Filosofos Pré-Socraticos
Filosofos Pré-Socraticos
Filosofos Pré-Socraticos
1 Introdução..............................................................................................................................3
2 DESENVOLVIMENTO........................................................................................................4
2.1 Contexto Histórico............................................................................................................4
2.2 Vida e obra........................................................................................................................5
2.2.1 Tales de Mileto...........................................................................................................5
2.2.2 Anaximandro..............................................................................................................6
2.2.3 Anaxímenes................................................................................................................7
2.2.4 Xenófones..................................................................................................................8
2.2.5 Heráclito.....................................................................................................................9
2.2.6 Pitágoras...................................................................................................................10
2.2.7 Parmênides...............................................................................................................12
2.2.8 Zenão de Eléia..........................................................................................................12
2.2.9 MELISSO DE SAMOS...........................................................................................13
2.2.10 Anaxágoras de clazômena......................................................................................15
2.2.11 Empédocles de Agrigento......................................................................................16
2.2.12 LEUCIPO...............................................................................................................17
2.2.13 Demócrito...............................................................................................................18
2.3 Princípios filosóficos e principais teorias.......................................................................20
2.3.1 Escola jônica............................................................................................................20
2.3.2 Escola eleata.............................................................................................................21
2.3.3 Escola Pitagórica......................................................................................................22
2.3.4 Escola de pluralidade ou jônica Posterior................................................................25
3 CONCLUSÃO......................................................................................................................26
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..................................................................................27
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1 INTRODUÇÃO
2 DESENVOLVIMENTO
cidade natal. Já se pretendeu ver, na escola de Mileto, quer dizer, em Tales, Anaximandro e
Anaxímenes, a expressão mais autêntica do espírito jônico, ao qual se oporiam os eleatas,
representantes do espírito dórico. A nova concepção de mundo dos milésios denominou-se
logos, palavra grega que significa razão, palavra ou discurso. As características do logos, que
o contrapõem ao pensamento mítico, são a imanência (oposta à transcendência), o naturalismo
e o abandono do antropomorfismo. Esboçou-se assim a primeira tentativa de explicar
racionalmente o universo, sem recorrer a entidades sobrenaturais.
Os filósofos da escola de Mileto eram homens de saber prático, acostumados a
viajar, dedicados à política e ao trabalho intelectual. A partir de fatos particulares,
conceituaram a realidade como um todo organizado e animado. Diante da multiplicidade e da
mutabilidade das aparências, buscavam um princípio unificador imutável, ao qual chamaram
arké -- origem, substrato e causa de todas as coisas. Em geometria, atribui-se a Tales a
invenção de cinco teoremas. Diz-se também que ele usou seus conhecimentos geométricos
para medir as pirâmides egípcias e para calcular a distância entre navios no mar e a costa.
Referências como essas, ainda que às vezes possam não corresponder à verdade, ilustram
todavia a reputação que o cercava.
Tales teria sido um precursor do pensamento científico ao substituir a explicação
mítica da origem do universo pela explicação física de sua cosmologia baseada na água. Para
ele, a água era o princípio formador da matéria porque o que é quente precisa da umidade para
viver, o morto se resseca, todos os germes são úmidos e os alimentos estão cheios de seiva. É
natural que as coisas se nutram daquilo de que provêm. A água é o princípio da natureza
úmida, que entretém todas as coisas, e a terra repousa sobre a água.
As combinações se fazem pela mistura e pela mudança dos elementos, e o mundo
é um só. A esfera do céu está dividida em cinco círculos, ou zonas: ártica, trópico de verão,
equador, trópico de inverno e antártica. Primeiro astrônomo a explicar o eclipse do Sol, ao
verificar que a Lua é iluminada por esse astro, Tales de Mileto, segundo o historiador grego
Diógenes Laércio, morreu com 78 anos durante a 58ª Olimpíada (548-545 a.C.).
2.2.2 ANAXIMANDRO
Nascido em Mileto no ano 610 a.C., foi discípulo de Tales, o fundador da "escola
de Mileto". Teria escrito tratados sobre geografia, astronomia e cosmologia, que perduraram
por vários séculos. Racionalista que prezava a simetria, utilizou proporções geométricas e
matemáticas na tentativa de mapear o céu, abrindo o caminho para astrônomos posteriores.
Em sua teoria, o mundo derivava de uma substância imponderável, denominada apeiron
(ilimitado), matéria eterna e indestrutível, que precedeu a "separação" em contrários, como
quente e frio, seco e úmido, representando assim a unidade primordial por trás da aparente
diversidade dos fenômenos. Todos os elementos antagônicos estavam contidos no apeiron,
que não tinha princípio porque não tinha fim.
São-lhe atribuídas a descoberta da obliqüidade da eclíptica, e a invenção do
quadrante solar e dos mapas geográficos. Antecipou a teoria evolucionista, com hipóteses
sobre a transformação de espécies inferiores em superiores. Afirmava que a Terra permanecia
em sua posição sem suporte no centro do universo porque não tinha motivo para se mover em
nenhuma direção, mantendo-se em repouso.
De seus numerosos trabalhos, só subsistiu a frase que considera o surgimento de
substâncias individuais (água, fogo) como uma "injustiça" para a qual os deuses exigiam uma
"reparação"; por isso, nem o frio nem o calor são permanentes. Anaximandro de Mileto teria
morrido por volta de 546 a.C.
2.2.3 ANAXÍMENES
2.2.4 XENÓFONES
(polis) em que eles vivem é a força da inteligência e da sabedoria. Tudo vem da terra e para
ela volta.
2.2.5 HERÁCLITO
muitos querem viver como se fossem seu próprio logos, isto é, o centro dos acontecimentos.
Heráclito morreu em Éfeso por volta de 480 a.C.
2.2.6 PITÁGORAS
essência das coisas -- é constituído da soma de pares e ímpares, as coisas também encerram
noções opostas, como as de limitado e ilimitado, donde serem vistas como conciliação de
opostos, ou seja, como harmonia. Os pitagóricos, porém, valorizavam mais o limitado que o
ilimitado e associavam ao primeiro desses conceitos os números pares e ao segundo, os
números ímpares.
O caráter dualista das coisas era superado pela tese segundo a qual todas as
antíteses observadas no universo acabam por dar lugar a uma grande unidade harmônica, da
mesma forma que as séries de números pares e ímpares -- antitéticos -- brotam do "uno"
primitivo. Nesse sentido, todas as coisas seriam harmoniosamente compostas de pequenas
partículas ordenadas em figuras numéricas.
Os pitagóricos observaram também que havia uma relação entre a altura dos sons
e o comprimento das cordas da lira. Da associação do número à música e à mística surgiram
os termos matemáticos "média harmônica" e "progressão harmônica". Acreditavam que em
todo o universo deve haver essa harmonia, responsável por sua existência e manutenção. O
corpo humano com saúde, por exemplo, é uma harmonia que, quando rompida, deve ser
restabelecida pela medicina.
A maior descoberta de Pitágoras ou de seus discípulos imediatos deu-se no
domínio da geometria e se refere às relações entre os lados do triângulo retângulo. O teorema
chamado de Pitágoras demonstra que a soma do quadrado dos catetos é igual ao quadrado da
hipotenusa. Os egípcios já sabiam que um triângulo cujos lados são 3, 4 e 5 têm ângulo reto,
mas os pitagóricos chegaram à proposição geral. A teoria dos números ligada à idéia de
harmonia não estimulava a pesquisa científica tal como é entendida na atualidade, mas
encerra o grande mérito de admitir que as leis que regem o universo podem ser expressas em
termos matemáticos.
A observação dos astros sugeriu-lhes a idéia de que uma ordem domina o
universo. Evidências disso estariam na sucessão de dias e noites, no alternar-se das estações e
no movimento circular e perfeito das estrelas. Em razão disso, o mundo poderia ser chamado
de kósmos, termo que contém as idéias de ordem, de correspondência e de beleza. Para a
cosmovisão dos pitagóricos, a Terra é esférica, estrela entre as estrelas que se movem ao redor
de um fogo central. Suas distâncias do fogo central coincidem com intervalos musicais, de
modo que no universo ressoa uma harmonia das esferas. Alguns pitagóricos falaram da
rotação da Terra sobre seu eixo.
12
A irmandade pitagórica foi desfeita por uma conspiração que pôs fim a sua hegemonia em
grande parte do sul da Itália, a Magna Grécia. Alguns discípulos emigraram e o próprio
Pitágoras foi desterrado para Metaponto, onde morreu por volta do ano 500 a.C
2.2.7 PARMÊNIDES
Zenão nasceu por volta de 495 a.C. na colônia de Eléia, na Magna Grécia (sul da
Itália). Pertenceu à escola eleática fundada por Parmênides, de quem foi amigo e discípulo. A
grande tarefa que se propôs foi a de demonstrar as teorias do mestre, opondo aos que a
combatiam argumentos estritamente lógicos e formais. Parmênides distinguia o conhecimento
racional do conhecimento sensível: por ser o sensível mutável e contraditório, o ser e a
verdade são dados do pensamento, cujo objeto é o ser idêntico a si mesmo.
A dialética de Zenão consistia em admitir as proposições dos adversários para
demonstrar, por redução ao absurdo, a contradição implícita nas conseqüências do que fora
afirmado. Seus paradoxos procuraram demonstrar a inconsistência da idéia de multiplicidade
das coisas no tempo e no espaço, em defesa da tese de Parmênides, segundo a qual o ser é uno
e indivisível. Como o mestre, afirmou a identidade entre ser e pensamento: só existe o que é
suscetível de ser pensado. Daí a célebre tese sobre a inexistência do movimento: como não é
inteligível, o movimento não existe, ou seja, é uma ilusão dos sentidos. As idéias de Zenão
encontraram eco na filosofia platônica. Zenão de Eléia morreu por volta de 430 a.C.
teria se autodestruído porque ele teria se tornado outro na eternidade, mesmo que seja em
pequena medida.
SENTENÇAS
“Se nada é, que coisa podemos dizer disso, como se fosse alguma coisa”;
“Sempre foi aquilo que sempre será. Porque se tivesse não sido seria necessário que antes de
nascer fosse nada. Mas se era nada, do nada não poderia ter nascido”;
“Mas como sempre foi assim se torna necessário que seja sempre infinito em grandeza”;
“Aquilo que teve princípio e fim não é nem eterno nem infinito”.
amor e do ódio, do bem e do mal. Apesar da lenda, supõe-se que a morte de Empédocles
tenha ocorrido no Peloponeso, Grécia, por volta de 430 a.C.
2.2.12 LEUCIPO
Leucipo de Ábdera nascido entre 490 e 460, falecido em 420 a.e.c. é o primeiro
filósofo da escola atomista. É dito de Ábdera, talvez porque ali houvesse nascido, mas
sobretudo porque ali floresceu. A informação vem de Diógenes Laércio. Este deu também
outras possíveis procedências, como se lê em seu breve texto : "Leucipo, de Eleia, mas outros
dizem de Ábdera, e outros de Mileto" (D. L., IX, 30).
O situamento de Leucipo entre 490 e 460 - 420 a.e.c., no quadro geral dos
filósofos de seu tempo, ainda que parcamente conhecido, se consegue estabelecer através da
convergência de várias pequenas informações. Dado uma vez como discípulo de Zenão (este
nascido cerca de 490 a.e.c., e como anterior a Demócrito (este nascido cerca de 460 a.e.c.,
infere-se tranquilamente que Leucipo teria nascido entre 490 e 460 a.e.c., o que significa na
década de 470 a.e.c.
Diógenes Laércio, acrescentou ao informe sobre o nascimento: "Ele foi discípulo
de Zenão" (D. L., IX, 30).
Mais adiante, o mesmo Diógenes Laércio, já situado no texto sobre Demócrito:
"... Magos e caldeus foram os mestres de Demócrito... sendo criança... Mais tarde recebeu
lições de Leucipo" (D. L., IX 34).
Voltando Diógenes a mencionar uma terceira vez a, ainda que passageiramente, a
Leucipo, - desta vez ao escrever sobre Epicuro, - declara que este contestava o saber de
Leucipo: "Negava o título de filósofo a Leucipo, mestre de Demócrito, como dizem
Apolodoro e outros autores" (D. L., X,13).
De qualquer maneira, esta afirmação denota haver deixado Leucipo elementos que
o fizessem ser conhecido e discutido.
Qualificado por Aristóteles como companheiro de Demócrito, esta condição
afasta qualquer dúvida com referência ao relacionamento de Leucipo com o referido
Demócrito e a cidade de Ábdera, ainda que pudesse ter vindo de outra parte, como de Eléia ou
de Mileto. Não deixa de haver sentido no relacionamento com outras cidades, porque
efetivamente o atomismo é influenciado pelo imutabilismo eleático e pela física jônica.
Importante é a mencionada informação vinda de Aristóteles, que situa Leucipo em primeiro
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2.2.13 DEMÓCRITO
Acredita-se que Demócrito tenha nascido por volta de 460 a.C., em Abdera, na
Trácia. Foi discípulo de Leucipo de Mileto, que teria esboçado a teoria atomista. Sua obra, da
qual só restam fragmentos, insere-se no contexto dos filósofos pré-socráticos, preocupados
sobretudo com a descoberta do arké ou princípio gerador das coisas.
Para explicar as mudanças da natureza, Heráclito havia afirmado que tudo é
movimento, enquanto Parmênides dizia que o ser é uno e imutável e que o movimento é
ilusão. Tentando resolver esse dilema, Demócrito considerou que toda a realidade se
compunha de dois únicos elementos: o vácuo ou não-ser e os átomos. Afirmava que o arké
são os "átomos", palavra grega que designa aquilo que é indivisível. Os átomos, segundo
Demócrito, são materiais eternos e sem causa, cujas propriedades são tamanho, forma,
impenetrabilidade e movimento. Essas partículas se movem continuamente no vácuo e,
segundo sua forma e tamanho, constituem os diferentes corpos físicos: sólidos, gasosos etc.
Todos os fenômenos e mudanças de estado, como a morte, não passam de combinações e
separações de átomos.
Demócrito explicava a sensação argumentando que os corpos emitiam imagens
muito tênues que impressionavam a alma, também material, por meio dos sentidos. A partir
desse conhecimento sensorial o homem se elevaria até o racional. Demócrito, portanto,
oferece uma explicação totalmente material e mecanicista do mundo. Portanto, sua ética é
antes de tudo prática e se encaminha para o bem comum. O homem deve aspirar à epitimia,
ou tranqüilidade de espírito, livre de temores e emoções, e sua busca precisa ser garantida por
leis justas de convivência. Demócrito morreu por volta de 370 a.C
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A Escola Jônica teve sua origem em Mileto, cidade da costa da Ásia Menor.
Mileto era um centro mercantil, e devido a isso, estava em contato constante com as antigas
civilizações orientais.
No inicio do séc. VIII a.C. Mileto era uma cidade próspera e independente. Nesse
período Tales celebrizou-se como o primeiro filósofo.
Depois da conquista persa de toda a Ásia Menor, em 548 a.C., Mileto ainda era
uma cidade próspera, porém em 494 a.C., quando Mileto foi o centro de uma revolução contra
o domínio da Pérsia, ela foi destruída.
A destruição de Mileto resultou na perda de todos os documentos de sua história.
Quase nada restou para reconstruir a história de sua cultura e de suas relações com as demais
cidades gregas de em torno do Mediterrâneo.
O primeiro problema filosófico enfrentado pela Escola Jônica foi saber qual é a
origem, o princípio, qual a substância primordial (a arché, em grego) de tudo que existe. Foi a
primeira vez que o homem buscou explicação da natureza dentro da própria natureza.
Segundo Tales de Mileto, 640 a.C., a Terra seria um disco circular flutuando num
oceano, que seria o princípio de todas as coisas. Todas as substâncias seriam diferentes
formas do elemento água: vapor, terra, água. Os corpos celestes seriam “exalações aquosas''
em estado incandescente, fenômenos passageiros, tal como os fenômenos meteorológicos.
Anaximandro, 611 - 545 a.C., cria outra concepção de Cosmos. Segundo ele,
mundo teria se originado de uma matéria de extensão infinita, uma substância não tangível
aos sentidos, algo abstrato, compreensível apenas pela mente, o a-peiron. Segundo sua
concepção, o Mundo retornaria periodicamente a tal estado intangível, de modo que muitos
mundos já teriam existido e muitos viriam a existir. A Terra teria forma cilíndrica achatada,
de topo plano, em equilíbrio no centro do universo. Diversos “céus” de forma
esférica circundariam a Terra, envolvendo a atmosfera “como a casca a uma arvore” e
possuindo uma natureza incandescente como a do fogo. Acima da Terra haveria camadas
esféricas concêntricas, com a mais distante correspondendo ao sol e a mais próxima às
estrelas. Partindo da observação de que o fogo sobe, presumiu que as camadas superiores
seriam cada vez mais quentes. Ao redor da Terra existiriam círculos de Fogo, envoltos por um
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tubo de espesso vapor que os encobriria. O sol corresponderia a uma abertura desta nuvem
por onde se veria uma pequena porção do fogo. Os eclipses corresponderiam a um
fechamento temporário da abertura. Os outros astros seriam fenômenos semelhantes.
Observando a existência de fósseis marinhos e conchas em regiões então secas,
concluiu que a vida provinha do mar e que, devido à constante evaporação, os oceanos
secariam completamente um dia.
Segundo o filósofo Anaxímenes, sec. VII a.C., as estrelas estariam pregadas numa
esfera de cristal e o firmamento giraria em torno da Terra. O elemento primário seria o ar, de
onde tudo se originaria por condensações ou rarefações. Os astros teriam a forma de discos
planos, sustentados pelo atrito com o ar. O calor do Sol proviria de seu atrito com o ar.
Na escola Jônica, os céus teriam se originado, de um modo ou outro, a partir da
Terra, sendo, portanto fenômenos indistinguíveis dos meteorológicos. Um aspecto importante
dessa escola é a idéia de que o céu seja formado por uma matéria semelhante à da Terra,
subentendendo-se que os fenômenos terrestres ou celestes obedeceriam essencialmente às
mesmas leis.
Os filósofos da escola Jônica abandonavam as explicações mitológicas que eram
dadas anteriormente ao surgimento da filosofia. Com eles houve a passagem do saber mítico
para o pensamento racional, filosófico. Os pensadores jônios podem ser vistos como
precursores da ciência moderna e que não há razão para duvidar que Tales foi o primeiro ser
humano a merecer legitimamente ser considerado um cientista.
e no mundo inteligível o ser é imóvel. O seguinte fragmento é atribuído a ele: "o ser é, e o não
ser, não é"
Zenão de Eléia foi discípulo de Parmênides. Era um árduo defensor da
impossibilidade do movimento. O método utilizado por Zenão foi o de rejeitar as teorias
contrárias as de Parmênides, mostrando o absurdo que eram essas teorias.
Quanto ao movimento, Zenão utiliza uma formulação lógica para negação do
movimento ao afirmar que para um objeto se mover de um ponto a outro, deveria percorrer
primeiro a metade do percurso, depois, a metade da outra metade, e depois a metade da
metade da metade e assim por diante, de forma que sempre restaria uma metade a ser
cumprida, significando o não-movimento.
Outro argumento é o da flecha que não poderia jamais alcançar o alvo, porque
está parada e não em movimento, pois a flecha ocupa um lugar no espaço em cada instante do
tempo, e pois, na soma dos instantes, também está parada.
composta de matéria e números; estes são como que paradigmas, que dão forma às coisas.
Não se entendem apenas no sentido aritmético, mas também como formas geométricas,
harmonia e ordem.
Encontra-se também aqui em embrião, tal como já em Anaximandro, a teoria do
hilemorfismo (hilematéria e formé = forma), de Platão e Aristóteles. Em Platão os paradigmas
ou arquétipos, em vez de números, são idéias reais; situadas num mundo exterior, servem de
modelos arquétipos às formas que o Demiurgo aplica à matéria. Tais influências as teria tido
Platão ao visitar os pitagóricos na Itália, como ainda pela presença dos mesmos na Grécia
continental.
De outra parte, não se sabe ao certo o sentido que os pitagóricos davam aos seus
números. Não era seguramente na acepção gráfica (na época escritos com letras). Os números
são concebidos como unidades, linhas, formas.
Todavia neste plano há duas maneiras de conceituar os números pitagóricos. A
interpretação paradigmática é a de que cada unidade concreta teria a sua unidade arquétipa
exterior; este é o sentido que também possuem as idéias reais de Platão, que simplesmente
teria substituído a noção dimensional de número pela idéia exemplar em geral. A outra
interpretação seria a não paradigmática; os números seriam as unidades concretas,
combinadas diretamente com a matéria; não haveria a dualidade entre o número paradigma e
o número concretizado.
É insegura a versão que atribui a Pitágoras a autoria do nome de filósofo, para não
denominar-se sofós (= sábio). O fragmento 35 de Heráclito é uma versão mais antiga (Os
homens amantes da sabedoria = philosophus).
Igualmente antiga é a narrativa de Heródoto (Hist. I, 30) que introduz o nome no diálogo
havido entre Creso e Solon; dizia o rei ao sábio - "ouvi que percorreste muitos países como
filósofo = hòs philosopheon".
A atribuição a Pitágoras veio através de Heráclides Pôntico (cujo texto já está
perdido e que foi citado por Cícero e Diógenes Laércio. De Cícero: "Todos os que se
dedicavam ao estudo pela contemplação das coisas, eram tidos e nomeados sábios (= sofói); e
este nome deles se manteve até a época de Pitágoras, o qual interrogado pelo príncipe Leonte
com o qual dissertara doutamente e copiosamente, em que principalmente se apoiava,
respondeu: que nenhuma arte ele sabia; mas que era filósofo ou amante da sabedoria ou
estudioso") (Cicero., Tusculanae disputationes, L.5, c.3 § 8-9).
25
• Anaxágoras de Clazômena;
• Escola atomista: Leucipo de Abdera e Demócrito de Abdera;
• Empédocles de Agrigento.
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3 CONCLUSÃO
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CD-ROM BARSA - Encyclopaedia Britannica do Brasil Publicações Ltda – São Paulo: 2000.
http://www.templodeapolo.net/Civilizacoes/grecia/filosofia/presocraticos/filosofia_presocrati
cos_leucipo.html; acesso em 11 de abril de 2010;
http://www.templodeapolo.net/civilizacoes/grecia/filosofia/presocraticos/filosofia_presocratic
os_jonios.html; acesso em 12 de abril de 2010;
MARCONDES, Danilo. Iniciação à história da filosofia - Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1998.