DRG 1307601
DRG 1307601
DRG 1307601
2010
exposio
curador Marco Lucchesi curadores adjuntos Mnica Carneiro Luiz Antonio Lopes de Souza consultoria Gustavo Rocha-Peixoto coordenao geral Suely Dias Vernica Lessa coordenao de produo Imago Escritrio de Arte / Maria Clara Rodrigues expografia Leila Scaf Rodrigues programao visual Verbo Arte e Design / Fernando Leite Julia Sampaio coordenao de pesquisa Eliane Perez Regina Helena Meirelles Santiago pesquisa Chistianne Theodoro de Jesus Iuri Azevedo Lapa e Silva Lia Ramos Jordo Pedro Vinicius Asterito Lapera Rafaella Lucia Bettamio assistente de pesquisa Natalia dos Santos Dias assistentes de produo Lucas Rodrigues de Castro Samara Soriano reproduo fotogrfica Claudio de Carvalho Xavier assessoria de imprensa Jean Souza pintura artstica Elsio Jos cenotcnica H O Silva iluminao Milton Giglio /Atelier da Luz montagem Alessander Souza plotagem Studio Alfa
catlogo
coordenao editorial Vernica Lessa coordenao de produo Imago Escritrio de Arte / Maria Clara Rodrigues projeto grfico e diagramao Verbo Arte e Design / Fernando Leite Julia Sampaio caligrafia Cludio Gil coordenao de pesquisa Eliane Perez Regina Helena Meirelles Santiago pesquisa Chistianne Theodoro de Jesus Iuri Azevedo Lapa e Silva Lia Ramos Jordo Pedro Vinicius Asterito Lapera Rafaella Lucia Bettamio assistente de pesquisa Natalia dos Santos Dias reviso Duda Costa tratamento de imagem Trio Studio impresso RR Donnelley agradecimentos Diviso de Cartografia Diviso de Iconografia Diviso de Manuscritos Diviso de Msica Diviso de Obras Raras Coordenadoria de Acervo Geral Coordenadoria de Peridicos Coordenadoria de Microrreproduo e Laboratrio de Fotografia e Digitalizao Coordenadoria de Preservao agradecimentos especiais a Paulo Herkenhoff
Fundao Biblioteca Nacional presidente Muniz Sodr diretora executiva Clia Portella
diretora do centro de processos tcnicos Liana Gomes Amadeo diretora do centro de referncia e difuso Monica Rizzo
Biblioteca Nacional (Brasil). Biblioteca Nacional 200 anos : uma defesa do infinito. Rio de Janeiro : Fundao Biblioteca Nacional, 2010. 176p. : il. col., fac-sims. ; 28cm. Curadoria: Marco Lucchesi. Catlogo da exposio comemorativa dos 200 anos da Biblioteca Nacional no Rio de Janeiro.
ISBN
978-85-333-0608-0
1. Biblioteca Nacional (Brasil) Exposies. 2. Biblioteca Nacional (Brasil) Comemoraes de centenrios. I. Lucchesi, Marco, 1963- . II. Ttulo. III. Ttulo: Uma defesa do infinito.
CDD
22.ed.
027.581
om a criao da Biblioteca Nacional, o Brasil iniciou um dilogo acmulo de obras. um ncleo vivo de reflexo e de produo de de igual para igual com o mundo. Uma biblioteca no um simples
novas ideias, onde o passado se torna mais uma vez presente a cada momento
em que acessado, consultado, referido e novamente posto em circulao. Joo Luiz Silva Ferreira
ietzsche nos assegura que o Ocidente e o Oriente so linhas imaginrias que algum traa com um giz diante dos nossos olhos, para enganar a nossa pusilanimidade. que, diante do grande temor ao prximo e da geografia da limitao, a alma jovem tenta alcanar a liberdade na viagem irrestrita rumo ao vizinho. Um nome sempre oportuno para essa viagem, a mesma de que fala Rousseau como indispensvel ao aprendiz, educao: conduzir-se de uma margem para outra (edu care, educere), do Unicum para o Outro, pertence transposio essencial no fluxo da vida, que a dinmica de toda cultura. Nesse fluxo, uma das pontes para a resposta questo recorrente sobre como o homem pode conhecer-se e ao Outro certamente a biblioteca. Nela, inexistem Ocidente e Oriente como fronteiras. Por isso, em vez da penosa viagem para dentro de si mesmo, a lio nietzscheana a de passar sob os olhos os objetos amados de toda uma existncia, esses que se superam ou se transfiguram, pois tua essncia verdadeira no est oculta no fundo de ti, mas colocada infinitamente acima de ti, ou pelo menos daquilo que tomas comumente como sendo teu eu. Em seu depsito (teke), o livro (biblion) perfaz o espao concreto ou virtual (biblio teca) onde se alinham objetos essenciais para o itinerrio original do conhecimento, que a aventura de sempre sermos amveis estrangeiros no universo do conhecimento. Alis, um cosmos, que se vislumbra at mesmo na evoluo de seus nomes: minerais era como se chamavam as primeiras bibliotecas, por seus acervos constitudos de tabletes de argila; depois, as vegetais e animais, por rolos de papiro e pergaminhos. S muito depois vieram as bibliotecas de papel, as moradas do livro. Na comemorao do bicentenrio da nossa Biblioteca Nacional, inicialmente constituda dos livros do rei de Portugal Dom Jos I e trazida por D. Joo VI em 1807, cabe-nos lembrar que o presente e o futuro desta grande instituio em acervo, a oitava maior do mundo demandam muito mais do que a mera preservao da memria cultural do Brasil. Hoje, a democratizao da leitura e da escrita tarefa indissocivel do trabalho tcnico aqui realizado. uma tarefa que se articula em termos nacionais e internacionais no continente latino-americano. A Amrica Latina tem agora os olhos bem abertos para o fato de que a insero dos indivduos no estatuto da cidadania plena comea, ao lado da questo do trabalho, com a questo do aprendizado e exerccio da interao social por meio da potenciao do que a leitura e a escrita guardam de expresso criativa dos sujeitos sociais.
Mas colocar leitura e escrita em um horizonte que seja culturalmente mais interativo implica largueza poltica. Poltica no na restrita acepo partidrio-eleitoral da palavra, e sim no sentido de distribuio efetiva dos cidados na variedade dos espaos pblicos, portanto, como ao empenhada no acesso da cidadania aos bens sociais. Poltica que se destina a proporcionar, tanto a adultos como a jovens, novos espaos de aquisio de conhecimento e de interao com a diversidade cultural. Por isso, a Fundao Biblioteca Nacional tem-se associado s disposies de organismos externos no sentido de trabalhar para uma maior integrao entre as bibliotecas nacionais ibero-americanas em programas de cooperao de nvel internacional. A preservao da memria tanto bibliogrfica e documental como aquela relativa memria coletiva dos povos como parte da Memria do Mundo. So objetivos mais do que modernos, so plenamente contemporneos em termos tcnicos e culturais. Falar de memria coletiva dos povos, por exemplo, trazer luz possibilidades de se atribuir um novo estatuto s memrias dos excludos ou dos esquecidos, especialmente a partir das novas perspectivas instauradas pelo digital. Estamos, assim, diante de um empenho tecnopoltico, na medida em que, relativizando, se no recusando, o teor mercantilista do conceito de acesso, orientamo-nos pela descolonizao cultural de comunidades e sujeitos. Por outro lado, trabalhar para a integrao de bibliotecas nacionais no ratificar o multiculturalismo normativo, e sim buscar o dilogo intercultural, pesquisar novas vias para a comunicao e o conhecimento, sem passar por cima do dissenso. O que de fato almeja uma grande biblioteca como a nossa tornar-se um lugar irradiador de humanismo prtico, um humanismo novo capaz de, em meio conscincia tecnolgica emergente, superar o velho abismo elitista entre a apropriao comunitria do conhecimento e a sua oferta pblica, agora agigantada e anunciada como ilimitada pelo mercado do digital. Na celebrao de seus 200 anos de existncia, a Biblioteca Nacional afirma-se como universo (borgiano) em expanso, como organismo averso a repetir-se como simples mquina burocrtica de guarda do conhecimento ou da memria. O bicentenrio pode ser um pretexto para a sugesto nietzscheana de multiplicao das pontes na direo do Outro.
Muniz Sodr
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Desenhar o Mundo O Diabo na Biblioteca Pginas de Emancipao A Inscrio Infinita A Unidade Perdida O Instante Eterno Os Olhos da Cidade O Palcio da Memria O Livro dos Sonhos Orientais
Referncias
E a mudana ocorre pouco depois, passando a Biblioteca, em meados do sculo, para o prdio da Lapa, onde hoje se encontra a Escola Nacional de Msica. Sob a presidncia de Ramiz Galvo, foi realizada a clebre exposio da Histria do Brasil. O catlogo representa um manancial de fontes primrias e secundrias de alto valor, uma sntese continental de nosso passado. A mudana para a Avenida Central, ocorrida em 1910, reitera no apenas o estado itinerante da Casa, mas a primeira construo pensada a partir de seu acervo, segundo o belssimo projeto de Sousa Aguiar. Para o ento presidente da Biblioteca, Manuel Ccero, tal desafio significa o prlogo de uma obra colossal, uma fulgurante realidade, a instalao num edifcio vasto, incombustvel, apropriado. Sculo XX adentro, a Biblioteca Nacional multiplicou seu raio de ao com a Biblioteca Euclides da Cunha, a Casa da Leitura / Proler, a Biblioteca Demonstrativa de Braslia e a Hemeroteca do Brasil. Sua viagem no cessou. Tornou-se mais intensa com seu arquiprojeto digital. Livre de fronteiras. E aduanas. Nomadismo que move esta Casa e revela sua vocao ecumnica, diante das novas prticas de leitura. Em sua dimenso ocenica, a Biblioteca abriga colees de tempos e quadrantes diversos, como, entre outras, as do Conde da Barca, Jos Olympio, Diogo Machado, Melo Morais, Alexandre Ferreira e Teresa Cristina, a cuja amplitude corresponde uma oceanografia bem demarcada desde as regies abissais, promovendo o esquema topogrfico das estantes, armrios e arcazes, que formam a superfcie do palcio da memria. De suas entranhas, emergem livros, estampas, rtulos, mapas, violinos, fotos, partituras e espadas. Uma espcie de Universo inflacionrio, em franca expanso, com a mesma velocidade de fuga entre as galxias. Todo livro uma galxia atrada pelos olhos do leitor. Por mais que os leitores se apropriem de um livro, afirma Alberto Manguel, livro e leitor perfazem uma s coisa. O mundo, que um livro, devorado por um leitor, que uma letra no texto do mundo; cria-se, portanto, uma metfora circular para a infinitude da leitura. A Biblioteca evoca uma grande mquina do tempo, voraz, infinita e circular, quando nos deparamos, por exemplo, com as notcias das Diretas j e com o samba Vai passar, de Chico Buarque e Francis Hime; quando nos abeiramos das cartas de Bandeira e Drummond, atravessados de emoo; ou quando, finalmente, contemplamos as formas insuperveis de Piranesi e Guido Reni. E acima de tudo, a palavra de Deus, no frontispcio da Bblia hebraica, ou do Alcoro sagrado, o bramido do elefante, em Buffon,
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os poderes mgicos na Aurora qumica, a plvora da Guerra do Paraguai, o apontador da Tor, as inscries das estelas egpcias e as serigrafias de Niemeyer para Braslia, a que se junta o sonho impondervel que Joaquim Nabuco partilhou com Machado de Assis. O brilho intenso da Biblioteca decorre de seu precioso patrimnio imaterial. Diante desse cenrio inesgotvel, seria preciso delinear uma fenomenologia da leitura, com seus planos infindveis, endereos flutuantes e sonhos esquecidos para atingir talvez uma s palavra do Livro do Mundo, que, no Paraso de Dante, a prpria imagem do Infinito. A Biblioteca e o Paraso confundem-se ao reunir as pginas que se perdem no seio da Histria. Contra o esquecimento, uma potica da compaginao: dos livros passados, presentes e futuros. E como adivinh-los nos prximos cem anos em paralelo com a metamorfose do leitor? Como dispensar-lhes uma reserva de espao, com a necessria aerao do mundo fsico e eletrnico, dos volumes e dos chips, que ainda no foram criados, nos armazns da Biblioteca? Advogamos uma inscrio infinita, em que o leitor alcance uma espcie de no lugar. Para Blanchot, escrever encontrar esse ponto. Ningum escreve se no produzir a linguagem apropriada para manter ou suscitar contato com esse ponto. Eis a defesa do Infinito. O leitor escreve o livro futuro e promove o contato com esse no lugar. Ler uma forma de participar daquela densa camada de futuro. Do mundo dos livros ao Livro do mundo. A defesa do Infinito vir de uma rede cada vez mais integrada de salas de leitura, fsicas e virtuais, dentro e alm da escola, onde o letramento e a cidadania coincidam de modo inequvoco, assumindo o mesmo espao de dilogo, sem soluo de continuidade, das pinturas rupestres na Serra da Capivara aos grafites da grande So Paulo, da tradio oral das aldeias indgenas s livrarias das prises e hospitais. Porque os homens, da mesma forma que o mundo, diz Ernst Bloch, carregam dentro de si uma quantidade suficiente de futuro. Devemos partir dessa irresistvel saudade das coisas no acontecidas. No h escolha, destino ou vocao republicana mais imperiosa que o Futuro. A Biblioteca Nacional h de mediar esse processo, integrando as pginas dispersas entre o passado e o futuro. Como quem promove o dilogo fraterno e democrtico de uma cidadania consistente, porque centrada na inscrio infinita do leitor. Marco Lucchesi
Curador
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ma biblioteca uma construo feita para pr em ordem os pensares dos homens a fim de que os homens possam saber como pensar. Por isso, os monarcas, ciosos de seus poderes, trataram de guardar livros na medida e proporo da civilizao de seus domnios. Assim guardam, ento, os modernos Estados seus saberes em Bibliotecas Nacionais na proporo e medida de seus sonhos de civilizao. Ao transpor o oceano rumo ao novo reino, o prncipe Dom Joo VI trouxe consigo uma biblioteca. O Brasil independente transformou a velha coleo real em biblioteca oficial do novo pas. Em 2010, completam-se duzentos anos desde que Dom Joo criou na capital da Amrica portuguesa a instituio que se tornaria a Biblioteca Nacional. Os livros moraram no convento do Carmo e no edifcio no Passeio Pblico at encontrarem sua sede definitiva em 1910. Os muros do edifcio monumental projetado por Souza Aguiar deram forma ao grande cofre de livros responsvel pela guarda da memria da Nao. E o fizeram junto s reformas urbanas de Pereira Passos, que tinham por finalidade consolidar o Rio de Janeiro como capital moderna e o Brasil como Repblica. A Biblioteca Nacional guardou no armrio 22 da Diviso de Iconografia os documentos que tratam da sua arquitetura. Ele se tornou a arca onde se guardam os livros e documentos da evoluo do seu espao. Por meio deles, podemos recuperar a memria construtiva das paredes e tetos que foram concebidos para a guarda da histria intelectual da nao. Preciosidades como desenhos, lbuns de fotografias e a superfcie azul das cpias Ozalid revelam o tempo decorrido caminhando lado a lado com a tecnologia. Vislumbram-se o tempo de projeto e de construo, a vida da instituio at as obras de restaurao e as propostas para a sua expanso. O edifcio chega ento aos 100 anos por meio da representao digital dos arquivos eletrnicos. Expostos no saguo do terceiro andar, os documentos do armrio 22 contracenam com os magnficos interiores do espao central do monumento. Desenhos, fotografias, projetos e peas de mobilirio originais esto exibidos junto de paredes, colunas e tetos, elementos de uma arquitetura j secular que hoje materializa o anseio de um pas em preservar os seus saberes. Luiz Antonio Lopes de Souza
Curador Adjunto
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Suspeito que a espcie humana a nica est para extinguir-se e que a Biblioteca h de perdurar: iluminada, solitria, infinita, perfeitamente imvel, armada de volumes preciosos, intil, incorruptvel, secreta. Jorge Luis Borges, Fices.
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Desde a aurora o Sol nos havia anunciado como o [dia] mais ditoso para o Brasil: uma s nuvem no ofuscava os seus resplendores, e cujos ardores eram mitigados pela frescura de uma forte e constante virao; parecia que este astro brilhante, apartando a si todo o obstculo, como se regozijava de presenciar a triunfante entrada do primeiro soberano da Europa na mais afortunada cidade do Novo Mundo. Luis Gonalves dos Santos, Memrias para servir histria do Brasil.
Departure of His R. H. the Prince Regent of Portugal for the Brazils, the 27 th. Nov. 1807. Gravura de Francesco Bartolozzi. [ esquerda] Alegoria vinda de Dom Joo.
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Listagem de naus e pessoas que saram de Portugal no domingo, 29 de novembro de 1807. Retrato de Frei Antonio de Arrbida, bibliotecrio da Biblioteca Nacional entre 1822 e 1831. Por Sebastien Auguste Sisson. Catlogo manuscrito da livraria de Diogo Barbosa Machado. Ex-libris de Diogo Barbosa Machado. [ esquerda] Primeiro nmero da Gazeta do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, 1808.
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Panorama do Rio de Janeiro por Friedrich Salath. Folha de rosto da primeira verso brasileira de Phedra de Jean Baptiste Racine. Impresso Rgia, 1816. [ direita] Fachada da Biblioteca Nacional na Rua do Carmo. Estatutos da Real Biblioteca, 1821.
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Os bastimentos do antigo hospital dos Carmelitas no so nem vastos, nem claros, nem salubres para oferecer uma situao de segurana para as colees e um uso cmodo do pblico nas condies desejveis. Pode-se dizer que at o presente, malgrado a importncia e o valor dos objetos da Biblioteca, a frequentao do pblico limitada e um s pequeno nmero de cidados aproveita deles. Frei Camilo de Monserrate, Memorial dirigido ao imperador.
Folha de rosto e desenho de Muzi, para a Flora fluminense, organizada por frei Jos Mariano da Conceio Veloso, 1790. [ esquerda] A Imperatriz Teresa Cristina, fotografada por Joaquim Insley Pacheco, deu nome volumosa coleo doada por D. Pedro II .
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Memorial dirigido por Camilo de Monserrate ao Imperador D. Pedro II. Rio de Janeiro, 1853. Frei Camilo de Monserrate, bibliotecrio da Biblioteca Nacional de 1853 a 1870, foi o responsvel pela transferncia do acervo para a Rua do Passeio. [ direita] Estudo de Guido Reni, parte da Coleo Jos da Costa e Silva.
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Reino da estupidez, publicao atribuda a Francisco de Melo Franco, 1818. Ex-libris do Conde da Barca. [ direita] Tbua cronolgica de todos os prncipes da Europa desde o nascimento de Jesus Cristo. parte de Le Grand Theatre de lUnivers, 1741.
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O catlogo da Exposio no pura e simplesmente um indicador de livros, painis, estampas ou medalhas. Tanto quanto no-lo permitiram o espao e o tempo, vai nele um esboo de bibliografia histrica brasileira, considerada a histria em sua maior amplitude. Ramiz Galvo, Anais da Biblioteca Nacional, vol. 9.
Benjamin Franklin Ramiz Galvo dirigiu a Biblioteca Nacional entre 1870 e 1882, gesto em que ocorre a Exposio de Histria do Brasil (1881). Discurso proferido por Ramiz Galvo ao deixar a Biblioteca Nacional. Rio de Janeiro, 24 jul. 1882. [ esquerda] Fachada da Biblioteca Nacional na Rua do Passeio, setembro de 1904. Salo principal de leitura no prdio da Biblioteca Nacional na Rua do Passeio.
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Jos Zepheryno de Menezes Brum chefiou a Seo de Estampas da Biblioteca Nacional em fins do sculo XIX. Joo de Saldanha da Gama foi Bibliotecrio de 1882 a 1889, aposentando-se com a Proclamao da Repblica. [1903]. Manoel Ccero Peregrino da Silva foi diretor da Biblioteca entre 1900 e 1924, perodo em que a atual sede foi construda e inaugurada. Alfredo do Valle Cabral chefiou o Setor de Manuscritos e organizou o primeiro catlogo deste acervo, publicado nos Anais de 1878. Joo Capistrano de Abreu, em caricatura de Jos Cndido (1926), ocupou o cargo de Oficial da Biblioteca Nacional entre os anos de 1879 e 1883.
A obra de Frei Vicente do Salvador a primeira a levar o nome de Histria do Brasil. Escrita em 1624, foi publicada apenas em 1887. Tu s, tu, puro amor. Pea de Machado de Assis, representada em 10 de junho de 1880 no Imperial Theatro de D. Pedro II . Guia da exposio de Histria do Brasil, idealizada por Ramiz Galvo, em 1881. [ esquerda] Registro de leitores e suas consultas na Biblioteca Nacional e Pblica, 1849.
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Prosopopea, de Bento Teixeira, dedicada ao governador de Pernambuco, Jorge DAlbuquerque Coelho, 1601. [ direita] Arte de grammatica da lingua brasilica da naam Kiriri, composta pelo Padre Luis Vincenzo Mamiani. Publicao de 1699. Folha de rosto de O Valeroso Lucideno e triumpho da liberdade, de Manuel Calado, 1648.
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Esboava-se ento a vitria de uma causa nobre e altrustica. Era o prlogo de uma obra colossal, a cujo eplogo estamos assistindo neste momento. O triunfo agora completo. finalmente uma fulgurante realidade, a instalao da Biblioteca Nacional num edifcio para ela construdo, isolado, vasto, incombustvel, apropriado. Manuel Ccero Peregrino, Anais da Biblioteca Nacional, vol. 33.
Ata do lanamento da pedra fundamental do novo edifcio da Biblioteca Nacional, 15 de agosto de 1905. P e martelo em prata e madreprola comemorativos do lanamento da pedra fundamental do edifcio da Av. Rio Branco. [ direita] Construo do edifcio da Biblioteca Nacional na Avenida Rio Branco. Rio de Janeiro, 1909.
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Estudos para ex-libris da Biblioteca Nacional, por Eliseu Visconti. Smbolo da Biblioteca Nacional, por Eliseu Visconti. [ direita] Mudana da Biblioteca do antigo prdio na Rua do Passeio (ao fundo) para a nova sede, na Avenida Rio Branco, 1910. Primeiro livro de Registro do Escritrio de Direitos Autorais.
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Armazm de Peridicos, antes da colocao das estantes. 1910-1926. Estante projetada para a sede atual da Biblioteca Nacional. [ direita] Plenrio da Cmara dos Deputados, quando ocupou parte do prdio da Biblioteca Nacional (1922 a 1926). Armazm de Obras Gerais durante as obras de restaurao da Biblioteca Nacional. 1982-1983.
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Por mais que os leitores se apropriem de um livro, ao fim e ao cabo, livro e leitor perfazem uma s coisa. O mundo, que um livro, devorado por um leitor, que uma letra no texto do mundo; cria-se, portanto, uma metfora circular para a infinitude da leitura. Alberto Manguel, Uma histria da leitura.
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No princpio era o Verbo, e o Verbo estava junto de Deus, e o Verbo era Deus. Evangelho de So Joo, 1,1.
Livro de horas manuscrito em latim do sc. XV , traz o super libris do Marqus de Pombal.
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Bblia manuscrita e iluminada em latim. A compilao de evangelhos em grego, manuscrita sobre pergaminho, a obra mais antiga da Biblioteca Nacional. Sc. XI-XII . [ direita] Bblia Sacra, editada na Anturpia em 1569. Poliglota, em hebraico, caldaico, grego e latim.
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Alcoro manuscrito, provavelmente do sculo XVIII , iluminado em ouro e tinta. Notcia sumria do gentilismo da sia, cpia manuscrita do sculo XVIII atribuda a Carlos Julio, retrata divindades e prticas religiosas hindus.
Manuscrito tibetano em folha de palmeira e capa de madeira. Sc. XIX. Yad, apontador ritual para leitura da Tor.
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Para mim, a realidade no era a da escola, da rua, da casa, mas a dos livros, onde me sentia viver mais intensamente. Giovanni Papini, Um homem acabado.
Edio de 1661 da Harmonia Macrocosmica, de Andreas Cellarius, impressa em Amsterd. [ esquerda] Geografia de Ptolomeu, em edio de 1513.
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Opera Grammatica Omnia, de Prisciano. Veneza, 1476. Opera de Angelo Poliziano. Veneza, 1498. Folha de rosto da primeira edio de Os Lusadas, de Lus de Cames, 1572. [ esquerda] Registrum huius operis libri cronicarum, mais conhecido como Crnica de Nuremberg, incunbulo ricamente ilustrado do sculo XV . 1493.
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Homero em pginas de pergaminho! A Ilada e as aventuras todas de Ulisses, guardadas num pedao de pele, dobrado em diversas e pequenas folhas. Marcial, Epigramas.
Arte de Santa Rosa para a capa do livro Sagarana, de Guimares Rosa. Parte da Coleo Jos Olympio, doada em 2006. [ direita] Encadernao em veludo e ouro do lbum de Pietro Magni, com projeto de monumento a ser erguido no Rio de Janeiro.
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Ex-libris de Affonso Arinos de Mello Franco, Joaquim Nabuco, Abrao de Carvalho, Felix Pacheco, Oswaldo Cruz, Eduardo Prado, Catullo da Paixo Cearense, Alfredo Pujol, Menotti del Picchia, da Biblioteca Fluminense e de Manuel de Abreu Guimares.
Matriz em cobre da Oficina do Arco do Cego, 1799-1801. Matriz xilogrfica de mantra budista, do sculo XIX.
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A Cosmografia de Petrus Apianus traz gravuras com partes mveis, 1551. Obras poticas de Sir Walter Scott. Curiosa edio com imagem em segredo no corte, 1886. [ direita] Desenhos japoneses sobre papel gampi, em forma de rolo. Cent mille milliards de pomes, de Raymond Queneau, livro composto por dez sonetos, com versos permutveis em tiras.
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Em nenhuma outra regio se mostra o cu mais sereno, nem madruga mais bela a aurora; o sol em nenhum outro hemisfrio tem os raios mais dourados, nem os reflexos noturnos to brilhantes. Rocha Pita, Histria da Amrica portuguesa.
Gramtica da lngua tupi, do padre Jos de Anchieta. 1595. [ direita] Tabula nova, atque accurata America Australis, de Miguel Antnio Ciera, 1772.
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Prospecto da cidade de Belm do Par, desenho da Coleo Alexandre Rodrigues Ferreira, 1784. Philippvs Prvdens Caroli V. imp. filivs Lvsitaniae Algarbiae, Indiae, Brasiliae legitimvs rex demonstratvs, de Juan Caramuel Lobkowitz, faz defesa dos direitos da Dinastia Filipina ao trono de Portugal durante a Unio Ibrica. 1639. [ direita] Rervm per octennivm in Brasilia, de Caspar van Baerle, foi encomendado por Maurcio de Nassau, 1647.
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Uma das 546 perspectivas de cidades reunidas em Civitates orbis terrarum, do alemo Georg Braun, 1593. [ esquerda] Atlas, de Gerhard Mercator. Quarta edio, de 1613. pitome du thtre du monde, de Abraham Ortelius, 1588.
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Insaurralde Ara poru, obra inteiramente impressa em lngua guarani, 1759-1760. Folha de rosto de Cultura e Opulncia do Brasil, de Andr Joo Antonil, 1711. [ esquerda] Segunda edio do relato do encontro de Hans Staden com os ndios tupinambs, 1557. Histoire dun voyage faict en la terre du Bresil, autrement dite Amerique, de Jean de Lry, 1585. La historia del mondo nuovo, de Girolamo Benzoni, um dos primeiros documentos sobre as colnias espanholas na Amrica, 1565.
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Chegava o momento de acompanhar no torvelinho das letras as histrias que me haviam escapado pela janela. Achavam-se dentro de mim a Babilnia e Bagd, Acra e o Alasca. A suave atmosfera desses livros cativara meu corao. Walter Benjamin, Schmker.
Nova escola para aprender a ler, escrever & contar, de Manuel de Andrade Figueiredo, 1722. [ esquerda] Fbulas de La Fontaine, exemplar editado em Paris, 1755-1759.
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Como e porque sou romancista, autobiografia literria de Jos de Alencar, 1893. [ esquerda] Grammtica da Lingua Portuguesa com os mandamentos da santa mdre igreja, de Joo de Barros, 1539.
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Para os pequeninos, 1902. Primeira traduo brasileira de Pinocchio, de Carlo Collodi, 1933. [ direita] A menina do narizinho arrebitado, de Monteiro Lobato, 1920.
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Cubos mgicos e O Jogo da leitura, brinquedos da Editora Melhoramentos. Dcada de 1940. [ direita] Capa da edio de 28 de janeiro de 1914 dO Tico-Tico.
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Um dos remdios que o barbeiro e o cura idealizaram foi o de esconder e emparedar a sala dos livros. Diriam que um encantador os tinha levado com o aposento. Cervantes, Dom Quixote.
O Pasquim nmero 560 e suas duas capas: a da edio apreendida nas bancas e a que circulou duas semanas depois. 1980.
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O Livro do vinde, e vede, e do sermam do dia do juizo universal, de ngelo Ribeiro Sequeira, um tratado sobre o Dia do Juzo Final, voltado para a converso ao Cristianismo. Lisboa, 1758. [ esquerda] Legislao portuguesa de 1597 sobre as penas para o pecado de molcies. Exemplar do ltimo Regimento do Tribunal do Santo Ofcio de Portugal, 1774. Conhecido como Nau dos Insensatos, Stultifera navis, de Sebastian Brant, inventaria vcios morais e faz crtica sociedade. 1497.
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A inocente Margarida, novela ertica de 1934. [ direita] Narratio regionum indicarum per hispanos quosdan devastatarum verissima, de Bartolom de Las Casas, retrata a brutalidade da conquista da Amrica. 1598.
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Os homens, da mesma forma que o mundo, carregam dentro de si uma quantidade suficiente de futuro. Ernst Bloch, O princpioesperana.
Arraial dos Canudos visto a partir da estrada do Rosrio. Gravura de 1897. [ esquerda] Duas epochas memorveis, charge de Angelo Agostini, 1871.
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Frei Tommaso Campanella descreve uma comunidade utpica em Civitas Solis, 1623. Edio holandesa, em francs, dA Utopia, de Tomas Morus, 1715. [ direita] De civitate Dei, texto do sculo V, escrito por Santo Agostinho, em edio impressa no sculo XV.
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O Mundo da Paz, relato de Jorge Amado sobre viagem pelas repblicas socialistas, 1951. Panfleto da Confederao Abolicionista, fundada em 1883, exigindo o fim da escravido. Onde a terra acaba, roteiro cinematogrfico de Mrio Peixoto. Registrado no Escritrio de Direitos Autorais em 1931.
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O ponto onde o infinito coincide com lugar nenhum. Escrever encontrar esse ponto. Ningum escreve se no produzir a linguagem apropriada para manter ou suscitar contato com esse ponto. Maurice Blanchot, O espao literrio.
Caramuru, poema pico de Jos de Santa Rita Duro, sculo XVIII. [ esquerda] Desenho de Hercule Florence, feito em 1829 a partir de sua experincia na Expedio Langsdorff.
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Filhos, poema de Ferreira Gullar. 2004. Vis, poema de Adlia Prado. [ direita] Carta de Clarice Lispector a sua irm, Tnia. Belm, 16 de fevereiro de 1944.
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Pedro Ivo, poema de Castro Alves. Recife, 1865. [ esquerda] Nota crtica obra de Augusto dos Anjos, por Carlos Drummond de Andrade, 1984.
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Pgina da arte final de Escrava Isaura, edio em quadrinhos de Jos Geraldo Barreto para o romance de Bernardo de Guimares. Projeto da Editora Brasil-Amrica (EBAL ), 1954. [ direita] Ilustrao de Raul Pompia para O Ateneu, 1888.
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No seu profundo vi como se interna ligado com amor num s volume o que no mundo se desencaderna. Dante, Paraso 33.
Mmorial Technique Universel, de Luigi Mazzochi. Compilao de tabelas e frmulas publicada em 1912.
Histoire naturelle, de Georges Buffon, sobre a origem, evoluo e classificao dos seres vivos. A publicao completa levou mais de 50 anos. 1749-1804.
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Vivae imagines partium corporis humani aereis formis expressae, obra de Juan Valverde de Amusco, com imagens de Andreas Vesalius, 1566.
Margarita philosophica nova Cui annexa sunt sequentia, de Gregor Reisch. Uma enciclopdia para o ensino dos jovens, com elementos de diversas disciplinas. 1515.
101
Vocabulario portuguez e latino, de Rafael Bluteau, publicado entre 1712 e 1721. A Cosmografia universal, de Andr Thevet, descreve todas as partes do mundo ento conhecidas, 1575. [ direta] Encyclopdie, organizada por Diderot e DAlembert, que inaugura o mundo moderno, 1751-1765.
103
Tratado de remdios feito pelo mdico Joo Curvo Semedo, 1697. Arte general para todas las sciencias, de Ramon Lull, trata da relao entre conhecimento humano e verdade divina. 1586. Dicionrio bibliogrfico brasileiro, de Augusto Victorino Alves Sacramento Blake. A edio que inclui este volume foi publicada entre 1883-1902.
De Lavdibvs, de Maurus Hrabanus, traz poemas religiosos com desenhos formados por letras dispostas de forma que os mesmos versos sejam lidos em todas as direes. 1605.
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O passado constitudo, numa primeira apreenso, por essa massa de pequenos fatos, uns resplandecentes, outros obscuros e indefinidamente repetidos. O tempo breve a mais caprichosa e a mais enganadora das duraes. Fernand Braudel, Histria e cincias sociais.
Propaganda da joalheria Oscar Machado, no Rio de Janeiro. Litogravura colorida, 1912. Vossa Senhoria, o menor jornal do mundo. Divinpolis, MG , n. 504, janeiro de 2001.
Novo Correio de Modas, peridico voltado ao pblico feminino, circulou entre 1852 e 1854.
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Nmero 1700 de O Rio-Nu, peridico de textos de humor malicioso e picante e ilustraes de cunho pornogrfico, 20 de maio de 1916. [ direita] Menus pertencentes variada coleo de cardpios da Biblioteca Nacional. O exemplar esquerda bordado em tecido. Souvenir do Centenrio da Independncia do Brasil. Baralho com ilustraes de paisagens do Rio de Janeiro, 1922.
109
Figurinha de Machado de Assis distribuda em embalagem de cigarros da Grande Fbrica de Henrique Bastos & Co. A Mensageira, publicao peridica editada, em So Paulo, somente por mulheres. n.18, 30 de junho de 1898.
Nmero um do semanrio Kosmos, conhecido por sua alta qualidade grfica. Janeiro de 1904.
111
Stira de K.Lixto recm-criada Liga das Naes, em 1919. Lanamento de Histria da caricatura no Brasil, de Herman Lima: em p, da esquerda para a direita: Alvarus, Jos Olympio, Lus Peixoto, Herman Lima, Mendez, Yantok, Euclides Santos, Augusto Bandeira, Segisnando Jr., Quirino Campofiorito, Nssara, Lan e Armando Pacheco. Sentados: Helios Selinger, Fritz, Rian (Nair de Tef), Vasco Lima e Angelina (filha de Angelo Agostini). 1963.
Imagem de N. S. Aparecida, no catlogo de santos editado por Weiszflog Irmos em 1919. Cordel de Joo Martins de Athayde sobre o cangao. Recife, 26 de fevereiro de 1929.
113
O Atlas do Grande Khan tambm guarda os mapas das terras prometidas, visitadas na imaginao, mas ainda no descobertas ou fundadas. Italo Calvino, As cidades invisveis.
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O monstro brasileiro, de Nicollo Nelli, retrata uma estranha criatura marinha que teria aparecido na Capitania de So Vicente, 1565. Em Les singularitez de la France antarctique..., Andr Thevet descreve animais, frutas e costumes indgenas da Frana antrtica, o Brasil. 1557.
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Nieuwe caerte van het Wonderbaer, mapa de Jodocus Hondius, feito a partir da expedio do explorador britnico Sir Walter Raleigh ao Reino da Guiana em busca do Eldorado, 1598. [ direita] Mapa manuscrito retratando o caminho das misses jesuticas de Mojos e Chiquitos, entre Bolvia e Chile, sc. XVIII.
119
Fotografia da Igreja de So Sebastio, localizada no Morro do Castelo, destrudo em 1921. [ esquerda] Litografia a partir de desenho de William Gore Ouseley, em Views in South America.
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Tudo isso realizo no imenso palcio da memria. l que me encontro, se recordo as aes que fiz, o seu tempo, lugar, e at os sentimentos que me dominavam ao pratic-las. Santo Agostinho, Confisses.
Edio brasileira de Recordaes da Casa dos Mortos, de Fidor Dostoievski e xilogravura original de uma de suas ilustraes, por Oswaldo Goeldi. [ esquerda] Caryb ilustra A morte e a morte de Quincas Berro dgua em serigrafia.
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O nariz do morto o primeiro livro de memrias de Antonio Carlos Villaa. 1970. Exemplar dedicado pelo autor Biblioteca Nacional. Primeira edio de Macunama, por Mrio de Andrade, 1928. Em Minha vida de menina, Alice Dayrell Caldeira Brant publica seus dirios de infncia sob o pseudnimo Helena Morley. 1942. [ esquerda] Graciliano Ramos, Infncia, 1945. Primeira edio de Minha formao, livro de memrias do abolicionista Joaquim Nabuco, 1900.
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As sociedades primitivas utilizavam os sonhos e as vises como importantes fontes de informao, e sobre esta base psicolgica elevaram-se antiqussimas e poderosas culturas. Carl Gustav Jung, Memrias, sonhos e reflexes.
Daphnis e Chlo, romance buclico do poeta grego Longus, em edio bilngue de 1754. [ esquerda] Desenho de Castro Alves reproduzindo quadro de Ary Scheffer, que mostra os personagens de A Divina Comdia, Francesca de Rimini e Paolo Malatesta.
129
Carta de Sigmund Freud a Artur Ramos. Viena, 11 de maro de 1928. [ esquerda] Carta de Nise da Silveira ao curador. Rio de Janeiro, 18 de julho de 1993.
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Desenho do sculo XVIII e litogravura colorida do sculo XX . Ambos inspirados na mquina voadora idealizada por Bartolomeu Loureno de Gusmo, conhecida como Passarola. Nova arte de explicar os sonhos e vises noturnas um apndice dA Folhinha Guimares de 1862.
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Ambrosio Teodosio Macrbio, filsofo romano, tece comentrios ao Sonho de Cipio, parte da obra de Ccero. Esta edio italiana de 1492. [ direita] Os sonhos de Bentinho, em trecho da primeira edio de Dom Casmurro, de Machado de Assis, 1899. Carta em que Joaquim Nabuco narra seus sonhos ao amigo Machado de Assis (1904). Esta edio da correspondncia trocada entre eles de 1942.
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cone russo de madeira com imagem de So Nicolau, 1891. Cordo para oraes da igreja ortodoxa da Romnia. Fita em tecido com orao em escrita cirlica. [ direita] Vista do templo de Santa Sofia, na Turquia. Ilustrao em La galerie agreable du monde, de Pieter van der Aa. [1729?].
139
Punhal do sculo XIX , tpico da pennsula arbica. Gramtica rabe manuscrita, 1727.
141
Impresso de estela egpcia em relevo seco. Mapa de parte da Rssia, em Le miroir du monde, de Pieter Heyns. 1598. 142 | Biblioteca Nacional 200 anos
143
O paralelo entre as artes visuais e a literatura parece pertinente. Os campos so mais prximos uns dos outros e podem-se apontar escritores que sabem desenhar e pintores que sabem escrever. Mario Praz, O paralelo entre literatura e as artes visuais. .
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No possvel deduzir algum ideal musical determinado como o belo verdadeiro, mas demonstrar o belo musical em qualquer escola, mesmo nas mais antagnicas. Eduard Hanslick, O belo musical.
Batuta que pertenceu ao maestro e compositor Francisco Braga, 1900. Arcabouo de violino usado para estudo pelo maestro Csar Guerra Peixe. [ esquerda] Gravura conhecida por Tocando Debussy, de Carlos Oswald.
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Regionale Orchestra, Native brazilian music. Disco sonoro com gravao de Pelo telephone. Carnaval: op. 9, obra de Robert Schumann executada por Claudio Arrau ao piano. Disco sonoro. [ direita] Conversa de botequim, composio de Oswaldo Gogliano (Vadico) e Noel Rosa. Partitura para piano. Partitura manuscrita de Pelo telephone, samba de Ernesto dos Santos, mais conhecido como Donga. 1916.
149
Francisco Mignone, [193-]. Antonio Carlos Jobim, 1961. [ direita] Heitor Villa-Lobos ao piano, [193-].
151
Carlos Gomes, Il Guarany. Partitura manuscrita. Milo, 14 de agosto de 1871. Fotografia autografada de Carlos Gomes. [ direita] Mirtillo Felsineo, Il ritorno di Ulisse in Itaca. Libreto de 1774. Termo de venda de propriedade da composio Oh! No me illudas, de Chiquinha Gonzaga a Isidoro Bevilacqua. Rio de Janeiro, 7 de outubro de 1880. Caderno de anotaes das aulas do maestro Csar Guerra Peixe com o prof. Kollreutter.
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Quem nunca ficou maravilhado com a solido no conhecer jamais a beleza da pintura. Jean Genet, O atelier de Giacometti.
Giovanni Benedetto Castiglione, gravura em gua-forte. [ direita] Albrecht Drer, gravura a buril.
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Francisco Goya. Gravura em gua-forte. [ esquerda] Rembrandt Harmenszoon Van Rijn, gravura em gua-forte. Giovanni Battista Piranesi, gravura em gua-forte e buril.
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Luca Pacioli, Divina proportione, 1509. Da simetria das partes do corpo humano, por Albrecht Drer, 1557. [ esquerda] Desenho de Carlo Cignani em sangunea e giz.
159
Litogravura colorida de autor desconhecido. [ esquerda] Os quatro livros da arquitetura, de Andrea Palladio. 1570. Mtodo para aprender desenho, de Charles-Antoine Jombert. Paris, 1755. Manuel de Arajo Porto Alegre. Desenho em spia com toques de guache.
161
Oswaldo Goeldi. Xilogravura colorida. Henrique Bernardelli. Desenho aquarela. [ esquerda] Lazzarotto Poty. Gravura em ponta seca. Iber Camargo. Gravura em gua-tinta.
163
Di Cavalcanti. Serigrafia. Jos Pancetti. Desenho aquarelado. [ direita] Fayga Ostrower. Xilogravura.
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em comemorao aos 200 anos da Biblioteca Nacional e aos 100 anos de inaugurao do prdio da Biblioteca Nacional Os textos foram compostos em Adobe Caslon e os ttulos da Avenida Rio Branco, no Rio de Janeiro.
caligrafados em chanceleresca pelo artista grfico Cludio Gil. Foram impressos 3.000 exemplares em papel couch fosco 170 g/m2 na grfica RR Donnelley.