CLPs
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Resumo
1.1 Introdução
Sem dúvida alguma, o surgimento dos microprocessadores teve importância
fundamental no nascimento dos CLPs. A capacidade de alteração de lógica
através de software, permite um grande aumento de eficiência no trabalho dos
profissionais da área. Somente os profissionais que já tiveram oportunidade de
projetar painéis de relés, para controle de máquinas e processos, podem avaliar a
dificuldade que existia para a mudança da lógica de um painel, por mais simples
que fosse.
Tão grande foi a aceitação dos CLPs, que hoje ele não se limita ao uso em
controle de máquinas e processos industriais, mas em qualquer área que se precise
realizar um controle automatizado.
Sensor
Dispositivo sensível a um fenômeno físico, tais como: temperatura, pressão,
umidade, luz, nível, posição, entre outros.
Transdutor
Dispositivo capaz de responder a um estímulo físico, convertendo-o em sinal
elétrico.
Atuador
Dispositivo que é acionado para executar uma ação física através de um sinal
elétrico. Podem ser magnéticos, hidráulicos, pneumáticos e elétricos. Ex: válvulas,
motores, aquecedores, posicionadores, solenóides, sinalizadores.
Sinais Digitais
Um sinal digital é aquele que permite apenas 2 estados.
Entradas Digitais
Chaves liga/desliga, chaves fim de curso, sensores de proximidade, chaves de
nível, sensores de temperatura bi-metálico, sensores de pressão ...
Saídas Digitais
Relés, motores, válvulas ON/OFF, sinalizadores, anunciadores de alarmes,
lâmpadas, sirenes ...
Sinais Analógicos
Um sinal analógico é aquele que possuí uma infinidade de valores.
Entradas Analógicas
Transdutores de pressão, corrente, velocidade, temperatura, fluxo, umidade ...
Saídas Analógicas
Válvulas proporcionais, controladores de velocidade, posicionadores ...
Microprocessador
É o cérebro do sistema, onde são realizados todos os procedimentos necessários
para o controle de um determinado sistema. Através dele são executados dois
tipos de programas:
Firmware
É o software que controla o CLP e onde está implementada a linguagem utilizada
pelo CLP, para executar o programa usuário. O firmware é desenvolvido pelo
fabricante do CLP, normalmente em linguagem assembler. O usuário não tem
acesso a esse software. É armazenado em uma memória
(EPROM/EEPROM,NOVRAM, FLASH) e não pode ser modificado pelo usuário.
Memória de Programa
Onde é armazenado o software aplicativo desenvolvido pelo usuário (programa
usuário). Pode ser alterado livremente pelo usuário.
Memória de Dados
Onde são armazenados os dados gerados pelo programa usuário. Algumas
informações importantes do sistema, que não podem ser perdidas, no caso de falta
de energia, também são armazenadas nessa memória.
Interfaces diversas
Além das interfaces digitais e analógicas, muitos CLPs possuem outros tipos de
interfaces para aplicações específicas, como: contadores ultra-rápidos, redes
fieldbus, encoders, leitura de termopares ...
Interfaces de comunicação
Através das interfaces de comunicação é possível:
Cada interface analógica possuí uma ou mais faixas de trabalho mas, as faixas
mais comuns são 4..20 mA e 0..10 V.
Tipos de CLPs
Podemos destacar entre os tipos de CLPs existentes, dois tipos de configurações
físicas:
CLPs compactos
CLPs modulares
CLPs compactos
Neste tipo de CLP todo o hardware está integrado num único equipamento. Nesse
tipo de CLP, podemos encontrar desde os modelos mais simples, até
equipamentos que possuem grande capacidade de expansão, permitindo o
crescimento gradual do processo de automatização, de acordo com a necessidade.
CLPs modulares
Neste tipo de CLP todo o hardware está distribuído em placas, permitindo uma
grande variedade de interfaces e uma grande capacidade de expansão. Alguns
CLPs utilizam racks e outros possuem sistemas de encaixes laterais dispensando a
necessidade de um rack.
Esse tipo de controle deve ser utilizado somente por profissionais, pois exige
um conhecimento grande de programação. O fabricante deste tipo de interface
fornece um manual com os endereços de acesso a cada ponto ou uma DLL,
através dos quais serão desenvolvidos os programas de controle. Nem sempre
existe a linguagem ladder para programação dessas interfaces, o que dificulta a
programação por pessoas que não conheçam as linguagens descritas acima.
Linguagens Gráficas
Ladder
Diagrama de Blocos Lógicos
SFC (Sequence Function Chart)
Linguagens Textuais
Lista de instruções
Texto estruturado
Linguagens de alto nível: C, PASCAL, BASIC
Na verdade, alguns anos serão necessários para possibilitar o pleno uso de todos os
benefícios gerados pela norma.
É uma linguagem de alto nível similar ao Pascal. Tem sido muito utilizada para
a programação do corpo de funções e blocos funcionais, devido à sua alta
flexibilidade. É uma tendência dentro do conceito de encapsulamento de
código de orientação de objetos.
IF BOTAO_LIGA THEN
LIGA_MOTOR_1;
VELOCIDADE = 50;
ENDIF;
IF BOTAO_DESLIGA THEN
DESLIGA_MOTOR_1;
VELOCIDADE = 0;
ENDIF;
1.6 Conclusão
A melhor linguagem a ser utilizada é sempre aquela que o usuário conhecer
melhor, pois permite o máximo de aproveitamento dos conhecimentos já
adquiridos.