Marketing Matéria
Marketing Matéria
Marketing Matéria
Os apontamentos disponibilizados são apenas uma das formas de ajudar os alunos no seu processo de
estudo e de aprendizagem, pelo que este é um método possível de compilação, sistematização e
síntese de matérias. Atente-se que estes apontamentos constituem somente um resumo de matérias,
podendo apenas ser entendidos como um auxiliar de estudo que deverá ser um complemento da
presença nas aulas e da consulta da bibliografia recomendada no programa da disciplina. (programa
disponível em http://www.si.ips.pt/esce_si/web_page.Inicial)
O caderno de apontamentos foi produzido por Graça Penteado e Susana Galvão, sob responsabilidade
do Prof. Paulo Silveira.
Conteúdos Programáticos:
Marketing
Marketing significa analisar o Mercado com o intuito de determinar o nível potencial das
Trocas que visem satisfazer determinada Necessidade ou Preferência humana.
“O Marketing é o conjunto dos métodos e dos meios de que uma organização dispõe para
promover, nos públicos pelos quais se interessa, os comportamentos favoráveis à realização
dos seus próprios objectivos.”. Lindon et al (2004; 28)
| Mercado
“Em sentido restrito, corresponde a um conjunto de dados quantitativos sobre a importância,
a estrutura e a evolução das vendas de um produto; em sentido lato, chama-se mercado ao
conjunto dos “públicos” susceptíveis de exercer influência no volume de consumo de um
produto.”. Lindon et al (2004; 52)
Não é função do Marketing criar necessidades, mas sim identificar necessidades não
satisfeitas. As empresas recolhem e analisam informação para esse fim.
| Necessidades
As necessidades humanas resultam de situações e sentimentos de privação.
Envolve:
Conjunto de variáveis tácticas controláveis (“os 4 Ps”) a que a empresa pode recorrer para
fomentar determinada reacção no seu mercado-alvo.
Produto (product)
Decisões relativas a tudo o que se refere ao produto ou serviço em si, como as suas
características, embalagem, marca, gestão de linha e gama, possibilidade de novos
lançamentos ou de descontinuação, …
Preço (price)
Decisões relativas à quantia que os clientes têm que pagar para adquirir o produto,
incluindo condições de venda (descontos) e financiamentos. Considera não apenas o
impacto económico mas também psicológico que o preço pode causar.
Distribuição (placement)
Decisões relativas a como tornar o produto disponível ao consumidor, para que ele possa
adquiri-lo e utilizá-lo, envolvendo a escolha dos canais de venda e gestão dos pontos de
venda e dos canais de distribuição.
Comunicação (promotion)
Decisões relativas à comunicação do produto (informar, estimular o desejo, incentivar à
compra,...) e da empresa (criar/consolidar identidade, despertar confiança, afirmar
credibilidade,...)
| Orientação de Produção
| Orientação de Produto
“A orientação para o produto tem como prioridade o produto que a empresa produz.
O cliente então é que deve adequar-se a ele, e não o contrário.”
br.answers.yahoo.com (http://br.answers.yahoo.com; 1/10/2009)
| Orientação de Vendas
“Na orientação para as vendas, tudo é feito para optimizar os resultados de venda,
independente de se os clientes precisam ou não do produto vendido.”
br.answers.yahoo.com (http://br.answers.yahoo.com; 1/10/2009)
| Orientação de Marketing
___________________________________
| Em conclusão:
o Marketing implica:
Satisfazer expectativas do cliente
Acrescentar Valor através da inovação
Encantar/surpreender/criar sensações agradáveis ao cliente
Fidelizar o cliente
Gerir eficazmente o relacionamento com o cliente
Os gestores de Marketing devem estar atentos e prontos a dar resposta aos desafios
colocados pelo ambiente de marketing da empresa, no que respeita:
| A análise SWOT
“Assim, a análise SWOT corresponde à identificação por parte de uma organização e de forma
integrada dos principais aspectos que caracterizam a sua posição estratégica num
determinado momento, tanto a nível interno como externo (forma como a organização se
relaciona com o seu meio envolvente) Infopédia, Porto Editora (www.infopedia.pt: 23/09/2010).
O termo SWOT resulta da conjugação das iniciais das palavras anglo-saxónicas que
denominam os 4 elementos-chave desta análise estratégica.
“Em termos de análise interna, a análise SWOT propõe a identificação dos principais pontos
fortes (Strengths) e pontos fracos (Weaknesses) caracterizadores da organização num
determinado momento. A identificação das forças e das fraquezas é particularmente
importante para os aspectos mais directamente relacionados com os factores críticos de
sucesso da organização em causa. É também importante referir que a consideração de uma
determinada característica da empresa como força ou fraqueza é sempre relativa e
potencialmente alterável, na medida em que se podem verificar ao longo do tempo alterações
importantes ao nível da concorrência e do seu comportamento. A correcta listagem das suas
forças e fraquezas dá à organização elementos importantes no que concerne à sua orientação
estratégica, que tenderá naturalmente a tirar o maior partido possível das forças e a minorar
ao máximo as fraquezas.
No que respeita à análise externa no âmbito da análise SWOT, que tem como objectivo a
identificação das principais oportunidades (Opportunities) e ameaças (Threats) que num
determinado momento se colocam perante a organização, pode dizer-se que a sua
importância está associada à necessidade de, dentro do possível, os gestores e outros
responsáveis preverem eventuais desenvolvimentos futuros que possam ter maior ou menor
impacto futuro nessa mesma organização. Este é de facto um aspecto decisivo da gestão das
organizações e todas as previsões efectuadas têm naturalmente reflexo nas opções
estratégicas por elas levadas a cabo.
A análise SWOT deve ser feita e interpretada de forma integrada, conjugando os elementos
da análise interna e externa, por forma a que o diagnóstico que dela resulta seja fiável e
constitua uma fonte de informação e suporte adequada às necessidades da gestão
estratégica, que se ocupa das decisões que vão no fundo delinear o futuro a médio e longo
prazo da organização.” Infopédia, Porto Editora (www.infopedia.pt: 23/09/2010).
“O micro ambiente é constituído por forças próximas à empresa que afectam a sua
capacidade de servir os seus clientes” Kotler et al (2008; 179).
Assim, numa perspectiva de análise SWOT, a análise dos factores internos do micro ambiente
(empresa) pode configurar pontos fortes ou pontos fracos e a análise dos seus factores
externos (aspectos para além da empresa) pode configurar oportunidades ou ameaças para a
empresa.
“Sendo facto assente que os recursos financeiros dos consumidores são limitados, uma
compra que efectuem implica a renúncia, por um montante equivalente, de outras compras
que poderiam fazer. Por consequência, para uma empresa que se prepara para lançar um
novo produto ou que procura aumentar as vendas de um dos seus produtos actuais, é
necessário procurar saber em detrimento de que outras compras ou despesas dos seus
consumidores potenciais se farão as suas vendas suplementares.”. Lindon et al (2004; 455)
“À primeira vista, identificar os concorrentes pode parecer uma tarefa simples para uma
empresa. No sentido mais restrito, ela pode definir os seus concorrentes como as outras
empresas que oferecem produtos e serviços semelhantes aos mesmos clientes por preços
semelhantes. (...) Na realidade, muitas empresas enfrentam uma faixa muito mais ampla de
concorrentes. Elas podem definir como concorrentes todas as empresas que fabriquem o
mesmo produto ou classe de produtos. (...) Em sentido ainda mais amplo, os concorrentes
podem incluir todas as empresas que fabriquem produtos [que satisfaçam a mesma
necessidade]. (...) Por fim, em sentido ainda mais amplo, os concorrentes podem incluir todas
as empresas que competem pelo mesmo dinheiro do consumidor. As empresas precisam Citroën C2:
segmento) CocaCola:
Concorrentes que oferecem o mesmo tipo de produto oferecido pela empresa Produtos que pertencem à mesma categoria do produto:
Concorrentes que oferecem produtos que satisfazem o mesmo tipo de necessidade que o Mesmo tipo de produto:
produto da empresa
Produtos que satisfazem o mesmo tipo de necessidade:
Concorrentes que apostam na mesma parcela do rendimento disponível
Concorrentes que apostam na mesma parcela do rendimento disponível:
“O macro ambiente é constituído por forças sociais maiores que afectam o micro ambiente.
A empresa e todos os outros participantes operam num macro ambiente maior de forças que
oferecem oportunidades e impõem ameaças (...)” Kotler et al (2008; 184).
“O Macro Ambiente pode afectar de maneira homogénea todas as Organizações que actuam
numa mesma área geográfica e/ou num mesmo mercado.”
(http://integracao.fgvsp.br/ano6/06/financiadores.htm)
O macro ambiente está fora do controlo da organização, mas pode afectar o seu desempenho
e forma de actuação.
São várias as entidades que actualmente se dedicam à identificação constante destes novos
valores, ou tendências de mercado, proporcionando informações de extremo valor aos
gestores das empresas na adaptação das suas organizações a um ambiente em constante
mudança.
Tendências Demográficas
Tendências Económicas
Tendências Ambientais
Tendências Politicas
Tendências Tecnológicas
Tendências Culturais
| Tendências Demográficas
Referem-se a factores relacionados com o estudo da população no que se refere a dimensão,
densidade, distribuição, idade, sexo, raça, ocupação e outros dados estatísticos. Kotler et al
(2008; 185)
Envelhecimento
Assiste-se actualmente nos países desenvolvidos a um aumento progressivo da idade média da
população, associado quer à diminuição da taxa de natalidade quer ao aumento da esperança média de
vida. Em Portugal, esta tendência começa a inverter-se ligeiramente, constatando-se um aumento da
natalidade devido sobretudo à comunidade imigrante no país.
Nível de escolaridade
Segundo Indicadores da Evolução das Qualificações da População (INE e GIASE), o nível de
escolaridade em Portugal tem vindo a aumentar. Ainda assim, esta evolução não acompanha a de
outros países europeus, colocando Portugal numa das última posições no que respeita ao número de
anos de escolarização da população adulta nos países da OCDE.
Emigrantes
Vários indicadores revelam o aumento de emigrantes portugueses na Europa. Entre 2000 e 2007 este
aumento rondou os 50%. Portugal tem emigrantes em 140 países, sendo a França o país que concentra
mais portugueses. Os destinos da emigração portuguesa que mais cresceram nos últimos anos foram
Espanha, Reino Unido e Angola. O número total de emigrantes portugueses ronda actualmente os 5
milhões de pessoas.
Imigrantes
Também o número de população estrangeira em Portugal tem vindo a aumentar, passando de cerca de
191.150 em 1999 para cerca de 455.000 dez anos depois, segundo dados do Relatório de Imigração
Fronteiras e Asilo de 2009 publicado no SEFSTAT (portal de estatística do SEF). Segundo a mesma
fonte, os imigrantes elegem como destino sobretudo o distrito de Lisboa, seguindo-se Faro e Setúbal,
concentrando-se nesses locais cerca de 70% da população total de estrangeiros. A nacionalidade
estrangeira com maior representatividade em Portugal é o Brasil (25%), seguida da Ucrânia, Cabo
Verde, Roménia, Angola, Guiné-Bissau e Moldávia, representando no conjunto cerca de 71% (incluindo
o Brasil) da população estrangeira. Maioritariamente a população estrangeira é activa e pertence ao
grupo etário 20-39 anos (48%), seguindo-se o grupo etário 40-64 anos (31.48%).
Diversidade
A União Europeia apresenta uma grande diversidade cultural ao nível dos seus estados membros. O seu
mote, „United in Diversity‟ está bem adequado: existem 23 línguas oficiais acompanhadas de 150
línguas minoritárias e regionais. A actividade migratória na Europa e fora dela contribuem igualmente
para a diversidade em cada país.
| Tendências Económicas
Referem-se a factores que afectam o poder e os padrões de consumo. Kotler et al (2008; 197)
• Endividamento
A facilidade de acesso ao crédito bancário, quer para efeitos de habitação quer para bens de consumo,
tem vindo a provocar o endividamento progressivo das famílias.
• Crise Económica
Segundo o estudo “Radar Crisis” da GfK Metris (2009), o contexto recessivo da economia está a ter
reflexos nos hábitos de consumo e no índice de confiança em cerca de três quartos dos consumidores.
O estudo revela que os portugueses se adaptaram a viver sobre uma nova realidade e intrinsecamente
alteraram os hábitos de consumo, já não estando apenas a reduzir a despesa por causa da crise.
O consumidor está mais racional na sua decisão de compra e, apesar de não ter mudado de forma
significativa o seu padrão de consumo nas categorias básicas (produtos considerados indispensáveis
como energia, produtos de higiene para a casa e higiene pessoal, medicamentos) tem optado por
mudar para uma marca mais barata em produtos da categoria.
Por outro lado, categorias de carácter considerado supérfluo (jantar fora e gastos com turismo, por
exemplo) apresentaram a maior percentagem de redução de consumo no contexto económico actual,
potenciando um maior consumo de outros produtos para confecção de alimentos em casa.
Ainda de acordo com a mesma fonte, a crise tem sido mais sentida pelas faixas etárias entre os 35-44
anos e os 55-64 anos, respectivamente, por contemplar muitos casais em início de vida, com filhos
pequenos e consequentemente um leque de despesas muito elevadas com saúde e educação, ou por
contemplar a fase pré-reforma e o trabalho em muitas das empresas e fábricas que faliram este ano, e
a dificuldade em encontrar um novo emprego nesta fase da vida.
| Tendências Ambientais
Referem-se a factores que se relacionam com os recursos naturais. Kotler et al (2008; 201)
• Procura de energia
Apesar do aumento do custo da energia petrolífera que deriva da diminuição dos recursos, a procura
global continua a aumentar, liderada pela China e por outras economias emergentes. Também a
dependência da União Europeia de energia importada se prevê aumentar de 50% para 65% em 2030.
• Poluição ambiental
Tendência que aponta para o constante aumento da poluição da terra, do ar e da água.
• Alterações climáticas
Assiste-se à progressiva alteração do clima nos diversos pontos do Planeta – subida de temperatura,
aumento da intensidade e capacidade destrutiva dos ciclones tropicais, manifestação de fenómenos
climáticos extremos como secas ou cheias.
| Tendências Tecnológicas
Referem-se a factores que se relacionam com o aparecimento de novas tecnologias, criando
novas oportunidades de produtos e de mercado. Kotler et al (2008; 208)
• Aceleração tecnológica
O avanço tecnológico dá-se de forma exponencial e revoluciona produtos, serviços e processos de
fabrico. Os produtos tornam-se rapidamente obsoletos; a comunicação é imediata e está disponível em
qualquer momento e lugar através de diferentes meios.
| Tendências Políticas
Referem-se a leis, agências governamentais e grupos de pressão que influenciam e limitam
várias organizações e indivíduos numa sociedade. Kotler et al (2008; 211)
| Tendências culturais
Referem-se a instituições ou outras forças que afectam os valores básicos, as percepções, as
preferências e os comportamentos de uma sociedade. Kotler et al (2008; 216)
• De mim para ti
Hoje em dia, as pessoas parecem adoptar comportamentos e ambições mais conservadoras. São mais
cautelosas nos seus padrões de consumo e mais guiadas pelo valor nas suas compras. Em 2000, o
materialismo de uma sociedade dominada pelo ego (característica da última década do século XX) foi
substituído por uma maior sensibilidade no consumo, pelo sentido de poupança, de preocupação pela
família e pelo outro.
• Abrigo (“Cocooning”)
Tendência que aponta para que cada vez mais as pessoas optem por não sair, refugiando-se do mundo,
desfrutando e socializando no conforto e segurança do lar. Em consequência, os consumidores
preocupam-se e gastam cada vez mais dinheiro com o espaço das suas casas e o entretenimento no
lar. Aliados a esta tendência, surgem os „pais galinha‟ que procuram sobre proteger os filhos da
realidade ameaçadora do mundo.
• Pertencer à tribo
Paradoxalmente ao desejo de ser único, subsiste a necessidade do indivíduo ver confirmada e
reconhecida essa diferença junto do seu grupo, da sua tribo. Na maioria destes grupos ou tribos,
consumidores/indivíduos partilham idênticos interesses, hobbies, crenças, preferências, paixões e
ideais.
• Emancipação Masculina
O homem deixou de viver apenas para o trabalho. Gradualmente assume papéis e atitudes
habitualmente conotados com as mulheres – cuida de tarefas da casa, envolve-se mais activamente na
educação dos filhos, preocupa-se com a sua aparência e aspecto físico e demonstra as suas emoções
sem complexos.
• Pequenos caprichos
Refere-se à tendência de nos recompensarmos regularmente pela compra de pequenos luxos,
insignificantes do ponto de vista económico mas importantes do ponto de vista da satisfação pessoal.
• Nostalgia do passado
Aponta para a valorização de tempos passados em que a vida andava em vez de correr e que por isso
podia ser mais saboreada. Ícones do passado regressam como reflexo do que era mais simples e
autêntico, para escapar à loucura da sociedade actual. A crise económica e a menor diferenciação dos
papeis e comportamentos dos géneros sexuais têm levado homens/mulheres a querer voltar para um
arquétipo mais antiquado ("retro") e a valores mais tradicionais.
• O trabalho em casa
Após um longo período em busca de carreiras de excelência, os indivíduos procuram agora mais a
realização pessoal do que um cargo ou um salário elevado, escolhendo estilos de vida mais simples e
privilegiando o emprego no domicílio.
• Saúde e longevidade
Descreve a tendência pela busca de uma vida melhor e mais longa, valorizando-se o conceito de bem-
estar e os benefícios de um estilo de vida saudável. A preocupação com uma alimentação sã e
equilibrada é exemplo de uma consequência desta tendência e traduz-se por um cuidado particular em
conhecer a origem e composição dos produtos que consumimos.
• Espiritualidade
A par de um bem-estar físico, busca-se a paz interior. As pessoas são mais espirituais, conservadoras e
menos aptas a gastar. “A vida depois de 2000 será focada sobretudo em viver e ser e não em comprar
e ter.” (Faith Popcorn)
• Consumidor exigente
Cada vez mais os consumidores adoptam posturas activas no que respeita aos seus direitos,
contestando e pressionando as empresas no que respeita à qualidade e preço dos produtos ou serviços
que comercializam e exigindo ser mais e melhor informados.
Explorando esta sede de informação, são já muitos os „sites‟ que disponibilizam a comparação de
preços e a partilha de opinião em algumas áreas de mercado, sendo esperado que tal análise venha a
atingir todas as indústrias B2C. Outras empresas exploram esta tendência apresentando
proactivamente informação relevante ao consumidor. Por outro lado, é igualmente importante
estimular a comunicação do consumidor na direcção da empresa, numa era em que o silêncio dos
consumidores em geral e dos cibernautas em particular pode perigosamente significar que o
consumidor já não se importa com a empresa, que avançou ou mudou para a concorrência.
• Luxo/Exclusividade
tendência para associar a luxo o que é exclusivo ou raro. Nesta óptica, produtos e serviços serão tão
menos luxuosos quanto mais começarem a ser acessíveis a muitos. Deseja-se diferente e único para
marcar a diferença.
• Consciência Ecológica
Numa transição inadiável e urgente de economias poluentes e de desperdício para economias
sustentáveis, a opção por energias renováveis, pela reciclagem ou pelo desenvolvimento de produtos
ecológicos é agora acompanhada por uma geração emergente que ostenta a consciência ambiental com
orgulho e não por obrigação, servindo-se dela também como forma de reconhecimento social. Nesta
nova consciência, reaproveitar torna-se tão ou mais importante do que reciclar, potenciando donativos,
trocas, leilões ou vendas de artigos usados. Esta tendência a favor de uma ética ambiental estende-se
quer a indivíduos quer às empresas, uma vez que todos têm um papel decisivo a desempenhar.
• “Yes we care”
Noção de que a responsabilidade social exigida às empresas vai para além da soma simples de
iniciativas soltas como patrocinar causas ou usar materiais reciclados, por exemplo. A postura
responsável e generosa deve estender-se à essência da marca, aos consumidores, aos colaboradores,
ao ambiente, à sociedade,... Também o consumidor tende a substituir a ostentação por objectos e
ícones mais discretos e que representem outros valores, como as causas sociais, ambientais ou
humanitárias.
• 100% online
Das sociedades de consumo na maturidade às de rápido crescimento, todos estão (ou caminham para
estar) online, sobretudo no que respeita aos jovens consumidores. A internet está cada vez mais
disponível – com ou sem cabo, via 3G ou GPRS – caminhando-se para um „mundo offline‟ que estará
sempre online.
“Faith Popcorn‟s Book Summary: Clicking – 16 Trends to Future Fit Your Life, Your Work and Your
Business”, business summaries (http://www.bizsum.com/articles/art_clicking.asp), consultado em
03/03/2005
“The 10 trends that will shape 2005”, William Lyons, Scotsman.com (http://news.scotsman.com/),
consultado em 03/03/2005
http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Sociedade/Interior.aspx?content_id=1160109, consultado em
25/09/2010
http://www.publico.pt/Sociedade/portugal-tem-emigrantes-em-140-dos-190-paises-do-
mundo_1398995, consultado em 25/09/2010
http://www.publico.pt/Sociedade/conselho-das-comunidades-diz-que-ha-indicadores-de-aumento-
da-emigracao_1327735, consultado em 25/09/2010
http://marketing.spaceblog.com.br/43987/AS-16-TENDENCIAS-DE-FAITH-POPCORN/, consultado
em 25/09/2010
http://www.publico.pt/Educação/escolaridade-media-dos-portugueses-e-a-segunda-pior-da-
ocde_1439692, consultado em 25/09/2010
Oportunidades Ameaças
“A informação continua a ser uma ferramenta essencial para a gestão de uma marca. O
objectivo da informação é dar a compreensão necessária para competir de uma forma eficaz e
que ajude a tomar as melhores decisões de marketing.
Para isso é necessário que exista um bom método de recolha, de gestão e produção da
informação que garanta uma boa qualidade e rapidez.
Uma vez garantida a qualidade e rapidez, esta tem de ser apresentada de forma organizada,
estruturada e numa linguagem simples de modo a dar resposta às questões que influenciam o
negócio. O grande valor da informação está na forma como é explorada.”. Lindon et al (2004; 83)
Ou seja, para evitar que a gestão de marketing seja baseada no senso comum
(2008; 325)
“Os custos de recolha, processamento, arquivo e distribuição da informação podem ser muito
elevados. A empresa precisa decidir se os benefícios retirados da utilização da informação
compensam os custos da sua recolha (...). Por si, a informação não tem utilidade; o seu valor
resulta da sua utilização.”. Kotler et al (2008; 327)
Componentes do SIM
Numa primeira fase, o SIM procura identificar quais as informações necessárias aos gestores
de marketing. Essa informação é então gerada a partir de registos internos da empresa, das
actividades de “inteligência” de marketing e/ou de estudos de mercado. A informação obtida é
analisada no seu conjunto e posteriormente distribuída aos gestores por forma a apoiar as
suas decisões de marketing.
| Registos internos
É mais barato e rápido aceder a registos internos do que a outras fontes de informação.
No entanto, a informação disponível pode ser insuficiente ou inadequada ao tipo de
decisão para que é necessária, uma vez que é gerada com objectivos diferentes.
Os dados que resultam dos registos internos ficam desactualizados rapidamente, sendo
necessário produzir constantemente nova informação. É essencial encontrar formas
eficazes de organizar e disponibilizar toda a informação produzida pela empresa para que
venha a ser útil aos gestores de marketing no momento certo.
| “inteligência” de Marketing
| Estudos de Mercado
3. Recolha de Informação
Etapa que consiste na implementação do plano de estudo no que respeita a recolha
de informação. Esta recolha pode ser efectuada pela própria empresa, através de
uma equipa responsável pela pesquisa, ou através de uma empresa especializada.
Dado ser habitualmente a etapa mais dispendiosa do estudo, é fundamental
controlar este processo, evitando erros ou desvios do plano traçado.
4. Análise da Informação
Etapa que consiste no processamento e análise da informação recolhida, por forma a
isolar as informações e resultados mais importantes do estudo.
| Factores Culturais
Cultura
“Conjunto básico de valores, percepções, preferências e comportamentos adquiridos por um
membro da sociedade através da família e de outras instituições importantes.” Kotler et al (2008; 240)
Subcultura
“Grupo de pessoas que partilham os mesmos sistemas de valor com base em situações e
experiências de vida comuns. A subcultura inclui nacionalidade, religião, grupo racial e região
geográfica.” Kotler et al (2008; 241).
Classe Social
“Divisões organizadas e relativamente permanentes de uma sociedade cujos membros partilham
valores, interesses e comportamentos similares.” Kotler et al (2008; 242).
“A pertença a uma classe não está simplesmente ligada a um nível de rendimento ou de educação
ou mesmo a uma origem social, mas a um conjunto complexo de elementos que determinam o
estatuto e o lugar na hierarquia social.” Lindon et al (2004; 105).
exemplo de influência: segundo dados Marktest, a percentagem de indivíduos que adquire uma
impressora para casa é de 87,2% na classe social alta e apenas de 10% na classe baixa.
| Factores Sociais
exemplo de influência: uma criança poderá pedir que os pais lhe comprem um determinado
brinquedo porque todos os colegas da escola têm um.
Grupos de referência
“Grupos que têm influência directa ou indirecta nas atitudes ou comportamentos de um indivíduo.”
Kotler et al (2008; 244).
exemplo de influência: aspirando pertencer à geração „Morangos com Açúcar‟ muitos jovens
começaram a adoptar a mesma forma de vestir, de pentear, de estar.
Líderes de opinião
“Os líderes de opinião são indivíduos cujo estatuto, nos seus respectivos grupos, é elevado. (...)
Quando a coesão do grupo é muito forte, as escolhas de consumo do líder são igualmente as
escolhas da maioria do grupo, em particular, quanto mais o líder é fiel a uma marca mais os outros
membros do grupo a irão adoptar e se tornarão, por sua vez, leais a ela.” Lindon et al (2004; 104).
Redes Sociais
“Interacção social através da Internet, desde blogs a sites como o MySpace.com ou o
Facebook.com.” Kotler et al (2008; 245).
exemplo de influência: é cada vez maior o número de consumidores que recorre a blogs e
fóruns de discussão para comentar experiências e recolher opiniões e informação qualitativa de
outros consumidores. Esta informação, por ser considerada mais isenta, exerce maior
influência na construção de crenças sobre as marcas do que a informação oficial veiculada pela
própria marca.
Família
Quer a família de orientação (pais), quer a família de procriação (marido, mulher, filhos) têm
influência no comportamento do consumidor, tendo a família de procriação uma influência mais
directa no comportamento da compra quotidiana.
exemplo de influência: na compra de cereais para o pequeno almoço, a pressão dos filhos pode
ser suficiente para determinar a marca a comprar.
Papéis e estatutos
“[Um estatuto] Designa a posição que um indivíduo ou grupo ocupa num dado sistema social. Esta
posição determina direitos, deveres e expectativas de acção recíprocas, e circunscreve a natureza e
a extensão das relações que um indivíduo pode estabelecer com indivíduos do mesmo estatuto e de
estatutos diferentes. (...) a um dado estatuto tende a corresponder um conjunto relativamente fixo
de comportamentos que se podem esperar de um indivíduo em determinada situação e da
sociedade relativamente a ele. Estas expectativas de comportamento são, em geral, designadas por
papel. O papel representa o aspecto dinâmico de um estatuto.” Infopédia, Porto Editora
(www.infopedia.pt: 18/10/2010).
exemplo de influência: um gestor de topo de uma grande empresa terá no seu escritório
mobiliário com estilo e materiais apropriados ao seu estatuto.
| Factores Pessoais
exemplo de influência: um jovem solteiro que viva sozinho poderá procurar refeições pré-
cozinhadas em doses individuais.
Ocupação
A ocupação de um indivíduo pode determinar os produtos e serviços que compra.
Circunstâncias económicas
A situação económica do indivíduo afecta a escolha dos produtos que compra.
Estilo de vida
“O estilo de vida é o padrão de vida de um indivíduo que se expressa através das suas actividades,
interesses e opiniões.” Kotler et al (2008; 252).
Personalidade
“Ao conjunto de características psicológicas únicas que conduzem a respostas relativamente
consistentes e duradouras ao meio que envolve o indivíduo designa-se por personalidade. A
personalidade é habitualmente descrita através de características como auto-confiança, domínio,
sociabilidade, defensividade, autonomia, adaptabilidade e agressividade.”. Kotler et al (2008; 253)
exemplo de influência: um estudo indicou que indivíduos mais impulsivos e sociáveis têm maior
predisposição em adquirir viaturas descapotáveis.
| Factores Psicológicos
Motivação
Uma necessidade torna-se uma motivação quando é elevada a um nível de intensidade suficiente
para conduzir o indivíduo a agir, procurando satisfazer essa necessidade.
Percepção
A percepção é a forma própria e individual como o indivíduo organiza e interpreta a informação
sensorial por forma a criar uma imagem da realidade.
exemplo de influência: determinado indivíduo pode entender que um vendedor que fale muito
é cansativo e enganador, enquanto outro pode considerá-lo inteligente e experiente.
Aprendizagem
“Quando o indivíduo age, aprende. A aprendizagem reflecte-se através das alterações no
comportamento do indivíduo que resultam da sua experiência.” Kotler et al (2008; 260).
Crenças
“Uma crença é um pensamento descritivo que o indivíduo tem sobre qualquer coisa. As crenças
podem basear-se em conhecimento efectivo, opinião ou fé e podem agregar ou não uma carga
emocional.”. Kotler et al (2008; 260).
“Aceitação de uma proposição como verdadeira apesar de ainda não ter sido, ou de não poder ser,
cientificamente provada. A crença já foi descrita como uma atitude mental capaz de levar à
concordância com uma proposição sem o conhecimento que seria necessário à comprovação da sua
veracidade. (...) A realidade da crença não depende da verdade objectiva e intrínseca da
proposição.” I(www.infopedia.pt: 18/10/2010).
exemplo de influência: alguns indivíduos acreditam que a carne servida nos restaurantes
chineses em Portugal é de origem animal diferente da referida no menu, evitando esses
estabelecimentos.
Atitudes
“Segundo Katz e Stotland, uma atitude pode ser definida como uma tendência ou predisposição do
indivíduo para avaliar de uma certa maneira um objecto [no seu sentido lato] e reagir perante ele”
Lindon et al (2004; 96).
“As atitudes são consideradas predisposições internas, estáveis e duradouras, para que as pessoas
se comportem ou reajam de determinada forma em relação a outras pessoas, objectos ou situações
específicas. (...) Uma atitude comporta três componentes: representa uma tendência para agir de
determinada forma (tendência de resposta manifesta), inclui uma crença ou um conjunto de crenças
(componente ideacional) e, por último, comporta uma componente afectiva uma vez que uma
pessoa tem sentimentos definidos acerca das pessoas, objectos ou situações com que a atitude está
relacionada.” (www.infopedia.pt: 18/10/2010).
exemplo de influência: notícias que alertam para os possíveis efeitos negativos do telemóvel
nas crianças pode fazer nascer uma atitude desfavorável dos pais em relação à sua utilização
por parte dos filhos.
“A maior parte das compras é decidida num contexto de incerteza – portanto, comportam
um risco, medido pelo desvio existente entre o nível de aspiração e o nível de satisfação
obtida. O risco pode comportar aspectos materiais e psicológicos. (...) A implicação do
consumidor está ligada à noção de risco. Quanto mais nos apercebemos do risco, mais o
envolvimento é importante.” Lindon et al (2004; 108).
a) Compra complexa
b) Compra dissonante
263).
Cabe aos gestores de marketing procurar reduzir esta dissonância e apoiar tanto
quanto possível o consumidor no seu processo de decisão, através de informação
extensa sobre o seu produto e de serviços de apoio antes e após a venda.
Nota: “A dissonância cognitiva é um estado psicológico que sobrevém logo que um indivíduo se
apercebe que dois elementos de informação, elementos que ele pensa serem ambos verdadeiros,
estão em contradição. A dissonância poderá existir em diversas ocasiões: uma expectativa
considerada certa não se realiza, um comportamento não confirma uma atitude, dois
comportamentos estão em oposição, etc.” Helfer, Orsoni (1996,130).
c) Compra experimental
São compras em que a avaliação da marca é feita sobretudo após a compra e em que
podem existir trocas de marca numa compra seguinte, ainda que o consumidor tenha
ficado satisfeito com a primeira compra.
d) Compra automática
São compras em que o consumidor não revela atitudes sobre as marcas, mesmo
após a compra. A sua escolha poderá recair numa marca pela sua familiaridade mas
não pela convicção de que é melhor do que uma marca alternativa.
Segundo Kotler, são 5 os papéis que podem ser adoptados pelo(s) interveniente(s) no
processo de decisão de compra:
1. Iniciador
É quem primeiro sugere ou pensa na possibilidade de adquirir o produto ou
serviço.
2. Influenciador
É o indivíduo cujas opiniões ou conselhos influenciam a decisão de compra.
3. Decisor
É quem faz, de forma total ou parcial, a decisão final.
4. Comprador
É quem efectua a compra.
5. Utilizador
É quem consome ou usa o produto ou serviço comprado.
“Grandes empresas pesquisam sobre as decisões de compra dos consumidores para obter
respostas detalhadas sobre o que os consumidores compram, onde compram, como e quanto
compram, quando compram e porque compram.” Kotler et al (2008; 265).
1. Reconhecimento da necessidade
2. Pesquisa de informação
Em alguns casos a pesquisa poderá ser muito activa, recorrendo a diversas fontes de
informação; noutros, o consumidor poderá apenas entrar em estado de atenção
aumentada. Em compras de baixo envolvimento o consumidor poderá tomar a sua
decisão no ponto de venda, comparando alternativas, ou apenas de forma impulsiva.
Em compras regulares com fidelização a marcas, o consumidor poderá inclusivamente
„saltar‟ esta etapa, não fazendo qualquer pesquisa adicional de informação.
3. Avaliação de alternativas
4. Decisão de compra
Sal Automóvel
Pesquisa de informação: como compra o consumidor? (qual o tipo de actuação habitual durante o processo
de decisão de compra do produto: se, onde e como é feita a pesquisa de informação sobre o tipo de produto a
comprar)
Sal Automóvel
Avaliação de alternativas: quais os aspectos/atributos mais importantes e relativos ao tipo de produto são
ponderados para a decisão de compra)
Sal Automóvel
Decisão de compra: qual a actuação habitual do consumidor no momento de compra? – como reage caso o
produto escolhido não esteja disponível no momento da compra?)
Sal Automóvel
Sal Automóvel
Sal Automóvel
Qual o seu tipo de actuação pós-compra? (qual o comportamento habitualmente adoptado pelo consumidor no
caso de satisfação ou de insatisfação com o produto adquirido)
Sal Automóvel
Que intervenientes serão mais relevantes no processo de decisão e compra? (quem participa habitualmente no
processo de decisão e compra e que papeis acumula)
Sal Automóvel
Marketing Segmentado
Divisão do mercado em grupos distintos de consumidores com diferentes necessidades,
características ou comportamentos (...).
| Vantagens da Segmentação
Conhecer
Conhecer melhor as características dos mercados
Direccionar
Programas e orçamentos de marketing mais fundamentados e direccionados
Acompanhar
Acompanhar mais facilmente a evolução de cada tipo de consumidor
Reconhecer
Reconhecer, descobrir, comparar e medir oportunidades
Adaptar
Adaptar a oferta a cada grupo de consumidores
Controlar
Programas e orçamentos de marketing mais fáceis de controlar
3. Posicionamento
Desenvolvimento da oferta de modo ocupar uma posição clara, reconhecível
e distinta na mente dos seus clientes alvo
Solteiro, casado e sem filhos, casado com filhos pequenos, casado com
Ciclo de vida familiar
filhos menores de 18, divorciado com filhos,... (fonte: Kotler)
Menos de €5000, 5000-10000, 10000-13500, 13500-19000, 19000-27500
Rendimento 27500-32500, 32500-40000, 40000-50000, 50000-100000, 100000-
250000, +250000 (fonte: pordata)
Estudantes, domésticas, técnicos especializados e pequenos proprietários,
empregados dos Serviços/Comércio/Administrativos, Trabalhadores
Ocupação
Qualificados/Especializados, Trabalhadores não Qualificados/não Esp.,
reformados/pensionistas (fonte: Marktest)
Menos de 4 anos de escolaridade, 1º ciclo ensino básico, 2º ciclo ensino
básico, 9º ano (3º ciclo ensino básico), 11º ano, 12º ano (ensino
secundário), Curso Tecnológico/Profissional/Outros nível III, Bacharelato,
Educação
Licenciatura, Pós-Graduação, Mestrado, Doutoramento, Curso de Esp.
Tecnológica
(fonte: Base de dados Administração Pública)
Religião Católica, protestante, judaica, islâmica,... (fonte: Kotler)
Exemplo 1 Exemplo 2
aplicando o critério A (idade) aplicando o critério B (género)
Aspectos a avaliar
Dimensão e crescimento dos segmentos
Potencial de lucro
Grau permeabilidade e acessibilidade e interesse estrutural geral
Grau de competição directa e indirecta
Objectivos, capacidades e recursos da empresa
Sinergias com outros segmentos/negócios da empresa
Compatibilidade com imagem da empresa
Na fase de Selecção do(s) target(s) a empresa pode adoptar por uma de três
estratégias de cobertura de mercado:
1. Marketing Indiferenciado
2. Marketing Diferenciado
3. Marketing Concentrado
1. Marketing Indiferenciado
A empresa decide ignorar as diferenças entre os segmentos de mercado e dirigir-se a
todo o mercado com uma única oferta.
Exemplo:
2. Marketing Diferenciado
A empresa decide fazer ofertas diferenciadas aos diferentes segmentos de mercado.
Exemplo:
3. Marketing Concentrado
A empresa procura concentrar esforços num segmento de mercado.
Exemplo:
Atributo
Benefícios
Uso/aplicação
Utilizador
Concorrente
Qualidade/preço
Fase 2. : __________________________________________________________
Fase 2. : __________________________________________________________
Etapa 3. Posicionamento
Fase 1. : __________________________________________________________
Fase 2. : __________________________________________________________
Fase 3. : __________________________________________________________
Observações:
| Conceito de Produto
“Define-se produto como tudo o que pode ser oferecido a um mercado para aquisição, uso ou
consumo e que pode satisfazer um desejo ou necessidade. (...) Numa definição mais
abrangente, são considerados produtos: objectos físicos, serviços, pessoas, locais,
organizações, ideias ou combinações destas entidades.” Kotler et al (2008 ; 500).
| Conceito de Serviço
“Serviços são produtos que consistem em actividades, benefícios ou satisfações que são
essencialmente intangíveis e que não resultam em propriedade de quem os compra.” Kotler et al
(2008 ; 500).
Combinação de ambos
“Mais importante do que obter bens físicos [ou intangíveis] é obter os benefícios
que eles proporcionam.” (kotler; 1999 : 5)
| Classificação do Produto
Exemplos:
São todos aqueles produtos face aos quais o consumidor se demora a comparar
preços, qualidades, estilos ou outras características antes de tomar a decisão de
compra
São geralmente mais caros e de compra menos frequente (médio risco/esforço)
Exemplos:
Exemplos:
| Elementos/níveis do Produto
É necessário pensar o produto em três níveis, sendo que cada nível adiciona
progressivamente mais valor para o consumidor. O nível básico refere-se ao benefício central
do produto. Este benefício é posteriormente transformado no produto real (nível tangível). Em
torno destes dois níveis é construído o nível aumentado que oferece serviços e benefícios
adicionais ao consumidor. (Kotler; 2008 : 502)
“O ciclo de vida do produto descreve a evolução das vendas e lucros de um produto ao longo
da sua vida. Envolve cinco etapas distintas: desenvolvimento do produto [gestação],
introdução, crescimento, maturidade e declínio.” Kotler et al (2008 ; 571).
Fase de Introdução
Fase em que o produto é distribuído e fica disponível para a compra pela primeira vez.
Fase de Crescimento
Fase em que as vendas do produto começam a crescer rapidamente.
Fase de Maturidade
Fase de abrandamento ou estagnação do crescimento das vendas (defesa da concorrência)..
A Maturidade pode ser crescente, estável ou decadente.
Objectivos de marketing: Maximizar lucro e defender quota de mercado
Fase de Declínio
Fase em que as vendas do produto decaem.
O declínio pode ser rápido ou lento de acordo com modismos, novos produtos... (se for
rápido o produto sairá do mercado, se for lento, o produto poderá ficar no mercado por
muitos anos)...
Objectivos de marketing: Reduzir gastos com o produto e explorar a marca ao máximo
“Estabelecer o preço de um produto parece fácil quando visto de forma isolada, mas tal como
acontece com os restantes elementos do composto de marketing, o preço não existe
isoladamente. Esta variável está ligada e dependente dos custos de matérias primas e mão de
obra, da percepção que o consumidor tem do produto, da distribuição do produto, do
montante que o consumidor está disposto a pagar e do valor do produto para os clientes
potenciais.” Kotler et al (2008 ; 636).
| Conceito de Preço
“Em sentido estrito, preço é a quantia cobrada pela empresa pelo produto ou serviço que
oferece. No sentido lato, preço é a soma de todos os valores que os consumidores trocam
pelo benefício de possuir ou utilizar um produto ou um serviço.” Kotler et al (2008 ; 639).
O preço de um produto deve situar-se num intervalo de valores cujo limite mínimo é definido
pelos custos que a empresa tem com o produto (e abaixo do qual a empresa não obtém
lucro) e cujo limite máximo é definido pela percepção que o consumidor tem do valor do
produto (e acima do qual não haverá procura). Na definição do preço neste intervalo, a
empresa deve ter em consideração um conjunto de outros factores, internos e externos, que
incluem a sua estratégia global de marketing, a natureza do mercado e da procura e as
estratégias e preços dos concorrentes.
Factores internos:
Custos
Capacidade e condições de produção
Objectivos e estratégias globais da empresa
Produto / Distribuição / Comunicação
Poder negocial de fornecedores e distribuidores
Factores externos:
Procura
Concorrência
Regulamentação
Ética
Técnica de fixação de preço baseada na procura que consiste em obter receitas iniciais
mais rapidamente, começando por explorar segmentos de mercado pequenos mas
lucrativos.
Técnica de fixação de preço baseada na procura que consiste em fixar um preço com
base na percepção de valor que o consumidor tem do produto ou serviço oferecido pela
empresa.
Técnica de fixação de preço baseada nos custos e lucros que consiste em adicionar ao
preço de custo total uma margem de lucro: Preço = custo + %custo
Técnica de fixação de preço baseada nos custos e lucros que considera a evolução do
preço de custo em função da experiência da empresa (curva da experiência).
- O efeito da experiência derivar:
- das economias de escala e do efeito da dimensão do produtor;
- da aprendizagem ligada à melhoria dos factores de produtividade;
- da inovação. Lindon et al (2004 ; 241)
Posição concorrencial
_________________
Notas Finais
O preço deve ser encarado como variável estratégica (ie, com efeitos de longo
prazo)
As reduções de preço não são solução para a generalidade dos problemas de uma
empresa: apesar da pressão do mercado, as empresas devem ter em atenção que
“poucas vezes uma redução no preço é a melhor solução. Reduções desnecessárias
no preço podem levar a reduções nos lucros e a guerras de preços prejudiciais para
as empresas. Em alternativa, as empresas devem vender valor, não preço. Devem
dar a entender aos consumidores de que pagar um preço mais elevado pela sua
marca é justificado pelo valor acrescido que a marca oferece. O desafio passa por
encontrar o preço que permitirá à empresa ganhar um lucro justo em troca do valor
criado e oferecido ao consumidor.” Kotler et al (2008 ; 636).
“Para levar valor aos clientes, as empresas raramente trabalham sozinhas. De facto, a maioria
é apenas um elo numa cadeia de distribuição. Assim, o sucesso de uma empresa depende não
só do seu desempenho mas também da forma como os seus canais de distribuição competem
com os da concorrência.” Kotler et al (2008 ; 881).
financiamento e risco.
| Intensidade da distribuição
Distribuição intensiva
Distribuição selectiva
Distribuição exclusiva
| Política de loja
Ambiente
e
sentidos
Animação
Dimensão
layout
e secções
Localização
Exposição de Pessoas
produtos e
merchandising
Serviços e
apoios
Montra e
complementares
vitrinismo
Formas
de
entrega
“A construção de boas relações com os clientes exige mais do que oferecer um bom produto a
um preço atractivo e disponibilizá-lo ao mercado. As empresas devem igualmente comunicar
de forma programada as suas propostas de valor aos clientes.
[Para as empresas] a questão é quanto e como gastar em comunicação. Todos os seus
esforços devem ser fundidos num programa consistente e coordenado.” Kotler et al (2008 ; 691).
“Entendemos por „comunicação‟ o conjunto dos sinais emitidos pela empresa em direcção aos
seus clientes, aos distribuidores, aos líderes de opinião, aos prescritores e a todos os alvos,
internos e externos. Por politica de comunicação, entendemos o conjunto desses sinais que a
empresa emite de uma forma voluntária.” Lindon et al (2004 ; 297).
| Papel da Comunicação
| Mix de Comunicação
Publicidade
“É eficaz sobretudo quando se dirige a um público vasto e pouco diferenciado e persegue objectivos
de notoriedade, imagem ou mudança de atitude relativamente a um produto.” Lindon et al (2004 ; 313).
Relações Públicas
Promoção de Vendas
Conjunto de técnicas utilizadas para estimular a procura, agindo a curto prazo no sentido
de construir a oferta e de explorar a fidelidade à marca e cujos resultados são sentidos
de imediato.
[Quando orientadas para o consumidor], são eficazes sobretudo para facilitar a experimentação e/ou
compra de um novo produto.” Lindon et al (2004 ; 314).
Marketing Directo
“é particularmente eficaz para trabalhar com alvos específicos e diferenciados e para obter respostas
comportamentais imediatas.” Lindon et al (2004 ; 314).
Merchandising
Força de Vendas
“A força de vendas de uma empresa é composta pelo conjunto de pessoas que têm como missão
principal vender ou fazer vender os produtos da empresa por meio de contactos directos com os
potenciais clientes, distribuidores ou „prescritores‟.” Lindon et al (2004 ; 365).
| Em conclusão:
| Tendências