Recheados De: Pratos História..
Recheados De: Pratos História..
Recheados De: Pratos História..
Pratos
recheados de
história...
SINPRO-MG
2
R e c e i t a s
Pratos
recheados de
história...
SINPRO-MG
2005
3
Este livro é uma publicação do Sindicato dos Professores
do Estado de Minas Gerais - SINPRO-MG.
Os textos assinados são de total responsabilidade
de seus autores.
Coordenação:
Marilda Silva
Miriam Fátima dos Santos
Nardeli da Conceição Silva
Ilustração capa:
Eunice Carattiero Paixão e Márcia Srbek
Revisão:
Heleno Célio Soares
Projeto gráfico:
Mark Florest
Assessoria de comunicação:
Simone Vieira
Débora Junqueira
Impressão:
Gráfica do SINPRO-MG
Fevereiro de 2005
4
Apresentação
5
A você que traz nas mãos o segredo de
preparar as delícias que alimentam o corpo
e a alma, o nosso carinho.
Autores
6
Índice
A Broa Inesquecível
Leda Maria Lage Carvalho.................................................................... 11
A Multiplicação da Rosca
Nardeli da Conceição Silva................................................................... 13
“Amarula”
Maria da Glória Moyle........................................................................... 15
Boas lembranças
Mirtes Silva dos Santos Mendes............................................................ 17
Bolinhos de Chuva
Antonieta Shirlene Mateus.................................................................... 20
Celebração da Vida
Maria do Carmo Umbelino.................................................................... 22
Cheiro de Padaria
Míriam Fátima dos Santos..................................................................... 28
7
Doce Lembrança
Marilda Silva......................................................................................... 32
Doces Férias
Maristela Seabra R. J. Corrêa.............................................................. 34
Mangada de Ubá
Maria de Fátima Azevedo Mafra......................................................... 46
O Bonequinho Doce
Márcia Srbek........................................................................................ 49
Pão de Mandioca
Maria Aparecida Carvalho Soares....................................................... 53
8
Pão de Regalo
Luiza Marilac de Pinho Marques França.............................................. 56
Peixe Dourado
Eunice C. Paixão.................................................................................. 59
Recordar é viver...
Mário José Lemos................................................................................ 61
Sanduichinhos de Salame
Eunice C. Paixão.................................................................................. 65
Torta de Abacaxi
Ou melhor, torta das “comemorações”.
Maria da Conceição Ribeiro de Faria.................................................... 66
Vivendo Lembranças
Maristela Seabra R. J. Corrêa............................................................... 71
9
10
A Broa Inesquecível
Leda Maria Lage Carvalho
11
Ingredientes:
1/2 rapadura
1/2 litro de água
1/2 kg de fubá
3 ovos inteiros
1/2 kg de amendoim torrado e moído
1 1/2 colher (sopa) de manteiga
1 colher (sopa) de fermento em pó
Modo de fazer:
Ponha a rapadura e a água numa panela, leve ao fogo, deixe der-
reter e ferver até formar uma calda em ponto de bala mole.
(Colocar um pouquinho da calda, na água fria, e, se formar uma
balinha mole, está no ponto). Enquanto isso, torre levemente o fubá
seco, numa panela, até cheirar (uns cinco minutos). Junte o fubá à
calda, aos poucos, sempre mexendo, até ficar um angu bem cozido.
Deixe esfriar. Depois junte os ovos, o amendoim, a manteiga e
amasse até a massa ficar macia. Deixe descansar por duas horas.
Faça bolas com a ajuda de uma colher, ou enrole como croquetes.
Coloque numa assadeira untada e polvilhada com fubá. Forno
quente até assar e corar. Bom apetite!
12
A Multiplicação da Rosca
Nardeli
13
era para as mãos firmes e habilidosas de Dona Antônia. Em segui-
da, a massa era colocada para descansar. Após uma hora, eram
feitas as tranças e novamente colocadas a descansar. Enquanto
isso, saíamos à procura de gravetos para esquentar o forno de barro.
Quando já estava bem quente, então era o momento de varrer com
uma vassoura de alecrim e colocar a rosca para assar. Ela já havia
dobrado de tamanho. Depois de pronta, saía do forno toda impo-
nente e perfumando a casa com o cheiro de erva-doce. Daí, era só
saborear com um suculento café-com-leite.
E, se você quer sentir o gosto desta maravilhosa rosca, siga a
receita. Só não se esqueça de que, junto aos ingredientes, é preciso
acrescentar amor, carinho e muita imaginação.
Ingredientes
1 Colher (sopa) de sal
2 Tabletes (30 g) de fermento fresco para pão (esfarelado) ou
2 Colheres (sopa) de fermento seco
+- 7 Xícaras de Farinha de Trigo
+- 3 Xícaras de Água morna
1 Colher (sopa) Manteiga amolecida
1 Xícara de Açúcar
1 Ovo batido (para pincelar)
14
“Amarula”
Maria da Glória Moyle
15
- Então você só vai tomar dessa, disse ela sorrindo.
Ele logo desconfiou que havia comprado gato por lebre, mas
tomou a “Amarula” numa boa e disse que gostou muito. Aliás, ele
próprio me contou este caso no dia em que fomos apresentados.
Deu-me os parabéns pela receita e disse que eu podia fazer uso da
história, podia citar seu nome e até o sobrenome, o que eu omiti.
NMV: (Nota da Minha Vizinha)
Ela me disse, na mesma ocasião, que ambas as taças continham
a mesma bebida, pois assim que aprendeu fazer a genérica, ela
nunca mais comprou a legítima. Talvez isso explique o engano do
André.
NA: (Nota da Autora)
Sempre que faço ou tomo Amarula me lembro de Ana, minha
vizinha, do seu marido Rubens, e do André, a grande vítima do
nosso engodo.
Eis a receita para quem quiser tirar a prova:
Ingredientes:
2 Dannetes Chocolate
1 lata de leite condensado
1 lata de creme de leite
1 medida de Conhaque Dreher (usar como medida a lata do
creme ou do leite condensado)
Modo de Fazer
Bater todos os ingredientes no liquidificador.
16
Boas lembranças
Mirtes Silva dos Santos Mendes
Modo de preparo:
Misture os três primeiros ingredientes e leve ao fogo até ferver
bem. Em seguida, junte o coco e mexa até despregar do fundo da
panela.
Desligue o fogo e deixe esfriar. Depois de frio, enrole a massa em
forma de cenourinha e passe no açúcar refinado. Se não tiver folhi-
nhas de cenoura, coloque folhas de jabuticaba ou salsinha para
finalizar.
17
Ponche de Chá
Ingredientes
2 litros de chá mate natural
2 litros de água mineral sem gás
2 litros de Coca-Cola
1 laranja
1 maçã
Modo de Preparar
Faça o chá de maneira habitual, adoce e acrescente os líquidos,
misturando com uma colher grande, em seguida extrai-se o suco da
laranja e acrescente ao ponche, e finalmente pique a maçã com a
casca, leve para gelar e sirva para acompanhar salgadinhos e
canapés.
18
Bolinho de carne com batatas ou
Bolinho de Batatas com Carne
Neide Monteiro de Morais Santos
Modo de Fazer
Misturar bem todos os ingredientes, fazer bolinhos e fritar em
óleo quente.
Servir com arroz, feijão...
19
Bolinhos de Chuva
Lembranças Culinárias da Infância
Antonieta Shirlene Mateus
21
Tacho de cobre, colher-de-pau, ralo artesanal,
Cheiro de cocada no ar.
Cocada de goiaba vermelha
Cocada de abacaxi
Néctar adoçando o entardecer.
Celebração da Vida
Maira do Carmo Umbelino (Carminha)
22
delicioso, sagrado.
Os finais de tarde em sua casa são marcados pelo aroma de
doces.
O cheiro do coco, goiaba vermelha, abacaxi, amendoim, e
rapadura ultrapassa o tacho de cobre e atinge toda a extensão da
rua.
Os vizinhos ficam extasiados...
Hoje ela está preparando docinhos!
Com a colher de pau, mexe-se, calmamente, o tacho. Tece so-
nhos, faz projetos, reproduz vida.
Dizem que as cocadas branquinhas (feitas sem leite de coco e
creme de leite) são as mais deliciosas. Mas há os que teimam em
afirmar que as “cocadas” feitas da mais pura goiaba e de abacaxi são
as especialidades mais apreciadas.
Cocadas e pés-de-moleque são os escolhidos para os aniver-
sários. Mas a véspera de Natal fica marcada pelo cheiro do figo, da
laranja-da-terra e do mamão ao fogo.
Quando os filhos eram pequenos, esperava-os dormir para ir ao
preparo dos doces. Parece que fazer doces para ela é mesmo um ri-
tual sagrado. Exige-se tranqüilidade, ambiente harmonioso, nenhum
outro afazer.
Sempre que sobrava um tempinho, entre os afazeres de casa e a
leitura de um clássico da literatura universal, ela fazia os doces.
Também ao final de uma tarde de costuras em sua casa, ela servia
docinhos para as suas comadres costureiras.
Ainda, pacientemente, fabricava pequenos docinhos para as fes-
tas que os seus filhos organizavam com a meninada da rua - festas
em noite de luar, com palanque, teatro, poesia, dança, música...
Fazer doces, recortá-los, arranjá-los em bandejas envolven-
do-os em papel selofane. Passar a fita, dar um laço e por fim, ofer-
tar.
Percebe-se, nesses simples gestos, a grandiosidade de
23
alguém que acumulou vivências, sabedoria, aquietou-se e usufrui da
verdadeira paz. Só mesmo alguém que alcançou a serenidade plena,
consegue seguir este ritual.
Para os mais próximos, o que era imperceptível, hoje, se torna
claro – o ritual de preparo dos doces é uma alegria, prenúncio de
vida, anúncio de “boa nova”.
Geléia de Groselha
24
- Nunca vi falar de tal geléia! Onde conseguiu a receita?
- Ah! Bem se vê que você nasceu ontem mesmo!
Não é preciso de receita para tudo. Sempre sigo a minha intuição
e sei que se me orientar pelas minhas vivências culinárias, acertarei
na mosca.
Conversas à parte, o certo é que a receita deu certo mesmo.
Não entendi nada.
Mais assustada fiquei quando vi as pequenas frutinhas verdes
serem transformadas, no grande tacho de cobre, em uma geléia
vermelha, pastosa, picante, de um sabor divino.
Ingredientes:
2Kg de groselha (porção que corresponde a mais ou menos 1 e
1/2 Kg de groselha em massa.
1 Kg de açúcar cristal
Modo de preparar
Limpe as frutas tirando os seus talinhos.
Leve-as ao fogo para cozinhar.
Em seguida escorra toda água.
Passe-as na peneira a fim de retirar toda semente da massa
Coloque a massa compacta no tacho.
Em seguida, coloque o açúcar, leve ao fogo e mexa sem parar
para que a mistura não queime.
Observe que a massa esverdeada vai adquirindo a coloração ver-
melha.
Quando ela fica vermelha (da cor da goiabada) e em ponto de
geléia, retire o tacho do fogo.
- Espere esfriar, coloque em vidros esterilizados de véspera e pre-
senteie.
25
Doce de coco
Ingredientes:
2 cocos (sem casca) ralado
1 Kg de açúcar refinado
1 litro de leite integral
Como fazer:
Em uma panela grande, coloque o leite, o açúcar e o coco já ra-
lado que deve dar o equivalente a dois pratos fundos. Acenda o fogo
e mexa sempre para não queimar. Mexa até engrossar e ver o fundo
da panela. Retirar a panela do fogo, bater bem e depois virar a mis-
tura no tabuleiro.
Cortar após esfriar.
“Cocada” de abacaxi
2 cocos ralados sem a casca
1 e 1/2 Kg de açúcar refinado
1 caixa de leite integral
1 abacaxi cortadinho em pequenos cubos (sem o miolo).
Como fazer
Coloque na panela todos os ingredientes e deixe secar, sempre
mexendo, para não queimar. Retire do fogo e bata bem. Vire a mis-
tura no tabuleiro. Espere esfriar, corte e sirva.
“Cocadinha” de goiaba
Ingredientes:
2 cocos ralados (sem a casca).
1 1/2 Kg de açúcar refinado.
1 caixa de leite integral.
1 kg de goiaba vermelha.
26
Como fazer:
Corte as goiabas ao meio, retire as cascas.
Passe-as na peneira para retirar as sementes.
A esta mistura acrescentam-se os demais ingredientes que são
levados ao fogo. (Deixe escorrem bastante a água da massa da goia-
ba)
O processo é o mesmo da “cocada” de abacaxi.
Pé-de-moleque
Ingredientes:
1 rapadura.
500g de amendoim.
1 copo de leite.
1 colher (de sopa) de margarina.
1/2 colher (de chá) de bicarbonato.
Como fazer
Torrar o amendoim e limpar (tirando as cascas). Medir 1 copo de
amendoim torrado e bater no liquidificador. Leve ao fogo a rapadu-
ra, o leite a margarina e bicarbonato. Quando a mistura se transfor-
mar em melado, acrescentar o amendoim batido e o restante inteiro.
Mexer até adquirir o ponto (açucaramento nas bordas da panela).
Bater e virar no tabuleiro untado com manteiga.
27
Cheiro de Padaria
Míriam Fátima dos Santos
Pão de sal
2 tabletes (ou 2 colheres) de fermento de padaria
1 colher de sopa de açúcar
2 copos de água morna
1 quilo de farinha de trigo
1/2 copo de óleo
1 colher de sopa de sal
28
Modo de fazer
Em uma gamela ou vasilha funda, amassar o fermento e o açú-
car junto com a água morna. Acrescentar um pouco da farinha de
trigo, até formar um mingau grosso. Tampar com um pano de prato.
Deixar crescer por 15 a 30 minutos. Acrescentar o resto da farinha
de trigo, 1/2 copo de óleo e o sal, sovar bem. Armar os pães no for-
mato desejado. Deixar crescer por mais 15 a 30 minutos. Pincele-os
com a manteiga, óleo ou margarina. Coloque para assar.
Pão Doce
4 colheres de açúcar
50 gramas de fermento de padaria
1 e 1/2 xícara de leite
2 ovos
1 colher de café de sal
2 colheres de sopa de manteiga
5 xícaras de farinha de trigo
Gemas para pincelar.
Modo de fazer
Em uma vasilha funda, coloque o fermento, o leite morno e, em
seguida, os ovos, e os outros ingredientes, sendo por último a fari-
nha de trigo. Armar os pães, deixar crescer por mais ou menos 20
minutos e assar.
29
Dá pra ser enganado e sair satisfeito...
Mário José Lemos
30
minha mãe foi à sua casa para preparar aquele prato à sua vista.
Até agora, só falei do meu tio, mas era eu o que mais apreciava
aquele prato. Sempre quando vinha da escola, ficava catando todas
as buchinhas que encontrava pelas cercas das casas por onde eu
passava. Até hoje, ainda me sinto um catador de buchas e fico bem
triste quando a quantidade que encontro não é suficiente para se
fazer um bom guisado.
Guisado de buchinha
31
Doce Lembrança
Marilda Silva
Biscoitinho de Nata
Ingredientes
14 colheres de farinha de trigo
1 colher de sopa de pó Royal
1 colher de chá de sal
3 colheres de açúcar
2 ovos
1 xícara de chá de nata
2 colheres de manteiga
Modo de Fazer
Junte todos os ingredientes secos, depois os ovos, a nata e a
manteiga. Misture bem até formar uma massa homogênea. Abra a
massa com um rolo até que fique mais fina. Corte com uma carreti-
lha em forma de losango (*). Passe em açúcar cristal somente o lado
do biscoito que não vai encostar no tabuleiro.
Asse em forno brando até que os biscoitos fiquem corados.
33
Doces Férias
Maristela
35
Momentos fascinantes guardados na memória.
Em casa, mamãe separava as caixas de doces para presentear
vovô Rocha e os tios.
Era hora de deliciar com os olhos e sentir o sabor dos doces da
fazenda.
Para quem ainda não descobriu o prazer de escrever uma história
vivenciada por si mesmo é só mergulhar nas lembranças de sua
infância e, de repente, começar a viajar na fantástica aventura da
criança.
Experimente! Eu recomendo.
Para vivenciar um pouquinho da minha experiência, então é a
sua vez de fantasiar. Comece a preparar os ingredientes para fazer
o doce de leite de fazenda.
Doce de Leite
Ingredientes
1 litro de leite
1 xícara de chá de açúcar
Canela em cavaco
Canela em pó
Modo de fazer
Misture numa panela grande e leve ao fogo baixo. Mexa bem até
engrossar e retire do fogo. Despeje em uma vasilha para esfriar nor-
malmente. Sirva com canela em pó e um pedaço de queijo Minas.
É mesmo uma delícia!
36
Farinha de amendoim nos
“tempos da consideração”
Maria do Carmo Umbelino (Carminha)
37
Outros iam mais longe e afirmavam que a oferta de um prato de
guloseima aos mais conhecidos, na sexta-feira santa, traria a fartu-
ra durante todo o ano no seio da família que fez tal oferenda.
Crendices à parte, o certo é que, nas tardes de Quinta-feira
Santa (dia do “Lava-pés”), a criançada corria para a velha morada
do Sô Antônio Rondeiro.
Entrávamos correndo pela casa, atravessávamos parte do quin-
tal e íamos de encontro aos barracões do fundo.
O Sô Rondeiro era homem de poucas palavras, cabeça baixa,
taciturno.
Creio que o mesmo vendia essa imagem porque era o vigia da
mata da Chácara do Lessa.
Por esse motivo, tinha que ser bravo, rude, temido, senão as pes-
soas invadiriam a área de preservação ambiental da prefeitura.
Na quinta-feira santa, o Sô Antônio Rondeiro despia-se da más-
cara e mostrava-nos a pessoa carinhosa e carismática que era.
Pacientemente, ele ia explicando como se preparava a farinha de
amendoim.
Minha boca enchia-se d’água. Mal podia esperar o demorado
momento em que ele iria separar o pequeno quinhão reservado à
nossa família.
Pena que o ato de entregar à minha mãe a encomenda, não sig-
nificaria que iria degustá-la logo. Naquela época, “criança não podia
ser “golosa” (em Sabará era este o tratamento que se dava às
crianças que manifestavam o desejo de comer algo). Gula era peca-
do. Ainda mais na Semana Santa. Era preciso JEJUAR, fazer pe-
nitência...esperar...
A criançada fazia roda em torno do pilão de madeira de lei, onde
o Sô Antônio, com destreza, socava o amendoim debulhado e tor-
rado de véspera.
Quando o amendoim se transformava em uma farinha com-
pacta, iam-se colocando, aos poucos, os pedaços de rapadura e o
38
fubá torrado. Este processo tinha de ser bem controlado para que a
farinha não ficasse nem muito seca e nem muito molhada. Todo o
trabalho era bastante minucioso. A mistura era lenta. Com o
soquete de madeira bem polida, o nosso velho amigo ia fazendo
movimentos giratórios e com esmerado esforço, deixava a farinha
pronta.
Para conseguir um sabor perfeito, colocavam-se ainda umas pita-
dinhas de sal na mistura.
O Sô Antonho apossava-se de uma cuia pequena (cabacinha),
feita de abóbora d’água e caminhava dentro do círculo vagarosa-
mente, oferecendo a cada criança uma “provadinha”.
Achávamos a farinha de amendoim ou “farinha de pilão” a maior
delícia do mundo.
Acredito que o gosto saboroso vinha acrescido de um ingredi-
ente especial: a ternura.
As mãos calejadas de Sô Antônio Rondeiro manuseavam o pilão,
sabiamente, e com a dose de afeto comum àquela gente desprovida
de egoísmo, era distribuída à vizinhança a porção de farinha de pilão.
Degustávamos vorazmente aquele manjar, certos de que no
próximo ano, o ritual sagrado se repetiria.
39
Feijão Prato Único
Vânia Linhares Diniz
Minha tia Edith era uma pessoa muito caprichosa e grande co-
nhecedora de culinária e de etiquetas. Eu gostava muito de conver-
sar com ela sobre coisas de cozinha e do serviço de mesa, pois ela
era bem criativa e cheia de detalhes. Certo dia, perguntei se não
tinha algum prato fácil, saboroso, que não sujava muita vasilha e
fosse interessante para agradar ao meu marido, variando um pouco
a comida. Foi então que ela me ensinou este feijão que não ficou só
em um prato, pois fiz o acompanhamento com arroz branco. Foi um
sucesso tão grande que valeu muitos beijos. Sempre que o faço,
surge a brincadeira: é para lembrar da primeira vez que foi feito? E
a história sempre é repetida.
Ingredientes
Farinha de mandioca
Feijão cozido
Bacon
Lingüiça
Couve
Batata Palha
Modo de preparo
Torrar a farinha de mandioca, previamente, em um pouco de
manteiga
40
Em um pirex:
41
Formula de “Arroz Gaucho”
George Rafael Maia
42
Preparei o arroz assim: (fórmula)
43
Macarrão de panela de pressão
Ivone Aparecida C. Oliveira
Ingredientes:
1/2 quilo de macarrão (penne)
2 latas de pomarola ou (outro molho de tomate)
1 caixa de creme de leite
2 tabletes de caldo de carne ou galinha
200 gramas de mussarela (se desejar pode acrescentar presunto
ou peito de frango desfiado).
1 litro de água
Queijo parmesão ralado
44
Modo de fazer:
Colocar, em uma “panela de pressão”, um litro de água para fer-
ver com um pouco de óleo. Depois de ferver acrescentar o macar-
rão, a pomarola, o creme de leite e os tabletes de caldos. Tampar a
panela e, quando começar a chiar, marcar cinco minutos e desligar.
Após o cozimento montar o macarrão numa vasilha (pirex grande)
assim:
Uma camada de mussarela. Uma camada de macarrão, Outra de
mussarela, mais uma de macarrão, outra de mussarela e por último
o queijo ralado Servir quente! Ótimo! Assim é fácil cozinhar!
Experimentem. Usem a criatividade
45
Mangada de Ubá
Maria de Fátima Azevedo Mafra
47
Do tacho ela era derramada em caixas de madeira, forradas com
papel impermeável branco. Depois de frio, o doce era apreciado por
todos da família. Eu presenciava tudo, no meio da criançada e, às
vezes, nem esperava o doce esfriar. Pegava a ponta da faca e tirava
um pedacinho. Mamãe dizia: “doce quente dá dor de barriga, cuida-
do”. Eu pouco ligava. Nada poderia tirar meu prazer de saborear
aquela mangada, docinha e cheirosa, esperada há tantos meses.
48
O Bonequinho Doce
Márcia Srbek
Preparo
Após misturar bem todos os ingredientes até ficar no ponto de
modelar o boneco, levar ao forno durante uns 20 (vinte) minutos.
Após pronto, todos levavam para casa sua obra de arte.
50
Pão-de-ló – D’água da Tia Folô
Marília Faria Côrtes
Folô
Ingredientes
2 chávenas de açúcar
1 copo de água não muito cheio
2 chávenas de farinha de trigo
1 colher de pó Royal
1 chávena de maisena
4 ovos
1 pitada de sal
51
Modo de preparo
Separe as gemas batendo as claras em neve. As gemas são bati-
das, por sua vez, com o copo d`água até fazer espuma. Junte a elas
uma chávena de açúcar. Adicione as claras em neve, batendo tam-
bém a outra chávena de açúcar. Misture tudo: as claras em neve, as
gemas, a farinha de trigo, a maizena e, por último, o fermento e a
pitada de sal.
Pronta a massa, coloque em uma forma ou tabuleiro, untada e
polvilhada com farinha de trigo. Asse em forno médio. Depois de
frio, polvilhar com açúcar e canela.
Obs.: Se quiser, recheie com doce de leite ou geléia.
Ingredientes
3 Kg de goiaba;
1 Kg de açúcar cristal
Modo de preparo:
Partir as goiabas ao meio, retirar a semente – pesar antes de
lavar. Levar ao fogo e colocar açúcar e água suficiente para cozinha-
las. Depois de cozidas e frias, passar na peneira de taquara mais
grossa e depois na mais fina. Levar a massa ao fogo, junto com o
restante do açúcar e água suficiente para o cozimento, mexendo
sem parar.
Detalhe – a semente é ferventada em água – passada na peneira
e após em um pano fino. O caldo é adicionado à goiabada. Mexer
sem parar até chegar no ponto de aparecer o fundo do tacho.
Dica: Ponto do Doce – molhar uma faca em água fria e mergu-
lha-la no doce. Se sair limpa, o doce está no ponto de ser retirado
do fogo, e ir direto para a caixeta onde será acondicionada.
52
Pão de Mandioca
Maria Aparecida Carvalho Soares.
53
Levamos para casa, sala espaçosa que era também a cozinha
desta casa de descanso da família.
- Pois bem! Disse Aparecida. Agora prestem atenção! Quero
ajuda de vocês para irem aprendendo o que é tradição em minha
família há mais de mil anos!
- Que é tradição, vó? É quando o pãozinho tá pronto?
- Ah! Vamos lá!
- Primeiro, vamos cozinhar a mandioca para depois moê-la.
Atenção, gente!
São três (3) xícaras de mandioca cozida.
- Me dá um pedacinho dela, minha barriga tá roncando. – Pediu
Lucas.
A farra pedagógico-culinária continuava e logo depois, a voz
grossa do vovô.
- 3 (três) xícaras de polvilho. Meça para mim, Rafael! E agora,
Lucas, jogue tudo aqui, na mandioca cozida e moída.
- Calma gente! Vá ao armário, traga o queijo canastra. O que
estiver mais curado. Ralem 3 (três) xícaras!
- Falou vovó.
Ô vó, se a gente ralar as xícaras, elas não estragam?
54
- Aparecida, - perguntou o marido. – O recheio só pode ser com
queijo?
- Para ficar gostoso, sim! Queijo ou requeijão.
- Agora, gente, mãos à obra! É só amassar, assar ou então fritar.
Algum tempo depois, a sala-cozinha cheirava e o perfume do
pão-de-mandioca exalava ambiente adentro.
- Esperem esfriar, esfomeados!
Depois...Toalha sobre a mesa, café fresquinho, leite, suco de
laranja, guaraná e lá no meio, imponente e devorável, o tradicional
pão-de-mandioca.
55
Pão de Regalo
Luiza Marilac de Pinho Marques França
57
os matos, e nós duas nos misturávamos às borboletas e beija-flores,
personagens tão pequeninos em um universo de tantas belezas.
Depois retornava à cozinha, e novamente a massa crescia,
enchendo a gamela. Ela a dividia em vários pedaços, ia pegando-os
um a um e abrindo em uma tábua de madeira, com um rolo também
de madeira, e a cada pedaço de massa que abria, passava uma leve
camada de manteiga. Enrolava-os, arrumava-os em assadeira e le-
vava-os ao forno de barro aquecido com lenha, e quando os retira-
va, o cheiro do pão fresco enchia toda a cozinha, e eu os comia,
desenrolando-os, no sentido contrário. Primeiro a casca, depois as
camadas que se desenrolavam, até ficar uma última que parecia um
pavio de tão fina.
Mas por que regalo? Regalo estava no cheiro? No sabor? Na
dor-de-barriga quando se comia muito desse pão amanteigado e
quente?
Muitos anos mais tarde, aluna da Faculdade de Letras – na
UFMG, já tão distante da fazenda e ao mesmo tempo com a fazen-
da tão perto de mim, a palavra regalo me encontrou, em uma lição
do curso de italiano, que falava do Natal de uma mãe de família que
comprava “I regali per sue bambini”.
58
Peixe Dourado
Eunice C. Paixão
Minha mãe, como boa paraibana, era danada para preparar uma
peixada com leite de coco. Tinha que ter aquele ritual: comprar o
coco, raspar, espremer até tirar todo o leite, para dar aquele paladar
natural do coco.
O peixe tinha que ser o Dourado, em postas, limpo e temperado
de véspera.
Meu pai não gostava, pois era italiano, mas ela fazia questão de
preparar para amigos e filhos.
59
Pudim de Pão do Joãozinho
Miriam Fátima dos Santos
60
Recordar é viver...
Mário José Lemos
61
Que bom seria se, através desta receita, as artistas da culinária
pudessem fazer reviver, pelo menos por algum instante, alegrias e
prazeres daqueles tempos que não voltam mais.
Pororoca
1/2 kg.de polvilho azedo
1 batata doce (média) cozida e amassada
1 colher (de sopa) rasa de sal
2 xícaras (de chá) de água
Modo de fazer:
Ferver a água com o sal e escaldar o polvilho como para biscoito.
Depois de morno, sovar o polvilho. Juntar a batata já preparada e
amassar bem. Abrir a massa como para pastel numa mesa polvilha-
da, cortar em retângulos de 5x3 cm. Cozinhar os retângulos em
bastante água como se fossem nhoques (colocar na água fervendo).
Logo que subirem à tona, retirar, escorrer com escumadeira e colo-
car em assadeira untada, levando em seguida ao sol ou forno para
secar muito bem.
Receita de Leone
62
Rosca da Maria Gonçalves
Maria de Lourdes César da Rocha Bueno
Ingredientes
4 tabletes de fermento biológico
1 copo de leite bem quente
1 Kg de farinha de trigo especial
4 ovos
1 xícara de chá de gordura líquida
2 colheres de sopa de manteiga ou margarina
4 batatas grandes cozidas e passadas no espremedor
2 1/2 xícaras de açúcar refinado
3 colheres de sopa de maisena (se quiser, passas, frutas crista-
lizadas e nozes picadas e uma pitada de sal)
63
Modo de Fazer
Numa vasilha grande e funda, dissolver os 4 tabletes de fermen-
to em um copo de leite quente. Acrescentar cerca de 400 gramas
de farinha de trigo; misturar bém e colocar para crescer por cerca
de 30 minutos; Depois de bem crescido, acrescentar:
3 ovos inteiros mais:
1 clara (reservar a gema), a xícara de gordura, as 2 colheres de
manteiga, o açúcar refinado, as batatas amassadas, a maisena, o
restante da farinha de trigo, a pitada de sal e as frutas cristalizadas
e nozes (se quiser).
64
Sanduichinhos de Salame
Eunice C. Paixão
65
Torta de Abacaxi
Ou melhor, torta das “comemorações”.
Maria da Conceição Ribeiro de Faria
Esta receita me faz voltar aos meus quinze anos, quando estava
aprendendo a datilografar. Era como se fosse aprender hoje com-
putação. Minha mãe deu-me o seu caderno de receitas para eu
treinar datilografia, passando a limpo as suas receitas preferidas.
Esta era a preferida, porque era feita só nas datas comemorativas
como: dia dos pais, dia das mães, aniversários, etc.
Era muito divertido e alegre fazer esta “torta de abacaxi” , pois
cada uma de nós, as filhas, tinha sua tarefa de participação: uma
ralava o coco, uma descascava e picava o abacaxi, outra fazia o
creme, outra molhava os biscoitos champagne na calda do abacaxi
e ia montando as camadas até formar a torta e uma outra lavava as
vasilhas que eram usadas para fazer a famosa e saborosa torta que
seria servida bem gelada no dia seguinte, “dia da festa”.
E com isto ficou sendo a torta preferida de todos da família, pas-
sando a receita de mãe para filhas.
Ingredientes:
1 coco grande
4 gemas
2 latas de creme de leite
2 latas de leite condensado
Leite de vaca
1 abacaxi grande
1 quilo de biscoito champagne
maisena
Açúcar (refinado)
66
Modo de fazer:
Descascar e picar o abacaxi em pedaços pequenos, cozinhar com
água e açúcar, deixar esfriar e depois separar (coar) a calda dos
pedaços.
Fazer o creme, medindo a mesma quantidade na mesma lata do
leite condensado, o leite de vaca, colocar as 4 gemas, 2 colheres de
maisena e mexer sem parar em fogo baixo até cozinhar.
O creme de leite, depois de estar bem gelado, tirar (separar) o
soro e bater ou misturar bem com 2 colheres de açúcar refinado ou
a gosto.
Ralar, depois de descascado o coco, na parte mais grossa do ralo.
67
Torta Prática de Maçã
Vânia Linhares
68
Ingredientes da primeira parte
1 xícara de chá de açúcar refinado
2 maçãs grandes (ou 3 maçãs pequenas)
1 lata de leite condensado
11/2 latas de leite comum (utilizar a medida da lata do leite con-
densado)
4 colheres (de sopa) de amido de milho (maisena)
3 gemas
69
3 – Quando estiver assado, retire do forno, deixe esfriar, coloque
na geladeira e deixe até o dia seguinte, para facilitar na hora de tirar
a forma.
Obs.: Depois de desenformar, você pode decorá-la com gelatinas
feitas em fôrmas de empadinha, ou ameixas pretas, ou cerejas,
morangos, etc.
70
Vivendo Lembranças
Maristela Seabra R. J. Corrêa
Ainda bem pequena, por volta dos meus seis anos, muitas
histórias e acontecimentos estão presentes em mim como se fosse
hoje.
Comecei, então, anotar numa folha de papel alguns emara-
nhados de lembranças perdidas no meu pensamento.
Eis que surge, portanto, uma vivência gostosa do tempo de cri-
ança que me marcou para sempre.
Nos finais de semana, eu e meus irmãos, após encerarmos e lus-
trarmos a casa – numa farra só – íamos para a cozinha onde minha
mãe que gostava tanto de fazer quitanda, colocava seu avental
xadrez. Sobre a mesa, os ingredientes espalhava e, em volta, olhá-
vamos até a massa ficar consistente.
E, de repente… tudo se transformava em deliciosas guloseimas
da minha tenra idade.
Massa pronta! Letras, números, corações e palavras queridas
nos tabuleiros se instalavam.
Lembro-me do orgulho que senti quando consegui pela primeira
vez, juntando as duas mãozinhas trêmulas de um jeito esquisito, um
pequeno pedaço de massa e comecei a fantasiar.
Consegui fabricar letras do meu nome. Outros pedaços surgiam.
Todos eles, de várias formas e tamanhos diferentes, temperados por
saboroso toque de mistério.
Parecia uma magia. Eram os biscoitinhos do amor!
Logo, ficavam prontos e assados. Sentávamos à mesa e soboreá-
vamos com alegria os biscoitos feitos por nós.
Ali eram passados ensinamentos de respeito, carinho, amizade,
solidariedade, generosidade e de fé.
Com aguçada sensibilidade e alegria de viver, minha mãe, ao
deixar meus irmãos e eu manusearmos a mistura, dava lição de
71
amor, simples, mas intensa, que extrapolava as páginas dos livros
para nos conduzir pelos caminhos da vida.
O tempo passou e eu precisei recordar momentos tão
agradáveis!
Hoje, eu não sei mais que jeito é esse de fazer os biscoitinhos,
mas tento passá-los para os meus filhos Luciano e Matheus com os
mesmos ensinamentos que aprendi com a minha genitora.
Esta singela brincadeira ficará guardada comigo para sempre!
Para deixar seus filhos ou netos ainda mais felizes, que tal uns
biscoitinhos de amor para o café?
É simples, rápido e dá pra fazer brincando.
Veja como preparar os deliciosos biscoitinhos…
Biscoitos do Amor
Ingredientes
1 kg de farinha de trigo
1/2 kg de açúcar cristal
2 colheres de sopa de manteiga
2 ovos
1 colher de sopa de fermento em pó
1 colherinha de nóz moscada
1 pitada de sal
Leite
Modo de Fazer
Misture todos os ingredientes, amasse bem e coloque o leite aos
poucos até dar consistência. Enrole formando letrinhas, argolas,
corações, trancinhas…
Assar em forno moderado, em tabuleiro untado por volta de 20
a 30 minutos.
Agora é só saborear!
72
SINDICATO DOS PROFESSORES DO ESTADO DE MINAS GERAIS
SEDE: Belo Horizonte - Rua Jaime Gomes, 198 - Floresta - CEP: 31015.240
Fone: (31) 3465 3000 - Fax: (31) 3465 3008
HP: sinpromg.org.br - E-mail: sinpromg@sinpromg.org.br
SEDES REGIONAIS:
Além Paraíba - Rua José Tepedino, 80 - Praça da Bandeira- CEP: 36660000- Fone: (32) 3462 1528; Barbacena - Av. Bias Fortes, 694
- sala 102 - Centro - CEP: 36200000 - Fone: (32) 3331 0635; Divinópolis - Rua Minas Gerais, 655 - sala 710 - Centro - CEP: 35500007
- Fone: (37) 3221 8488; Coronel Fabriciano - Rua José Cornélio, 134 - Sala 203 - Centro - CEP: 35170000 - Fone: (31) 3841.2098;
Governador Valadares - Av. Brasil 2.507 - Centro - CEP: 35020070 - Fone: (33) 3271 2458; Montes Claros - Rua Januária, 672 -
Centro - CEP: 39400077 - Fone: (38) 3221 3973; Muriaé - Rua Barão Monte Alto, s/nº - sala103 - Centro - CEP: 36880000 - Fone: (32)
3721 1053; Poços de Caldas - Rua Rio de Janeiro, 314 - sala 304 - CEP: 37701011 - Fone: (35) 3721 6204; Ponte Nova - Av. Dr.
Otávio Soares, 41 - sala 406 - Palmeiras - CEP: 35430229 - Fone: 3817 2721; Pouso Alegre - Rua Bueno Brandão, 105 - Centro - CEP:
37550000 - Fone: (35) 3423 3289; Uberaba - Av. Doutor Fidélis Reis, 557 - Piso C - sala 13 - Centro - CEP: 38010030 - Fone: (34) 3332
7494; Uberlândia - Av. Floriano Peixoto, 615 sala 1.206 - CEP: 38400102- Fone: (34) 3214 3566; Varginha - Av. Cel. José Alves, 361
- sala 202 - Vila Pinto CEP: 37010540 - Fone: (35) 3221 1831.
Diretoria
Belo Horizonte: Aerton de Paulo Silva, Albanito Vaz Junior, Alexandre Geraldo, Andrea Luiza
Drumond das Chagas, Angelamaria S. Burgarelli A. Kneipp, Antônio de Padua U. e Silva, Bruno
Burgarelli Albergaria Kneipp, Carlos Afonso de Faria Lopes, Celina Alves Padilha Arêas, Cláudia
Simone Elias Soares, Clóvis Alves Caldas Filho, Débora Goulart de Carvalho, Décio Braga de Souza
[Presidente], Dulce Aparecida Maia de Pádua, Edward Neves Monteiro de B. Guimarães, Eliane de
Andrade, Elizabeth do Nascimento Mateus, Elmindo de Rezende, Eni de Faria Sena, George Rafael
Lima Souza Maia, Gilson Luiz Reis, Heleno Célio Soares, José Alves Pereira, José Antônio Carlos
Pimenta, José Carlos Padilha Arêas, José Flávio Perpétuo, Lavínia Rosa Rodrigues, Marcus Vinícius
Araújo, Maria Alba Guedes Torres, Maria da Conceição Miranda, Maria das Graças de Oliveira, Maria
de Lourdes César da Rocha Bueno, Marilda Amaral Ramalho de Castro, Marilda Silva, Mark Alan Junho
Song, Miguel José de Souza, Miriam Fátima dos Santos, Mônica Botelho Maldonado, Nacib Rachid
Lauar, Nardeli da Conceição Silva, Natália Pereira Chagas, Newton Pereira de Souza (licenciado) e
Terezinha Lúcia de Avelar; Além Paraiba: Welber Salvador Zóffoli, Fábio dos Santos Pereira; Alfenas:
Wagner Ribeiro; Araçuai: Evangelina Sena Fulgêncio Jardim; Barbacena: Dimas Enéas Soares
Ferreira e Sandra Lúcia Magri; Caratinga: Sebastião Geraldo de Araújo; Contagem: Maria da Glória
Moyle Dias e Rui da Silva Sales; Divinópolis: Edson de Paula Lima, Lenir Rosa André Prada e Valéria
Peres Morato Gonçalves; Formiga: Maria Irene Pereira Vale; Governador Valadares: Altino Barbosa
Neto, Clédio Matos de Carvalho, Jones Righi de Campos, Luiz Carlos da Silva e Maria Aparecida
Ribeiro; Itabira: Catarina Maria Souza Cruz; Itajubá: Gilberto Alves da Cunha e Edson de Oliveira
Lima; Lavras: Murilo Ferreira da Silva; Leopoldina: Josiana Pacheco Silva Martins; Machado: Leda
Gonçalves Fernandes e Pitágoras Santana Fernandes; Montes Claros: Geraldo Santos Oliva Júnior,
José Germano Cardoso Ferreira, Nalbar Alves Rocha e Samuel Couto de Oliveira; Pará de Minas:
Maria Cézar Ferreira Barbosa; Paracatu: Benedito do Carmo Batista; Passos: Renato Sérgio Pereira
Pina; Patos de Minas: Altamir Fernandes de Sousa e Marcos Paulo da Silva; Poços de Caldas:
Rozana Maris Silva; Ponte Nova: Fátima Amaral Ramalho e Paulo Augusto Malta Moreira; Pouso
Alegre: Carla Alfonsina D'auria, Jandira Aparecida Alves de Rezende e Marcos Ribeiro dos Reis;
Santos Dumont: João Marcos Netto; Sete Lagoas: Juliana Maria Almeida do Carmo, Roziana
Gonçalves Camilo Lemos; Teófilo Otoni: Marilda de Souza Lima, Mauro Gomes da Fonseca;
Timóteo: Isabel Cristina de Souza Ribeiro; Ubá: Maria Julieta Martins de Albuquerque; Uberaba: José
Armando Borges; Uberlândia: Cecília Maria Vieira Abrahão; Varginha: Aristides Ribas de Andrade
Filho.
73
74