Técnicas de Leitura

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Técnicas de Leitura - Resumo, Resenha, Fichamento,

etc

- LER: DIRETRIZES GERAIS

1. Será importante você se preocupar com seus hábitos de leitura?

Em muitas situações de estudo, o estudante fracassa porque sua leitura não


é eficiente. A leitura é um dos principais canais de aquisição de informação,
especificamente na Universidade.

2. Antes de iniciar uma leitura, você sabe situa-la dentro de um contexto ?

Antes de iniciar o estudo de um texto, esteja certo de que compreendeu


qual é sua incumbência. Pergunte-se que informação terá que encontrar e
por que encontra-la, ou que uso fará dela. Em alguns casos, a colocação dos
problemas pode ser difícil; mas você pode sempre se perguntar pelo menos:
qual a relação deste tópico com a unidade que eu estou estudando? Qual a
relação deste tópico com outras unidades que eu já estudei?

3. Você lê em termos de idéias?

O bom leitor não lê palavra por palavra: ele lê conjunto de palavras que
constituem unidades de pensamento. Essas unidades de pensamento são
naturais para a compreensão de significados.

Uma unidade de pensamento pode ser constituída de uma ou mais frases.

Você percebe um conjunto de palavras ou de frases como uma unidade de


pensamento em função desse conjunto formar um todo significativo,
isto é, uma idéia .

4. Você tem certeza de que o material que você leu está bem
compreendido?

Muitos estudantes desperdiçam grande parte do tempo lendo materiais


cujo significado não está bastante claro para eles. As pesquisas provam que
há diferença no nível de aprendizagem de material significativo e pouco
significativo. Por exemplo: um indivíduo foi capaz de aprender 200 sílabas
sem sentido em 95 minutos e 200 palavras em poesia em 10 minutos. Esses
resultados mostram os extremos onde poesia (material bem significativo)
pode ser aprendido na décima parte do tempo que é requerido para
aprender o mesmo número de sílabas sem sentido.
Esteja certo de que você compreende o material de leitura. Para isso, tente
descobrir as relações entre o que você está tentando aprender e o que você
já sabe. Traduza as passagens difíceis para sua própria linguagem (se
preciso, use o dicionário, a enciclopédia. Veja LER: GLOSSÁRIO, mais
adiante). Tente explicar o texto para você mesmo e para as outras pessoas:
ao tentar explicar algo para outra pessoa, você descobrirá em que pontos
sua compreensão está falha e poderá se concentrar mais nos pontos fracos.

- LER: GRIFAR E ANOTAR NAS MARGENS

1. Para que adianta grifar um texto lido?

Quando observamos os livros de texto e as notas de aula dos alunos,


verificamos que poucos deles descobriram a força e a riqueza do grifo.

Alguns grifam demais, outros praticamente nada, e outros ainda de modo


impróprio. Freqüentemente encontramos capítulos inteiros onde a maior
parte do material está grifada; o grifo feito com exagero perde muito do seu
valor potencial.

O processo mecânico de grifar pode ajudar na concentração; mas, na


realidade, isso é apenas um pouco mais útil do que seguir a linha com o
dedo. Grifar deve ser um processo seletivo e de resumo.

2. Como você pode grifar de maneira seletiva e não mecanicamente ?

O grifo deve ser feito com dois objetivos em mente: primeiro, deve ser uma
ajuda para você entender e organizar a matéria; segundo, um auxílio para
revisão.

Para que o material grifado possa ser útil para a revisão, é preciso que seja
por si mesmo significativo. Os detalhes precisam estar relacionados uns
com os outros e se enquadrar bem ao tópico principal em que estão
incluídos. O material grifado de modo apropriado, resume para a revisão
posterior (ou mesmo para fazer um resumo escrito daquele texto) as
principais idéias, os detalhes importantes, os termos técnicos e as
definições.

3. Há um plano que possa ser seguido para que você possa grifar
eficientemente?

Se você quer que o grifo seja eficiente, então é necessário que seja feito de
acordo com um plano. Tente, por exemplo, o plano seguinte, que tem sido
empregado com êxito por muitos:
a) Faça uma leitura do material sem grifar nada (só ler): você terá uma
visão global dele;

b) Na segunda leitura, é que você deverá começar a grifar o texto, usando a


seguinte técnica: identifique, em cada parágrafo, quais as questões que
seguem as seqüências dos tópicos e tente respondê-las enquanto lê ( em
outras palavras: faça um levantamento das possíveis perguntas em que o
trecho lido serve como respostas. Quando se estuda, durante uma leitura
deve-se prever as questões que aquele trecho pode resultar). Quando
encontrar idéias ou detalhes importantes que ou respondem as questões,
ou estejam relacionadas com ela, coloque um sinal claro na margem.
Quando terminar o parágrafo, volte a olhar os itens que marcou. Se ainda
achar que as idéias ou os detalhes são importantes, então grife-os.

4. Você usa as margens do texto para fazer apontamentos ?

A combinação do grifo com as anotações nas margens é mais eficiente do


que os simples grifo; isso obriga-o a reformular o material do texto com as
suas próprias palavras, a resumi-lo e a dispô-lo sob uma forma mais
conveniente para posterior estudo, revisão, resumo escrito, resenha ou
fichamento.

5. O que você deve anotar nas margens?

Antes de grifar o texto, você identificou as perguntas que se podem extrair


dele. Seria útil que você as escrevesse nas margens ; para mais tarde fazer
uma revisão rápida , ou um resumo escrito, ou uma resenha, ou um
fichamento do que leu, você terá as principais perguntas do texto escrita
nas margens e suas respectivas respostas grifadas nele.

Outra possibilidade é você redigir nas margens também as respostas;


assim, você terá a oportunidade de traduzir para suas próprias palavras as
idéias centrais do texto, garantindo que elas estão realmente bem
compreendidas.

Algumas pessoas também encontram utilidade em resumir em uma ou duas


palavras o assunto central em cada parágrafo.

- LER : FAZER RESUMO

1. Será necessário que você treine também a habilidade de resumir os


textos que você lê ?

Fazer resumos é uma técnica de estudo de grande utilidade para você

a) compreender um texto lido;


b) memorizá-lo;

c) posteriormente, revê-lo.

2. Você conhece algumas indicações a respeito de como fazer um resumo ?

As indicações dadas até aqui: você começou situando a leitura dentro de


um contexto (o que o texto que leio tem a ver com o que estou
estudando?); depois, leu, não mecanicamente, mas procurando idéias e a
compreensão do seu sentido; você extraiu conceitos para organizar um
glossário (veja mais adiante); você grifou e fez anotações nas margens.
Esses passos são necessários para se fazer um resumo, uma resenha, ou
um fichamento. Na verdade, eles já estarão praticamente prontos se esses
passos forem seguidos: basta, em seguida, num papel à parte, usando tudo
isso que você já fez, elabore para cada parágrafo uma única frase (tópico
frasal) que contenha a idéia central nele desenvolvida, escrita com suas
palavras. Além disso, essas idéias principais devem ser inter-relacionadas,
de maneira a sugerir a seqüência que o texto original oferecia.

O resumo do texto é uma síntese das idéias e não das palavras do texto.
Não se trata de uma “miniaturização” do texto, mas uma síntese fiel das
idéias do autor.

-LER: FAZER GLOSSÁRIO

1. Será importante preparar um glossário a partir de suas leituras ?

Um dos sinais indicadores de que você domina um determinado assunto é a


extensão do seu vocabulário. Um vocabulário de trabalho pode ser um
ótimo instrumento que o ajuda a ler mais depressa e a compreender as
idéias do texto. Veja que há termos com significados diferentes para a
linguagem científica, a popular, a literária, etc; você precisa identificar o
sentido preciso dos termos dentro do contexto lingüístico de sua leitura.

2. Como um glossário se compõe ?

O glossário referente a um texto compõe-se dos conceitos mais importantes


desse texto. Constitui-se numa lista de palavras-chaves, acompanhadas
pelas suas respectivas definições; a organização é semelhante à de um
dicionário e essas definições devem ser claras, concisas, precisas e
objetivas.

3. Como você extrai conceitos de um texto ?


Como já visto, um texto é formado por um encadeamento de idéias,
expressas por frases ou parágrafos que representam unidades de
pensamento; cada uma dessas idéias é representada por uma palavra : um
CONCEITO.

Ao elaborar um glossário, você poder começar fazendo um levantamento


dessas palavras-chaves que expressam as principais idéias do texto; a
seguir, procure escrever como cada uma delas pode ser conceituada
segundo o contexto da leitura; pode ser que você não possa conceituá-la
com base no texto, devendo recorrer a um dicionário especializado ou a
uma enciclopédia.

Obs: É muito comum, antes de um resumo ou de uma resenha, colocar


quais são as palavras chaves do texto que compõe uma obra: só as
palavras, sem colocar ao seu lado seus significados. Quando se coloca a
lista das palavras-chaves acompanhadas de seus respectivos significados
(conceito), tem-se um glossário.

- RESENHA:

Resenha é a descrição minuciosa de uma obra. Por isso, além do resumo


dessa obra, a resenha sempre vem acompanhada de uma posição crítica
por parte de leitor. Antes de mais nada, coloca-se o nome da obra na forma
de referência bibliográfica de acordo com as normas da ABNT, em
seguida, a exposição objetiva do seu conteúdo (=resumo) e, por fim, tece-
se comentários críticos e interpretativos, discutindo, comparando, avaliando
a obra resenhada.

A resenha exige capacidade de síntese, objetividade, relativa maturidade


intelectual , domínio do assunto abordado na obra, sobriedade e, como em
todo texto dissertativo, argumentação eficiente, que é resultado dos
requisitos anteriores.

-FICHAMENTO:

É o registro catalogado, em fichas ou em folhas, de uma obra. No


fichamento, a obra é resumida ao essencial:cada capítulo corresponde a
uma ficha e, cada parágrafo, a uma frase.

As informações aqui contidas são padronizadas. Qualquer exigência que


façam a você que não foi citada aqui, será decorrente de estilos pessoais as
atividades de leitura e de elaboração de resumos, de resenhas e de
fichamentos.

Bibliografia:
1. ANDRADE, Maria Margarida & HENRIQUES, Antônio . Redação Prática:
Planejamento, estruturação e produção de textos . São Paulo :
Editora Atlas, 1999.
2. GRANATIC, Branca . Técnicas Básicas de Redação . São Paulo :
Scipione, 1995.
3. MEDEIROS, João Bosco . Técnicas de Redação . 4ª edição . São
Paulo : Atlas, 1997.
4. ___________ Redação Científica . 3ª ed. . São Paulo : Atlas, 1997.
5. SEVERINO, Joaquim Antônio . Metodologia do Trabalho Científico .
São Paulo : Cortez Editora, 2001.
6. Apostila sobre técnicas de leitura - PUC/SP - s/ data

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