A Maçonaria Mista e Feminina
A Maçonaria Mista e Feminina
A Maçonaria Mista e Feminina
Por ser uma sociedade secreta, as falsas idéias, sobre o que é e como age,
proliferam. É comum pensarem - talvez, hoje, pela prosperidade do “Grande
Oriente” e das “Grandes Lojas” - seja restrita ao ingresso de homens. Isso não
corresponde à realidade e nem seria lógico, num mundo onde a igualdade dos
sexos se estabelece de forma inquestionável.
Maçonaria não é religião. Não professa dogma algum. Respeita, sim, todas as
religiões. Objetivamente, é o agrupamento de todas as correntes filosóficas e
iniciáticas do passado. É a Ciência da Evolução, como também é Tradição - liberal
e progressiva: os maçons devem ser “as sentinelas avançadas das idades futuras”.
Outra palavra que a caracteriza: Fraternidade. Sentimento mantenedor da
irmandade, a serviço de todos os homens. Sem o seu cultivo, a árvore maçônica
não produzirá frutos substanciais - é uma das primeiras lições. Não só para a
Ordem Internacional Mista Le Droit Humain, mas abrangente a todas as outras, o
princípio da Fraternidade é nato no coração, “a base da filantropia verdadeira que
dá sem buscar recompensa”. O sentimento da Fraternidade é um dever maçônico.
Meu pai, Amâncio Dantas, um verdadeiro obreiro, por mais de cinqüenta anos
servindo ao Grande Oriente do Brasil e, hoje, no Oriente Eterno, ensinava-me que
muitos entram para a Instituição mas nunca foram maçons. Que não o são.
Inversamente, outros, jamais atravessaram seus Portais: no entanto, vieram ao
mundo com o Espírito Maçônico.
Maçom é o que cumpre o seu ideal, não obstante os maus irmãos. Trabalha e
tem absoluta confiança no poder da Bondade e da Justiça. Este reconhece o tão
propalado “Segredo” - tão raro até para os maçons de graus mais elevados. Pois
este prodigioso “Segredo” não se comunica: “sente-se e descobre-se”.
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Edna Duarte Dantas é advogada, escritora, cantora, artista plástica, teosofista, rosa-cruz e maçona
ligada à Ordem Maçônica Mista Internacional Le Droit Humain.