Livro Diabetes
Livro Diabetes
Livro Diabetes
Atualização Brasileira
sobre Diabetes
versão atualizada
2006
Atualização Brasileira
sobre diabetes
versão atualizada
Rio de Janeiro
Diagraphic Editora
Expediente
Copyright ©
Sociedade Brasileira de Diabetes
Editor Médico
Leão Zagury
CIP-BRASIL. CATALOGAÇÃO-NA-FONTE
SINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROS, RJ.
A898
ISBN 85-89718-15-8
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Jane Castelo, Revisora-Chefe Claudia Gouvêa, Revisores Leila Dias e Jeová Pereira, Diretor de Arte
Hélio Malka Y Negri, Programação Visual João Luis Guedes P. Pereira
2006.
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2004/2005 Araujo
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Prevenção do Vice-Coordenadora:
diabetes mellitus Dra. Angela Jason Reichelt
tipo 2 Conferencistas:
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Dr. Laércio Joel Franco
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Síndrome metabólica Dr. Fernando M. Giuffrida
Coordenadores: Dra. Maria Cristina Matos
Dr. Leão Zagury Dr. Leandro Branchtein
Dra. Adriana Costa e Forti Dr. Luiz Carlos Seligman
Conferencista:
Dr. Jorge Luiz Gross
Diabetes gestacional
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Dra. Maria Cristina Matos Cetoacidose diabética
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Dr. Luiz Carlos Seligman Dr. Balduíno Tschiedel
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Diabetes na Dr. Durval Damiani
infância Debatedores:
Coordenador: Dra. Marisa Coral
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Conferencista: Dr. Edgar D´Ávila Niclewicz
Dr. Balduíno Tschiedel Dra. Márcia Puñales
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Hipoglicemias no jovem Dr. Domingos Augusto Malerbi
com diabetes Conferencistas:
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Dr. Sergio Atala Dib Dr. Sergio Atala Dib
Dr. Ruy Lyra da Silva Filho Dr. Daniel Costa Lins
Dr. Edgar D´Ávila Niclewicz
Neuropatia diabética
Tratamento da Coordenador:
obesidade no paciente Dr. Ivan Ferraz
diabético Conferencista:
10
Índice
11
CAPÍTULO 1
Prevenção do
diabetes mellitus
tipo 2
n Introdução
n Objetivos de prevenção
13
Prevenção do diabetes mellitus tipo 2
n Fatores de risco
14
Prevenção do diabetes mellitus tipo 2
Malmö Study(10)
Estudo Da Quing
Estudo de Pittsburgh
15
Prevenção do diabetes mellitus tipo 2
Com duração de 2,8 anos, o DPP avaliou três grupos: controle com
placebo, metformina e intervenção no estilo de vida (dieta e exercício).
O estudo demonstrou, em comparação ao grupo controle, redução de
58% na incidência de diabetes no grupo intervenção e de 31% no grupo
com metformina(14).
16
Prevenção do diabetes mellitus tipo 2
17
Prevenção do diabetes mellitus tipo 2
18
Prevenção do diabetes mellitus tipo 2
n Prevenção do DM2
19
Prevenção do diabetes mellitus tipo 2
n Referências
20
Prevenção do diabetes mellitus tipo 2
21
CAPÍTULO 2
Síndrome
metabólica
n Introdução
23
Síndrome metabólica
24
Síndrome metabólica
25
Síndrome metabólica
Tabela 1
Diferentes propostas para caracterização da
síndrome metabólica
Características OMS, 1999
Hipertensão arterial Uso de anti-hipertensivos ou
PA ≥ 140/90 mmHg
Dislipidemia TG ≥ 150mg/dl
HDL < 35 mg/dl (H) e < 39 mg/dl (M)
26
Síndrome metabólica
Tipo de obesidade
C/Q: razão cintura/quadril; DM2: diabetes mellitus tipo 2;TOTG: teste oral de tolerância
à glicose realizado com a ingestão de 75g de glicose anidra e coleta de glicemia 2 h
após; H: homens; M: mulheres.
27
Síndrome metabólica
Tabela 2
Fatores de risco para o desenvolvimento da síndrome
metabólica
• S obrepeso: IMC ≥ 25 kg/m2 ou cintura > 102 cm em homens e
> 88 cm em mulheres
• Hábitos de vida sedentários
• Idade acima de 40 anos
• Etnia não-caucasóide
• História pessoal de intolerância à glicose, enfatizando-se que a
glicemia 2 h após 75 g de glicose anidra oral ≥ 140 mg/dl seria
uma medida mais sensível do risco da síndrome metabólica do
que a dosagem da glicemia em jejum
• História pessoal de diabetes gestacional
•D
iagnóstico de hipertensão arterial, dislipidemia ou doença
cardiovascular
• Presença de acantose nigricans ou síndrome dos ovários policísticos
• História familiar de diabetes mellitus tipo 2, hipertensão arterial ou
doença cardiovascular. Este último item é de grande relevância, dada
a forte agregação familiar dos componentes da síndrome metabólica
28
Síndrome metabólica
Tabela 3
Síndrome metabólica: critérios diagnósticos (IDF)
Obesidade central (circunferência abdominal), de acordo com os
seguintes parâmetros étnicos:
Europa ≥ 94 (H) ≥ 80 (M)
América do Sul e Central ≥ 90 (H) ≥ 80 (M)
China ≥ 90 (H) ≥ 80 (M)
Japão ≥ 85 (H) ≥ 90 (M)
África subsaariana e Oriente Médio usam parâmetros europeus; Américas do
Sul e Central seguem parâmetros do Sudoeste Asiático
Associado a dois ou mais dos seguintes fatores de risco:
Triglicérides ≥ 150 mg/dl ou tratamento específico
HDL-colesterol < 40 mg/dl (H) ou tratamento específico
HDL-colesterol < 50 mg/dl (M) ou tratamento específico
Pressão arterial sistólica ≥ 130 mmHg ou pressão arterial diastólica
≥ 85 mmHg ou tratamento específico
Glicemia de jejum ≥ 100 mg/dl ou DM2, previamente diagnosticado.
Se acima de 100 mg/dl, TOTG é fortemente recomendado, embora
não seja necessário para definir a presença de SM
Fonte: Albem G. 2004: Disponível em: www.cmeondiabetes.com/conference
29
Síndrome metabólica
30
Síndrome metabólica
Tabela 4
Fatores etiológicos da SM
• Genéticos
• Ambientais
– desnutrição fetal
– estresse psicossocial
– ↑ consumo calórico e ganho de peso
– sedentarismo
Mecanismos fisiopatológicos da SM
• Resistência à insulina
• Alterações anatômicas e funcionais do tecido adiposo
• Fatores hepáticos
• Fatores vasculares
• Fatores imunológicos
31
Síndrome metabólica
32
Síndrome metabólica
Tabela 5
1. Glicemia de jejum/TOTG*
2. HDL-colesterol
3. Triglicérides
*TOTG está indicado para indivíduos com glicemia de jejum entre 110 e 125 mg/dl; indiví-
duos com glicemia de jejum normal, apresentando pelo menos dois fatores de risco para
DM (idade > 45 anos, IMC > 25 kg/m2, história familiar de DM ou doença cardiovascular,
sedentarismo, glicemia de jejum alterada e tolerância à glicose diminuída, história de dia-
betes mellitus gestacional ou de macrossomia, hipertensão arterial, HDL-colesterol < 35
mg/dl e/ou triglicérides > 150 mg/dl e síndrome dos ovários policísticos); ou indivíduos
com história de diabetes gestacional prévio.
33
Síndrome metabólica
Tabela 6
34
Síndrome metabólica
Tabela 7
LDL-colesterol alto
HDL-colesterol baixo
História familiar de
intolerância à glicose
Coronariopatia prematura
35
Síndrome metabólica
36
Síndrome metabólica
Tabela 8
Objetivos do tratamento do DM2
37
Síndrome metabólica
Tabela 8 (cont.)
*Quanto ao controle glicêmico, deve-se procurar atingir valores os mais próximos do normal.
Como muitas vezes não é possível, aceitam-se, nesses casos, valores de glicose plasmática em
jejum até 126 mg/dl e pós-prandial (duas horas) até 160 mg/dl, e níveis de glicoemoglobina
até um ponto percentual acima do limite superior do método utilizado. Acima desses
valores, é sempre necessário realizar intervenção para melhorar o controle metabólico;
†
The Seventh Report of the Joint National Committee on Prevention, Detection, Evalua-
tion and Treatment of High Blood Pressure (JNC 7). JAMA 2003; 289: 2560-72.
Tabela 9
Antidiabéticos orais
38
Síndrome metabólica
Glicemia de jejum
Resposta Acrescentar 2º
inadequada Acrescentar 2º
sensibilizador sensibilizador
ou glinida
ou acarbose
Resposta
inadequada
Acarbose Resposta
ou glinida inadequada
Adicionar
sulfoniluréia
Resposta
inadequada
Adicionar
insulina Adaptado de Desouza et al., 2001(30)
e do Consenso da SBD, 2002(16).
39
Síndrome metabólica
Tabela 10
Mínima Máxima
Biguanidas
Inibidores da alfaglicosidase
Tiazolidinedionas
Rosiglitazona 2 8 1
Pioglitazona 15 45 1
n Referências
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Síndrome metabólica
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Síndrome metabólica
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42
CAPÍTULO 3
Diabetes
pré-gestacional
n Conceito
n Planejamento
43
Diabetes pré-gestacional
n Tratamento
44
Diabetes pré-gestacional
n Parto e pós-parto
45
Diabetes pré-gestacional
n Referências
46
CAPÍTULO 4
Diabetes
gestacional
n Conceito
n Fatores de risco
n Rastreamento
47
Diabetes gestacional
Glicemia de jejum
1a consulta
Rastreamento Rastreamento
negativo* positivo
48
Diabetes gestacional
n Diagnóstico
49
Diabetes gestacional
Tabela 1
Padronização do teste oral de tolerância com 75 g de
glicose(1)
1. Alimentação com ao menos 150 g de carboidratos por dia, nos
três dias que antecedem o teste. Atividade física habitual
2. No dia do teste, observar jejum de oito horas (a ingestão de água
é permitida; enfatizar que cafezinho com açúcar prejudica o teste)
3. Não fumar ou caminhar durante o teste
4. Medicações e intercorrências que podem alterar o teste devem
ser cuidadosamente anotadas
5. Ingerir 75 g de glicose anidra (ou 82,5 g de glicose monoidratada)
dissolvidos em 250-300 ml de água, em, no máximo, cinco minutos
6. O sangue coletado deve ser centrifugado imediatamente,
para separação do plasma e medida da glicemia. Caso não
seja possível, coletar o sangue em tubos fluoretados e mantê-
los resfriados (4°C) até a centrifugação, que deve ser feita
rapidamente
110 mg/dl para a glicemia de jejum e 140 mg/dl para o valor de duas
horas após sobrecarga com 75 g de glicose*. Um teste diagnóstico que
apresente os valores de glicemia abaixo dos pontos de corte acima
citados descarta o diagnóstico de diabetes gestacional. O fluxograma
diagnóstico proposto pelo Grupo de Estudo em Diabetes e Gravidez
está apresentado na Figura 1B. Se houver uma forte suspeita de dia-
betes na gestação atual – crescimento fetal exagerado, presença de
50
Diabetes gestacional
Rastreamento
positivo
Diabetes Diabetes
Teste negativo**
gestacional gestacional
51
Diabetes gestacional
n Tratamento
kg
18
16 P90
14
12
10
8
P25
0
13 16 19 21 24 27 30 33 36 39
Semanas
52
Diabetes gestacional
Tabela 2
Cálculo do valor calórico total da dieta a partir da
adequação de peso(10)
Estado nutricional na gravidez kcal/kg/dia
Adequado 30
120%-150% adequação 24
> 150% adequação 12-18
< 90% adequação 36-40
53
Diabetes gestacional
54
Diabetes gestacional
insulina (glargina, aspart e lispro) ainda não está comprovada e, por essa
razão, o seu uso na gravidez não é ainda recomendado(6). No entanto,
alguns estudos com a lispro evidenciaram sua possível segurança(18) e seu
uso na gravidez foi recentemente considerado categoria B pela Food and
Drug Administration (FDA).
Poucos estudos, com número pequeno de mulheres, comprovam
a segurança dos antidiabéticos orais. Esses estudos, um com a gliben-
clamida(19) e poucos com a metformina(20, 21), apesar de não mostrarem
efeitos adversos para o feto, não possibilitam o seu uso na gravidez.
Para avaliação de bem-estar fetal a própria gestante pode realizar a
contagem dos movimentos fetais, diariamente, a partir de 32 semanas
de gestação; essa rotina pode ser complementada com teste simplifica-
do de aceleração da freqüência cardíaca fetal(22). Se a instituição dispu-
ser de equipamento para avaliação de bem-estar fetal (cardiotacógrafo,
para monitorização anteparto, ou ecógrafo, para perfil biofísico fetal),
pode-se realizá-la semanalmente após as 32 semanas em todas as pa-
cientes em uso de insulina e naquelas consideradas de maior risco.
n Parto
55
Diabetes gestacional
n Pós-parto
Tabela 3
Pontos de corte para a classificação da tolerância à glicose
no pós-parto(1, 2)
Teste diagnóstico* Regulação da glicose
(mg/dl)
Normal Alterada Diabetes
Glicemia de jejum < 110 110-125 ≥ 126
Glicemia 2 h TTG-75 g < 140 140-199 ≥ 200
*Deve ser realizado duas vezes.
56
Diabetes gestacional
n Referências
57
Diabetes gestacional
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59
CAPÍTULO 5
Diabetes
na infância
n Prevalência
n Diagnóstico laboratorial
n Etiopatogenia
* Em DM1 também existe uma fase inicial com hiperglicemia apenas após sobrecarga que
precede a hiperglicemia sintomática, e por isso o teste de tolerância oral à glicose (TTOG),
em casos considerados de alto risco para a doença, pode ser indicado (1,75 g de glicose
anidra/kg de peso, máximo de 75 g).
61
Diabetes na infância
n Manifestações clínicas
* O DM1 associa-se com relativa freqüência a outras doenças auto-imunes como tireoi-
dite de Hashimoto, doença celíaca, doença de Graves, doença de Adison, vitiligo, anemia
perniciosa(1). Por sua maior prevalência, recomenda-se investigar rotineiramente a doença
auto-imune da tireóide e, se disponível, também a doença celíaca. Raramente encontra-se
a forma idiopática do DM1 caracterizada pela ausência de insulite, de auto-anticorpos e
não-associada com o antígeno leucocitário humano (HLA)(1).
62
Diabetes na infância
n Rastreamento de familiares
Tabela
1 8% 15% 23%
* Esta avaliação (anticorpos e secreção insulínica) não é recomendada como rotina a fa-
miliares de diabéticos tipo 1(1), pois nenhuma terapia se mostrou efetiva em impedir a
progressão para a doença clínica.
63
Diabetes na infância
Ganho de peso
* Os anos pré-puberais de doença devem ser considerados para o aparecimento das com-
plicações crônicas em crianças, mesmo menores de cinco anos(8), que apresentam metas
de controle mais permissivas pelo maior risco de hipoglicemia.
64
Diabetes na infância
Custo
Hipoglicemia
65
Diabetes na infância
Cuidados na escola
66
Diabetes na infância
67
Diabetes na infância
n Referências bibliográficas
68
Diabetes na infância
69
CAPÍTULO 6
Hipoglicemias no
jovem com diabetes
Introdução
n
Epidemiologia
71
Hipoglicemias no jovem com diabetes
F
isiopatologia do controle glicêmico no
n
diabetes
72
Hipoglicemias no jovem com diabetes
Diagnóstico
n
*Apesar dessa definição clássica, esse valor pode variar em função da faixa etária, da sensi-
bilidade à hipoglicemia e dos objetivos e estratégias de tratamento.
73
Hipoglicemias no jovem com diabetes
Manifestações clínicas
n
A
s principais causas de hipoglicemia no
n
paciente diabético
Irregularidade dietética
*Para o mesmo grau de hipoglicemia, crianças secretam mais catecolaminas que adultos, e
iniciam sua secreção em valores mais elevados de glicemia.
**Foi de grande importância o surgimento dos análogos de insulina de ação ultra-rápida,
que permitem a aplicação no momento da refeição ou imediatamente após. Associados à
contagem de carboidratos, tais agentes tornaram o ajuste mais fácil e seguro.
74
Hipoglicemias no jovem com diabetes
Prevenção
n
*É importante lembrar que crianças apresentam padrão de atividade física variável e im-
previsível.
**A ingestão de álcool é uma causa importante de hipoglicemia, particularmente no grupo
juvenil.
75
Hipoglicemias no jovem com diabetes
Tratamento
n
76
Hipoglicemias no jovem com diabetes
Conseqüências da hipoglicemia
n
77
Hipoglicemias no jovem com diabetes
n Referências
78
Hipoglicemias no jovem com diabetes
79
CAPÍTULO 7
Cetoacidose
diabética
n Introdução
81
Cetoacidose diabética
n Epidemiologia
n Fisiopatologia
n Diagnóstico
Manifestações clínicas
82
Cetoacidose diabética
Diagnóstico diferencial
Tratamento e conduta
n
83
Cetoacidose diabética
Objetivos de tratamento(2, 5, 6)
1. Expansão intravascular;
2. correção dos déficits;
3. insulinização;
4. identificação e tratamento do edema cerebral.
Exames laboratoriais
• Hemograma;
• hemoculturas;
• exame de elementos anormais e sedimentoscopia (EAS);
• urinocultura;
• radiografia de tórax;
• punção lombar.
Monitorização
84
Cetoacidose diabética
Tabela
• A creatinina pode estar falsamente elevada, pois a presença de ace-
toacetato interfere na dosagem. Não deve ser usada como parâme-
tro para avaliação da função renal
• A amilase pode estar falsamente elevada, mas em geral é salivar e
não reflete pancreatite
• O hemograma pode demonstrar leucocitose e desvio para a es-
querda, mesmo sem infecção
• No EAS pode haver piúria ou proteinúria, que não devem ser valo-
rizadas como sinais de infecção
• A avaliação da cetonemia e/ou da cetonúria é útil no diagnóstico
da CAD, principalmente quando existem dúvidas, mas sua avaliação
ao longo do tratamento não é essencial, podendo levar a erros de
interpretação
Os testes usuais para avaliação da cetonemia medem acetoacetato e acetona, e o beta-
hidroxibutirato é a principal cetona (80%) no quadro inicial de CAD. Com o tratamento
o beta-hidroxibutirato é convertido em acetoacetato, causando um aumento paradoxal
das cetonas.
Hidratação
• Expansão
• Soro fisiológico (SF) 0,9% – 10-20 ml/kg em 30 a 60 minutos. Pode
ser repetido duas vezes, até estabelecimento de diurese.
85
Cetoacidose diabética
• Composição
• SF a 0,9% até glicemia 250-300 mg/dl.
• Trocar para soro glicosado (1:1).
• Aumentar a TIG, se necessário, para manter a glicemia > 120 mg/dl
até correção completa da acidose.
Eletrólitos(6)
• Sódio
Geralmente está diminuído. Podem ocorrer tanto hiponatremia di-
lucional, pela hiperglicemia, quanto pseudo-hiponatremia, pela hiperli-
pemia. Para cada 100 mg/dl de aumento da glicemia acima de 100 mg/dl
há uma queda do sódio de 1,6 mEq/l e o sódio cai 2 mEq/l para cada
1g/dl de aumento de triglicerídeo.
• Repor com SF a 0,9% ou a 0,45%, nunca menos;
• cuidado com quedas rápidas de osmolaridade.
• Cloro
Está falsamente reduzido por hiperglicemia e hiperlipidemia. Os dé-
ficits correspondem a dois terços do Na, mas, como a reposição é feita
conjuntamente como NaCl, pode haver leve hipercloremia.
• Potássio
Há sempre depleção do potássio total, mesmo que a medida inicial
86
Cetoacidose diabética
• Fósforo
Também apresenta um aumento falso pela acidose, mas as re-
servas estão diminuídas. Em geral sua deficiência não apresenta
repercusões clínicas, mas as questões teóricas envolvidas são de
que deficiência de fósforo (< 1) pode levar à queda nos níveis de
2,3 difosfoglicerato (2,3 DPG), diminuindo a oferta de oxigênio aos
tecidos.
Sua reposição é controversa; em geral deve ser avaliada em ní-
veis menores que 1 ou em pacientes com jejum prolongado ou
patologia pulmonar concomitante. A reposição pode levar à queda
de Ca e Mg.
• Magnésio
A redução dos níveis de magnésio causa um aumento da resistência
à insulina. Pode ser reposto, se necessário, utilizando-se 0,5 mEq/100kcal
(sulfato de Mg a 10%, 1 ml = 0,8 mEq).
• Bicarbonato
A acidose normalmente encontrada é em geral revertida com hi-
dratação e insulinização. O uso de bicarbonato pode causar acidose
paradoxal no sistema nervoso central, e a correção rápida da acidose
resulta em hipocalemia e aumento no sódio, causando hiperosmolari-
dade. O uso do bicarbonato causa mais malefícios do que benefícios
e só é justificado quando a acidose é muito grave mesmo após a hi-
dratação inicial (pH < 6,9). Se for usado, deve ser em doses pequenas,
máximo de 1 mEq/kg, com reavaliação a seguir.
87
Cetoacidose diabética
Insulinização
• Fase de transição(2)
Critérios para insulinização subcutânea:
• pH ≥ 7,3 e bicarbonato > 15mEq/l;
• glicemia < 250mg/dl.
O momento ideal de fazer a transição é junto a uma refeição.
Deve-se aplicar insulina regular subcutânea 30 minutos antes de sus-
pender a infusão venosa, na dose de 0,1 a 0,2U/kg, e oferecer alimen-
tação.
A partir daí passa-se a monitorizar as glicemias antes das refei-
ções (a cada três ou quatro horas).
• Esquema de insulinização
Glicemia capilar:
≥ 160-200mg/dl → 0,1U/kg (máximo 4U);
≥ 200-300mg/dl → valores intermediários;
≥ 300-500 mg/dl → valores intermediários;
≥ 500mg/dl → 0,4U/kg (máximo 14U).
Fazer doses menores antes de dormir e na madrugada.
88
Cetoacidose diabética
n Complicações
• Hipoglicemia;
• hipocalemia;
• acidose de difícil resolução;
• edema pulmonar;
• edema cerebral(2, 11).
O edema cerebral é mais freqüente entre seis e 12 horas de tra-
tamento, mas pode ocorrer em qualquer momento, inclusive antes do
início do tratamento. A apresentação é aguda e requer diagnóstico e
tratamento imediatos. O grupo de risco para desenvolvimento de ede-
ma cerebral consiste em:
• menores de 2 anos de idade;
• abertura do quadro;
• hipocapnia;
• aumento de uréia;
• uso de bicarbonato.
• Cefaléia;
• vômitos;
89
Cetoacidose diabética
n Mortalidade
n Prevenção
90
Cetoacidose diabética
n Referências
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CAPÍTULO 8
Insulinoterapia
intensiva e
terapêutica com
bombas de insulina
n Introdução
93
Insulinoterapia intensiva e terapêutica com bombas de insulina
94
Insulinoterapia intensiva e terapêutica com bombas de insulina
Monitorização glicêmica
Farmacoterapia
95
Insulinoterapia intensiva e terapêutica com bombas de insulina
Diabetes tipo 1
Diabetes tipo 2
96
Insulinoterapia intensiva e terapêutica com bombas de insulina
Esquemas de insulinização
97
Insulinoterapia intensiva e terapêutica com bombas de insulina
98
Insulinoterapia intensiva e terapêutica com bombas de insulina
n Discussão e comentários
99
Insulinoterapia intensiva e terapêutica com bombas de insulina
n Conclusões
O basal pode ser feito com duas ou três doses diárias de NPH
ou com uma a duas doses de uma das insulinas sem pico (glargina
100
Insulinoterapia intensiva e terapêutica com bombas de insulina
101
Insulinoterapia intensiva e terapêutica com bombas de insulina
Anexo
• 80/20 –
• 70/30 –
Pré-misturas (N + UR)
• 70/25 –
• 70/30 –
Lantus
Ação prolongada Lantus optiset
(glargina)
102
Insulinoterapia intensiva e terapêutica com bombas de insulina
Novolin N
Humulin N
Biohulin N
Novolin 90/10
–
(Penfill)
Novolin 80/20
–
(Penfill)
Novolin 70/30
Humulin 70/30
(Frasco e Penfill)
Humalog Mix 25 –
NovoMix 30 Penfill
– NovoMix 30 Flexpen
(asparte)
Levemir Penfill
–
Levemir Flexpen (detemir)
– Neosulin N (suína)
Iolin N (mista)
103
Insulinoterapia intensiva e terapêutica com bombas de insulina
n ReferÊNCIAS
104
Insulinoterapia intensiva e terapêutica com bombas de insulina
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105
Insulinoterapia intensiva e terapêutica com bombas de insulina
106
CAPÍTULO 9
Tratamento da
obesidade no paciente
diabético
n Introdução
107
Tratamento da obesidade no paciente diabético
Tabela 1
< 90 <2 5
90-100 <2 15
90-100 >2 81
108
Tratamento da obesidade no paciente diabético
n Agentes antiobesidade
n Sibutramina
109
Tratamento da obesidade no paciente diabético
n Orlistat
110
Tratamento da obesidade no paciente diabético
n Anorexígenos
111
Tratamento da obesidade no paciente diabético
Tabela 2
Tabela 3
A IA, IB, IC
C 4
D 5
112
Tratamento da obesidade no paciente diabético
n Manipulação de medicamentos
antiobesidade
n Conclusões
113
Tratamento da obesidade no paciente diabético
Agentes antiobesidade
A) Grupo dos noradrenérgicos
Hipofagin S Sigma Pharma
Fagolipo Libbs
Mazindol
Absten S Medley
Femproporex Desobesi M Asta Medica
B) Grupo dos serotoninérgicos
Prozac Eli Lilly
Eufor 20 Farmasa
Fluoxetina
Psiquial comprimidos Merck
Similares Vários
Zoloft Pfizer
Sertralina Tolrest Biosintética
Sercerin Farmasa
C) Grupo dos noradrenérgicos + serotoninérgicos
Plenty Medley
Sibutramina
Reductil Abbott
D) Grupo dos inibidores da absorção de gorduras
Orlistat Xenical Roche
114
Tratamento da obesidade no paciente diabético
n Referências
115
CAPÍTULO 10
Tratamento cirúrgico
da obesidade no
paciente diabético
n Introdução
117
Tratamento cirúrgico da obesidade no paciente diabético
n Tipos de cirurgia
Restritivas
Disabsortivas
Mistas
118
Tratamento cirúrgico da obesidade no paciente diabético
119
Tratamento cirúrgico da obesidade no paciente diabético
120
Tratamento cirúrgico da obesidade no paciente diabético
121
Tratamento cirúrgico da obesidade no paciente diabético
122
Tratamento cirúrgico da obesidade no paciente diabético
n Conclusões
Tabela
Guia para seleção de tratamento
Categoria BMI
Tratamento 25-26,9 27-29,9 30-34,9 35-39,9 ≥ 40
Dieta, atividade Com Com
física e terapia co-mor- co-mor- + + +
comportamental bidades bidades
Farmacoterapia Com
co-mor- + + +
bidades
Cirurgia Com co-morbidades
Fonte: National Institutes of Health(5).
123
Tratamento cirúrgico da obesidade no paciente diabético
n Referências
124
Tratamento cirúrgico da obesidade no paciente diabético
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125
CAPÍTULO 11
Neuropatia
diabética
n Classificação clínica
1. Polineuropatia simétrica
• Condições relativamente estáveis:
- polineuropatia distal simétrica;
127
Neuropatia diabética
- polineuropatia autonômica.
• Sintomas episódicos:
- neuropatia da caquexia diabética;
- neuropatia hiperglicêmica;
- neuropatia induzida por tratamento.
• Polineuropatia inflamatória desmielinizante crônica (?).
128
Neuropatia diabética
n Manifestações clínicas
129
Neuropatia diabética
130
Neuropatia diabética
n Tratamento
1. Controle da glicemia.
2. Tentativa de controle metabólico.
3. Tratamento sintomático da dor:
a) antidepressivos tricíclicos;
b) anticonvulsivantes;
c) opióides;
d) drogas de uso tópico.
4. Tratamento da neuropatia autonômica.
131
Neuropatia diabética
n Referências
132
Neuropatia diabética
133
Neuropatia diabética
134
CAPÍTULO 12
Disfunção erétil no
diabético
n Epidemiologia
135
Disfunção erétil no diabético
Tabela 1
Fatores de risco potenciais para DE, de acordo com
estudos epidemiológicos disponíveis
Características
sociodemográficas e (I, II, III, IV)
hábitos de vida
136
Disfunção erétil no diabético
137
Disfunção erétil no diabético
Etapas diagnósticas
n Tratamento
138
Disfunção erétil no diabético
Tabela 2
139
Disfunção erétil no diabético
140
Disfunção erétil no diabético
n Referências:
141
Disfunção erétil no diabético
142
1471745