ICP Responde - Respostas As Duvidas Bíblicas
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Listagem das questões abordadas
Zacarias 14.9 reforça a tese unicista contra a Trindade?
Por que o nome de Jesus não é Emanuel?
Alguns atributos de Deus são inerentes ao ser humano?
Os irmãos literais de Jesus eram, na verdade, seus primos?
O texto de 1Pedro 4.8 pode ser usado para justificar os pecados pelas
obras?
Por que Jesus amaldiçoou a figueira por não produzir figos se o texto
de Marcos 11.13 deixa claro que não era o tempo propício para isso?
Quem é a senhora mencionada em 2João 1,5?
Quem foram os ebionitas?
Como entender a expressão “banco”, em Lucas 19.23?
Em 2Coríntios 11.17, Paulo está contradizendo os ensinos de Jesus?
Por que Daniel não foi jogado na fornalha de fogo ardente com seus
amigos, afinal, não estavam juntos (Dn 3.1-30)?
O que podemos saber a respeito da epístola escrita à igreja de
Laodicéia (Ap 3.14-22)?
É verdade que o apóstolo Paulo escreveu três cartas aos coríntios?
Qual delas se perdeu? Temos algum versículo bíblico que nos
esclareça sobre seu tema ou conteúdo (1Co 5.9-11)?
Há um “capítulo de ouro” no livro do profeta Jeremias? Qual é e por
quê?
O que significa, e de onde provém, a expressão “Leão da tribo de
Judá”, atribuída a Jesus?
Ana teve sete ou seis filhos?
Se a narrativa do rico e Lázaro não é uma parábola, mas história
real, como os evangélicos defendem, gostaria, então, de saber como o
rico pôde sentir sede, tendo em vista o fato de que ele, naquele lugar,
não estava em matéria, mas em alma e espírito?
Há um episódio estranhíssimo na Bíblia, sem paralelo nos demais
textos: a luta entre Jacó e o anjo (Gn 32.24-32). Segundo a Palavra,
os anjos possuem poder, mas em relação ao anjo com o qual Jacó
lutou, pareceu haver quase uma equivalência de forças, visto que
Jacó pôde resisti-lo durante muito tempo. Mais do que isso, Jacó o
deteve (o segurou) e, segundo meu entendimento, até o coagiu a
abençoá-lo. Em minha igreja, os irmãos cantam esse episódio, mas
sem raciocinarem a respeito. Gostaria que fizessem uma exegese do
mesmo, se possível com referências de pensadores cristãos e judeus.
Em João 1.29-34, fica bastante claro que João Batista sabia quem
era Jesus. Por que, então, enviou seus discípulos, conforme Mateus
11.2,3, para que perguntassem a Jesus se Ele era o Messias?
Qual é a diferença entre tribulação, provação e tentação?
Em Gênesis 11.1,6-9, a Bíblia diz que toda a terra tinha uma língua
só. Mas em Gênesis 10.5 há menção de diversas nações, cada qual
com a sua própria língua. Como podemos entender esta
ambigüidade?
O povo da assíria tinha alguma relação com Assur?
A Bíblia registra o ato de “lançar sortes”. O que isso significa?
Quem são os pobres de espírito que herdarão o reino dos céus?
Davi matou Golias com a funda ou usou a espada do próprio gigante
para lhe tirar a vida?
Por que Jesus amaldiçoou uma figueira sem frutos, visto que estava
fora da época de produzi-los?
Jeconias era filho de Jeoiaquim ou de Josias?
Como interpretar os “excrementos humanos” na preparação da
cevada, conforme descrito em Ezequiel 4.12?
O que são binitarismo e diteísmo?
Que animal era/é o “leviatã”, criatura citada em Jó e Salmos?
Deus realmente teve a intenção de matar Moisés, conforme o texto de
Êxodo 4.24?
Qual é o significado da expressão Yeshua Hamachiach Hamelekh
Hamalekhin Kadosh (Ierroshua Hamashia Alamanehin Kadosh)?
Em 2Reis 2.23,24, o profeta Eliseu realmente amaldiçoou os jovens
para que morressem?
Jeremias 7.16 ensina que não devemos orar por certas pessoas?
De acordo com Gênesis 3.16, Eva, a mulher perfeita antes da queda,
teria dores no parto?
O que significa o sufixo “ismo” que encontramos nos nomes de
diversas religiões?
O que é o limbo, segundo os católicos apostólicos romanos?
Quem é o homem vestido de linho mencionado em Ezequiel 10?
O que é fideísmo religioso?
Como explicar “as figuras das coisas que estão no céu”, citadas em
Hebreus?
Por que Apocalipse 7.4 menciona a tribo de Manassés no lugar da
tribo de Dã?
QUAL É O SANTUÁRIO EM QUESTÃO NO TEXTO DE
1CORÍNTIOS 3.17: O NOSSO CORPO, O ESPÍRITO SANTO OU
OUTRA COISA?
COMO ENTENDER A AUTORIDADE CONFERIDA A PEDRO
EM MATEUS 16.19?
EM QUE MOMENTO O BATISMO EM ÁGUAS PASSOU A SER
REALIZADO CONFORME O PADRÃO
NEOTESTAMENTÁRIO?
COMO EXPLICAR A MENÇÃO DA LUZ EM GÊNESIS 1.3 SE O
SOL FORA CRIADO SOMENTE NO QUARTO DIA (GN 1.14)?
Como entender o fato de Paulo mandar entregar dois obreiros da
Igreja a Satanás?
Em Êxodo 25.17-22, Deus está permitindo a adoração de imagens?
Por que não vemos nos evangelhos pessoas pedindo perdão a Jesus?
Segundo o texto de Mateus 27.52, em que momento se deu a
ressurreição dos mortos?
Coisas santas aos cães e pérolas aos porcos. Qual deve ser a nossa
posição acerca deste ensinamento de Jesus?
Zacarias 14.9 reforça a tese unicista contra a Trindade?
“E o Senhor será rei sobre toda a terra; naquele dia um será o Senhor, e
um será o seu nome”.
Foi Teodoto de Bizâncio (cerca de 190 a.D.) quem primeiro ensinou que
Jesus era apenas um ser humano movido e impulsionado pelo Espírito
Santo. Em outras palavras, para ele, Jesus não era essencialmente e
substancialmente Deus ou, sequer, conjugava as duas naturezas (humana
e divina) em si (união hipostática). Esse ensino é chamado de
“monarquianismo dinâmico”.
Como ser portar diante de tantos nomes? Qual deles deveria ser o nome
do Messias? Na verdade, trata-se de outro hebraísmo. Note-se, também,
que esses “nomes” foram anunciados por profetas, o que exprime o anseio
dos judeus de presenciar e atestar a chegada do Messias. Jesus é a forma
grega do hebraico Yeshua (Josué), que significa “O Senhor salva” (Js 1.1).
O termo define a futura missão do Filho de Maria, que é salvar o seu povo
dos seus pecados (v.21).
Gálatas 1.19
Português “Mas não vi a nenhum outro dos apóstolos, senão a
Tiago, irmão do Senhor”
Grego transliterado “eteron de tôn apostolôn ouk eidon ei mê iakôbon
ton adelphon tou kuriou”
Septuaginta eteron de twn apostolwn ouk eidon ei mh iakwbon
ton adelfon tou kuriou
Caso a tese católica estivesse correta, o apóstolo poderia muito bem ter
usado a expressão hoi anepsiós Kyriou (primos do Senhor) e não adelphói
tou Kyriou (irmãos do Senhor), até porque os irmãos de Jesus estavam
vivos quando o apóstolo escreveu as duas epístolas.
Referências bibliográficas:
Antes de mais nada, é bom deixar claro que as obras são de extrema
importância para o cristão, que não pode deixar de exercê-las. As obras são
importantes por, no mínimo, duas razões: 1) demonstram para as pessoas
como os crentes que imitam a Cristo procedem; 2) glorificam a Deus: “Assim
resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas
obras e glorifiquem a vosso Pai, que está nos céus” (Mt 5.16).
Para Deus, somente após a pessoa ingressar em seu reino celestial é que as
obras que pratica passam a ter valor, não antes. Além disso, a Bíblia fala de
obras mortas: “Por isso, deixando os rudimentos da doutrina de Cristo,
prossigamos até a perfeição, não lançando de novo o fundamento do
arrependimento de obras mortas e de fé em Deus” (Hb 6.1). Em matéria de fé
e salvação, o projeto de Deus antagoniza os ideais humanos que se baseiam
em obras: “Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de
vós, é dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se glorie” (Ef
2.8,9). Mas, embora não sejamos salvos pelas obras, a bondade e a
benignidade devem ser buscadas pelos salvos: “Porque somos feitura sua,
criados em Cristo Jesus para as boas obras, as quais Deus preparou para que
andássemos nelas” (Ef 2.10), e isso, mais intensamente do que quando não
éramos salvos em Cristo, porque noutro tempo éramos gentios na carne, “mas
agora em Cristo Jesus, vós, que antes estáveis longe, já pelo sangue de Cris
to chegastes perto” (Ef 2.13b).
A expressão que causa dúvidas em 1Pedro 4.8 é a que diz que “o amor cobrirá
a multidão de pecados”. Segundo interpretações indoutas, se o texto afirma
claramente que há pecados que são perdoados com o envolvimento desse
sentimento afetivo, então há algo nas obras que pode trazer salvação à
humanidade à parte de Cristo. Sendo assim, conclui-se que uma pessoa que
dispense amor à outra poderia se salvar. Mas isso não é bíblico. A salvação
está em Cristo: “E em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do
céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser
salvos” (At 4.11), e em sua obra vicária: “Sabendo que não foi com coisas
corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados da vossa vã maneira
de viver que por tradição recebestes dos vossos pais, mas com o precioso
sangue de Cristo, como de um cordeiro imaculado e incontaminado” (1Pe
1.18,19).
Pelos relatos bíblicos, notamos que Jesus entrou no templo num dia de
domingo, à tarde, e observou tudo ao seu redor. Logo depois, foi para Betânia,
onde passou a noite, possivelmente na casa de Lázaro, irmão de Marta e
Maria. No dia seguinte, no caminho, Jesus teve fome e foi procurar fruto em
uma figueira que encontrou à beira da estrada. Não encontrando fruto, o
Senhor amaldiçoou a figueira, que, Imediatamente, ficou seca. Alguns ficam
consternados com essa narrativa, pois vêem nesse episódio uma atitude
subjetiva e inexorável de Jesus. Afinal, por que Ele teve essa atitude? Estaria
Ele irado? Estaria Ele exibindo seu poder?
Passando pela estrada, Jesus observou “de longe uma figueira que tinha
folhas”, e, ao presenciar as folhas, “foi ver se nela acharia alguma coisa”. Esse
detalhe é importantíssimo, visto que, “quando ocorre a primeira maturação, as
folhas ainda não estão completamente formadas (Ct 2.13)”. Mas ocorreu que
“chegando a ela, não achou senão folhas”. Como havia folhas se ainda não
havia acontecido a maturação? O fruto deveria preceder as folhas! Notemos
que se trata de uma exceção. Não avistando frutos, Jesus lança uma sentença
contra a figueira: “nunca mais alguém coma fruto de ti”. Mateus 21.19 encerra
dizendo que “a figueira secou imediatamente”.
Já Gleason Archer observa que “pode muito bem ter acontecido que Jesus viu
naquela figueira estéril que ele encontrara pelo caminho de Jerusalém, naquela
segunda-feira de manhã, da semana santa, um lembrete vívido da falta de
frutos em Israel, como nação de Deus. Por essa razão, usou aquela árvore
como ilustração dramática de sua lição aos discípulos”.
Contudo, alguns não apóiam essa defesa e dizem tratar-se de uma irmã
influente na igreja, ou uma senhora. Sendo assim, essa pessoa era eleita e se
chamava Kyria. Ou era uma senhora e se chamava Eleita. Russel Champlin
julga ser incomum alguém se dirigir à igreja com a expressão “senhora eleita”.
Ele diz que o texto faz alusão a “alguma dama bem conhecida pela sua
piedade, em cuja casa a igreja se reunia, ou que exercia grande influência em
certas congregações da Ásia Menor, talvez como diaconisa”.
Uma das maiores questões quanto à possibilidade de essa senhora ser a Igreja
é perceber na essência da carta certo elemento condizente com a expressão
“filhos”. Estaria João tratando apenas com os filhos dessa senhora? Seria
possível isso? Sim. Mas tais filhos também poderiam ser os membros da
Igreja de Cristo. Essa incógnita se estabelece por causa da ambigüidade que
permeia o texto, interpretado hoje por nós a séculos de distância de sua
produção original.
Se o nome dessa senhora fosse Eleita, existiriam, então, duas irmãs com o
mesmo nome, o que, ainda que não seja impossível, é incomum: “Saúdam-te
os filhos de tua irmã, a eleita. Amém” (2Jo 1.13). Se o nome fosse senhora ou
Kyria, não seria adequado dogmatizar a questão, pois em 1Pedro 5.13 a Igreja
é chamada de eleita: “A vossa co-eleita em Babilônia vos saúda, e meu filho
Marcos”.
Se não podemos fechar de forma categórica o assunto, até porque não é tão
prioritário assim, resta-nos ponderar que o objetivo da carta escrita é muito
mais importante, pois é artigo de fé. De que trata a epístola?
Referências bibliográficas:
Marcelino Freitas
Eliabe Bernardo
Sandro Marcus Sá
Champlin, comentando sobre esse texto, diz que havia um “antigo costume
dos cambistas efetuarem seus comércios em público, diante de uma mesa onde
o dinheiro era lançado. Esses cambistas negociavam o dinheiro em troca de
uma taxa, e pagavam juros aos investidores”. Portanto, nos dias de Jesus, esses
cambistas é que eram considerados e chamados de “banqueiros”.
O apóstolo Paulo tinha a Palavra de Deus com reverência e reconhecia que ela
era singular, única: “Por isso também damos, sem cessar, graças a Deus, pois,
havendo recebido de nós a palavra da pregação de Deus, a recebestes, não
como palavra de homens, mas (segundo é, na verdade), como palavra de Deus,
a qual também opera em vós, os que crestes” (1Ts 2.13).
Em outro texto, Paulo reconhece que o evangelho que pregava lhe fora
revelado por nosso Senhor Jesus Cristo: “Mas faço-vos saber, irmãos, que o
evangelho que por mim foi anunciado não é segundo os homens. Porque não o
recebi, nem aprendi de homem algum, mas pela revelação de Jesus Cristo” (Gl
1.11,12).
Referências bibliográficas:
Como José, filho de Jacó, conseguiu guardar alimentos durante sete anos e
onde? Teria utilizado um método milagroso para conservá-los (Gn 41.1-37)?
Essa cidade também era muito conhecida pela sua fabricação de lã macia e
preta, por seus vestidos caros feitos desse material, por sua escola de medicina
e por um “pó frígio”, do qual se fazia um colírio bem conhecido. Daí a
importância do versículo 18: “Aconselho-te que de mim compres ouro
provado no fogo, para que te enriqueças; e roupas brancas, para que te vistas,
e não apareça a vergonha da tua nudez; e que unjas os teus olhos com colírio,
para que vejas”.
Como podemos ver, há um padrão nas mensagens enviadas a cada uma das
igrejas: uma mensagem de louvor; uma mensagem de repreensão; um título
simbólico de Cristo, adaptado às necessidades da igreja; uma promessa
àqueles que vencem; e uma referência histórica que esclarece um pouco a
mensagem. Laodicéia é a única que não recebe elogios, porque era uma igreja
“nem quente, nem fria”, chamada de “infiel testemunha”, e para quem Cristo
se apresenta como o Amém, a Testemunha fiel e verdadeira.
É verdade que o apóstolo Paulo escreveu três cartas aos
coríntios? Qual delas se perdeu? Temos algum versículo
bíblico que nos esclareça sobre seu tema ou conteúdo
(1Co 5.9-11)?
Paulo visitou pela primeira vez a cidade de Corinto quando de sua segunda
viagem missionária: “E depois disto partiu Paulo de Atenas, e chegou a
Corinto” (At 18:1). Quando já estava em Éfeso, ouviu falar das desordens
cometidas naquela igreja. Supõe-se que, nessa época, tenha feito uma visita
apressada à cidade: “Eis aqui estou pronto para pela terceira vez ir ter
convosco, e não vos serei pesado, pois que não busco o que é vosso, mas sim a
vós: porque não devem os filhos entesourar para os pais, mas os pais para os
filhos” (2Co 12.14). Portanto, a última visita foi feita depois de escrever a
segunda carta aos coríntios. A primeira carta, por sua vez, foi escrita quando o
apóstolo estava em Éfeso, durante sua terceira viagem missionária, em 55
d.C., aproximadamente.
Podemos supor que houve uma carta anterior que não chegou até nós. Seu
conteúdo instruía os crentes daquela cidade a se separarem dos irmãos que
praticavam atos imorais: “Já por carta vos tenho escrito, que não vos associeis
com os que se prostituem” (1Co 5.9); fazia um pedido de oferta para os
cristãos da Judéia que estavam padecendo necessidades, talvez em virtude das
perseguições: “Ora, quanto à coleta que se faz para os santos, fazei vós
também o mesmo que ordenei às igrejas da Galácia” (1Co 16.1-4); além de
tratar de outros assuntos relacionados a problemas na congregação.
Bibliografia
Visitou, pois, o SENHOR a Ana, que concebeu, e deu à luz três filhos e
duas filhas; e o jovem Samuel crescia diante do SENHOR” (1Sm 2.21).
Ana inicia seu período maternal com a concepção de Samuel (1Sm 1.9-
20). Depois, concebe mais três filhos e duas filhas (1Sm 2.20,21).
Por outro lado, ainda que assim se defina o enredo anotado em Lucas
16.19-31, não devemos, da mesma forma, ignorar que a linguagem
neotestamentária se acha repleta de simbolismos, usados por Deus para
mostrar, de forma compreensível, as expectativas para o homem no
mundo post-mortem.
Uma lição que Deus provavelmente quis ensinar a Jacó seria aquela que
destaca as limitações dos homens em relação a Deus, o que, até então,
Jacó não havia compreendido.
Por último, resta, ainda, o pensamento que mostra Jacó diante de uma
circunstância que predizia sua condição sobre as coisas espirituais, ou
seja, que ele granjearia vitória nesta parte, desde que aprendesse a se
submeter e a orar. E esse último aspecto ficou demonstrado na cena final
do episódio, quando Jacó brada, dizendo: “Tenho visto a Deus face a face,
e a minha alma foi salva”, o que significa que Jacó agradeceu por ter
sobrevivido a tal embate, por não ter perecido de morte.
Preparado por Marcos Heraldo Paiva
Waldir Sabino
Juliano B. Dantas
Divalcir da Silva
Daniel Soares Meuer
Rodolfo Nascimento
“No dia seguinte João viu a Jesus, que vinha para ele, e disse: Eis o
Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo [...] E eu não o conhecia,
mas o que me mandou a batizar com água, esse me disse: Sobre aquele
que vires descer o Espírito, e sobre ele repousar, esse é o que batiza com o
Espírito Santo [...] E eu vi, e tenho testificado que este é o Filho de Deus”.
“E João, ouvindo no cárcere falar dos feitos de Cristo, enviou dois dos
seus discípulos, a dizer-lhe: És tu aquele que havia de vir, ou esperamos
outro?”.
Pois bem, uma primeira avaliação da dúvida de João Batista pode ser
dirimida pelo fato de o precursor do Salvador do mundo, predestinado
para tal missão, estar encarcerado. Ou seja, a dúvida estaria motivada
pela incompreensão do revés que lhe sobreveio.
Em verdade, Paulo não estava admitindo que era mentiroso ou que tinha
proferido alguma mentira. Nos versículos 5 e 7, vemos que ele está
apontando para situações hipotéticas empregando a partícula condicional
“se” em seus questionamentos. Assim, constatamos que o apóstolo
discursava com um suposto inquiridor judeu que tentava atribuir um
caráter injusto a Deus, o que não procede. A referida situação é apenas
uma proposta hipotética. Neste caso, Paulo lança mão de um mero
recurso discursivo, empregado por ele para evangelizar os romanos. Ao
usar este argumento, Paulo estava contrastando a postura do judaísmo,
que nega a eficácia da lei pelo seu não-cumprimento, e defendendo a fé,
que justifica sem que haja lei para estatuí-la.
Por que Deus, em Êxodo 7.1, disse a Moisés que ele seria colocado como
deus diante de Faraó? Este versículo não dá margem para justificar que o
ser humano é deus?
“Então disse o SENHOR a Moisés: Eis que te tenho posto por deus sobre
Faraó, e Arão, teu irmão, será o teu profeta”.
“Por estes foram repartidas as ilhas dos gentios nas suas terras, cada qual
segundo a sua língua, segundo as suas famílias, entre as suas nações” (Gn
10.5).
Assur era um dos netos de Noé, mas não possuía a mesma piedade do avô.
Os assírios empregavam uma expressão referente a seu país cujo
significado é: “a terra do deus Assur”. Conseqüentemente, está claro que
os assírios são descendentes de Assur, neto de Noé.
A Assíria está situada na região da parte mais alta do rio Tigre, e seu
nome deriva das ruínas da cidade de Assur, instalada às margens do
mesmo rio, que, por sua vez, herdou o nome do próprio Assur, provável
neto de Noé.
Referência bibliográfica:
Moisés Silva
Norberto Guimarães
Renato Sallas
Vanderlei Ferreira
Reynaldo Santos
Jacione Pereira de Araújo
“Então subiu dali a Betel; e, subindo ele pelo caminho, uns meninos saíram da
cidade, e zombavam dele, e diziam-lhe: Sobe, calvo; sobe, calvo! E, virando-
se ele para trás, os viu, e os amaldiçoou no nome do Senhor; então duas ursas
saíram do bosque, e despedaçaram quarenta e dois daqueles meninos”.
O fato de aquele grupo não estar acompanhado pelos pais, denota, em
primeiro plano, não se tratar de crianças, mas de jovens com idades entre 12 e
16 anos. O escárnio promovido contra o profeta parece ter tido um fundo
espiritual blasfemo, a começar pela expressão “sobe”, que se referia ao altar
mais alto de Betel, destinado aos sacrifícios idólatras (1Rs 13).
Daniel Duran
Michelle Santos
Antonio Cássio
Milton Souza
Maurício Pitta Cruz
Paulo Moreira Correia
Roberto Bock
Referências bibliográficas:
A grande maioria das pessoas que possui alguma noção conceitual deste
lugar limita-se a relacioná-lo às crianças. O limbo seria, portanto, o
destino das pobres crianças que morrem sem batismo e que, por isso, são
classificadas pela igreja romana como pagãs. Entretanto, o entendimento
católico deste lugar envolve algo além disso, pois, conforme tal
interpretação, há pelo menos dois tipos de limbo:
Jesus, por sua vez, menciona apenas dois caminhos, duas portas, dois fins
(Mt 7.13,14; 25.34-46). Não há referências bíblicas além desses dois
lugares depois da vida: céu e inferno. Nas línguas originais bíblicas, céu e
inferno são chamados da seguinte maneira: Seol, Hades, Geena (Lc 16.19-
31; 12.4-5). Devemos, no entanto, nos contentar com isso. Existem
algumas correntes teológicas que se esforçam por explicar a fortuna das
crianças que falecem antes da idade da razão, porém, esse assunto
envolve muitas especulações e já não é alvo do questionamento aqui
proposto. Para saber mais sobre o assunto, o leitor deve consultar a
edição de nº 39 de Defesa da Fé, que traz a matéria intitulada “Inferno: é
possível crer nesta doutrina em pleno século 21”.
A expressão “as figuras das coisas que estão no céu” nos remete ao templo
do Senhor (ou à tenda da congregação, utilizada antes do templo) e seus
utensílios.
Renata Florin
Sandro Emanuel
Ivo Figueiredo
Lázaro Vicente
Roberto Coutinho
Referências bibliográficas:
A primeira pode ser ilustrada pela figura do mordomo que recebe de seu
senhor a responsabilidade de cuidar de sua casa e dos seus bens (Mc
13.34). Em Isaías 22.22, Deus diz de Eliaquim: “E porei a chave da casa
de Davi sobre o seu ombro, e abrirá, e ninguém fechará; e fechará, e
ninguém abrirá”. Então, podemos concluir que a quem é conferido tal
atribuição exige-se responsabilidade, delega-se autoridade e reclama-se o
cumprimento de deveres. A igreja romana, por exemplo, apossando-se, de
forma autoritária e arbitrária, desses textos, segundo suas próprias
interpretações, quer convencer que a autoridade foi dada a Pedro [e seus
sucessores] e à igreja Católica Romana. Inclui, também, segundo seus
teólogos, o poder de perdoar pecados, doutrina que não usufrui de
nenhum amparo bíblico.
Quanto à segunda parte do texto, observamos muito seu uso nas igrejas
em decorrência da aplicação da disciplina eclesiástica. A Bíblia de Estudo
de Genebra diz: “As ‘chaves do reino’, dadas primeiro a Pedro e
definidas como poder de ‘ligar’ e ‘desligar’ (Mt 16.19), têm sido
entendidas comumente como a autoridade para supervisionar a doutrina
e impor a disciplina. Essa autoridade foi dada por Cristo à Igreja em
geral e à sua liderança ordenada em particular”. Assim, devemos
entender que quando a igreja, devida e justamente, aplica a disciplina ao
membro faltoso, antes a sanção já fora aplicada pelo próprio Deus no céu,
a igreja apenas ratifica o fato.
Alguns estudiosos supõem que João fazia parte do grupo dos essênios.
Segundo o Dicionário Teológico, os essênios eram “partidários da seita
judaica que, florescendo no segundo século antes de Cristo, caracterizou-
se pelo ascetismo, separatismo e meticulosidade de seus membros”. De
acordo com Collin Brown, “o convertido ao judaísmo, no início da era
cristã, tinha de receber a circuncisão, submeter-se a um banho ritual e
oferecer sacrifícios”. Desta forma, João teria incorporado o batismo em
águas dos grupos judaicos, especialmente dos essênios. Isto não quer dizer
que João dava o mesmo sentido de batismo conforme agiam os sectários.
Diz Russel Champlin que “o batismo judaico de prosélitos (os que não
eram judeus de nascimento) [...] requeria imersão em água,
representando a purificação da anterior vida pecaminosa. Enquanto a
pessoa se imergia na água, trechos da lei eram lidos, dando a entender
que ele tencionava fazer da lei o guia da nova vida na qual a pessoa estava
entrando”. João antecipou a obra ministerial de Cristo e, assim, seu
batismo constituiu-se uma espécie de ingresso a um “novo movimento”,
apesar de ser muito mais apropriado classificá-lo como um ato precursor
que apontava as diretrizes para o ritual que seria observado
posteriormente pela igreja cristã.
Referências bibliográficas:
Edmar Valente
Fábio Godoy
Ivonete Ribeiro
Isaías Mendes
Como entender o fato de Paulo mandar entregar dois
obreiros da Igreja a Satanás?
“E entre esses foram Himeneu e Alexandre, os quais entreguei a Satanás, para
que aprendam a não blasfemar” (1Tm 1.20).
Não há menção específica a respeito das heresias com as quais aqueles dois
falsos obreiros se envolveram. Entretanto, parece que a carta de Paulo a
Timóteo visava tratar problemas de crenças religiosas e idéias filosóficas. O
contexto sugere que esses obreiros estavam envolvidos com questões
pertinentes ao gnosticismo, sendo que Himeneu é citado por Paulo em
2Timóteo 2.17,18 como que ensinando que a ressurreição já tinha acontecido,
alegorizando-a e minando a esperança futura dos irmãos.
A sentença para esses obreiros seria que fossem “entregues a Satanás”, o que a
maioria dos teólogos entende como uma espécie de disciplina ou exclusão da
comunhão com a Igreja, o Corpo de Cristo. Este procedimento visava tanto a
correção como a punição. Quanto a este fato, a Bíblia de estudo de Genebra
afirma o seguinte: “Portanto, foram devolvidos ao mundo – domínio de
Satanás (Jo 12.31; 14.30; 16.11; 2Co 4.4; Ef 2.2)”. No mesmo sentido, a
Bíblia de estudo Pentecostal considera: “Ser desligado da Igreja; por outro
lado, deixa a vida da pessoa aberta aos ataques destrutivos e satânicos (Jó
2.6,7; 1Co 5.5; Ap 2.22)”.
Em Êxodo 25.17-22, Deus está permitindo a adoração de
imagens?
“Farás também dois querubins de ouro; de ouro batido os farás, nas duas
extremidades do propiciatório” (Êx 25.18).
Algumas imagens que Deus mandou confeccionar não tinham por objetivo
elevar a piedade de Israel e tampouco serviam de modelo para reflexão ou
conduta. Eram apenas símbolos decorativos e representativos. Deus mandou
fazer a Arca da Aliança; mandou confeccionar figuras de querubins no
Tabernáculo e no Templo (Êx 25.10-16; 1Rs 6.23-29), além de outros
ornamentos (1Rs 7.15-50). Essas figuras, porém, jamais foram adoradas ou
veneradas, ou vistas como objetos de devoção ou adoração. Se os filhos de
Israel tivessem adorado, cultuado ou venerado esses objetos, Deus, sem
sombra de dúvida, teria mandado destruí-los, como aconteceu com a serpente
de bronze (2Rs 18.4).
Os judeus não necessitavam clamar que queriam ser perdoados por Jesus,
precisavam tão-somente crer, para a salvação de seus pecados, que Cristo era
o enviado de Deus! (Jo 8.24). A Bíblia informa que os judeus rejeitaram a
Jesus (Jo 1.11), o que, por si só, comprova que não pediriam perdão a um
mero homem. De fato, a preocupação evangelística de Jesus, acima de tudo,
era com os judeus (Mt 10.5; 15.24), porém, esta atitude não excluía os gentios
(aqueles que não eram judeus), pois sobre estes fora profetizado a revelação
do evangelho (Sl 2.8; Is 49.6; Ml 1.11; Mt 12.21). Alguns episódios bíblicos
indicam que várias pessoas reconheceram ser pecadoras e receberam o perdão
de Jesus. Confira alguns exemplos: Pedro (Lc 5.8); Zaqueu (Lc 19.1-10); a
mulher adúltera (Jo 8.1-11); o paralítico (9.2), entre outras.
Outra dúvida que paira nas mentes é: “Quem seriam essas pessoas?”. Russel
Norman Champlin afirma que “muitas conjecturas têm sido feitas acerca da
identificação dos membros desse grupo, tais como os patriarcas, Abraão,
Isaque, Jacó, e outros de tempos mais recentes, como João Batista, Simeão,
Ana, Zacarias, etc.; mas acerca disso não temos qualquer informação”.
Coisas santas aos cães e pérolas aos porcos. Qual deve ser
a nossa posição acerca deste ensinamento de Jesus?
“Não deis aos cães as coisas santas, nem deiteis aos porcos as vossas pérolas,
não aconteça que as pisem com os pés e, voltando-se, vos despedacem” (Mt
7.6).
Referências bibliográficas: