valores de 200 ppm, fica relativamente fácil, se trabalharmos com uma
69
concentração de 120 a 150 ppm na solução a ser introduzida no poço, desde que se
tenha um volume da ordem de 3 vezes o volume contido no poço. Não tendo
disponibilidade de um volume equivalente a este, deve-se adequar à concentração
da solução.
• A indicação de um volume equivalente a 3 vezes o volume contido no poço se deve
ao fato de que ao se colocar a solução no poço, teremos a certeza de que
poderemos atingir toda a extensão do mesmo, o envoltório de pré filtro e ainda
uma extensão do aqüífero, numa porção que sofre os efeitos de possível
contaminação. De outra maneira, ao se reduzir o volume da solução, não se tem
assegurado que a solução altamente concentrada atingirá toda a extensão do poço e
seus arredores.
• O procedimento ideal de colocação da solução no poço requer a instalação de uma
coluna de tubos e/ou hastes, através da qual se fará a introdução da mesma. Na
medida em que se coloca a solução, haverá uma remoção da coluna. Efetivamente é
uma operação cara e num poço muito profundo, é demorada. Variáveis, tais como:
Uma análise físico-química e bacteriológica anual revelará por outro lado a necessidade de
outras medidas corretivas no poço.
Principais produtos químicos disponíveis no mercado e suas concentrações em Cloro
Livre:
• Hipoclorito de Sódio – NaCIO - 10 a 12%;
• Hipoclorito de Cálcio ou H.T.H. – Tabletes de Ca(CIO)2 =70 a 75%
• Soluções Alvejantes (Cândida ou Q.Boa) = 3 a 4%
70
Viabiliza assim a manutenção da qualidade da água não só na rede de distribuição como
também nos reservatórios públicos e domiciliares.
Amostragem da água
Ao final do teste de bombeamento deve-se coletar amostras de água, dentro das normas
específicas para análises físico químico e bacteriológico. Em decorrência da vulnerabilidade
maior ou menor recomenda-se procedimentos e análises diferenciadas conforme o local da
perfuração.
Em zona de afloramento
Em zonas de afloramentos onde o aqüífero tem comportamento hidrodinâmico de livre a
semi confinado, as análises físico-química e bacteriológica, deverão ser analisados os
seguintes parâmetros:
• Físico
• Inorgânicos
• Agrotóxicos
• Orgânicos
• Desinfetantes e produtos secundários a desinfecção
Em zonas de Confinamento
Nas zonas onde o aqüífero se encontra em condições de confinamento minimizando a sua
poluição tendo em vista o baixo grau de vulnerabilidade, recomenda-se que seja feitos os
seguintes parâmetros, que possibilitam sua classificação pela concentração de sais;
71
7.5.3 EQUIPAMENTOS E CONDIÇÕES DE MONITORAMENTO
Quando da descida do conjunto moto bomba em um poço, geralmente é instalado de
maneira solidária à tubulação edutora, uma coluna de aço galvanizada ou de PVC de ¾” de
diâmetro nominal, para a medida dos níveis de um poço. Ainda na superfície, são
instalados hidrômetros, de turbina vertical ou eletromagnético para as medidas de vazão.
Após a curva edutora de superfície, antes do hidrômetro, em geral coloca-se uma válvula de
retenção e após o hidrômetro, instala-se uma saída lateral de ¼” para eventual necessidade
de monitoramente de areia na água produzida.
O medidor de nível pode ser elétrico, pneumático, sônico ou pressostático. O ideal é que
estes instrumentos possam ser monitorados a distância e constantemente, assim como a
vazão, que alem de ser monitorada instantaneamente devera ter um dispositivo que permita
sua totalização.
Quadro elétrico dispõe hoje em dia de dispositivos para medir a amperagem, a totalização
das horas operadas, porem quando não existirem deverão ser preenchidas planilhas
especificamente elaboradas para este fim.
Um monitoramento desta natureza poderá indicar alem da eficiência do sistema, a hora
exata de necessidade de uma manutenção preventiva de um poço produtor.
8 RELATÓRIO DE PERFURAÇÃO
As informações que deverão constar de um relatório final da construção do poço, seja ele
de exploração ou mesmo de pesquisa e investigação deve considerar como básico e conter
todas as informações que se seguem.
72
equipamento utilizado para medição e observações sobre presença e quantidade de
areia, bem como de eventuais mudanças de qualidade de água
• Temperatura da água – ambiente e do poço – ao inicio e ao término do teste.
• Análises físico químicas com obtenção dos parâmetros mínimos indicados no
quadro em anexo e análise bacteriológica. Informações de análises in situ como
Ferro, cloretos e outros executados.
• Dados da Desinfecção aplicada
• Localização do poço – informando as coordenadas geográficas – em base - UTM,
cota do terreno e outros dados – como Rua, Cidade, Estado, Província ou
Departamento, Bacia e Sub Bacia Hidrográfica
• Proprietário do poço e do direito de uso do poço – responsável legal pela outorga
• Responsável pela concessão da Outorga de Uso do Poço e a finalidade da água
• Responsável pelo projeto e especificações técnicas
• Empresa Perfuradora
• Método de Perfuração e Equipamentos utilizados
• Diâmetros de perfuração e sistema de amostragem
• Características do fluído de perfuração – densidade, viscosidade, composição básica
• Perfil litológico e profundidade dos diferentes extratos
• Perfilagens realizadas e perfil composto e perfil de avanço, com conceitos de
dureza da rocha, tempo de avanço
• Características dos materiais empregados no poço – tubulação e filtros, informando
diâmetros, tipo, espessura, quantidades, tipo e abertura de filtros, posição instalada
• Cimentações realizadas – tipo, profundidade e quantidade aplicada
• Operações de limpeza e desenvolvimento aplicadas – método utilizado e uso e
aplicação de produtos químicos e ainda o tempo demandado em cada operação.
• Teste de Vazão realizado – equipamento utilizado, profundidade de instalação,
tempo de cada etapa, registro de produção e dos níveis durante todo o teste,
equipamento utilizado para medição e observações sobre presença e quantidade de
areia, bem como de eventuais mudanças de qualidade de água
• Temperatura da água – ambiente e do poço – ao inicio e ao término do teste.
• Análises físico químicas com obtenção dos parâmetros mínimos indicados no
quadro em anexo e análise bacteriológica. Informações de análises in situ como
Ferro, cloretos e outros executados.
• Dados da Desinfecção aplicada
• Análise e interpretação dos ensaios de vazão e Indicação das condições adequadas
de exploração – profundidade de equipamentos e recomendações
• Indicação do Responsável Técnico pela Perfuração e pela avaliação do resultado e
indicação das condições de exploração do poço
73
9 DISPOSITIVOS LEGAIS
A este órgão gestor caberá ainda a tarefa de avaliar se as informações fornecidas são
compatíveis com o empreendimento e ainda com eventuais riscos de passivos ambientais
que possam vir a se constituir por decorrência de locação ou projeto inadequado.
Ainda na dependência da legislação de cada país, (e de certa maneira se recomenda que esta
prática se amplie e se efetive) deverá o órgão gestor exigir novos estudos e avaliações
sempre que se observar a possibilidade de constituição de danos ao meio ambiente.
Uma vez obtida a licença de perfuração e tendo concluído a perfuração, deve-se obter
junto ao órgão gestor, normalmente o mesmo que autoriza a perfuração, a autorização de
Uso do poço.
Assim como para a obtenção da licença de perfuração, deverá o órgão gestor avaliar se as
informações de cada área ao término da implantação do poço tubular, são compatíveis com
os dados regionais já disponíveis e se as condições sugeridas de operação não poderão
provocar danos ambientais ou mesmo de desequilíbrio localizado no balanço hidrológico.
Em situações de dúvida ou risco, deverá o órgão gestor recomendar outras avaliações e
recomendações de exploração.
74
9.3 Profissionais e Responsáveis Técnicos
9.3.2
DIMENSIONAMENTO E INSTALAÇÃO DE CONJUNTO DE
BOMBEAMENTO
Além dos profissionais que estão presentes na etapa 1, torna-se responsável pelos trabalhos
um Eng. Elétrico, bombeiros.
Responsável Técnico
Por se tratar de uma obra de geologia e hidrogeologia, que envolve riscos diretos e
indiretos de grande monta, com possibilidades de constituição de passivos ambientais
signficativos e ainda com responsabilidades diretas no suprimento de água para
abastecimento humano, agroindustrial ou outros, é imprescindível que o conjunto de
atividades tenha sempre a frente de cada uma delas, o profissional cujas atribuições melhor
se adeque a realização daqueles trabalhos.
Legislação trabalhista
Usualmente na construção de um poço de grande profundidade recomenda-se operar em 2
ou 3 turnos que completam às 24 horas de trabalho, ou seja, a sugestão é de se executar a
perfuração sem interrupção, já que os custos de manobra (remoção e reinstalação da coluna
de perfuração) e os riscos decorrentes da operação são significativos. Neste caso, ao
contrário dos regimes habituais de trabalho, onde usualmente se opera em um único turno
ou em regime de no máximo 12 horas, deve-se estar atento à legislação trabalhista de cada
país.
75
atento as práticas de cada país, principalmente quanto a questão de manuseio, ainda que de
produtos como hipocloritos, soda cáustica etc.
Seguro de acidentes pessoais e de responsabilidade civil
Também é recomendado que se faça o seguro de acidentes pessoais de todo o corpo
profissional envolvido, de acordo com a legislação de cada país e ainda que se amplie este
seguro para o que se denomina de risco de engenharia e que considera o risco a terceiros
que eventualmente possam se encontrar nas proximidades de uma locação.
10.1 Operação
76
• Otimização do sistema, objetivando uma produção a menor custo;
• Redução de intervenções emergenciais
• Planejamento de substituições e redução do risco
• Obtenção de melhor condição de funcionamento com aumento da eficiência do
sistema como um todo
Em vista dos parâmetros observados na operação dos poços, será possível se efetuar
intervenções programadas nos poços, de tal maneira que se reduzirá os custos diretos e
indiretos de tal procedimento.
Uma intervenção programada permitirá uma atuação direta na questão central do que
estiver ocasionando uma perda de eficiência do sistema.
77
O presente manual foi elaborado com a seguinte equipe:
Coordenação Geral – Geólogo Valter Galdiano Gonçales
78
11 ANEXOS
11.1.1 COMPRIMENTO
Unidade Centímetro Metro Km Pol. Pé Jarda Milha
1 metro 100 1 0,001 39,37 3,2808 1,0936 0,00062
1 pé 30,48 0,0304 0,000305 12 1 0,3333 6
0,00018
1 jarda 91,44 0,914 0,000914 36 3 1 90,00056
1 milha 160,93 1.609. 1,6093 63.360 5.280 1.760 81
0
Milímetros e polegadas
11.1.2 ÁREA
UNIDA cm² m² pol.² pé² jarda² acre² milha²
1 cm² 1 0,0001 0,155 0,00108 0,00012 - -
1 m² 10.000 1 1.550 10,76 1,196 0,00024 -
1 pol.² 6,452 0,00064 1 0,00694 0,00077 - -
1 pé² 929 0,929 144 1 0,111 0,00002 -
1 jarda² 8,361 0,836 1.269 9 1 0,00020 -
1 acre² 40.465.2 4.047 6.272.64 43.560 4,840 1 0,0015
1 milha² - 2.589,99 - 27.8784 3.097.60 640 -
11.1.3 VOLUME
UNIDA cm³ m³ litro Galão US Galão pol.³ pé³
DE
1 cm³ 1 0,000001 0,001 0,000264 UK
0,00022 0,061 0,000035
1 m³ 1.000.000 1 1.000 264,17 220,083 61.023 35,314
1 litro 1.000 0,001 1 0,264 0,220 61.023 0,353
1 Galão 3.785,40 0,00379 3,785 1 0,833 231 0,134
1Galão 4.542,50 0,00454 4,542 1,2 1 277,274 0,160
1 pol.³ 16,39 0,000016 0,0164 0,00433 0,0361 1 0,000579
1 pé³ 28.317 0,0283 28,317 6,232 6,232 1.728 1
11.1.4 PESO
UNIDADE grama KG onça libra ton. (curta) ton. (longa)
1 grama 1 0,001 0,0353 0,0022 0,0000011 0,00000098
1 1.000 1 35,274 2,205 0,0011 0,0000984
1 onça 28,349 0,0283 1 0,0625 0,0000312 0,0000279
1 libra 453,592 0,454 16 1 0,0005 0,000446
1ton. curt 907.184,8 907.185 32.000 2.000 1 0,983
1ton. Long. 1.016.047 1.016.047 35.840 2.240 1,12 1
79
11.1.5 VAZÃO
Vazão Fator Vazão
l / min 0,060 m3 / h
l / seg 3,6 m3 / h
gal / h 0,00379 m3 / h
gal / min 0,227 m3 / h
pé3 / h 1,70 m3 / h
pé3 / min 102 m3 / h
11.1.6 PRESSÃO
Pressão Fator Pressão
psi (lb / pol2) 0,0703 kg / cm2
Psi 0,703 m.c.a.
Psi 51,7 mm Hg
Kgf / lbf /
UNIDADE Pa atm bar ba at
m2 pé2
psi 0,000145 14,6959 14,5 0,0000145 0,00142 14,2 0,00694
11.1.7 DENSIDADE
UNIDADE kg / m3 g / cm3 Lb / pe3
kg / m3 1 0,001 0,0625
g / cm3 1.000 1 62,5
Fonte – todas as tabelas – Livro de Perfuração – DH-SP
80
11.2 Especificações
81
11.2.2 TUBOS DE AÇO
82
11.2.3 TIPOS DE ROSCAS
11.3 Vários
83
11.3.2 PERDAS DE CARGA
84
85
11.4 Esquemas
Obs.: O layout sugerido é para poços com mais de 500 metros de profundidade
Adequar para menor em outras situações proporcionais a dimensão da sonda rotativa.
86
11.4.2 PROYETO ESQUEMÁTOICO DE UM POÇÇO TUBULAR PROFUNDO
NO SAG.
Figura 11
87
11.5 Informes
Fonte – DH Perfuração
88
Fonte DH Perfuração
89
Fonte: DH Perfuração
90
Fonte: DH Perfuração
91
11.5.1 DADOS CADASTRAIS DO USUÁRIO/REQUERENTE
2 - CARACTERÍSTICAS DO LOCAL
Endereço _________________________________________________________
Bairro/Distrito________________________Município_____________________
Nome da propriedade________________________________________________
92
Requeiro por este instrumento, a outorga de licença de execução de perfuração de poço
tubular profundo, conforme características descritas neste requerimento, de acordo com o
que estabelece a legislação vigente
Termos em que,
P. Deferimento
_________________________________ ________________________________
Assinatura Proprietário/Requerente Geólogo / Engenheiro de Minas
93
ANEXO IV
MUNICIPIO:
Geologia:
Aquífero (s):
Parecer:
Anexo 3
94
ANEXO V
1/5
PROJETO DE POÇO TUBULAR PROFUNDO
ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS CONSTRUTIVAS
1 DADOS
Município: Distrito:
PERFIL GEOLOGICO:
de (m) a (m) Formaçäo Aquífero Captado Nível Estático (m) Vazäo (m3/h) Rebaixamento (m)
3 ESPECIFICAÇÕES:
Perfuraçäo:
PERFILAGEM ELÉTRICA
Profundidade do Poço (m) Situaçäo do Poço Sistema de Bombeamento Duraçäo (hora) Observaçöes
Anexo 4
95
ANEXO V
2/5
REVESTIMENTO - TUBOS LISOS
Tipo de Material Tipo de Uniäo Esp.(pol) Esp.(mm) Diam.(pol) Diam.(mm) Comprimento (m)
REVESTIMENTO - FILTROS
Tipo de Material Tipo de Uniäo % de Área Aberta Diam.(pol) Diam.(mm) Comprimento (m)
PRÉ-FILTRO
DESENVOLVIMENTO
TESTES DE BOMBEAMENTO
CIMENTAÇÃO
ACABAMENTO
Desinfecção:hipoclorito de calcio
Anexo 5
96
ANEXO V
3/5
PROJETO ESQUEMATICO DE POÇO TUBULAR PROFUNDO
COLUNA
GEOLOGICA
LEGENDA:
Anexo 6
97
INDICAÇÄO DO PONTO DE PERFURAÇÄO ANEXO V
4/5
Coordenadas UTM: NS
EW
LEGENDA
o - PONTO DE PERFURAÇÄO
98
ANEXO V
5/5
CONDIÇõES ESPECIFICAS
O POÇO DEVERÁ SER EXECUTADO DE ACORDO COM A "NORMA DE CONSTRUÇÄO DE POÇOS TUBULARES
PARA CAPTAÇÄO DE ÅGUA SUBTERRANEA DA ABNT"
PROJETO HIDROGEOLOGICO
HABILITAÇÃO: CREA n.
99
Teste de Vazão - Vazão Máxima
0,00
5,00
Rebaixamento (m)
10,00
15,00
20,00
25,00
30,00
35,00
40,00
1 10 100
Tempo (min)
Anexo 9
100
Teste de Vazão - Recuperação
0,00
5,00
Rebaixamento (m)
10,00
15,00
20,00
25,00
30,00
35,00
40,00
1,00 10,00 100,00 1000,00 10000,00
Tempo (min)
101
102
11.5.2 PADRÃO DE POTABILIDADE PARA SUBSTÂNCIAS QUÍMICAS QUE
REPRESENTAM RISCO À SAÚDE
(1)
PARÂMETRO UNIDADE VMP
INORGÂNICAS
Antimônio mg/L 0,005
Arsênio mg/L 0,01
Bário mg/L 0,7
Cádmio mg/L 0,005
Cianeto mg/L 0,07
Chumbo mg/L 0,01
Cobre mg/L 2
Cromo mg/L 0,05
Fluoreto ( 2 ) mg/L 1,5
Mercúrio mg/L 0,001
Nitrato (como N) mg/L 10
Nitrito (como N) mg/L 1
Selênio mg/L 0,01
ORGÂNICAS
Acrilamida µg/L 0,5
Benzeno µg/L 5
Benzo[a]pireno µg/L 0,7
Cloreto de Vinila µg/L 5
1,2 Dicloroetano µg/L 10
1,1 Dicloroateno µg/L 30
DicIorometano µg/L 20
Estireno µg/L 20
Tetracloreto de Carbono µg/L 2
Tetracloroeteno µg/L 40
Triclorobenzenos µg/L 20
Tricloroeteno µg/L 70
AGROTÓXICOS
Alaclor µg/L 20
Aldrin e Dieldrin µg/L 0,03
Atrazina µg/L 2
Bentazona µg/L 300
Clordano (isômeros) µg/L 0,2
2,4 D µg/L 30
DDT (isômeros) µg/L 2
Endossulfan µg/L 20
Endrin µg/L 0,6
Glifosata µg/L 500
Heptacloro e Heptactoro epóxido µg/L 0,03
Hexaclorobenzeno µg/L 1
Lindano ( γ-BHC) µg/L 2
Metolacloro µg/L 10
Metoxicloro µg/L 20
103
Molinato µg/L 6
Pendimetalina µg/L 20
Pentaclorofenol µg/L 9
Permetrina µg/L 20
Propanil µg/L 20
Simazina µg/L 2
Trifluralina µg/L 20
CIANOTOXINAS
Microcistinas (3) µg/L 1
DESINFETANTES E PRODUTOS
SECUNDÁRIOS DA DESINFECÇÃO
Bromato mg/L 0,025
Clorito mg/L 0,2
Cloro livre(4) mg/L 5
Monocloramina mg/L 3
2,4,6 Triclorofenol mg/L 0,2
Trihalometanos Total mg/L 0,1
104
NOTAS:
(1) Valor Máximo Permitido.
(2) Os valores recomendados para a concentração de íon fluoreto devem observar à
legislação especifica vigente relativa à fluoretação da água, em qualquer caso devendo ser
respeitado o VMP desta Tabela.
(3) É aceitável a concentração de até 10 µg/L de microcistinas em até 3 (três) amostras,
consecutivas ou não, nas análises realizadas nos últimos 12 (doze) meses.
(4) Análise exigida de acordo com o desinfetante utilizado.
NOTAS:
(1) Valor máximo, permitido.
(2) Unidade Hazen (mg Pt-Co/L).
(3) critério de referência
(4) Unidade de turbidez.
105
1º Recomenda-se que, no sistema de distribuição, o pH da água seja mantido na faixa de
6,0 a 9,5.
2º Recomenda-se que o teor máximo de cloro residual livre, em qualquer ponto do sistema
de abastecimento, seja de 2,0 mg/L.
NOTA:
Valor Máximo Permitido
106
12 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
107