Apostila Bibliologia
Apostila Bibliologia
Apostila Bibliologia
BIBLIOLOGIA
ESTUDO DAS SAGRADAS ESCRITURAS
1 EDIO - 2011 -2
1 EDIO - 2011
Igreja Pentecostal o Poder de Jesus Cristo Rua Benedito de Oliveira Lousada, 211 Parque So Bento - Sorocaba - SP Presidente Pastor Mauro Mariano Vice-Presidente Missionrio Andr Silva Fone ( 015 ) 3213-4640
Toda Escritura divinamente inspirada e proveitosa para ensinar, para repreender, para corrigir, para instruir em justia; para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente preparado para toda boa obra. 2 Tm 3:16-17
NDICE
Introduo Lio 1 - A Bblia Definio I. Origem do Termo II. Alguns aspectos da Bblia III. Razes pelas quais a Bblia a palavra de Deus IV. Atitudes em relao Bblia V. Exerccios Lio 2 A singularidade da Bblia I. nica na sua coerncia II. nica em circulao III. nica em traduo IV. nica em sobrevivncia V. nica nos ensinos VI. nica na influncia sobre a literatura VII. A concluso bvia VIII. Exerccios Lio 3 Como manusear a Bblia I. Prtica para o manuseio da Bblia II. Quanto ao estudo da Bblia III. Exerccios Lio 4 A importncia das Escrituras Sagradas I. A necessidade do estudo das Escrituras II. Porque devemos estudar a Bblia III. Como devemos estudar a Bblia IV. Exerccios Lio 5 Revelao Definio I. Provas da revelao II. Meios de revelao III. Revelao quanto natureza IV. Exerccios Lio 6 Inspirao Definio I. Teorias sobre a inspirao II. Caractersticas da inspirao verbal e plenria III. Prova da inspirao verbal e plenria IV. Provas de inerrncia V. Exerccios 5 7 7 7 8 9 10 11 13 13 15 15 16 17 19 20 21 23 25 27 29 31 32 32 34 37 39 39 39 39 41 45 47 47 47 49 49 50 51
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Lio 7 Iluminao I. Em relao aos no-salvos II. Em relao aos salvos III. Exerccios Lio 8 Interpretao I. Princpios de interpretao II. Divises gerais da Bblia III. Alianas bblicas IV. Exerccios Lio 9 Cnon da Bblia I. O cnon do Antigo Testamento II. Os princpios da canonicidade dos livros do Novo Testamento III. A formao do cnon do Novo Testamento IV. O cnon e as tradues mais recentes V. Exerccios Lio 10 Estrutura da Bblia I. Contedo do Antigo Testamento II. O Contedo do Novo Testamento III. Resumo do Novo Testamento IV. Exerccios Lio 11 Autores da Bblia I. Quem so os autores da Bblia II. A fonte divina III. Exerccios Lio 12 A Bblia at ns I. Direcionamento bblico II. As primeiras tradues III. Exerccios Lio 13 Perodo inter-bblico I.....Aspectos polticos II. ..Aspectos religiosos III. .Exerccios
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Sistema de medidas nas Escrituras Curiosidades bblicas Complementos Passagens bblicas Glossrio
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INTRODUO
A Bblia nos aconselha a viver em um determinado padro de vida aprovado por Deus e nos conforta com a promessa de uma grande recompensa para aqueles que se enquadrarem neste padro. Ela nos fornece todas as informaes necessrias que o ser humano precisa para ter um melhor aproveitamento da sua vida. A Bblia o alicerce para todo aquele que cr em Deus e tem uma esperana numa nova vida aps a morte. Ela tambm nos previne e alerta, em relao a outras maneiras de vida que o homem escolhe, quando no confia na providncia de Deus. Ela contra todo e qualquer ensinamento ou doutrina fora de seus padres, categrica em condenar o que falso. Eis a relao de algumas doutrinas que a Bblia condena: Doutrinas dos homens (Cl 2:22 - segundo os preceitos e doutrinas dos homens? Pois que todas estas coisas, com o uso se destroem). Doutrinas dos fariseus (Mt 16:12 - Ento, entenderam que no lhes dissera que se acautelassem do fermento de pes, mas da doutrina dos fariseus e dos saduceus). Doutrinas de demnios (1Tm 4:1 - Ora, o Esprito afirma expressamente que, nos ltimos tempos, alguns apostataro da f, por obedecerem a espritos enganadores e a ensinos de demnios). Doutrinas que so preceitos de homens (Mc 7:7 - E em vo me adoram, ensinando doutrinas que so preceitos de homens). Doutrinas estranhas aos seus ensinamentos (Ef 4:14 - para que no mais sejamos como meninos, agitados de um lado para outro e levados ao redor por todo vento de doutrina, pela artimanha dos homens, pela astcia com que induzem ao erro). Todavia a Bblia, ao mesmo tempo em que condena o que falso, aprova magnificamente e elogia a verdadeira e s doutrina (Sl 1:6 - Pois o SENHOR conhece o caminho dos justos, mas o caminho dos mpios perecer. Pv 10:28 - A esperana dos justos alegria, mas a expectao dos perversos perecer.) Os tpicos desta apostilas constituem o conhecimento bsico para o crescimento espiritual, como tambm intelectual de cada filho de Deus. Para um estudo mais aprofundado e especfico, se faz necessrio o uso de outras fontes, visto que o nosso objetivo levar ao povo de Deus o conhecimento elementar das santas doutrinas. Esta primeira apostila Bibliologia dividida por lies, contendo algumas gravuras de objetos antigos, descobertos das escavaes arqueolgicas. Cada parte possui o seu questionrio, a fim de ajudar o aluno a memorizar os pontos mais importantes do texto. O auxlio de um professor e o interesse do aluno indispensvel para um maior aproveitamento da matria. Os pargrafos devem ser analisados com muito critrio para que todos venham realmente crescer em conhecimento e atingir o objetivo do curso.
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Examinai as Escrituras, porque julgais ter nelas a vida eterna, e so elas mesmas que testificam de mim Jo 5:39
Lmpada para os meus ps a tua palavra e luz para o meu caminho Salmos 119:105
Porque a palavra de Deus viva e eficaz, e mais cortante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra at ao ponto de dividir alma e esprito, juntas e medulas, e apta para discernir os pensamentos e propsitos do corao. Hb 4:12
Escondi a tua palavra no meu corao, para no pecar contra ti. Salmos 119:11
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LIO 1 A BBLIA
Definio
A primeira coisa que se pode dizer da Bblia que ela , acima de todas as coisas, A PALAVRA DE DEUS. A Bblia a palavra de Deus em um sentido que nenhum outro livro do mundo pode ser. O Esprito Santo ungiu como um sopro (inspirao) sobre seus escritores, capacitando-os a receber e transmitir a mensagem divina sem mistura ou erro. A Bblia tambm "O Livro" no qual Deus se revela, ou seja, se d a conhecer aos homens de modo natural ou sobrenatural. . A bblia Deus falando ao homem; Deus falando atravs do homem; Deus falando como homem; Deus falando a favor do homem, mas sempre Deus falando!.
A BBLIA ... O mapa do viajante O cajado do peregrino A bssola do piloto A espada do soldado O paraso restaurado O cu aberto
I. ORIGEM DO TERMO
Bblia. A palavra "Bblia" vem do grego "biblos, e em portugus significa rolo ou livro (Lc 4:17 - Ento, lhe deram o livro do profeta Isaas, e, abrindo o livro, achou o lugar onde estava escrito.). Quem primeiro aplicou esse vocbulo s Sagradas Escrituras foi Joo Crisstomo.
Escrituras Sagradas. Termo usado no Novo Testamento para os livros sagrados que foram escritos no Antigo Testamento, que eram considerados inspirados por Deus (2Tm 3:16 - Toda a Escritura inspirada por Deus e til para o ensino, para a repreenso, para a correo, para a educao na justia; Rm 3:2 - Muita, sob todos os aspectos. Principalmente porque aos judeus foram confiados os orculos de Deus). Tambm usado no Novo Testamento com referncia a outras pores do Novo Testamento (2Pe 3:16 - ao falar acerca destes assuntos, como, de fato, costuma fazer em todas as suas epstolas, nas quais h certas coisas difceis de entender, que os ignorantes e instveis deturpam, como tambm deturpam as demais Escrituras, para a prpria destruio deles; Jo 10:35 - Se ele chamou deuses queles a quem foi dirigida a palavra de Deus, e a Escritura no pode falhar; Hb 4:12 - Porque a palavra de Deus viva, e eficaz, e mais cortante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra at ao ponto de dividir alma e esprito, juntas e medulas, e apta para discernir os pensamentos e propsitos do corao).
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Autoridade da Bblia Reconhecimento da Bblia como a nossa nica regra de f e prtica. Nenhuma outra autoridade pode sobrepor-se Palavra de Deus; nenhum outro princpio h de modificar este artigo de f. A autoridade das Sagradas Escrituras encontra-se baseada nestes princpios:
A menor Bblia existente foi impressa na Inglaterra e pesa somente 20 gramas. Mede 4,5cm de comprimento, 3cm de largura e 2cm de espessura.
1) a Palavra de Deus; 2) Sua infalibilidade pode ser evidenciada interna e externamente; 3) a nica regra de f e prtica contempornea de todas as pocas.
Autoridade na Bblia Tanto o Antigo, quanto o Novo Testamento, atesta ser Deus a fonte de toda a autoridade. Profetas e apstolos mostram-no como a autoridade ltima. Nos livros profticos, o Senhor Deus. At mesmo Nabucodonosor viu-se obrigado a assimilar esta verdade. Depois daqueles sete perodos de humilhao a que o submetera o Todo Poderoso, confessa o mandatrio babilnico: (Dn 4:37 - Agora, pois, eu, Nabucodonosor, louvo, exalo e glorifico ao Rei do cu, porque todas as suas obras so verdadeiras, e os seus caminhos, justos, e pode humilhar aos que andam na soberba). Inerrncia e infalibilidade da Bblia - Ambos os termos mostram ser a Bblia completa e veraz (verdadeira) no que ensina. Ela no contm quaisquer erros; jamais falhar na concretizao de seus propsitos. Recebamo-la, pois, como a nica autoridade em matria de f e prtica. Inspirao da Bblia Ao sobrenatural do Esprito Santo sobre os escritores bblicos, dando-lhes capacidade plena a receber, registrar e transmitir a mensagem divina sem quaisquer misturas de erro. A inspirao da Bblia dinmica, verbal e plenria. A inspirao que faz da Bblia a Palavra de Deus. Biblicismo [Do gr. Bblos + ismo] Doutrina que defende ser a Bblia autoridade suficiente e suprema em matria de f e prtica. Tal posicionamento, embora apregoado pelos profetas e apstolos, renasceu com os reformadores protestantes no sculo XVI. Eis o que afirmou Isaas: Lei e ao Testemunho! Se eles no falarem segundo esta palavra, jamais vero a alva (Is 8:20 - lei e ao testemunho! Se eles no falarem desta maneira, jamais vero a alva). Bibliolatria [Do gr. bblos + latria (adorao)] Adorao do aspecto fsico da Palavra de Deus; a sua transformao num fetiche. Algo similar aconteceu no Antigo Israel, quando os hebreus passaram a prestar culto serpente que Moiss, por ordem de Jeov, havia erguido para restaurar a sade dos que haviam sido picados pelas serpentes abrasadoras. A blibliolatria muito comum nos lares evanglicos. No so poucos os crentes, por exemplo, que deixam a Bblia aberta no Salmo 91, como se esta passagem, destituda de seu real significado, fosse uma espcie de barreira contra as temeridades todas. A Bblia no nos foi confiada a ser um objeto de culto; no-la confiou o Senhor para que adorssemos somente a Ele. Bibliologia [Do gr. bblos + logia (discurso ou tratado racional sobre determinado assunto)] Diviso da teologia sistemtica que versa sobre a origem, formao, inspirao, autoridade e confiabilidade das Sagradas Escrituras, como a infalvel Palavra de Deus.
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10. A Bblia o nico livro do mundo que s tem verdades. Se h mentiras, no so dela, apenas
foram registradas. H mais verdades na Bblia do que todas as verdades produzidas pelo homem durante os sculos.
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11. A Bblia familiar a todos os homens em todas as naes. Ao lermos a Bblia temos a impresso
de que ela foi escrita para ns. Se fosse um produto humano no se ajustaria s lnguas e costumes de todas as naes.
12. a nica palavra que tem poder. Jesus usou a Palavra para derrotar o diabo, expulsar os
demnios, curar os enfermos, dominar as tempestades, perdoar os pecadores, ressuscitar os mortos e alimentar as multides, dentre outras coisas. necessrio usar a Palavra de Deus para lutar contra todas as foras que dominam o entendimento das pessoas que sofrem. A Palavra de Deus , acima de tudo, um instrumento da f, e no da razo, como muitos pensam.
Na poca em que Jesus leu a profecia de Isaas na sinagoga de Nazar, esta cpia de Isaias j tinha mais de cem anos. Foi lida inmeras vezes e reparada nos pontos em que surgiram rasgos. As palavras que o copista deixou escapar por engano foram inseridas depois, descendo a margem nos lugares onde havia pouco espao. A juno entre duas folhas de couro visvel esquerda. A fotografia do livro de Isaas dos Manuscritos do Mar Morto A (o original est no Santurio do Livro, em Jerusalm).
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EXERCCIOS
1. Defina a palavra Bblia.
(LIO 1)
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2. Cite trs aspectos da Bblia, e fale um pouco sobre cada um.
a)____________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ b)____________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ c)____________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ d)____________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ e)____________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________
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M. Monteiro Williams, antigo professor de snscrito, que passou 42 anos estudando livros orientais e comparando-os com a Bblia, afirmou: "Se voc quiser, empilhe-os no lado esquerdo de sua escrivaninha; mas coloque a sua Bblia do lado direito - apenas ela, s ela - e que haja uma boa distncia entre a pilha de Livros e a Bblia. Pois existe uma grande distancia entre ela e os chamados livros sagrados do Oriente, de modo que estes se opem quela, total, completa e definitivamente; um abismo real que nenhuma cincia do pensamento religioso conseguir transpor" (J. Mc Dowell, "Evidencia que Exige um Veredicto", pg.19,20).
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7. Escrito em trs idiomas: Hebraico (a lngua do Antigo Testamento) Em 2Reis 18:26-28 (Ento, disseram Eliaquim, filho de Hilquias, Sebna e Jo a Rabsaqu: Rogamos-te que fales em aramaico aos teus servos, porque o entendemos, e no nos fales em judaico, aos ouvidos do povo que est sobre as muralhas. Mas Rabsaqu lhes respondeu: Mandou-me, acaso, o meu senhor para dizer-te estas palavras a ti somente e a teu senhor? E no, antes, aos homens que esto sentados sobre as muralhas, para que comam convosco o seu prprio excremento e bebam a sua prpria urina? Ento, Rabsaqu se ps em p, e clamou em alta voz em judaico, e disse: Ouvi as palavras do sumo rei, do rei da Assria) essa lngua chamada de "judaica"; Em Is 19:18 (Naquele dia, haver cinco cidades na terra do Egito que falaro a lngua de Cana e faro juramento ao SENHOR dos Exrcitos; uma delas se chamar Cidade do Sol) chamada de "lngua de Cana"; Aramaico (a lngua "franca" do Oriente Prximo at a poca de Alexandre, o grande, no sculo VI ao sculo IV a.C., tendo permanecido em uso, paralelamente ao grego, por judeus e palestinos at poca de Cristo); Grego, a lngua do Novo Testamento. Era o idioma de uso internacional poca de Cristo. 8. A Bblia trata de centenas de temas controversos (aqueles que podem gerar opinies divergentes, quando mencionado ou discutido). Os autores bblicos falaram de centenas de temas controversos, com harmonia e coerncia, desde Gnesis a Apocalipse, revelando uma nica histria: "A redeno do homem por parte de Deus". Assim, o "Paraso Perdido" de Gnesis, se torna o "Paraso Recuperado" do Livro de Apocalipse. Enquanto que o acesso rvore da vida est fechado em Gnesis, encontra-se aberto para todo o sempre em Apocalipse. A grande diversidade dos escritos da Bblia trata de: lei (civil, criminal, tica, ritual, sanitria), histria, poesia religiosa e lrica, textos didticos, parbolas e alegorias, biografia correspondncia pessoal, reminiscncias pessoais, dirios, alm de estilos caracteristicamente bblicos de literaturas profticas e apocalpticas. Por tudo isso a Bblia no uma simples antologia. Existe uma unidade que d coeso ao todo. Uma antologia compilada por um antologista, mas nenhum antologista compilou a Bblia.
Em 1967, autoridades israelense confiscaram o maior de todos os manuscritos do mar Morto de seu proprietrio em Belm. o Manuscrito do Templo, com quase 8,15 metros de comprimento. O documento afirma trazer leis dadas por Deus a Moiss acerca da construo do Templo, seu culto e a conduta do rei. Os proprietrios dos manuscritos provavelmente esperavam colocar em prtica essa leis quando Deus lhes desse a vitria sobre seus inimigos.
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VAMOS LER A BBLIA? A Bblia contm 31.000 versculos e 1.189 captulos. Para sua leitura completa so necessrias 49 horas, a saber, 38 horas para a leitura do Velho Testamento e 11 para o Novo Testamento. Para l-la audivelmente, em velociade normal de fala, so necessrias cerca de 71 horas. Se voc deseja l-la em 1 ano, deve ler apenas 4 captulos por dia.
A BBLIA NO MUNDO
O aramaico, lngua na qual a carta foi escrita, era usado pelos oficiais do rei atravs do Imprio Persa, fato que se reflete na forma em que as cartas do rei persa esto registradas no livro bblico de Esdras.
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2. Em meio s perseguies
Como nenhum outro livro, a Bblia tem suportado os ataques malvolos de seus inimigos. Muitos tm procurado queim-la, proibi-la e torn-la ilegal, desde os dias dos imperadores romanos at os dias de hoje, nos pases dominados pelo comunismo, islamismo, ou pagos radicais. Voltaire, o renomado francs, incrdulo, que morreu em 1778, afirmou que, cem anos depois dele o cristianismo estaria varrido da face da terra e teria passado Histria. Mas aconteceu que, Voltaire passou Histria, ao passo que a circulao da Bblia continua a aumentar em quase todas as partes do mundo, levando bnos aonde quer que v. Por exemplo, a catedral inglesa em Zanzibar encontra-se edificada no local do antigo mercado de escravos, e a Mesa da Comunho est posicionada no exato lugar do pelourinho (coluna de pedra, onde os escravos eram julgados criminosos e condenados)! Algum j expressou com muita propriedade " mais fcil empregar nossos esforos para interromper a trajetria do sol, do que tentar interromper a circulao da Bblia. A respeito da presuno de Voltaire, apenas cinqenta anos depois da sua morte, a Sociedade Bblica de Genebra usou a grfica e a residncia dele para imprimir pilhas de Bblias. Que ironia da Histria! Em 303 A.D. o imperador Diocleciano proclamou um edito para impedir os cristos de adorarem Deus e para destruir as Escrituras. Eusbio registra o edito proclamado 25 anos aps, por Constantino, sucessor de Diocleciano, para que se preparassem 50 cpias das Escrituras s expensas do governo.
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3. Em meio s crticas
Durante dezoito sculos os incrdulos tm refutado e atacado esse livro, e, no entanto, ele est hoje firme como uma rocha. Aumenta sua circulao, mais amado, apreciado e lido do que em qualquer outra poca. Por mais de mil vezes badalaram os "sinos" anunciando a morte da Bblia, formou-se o cortejo fnebre, talhou-se a inscrio na lpide e fez-se a leitura da elegia fnebre. Mas por alguma maneira o cadver nunca permaneceu sepultado. Nenhum outro livro tem sido to atacado, retalhado, vasculhado, examinado e difamado. Que livro de filosofia, religio, psicologia ou literatura do perodo clssico ou moderno, sofreu um ataque to macio como a Bblia? Apesar de todos os ataques, a Bblia amada, lida e estudada por milhes. Crticas, como por exemplo, da "hiptese documental", que argumenta que o Pentateuco no poderia ter sido escrito por Moiss, pois, segundo esses crticos, na poca de Moiss no havia escrita, ruem por terra, pois a arqueologia descobriram o "obelisco negro". Tinha caracteres uniformes e continha as leis de Hamurabi. Era um texto ps-Mosaico? No! Era pr-Mosaico. E no apenas isso, mas era pelo menos trs sculos anteriores a Moiss, o qual supunham que era um homem primitivo e no dispunha de alfabeto. Tambm falharam os defensores da "hiptese documental" quando asseveravam que no existiam heteus na poca de Abrao, pois no existiam outros registros sobre esse povo. Deviam ser um mito. Estavam errados mais uma vez. Fruto da pesquisa arqueolgica, hoje existem centenas de referncias se sobrepondo umas s outras e cobrindo mais de 1200 anos da civilizao dos heteus. Earl Radmacher, presidente do Seminrio Batista Conservador do Oeste, nos Estados Unidos, menciona uma oportunidade em que teve de ouvir Nelson Glueck, um dos trs maiores arquelogos do mundo e que foi reitor do Seminrio Teolgico Judaico, ligado Faculdade Hebraica Unio, da cidade de Cincinnati (tambm nos Estados Unidos). Disse esse arquelogo: "Tenho sido acusado de ensinar a inspirao verbal e plena das Escrituras. Quero que fique bem claro que nunca ensinei tal coisa. Tudo o que sempre tenho dito que em todas as minhas investigaes arqueolgicas jamais encontrei um nico objeto antigo que venha contra dizer qualquer afirmao da Palavra de Deus.
V.
O Alcoro, o Livro dos Mrmons, o Zenda Avesta, os Clssicos de Confcio, todos tiveram influncia no mundo. Estes, porm, conduziram a uma idia apagada de Deus e do pecado, a ponto de ignorlos. A Bblia, porm, tem produzido altos resultados em todas as esferas da vida: na arte, na arquitetura, na literatura, na msica, na poltica, na cincia etc.
1. Profticos
Wilbor Smith, que formou uma biblioteca pessoal de 25.000 volumes, chegou concluso de que "no importa o que algum pense sobre a autoridade do livro que chamamos de Bblia e sobre a mensagem que ele apresenta; o fato que existe uma aceitao generalizada de que, por inmeras razes, esse o livro mais notvel que j foi produzido nestes aproximadamente cinco mil anos em que a raa humana domina a escrita". " o nico volume j produzido pelo homem, ou por um grupo de homens, em que se encontra um grande corpo de profecias a respeito de naes, em particular de Israel, de todos os povos da terra, de certas cidades e daquEle que viria e deveria ser o Messias. O mundo antigo possua
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muitos e diferentes meios para determinar o futuro, o que conhecido como "prognosticao", mas na totalidade da literatura grega e latina, muito embora empreguem as palavras "profetas" e "profecia", no conseguimos encontrar qualquer profecia real e especifica acerca de um grande acontecimento histrico que deveria ocorrer no futuro distante, nem qualquer profecia acerca de um Salvador que iria surgir no meio da raa humana". O Islamismo incapaz de indicar qualquer profecia acerca da vinda de Maom, e que tenha sido pronunciada centenas de anos antes de seu nascimento. De igual modo, os fundadores de quaisquer das seitas existentes no mundo so incapazes de identificar com preciso qualquer texto antigo que tenha predito o surgimento de tal ou tal seita.
2. Histricos
Nos livros bblicos de 1 Samuel at 2 Crnicas encontra-se a histria de Israel, cobrindo cerca de cinco sculos. Certamente o povo de Israel manifesta uma capacidade excepcional para a interpretao da histria, e o Antigo Testamento representa a descrio da histria mais antiga que existe. A tradio nacional hebraica supera todas as outras na maneira clara como descreve a origem tribal e familiar. No Egito e na Babilnia, na Assria e na Fencia, na Grcia e em Roma, procuramos em vo por qualquer coisa parecida. Nada h de semelhante na tradio dos povos germnicos. A ndia e a China tambm no tm algo parecido para apresentar, visto que suas lembranas histricas mais antigas so registros literrios de tradies dinsticas distorcidas, sem que haja meno a criadores de animais ou lavradores que tivessem antecedido o semideus ou rei, com quem esses registros iniciam. Nem nos mais antigos escritos histricos indianos (os Puranas) nem nos primeiros historiadores gregos existe qualquer aluso ao fato de que tanto os indo-arianos como os helenos outrora haviam sido nmades que, vindos do norte, imigraram para as regies onde se instalaram. A bem da verdade, os assrios se lembravam vagamente de seus primeiros lideres, cujos nomes recordavam sem quaisquer detalhes sobre seus feitos, e que haviam habitado em tendas; mas j fazia muito tempo que os assrios tinham se esquecido de onde vieram. A "Tabela das Naes", de Gnesis Cap.10*, um relato histrico surpreendentemente exato. algo absolutamente nico na literatura antiga, sem qualquer paralelo mesmo entre os gregos... 'A Tabela das Naes' permanece sendo um documento surpreendentemente exato... Revela, apesar de toda a complexidade, uma compreenso to notavelmente moderna da situao tnica e lingstica do mundo moderno, que os estudiosos jamais deixam de ficar impressionados com o conhecimento do autor sobre o assunto.
Uma tabuinha de argila mostra o alfabeto da escrita ugartica. Mil e quinhentas tabuinhas que usam esse tipo de escrita j foram descobertas.
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O historiador Philip Schaff descreve de maneira brilhante a singularidade da Bblia ao apresentar a singularidade do Salvador: "Esse Jesus de Nazar, sem dinheiro nem armas, conquistou milhes de pessoas em nmero muito maior do que Alexandre, Csar, Maom e Napoleo; sem o conhecimento e a pesquisa cientfica ele despejou mais luz sobre assuntos materiais e espirituais do que todos os filsofos e cientistas reunidos; sem a eloqncia aprendida nos bancos escolares, ele pronunciou palavras de vida como nunca antes, nem depois foram ditas e provocou resultados que o orador e o poeta no conseguem alcanar; sem ter escrito uma linha, ele ps em ao mais canetas, e forneceu temas para mais sermes, discursos, livros profundos, obras de arte e msica de louvor do que todo o contingente de grandes homens da antigidade e da atualidade". Existem questes complexas no estudo da Bblia, que no tem paralelo com qualquer outra cincia ou ramo do conhecimento humano. A partir dos "pais apostlicos", em 95 A.D., at poca atual corre um largo rio literrio, inspirado pela Bblia. So dicionrios bblicos, enciclopdias bblicas, lxicos bblicos, atlas bblicos e livros de geografia. Pode-se consider-los como ponto de partida. Ento, aleatoriamente, podemos mencionar as enormes bibliografias nos campos de teologia, educao religiosa, hinologia, misses, lnguas bblicas, histria da Igreja, biografia religiosa, devocionrios, comentrios, filosofia da religio, provas do cristianismo, apologtica, e assim por diante, parece ser um nmero interminvel. " prova da importncia dEle, do efeito que Ele tem causado na histria e, presumivelmente, do mistrio desconcertante, provocado por Ele, que nenhuma outra pessoa que viveu neste planeta tenha sido a razo de um volume to grande de literatura entre to grande nmero de povos e lnguas e que, longe de terminar, o nvel da inundao continua subindo".
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EXERCCIOS
1. Fale um pouco sobre a singularidade da Bblia.
(LIO 2)
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6. Qual foi o primeiro livro a ser levado ao espao sideral? De que forma?
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Abreviaturas O sistema usado pela Sociedade Bblica do Brasil o mais indicado pela sua
simplicidade e rapidez. Os livros da Bblia so abreviados com duas letras e sem ponto.Entre captulo e versculo pe-se apenas um ponto. No ndice das bblias editadas pela SBB pode ver-se a lista dos livros assim abreviados. - A primeira letra da abreviatura maiscula. Ex: Jn = Jonas. - Os versculos so separados por vrgulas. Jn 1:3,4. - Os captulos so separados por ponto e vrgula. Jn 1;3 - Usa-se o hfen para indicar o prosseguimento de um captulo ou um versculo a outro. Jn 1:3-6 (Jonas, captulo 1. Versculos 3 a 6 (Jonas, captulo 1 a 3). Exemplos de referncias por esse sistema: 1 Jo 2:4 ( 1 Joo, captulo 2, versculo 4). J 2:4 (J, captulo 2, versculo 4). Jn 2:4 (Jonas, captulo 2, versculo 4) 1 Pe 5:5 (1 Pedro, captulo 5, versculo 5). Fp 1:29 (Filipenses, captulo 1, versculo 29). Fm v. 14 (Filemom, versculo 14).
Pedao de pele muito fina, contendo versculos de xodo e de Deuteronmio em escrita minscula.
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O sistema tradicional adota dois pontos (:) entre captulo e versculo, no tendo padronizao na abreviatura dos livros.
Ttulos dos captulos So preparados pelos editores e nem sempre esto de acordo com o texto.
Serve para, numa rpida passagem, identificar o assunto.
Palavras em itlico So palavras escritas com um tipo de letra diferente. No constam dos
originais, mas so necessrias para complementar o sentido do texto. Em portugus, somente a verso ALMEIDA REVISTA E CORRIGIDA da Imprensa Bblica possui essas palavras. Como exemplo, veja a palavra acerca em Mateus 2:7.
Explicaes nas margens Uma letrinha encontrada ao lado de uma palavra remete margem
onde vai ser encontrado um sinnimo para aquela palavra ou uma explicao que se julgue necessria.
Referncias marginais Um numero pequeno ao lado de uma palavra remete margem onde se
encontram outras referncias. Trata-se de outras passagens bblicas que falam sobre o mesmo assunto.
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I.
b) Contexto. a parte que fica antes e depois do texto que estamos lendo. O contexto pode ser imediato ou remoto. Pode ser um versculo, um captulo ou um livro inteiro, como o caso de Provrbios.
c) Referncias. a conexo direta entre determinado assunto. Alm de indicar o livro, captulo e versculo, a referncia pode levar outras indicaes; depende da clareza que se queira dar, como: Indicao da parte inicial de um versculo: Rm 11:17a Indicao da parte final de um versculo: Rm 11:17b Indicao de versculos que se seguem ou no at o fim do captulo em estudo: Rm 11:17ss Recomendao para no se deixar de ler o texto indicado no momento: qv. Vem da expresso latina quod vide = que veja. Recomendao para que se compare; confira ou confronte o texto indicado: cf Vem do latim confere. Indicao de mais de um versculo: Rm 11: vv 17,18 e 19
d) Inferncia. uma conexo indireta entre assuntos. Uma ilao ou concluso que se faz; deduo pelo raciocnio. Concluir o assunto.
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4. Outras siglas
SBB. Sociedade Bblica do Brasil IBB. Imprensa Bblica Brasileira Gr. Grego
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II.
Conhecemos a Deus, de fato, no primeiramente estudando a Bblia, mas amando-O de todo o corao, crescendo em comunho com Ele (Jo 14:21 - Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda, esse o que me ama; e aquele que me ama ser amado por meu Pai, e eu tambm o amarei e me manifestarei a ele; Jo 14:23 - Respondeu Jesus: Se algum me ama, guardar a minha palavra; e meu Pai o amar, e viremos para ele e faremos nele morada; 1Jo 4:7 - Amados, amemo-nos uns aos outros, porque o amor procede de Deus; e todo aquele que ama nascido de Deus e conhece a Deus.). A Bblia destinada ao corao (para ser amada), e mente (para ser estudada, entendida - Hb 10:16 Esta a aliana que farei com eles, depois daqueles dias, diz o Senhor: Porei no seu corao as minhas leis e sobre a sua mente as inscreverei). nulo o conhecimento espiritual destitudo de f (Hb 4:2 - Porque tambm a ns foram anunciadas as boas-novas, como se deu com eles; mas a palavra que ouviram no lhes aproveitou, visto no ter sido acompanhada pela f naqueles que a ouviram).
Esse um trecho do Comentrio de Habacuque, um dos primeiros manuscritos do mar Morto encontrado. O autor identificou personagens da profecia bblica com pessoas de seu tempo. Nesse trecho, diz o autor que Habacuque 2.15 refere-se ap "mpio sacerdote que perseguiu mestre da justia para engoli-lo".
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EXERCCIOS
1. Como ficou definida a diviso da Bblia?
(LIO 3)
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2. Quais so as informaes necessrias para consultar a Bblia? Explique o que cada uma indica.
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3. O que significam as siglas a.C, d.C, A.D., ARC, ARA, Gr., Heb e Aram.
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I.
1Pe 3:15 - ...santificai a Cristo, como Senhor, em vossos coraes, estando sempre preparados para responder aquele que vos pedir a razo da esperana que h em vs. (Esse tipo de preparo vem pelo estudo das Escrituras). 2Tm 2:15 - ...Procura apresentar-te a Deus, aprovado, como obreiro que no tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade. Is 34:16 - Buscai o livro do Senhor, e lede; nenhuma destas criaturas falhar, nem uma nem outra faltar; porque a boca do Senhor o ordenou, e o seu Esprito mesmo as ajuntar. Sl 119:130 - A revelao das tuas palavras esclarece, e d entendimento aos simples.
O estudo destes versculos nos conduz a dois pontos de suma importncia, que so:
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*Ef 6:17 - Tomai tambm o capacete da salvao e a espada do Esprito, que a palavra de Deus.
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d) Ela enriquece espiritualmente a vida do cristo (Sl 119:72*) Essas riquezas vem pela revelao do Esprito, primeiramente. (Ef 1:17 - para que o Deus de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai da glria, vos conceda esprito de sabedoria e de revelao no pleno conhecimento dele) A pessoa que procurar entender a Bblia somente atravs da capacidade intelectual, muito cedo desistir da leitura. S o Esprito de Deus conhece as coisas de Deus (1Co 2:10 - Mas Deus no-lo revelou pelo Esprito; porque o Esprito a todas as coisas perscruta, at mesmo as profundezas de Deus). Um renomeado expositor cristo informa que h 32.000 promessas na Bblia toda! Pense que fonte de riqueza h a! Entre as riquezas derivadas da Bblia est a formao do carter ideal, bem como a formao da vida crist. a Bblia a melhor diretriz de conduta humana; a melhor formadora de carter. Os princpios que modelam nossa vida devem proceder dela. A falta de correta e pronta orientao espiritual, dentro da Palavra de Deus, especialmente quanto a novos convertidos, tem resultado em inmeras vidas desequilibradas e doentias pelo resto da existncia, as quais s um milagre de Deus pode reajustar. A Bblia a revelao de Deus humanidade. Tudo que Deus tem para o homem e requer do homem, e tudo que o homem precisa saber espiritualmente da parte de Deus, quanto a sua redeno, conduta crist e felicidade eterna, est revelado na Bblia. Tudo o que o homem tem a fazer tomar O Livro e apropriar-se dele pela f. O autor da Bblia Deus, seu real interprete o Esprito Santo, e seu tema central o Senhor Jesus Cristo.
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tempo decorrido, tendes, novamente, necessidade de algum que vos ensine, de novo, quais so os princpios elementares dos orculos de Deus; assim, vos tornastes como necessitados de leite e no de alimento slido; Mc 4:33 - E com muitas parbolas semelhantes lhes expunha a palavra, conforme o permitia a capacidade dos ouvintes). de admirar haver pessoas que acham tempo para ler, ouvir e ver tudo, menos a Palavra de Deus. Resultado: comem tanto outras coisas que perdem o apetite pelas coisas de Deus.
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EXERCCIOS
(LIO 4)
3. Transcreva os Quatro textos sobre a necessidade do estudo das Escrituras e procure decor-los.
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LIO 5 REVELAO
Definio
a operao divina que comunica ao homem fatos que a razo humana insuficiente para conhecer. , portanto a operao divina que comunica a verdade de Deus ao homem. Deus falando aos homens. (1Co 2:10 - Mas Deus no-lo revelou pelo Esprito; porque o Esprito a todas as coisas perscruta, at mesmo as profundezas de Deus).
I.
PROVAS DA REVELAO
O diabo foi o primeiro ser a pr em dvida a existncia da revelao: assim que Deus disse? (Gn 3:1 - Mas a serpente, mais sagaz que todos os animais selvticos que o SENHOR Deus tinha feito, disse mulher: assim que Deus disse: No comereis de toda rvore do jardim?). Mas a Bblia a Palavra de Deus. Vejamos alguns argumentos:
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mandamento do SENHOR puro e ilumina os olhos. O temor do SENHOR lmpido e permanece para sempre; os juzos do SENHOR so verdadeiros e todos igualmente, justos. So mais desejveis do que ouro, mais do que muito ouro depurado; e so mais doces do que o mel e o destilar dos favos. Alm disso, por eles se admoesta o teu servo; em os guardar, h grande recompensa. Quem h que possa discernir as prprias faltas? Absolve-me das que me so ocultas. Tambm da soberba guarda o teu servo, que ela no me domine; ento, serei irrepreensvel e ficarei livre de grande transgresso. As palavras dos meus lbios e o meditar do meu corao sejam agradveis na tua presena, SENHOR, rocha minha e redentor meu!). 2. Pela providncia (Rm 8:28 - Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que so chamados segundo o seu propsito.; At 14:15-17 - Senhores, por que fazeis isto? Ns tambm somos homens como vs, sujeitos aos mesmos sentimentos, e vos anunciamos o evangelho para que destas coisas vs vos convertais ao Deus vivo, que fez o cu, a terra, o mar e tudo o que h neles; o qual, nas geraes passadas, permitiu que todos os povos andassem nos seus prprios caminhos; contudo, no se deixou ficar sem testemunho de si mesmo, fazendo o bem, dando-vos do cu chuvas e estaes frutferas, enchendo o vosso corao de fartura e de alegria.). 3. Pela preservao do universo (Cl 1:17 - Ele antes de todas as coisas. Nele, tudo subsiste; Hb 1:3 - Ele, que o resplendor da glria e a expresso exata do seu Ser, sustentando todas as coisas pela palavra do seu poder, depois de ter feito a purificao dos pecados, assentou-se direita da Majestade, nas alturas; At 17:25 - Nem servido por mos humanas, como se de alguma coisa precisasse; pois ele mesmo quem a todos d vida, respirao e tudo mais; At 17:28 - pois nele vivemos, e nos movemos, e existimos, como alguns dos vossos poetas tm dito: Porque dele tambm somos gerao). 4. Atravs de milagres (Jo 2:11 - Com este, deu Jesus princpio a seus sinais em Can da Galilia; manifestou a sua glria, e os seus discpulos creram nele., Ex. 4:1-9 - Respondeu Moiss: Mas eis que no crero, nem acudiro minha voz, pois diro: O SENHOR no te apareceu. Perguntou-lhe o SENHOR: Que isso que tens na mo? Respondeu-lhe: Um bordo. Ento, lhe disse: Lana -o na terra. Ele o lanou na terra, e o bordo virou uma serpente. E Moiss fugia dela. Disse o SENHOR a Moiss: Estende a mo e pega-lhe pela cauda (estendeu ele a mo, pegou-lhe pela cauda, e ela se tornou em bordo); para que creiam que te apareceu o SENHOR, Deus de seus pais, o Deus de Abrao, o Deus de Isaque e o Deus de Jac. Disse-lhe mais o SENHOR: Mete, agora, a mo no peito. Ele o fez; e, tirando -a, eis que a mo estava leprosa, branca como a neve. Disse ainda o SENHOR: Torna a meter a mo no peito. Ele a meteu no peito, novamente; e, quando a tirou, eis que se havia tornado como o restante de sua carne. Se eles te no crerem, nem atenderem evidncia do primeiro sinal, talvez crero na evidncia do segundo. Se nem ainda crerem mediante estes dois sinais, nem te ouvirem a voz, tomars das guas do rio e as derramars na terra seca; e as guas que do rio tomares tornar-seo em sangue sobre a terra.). 5. Por comunicao direta (At 22:17-21 - Tendo eu voltado para Jerusalm, enquanto orava no templo, sobreveio-me um xtase, e vi aquele que falava comigo: Apressa-te e sai logo de Jerusalm, porque no recebero o teu testemunho a meu respeito. Eu disse: Senhor, eles bem sabem que eu encerrava em priso e, nas sinagogas, aoitava os que criam em ti. Quando se derramava o sangue de Estvo, tua testemunha, eu tambm estava presente, consentia nisso e at guardei as vestes dos que o matavam. Mas ele me disse: Vai, porque eu te enviarei para longe, aos gentios; Nm 12:8 - 8 Boca a boca falo com ele, claramente e no por enigmas; pois ele v a forma do SENHOR; como, pois, no temestes falar contra o meu servo, contra Moiss?; Dt 34:10 - Nunca mais se levantou em Israel profeta algum como Moiss, com quem o SENHOR houvesse tratado face a face).
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6. Atravs de Encarnao (Jo 1:14 - E o Verbo se fez carne e habitou entre ns, cheio de graa e de verdade, e vimos a sua glria, glria como do unignito do Pai; Hb 1:1 - Havendo Deus, outrora, falado, muitas vezes e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas; Jo 8:26 - Muitas coisas tenho para dizer a vosso respeito e vos julgar; porm aquele que me enviou verdadeiro, de modo que as coisas que dele tenho ouvido, essas digo ao mundo; Jo 15:15 - J no vos chamo servos, porque o servo no sabe o que faz o seu senhor; mas tenho-vos chamado amigos, porque tudo quanto ouvi de meu Pai vos tenho dado a conhecer). 7. Atravs da Bblia (1Jo 5:9-12 - Se admitimos o testemunho dos homens, o testemunho de Deus maior; ora, este o testemunho de Deus, que ele d acerca do seu Filho. Aquele que cr no Filho de Deus tem, em si, o testemunho. Aquele que no d crdito a Deus o faz mentiroso, porque no cr no testemunho que Deus d acerca do seu Filho. E o testemunho este: que Deus nos deu a vida eterna; e esta vida est no seu Filho. Aquele que tem o Filho tem a vida; aquele que no tem o Filho de Deus no tem a vida.).
Sua superioridade. Ela superior a qualquer outro livro do mundo. O mundo, com sua sabedoria e vasto acmulo de conhecimento nunca foi capaz de produzir um livro que chegue perto de se comparar a Bblia. um livro honesto, pois revela fatos sobre a corrupo humana, fatos que a natureza humana teria interesse em acobertar.
3. Sua influncia. O Alcoro, o Livro dos Mrmons, o Zenda Avesta, os Clssicos de Confncio, todos tiveram influncia no mundo. Estes, porm, conduziram a uma idia apagada de Deus e do pecado, a ponto de ignor-los. A Bblia, porm, tem produzido altos resultados em todas as esferas da vida: na arte, na arquitetura, na literatura, na msica, na poltica, na cincia etc. 4. Argumento da Analogia: Os animais inferiores expressam com suas vozes seus diferentes sentimentos. Entre os racionais existe uma presena correspondente, existe comunicao direta de um para o outro, uma revelao de pensamentos e sentimentos. Consequentemente de se esperar que exista, por analogia da natureza, uma revelao direta de Deus para com o homem. Sendo o homem criado Sua imagem, natural supor que o Criador sustente relao pessoal com Suas criaturas racionais.
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5. Argumento da Experincia: O homem incapaz por sua prpria fora descobrir que: 1. 2. 3. 4. Precisa ser salvo. Pode ser salvo. Como pode ser salvo. Se h salvao.
Somente a revelao pode desvendar estes mistrios eternos. A experincia do homem tem demonstrado que a tendncia da natureza humana degenerar-se e seu caminho ascendente se sustm unicamente quando voltado para cima em comunicao direta com a revelao de Deus.
6. Argumento da Profecia Cumprida: Muitas profecias a respeito de Cristo se cumpriram integralmente, sendo que a mais prxima do primeiro advento, foi pronunciada 165 anos antes de seu cumprimento. As profecias a respeito da disperso de Israel tambm, se cumpriram (Dt 28*; Jr 15:4 - Entreglos-ei para que sejam um espetculo horrendo para todos os reinos da terra; por causa de Manasss, filho de Ezequias, rei de Jud, por tudo quanto fez em Jerusalm; Jr l6:13 - Portanto, lanar-vos-ei fora desta terra, para uma terra que no conhecestes, nem vs nem vossos pais, onde servireis a outros deuses, de dia e de noite, porque no usarei de misericrdia para convosco.; Os 3:4 - Porque os filhos de Israel ficaro por muitos dias sem rei, sem prncipe, sem sacrifcio, sem coluna, sem estola sacerdotal ou dolos do lar, etc); Da conquista de Samaria e preservao de Jud (Is 7:6-8 - Subamos contra Jud, e amedrontemolo, e o conquistemos para ns, e faamos reinar no meio dele o filho de Tabeal. Assim diz o SENHOR Deus: Isto no subsistir, nem tampouco acontecer. Mas a capital da Sria ser Damasco, e o cabea de Damasco, Rezim, e dentro de sessenta e cinco anos Efraim ser destrudo e deixar de ser povo; Os 1:6,7 - Tornou ela a conceber e deu luz uma filha. Disse o SENHOR a Osias: Pe-lhe o nome de Desfavorecida, porque eu no mais tornarei a favorecer a casa de Israel, para lhe perdoar. Porm da casa de Jud me compadecerei e os salvarei pelo SENHOR, seu Deus, pois no os salvarei pelo arco, nem pela espada, nem pela guerra, nem pelos cavalos, nem pelos cavaleiros; 1Rs 14:15 - Tambm o SENHOR ferir a Israel para que se agite como a cana se agita nas guas; arrancar a Israel desta boa terra que dera a seus pais e o espalhar para alm do Eufrates, porquanto fez os seus postes-dolos, provocando o SENHOR ira). Do cativeiro babilnico sobre Jud e Jerusalm (Is 39:6 - Eis que viro dias em que tudo quanto houver em tua casa, com o que entesouraram teus pais at ao dia de hoje, ser levado para a Babilnia; no ficar coisa alguma, disse o SENHOR; Jr 25:9-12 - eis que mandarei buscar todas as tribos do Norte, diz o SENHOR, como tambm a Nabucodonosor, rei da Babilnia, meu servo, e os trarei contra esta terra, contra os seus moradores e contra todas estas naes em redor, e os destruirei totalmente, e os porei por objeto de espanto, e de assobio, e de runas perptuas. Farei cessar entre eles a voz de folguedo e a de alegria, e a voz do noivo, e a da noiva, e o som das ms, e a luz do candeeiro. Toda esta terra vir a ser um deserto e um espanto; estas naes serviro ao rei da Babilnia setenta anos. Acontecer, porm, que, quando se cumprirem os setenta anos, castigarei a iniqidade do rei da Babilnia e a desta nao, diz o SENHOR, como tambm a da terra dos caldeus; farei deles runas perptuas).
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Sobre a destruio final de Samaria (Mq 1:6-9 - Por isso, farei de Samaria um monto de pedras do campo, uma terra de plantar vinhas; farei rebolar as suas pedras para o vale e descobrirei os seus fundamentos. Todas as suas imagens de escultura sero despedaadas, e todos os salrios de sua impureza sero queimados, e de todos os seus dolos eu farei uma runa, porque do preo da prostituio os ajuntou, e a este preo volvero. Por isso, lamento e uivo; ando despojado e nu; fao lamentaes como de chacais e pranto como de avestruzes. Porque as suas feridas so incurveis; o mal chegou at Jud; estendeu-se at porta do meu povo, at Jerusalm.). Sobre a restaurao de Jerusalm (Jr 29:10-14 a.C., de argila coberta - Assim diz o SENHOR: Logo que se Datada no asculo VIIprimeiraesta tabuinhaassria da Epopia de inscries, dcima da verso de cumprirem para a Babilnia setenta anos, Gilgams, contm o relato babilnico do dilvio. atentarei para vs outros e cumprirei para convosco a minha boa palavra, tornando a trazer-vos para este lugar. Eu que sei que pensamentos tenho a vosso respeito, diz o SENHOR; pensamentos de paz e no de mal, para vos dar o fim que desejais. Ento, me invocareis, passareis a orar a mim, e eu vos ouvirei. Buscar-meeis e me achareis quando me buscardes de todo o vosso corao. Serei achado de vs, diz o SENHOR, e farei mudar a vossa sorte; congregar-vos-ei de todas as naes e de todos os lugares para onde vos lancei, diz o SENHOR, e tornarei a trazer-vos ao lugar donde vos mandei para o exlio), etc. 7. Reivindicaes da Prpria Escritura: A prpria Bblia expressa sua infalibilidade, reivindicando autoridade. Nenhum outro livro ousa faz-lo. Encontramos essa reivindicao nas seguintes expresses: Disse o Senhor a Moiss (Ex 14:1,15,26; 16:4; 25:1; Lv.1:1; 4:1; 11:1; Nm 4:1; 13:1; Dt 32:48) O Senhor quem fala (Is 1:2); Disse o Senhor a Isaas (Is 7:3); Assim diz o Senhor (Is.43:1). Outras expresses semelhantes so encontradas: Palavra que veio a Jeremias da parte do Senhor (Jr 11:1); Veio expressamente a Palavra do Senhor a Ezequiel (Ez 1:3); Palavra do Senhor que foi dirigida a Osias (Os 1:1); Palavra do Senhor que foi dirigida a Joel (Jl 1:1), etc. Expresses como estas so encontradas mais de 3.800 vezes no Velho Testamento. Portanto o A.T. afirma ser a revelao de Deus, e essa mesma reivindicao faz o Novo Testamento (1Co 14:37 - Se algum se considera profeta ou espiritual, reconhea ser mandamento do Senhor o que vos escrevo; 1Ts 2:13 - Outra razo ainda temos ns para, incessantemente, dar graas a Deus: que, tendo vs recebido a palavra que de ns ouvistes, que de Deus, acolhestes no como palavra de homens, e sim como, em verdade , a palavra de Deus, a qual, com efeito, est operando eficazmente em vs, os que credes; 1Jo 5:10 - Aquele que cr no Filho de Deus tem, em si, o testemunho. Aquele que no d crdito a Deus o faz mentiroso, porque no cr no testemunho que Deus d acerca do seu Filho; 2Pe 3:2 - para que vos recordeis das palavras que, anteriormente, foram ditas pelos santos profetas, bem como do mandamento do Senhor e Salvador, ensinado pelos vossos apstolos).
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EXERCCIOS
1. Escreva com suas palavras sobre a Revelao.
(LIO 5)
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LIO 6 INSPIRAO
Definio
a operao divina que influenciou os escritores bblicos, capacitando-os a receber a mensagem divina, e que os moveu a transcrev-la com exatido, impedindo-os de cometerem erros e omisses, de modo que ela recebeu autoridade divina e infalvel, garantindo a exata transferncia da verdade revelada de Deus para a linguagem humana inteligvel (2Co 10:13 Ns, porm, no nos gloriaremos sem medida, mas respeitamos o limite da esfera de ao que Deus nos demarcou e que se estende at vs; 2Tm 3:16 - Toda a Escritura inspirada por Deus e til para o ensino, para a repreenso, para a correo, para a educao na justia; 2Pe 1:20,21 - sabendo, primeiramente, isto: que nenhuma profecia da Escritura provm de particular elucidao; porque nunca jamais qualquer profecia foi dada por vontade humana; entretanto, homens santos falaram da parte de Deus, movidos pelo Esprito Santo).
I.
1. Natural ou Intuio
Afirma que a inspirao simplesmente um discernimento superior das verdades moral e religiosa por parte do homem natural. Assim como tem havido artistas, msicos e poetas excepcionais, que produziram obras de arte que nunca foram superadas, tambm em relao as Escrituras houve homens excepcionais com viso espiritual que, por causa de seus dons naturais, foram capazes de escrever as Escrituras. Esta a noo mais baixa de inspirao, pois enfatiza a autoria humana a ponto de excluir a autoria divina. Esta teoria foi defendida pelos pelagianos e unitarianos.
2. Mstica ou iluminativa
Afirma que inspirao simplesmente uma intensificao e elevao das percepes religiosas do crente. Cada crente tem sua iluminao at certo ponto, mas alguns tm mais do que outros. Se esta teoria fosse verdadeira, qualquer cristo em qualquer tempo, atravs da energia divina especial, poderia escrever as Escrituras. Schleiermacher foi quem disseminou esta teoria. Para ele inspirao "um despertamento e excitamento da conscincia religiosa, diferente em grau e no em espcie da inspirao piedosa ou sentimentos intuitivos dos homens santos". Lutero, Neander, Tholuck, Cremer, F.W.Robertson, J.F.Clarke e G.T.Ladd defendiam esta teoria, segundo Strong.
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3. Mecnica ou da ditao
Afirma que os escritores bblicos foram meros instrumentos (amanuenses), no seres cujas personalidades foram preservadas. Se Deus tivesse ditado as Escrituras, o seu estilo seria uniforme. Teria a dico e o vocabulrio do divino Autor, livre das idiossincrasias dos homens (Rm 9:1-3 - Digo a verdade em Cristo, no minto, testemunhando comigo, no Esprito Santo, a minha prpria conscincia: tenho grande tristeza e incessante dor no corao; porque eu mesmo desejaria ser antema, separado de Cristo, por amor de meus irmos, meus compatriotas, segundo a carne; 2Pe 3:15,16 - e tende por salvao a longanimidade de nosso Senhor, como igualmente o nosso amado irmo Paulo vos escreveu, segundo a sabedoria que lhe foi dada, ao falar acerca destes assuntos, como, de fato, costuma fazer em todas as suas epstolas, nas quais h certas coisas difceis de entender, que os ignorantes e instveis deturpam, como tambm deturpam as demais Escrituras, para a prpria destruio deles). Na verdade o autor humano recebeu plena liberdade de ao para a sua autoria, escrevendo com seus prprios sentimentos, estilo e vocabulrio, mas garantiu a exatido da mensagem suprema com tanta perfeio como se ela tivesse sido ditada por Deus. No h nenhuma insinuao de que Deus tenha ditado qualquer mensagem a um homem alm daquela que Moiss transcreveu no monte santo, pois Deus usa e no anula as suas vontades. Esta teoria, portanto, enfatiza sobremaneira a autoria divina a ponto de excluir a autoria humana.
4. Parcial ou Dinmica
Somente o no conhecvel foi inspirado (e.g, criao, conceitos espirituais) Afirma que Deus forneceu a capacidade necessria para a confivel transmisso da verdade que os escritores das Escrituras receberam ordem de comunicar. Isto os tornou infalveis em questes de f e prtica, mas no nas coisas que no so de natureza imediatamente religiosa, isto , a inspirao atinge apenas os ensinamentos e preceitos doutrinrios, as verdades desconhecidas dos autores humanos. Esta teoria tem muitas falhas: Ela no explica como os escritores bblicos poderiam mesclar seus conhecimentos sobrenaturais ao registrarem uma sentena, e serem rebaixados a um nvel inferior ao relatarem um fato de modo natural. Ela no fornece a psicologia daquele estado de esprito que deveria envolver os escritores bblicos ao se pronunciarem infalivelmente sobre matrias de doutrina, enquanto se desviam a respeito dos fatos mais simples da histria. Ela no analisa a relao existente entre as mentes divina e humana, que produz tais resultados. Ela no distingue entre coisas que so essenciais f e a pratica e quelas que no so. Erasmo, Grotius, Baxter, Paley, Doellinger e Strong compartilham desta teoria.
5. Conceitual
Esta teoria pressupe pensamentos parte das palavras, atravs da qual Deus teria transmitido idias, mas deixou o autor humano livre para express-las em sua prpria linguagem. Mas idias no so transferveis por nenhum outro modo alm das palavras. Esta teoria ignora a importncia das palavras em qualquer mensagem. Muitas passagens bblicas dependem de uma das palavras usadas para a sua fora e valor. O estudo exegtico das Escrituras nas lnguas originais um estudo de palavras, para que o conceito possa ser alcanado atravs das palavras, e no para que palavras sem importncia representem um conceito. A Bblia sempre enfatiza suas palavras e no um simples conceito (1Co 2:13Disto tambm falamos, no em palavras ensinadas pela sabedoria humana, mas ensinadas pelo Esprito, conferindo coisas espirituais com espirituais; . Jo 6:63 - O esprito o que vivifica; a carne para nada aproveita; as palavras que eu vos tenho dito so esprito e so vida; Jo 17:8 - porque eu lhes tenho transmitido as palavras que me deste, e eles as receberam, e verdadeiramente conheceram que sa de ti, e creram que tu me enviaste; Ex 20:1 - Ento, falou Deus todas estas palavras; Gl 3:16 - Ora, as promessas foram feitas a Abrao e ao seu descendente. No diz: E aos descendentes, como se falando de muitos, porm como de um s: E ao teu descendente, que Cristo).
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6. Gradual
Esta teoria alega que algumas partes da Bblia so mais inspiradas do que outras. Embora ela reconhea as duas autorias, d margem a especulao fantasiosa.
7. Neo-ortodoxa
Autores humanos s poderiam produzir um registro falvel.
8. Verbal e plenria
o poder inexplicvel do Esprito Santo agindo sobre os escritores das Sagradas Escrituras, para orient-los (conduz-los) na transcrio do registro bblico, quer seja atravs de observaes pessoais, fontes orais ou verbais, ou atravs de revelao divina direta, preservando-os de erros e omisses, abrangendo as palavras em gnero, nmero, tempo, modo e voz, preservando, desse modo, a inerrncia das Escrituras, e dando a ela autoridade divina. Esta a verdadeira doutrina e significa que cada palavra (verbal) e todas as palavras (plenria) foram inspiradas no sentido da definio acima.
9. falvel
Uma teoria, que vem ganhando popularidade, de que a Bblia inspirada, mas no isenta de erros.
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3. Ordens especficas para escrever a Palavra do Senhor (Ex 17:14 - Ento, disse o SENHOR a Moiss: Escreve isto para memria num livro e repete-o a Josu; porque eu hei de riscar totalmente a memria de Amaleque de debaixo do cu; Jr 30:2 - Assim fala o SENHOR, Deus de Israel: Escreve num livro todas as palavras que eu disse). 4. O uso de citaes (Mt 15:4 - Porque Deus ordenou: Honra a teu pai e a tua me; e: Quem maldisser a seu pai ou a sua me seja punido de morte; At 28:25 - E, havendo discordncia entre eles, despediram-se, dizendo Paulo estas palavras: Bem falou o Esprito Santo a vossos pais, por intermdio do profeta Isaas, quando disse:). 5. O uso que Jesus fez do Antigo Testamento (Mt 5:17 - No penseis que vim revogar a Lei ou os Profetas; no vim para revogar, vim para cumprir; Jo 10:35 - Se ele chamou deuses queles a quem foi dirigida a palavra de Deus, e a Escritura no pode falhar). 6. O N.T. afirma que outras partes do N.T. so Escritura (1Tm 5:18 - Pois a Escritura declara: No amordaces o boi, quando pisa o trigo. E ainda: O trabalhador digno do seu salrio; 2Pe 3:16 ao falar acerca destes assuntos, como, de fato, costuma fazer em todas as suas epstolas, nas quais h certas coisas difceis de entender, que os ignorantes e instveis deturpam, como tambm deturpam as demais Escrituras, para a prpria destruio deles). 7. Os escritores estavam conscientes de estarem escrevendo a Palavra de Deus (1Co 2:13 - Disto tambm falamos, no em palavras ensinadas pela sabedoria humana, mas ensinadas pelo Esprito, conferindo coisas espirituais com espirituais; 1Pe 1:11,12 - investigando, atentamente, qual a ocasio ou quais as circunstncias oportunas, indicadas pelo Esprito de Cristo, que neles estava, ao dar de antemo testemunho sobre os sofrimentos referentes a Cristo e sobre as glrias que os seguiriam. A eles foi revelado que, no para si mesmos, mas para vs outros, ministravam as coisas que, agora, vos foram anunciadas por aqueles que, pelo Esprito Santo enviado do cu, vos pregaram o evangelho, coisas essas que anjos anelam perscrutar).
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EXERCCIOS
1. Defina o que inspirao.
(LIO 6)
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LIO 7 ILUMINAO
a influncia ou ministrio do Esprito Santo que capacita todos os que esto num relacionamento correto com Deus para entender as Escrituras (1Cor 2:12 - Ora, ns no temos recebido o esprito do mundo, e sim o Esprito que vem de Deus, para que conheamos o que por Deus nos foi dado gratuitamente; Lc 24:32 - E disseram um ao outro: Porventura, no nos ardia o corao, quando ele, pelo caminho, nos falava, quando nos expunha as Escrituras?; Lc 24:45 - Ento, lhes abriu o entendimento para compreenderem as Escrituras; 1Jo 2:27). A iluminao no inclui a responsabilidade de acrescentar algo s Escrituras (revelao) e nem inclui uma transmisso infalvel na linguagem (inspirao) daquele que o Espirito Santo ensina. A iluminao diferenciada da revelao e da inspirao no fato de ser prometida a todos os crentes, pois no depende de escolha soberana, mas de ajustamento pessoal ao Espirito Santo. Alm disso, a iluminao admite graus podendo aumentar ou diminuir (Ef 1:16-18 - no cesso de dar graas por vs, fazendo meno de vs nas minhas oraes, para que o Deus de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai da glria, vos conceda esprito de sabedoria e de revelao no pleno conhecimento dele, iluminados os olhos do vosso corao, para saberdes qual a esperana do seu chamamento, qual a riqueza da glria da sua herana nos santos; Ef 4:23 - e vos renoveis no esprito do vosso entendimento,; Cl 1:9 - Por esta razo, tambm ns, desde o dia em que o ouvimos, no cessamos de orar por vs e de pedir que transbordeis de pleno conhecimento da sua vontade, em toda a sabedoria e entendimento espiritual;). A iluminao no se limita a questes comuns, mas pode atingir as coisas profundas de Deus (1Co 2:10 - Mas Deus no-lo revelou pelo Esprito; porque o Esprito a todas as coisas perscruta, at mesmo as profundezas de Deus.) porque o Mestre Divino est no corao do crente e, portanto, ele no houve uma voz falando de fora e em determinados momentos, mas a mente e o corao so sobrenaturalmente despertados de dentro (1Co 2:16 - Pois quem conheceu a mente do Senhor, que o possa instruir? Ns, porm, temos a mente de Cristo.). Este despertamento do Esprito pode ser prejudicado pelo pecado, pois dito que o cristo que espiritual discerne todas as coisas (1Co 2:15 Porm o homem espiritual julga todas as coisas, mas ele mesmo no julgado por ningum.), ao passo que aquele que carnal no pode receber as verdades mais profundas de Deus que so comparadas ao alimento slido (1Co 3:1-3 - Eu, porm, irmos, no vos pude falar como a espirituais, e sim como a carnais, como a crianas em Cristo. Leite vos dei a beber, no vos dei alimento slido; porque ainda no podeis suport-lo. Nem ainda agora podeis, porque ainda sois carnais. Porquanto, havendo entre vs cimes e contendas, no assim que sois carnais e andais segundo o homem?; Hb 5:12-14 - Pois, com efeito, quando deveis ser mestres, atendendo ao tempo decorrido, tendes, novamente, necessidade de algum que vos ensine, de novo, quais so os princpios elementares dos orculos de Deus; assim, vos tornastes como necessitados de leite e no de alimento slido. Ora, todo aquele que se alimenta de leite inexperiente na palavra da justia, porque criana. Mas o alimento slido para os adultos, para aqueles que, pela prtica, tm as suas faculdades exercitadas para discernir no somente o bem, mas tambm o mal).
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A iluminao, a inspirao e a revelao esto estritamente ligadas, porm podem ser independentes, pois h: Inspirao sem revelao (Lc 1:1-3 - Visto que muitos houve que empreenderam uma narrao coordenada dos fatos que entre ns se realizaram, conforme nos transmitiram os que desde o princpio foram deles testemunhas oculares e ministros da palavra, igualmente a mim me pareceu bem, depois de acurada investigao de tudo desde sua origem, dar-te por escrito, excelentssimo Tefilo, uma exposio em ordem; 1Jo 1:1-4 - O que era desde o princpio, o que temos ouvido, o que temos visto com os nossos prprios olhos, o que contemplamos, e as nossas mos apalparam, com respeito ao Verbo da vida (e a vida se manifestou, e ns a temos visto, e dela damos testemunho, e vola anunciamos, a vida eterna, a qual estava com o Pai e nos foi manifestada), o que temos visto e ouvido anunciamos tambm a vs outros, para que vs, igualmente, mantenhais comunho conosco. Ora, a nossa comunho com o Pai e com seu Filho, Jesus Cristo. Estas coisas, pois, vos escrevemos para que a nossa alegria seja completa). Inspirao com revelao (Ap 1:1-11 - Revelao de Jesus Cristo, que Deus lhe deu para mostrar aos seus servos as coisas que em breve devem acontecer e que ele, enviando por intermdio do seu anjo, notificou ao seu servo Joo, o qual atestou a palavra de Deus e o testemunho de Jesus Cristo, quanto a tudo o que viu. Bem-aventurados aqueles que lem e aqueles que ouvem as palavras da profecia e guardam as coisas nela escritas, pois o tempo est prximo. Joo, s sete igrejas que se encontram na sia, graa e paz a vs outros, da parte daquele que , que era e que h de vir, da parte dos sete Espritos que se acham diante do seu trono e da parte de Jesus Cristo, a Fiel Testemunha, o Primognito dos mortos e o Soberano dos reis da terra. quele que nos ama, e, pelo seu sangue, nos libertou dos nossos pecados, e nos constituiu reino, sacerdotes para o seu Deus e Pai, a ele a glria e o domnio pelos sculos dos sculos. Amm! Eis que vem com as nuvens, e todo olho o ver, at quantos o traspassaram. E todas as tribos da terra se lamentaro sobre ele. Certamente. Amm! Eu sou o Alfa e mega, diz o Senhor Deus, aquele que , que era e que h de vir, o Todo-Poderoso. Eu, Joo, irmo vosso e companheiro na tribulao, no reino e na perseverana, em Jesus, achei-me na ilha chamada Patmos, por causa da palavra de Deus e do testemunho de Jesus. Achei-me em esprito, no dia do Senhor, e ouvi, por detrs de mim, grande voz, como de trombeta, dizendo: O que vs escreve em livro e manda s sete igrejas: feso, Esmirna, Prgamo, Tiatira, Sardes, Filadlfia e Laodicia.). Inspirao sem iluminao (1Pe 1:10-12 - Foi a respeito desta salvao que os profetas indagaram e inquiriram, os quais profetizaram acerca da graa a vs outros destinada, investigando, atentamente, qual a ocasio ou quais as circunstncias oportunas, indicadas pelo Esprito de Cristo, que neles estava, ao dar de antemo testemunho sobre os sofrimentos referentes a Cristo e sobre as glrias que os seguiriam. A eles foi revelado que, no para si mesmos, mas para vs outros, ministravam as coisas que, agora, vos foram anunciadas por aqueles que, pelo Esprito Santo enviado do cu, vos pregaram o evangelho, coisas essas que anjos anelam perscrutar.). Iluminao sem inspirao (Ef 1:18 - iluminados os olhos do vosso corao, para saberdes qual a esperana do seu chamamento, qual a riqueza da glria da sua herana nos santos). Iluminao sem revelao (1Co 2:12 - Ora, ns no temos recebido o esprito do mundo, e sim o Esprito que vem de Deus, para que conheamos o que por Deus nos foi dado gratuitamente; Jd 3 Amados, quando empregava toda a diligncia em escrever-vos acerca da nossa comum salvao, foi que me senti obrigado a corresponder-me convosco, exortando-vos a batalhardes, diligentemente, pela f que uma vez por todas foi entregue aos santos.);
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Revelao sem iluminao (1Pe 1:10-12 - Foi a respeito desta salvao que os profetas indagaram e inquiriram, os quais profetizaram acerca da graa a vs outros destinada, investigando, atentamente, qual a ocasio ou quais as circunstncias oportunas, indicadas pelo Esprito de Cristo, que neles estava, ao dar de antemo testemunho sobre os sofrimentos referentes a Cristo e sobre as glrias que os seguiriam. A eles foi revelado que, no para si mesmos, mas para vs outros, ministravam as coisas que, agora, vos foram anunciadas por aqueles que, pelo Esprito Santo enviado do cu, vos pregaram o evangelho, coisas essas que anjos anelam perscrutar.) Revelao sem inspirao (Ap 10:3,4 - e bradou em grande voz, como ruge um leo, e, quando bradou, desferiram os sete troves as suas prprias vozes. Logo que falaram os sete troves, eu ia escrever, mas ouvi uma voz do cu, dizendo: Guarda em segredo as coisas que os sete troves falaram e no as escrevas.; Ex.20:1-22 - Ento, falou Deus todas estas palavras: Eu sou o SENHOR, teu Deus, que te tirei da terra do Egito, da casa da servido. No ters outros deuses diante de mim. No fars para ti imagem de escultura, nem semelhana alguma do que h em cima nos cus, nem embaixo na terra, nem nas guas debaixo da terra. No as adorars, nem lhes dars culto; porque eu sou o SENHOR, teu Deus, Deus zeloso, que visito a iniqidade dos pais nos filhos at terceira e quarta gerao daqueles que me aborrecem e fao misericrdia at mil geraes daqueles que me amam e guardam os meus mandamentos. No tomars o nome do SENHOR, teu Deus, em vo, porque o SENHOR no ter por inocente o que tomar o seu nome em vo. Lembra-te do dia de sbado, para o santificar. Seis dias trabalhars e fars toda a tua obra. Mas o stimo dia o sbado do SENHOR, teu Deus; no fars nenhum trabalho, nem tu, nem o teu filho, nem a tua filha, nem o teu servo, nem a tua serva, nem o teu animal, nem o forasteiro das tuas portas para dentro; porque, em seis dias, fez o SENHOR os cus e a terra, o mar e tudo o que neles h e, ao stimo dia, descansou; por isso, o SENHOR abenoou o dia de sbado e o santificou. Honra teu pai e tua me, para que se prolonguem os teus dias na terra que o SENHOR, teu Deus, te d. No matars. No adulterars. No furtars. No dirs falso testemunho contra o teu prximo. No cobiars a casa do teu prximo. No cobiars a mulher do teu prximo, nem o seu servo, nem a sua serva, nem o seu boi, nem o seu jumento, nem coisa alguma que pertena ao teu prximo. Todo o povo presenciou os troves, e os relmpagos, e o clangor da trombeta, e o monte fumegante; e o povo, observando, se estremeceu e ficou de longe. Disseram a Moiss: Fala-nos tu, e te ouviremos; porm no fale Deus conosco, para que no morramos. Respondeu Moiss ao povo: No temais; Deus veio para vos provar e para que o seu temor esteja diante de vs, a fim de que no pequeis. O povo estava de longe, em p; Moiss, porm, se chegou nuvem escura onde Deus estava. Ento, disse o SENHOR a Moiss: Assim dirs aos filhos de Israel: Vistes que dos cus eu vos falei). digno de nota que encontramos estes trs ministrios do Esprito Santo mencionados em uma s passagem (1Co 2:9-13 - mas, como est escrito: Nem olhos viram, nem ouvidos ouviram, nem jamais penetrou em corao humano o que Deus tem preparado para aqueles que o amam. Mas Deus no-lo revelou pelo Esprito; porque o Esprito a todas as coisas perscruta, at mesmo as profundezas de Deus. Porque qual dos homens sabe as coisas do homem, seno o seu prprio esprito, que nele est? Assim, tambm as coisas de Deus, ningum as conhece, seno o Esprito de Deus. Ora, ns no temos recebido o esprito do mundo, e sim o Esprito que vem de Deus, para que conheamos o que por Deus nos foi dado gratuitamente. Disto tambm falamos, no em palavras ensinadas pela sabedoria humana, mas ensinadas pelo Esprito, conferindo coisas espirituais com espirituais.); a revelao no versculo 10 (sublinhado); a iluminao no versculo 12 (negrito) e a inspirao no versculo 13 (final).
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I.
1. Sua necessidade (1Co 2:14 - Ora, o homem natural no aceita as coisas do Esprito de Deus, porque lhe so loucura; e no pode entend-las, porque elas se discernem espiritualmente; 2Co 4:4 - nos quais o deus deste sculo cegou o entendimento dos incrdulos, para que lhes no resplandea a luz do evangelho da glria de Cristo, o qual a imagem de Deus.).
2. Ministrio de convencimento do Esprito (Jo 16:13-15 - quando vier, porm, o Esprito da verdade, ele vos guiar a toda a verdade; porque no falar por si mesmo, mas dir tudo o que tiver ouvido e vos anunciar as coisas que ho de vir. Ele me glorificar, porque h de receber do que meu e vo-lo h de anunciar. Tudo quanto o Pai tem meu; por isso que vos disse que h de receber do que meu e vo-lo h de anunciar.).
1. Sua necessidade (1Co 2:10-12 - Mas Deus no-lo revelou pelo Esprito; porque o Esprito a todas as coisas perscruta, at mesmo as profundezas de Deus. Porque qual dos homens sabe as coisas do homem, seno o seu prprio esprito, que nele est? Assim, tambm as coisas de Deus, ningum as conhece, seno o Esprito de Deus. Ora, ns no temos recebido o esprito do mundo, e sim o Esprito que vem de Deus, para que conheamos o que por Deus nos foi dado gratuitamente; 1Co 3:2 - Leite vos dei a beber, no vos dei alimento slido; porque ainda no podeis suport-lo. Nem ainda agora podeis, porque ainda sois carnais).
2. O ministrio de ensino do Esprito (Jo 16:13-15 - quando vier, porm, o Esprito da verdade, ele vos guiar a toda a verdade; porque no falar por si mesmo, mas dir tudo o que tiver ouvido e vos anunciar as coisas que ho de vir. Ele me glorificar, porque h de receber do que meu e vo-lo h de anunciar. Tudo quanto o Pai tem meu; por isso que vos disse que h de receber do que meu e vo-lo h de anunciar).
Em cacos de cermicas encontrados no recinto contguo ao porto lem-se relatrios de um soldado judeu ao seu comandante em Laquis. As notcias eram enviadas via sinais de fumaa.
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EXERCCIOS
1. Defina Iluminao.
(LIO 7)
3. Cite a passagem bblica na qual se encontra os trs ministrios do Esprito Santo, separando cada uma das partes (revelao, iluminao e inspirao).
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LIO 8 INTERPRETAO
a elucidao ou explicao do sentido das palavras ou frases de um texto, para torn-los compreensivos. A cincia da interpretao designada hermenutica, e, em razo de sua abrangncia, requer um estudo especial separado da Bibliologia.
I.
PRINCPIOS DE INTERPRETAO
1. Interpretar histrica e gramaticalmente. 2. Interpretar de acordo com os contextos imediato e mais amplo. 3. Interpretar em harmonia com toda a Bblia, comparando Escritura com Escritura.
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boca e no teu corao, para a cumprires. V que proponho, hoje, a vida e o bem, a morte e o mal; se guardares o mandamento que hoje te ordeno, que ames o SENHOR, teu Deus, andes nos seus caminhos, e guardes os seus mandamentos, e os seus estatutos, e os seus juzos, ento, vivers e te multiplicars, e o SENHOR, teu Deus, te abenoar na terra qual passas para possu-la. Porm, se o teu corao se desviar, e no quiseres dar ouvidos, e fores seduzido, e te inclinares a outros deuses, e os servires, ento, hoje, te declaro que, certamente, perecers; no permanecers longo tempo na terra qual vais, passando o Jordo, para a possures. Os cus e a terra tomo, hoje, por testemunhas contra ti, que te propus a vida e a morte, a bno e a maldio; escolhe, pois, a vida, para que vivas, tu e a tua descendncia, amando o SENHOR, teu Deus, dando ouvidos sua voz e apegando-te a ele; pois disto depende a tua vida e a tua longevidade; para que habites na terra que o SENHOR, sob juramento, prometeu dar a teus pais, Abrao, Isaque e Jac). 5. Davdica (2Sm 7:5-17 - 5 Vai e dize a meu servo Davi: Assim diz o SENHOR: Edificar-me-s tu casa para minha habitao? Porque em casa nenhuma habitei desde o dia em que fiz subir os filhos de Israel do Egito at ao dia de hoje; mas tenho andado em tenda, em tabernculo. Em todo lugar em que andei com todos os filhos de Israel, falei, acaso, alguma palavra com qualquer das suas tribos, a quem mandei apascentar o meu povo de Israel, dizendo: Por que no me edificais uma casa de cedro? Agora, pois, assim dirs ao meu servo Davi: Assim diz o SENHOR dos Exrcitos: Tomei-te da malhada, de detrs das ovelhas, para que fosses prncipe sobre o meu povo, sobre Israel. E fui contigo, por onde quer que andaste, eliminei os teus inimigos diante de ti e fiz grande o teu nome, como s os grandes tm na terra. Prepararei lugar para o meu povo, para Israel, e o plantarei, para que habite no seu lugar e no mais seja perturbado, e jamais os filhos da perversidade o aflijam, como dantes, desde o dia em que mandei houvesse juzes sobre o meu povo de Israel. Dar-te-ei, porm, descanso de todos os teus inimigos; tambm o SENHOR te faz saber que ele, o SENHOR, te far casa. Quando teus dias se cumprirem e descansares com teus pais, ento, farei levantar depois de ti o teu descendente, que proceder de ti, e estabelecerei o seu reino. Este edificar uma casa ao meu nome, e eu estabelecerei para sempre o trono do seu reino. Eu lhe serei por pai, e ele me ser por filho; se vier a transgredir, castig-lo-ei com varas de homens e com aoites de filhos de homens. Mas a minha misericrdia se no apartar dele, como a retirei de Saul, a quem tirei de diante de ti. Porm a tua casa e o teu reino sero firmados para sempre diante de ti; teu trono ser estabelecido para sempre. Segundo todas estas palavras e conforme toda esta viso, assim falou Nat a Davi). 6. Nova Aliana (Jr 31:31-34 - Eis a vm dias, diz o SENHOR, em que firmarei nova aliana com a casa de Israel e com a casa de Jud. No conforme a aliana que fiz com seus pais, no dia em que os tomei pela mo, para os tirar da terra do Egito; porquanto eles anularam a minha aliana, no obstante eu os haver desposado, diz o SENHOR. Porque esta a aliana que firmarei com a casa de Israel, depois daqueles dias, diz o SENHOR: Na mente, lhes imprimirei as minhas leis, tambm no corao lhas inscreverei; eu serei o seu Deus, e eles sero o meu povo. No ensinar jamais cada um ao seu prximo, nem cada um ao seu irmo, dizendo: Conhece ao SENHOR, porque todos me conhecero, desde o menor at ao maior deles, diz o SENHOR. Pois perdoarei as suas iniqidades e dos seus pecados jamais me lembrarei; Mt 26:28 - porque isto o meu sangue, o sangue da nova aliana, derramado em favor de muitos, para remisso de pecados.).
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EXERCCIOS
1. Qual a importncia da interpretao?
(LIO 8)
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O calendrio de Gezer o mais antigo escrito no alfabeto encontrado na terra de Israel. Provavelmente data do tempo do rei Salomo.
a) A fonte da Canonizao
A Canonizao de um livro da Bblia no significa que a nao judaica ou a igreja tenha dado a esse livro a sua autoridade cannica; antes significa que sua autoridade, j tendo sido estabelecida em outras bases suficientes, foi consequentemente reconhecida como pertencente ao cnon e assim declarado pela nao judaica e pela igreja crist.
b) Consideraes fundamentais
A Bblia auto-autenticvel e os conclios eclesisticos s reconheceram (no atriburam) a autoridade inerente nos prprios livros. Deus guiou os conclios de modo que o cnon fosse reconhecido.
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I.
a) Alguns afirmam que todos os livros do cnon do Antigo Testamento foram reunidos e reconhecidos sob a liderana de Esdras (quinto sculo a.C.). b) O Novo Testamento se refere ao Antigo Testamento como Escritura (Mt 23:35 - para que sobre vs recaia todo o sangue justo derramado sobre a terra, desde o sangue do justo Abel at ao sangue de Zacarias, filho de Baraquias, a quem matastes entre o santurio e o altar; a expresso de Jesus equivaleria a dizer hoje de Gnesis a Malaquias; cf. Mt 21:42 - Perguntou-lhes Jesus: Nunca lestes nas Escrituras: A pedra que os construtores rejeitaram, essa veio a ser a principal pedra, angular; isto procede do Senhor e maravilhoso aos nossos olhos?; Mt 22:29 Respondeu-lhes Jesus: Errais, no conhecendo as Escrituras nem o poder de Deus.). O Snodo de Jamnia (90 A.D.). Uma reunio de rabinos judeus que reconheceu os livros do A.T., embora houvesse alguns que questionassem Ester, Eclesiastes e Cantares de Salomo.
1) Apostolicidade: O livro deveria ter sido escrito por um dos apstolos ou por autor que tivesse relacionamento com um dos apstolos (imprimatur apostlico). 2) Universalidade: Quando era impossvel demonstrar a autenticidade apostlica, o critrio de uso e circulao do livro na comunidade crist universal era considerado para sua aferio cannica. O livro deveria ser aceito universalmente pela igreja para dela receber o seu imprimatur. 3) Contedo do Livro: O livro deveria possuir qualidades espirituais, e qualquer fico que nele fosse encontrada tornava o escrito inaceitvel. 4) Inspirao: O livro deveria possuir evidncias de inspirao. 5) Leitura em Pblico: Nenhum livro seria admitido para leitura pblica na igreja se no possusse caractersticas prprias. Muitos livros eram bons e agradveis para leitura particular, mas no podiam ser lidos e comentados publicamente, como se fazia com a lei e os profetas na sinagoga. a esta leitura que Paulo exorta Timteo a praticar (1Tm 4:13 - At minha chegada, aplica-te leitura, {leitura: leitura pblica das Escrituras} exortao, ao ensino.).
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2. Perodo ps-apostlico
Todos os livros foram reconhecidos, exceto Hebreus, 2 Pedro, 2 e 3 Joo. 3. O Conclio de Cartago, 397, reconheceu como cannicos os 27 livros do Novo Testamento.
Jo 3.16
Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unignito, para que todo o que nele cr no perea, mas tenha a vida eterna.
Esta fotografia mostra o final de evangelho de Lucas.
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2. Vulgata latina
Quatro sculos depois de Cristo, quando j no era falado nem o grego, nem o latim, JERNIMO encetou nova traduo da Escritura para o latim "vulgar" ou "comum", que a Vulgata Latina.
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5. A bblia em portugus
JOO FERREIRA DE ALMEIDA, nascido em Portugal, nas proximidades de Lisboa, traduziu a Bblia para o portugus, em 1628. Era ministro da Igreja Reformada Holandesa. Refugiado na Ilha de Java, no Oceano ndico traduziu primeiro o Novo Testamento, que foi publicado na Holanda em 1681. O Velho Testamento ele traduziu at Ezequiel, quando o Senhor o recolheu. Seus amigos concluram o seu trabalho. Hoje, onde quer que se fale o portugus, Joo Ferreira de Almeida lembrado pela bravura e pioneirismo de seu esprito.
Daniel 8:1-7 (referncia citada na pgina 94) No ano terceiro do reinado do rei Belsazar, eu, Daniel, tive uma viso depois daquela que eu tivera a princpio. 2 Quando a viso me veio, pareceu-me estar eu na cidadela de Sus, que provncia de Elo, e vi que estava junto ao rio Ulai. 3 Ento, levantei os olhos e vi, e eis que, diante do rio, estava um carneiro, o qual tinha dois chifres, e os dois chifres eram altos, mas um, mais alto do que o outro; e o mais alto subiu por ltimo. 4 Vi que o carneiro dava marradas para o ocidente, e para o norte, e para o sul; e nenhum dos animais lhe podia resistir, nem havia quem pudesse livrar-se do seu poder; ele, porm, fazia segundo a sua vontade e, assim, se engrandecia. 5 Estando eu observando, eis que um bode vinha do ocidente sobre toda a terra, mas sem tocar no cho; este bode tinha um chifre notvel entre os olhos; 6 dirigiu-se ao carneiro que tinha os dois chifres, o qual eu tinha visto diante do rio; e correu contra ele com todo o seu furioso poder. 7 Vi -o chegar perto do carneiro, e, enfurecido contra ele, o feriu e lhe quebrou os dois chifres, pois no havia fora no carneiro para lhe resistir; e o bode o lanou por terra e o pisou aos ps, e no houve quem pudesse livrar o carneiro do poder dele.
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EXERCCIOS
(LIO 9)
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4. Como foram escritos os primeiros livros e como eram feitos?
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6. Qual a ligao entre sinagogo, sacerdote e escriba? Defina cada termo.
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I.
No Antigo Testamento temos: 5 livros Lei, 12 Histricos, 5 Poticos, 17 Profticos (5 Maiores e 12 Menores, pela extenso do livro). Veja o que Henrietta C. Mears escreve no seu livro Estudo Panormico da Bblia: O Antigo Testamento comea o que o Novo completa. O Antigo se rene ao redor do Sinai. O Novo ao redor do Calvrio. O Antigo est associado com Moiss. O Novo com Cristo (Jo 1:17 - Porque a lei foi dada por intermdio de Moiss; a graa e a verdade vieram por meio de Jesus Cristo.).
1. Pentateuco
Conjunto dos cinco primeiros livros bblicos, escritos por Moiss, confirmados pelo prprio Senhor Jesus Cristo, assim formado:
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a) Gnesis o livro das origens, apresenta Jesus Cristo, nosso Deus Criador. Escrito em: 1450-1410 a.C. b) xodo o livro da redeno, apresenta Jesus Cristo nosso Cordeiro Pascal. Escrito em 1450-1410 a.C. c) Levtico o livro do culto e da comunho, apresenta Jesus Cristo como Nosso Sacrifcio pelo Pecado, escrito em 1450-1410 A.C. d) Nmeros fala das experincias de um povo peregrino apresentando Jesus Cristo como o que Foi Levantado, escrito em: 1450-1410. e) Deuteronmio um livro de instrues para o povo que iam tomar posse da terra prometida. Escrito tambm entre 1450-1410 a.C., aproximadamente.
2. Livros histricos
So doze que narram a ascenso e a queda da teocracia, os cativeiros de Israel e Jud, o retorno terra prometida e a restaurao do templo e da cidade de Jerusalm. Os livros Histricos so assim apresentados: a) Josu apresenta Jesus Cristo como Capito da Nossa Salvao, escrito por Josu, apresentando a conquista de Cana, escrito no XIV sculo a.C.. b) 2-Juzes, um livro de autor desconhecido, escrito no sculo XI a.C., apresentando Jesus Cristo como nosso Juiz Libertador, descrevendo derrotas e livramentos do povo de Deus. c) Rute, tambm de autor desconhecido, escrito no sculo XI a.C., onde o Senhor Jesus Cristo apresentado como Nosso Parente Resgatador. d) I Samuel, tambm um livro de autor desconhecido que apresenta Jesus Cristo como Nosso Rei, escrito no sculo X a.C., onde se destacam as pessoas de Samuel, Saul e Davi. e) II Samuel, cuja autoria desconhecida, continua apresentado Jesus Cristo como nosso Rei, descreve o reinado de Davi, escrito tambm no sculo X a.C.. f) I e II Reis tm autorias desconhecidas, escritos no VI sculo a.C., apresentam Jesus Cristo como Rei e trabalha a histria de Israel e Jud. g) I e II Crnicas, de autor (es) desconhecido (s), apresentam Jesus Cristo como Rei, contm descries genealgicas e foram escritos no V sculo a.C.. h) Esdras o nome do autor desse livro, onde Jesus Cristo apresentado como Nosso Restaurador, descreve a volta do cativeiro babilnico e foi escrito no V sculo a.C.. i) Neemias tambm outro livro que traz o nome do seu autor, o Senhor Jesus Cristo continua apresentado como o nico Restaurador com a narrativa da reconstruo dos muros de Jerusalm. j) Ester o livro que apresenta Jesus Cristo como Nosso Advogado, de autoria desconhecida, destaca a providncia de Deus, foi escrito no V sculo a.C..
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4.
Livros profticos
Foram escritos por homens chamados por Deus para um ministrio proftico com objetivos de reavivamento em nome de Deus, no perdendo a conscincia patritica. A mensagem tanto era para o momento como tambm tinha o aspecto preditivo em relao invaso de Israel e o seu cativeiro pelo reino babilnico, Exlio, os livros profticos podem ser divididos em trs grupos: a) Pr-exlicos: Isaias, Jeremias, Osias, Joel, Ams, Jonas, Miquias, Naum, Habacuque e Sofonias. b) Exlicos: Ezequiel, Daniel e Obadias. c) Ps-Exlicos: Ageu, Zacarias e Malaquias. A diviso em profetas maiores e menores, com base no simples volume dos livros, no histrica e no cronolgica. a) Pr-Exlios - Ordem cronolgica dos profetas 1. 2. 3. 4. 5. Joel (cerca 850-700A. C.), Jesus o Restaurador; Jonas (cerca 800 a.C.), Jesus Cristo Nossa Ressurreio e Vida; Ams (cerca 780-755 a.C.), Jesus o Divino Lavrador; Osias (cerca 760-710 a.C.), Jesus, O que Encaminha o Desviado; Miquias (cerca de 740 a.C.), Jesus Cristo apresentado como o a Testemunha Contra Naes Rebeldes; 6. Isaas (cerca de 740-680 a.C.), apresenta Jesus Cristo como o Messias;
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7. Naum (cerca 700-615 a.C.), Jesus Cristo e a Fortaleza no Dia da Angstia; 8. Sofonias (cerca de 700-615 a.C.), Jesus o Senhor Zeloso; 9. Habacuque (630-620 a.C.), Jesus, O Deus da Minha Salvao; 10. Jeremias (626-580 a.C.), Jesus e o Renovo da Justia. b) Os Profetas Exlicos 1. Daniel (604-535 C.), Jesus e a Pedra que Esmia; 2. Ezequiel (593-570), Jesus O Filho do Homem; 3. Obadias (cerca de 585 C.), Jesus o Nosso Salvador.
c) Os profetas do Ps-Exlio 1. Ageu (520 a.C.), Jesus, O Desejado de Todas as Naes; 2. Zacarias (520-518 a.C.), Jesus, O Renovo da Justia; 3. Malaquias (450-400 a.C.), Jesus o Sol da Justia.
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O Novo Testamento tem 27 livros classificados em 4 grupos: BIOGRAFIA (4 Evangelhos), HISTORIA (1 Histrico), EPISTOLAS (21 Epstolas - 14 Paulinas e 7 Gerais) e PROFECIAS (1 livro Proftico). Foi escrito em Koin, idioma comum dos gregos, levado a quase todo o mundo existente, pr Alexandre.
1. Biografia
Os quatro primeiros livros do Novo Testamento (Mateus, Marcos, Lucas e Joo), so os Evangelhos. Os trs primeiros (Mt, Ma e Lc) tambm chamados Sinpticos, devido ao paralelismo entre eles. Os Evangelhos eram conhecidos na Igreja Primitiva como O EVANGELHO. A razo de haver quatro Evangelhos se compreende pelo seguinte: MATEUS Escrito em hebraico, se dirige aos Judeus e apresenta Jesus como o MESSIAS. MARCOS Se dirige aos romanos e apresenta Jesus como o REI VITORIOSO E VENCEDOR. E o menor deles. LUCAS JOO Escrito Igreja e apresenta Jesu s como O FILHO DO HOMEM, o mais completo. Se dirige a Igreja e apresenta Jesus como O FILHO DE DEUS. o mais espiritual.
2. Histria
o livro de Atos dos Apstolos. Registra a histria da Igreja primitiva.
3. Epstolas
So 21. Vo de Romanos a Judas. Contm a doutrina da Igreja, se subdividem da seguinte maneira: ECLESIASTICAS So nove. Dirigidas a Igreja. De Ro a II Te. Ro, I Co, II Co, Gl, Ef, Fi, Co, 1Te e 2Te. INDIVIDUAIS COLETIVA UNIVERSAIS So quatro. Dirigidas a Indivduos. De I Ti a Fl. I Ti, II Ti, Tt e Fm. A carta aos Hebreus. Dirigida aos Hebreus Cristos. So sete. Dirigidas a todos indistintamente. De Tiago a Judas. Embora II e II Jo sejam dirigidas a pessoas, se enquadram ai. Ti, I Pe, II Pe, I Jo, II Jo, III Jo e Jd.
4. Profecia
o livro do apocalipse. Trata da volta pessoal do Senhor Terra e das coisas que precedero esse glorioso evento.
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A mensagem central da Bblia a salvao mediante Jesus Cristo, esta a grande mensagem escrita em todos os seus 66 livros, por 40 autores, abrangendo um perodo de aproximadamente 1600 anos. A maior parte do Velho Testamento foi escrita em hebraico, pequenos trechos em aramaico e o Novo Testamento foram escrito na lngua grega. O apstolo Pedro escreveu: "2Pe 1:21 - Homens falaram da parte de Deus movidos pelo Esprito Santo". Na Bblia temos a expresso da comunicao humana, sob o pensamento e inspirao divina. A Bblia uma forma de revelao contnua ligando uma eternidade passada com uma eternidade futura. O Antigo Testamento o alicerce; O Novo Testamento a superestrutura. O alicerce intil se no se construir sobre ele. Um edifcio impossvel ser construdo, a no ser que haja um fundamento.
Assim, o Antigo Testamento e o Novo Testamento so essenciais um ao outro. O Novo est contido no Antigo. O Antigo est explicado no Novo. O Novo est latente no Antigo. O Antigo est patente no Novo. Jesus Cristo o amor de Deus revelado. A Bblia a Sua palavra escrita. Sejamos leitores da Bblia obedientes, prticos e ativos no servio do Reino do Senhor Jesus.
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EXERCCIOS
(LIO 10)
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6. Qual a mensagem central da Bblia?
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7. Faa um comentrio resumido do contedo do Novo Testamento.
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I.
J ouvimos falar sobre os diversos autores de livros da Bblia, como Moiss, Paulo e outros. Talvez voc esteja perguntando: Como pode ser a Bblia a palavra de Deus se os homens a escreveram? Deus se tem revelado ao homem principalmente por trs recursos: a) A revelao na natureza. (Sl 19:1 - Os cus proclamam a glria de Deus, e o firmamento anuncia as obras das suas mos; At 14:17 - contudo, no se deixou ficar sem testemunho de si mesmo, fazendo o bem, dando-vos do cu chuvas e estaes frutferas, enchendo o vosso corao de fartura e de alegria; Rm 1:20 - Porque os atributos invisveis de Deus, assim o seu eterno poder, como tambm a sua prpria divindade, claramente se reconhecem, desde o princpio do mundo, sendo percebidos por meio das coisas que foram criadas. Tais homens so, por isso, indesculpveis. b) A revelao pessoal em Seu Filho (Jo 1:18 - Ningum jamais viu a Deus; o Deus unignito, que est no seio do Pai, quem o revelou).
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Conforme 2Tm 3:16 (Toda a Escritura inspirada por Deus e til para o ensino, para a repreenso, para a correo, para a educao na justia), Deus inspirou as Sagradas Escrituras.Inspirou prejudicar as caractersticas de cada escritor. "Se o prprio Deus tivesse escrito, a Palavra escrita no seria mais exata e mais autoritria do que .H trechos bblicos que foram dados diretamente por Deus, como Ex 20:1 (Ento, falou Deus todas estas palavras:); Lv 1:1 (Chamou o SENHOR a Moiss e, da tenda da congregao, lhe disse:) e Dt 5:4 (Face a face falou o SENHOR conosco, no monte, do meio do fogo). A inspirao bblica divina, no a inspirao psico-fsica de um poeta ou artista.
O apstolo Pedro foi bem claro na sua afirmao: "2Pe 1:21 - porque nunca jamais qualquer profecia foi dada por vontade humana, entretanto homens de Deus [santos] falaram da parte de Deus movidos pelo Esprito Santo.
1. Os autores humanos
O apstolo Paulo escrevendo aos romanos (Rm 3:2 - Muita, sob todos os aspectos. Principalmente porque aos judeus foram confiados os orculos de Deus), diz, referindo-se aos judeus: "...as palavras de Deus lhes foram confiadas." Ento, sob a inspirao divina a Bblia foi escrita, inspirao esta testada pelos prprios escritores do Velho Testamento, inclusive h diversas expresses "assim diz o Senhor", ou expresses semelhantes. (2Sm 23:2-3 - O Esprito do SENHOR fala por meu intermdio, e a sua palavra est na minha lngua. Disse o Deus de Israel, a Rocha de Israel a mim me falou: Aquele que domina com justia sobre os homens, que domina no temor de Deus; Is 59:21 - Quanto a mim, esta a minha aliana com eles, diz o SENHOR: o meu Esprito, que est sobre ti, e as minhas palavras, que pus na tua boca, no se apartaro dela, nem da de teus filhos, nem da dos filhos de teus filhos, no se apartaro desde agora e para todo o sempre, diz o SENHOR; Jr 1:9 - Depois, estendeu o SENHOR a mo, tocou-me na boca e o SENHOR me disse: Eis que ponho na tua boca as minhas palavras).
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Cristo afirma a inspirao do Velho Testamento (Mt 5:18 - Porque em verdade vos digo: at que o cu e a terra passem, nem um i ou um til jamais passar da Lei, at que tudo se cumpra; Mt 22:42-43 - Que pensais vs do Cristo? De quem filho? Responderam-lhe eles: De Davi. Replicou-lhes Jesus: Como, pois, Davi, pelo Esprito, chama-lhe Senhor, dizendo:; Mc 12:36 - O prprio Davi falou, pelo Esprito Santo: Disse o Senhor ao meu Senhor: Assenta-te minha direita, at que eu ponha os teus inimigos debaixo dos teus ps; Jo 10:35 - Se ele chamou deuses queles a quem foi dirigida a palavra de Deus, e a Escritura no pode falhar). Os apstolos do o mesmo testemunho (At 1:16 - Irmos, convinha que se cumprisse a Escritura que o Esprito Santo proferiu anteriormente por boca de Davi, acerca de Judas, que foi o guia daqueles que prenderam Jesus; At 4:24-25 - Ouvindo isto, unnimes, levantaram a voz a Deus e disseram: Tu, Soberano Senhor, que fizeste o cu, a terra, o mar e tudo o que neles h; que disseste por intermdio do Esprito Santo, por boca de Davi, nosso pai, teu servo: Por que se enfureceram os gentios, e os povos imaginaram coisas vs?; At 28:25 - E, havendo discordncia entre eles, despediram-se, dizendo Paulo estas palavras: Bem falou o Esprito Santo a vossos pais, por intermdio do profeta Isaas, quando disse:; Hb 3:7 - Assim, pois, como diz o Esprito Santo: Hoje, se ouvirdes a sua voz; Hb 10:15-16 - E disto nos d testemunho tambm o Esprito Santo; porquanto, aps ter dito: Esta a aliana que farei com eles, depois daqueles dias, diz o Senhor: Porei no seu corao as minhas leis e sobre a sua mente as inscreverei; 2Pe 1:20-21 - sabendo, primeiramente, isto: que nenhuma profecia da Escritura provm de particular elucidao; porque nunca jamais qualquer profecia foi dada por vontade humana; entretanto, homens santos falaram da parte de Deus, movidos pelo Esprito Santo). Esta confirmao da veracidade das Escrituras, no foi s de palavra, mas com a prpria vida. Henrietta C. Mears, diz em seu livro Estudo Panormico da Bblia: "O Antigo Testamento o relato de uma nao (a nao hebraica). O Novo Testamento o relato de um Homem (o Filho do homem). A nao foi estabelecida e alimentada por Deus com o fim de trazer o Homem ao mundo" (Gn 12:1-3 - Ora, disse o SENHOR a Abro: Sai da tua terra, da tua parentela e da casa de teu pai e vai para a terra que te mostrarei; de ti farei uma grande nao, e te abenoarei, e te engrandecerei o nome. S tu uma bno! Abenoarei os que te abenoarem e amaldioarei os que te amaldioarem; em ti sero benditas todas as famlias da terra). Os escritores da Bblia foram judeus, com exceo do Evangelho de Lucas e provavelmente e Livro de Atos. Ento, h uma diversidade de autores humanos da Bblia: a) Todos, provavelmente exceto Lucas, eram judeus. b) A Bblia foi escrita num perodo de aproximadamente 1600 anos. c) Deus usou para escrever este livro aproximadamente 40 pessoas. - Desconhecemos a autoria literria de alguns livros. - De outros no h absoluta certeza. d) Interessante que todos os 66 livros apresentam uma unidade.
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EXERCCIOS
(LIO 11)
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LIO 12 A BBLIA AT NS
O Velho Testamento foi escrito em hebraico, a linguagem dos israelitas. Uma lngua prpria para expressar os anncios, as antecipaes e as profecias. O Novo Testamento foi escrito em grego, que era a lngua nica da poca, suficiente para o propsito de Deus na comunicao universal do Evangelho. Por ser uma lngua precisa, foi prpria para levar com exatido a mensagem da encarnao, morte e ressurreio do Filho de Deus. Os judeus tinham a prtica de queimarem reverentemente os manuscritos bblicos, depois de hav-los copiado com a maior meticulosidade, quando estavam quase inutilizados pelo uso, o que implicou em no termos mais nenhum dos originais do Velho Testamento quanto ao Novo Testamento existem hoje aproximadamente quatro mil manuscritos em grego, referentes ao todo ou a certas partes. A crtica textual a cincia extensiva que investiga o texto original do Novo Testamento. Os drs. Wescott e Hort, grandes cientistas nesta rea, afirma que "A soma do que se pode chamar uma variao considervel, apenas tem algo mais que uma milsima parte do texto inteiro". E o sbio ingls, Sir Frederic Kenyon, afirma que nenhuma doutrina do cristianismo est baseada em versculo discutvel. No Museu Britnico existe um manuscrito completo do Novo Testamento com data do Sculo IV. E, recentemente descobriram pores que procedem do Sculo II, havendo um fragmento do Evangelho de Joo feito no ano 125, sendo escrito pelo apstolo em cerca de 85-90 a.D..
I.
DIRECIONAMENTO BBLICO
1. O VELHO TESTAMENTO - lgico que os primeiros ouvintes do Velho Testamento foram os israelitas, porm a sua mensagem dirigida ao mundo inteiro. Deus sempre incluiu estrangeiros no Seu servio e na participao da sua graa. O Novo Testamento tem um direcionamento mais universalista, como diz Paulo: "Digo pois, que Jesus Cristo foi ministro da circunciso, por causa da verdade de Deus, para que confirmasse as promessas de Deus aos pais; e para que os gentios glorifiquem a Deus pela sua misericrdia" (Rm 15:8-9 - Digo, pois, que Cristo foi constitudo ministro da circunciso, em prol da verdade de Deus, para confirmar as promessas feitas aos nossos pais; e para que os gentios glorifiquem a Deus por causa da sua misericrdia, como est escrito: Por isso, eu te glorificarei entre os gentios e cantarei louvores ao teu nome). 2. OS QUATRO EVANGELHOS - De acordo com a poca, Mateus dirigiu-se num estilo prprio para os judeus. Marcos aos romanos.Lucas e Joo ao mundo grego. O livro de Atos comea com a ordem de Cristo aos discpulos de levar o Evangelho at os confins da terra (At 1:8 - mas recebereis poder, ao descer sobre vs o Esprito Santo, e sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalm como em toda a Judia e Samaria e at aos confins da terra).
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3. AS CARTAS - So ensinamentos a crentes espalhados em toda a terra, aps receberem a mensagem evanglica. "Estas coisas vos escrevi, para que saibais que tendes a vida eterna, e para que creiais no nome do Filho de Deus" (1Jo 5:13 - Estas coisas vos escrevi, a fim de saberdes que tendes a vida eterna, a vs outros que credes em o nome do Filho de Deus).
VERSO DOS SETENTA - uma traduo em grego do VELHO TESTAMENTO, feita entre os anos 280 e 130 a.C., e conhecida por "Septuaginta", porque a tradio diz que o resultado de setenta sbios hebreus, convocados em Alexandria, no Egito, pelo rei Ptolomeu Filadelfo. Esta verso era muito usada pelos apstolos.
VULGATA LATINA - Verso foi feita por Jernimo no fim do Sculo IV. No Sculo IV havia diversas verses em latim, divergentes entre si, e a igreja entregou a Jernimo, grande conhecedor do hebraico e do grego, a tarefa de preparar uma verso confivel em latim. Os colegas de Jernimo preferiam as antigas verses defeituosas. Somente no Sculo VI que a Vulgata Latina de Jernimo comeou a receber a aceitao da maioria. A Igreja Catlica Romana, desde o fim do Sculo XVI, tem adotado esta verso como oficial.
VERSO SIRACA PESHITO - Esta verso a terceira de interesse, facilitada para o idioma da Sria. Provavelmente a primeira traduo do Novo Testamento tenha sido esta. Estas verses citadas so importantes porque foram usadas para tradues mais recentes.
LIVROS APCRIFOS - Nas verses dos Setenta e na Vulgata Latina encontram-se outros livros (I Esdras, II Esdras, Tobias, Judite, o resto de Ester, Sabedoria de Salomo, Eclesistico, Baruque, a Epstola de Jeremias, o Canto do Trs Mancebos, a Histria de Suzana, Bel e o Drago, A Orao de Manasss, I Macabeus, II Macabeus, O Cdice Alexandrino acrescenta ainda III e IV Macabeus, num total de 16 livros) que so considerados "apcrifos" (ocultos); os prprios judeus no aceitaram esses livros inspirados por Deus mesmo aparecendo na Vulgata Latina, o prprio Jernimo no os aceitou como inspirados. A Igreja Evanglica considera esses livros fora do Cnon Sagrado pelas razes bsicas: contem erros histricos geogrficos e cronolgicos, aprovam a mentira, o suicdio, o assassinato, os encantamentos mgicos, as oraes aos mortos, salvao por meio de gratificaes, descrio do sobrenatural de uma forma grotesca e ridcula. No Conclio de Trento (1546 d.C.) a Igreja Ocidental passou a consider-los autoritrios com o voto de 53 prelados sem conhecimentos histricos destacados sobre documentos orientais, encontrando oposio de grandes homens como o cardeal Polo que afirmou que assim agira o Conclio a fim de dar maior nfase s diferenas entre catlicos romanos e os evanglicos. Outro destacado lder catlico, Tanner afirmou que a Igreja Catlica Romana encontrou nesses livros o seu prprio esprito (Aps Introduo ao Antigo Testamento, Dr. Donaldo D. Turner, IBB).
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VERSES PORTUGUESAS - Portugal com todo o seu valor histrico e sentimento religioso no deixou uma traduo da Bblia em lngua popular. O primeiro esforo para divulgao das Escrituras em portugus foi da rainha Leonora, esposa de D. Joo, rei de Portugal, que em 1495 mandou imprimir uma traduo da Vida de Cristo, escrita em latim por Ludolfo da Saxnia. Em 1505 a mesma rainha mandou imprimir uma verso dos Atos dos Apstolos e das Epstolas Universais de So Tiago, So Pedro, So Joo e So Judas. Em 1495 apareceu uma edio litrgica das Epstolas e Evangelhos traduzidos por Gonalo Garcia.
A VERSO DE ALMEIDA - Joo Ferreira de Almeida nasceu em Lisboa em 1628, filho de catlicos e entre os holandeses aceitou a f na Igreja Reformada, aos treze anos de idade, cuja converso se atribui leitura de um folheto em espanhol sobre a diferena entre a Igreja Reformada e a Romana. Antes de completar quinze anos de idade traduziu de espanhol para o portugus um resumo dos Evangelhos e Epstolas. E aos dezesseis anos traduziu o Novo Testamento do latim, consultando as verses espanholas, italianas e francesas, como tambm a Liturgia e Catecismo de Heidelberg. Em 1656 foi ordenado ministro, falecendo em 1691. Escreveu vrias obras, sendo o destaque a Bblia em portugus. A primeira edio do Novo Testamento de Almeida foi impressa em Amsterd, em 1681. A primeira edio completa do Velho Testamento do padre Almeida foi impressa de 1748 a 1753 em dois volumes. A parte que Almeida no chegou a traduzir, de Ez 48:21, em diante, foi obra de Jacob Ofden Akkar, ministro na Batvia. Almeida levou sua vida pregando o Evangelho em Java, Ceilo e na Costa de Malabar.
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EXERCCIOS
1. Como a Bblia chegou at ns?
(LIO 12)
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3. Quantos manuscritos existem aproximadamente?
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4. O que afirma o sbio ingls Sir. Frederic Tenyon?
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5. A quem foi dirigido o Antigo Testamento?
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6. Os quatro evangelhos foram dirigidos a quem?
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7. Qual a finalidade das cartas?
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9. O que a Verso dos Setentas?
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10. Descreva a Vulgata Latina.
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11. O que so livros apcrifos?
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12. O que significa cnon sagrado?
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13. Fale sobre as verses portuguesas.
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I.
1. Perodo persa
ASPECTOS POLTICOS
O final de Malaquias os judeus se achavam ainda sob o reinado persa e permanecerem nessa situao durante praticamente sessenta anos da era intertestamentria. A forma sacerdotal do governo judeu foi respeitada e sumo sacerdote recebeu ainda maior poder civil alm de seus ofcios religiosos, embora tivesse de, naturalmente, prestar contas ao governador persa da Sria.
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Em 2Reis 17:24-34*, lemos que bem antes, em 721 AC, depois de destruir o reino das dez tribos de Israel e dispersar os israelitas atravs das cidades dos medos, o rei da Assria repovoou as cidades de Israel com um povo misto que veio a ser chamado de samaritanos, seu territrio sendo conhecido como Samaria, o nome da cidade principal, ex-capital de Israel.
2. Perodo grego
Assim como Daniel tinha profetizado (Dn 8:1-7** chifre notvel), o imprio persa caiu perante o rei da Grcia. Este era Alexandre o Grande. Ele expandiu o helenismo com maior mpeto j que praticamente se tornou o senhor do antigo oriente mdio. O idioma grego se tornou a lngua franca, foi a lngua que foi usada no comrcio e na diplomacia. Ao se aproximar a poca do Novo Testamento, o grego era a lngua comumente falada nas ruas de Roma, onde o proletariado indgena falava latim, mas onde os escravos libertos falavam grego. Alexandre o Grande fundou setenta cidades moldando-as ao estilo grego. Ele e os seus soldados se casaram com mulheres orientais misturando as culturas grega e oriental. Com a morte de Alexandre o imprio se divide em quatro partes, governadas pelos quatro generais de Alexandre (Ptolomeu, Lismaco, Cassandro e Seleno, Cf. Dn 8:21-22 - mas o bode peludo o rei da Grcia; o chifre grande entre os olhos o primeiro rei; o ter sido quebrado, levantando-se quatro em lugar dele, significa que quatro reinos se levantaro deste povo, mas no com fora igual que ele tinha.). As partes que influenciam o pano de fundo do Novo Testamento so: Ptolomeu( os Ptolomeus) e Seleno ou Seleuco (os Seleucidas). O primeiro centralizava-se no Egito, tendo Alexandria como capital. Os seleucidas tinham por centro a Sria e Antioquia era a sua capital. Espremida entre o Egito e a Sria, a Palestina tornou-se vtima da rivalidade destes dois.
3. Perodo egpcio
No comeo dominaram a Palestina durante 122 anos (320-198). Os judeus gozaram de uma boa condio de vida. O sumo sacerdote era o governador e aplicava as leis. O templo era o centro da vida nacional. A festa da Pscoa, das Semanas e dos Tabernculos eram realizadas no prprio templo. Mantinha-se o estudo da lei e durante este perodo a interpretao da mesma se desenvolveu com pormenores. Foi sob o reinado de Ptolomeu Filadelfo que se realizou a verso do Antigo Testamento para o grego. Esta ficou conhecida como Setuaginta (LXX). A obra foi realizada no Egito (Alexandria), onde setenta e dois eruditos fizeram esta traduo. Apesar das vantagens do povo judeu, este era um povo relativamente pobre, pagava um imposto baixo, pois as guerras constantes tinham empobrecido a terra.
* Passagem includa no final do livro (Passagens bblicas) ** Esta passagem se encontra na pgina 69
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4. Perodo srio
Houve constantes lutas at que a Palestina caiu sob o domnio da Sria, mas o que mais importa para compreenso do Novo Testamento a figura de Antoco Epifanio (176-164) e os seus atos. O seu nome significa deus manifesto.
Quando o rei anterior a Antoco IV, chamado Antoco III tinha derrotado os egpcios (Ptolomeus), j os judeus estavam divididos em duas faces: A casa de Onias (Pr-Egito) e a casa de Tobias (PrSria). Quando subiu Antoco IV, rei da Sria, substituiu o sumo sacerdote judeu Onias III, pelo irmo deste Jasom, helenizante, o qual planejava transformar Jerusalm em uma cidade grega.
Foi erigido um ginsio com pista de corrida. Ali se praticavam corridas despidos, moda grega, isto era um ultraje para os judeus piedosos. As competies eram inauguradas com invocaes feitas as divindades pags, participando at sacerdotes judeus. A helenizao inclua a freqncia aos teatros gregos, vestes ao estilo grego, a cirurgia que removia a marcas da circunciso e a mudana de nomes hebreus por gregos. Os que se opunham a esta paganizao eram os hasidim ou os piedosos, a grosso modo seriam os puritanos.
Jasom o sacerdote helenizante foi substitudo por outro judeu helenizante que parece no ter pertencido a uma famlia sacerdotal, este pagou um tributo mais elevado (simonia), o nome deste era Melenau.
Antoco tenta anexar o Egito ao seu domnio, mas termina falhando. Isto chega aos ouvidos de Jasom de que Antoco era morto. Jasom retornou a Jerusalm retirou Melenau do controle da cidade. Antoco na sua volta interpretou isto como uma revolta de Jasom e enviou seus soldados a reintegrarem Melenau e saquearam a cidade e o templo de Jerusalm e passaram ao fio de espada os seus habitantes. Dois anos mais tarde (168 AC), Antoco enviou seu general Apolonio com um exrcito de 22 mil homens para coletar tributo, tornar ilegal o judasmo e estabelecer o paganismo fora e assim consolidar o seu imprio e refazer o seu tesouro. Os soldados saquearam Jerusalm, incendiaram a cidade, os homens mortos e as mulheres escravizadas.
Novas leis e Proibies: Ofensa capital circuncidar-se; proibido observar o sbado; celebrar festas judaicas, possuir copias do Antigo Testamento. Os sacrifcios pagos tornaram-se compulsrios. Foi eregido um altar consagrado a Zeus, possivelmente no templo. Foram sacrificados animais imundos no altar e a prostituio sagrada passou a ser praticada no templo de Jerusalm.
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6. Perodo romano
O General Pompeu subjuga a Palestina (63AC) e o perodo do Novo Testamento fica sob o domnio do Imprio Romano. Imperadores ligados s narraes do Novo Testamento: Augusto (27AC-14DC), sob quem ocorreram o nascimento de Cristo, o recenseamento e os primrdios do culto ao Imperador. Tibrio (14-37DC), ministrio e morte de Jesus. Calgula (37-41DC) exigiu que lhe prestassem culto e ordenou que sua esttua fosse colocada no templo de Jerusalm, mas veio a falecer antes que sua ordem fosse cumprida. Cludio (41-54DC), expulsou de Roma os residentes judeus por distrbios civis, entre os quais estavam quila e Priscila. Nero (54-68DC) perseguiu os cristos, embora provavelmente nas cercanias de Roma, e sob quem Pedro e Paulo foram martirizados. Vespasiano (69-79DC), ainda general romano comeou a esmagar uma revolta dos judeus, tornou-se imperador e deixou o restante da tarefa ao seu filho Tito, numa campanha que atingiu o seu clmax com a destruio de Jerusalm e seu templo, em 70DC. Domiciano (81-96DC), cuja perseguio contra a Igreja provavelmente serviu de pano-de-fundo para a escrita o Apocalipse, como encorajamento para os cristos oprimidos.
7. Herodes, o grande
Os romanos permitiam a existncia de governantes nativos vassalos de Roma, na Palestina. Um deles foi Herodes o Grande, que governou o pas sob os romanos de 37 a 4AC. O senado aprovou o oficio real de Herodes, mas ele foi forado a obter o controle da Palestina mediante o poder das armas.
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A Dinastia de Herodes
a) Arquelau tornou-se etnarca da Judia, Samria e Idumia b) Herodes Filipe, tetrarca da Ituria, Traconites, Gaulanites, Auranites e Batania c) Herodes Antipas, tetrarca da Galilia e Peria d) Herodes Agripa I, neto de Herodes o Grande, executou Tiago e tambm encarcerou Pedro e) Herodes Agripa II, bisneto de Herodes o Grande, ouviu Paulo em sua autodefesa Antecedentes na vida de Herodes: mostrou grande zelo no seu governo, erradicando os bandidos que tinham infiltrado a Galilia. Os primeiros 12 anos (37-25AC) foram gastos na luta pelo poder. Os segundo doze anos (25-13AC) foram os seus melhores anos. Os ltimos nove anos (13-4AC) se caracterizaram pela crueldade e amargura. Os sucessos de Herodes: usou de muito mais tato na sua tentativa de helenizar os judeus, que Antoco Epifnio. Com espetculos, jogos, etc. ganhou a lealdade dos jovens que se tornaram herodianos. Aumentou a fortaleza de Jerusalm denominada Antonia (At 21:34 - Na multido, uns gritavam de um modo; outros, de outro; no podendo ele, porm, saber a verdade por causa do tumulto, ordenou que Paulo fosse recolhido fortaleza.). Edificou a Cesaria (At 10:1 - Morava em Cesaria um homem de nome Cornlio, centurio da coorte chamada Italiana; At 23:23-24 - Chamando dois centuries, ordenou: Tende de prontido, desde a hora terceira da noite, duzentos soldados, setenta de cavalaria e duzentos lanceiros para irem at Cesaria; preparai tambm animais para fazer Paulo montar e ir com segurana ao governador Flix). Reconstruiu o templo de Zorobabel, cuidando de no ofender os judeus. Comeou em 20AC. Completando o santurio em 18 meses e o templo todo s em 64 DC (Cf. Jo 2:20 - Replicaram os judeus: Em quarenta e seis anos foi edificado este santurio, e tu, em trs dias, o levantars?).
Depois da morte de Salomo, houve a diviso do reino nico de Davi, o Reino do Norte com dez tribos e Samria como capital, e do Sul - Jud - com a capital Jerusalm. O Reino do Norte foi conquistado pelos assrios, que repovoaram a terra com mistura heterognea de cativos de outras religies que em 721aC. Tornou-se conhecido como SAMARITANOS, enquanto que Jud sucumbiu ao poder Babilnico, destruindo Jerusalm, e o povo cativo por 70 anos, causando grande impacto no povo judeu neste perodo Inter Bblico.
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1. Sinagogas
No existiam no Velho Testamento. Passou a ser importante, e a lei que era transmitida, e foi dela que a primeira Igreja Crist, como organizada pelos apstolos, extraiu a sua constituio, e principais formas de adorao, bem como os ttulos, a forma, etc... Quanto aos discpulos, a jurisdio da Sinagoga passou ser ampla, inevitvel onde a lei eclesistica e civil era uma s.
2. Escribas
Os escribas que devem ser distinguidos dos sacerdotes e dos fariseus - que vemos no Novo Testamento, e que se desenvolveram no perodo inter-bblico, so uma classe de peritos profissionais estudiosos na interpretao e aplicao da Lei e do Velho Testamento, e no so os mesmos encontramos nas narrativas do Velho Testamento, passando, agora, depois do exlio, a constituir uma ordem especialmente distinta na Nao, devido a cinco fatores: 1 - converso do povo, deixando a idolatria e abraando a ardente f na religio e escrituras. 2 - necessidade de professores pela separao de sua ptria, capital e templo. 3 - mudana da lngua do hebraico para o aramaico. 4 - aparecimento e difuso da SINAGOGA. 5 - interrupo das profecias e interesse na palavra escrita - as escrituras.
3. Sacerdotes
Suas funes estavam ligadas inteiramente com as cerimnias oficiais e deveres da adorao do Templo, funo esta que poderia ser acumulada com a de escriba, fariseu, abrangendo reas distintas de sua vida.
4. Fariseus
Coletivamente tratava-se de uma SEITA poderosa e extraordinria, dito pelo Senhor, e esta forte oposio teve conseqncias fatais, como a dissoluo dos casamentos efetuados durante o exlio babilnico, bem como pela importncia e prestgio que passou a ter o Sumo Sacerdote - autoridade sagrada e civil - o que tornou o cargo ambicionado, pensando mais em suas vantagens polticas do que espiritual, levando falta de escrpulos, criminalidade e degradao do cargo, prejudicando o curso da histria da nao. Os Fariseus (que significa separatista) e os Saduceus surgiram em oposio. Os fariseus nos dias de Joo Hircano, como um movimento histrico, representando a subdiviso dos lderes e povo, com dedicao aos primeiros ideais do judasmo, sendo oriundos dos Hasidim - os "PIEDOSOS" agrupados trinta ou quarenta anos secretamente, com o objetivo de preservar a f judaica, porque o enlouquecido Antoco Epifnio procurava extermin-la. Podemos dizer que os escribas por vocao seriam fariseus por convico, embora tendo como "armadilha" a facilidade de cair na hipocrisia. No princpio se esforavam para com os deveres escribas, fracassando, obedeciam somente no exterior, ocultando-se na mscara da piedade, pecando e se acostumando a pecar e a sua hipcrita prtica.
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Ressaltando que muitas obras eram sinceras e dedicadas apesar de m concentrada, foram os fariseus responsveis nas lutas para alcanar o poder, incitaram o povo guerra civil contra o rei e os saduceus obrigando Alexandre Janus a fugir, lideraram insurreio no reinado de Aristbulo II, e 80 anos de independncia sob dinastia hasmoneu (macabeus) somando aos ensinamentos dos fariseus, provocaram a reao violenta dos judeus quando se tornou parte do Imprio Romano. Sua marca - a ritualstica - que no se contenta com a palavra escrita de Deus e a verdade do evangelho, sentindo necessidade de acrescentar suas principais idias, tornando a religio complexa, cujo peso tornava a religio um pesado fardo para os homens carregarem.
5. Saduceus
Outro grupo divergente e inimigo dos sacerdotes e escribas desenvolveu quando os profetas no operavam. Eles emergiram junto com os fariseus, como um "grupo Social", bem menor que os fariseus, pertencentes s ricas e poderosas famlias dos sacerdotes, que formavam a aristocracia da nao judaica, embora no tinham grande influncia na massa do povo, e como acontece aos polticos, a lei de Deus no se aplicava poltica. A seita dos saduceus mantinha inimizade com os fariseus, e foram responsveis pela crucificao de Jesus, mas no podemos generalizar, porque nem todos os sacerdotes eram necessariamente saduceus. Sua marca - o racionalismo - no pode aceitar a Palavra escrita de Deus, nem a verdade do Evangelho, onde precisa ser julgado no tribunal da razo humana, cortando-se vrias coisas para poder tornar a f mais racional e convincente, por no querer acreditar em anjos ou demnios, ressurreio dos mortos ou qualquer outro milagre.
6. Zelotes
Quarta seita, que concordava com os conceitos judaicos, afirmando que Deus deve ser o nico Rei e Senhor, no se preocupam com a morte, e se revoltavam contra os romanos, pelo abuso de autoridade. Representavam de maneira dinstica o partido nacionalista judeu, que provocaram o choque furioso com Roma, resultando completa runa e saque de Jerusalm; movimento iniciado pelos Macabeus em 63 a.C., oposio esta a Roma pela fora das armas, que criou um pretexto para a violncia.
7. Essnios
Seita que reaparecera em trs tipos: ortodoxo, heterodoxo e peculiares; que se satisfazia em viver o esprito da lei, retiravam da sociedade humana comum, vivendo isolados no campo; praticando um estilo monocrstico de vida e um tipo rstico de judasmo. Eram super judeus e Moiss sua principal autoridade. Eles se desligaram dos sacrifcios no templo, por possurem purificaes prprias, eram considerados infalveis, isolados, s viviam em casa de sua propriedade, rejeitavam o comrcio e a cobia; tomavam refeies com sacrifcios preparados por seus sacerdotes, se opunham guerra e alguns at renunciavam ao casamento.
8. Herodianos
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Grupo poltico com objetivo em promover a causa do governo de Herodes, e no se davam com os fariseus, que se odiavam, motivo pelo qual surpreendeu a sua unio contra o Senhor. Sua marca era - os secularistas - no se importavam em somar ou subtrair, no se preocupavam com a palavra escrita de Deus, a mensagem do evangelho, a f entregue aos santos, sendo que seu interesse estava na vida de hoje, passando por cima de tudo.
9. Tringulo perverso
Fariseus, saduceus e herodianos juntos na Judia se odiavam, com sentimentos de desprezo e maldosos. Os trs grupos se uniram em oposio assassina contra o Deus-homem. Na hora da mais profunda degradao de Israel; quando o reino Herodes parecia zombar das aspiraes dos israelitas fiis, seus filhos contemplavam os rugidos do Senhor - verdadeiro Rei do reino de Deus.
10. Seitas
Que surgiram na antigidade, se apresentam como nove a cada gerao, surgidos entre os mais modernos cristos. Esses grupos que praticamente surgiram no perodo inter-bblico e que difere sensivelmente um do outro, mas faro causa comum contra o cristianismo evanglico, que pedem unicamente o prprio Cristo e a Palavra de Deus, SEITAS estas que continuam falando at os dias de hoje.
11. Sinprio
Cuja tradio remonta de Moiss, quando designou 70 ancios para julgar o povo, pode ter havido acordo entre a corte e o sumo-sacerdote em suas responsabilidades, no perodo inter-bblico; que aps ficou suficientemente poderoso, sendo temporariamente dissolvido durante a revolta dos Macabeus e restaurando depois da concluso vitoriosa desse conflito, e consistiam a verdadeira corte de julgamento de leis orais e escritas para os judeus.
12. Talmude
a grande coleo de escritos que abrange e determina as leis religiosas e civis do povo judeu, preceitos, regras, interpretaes e instituies; em adio ao Antigo Testamento, so eles abertamente guiados.
13. Mishna
Ou lei oral, copiosa agregao de regras e regulamentos, cuidadosamente interpretada e deduzida da lei escrita de Moiss pelos escribas, principalmente durante o perodo inter-bblico, que hoje faz parte do TALMUDE, e pretende expandir e expor a lei escrita, deve ser explicada e completada.
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EXERCCIOS
(LIO 13)
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7. Cite a dinastia dos Herodes na seqncia dos acontecimentos.
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8. Quais as tticas usadas por Herodes para helenizar os judeus?
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9. Quando e como se deu a diviso do reino de Davi?
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10. Cite os aspectos religiosos desta poca e destaque os mais importantes ou poderosos.
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11. O que se define por tringulo perverso?
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12. Qual a diferena entre Talmude e Mishma?
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Medida a "grandeza conhecida e determinada que se toma base para a valiao de outras grandezas do mesmo gnero". As medidas gerais variam de acordo com pocas e locais diferentes. Vrios intrpretes consideram as medidas de formas diferenciadas. Nesta matria foram utilizadas vrias fontes de pesquisa, de forma que no usamos refrencias em meio aos textos ou tabelas.
Medidas de comprimento
Medida 1) dedo 2) palmo menor 3) palmo 4) cvado cana vara passo jornada de um dia skenos gmed Nome etzevah tophar (mo) zeret Relao largura da mo (4 dedos) Polegar ao dedo mnimo ver *1 6 cvados Corresp. -2 cm 7,5 cm Referncias Jr 52:21 Ex 25:25 (?); 37:12; 2 Cr 4:5; Sl 39:5 (?)
(egpcio) ??
ignorado
22,5 cm Ex 28:16; 39:9; 1 Sm 17:4 (3 mos) 45-52 cm Gn 6:15; 7:20; Dt 3:11; 1 Sm 17:4; 1 Cr 11:23; Et 5:15 3 metros Ez 40:3, 5; 42:16 2,67 m 1,50 metros 1 Sm 20:3; 2 Sm 6:13 35 km Gn 30:36; 31:23; Nm 10:33 5-6 km 2 Mc 11:5 (apcrifo); , stadious (Septuaginta) ignorado Jz 3:16 somente
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As medidas numeradas na pgina anterior encontram-se especificadas por seus respectivos nmeros no infogrfico ao lado. *1) O cvado era a distncia do cotovelo ponta do dedo mdio (cerca de 2 palmos).
Medidas de superfcie
Medida Nome Relao Corresp. Referncias jeira 1 Sm 14:14; Is 5:10; Ez 45:14 (?) Aparentemente no havia sistema de medidas quadradas, dentre os judeus. A superfcie era apenas medida sendo dado o nmero de cvados da largura e comprimento. A jeira, nica medida de superfcie registrada nas escrituras, no tinha suas dimenses fornecidas.
Medidas de capacidade
Para secos
Medida ef cabe gmer Nome ephah kab Relao unidade bsica 1/18 do efa 1/10 do ef 1/3 do ef 5 efs Corresp. 37 litros 2,05 litros 3,7 litros 12,3 litros 185 litros Referncias Ex 29:40; Lv19:36; Nm 15:4; 28:5; Jz 6:19 2 Rs 6:25 Ex 16:16, 22, 36; Lv 27:16; Is 5:10; Os 3:2 Gn 18:6; 1 Sm 25:18 2 Rs 7:1
Para lquidos
Medida Nome Relao Corresp. Referncias log 1/12 do him 1/2 litro him 1/6 do bato 6,2 litros Ex 29:40; Ez 4:11 bato igual ao efa 37 litros 1 Rs 7:26, 38; 2 Cr 2:10; Ed 7:22; Ez 45:14 coro 10 batos 370 litros 1 Rs 4:22; Ez 45:14 mer 360 litros Ez 45:14 O bato tinha a mesma capacidade do efa, a saber, 37 litros e era o dzimo do hmer, medida bsica: "A efa e o bato sero duma mesma medida, de maneira que o bato contenha a dcima parte do hmer, e a efa a dcima parte do hmer; o hmer ser a medida padro." (Ez 45:11). O ef tinha tambm a medida de 3 arrobas.
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O termo grego , nomisma, "moeda" ou "regra", derivado de , nomos, "lei". um nome genrico para o valor monetrio bsico indistinto. Jesus referia-se ao objeto em si, a moeda, sem aludir ao nome que lhe conferiria valor e distino. Provavelmente era um , denarion, o denrio romano. O , kodrante, era a menor moeda romana em circulao. As duas pequenas moedas da viva, juntas, alcanava este nfimo valor. No texto original de Mt 5:26 o termo encontrado , kodrante, ou quadran, menor moeda romana, de pequeno valor, traduzido por centavo, menor moeda de nosso conhecimento, centsima parte da unidade monetria do Brasil, ou ceitil, moeda em curso no tempo de D. Joo I, valendo um sexto do real da poca. Na passagem paralela deste texto, Lc 12:59, o termo , lepton, menor moeda judaica, de metade do valor do quadrante. A inteno dos dois autores no estabelecer um valor fixo e correspondente, pois estariam em contradio, mas mostrar a obrigao inflexvel do dever, "pagando at o ltimo centavo", ou at moedas to nfimas como o quadran e o lepto. O , leptos, era a menor moeda judaica em circulao e a nica desta origem citada no Novo Testamento. Valia muito pouco, cerca de 2% do valor do denrio, ou seja, o pagamento de quinze minutos ou menos de trabalho. Tem o seu nome derivado do termo grego , leptos, que significa "despojado da prpria pele", "desnudo", "delgado", "fino", delicado", "leve", e vem do verbo , lepo, "pelar", "descascar", "desnudar". Pode-se notar pelos significados que o leptos no tinha nenhuma camada externa de prata ou ouro, mas era feito de materiais menos nobres como o cobre ou bronze, extremamente fino ou delgado, portanto de pequeno peso e destitudo de valor monetrio, conferindo pouco poder de subsistncia e compra a seu ganhador ou portador. Dois dessem pequenos leptos era toda a renda da pobre viva de Mc 12:42. No havia oferta menor que dois leptos. Portanto aquele viva ofertou a menor soma, porm tudo o que possuia. Asse, em grego , assarion, moeda romana de quase nenhum valor, embora valia quatro vezes mais que o quadrante e oito vezes o lepto. Seriam necessrios dez deles para pagar apenas um dia de trabalho. Era usado pelos gregos, romanos e judeus como smbolo daquilo que no tem algum valor. O pssaro de Mt 10:29, na realidade um pardal (, strouthia), tem to pouco valor que dois deles valiam 1 asse, ou virtualmente nada. Lucas chega a afirmar que cinco deles valem duas desta moeda, reputando-os por menos (Lc 12:6). Apesar de serem reputados por nada, pela parte do homem, Jesus demonstra o cuidado de Deus com a criao, informando que no cair nenhum deles ao cho sem o consentimento do Pai, que jamais se esquecer deles (Dt 22:6). O termo traduzido como dinheiro, , argurion, tem o significado inicial de "prata", ou "moeda de prata". um nome genrico, como a "moeda" de Mt 22:19. No texto proposto pela tabela, Mt 25:18,27, o termo encontrado, segundo o contexto, "moeda de prata". Trata-se da parbola dos talentos e somente ao que recebe um talento dito "... .", "...o dinheiro do seu senhor." (v. 18) e "... ...", "...o meu dinheiro..." (v.27), sem aplicar-lhe valores e correspondncias monetrias. Mas seu valor claramente especificado em "... ..."; "...o que recebera um talento..." (v. 24), "... ...", "..o teu talento..." (v. 25); "... ...", "...o talento..." (v.28). Portanto os versculos 18 2 27 trazem um termo genrico, "dinheiro" ou "moeda de prata" e os versculos 24, 25 e 28 o especificam como "um talento". No se pode confundir o termo empregado "dinhero" como um denrio, salrio dirio, cerca de 4 gramas de prata, com o talento, 6.000 denrios, ou dias de trabalho, ou aproximadamente 20 anos, algo mais que 20 kg de prata. O denrio, , denrion, tinha a efgie do imperador Tibrio ou Agusto e era de prata, sendo um generoso salrio ou pagamento pelo trabalho de um dia (Mt 20:3) e o bastante para fornecer refeies a 25 homens (Mc 6:37), pois eram 5000 homens presentes na multiplicao (Mc 6:44) e os discpulos perguntaram a Jesus se levariam 200 denrios para comprar po (pois a soma era razovel, cerca de 7 meses de trabalho e seria um nmero fabulos de pes a ser comprado por com tal valor). Ora, 200 denrios para 5000 homens, permitiriam que 25 homens se alimentassem com apenas um nico denrio. Na parbola do servo incompassivo de Mt 18:23-35, este exige que um de seus conservos () pague-lhe o que deve, isto , cem denrios ( ), trs meses e meio de trabalho. No podendo, lanou-lhe na priso. Sua falta de misericrdia se contrasta com o perdo que lhe fora dado por parte do rei, pois devia-lhe a exorbitncia de dez mil talentos (v. 24) ou 60 milhes de denrios, algo simplesmente impossvel de pagar, pois iria muitssimo alm do que o curto perodo da vida
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humana poderia ganhar, necessitando de um perdo incondicional e total do rei. Ele devia 60 milhes de denrios, foi perdoado. Seu conservo lhe devia 100 denrios e foi lanado na priso por este ingrato servo sem a menor compaixo. No texto da parbola dos trabalhadores da vinha (Mt 20:1-16), o proprietrio regulou o salrio dirio como um denrio. Por dia de trabalho entende-se o tempo compreendido entre o nascer-do-sol e o aparecimento das estrelas. Nesta parbola proposta a equidade do Senhor e a igualdade dos galardes, pois os que comearam a trabalhar logo no incio do dia ganharam o mesmo daqueles que comearam o labor s 9:00h (hora terceira), ao meio-dia (hora sexta), s 15:00h ou trs horas da tarde (hora nona) e aos ltimos, que s iniciaram seu trabalho s 17:00h ou cinco da tarde (hora undcima), ou seja, uma hora antes do trmino do expediente do dia. Em Mt 22:19 um denrio (, denrion) foi apresentado Jesus como a moeda do tributo ( , nomisma tou kensou) onde era cunhada a imagem (, eikon, v. 20) de Tibrio, bem possivelmente e em seu anverso a inscrio (, epigrafe). Na parbola do bom samaritano (Lc 10:30-37), este entrega ao hospedeiro, para que cuide do "...homem que descia de Jerusalm..." (v. 30) a generosa quantia de dois denrios (v. 35), suficiente para alimenar 50 homens, ou a diria de dois dias. Para a mulher da parbola das dracmas (Lc 15:8-10) perder uma dracma (, drachma), dentre as dez que economizara era mesmo motivo de sua diligncia em no s acender a candeia, mas varrer meticulosamente a casa. Talvez este pequeno montante fosse a difcil poupana de uma pobre habitante da Palestina dos tempos de Jesus. A didracma (, didrachma) descrita em Mt 17:24 como o imposto anual que o judeu pagava ao tesouro do templo, cobrado de Jesus atravs de Pedro, que foi pago de maneira miraculosa, atravs da pesca de um nico peixe (Mt 17:27), dentro do qual havia um estter, moeda grega de valor prximo a 4 dracmas ou 2 didracmas, com o qual foi pago o tributo da dupla. O , stter, moeda de ouro ou prata originado do termo grego , istemi, verbo que tambm significa "fixar", "instituir", nos trazendo a idia de que o stter era o valor e moeda instituida e fixada como base no sistema monetrio grego. Foi encontrado no interior do peixe que Pedro pegou com anzol, a mando de Jesus, a fim de pagar o tributo de ambos (Mt 17:27). O talento, em gergo , talanton, era tambm o peso legal, cerca de 26 kg, e poderia ser de ouro, prata ou cobre, sendo de um valor monetrio altssimo, equivalendo a cerca de 6.000 denrios, ou algo como 6.000 dias de trabalho, ou mesmo 20 anos de tarefas para o homem comum. O homem da parbola dos talentos de Mt 25:14-30 entregou somas altssimas confiana de seus criados ou servos, a saber: 1) ao primeiro entregou 5 talentos, 30.000 denrios (ou dinheiros), mais do que um homem poderia angariar em toda sua vida: mais de 90 anos de trabalho. 2) ao segundo conferiu 2 talentos, ou 12.000 denrios, ou mesmo 40 anos de trabalho. 3) ao ltimo deu apenas um talento, cuja relao j conhecemos. Os dois primeiros dobraram os valores recebidos, mostrando terem empreendido e aplicado de maneira eficiente tais somas. O ltimo, nada fez.
Pesos
Medida arrtel libra (romana?) talento Nome original Relao Correspondncia 327,5 gramas 327,5 gramas 26-36 kg de prata/cobre Referncias Jo 12:3 Jo 12:3; 19:39 Ap 16:21
Medidas de comprimento
Medida cvado braa estdio milha jornada de um sbado jornada de um dia Nome Relao , pkus , orguia 4 cvados ,stadion 400 cvados 1/8 milha , milion Corresp. 45-60 cm 1,80 m 180 m 1480 m Referncias Mt 6:27; Jo 21:8; Ap 21:17 At 27:28 Lc 24:13; Jo 6:19; 11:18; Ap 14:20,24; 21:16 Mt 5:41
A palavra grega , pekus, usada para designar o cvado, significa "cotovelo", "brao" ou "vara". O cvado que Jesus disse que os ansiosos no podiam acrescentar sua estatura (Mt 6:27) no pode ser tomado como medida de comprimento, mas de tempo, visto que acrescentar de 45 a 50 cm estatura fsica seria um verdadeiro milagre. Como o cvado a medida de quase dois ps ou mesmo um passo, uma melhor traduo do testo seria "...qual de vs... pode acrescentar um passo sua vida?". Desta forma, "passo" seria o decorrer do tempo na caminhada da vida, em lugar de apenas uma estril medida de comprimento. No incidente da pesca miraculosa, aps a ressurreio de Cristo, os discpulos, excesso de Pedro, foram ao encontro do Mestre a partir do barquinho onde estavam, "...distantes da terra seno cerca de duzentos cvados." (Jo 21:8). Estes "duzentos cvados" ( ) somariam cerca de cem metros. O cvado usado para a medida do muro da cidade de Nova Jerusalm em Ap 21:17 "...medida de homem, isto , de anjo...", expresso de dificlima interpretao. A orguia uma medida derivada do termo , oregma, "ao de estender (os braos)", que
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se origina do verbo , orego, que lembra o ato de estender os braos abrindo-os, como numa cruz. Esta medida, a , orguia, traduzida por "braa" a distncia entre os dedos mdios, de brao brao, abertos em cruz. Durante a viagem de Paulo de Antioquia a Roma, quando no mar de Adria (At 27:27), os marinheiros lanaram a sonda (, de , "sonda") a fim de medirem a profundidade (embora , no texto, signifique "largura"). Encontraram, inicialmente, vinte braas ( ), ou 36 m. Logo mais adiante alcanaram 15 braas ( ), 27 m (At 27:28). A sonda (), ou prumo, era uma linha (corda ou cabo) com um peso de chumbo ou outro material na ponta, lanada at tocar ao fundo, oferecendo a medida de profundidade. O , stadion, era a oitava parte da milha romana, tendo a equivalncia de cerca de 125 passos ou 185 m. Era uma medida grega. A aldeia de Emas distava de Jerusalm 60 estdios ( ), ou mais de 10 km (Lc 24:13). Quando Jesus andava sobre o mar (Jo 6:11), os discpulos o encontraram aps remarem vinte e cinco estdios ( , stadious eikosi pente), algo como 4,5 km; ou mesmo 30 estdios (, triakouta), 5,4 km. A variao (25 ou 30 estdios) dada pelo prprio escritor. Mateus diz estar o barco "...muitos estdios da terra..." ( , stadious pollous apo tes ges) em Mt 14:24, sem se importar com detalhes. Joo era pescador, computava distncias no mar com facilidade. Mateus tratava com medidas monetrias, visto ter sido cobrador de impostos. Marcos se cala sobre a questo (Mc 6:45-51). No texto de Jo 11:18, a distncia entre Betnia e Jerusalm era de "...quinze estdios..." ou 1875 passos percorridos em cerca de 45 minutos, alcanando algo como 3 km. Os conhecidos de Marta e Maria caminharam esta distncia a fim de consolarem a famlia do morto Lzaro. J no texto de Ap 14:20, a extenso do juzo apocalptico de 1.600 estdios, algo prximo a 300 km, alcanando quase todo o comprimento da Palestina. Em Ap 21:16, a cbica cidade de Nova Jerusalm (sua altura, largura e comprimento so idnticos) foi medida por uma cana em 12.000 estdios, ou os fantsticos 2220 km. Durante o sermo da montanha (ou do monte), nos a respeito da verdadeira aplicao e observncia da lei mosaica, Jesus fala de uma medida de comprimento: a milha (, milion). H tradues para o texto que trazem "...caminhar mil passos..."e outras "...andar uma milha...". O texto grego traz "... ..." (Mt 5:41). Uma milha romana media mil passos ou cerca de 1480 metros, quase 1,5 km. Os soldados romanos constrangeram um judeu de Cirene a suportar o peso da cruz de Cristo (Mt 27:32; Mc 15:21). A traduo de A Bblia Viva, 9 ed, SP: Editora Mundo Cristo, 1996, traz: "Se um soldado exigir que voc carregue a mochila dele por um kilmetro, carregue dois." A traduo parafrsica traz luz compreenso atual, mas no a correspondncia correta, visto que a milha, como vimos, vai alm do kilmetro da traduo. Ocorre o mesmo na verso A Bblia na Linguagem de Hoje. O termo "jornada de um sbado"deriva-se da expresso , sabbaton exon odon, que seria a distncia que seria permitida caminhar no sbado. aps a ressurreio e ascenso de Cristo, os discpulos voltaram para Jerusalm do Monte das Oliveiras, prximo quela cidade "...a distncia da jornada de um sbado..." ( , sabbaton echon odon) (At 1:12). Esta medida era o percurso de dois mil passos ou 1,2 Km. O termo "jornada de um dia"deriva-se da expresso , emeras odon, "caminho de um dia". Quando Maria e Jos procuravam a Jesus durante a viagem de regresso Galilia, tiveram que percorrer o extensssimo comboio de vrias famlias com seus animais e pertences, por vrios quilmetros, pois era bastante numerosa a caravana que vinha de Nazar. O casal, proucura do pequeno Jesus, percorreram durante um dia "...entre parentes e conhecidos..." ( , sungeneusin kai tois gnostois). Estima-se terem caminhado 35 km na empreitada.
Medidas de capacidade
Para secos Medida medida (qunice) coro Nome , koinix , koros Relao medida para trigo ou cevada 10 batos Corresp. 1,1 litro 370 litros Referncias Ap 6:6 Lc 16:7
O , koros, transliterado para coro, medida para secos que podia tambm ser usada para lquidos, era como o "mer", equivalendo a 10 batos. No texto de Lc 16:7, o segundo devedor da parbola do mordomo infiel (Lc 16:1-13) devia 100 coros de trigo ou 37.000 litros, uma poro considervel. Algumas tradues de Ap 6:6 trazem "...queniz de trigo..." ou "...qunice de trigo..." ( , koinix siton) e "...trs quenizes de cevada..." ou "...tres quenices de cevada..." ( , treis koinikes krithon). A medida a o koinix, ou quniz grego, algo proximo a 450 g, o que podia ser consumido por um homem em um dia. a profecia apocalptica aponta para uma poca de extrema carestia, pois com um denrio (), salrio pelo trabalho de todo um dia, podia-se comprar to somente a quantidade inferior a meio quilo de trigo, o que talvez no saciasse um homem, quanto mais toda sua famlia. A cevada (), cereal mais trivial e barato, era comprado em tres destas porces pelo mesmo preo, ou seja, menos de um quilo e meio, o que ser abusivamente caro.
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Para lquidos Medida alqueire medida medida, bato cado metreta, almude Nome , modion , saton , batos traduo , metretes cerca de 1/3 do bato igual ao bato V.T. aprox. ao bato Relao Correspond ncia 8,75 litros 13 litros 37 litros 40 litros Referncias Mt 5:15; Mc 4:21 Mt 13:33; Lc 13:21 Lc 16:6 Jo 2:6
O , mdion, traduzido por "alqueire", uma medida usada atravs de uma vasilha, possivelmente de barro, como um vaso, objeto bastante familiar e comum em qualquer casa. Era usada para medir cereais, grande o bastante para receber mais que oito litros deste contedo. Outro uso que se dava para esta medida era o apagar das candeias, facho de madeira acesa que iluminava o interior da casa. O velador era um suporte para a candeia, que impedia de cair de certa altura da parede. Desta forma Jesus assevera em Mt 5:5 e Mc 4:21 que "...nem os que acendem uma candeia a colocam debaixo do alqueire, mas no velador, e assim ilumina a todos que esto na casa." e "Vem porventura a candeia para se meter debaixo do alqueire, ou debaixo da cama? no antes para se colocar no velador?" A palavra alqueire derivada do termo rabe al-kil. Aqui no se trata de medida de rea, mas de capacidade. Diferentemente do alqueire bblico, este mediria 16 litros. Na parbola do fermento (Mt 13:33; Lc 13:21) a medida descrita o sato (, saton), uma medida hebraica, usada para calcular a quantidade da farinha, no para o fermento. Cada sato correspondia a 13 litros. Tres deles alcanavam a grande quantidade de 37 litros, para uma receita a ser preparada de uma s vez. O bato (, batos) era a medida de tres nforas (vaso grego antigo, cujo nome , uma haplologia de "dos dois lados", e , "levar", "carregar". Desta forma seu nome quer dizer "o que se leva por ambos os lados", pelo fato da nfora ter "alas" de ambos os lados para fins de transporte). Correspondia a 37 litros, como o bato do Velho Testamento ( vide tabela). O que o primeiro devedor tinha como dvida na parbola do mordomo infiel (Lc 16:1-13) era "...cem cados de azeite..." ou "...cem batos de azeite..." ( , ekatou batous elaiou) ou mais de 3.500 litros de azeite. O bato era a medida hebraica de maior capacidade para lquidos e seu nome grego deriva do hebraico bath. A traduo cados vem do grego , kados, "vaso", de origem semtica, e era um grande vaso de barro para lquidos como vinho e outras bebidas. A metreta (, metretes) usada no casamento de Jo 2:6 era uma medida de capacidade lquida. Seu nome grego, que tambm significa "medidor", deriva-se do verbo , metreo, "medir", "contar", calcular". Na Septuaginta a traduo do bato (bath) hebraico. Naquelas bodas haviam seis talhas de pedra ( , lithinai udriai) de duas ou tres metretas. Cada talha, portanto, reservava at 120 litros, perfazendo, no total de seis talhas, 720 litros! O historiador hebreu Josefo aponta a capacidade de 25 litros para cada metreta. Sendo assim, em cada talha caberiam at 75 litros, que no total de seis talhas contariam 450 litros, o que j se caracterizaria um portentoso milagre de abundande forneciemnto de vinho, para todos os dias daquela abenoada festa de casamento.
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CURIOSIDADES BBLICAS
A Bblia contm 31.101 versculos e 1.189 captulos. Para sua leitura completa so necessrias 49 horas, a saber, 38 horas para a leitura do Velho Testamento e 11 para o Novo Testamento. Para l-la audivelmente, em velocidade normal de fala, so necessrias cerca de 71 horas. Se voc deseja l-la em 1 ano, deve ler apenas 4 captulos por dia.
Comparaes dos dois Testamentos Antigo Testamento 39 livros 929 captulos 23.144 versculos Uns 30 autores Versculo Central II Cr 20.8 Capitulo Central J 2 Livro central Pr Versculo Menor Ex 20.23, J 3.2 Versculo Maior- Et 8.9 Mensagem Jesus Vir Velho concerto Ex 24.8, Jr 31.33 Novo Testamento 27 livros 260 captulos 7.957 versculos 9 autores Versculo Central At 17.17 Capitulo central Ro 13 Livro central II Te Versculo Menor Jo 11.35, Lc 20,30 Versculo Maior Ap 20.4 Mensagem Jesus veio Novo concerto Hb 9.14-15
Texto ureo da Bblia Jo 3.16 Bblia j atravessou 3 mil anos, sendo traduzida em 2167 lnguas.
1. A menor Bblia
A menor Bblia existente foi impressa na Inglaterra e pesa somente 20 gramas. Este fabuloso exemplar da Bblia mede 4,5cm de comprimento, 3cm de largura e 2cm de espessura. Apesar de ser to pequenina, contm 878 pginas, possui uma srie de gravuras ilustrativas e pode ser lida com o auxlio de uma lente.
2. A maior Bblia
A maior Bblia que se conhece, contm 8048 pginas, pesa 547 kg e tem 2,5m de espessura. Foi confeccionada por um marceneiro de Los Angeles, durante dois anos de trabalho ininterrupto. Cada pgina uma delgada tbua de 1m de comprimento, em cuja superfcie esto gravados os textos.
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3. Gnesis e Apocalipse
A Bblia e toda ela uma historia s. A ltima parte do ltimo livro da bblia, soa como o final da historia, comeada na primeira parte do primeiro livro. Gnesis Apocalipse
O primeiro versculo : No principio criou Deus O ltimo versculo : Vi novo cu e nova Terra os cus e a terra . Gn 1:1 . Ap 21:1 Ao ajuntamento das guas chamou mar . Gn 1:10 As trevas chamou noite . Gn 1:5 Deus fez os dois grandes luzeiros . Gn 1:16 No dia em que dela comerdes morreras . Gn 2:17 Multiplicarei sobremodo as tuas dores . Gn 3:16 Maldita a terra pr tua causa . Gn. 3:17 Satans aparece como o enganador da humanidade . Gn 3:1-4 E o mar j no existe . Ap 21:1 L no haver noite. Ap 21:25 A cidade no precisa nem de sol, nem de lua, pois a gloria de Deus a iluminou . Ap 21:13 No haver mais morte . Ap 21:4 No mais haver sofrimentos . Ap 21:4 No mais haver maldio . Ap 22:3 Satans desaparece para sempre . Ap 20:10
Foram afastados da arvore da Vida . Gn 3:22- Reaparece a arvore da vida . Ap 22:2 24 O homem afastou-se da presena de Deus . Gn Vero a sua face . Ap 22:4 3:24 A primeira habitao do homem foi um jardim a A eterna habitao do homem redimido ser ao lado de rio corre para sempre do trono de Deus. beira de um rio . Gn 22:10 Ap 22:1
4. Livros Aprcrifos
A Bblia Catlica (Catlica Romana) contem 7 livros a mais chamados de Livros Apcrifos, isto , livros que so considerados como no inspirados pr Deus. Esses livros apcrifos esto colocados no AT e nunca foram citados pr Jesus ou plos Apstolos. So chamados tambm de Deutereocannicos (Segundo cnone). O NT no contem nenhum livro apcrifo. Os livros apcrifos so: II Esdras, Tobias, Judite, Sabedoria, Eclesistico, Baruc e I e II Macabeus. O nosso I e II Samuel, correspondem ao I e II Reis Catlicos, e o III e IV Reis Catlicos so os nossos I e II Reis. Paralipomenos Catlicos, correspondem aos nossos I e II Crnicas. Existe uma Bblia Catlica, traduo do Padre Matos Soares, Edies Paulinas onde, na Introduo (pagina 10), o Padre escreve o seguinte: Todos os livros do Velho Testamento e Novo Testamento so inspirados. Porem nos primeiros sculos do Cristianismo, numa ou noutra Igreja surgiram algumas duvidas a cerca da inspirao de alguns livros da Bblia. A partir do sculo XVI (sculo 16) chamaram-se Deutereo-cannicos, os livros cuja inspirao fora impugnada, e os reconhecidos como fazendo parte do Cnon(lista de Livros Inspirados), chamam-se de Protocannicos.
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6. A diviso da Bblia
A Bblia divide-se em dois testamentos. O Antigo Testamento e o Novo Testamento. O Antigo foi escrito em Hebraico e o Novo em Grego, menos o Evangelho de Mateus, que foi escrito em Hebraico. A diviso da Bblia em captulos e atribuda ao Cardeal Hugo Caro (falecido em 1.263), ou a Stephen Langton (falecido em 1.228). A diviso em versculos obra de Robert Stevens, datando de 1.551. A Bblia inteira apareceu pela primeira vez com a diviso atual em captulos e versculos, na edio da Vulgata, publicada pr Robert Stevens, em 1.556. A Bblia Sagrada foi o primeiro livro impresso no mundo em 1.535.
7. A escrita da Bblia
A Bblia foi escrita pr mais de 40 autores, os quais viveram em lugares diferentes, de varias classes sociais, de diferentes nveis de inteligncia, de diversas culturas, e que a escreveram num perodo de 1.600 anos. No entanto, ela e denominada com propriedade da Bblia, isto , Um Livro, ou Coleo de Livros, porque dela h um fato singular, H UMA UNIDADE PERFEITA, fruto da inspirao divina sobre aqueles que a escreveram. A Bblia foi escrita usando quase que todos os gneros literrios, histria, biografia, crnica, relatrio, carta, lei, poesia, provrbios, drama, profecia, etc. A Bblia e o nico livro que fala do inicio do mundo, do fim dos tempos, e que mostra o plano de redeno do homem, pr parte de Deus.
8. Calvrio
Calvrio ou Glgota. Ambas as palavras, a primeira derivada do latim e a segunda do aramaico, significam "a caveira" ou "o lugar da caveira", e fazem referncia ao lugar onde Cristo foi crucificado (Mt 27:33, Lc 23:33). Se o chamaram "o lugar da caveira" por ser um local de execuo (um lugar onde havia caveiras) ou porque o lugar parecia com uma caveira, no se sabe ainda hoje. A localizao exata do calvrio atualmente desconhecida devido ao fato de Tito ter destrudo Jerusalm no ano 70 d.C. Durante uns 60 anos, a cidade permaneceu em total runa. Poucos cristos regressaram para viver ali, e os que o fizeram, certamente eram em menor nmero do que aqueles que fugiram da cidade e no tiveram condies de reconhecer nenhum lugar em meio devastao total. Vrios lugares tm sido sugeridos como a provvel localizao da sepultura, mas s dois deles so considerados com seriedade. Um no interior da igreja do Santo Sepulcro, e outro o calvrio de Gordon, com sua tumba do jardim.
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COMPLEMENTOS
CONHECENDO A BBLIA SAGRADA
Qual a origem da palavra Bblia? Quando com eou a ser cham ada por este nom e ? Grega, Significa Livros, tanto pode ser plural neutro, com o singular fem inino.
A partir do 4 o sculo, por Joo Crisstom o, profundo conhecedor da Palavra , nascido em Antioquia, foi considerado um dos pais da Igreja, conhecido com o: " O boca de Ouro " Nom es Tcnicos: A Palavra Tg 1:21-23; (... se algum ouvinte da Palavra e no praticante, assem elha-se ao hom em que contem pla, num espelho, o seu rosto natural; ) AS Escrituras Mt 22:29 (Respondeu-lhes Jesus: Errais, no conhecendo as Escrituras nem o poder de Deus. ) Nom es figurativos: Um a luz Sl 119:105 (Lm pada para os m eus ps a tua palavra e, luz para os m eus cam inhos.)
Um espelho Tg 1:23 (... se algum ouvinte da Palavra e no praticante, assem elha-se ao hom em que contem pla, num espelho, o seu rosto natural; )
Escritura Jo 2:22; (Q uando, pois, Jesus ressuscitou dentre os m ortos, lem braram -se os seus discpulos de que ele dissera isto; e creram na Escritura e na palavra de Jesus. A Palavra do Senhor 2 Ts 3:
Um a fonte Ef 5:26
Um m artelo Jr 23:29 (No a m inha palavra fogo, diz o SENHOR, e m artelo que esm ia a penha?)
Um a espada Ef 6:17 ( Tom ai tam bm o capacete da salvao e a espada do Esprito, que a palavra de Deus;)
At certo ponto do V/T, no tem os evidncia, da Palavra de Deus escrita, m as sabem os que Ele sem pre falou, entretanto som ente Moiss recebeu a ordem para escrever. Ex 17:14 ( ... Ento, disse o SENHO R a Moiss: Escreve isto para m em ria num livro... ) e Ex 24:04 ( ... Moiss escreveu todas as palavras do SENHOR ... )
Pela natureza : Sl 19:01 (Os cus proclam am a glria de Deus, e o firm am ento anuncia as obras das suas m os. ) Pela Conscincia : 1 Tm 4:02 ( ... pela hipocrisia dos que falam m entiras e que tm cauterizada a prpria conscincia... )
Obs.:Pela natureza descobria-se a existncia, poder e a bondade de Deus, m as no o cam inho para Ele, j a conscincia pode ser cauterizada. Rm 2:14-16 (Quando, pois, os gentios, que no tm lei, procedem , por natureza, de conform idade com a lei, no tendo lei, servem eles de lei para si m esm os. 15 Estes m ostram a norm a da lei gravada no seu corao, testem unhando-lhes tam bm a conscincia e os seus pensam entos, m utuam ente acusando-se ou defendendo-se, 16 no dia em que Deus, por m eio de Cristo Jesus, julgar os segredos dos hom ens, de conform idade com o m eu evangelho. ) A dificuldade dos crticos, no explicar com o a Bblia chegou at ns e sim com o o Gnesis chegou at Moiss. Existem duas teorias a) Transm isso verbal: ( Ado, Sete, Lam eque, No, Abrao, Jac, At Moiss). b) Revelao direta do Esprito Santo: ( Moiss escreveu sobre total inspirao, recebendo diretam ente de Deus). O que Revelao ? a) Revelao: o poder sobrenatural de Deus, operado por interm dio do Esprito Santo, que consiste em Deus, revelar os seus desgnios aos hom ens, os quais o hom em jam ais descobriria se Deus, no os revelasse; O que Inspirao ? b) Inspirao: o poder sobrenatural de Deus, operado por interm dio do Esprito Santo, que capacita o hom em a escrever as verdades reveladas por Deus SEM ERRO. O que Ilum inao ? C) Ilum inao: o poder sobrenatural de Deus, operado por interm dio do Esprito Santo, que capacita o hom em a entender as verdades reveladas por Deus. Um livro apenas: ( 66 captulos de um grande livro ) Aspectos im portantes a considerar sobre a Bblia Um nico assunto: A redeno do Hom em , atravs de Jesus
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Abreviaturas
Antigo Testamento
SBB * Gn Ex Lv Nm Dt Js Jz Rt 1 Sm 2 Sm 1 Rs 2 Rs 1 Cr 2 Cr Ed Ne Et J Sl Pv Ec Ct Is Jr Lm Ez Dn Os Jl Am Ob Jn Mq Na Hc Sf Ag Zc Ml Livro Gnesis xodo Levtico Nmeros Deuteronomio Josu Juizes Rute 1 Samuel 2 Samuel 1 Reis 2 Reis 1 Crnicas 2 Crnicas Esdras Neemias Ester J Salmos provrbios Eclesiastes Cantares Isaas Jeremias Lamentaes de Jeremias Ezequiel Daniel Osias Joel Ams Obadias Jonas Miquias Naum Habacuque Sofonias Agu Zacarias Malaquias Baruc Livro do Eclesiastico ( Sirac ) Judite 1 Macabeus 2 Macabeus Livro da Sabedoria Tobias Editora Ave-Maria Gn Ex Lv Nm Dt Js Jz Rt 1 Sm ( 1 Reis ) 2 Sm ( 2 Reis ) 1 Rs (3 Reis ) 2 Rs ( 4 reis ) 1 Cr ( 1 Paralipmenos ) 2 Cr ( 2 Paralipmenos ) Es ( 1 Esdras ) Ne ( 2 Esdras ) Est J Sl Pr Ecl ( Coelet ) Ct ( Cntico dos Cnticos ) Is Jr Lm ( Lamentaes ) Ez Dn Os Jl Am Ab ( Abdias ) Jn Mq Na Hab ( Habacuc ) Sf Ag Zc Ml Br Eclo Jt 1 Mc 2 Mc Sb Tb
Novo Testamento
SBB * Livro Mt Mateus Mc Marcos Lc Lucas Jo Joo At Atos Rm Romanos 1 Co 1 Corintios 2 Co 2 Corintios Gl Glatas Ef Efsios Fp Felipenses Cl Colossenses 1 Ts 1 Tessalonicenses 2 Ts 2 Tessalonicenses 1 Tm 1 Timteo 2 Tm 2 Timteo Tt Tito Fm Filemom Hb Hebreus Tg Tiago 1 Pe 1 Pedro 2 Pe 2 Pedro 1 Jo 1 Joo 2 Jo 2 Joo 3 Jo 3 Joo Jd Judas Ap Apocalipse * Sociedade Bblica do Brasil
AC AD DC
Antes de Cristo Depois de Cristo. Do Latim Ano Domini , ano do Senhor Depois de Cristo
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PASSAGENS BBLICAS
Gnesis, captulo 10 - ref. da pgina 18 So estas as geraes dos filhos de No, Sem, Cam e Jaf; e nasceram-lhes filhos depois do dilvio. 2 Os filhos de Jaf so: Gomer, Magogue, Madai, Jav, Tubal, Meseque e Tiras. 3 Os filhos de Gomer so: Asquenaz, Rifate e Togarma. 4 Os de Jav so: Elis, Trsis, Quitim e Dodanim. 5 Estes repartiram entre si as ilhas das naes nas suas terras, cada qual segundo a sua lngua, segundo as suas famlias, em suas naes. 6 Os filhos de Cam: Cuxe, Mizraim, Pute e Cana. 7 Os filhos de Cuxe: Seb, Havil, Sabt, Raam e Sabtec; e os filhos de Raam: Sab e Ded. 8 Cuxe gerou a Ninrode, o qual comeou a ser poderoso na terra. 9 Foi valente caador diante do SENHOR; da dizer-se: Como Ninrode, poderoso caador diante do SENHOR. 10 O princpio do seu reino foi Babel, Ereque, Acade e Caln, na terra de Sinar. 11 Daquela terra saiu ele para a Assria e edificou Nnive, Reobote-Ir e Cal. 12 E, entre Nnive e Cal, a grande cidade de Resm. 13 Mizraim gerou a Ludim, a Anamim, a Leabim, a Naftuim, 14 a Patrusim, a Casluim (donde saram os filisteus) e a Caftorim. 15 Cana gerou a Sidom, seu primognito, e a Hete, 16 e aos jebuseus, aos amorreus, aos girgaseus, 17 aos heveus, aos arqueus, aos sineus, 18 aos arvadeus, aos zemareus e aos hamateus; e depois se espalharam as famlias dos cananeus. 19 E o limite dos cananeus foi desde Sidom, indo para Gerar, at Gaza, indo para Sodoma, Gomorra, Adm e Zeboim, at Lasa. 20 So estes os filhos de Cam, segundo as suas famlias, segundo as suas lnguas, em suas terras, em suas naes. 21 A Sem, que foi pai de todos os filhos de Hber e irmo mais velho de Jaf, tambm lhe nasceram filhos. 22 Os filhos de Sem so: Elo, Assur, Arfaxade, Lude e Ar. 23 Os filhos de Ar: Uz, Hul, Geter e Ms. 24 Arfaxade gerou a Sal; Sal gerou a Hber. 25 A Hber nasceram dois filhos: um teve por nome Pelegue, porquanto em seus dias se repartiu a terra; e o nome de seu irmo foi Joct. 26 Joct gerou a Almod, a Selefe, a Hazar-Mav, a Jer, 27 a Hadoro, a Uzal, a Dicla, 28 a Obal, a Abimael, a Sab, 29 a Ofir, a Havil e a Jobabe; todos estes foram filhos de Joct. 30 E habitaram desde Messa, indo para Sefar, montanha do Oriente. 31 So estes os filhos de Sem, segundo as suas famlias, segundo as suas lnguas, em suas terras, em suas naes. 32 So estas as famlias dos filhos de No, segundo as suas geraes, nas suas naes; e destes foram disseminadas as naes na terra, depois do dilvio.
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Mateus 8:10-26 - ref. da pgina 19 Ouvindo isto, admirou-se Jesus e disse aos que o seguiam: Em verdade vos afirmo que nem mesmo em Israel achei f como esta. 11 Digo-vos que muitos viro do Oriente e do Ocidente e tomaro lugares mesa com Abrao, Isaque e Jac no reino dos cus. 12 Ao passo que os filhos do reino sero lanados para fora, nas trevas; ali haver choro e ranger de dentes. 13 Ento, disse Jesus ao centurio: Vai-te, e seja feito conforme a tua f. E, naquela mesma hora, o servo foi curado. 14 Tendo Jesus chegado casa de Pedro, viu a sogra deste acamada e ardendo em febre. 15 Mas Jesus tomou -a pela mo, e a febre a deixou. Ela se levantou e passou a servi-lo. 16 Chegada a tarde, trouxeram-lhe muitos endemoninhados; e ele meramente com a palavra expeliu os espritos e curou todos os que estavam doentes; 17 para que se cumprisse o que fora dito por intermdio do profeta Isaas: Ele mesmo tomou as nossas enfermidades e carregou com as nossas doenas. 18 Vendo Jesus muita gente ao seu redor, ordenou que passassem para a outra margem. 19 Ento, aproximando-se dele um escriba, disse-lhe: Mestre, seguir-te-ei para onde quer que fores. 20 Mas Jesus lhe respondeu: As raposas tm seus covis, e as aves do cu, ninhos; mas o Filho do Homem no tem onde reclinar a cabea. 21 E outro dos discpulos lhe disse: Senhor, permite-me ir primeiro sepultar meu pai. 22 Replicou-lhe, porm, Jesus: Segue-me, e deixa aos mortos o sepultar os seus prprios mortos. 23 Ento, entrando ele no barco, seus discpulos o seguiram. 24 E eis que sobreveio no mar uma grande tempestade, de sorte que o barco era varrido pelas ondas. Entretanto, Jesus dormia. 25 Mas os discpulos vieram acord-lo, clamando: Senhor, salva-nos! Perecemos! 26 Perguntou-lhes, ento, Jesus: Por que sois tmidos, homens de pequena f? E, levantando-se, repreendeu os ventos e o mar; e fez-se grande bonana.
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Mateus 26:31-56 - ref. da pgina 19 Ento, Jesus lhes disse: Esta noite, todos vs vos escandalizareis comigo; porque est escrito: Ferirei o pastor, e as ovelhas do rebanho ficaro dispersas. 32 Mas, depois da minha ressurreio, irei adiante de vs para a Galilia. 33 Disse-lhe Pedro: Ainda que venhas a ser um tropeo para todos, nunca o sers para mim. 34 Replicou-lhe Jesus: Em verdade te digo que, nesta mesma noite, antes que o galo cante, tu me negars trs vezes. 35 Disse-lhe Pedro: Ainda que me seja necessrio morrer contigo, de nenhum modo te negarei. E todos os discpulos disseram o mesmo. 36 Em seguida, foi Jesus com eles a um lugar chamado Getsmani e disse a seus discpulos: Assentai-vos aqui, enquanto eu vou ali orar; 37 e, levando consigo a Pedro e aos dois filhos de Zebedeu, comeou a entristecer-se e a angustiar-se. 38 Ento, lhes disse: A minha alma est profundamente triste at morte; ficai aqui e vigiai comigo. 39 Adiantando-se um pouco, prostrou-se sobre o seu rosto, orando e dizendo: Meu Pai, se possvel, passe de mim este clice! Todavia, no seja como eu quero, e sim como tu queres. 40 E, voltando para os discpulos, achou-os dormindo; e disse a Pedro: Ento, nem uma hora pudestes vs vigiar comigo? 41 Vigiai e orai, para que no entreis em tentao; o esprito, na verdade, est pronto, mas a carne fraca. 42 Tornando a retirar-se, orou de novo, dizendo: Meu Pai, se no possvel passar de mim este clice sem que eu o beba, faa-se a tua vontade. 43 E, voltando, achou-os outra vez dormindo; porque os seus olhos estavam pesados. 44 Deixando-os novamente, foi orar pela terceira vez, repetindo as mesmas palavras. 45 Ento, voltou para os discpulos e lhes disse: Ainda dormis e repousais! Eis que chegada a hora, e o Filho do Homem est sendo entregue nas mos de pecadores. 46 Levantai-vos, vamos! Eis que o traidor se aproxima. 47 Falava ele ainda, e eis que chegou Judas, um dos doze, e, com ele, grande turba com espadas e porretes, vinda da parte dos principais sacerdotes e dos ancios do povo. 48 Ora, o traidor lhes tinha dado este sinal: Aquele a quem eu beijar, esse; prendei -o. 49 E logo, aproximando-se de Jesus, lhe disse: Salve, Mestre! E o beijou. 50 Jesus, porm, lhe disse: Amigo, para que vieste? Nisto, aproximando-se eles, deitaram as mos em Jesus e o prenderam. 51 E eis que um dos que estavam com Jesus, estendendo a mo, sacou da espada e, golpeando o servo do sumo sacerdote, cortou-lhe a orelha. 52 Ento, Jesus lhe disse: Embainha a tua espada; pois todos os que lanam mo da espada espada perecero. 53 Acaso, pensas que no posso rogar a meu Pai, e ele me mandaria neste momento mais de doze legies de anjos? 54 Como, pois, se cumpririam as Escrituras, segundo as quais assim deve suceder? 55 Naquele momento, disse Jesus s multides: Sastes com espadas e porretes para prender-me, como a um salteador? Todos os dias, no templo, eu me assentava convosco ensinando, e no me prendestes. 56 Tudo isto, porm, aconteceu para que se cumprissem as Escrituras dos profetas. Ento, os discpulos todos, deixando-o, fugiram.
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xodo 15:1-21 - ref. da pgina 76 Ento, entoou Moiss e os filhos de Israel este cntico ao SENHOR, e disseram: Cantarei ao SENHOR, porque triunfou gloriosamente; lanou no mar o cavalo e o seu cavaleiro. 2 O SENHOR a minha fora e o meu cntico; ele me foi por salvao; este o meu Deus; portanto, eu o louvarei; ele o Deus de meu pai; por isso, o exaltarei. 3 O SENHOR homem de guerra; SENHOR o seu nome. 4 Lanou no mar os carros de Fara e o seu exrcito; e os seus capites afogaram-se no mar Vermelho. 5 Os vagalhes os cobriram; desceram s profundezas como pedra. 6 A tua destra, SENHOR, gloriosa em poder; a tua destra, SENHOR, despedaa o inimigo. 7 Na grandeza da tua excelncia, derribas os que se levantam contra ti; envias o teu furor, que os consome como restolho. 8 Com o resfolgar das tuas narinas, amontoaram-se as guas, as correntes pararam em monto; os vagalhes coalharam-se no corao do mar. 9 O inimigo dizia: Perseguirei, alcanarei, repartirei os despojos; a minha alma se fartar deles, arrancarei a minha espada, e a minha mo os destruir. 10 Sopraste com o teu vento, e o mar os cobriu; afundaram-se como chumbo em guas impetuosas. 11 SENHOR, quem como tu entre os deuses? Quem como tu, glorificado em santidade, terrvel em feitos gloriosos, que operas maravilhas? 12 Estendeste a destra; e a terra os tragou. 13 Com a tua beneficncia guiaste o povo que salvaste; com a tua fora o levaste habitao da tua santidade. 14 Os povos o ouviram, eles estremeceram; agonias apoderaram-se dos habitantes da Filstia. 15 Ora, os prncipes de Edom se perturbam, dos poderosos de Moabe se apodera temor, esmorecem todos os habitantes de Cana. 16 Sobre eles cai espanto e pavor; pela grandeza do teu brao, emudecem como pedra; at que passe o teu povo, SENHOR, at que passe o povo que adquiriste. 17 Tu o introduzirs e o plantars no monte da tua herana, no lugar que aparelhaste, SENHOR, para a tua habitao, no santurio, Senhor, que as tuas mos estabeleceram. 18 O SENHOR reinar por todo o sempre. 19 Porque os cavalos de Fara, com os seus carros e com os seus cavalarianos, entraram no mar, e o SENHOR fez tornar sobre eles as guas do mar; mas os filhos de Israel passaram a p enxuto pelo meio do mar. 20 A profetisa Miri, irm de Aro, tomou um tamborim, e todas as mulheres saram atrs dela com tamborins e com danas. 21 E Miri lhes respondia: Cantai ao SENHOR, porque gloriosamente triunfou e precipitou no mar o cavalo e o seu cavaleiro.
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Juzes 5 - ref. da pgina 76 Naquele dia, cantaram Dbora e Baraque, filho de Abinoo, dizendo: 2 Desde que os chefes se puseram frente de Israel, e o povo se ofereceu voluntariamente, bendizei ao SENHOR. 3 Ouvi, reis, dai ouvidos, prncipes: eu, eu mesma cantarei ao SENHOR; salmodiarei ao SENHOR, Deus de Israel. 4 Saindo tu, SENHOR, de Seir, marchando desde o campo de Edom, a terra estremeceu; os cus gotejaram, sim, at as nuvens gotejaram guas. 5 Os montes vacilaram diante do SENHOR, e at o Sinai, diante do SENHOR, Deus de Israel. 6 Nos dias de Sangar, filho de Anate, nos dias de Jael, cessaram as caravanas; e os viajantes tomavam desvios tortuosos. 7 Ficaram desertas as aldeias em Israel, repousaram, at que eu, Dbora, me levantei, levantei-me por me em Israel. 8 Escolheram-se deuses novos; ento, a guerra estava s portas; no se via escudo nem lana entre quarenta mil em Israel. 9 Meu corao se inclina para os comandantes de Israel, que, voluntariamente, se ofereceram entre o povo; bendizei ao SENHOR. 10 Vs, os que cavalgais jumentas brancas, que vos assentais em juzo e que andais pelo caminho, falai disto. 11 msica dos distribuidores de gua, l entre os canais dos rebanhos, falai dos atos de justia do SENHOR, das justias a prol de suas aldeias em Israel. Ento, o povo do SENHOR pde descer ao seu lar. 12 Desperta, Dbora, desperta, desperta, acorda, entoa um cntico; levanta-te, Baraque, e leva presos os que te prenderam, tu, filho de Abinoo. 13 Ento, desceu o restante dos nobres, o povo do SENHOR em meu auxlio contra os poderosos. 14 De Efraim, cujas razes esto na antiga regio de Amaleque, desceram guerreiros; depois de ti, Dbora, seguiu Benjamim com seus povos; de Maquir desceram comandantes, e, de Zebulom, os que levam a vara de comando. 15 Tambm os prncipes de Issacar foram com Dbora; Issacar seguiu a Baraque, em cujas pegadas foi enviado para o vale. Entre as faces de Rben houve grande discusso. 16 Por que ficaste entre os currais para ouvires a flauta? Entre as faces de Rben houve grande discusso. 17 Gileade ficou dalm do Jordo, e D, por que se deteve junto a seus navios? Aser se assentou nas costas do mar e repousou nas suas baas. 18 Zebulom povo que exps a sua vida morte, como tambm Naftali, nas alturas do campo. 19 Vieram reis e pelejaram; pelejaram os reis de Cana em Taanaque, junto s guas de Megido; porm no levaram nenhum despojo de prata. 20 Desde os cus pelejaram as estrelas contra Ssera, desde a sua rbita o fizeram. 21 O ribeiro Quisom os arrastou, Quisom, o ribeiro das batalhas. Avante, minha alma, firme! 22 Ento, as unhas dos cavalos socavam pelo galopar, o galopar dos seus guerreiros. 23 Amaldioai a Meroz, diz o Anjo do SENHOR, amaldioai duramente os seus moradores, porque no vieram em socorro do SENHOR, em socorro do SENHOR e seus heris. 24 Bendita seja sobre as mulheres Jael, mulher de Hber, o queneu; bendita seja sobre as mulheres que vivem em tendas. 25 gua pediu ele, leite lhe deu ela; em taa de prncipes lhe ofereceu nata. 26 estaca estendeu a mo e, ao mao dos trabalhadores, a direita; e deu o golpe em Ssera, rachou-lhe a cabea, furou e traspassou-lhe as fontes. 27 Aos ps dela se encurvou, caiu e ficou estirado; a seus ps se encurvou e caiu; onde se encurvou, ali caiu morto. 28 A me de Ssera olhava pela janela e exclamava pela grade: Por que tarda em vir o seu carro? Por que se demoram os passos dos seus cavalos? 29 As mais sbias das suas damas respondem, e at ela a si mesma respondia: 30 Porventura, no achariam e repartiriam despojos? Uma ou duas moas, a cada homem? Para Ssera, estofos de vrias cores, estofos de vrias cores de bordados; um ou dois estofos bordados, para o pescoo da esposa? 31 Assim, SENHOR, peream todos os teus inimigos! Porm os que te amam brilham como o sol quando se levanta no seu esplendor. E a terra ficou em paz quarenta anos.
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2 Reis 17:24-34 - ref. da pgina 96 O rei da Assria trouxe gente de Babilnia, de Cuta, de Ava, de Hamate e de Sefarvaim e a fez habitar nas cidades de Samaria, em lugar dos filhos de Israel; tomaram posse de Samaria e habitaram nas suas cidades. 25 A princpio, quando passaram a habitar ali, no temeram o SENHOR; ento, mandou o SENHOR para o meio deles lees, os quais mataram a alguns do povo. 26 Pelo que se disse ao rei da Assria: As gentes que transportaste e fizeste habitar nas cidades de Samaria no sabem a maneira de servir o deus da terra; por isso, enviou ele lees para o meio delas, os quais as matam, porque no sabem como servir o deus da terra. 27 Ento, o rei da Assria mandou dizer: Levai para l um dos sacerdotes que de l trouxestes; que ele v, e l habite, e lhes ensine a maneira de servir o deus da terra. 28 Foi, pois, um dos sacerdotes que haviam levado de Samaria, e habitou em Betel, e lhes ensinava como deviam temer o SENHOR. 29 Porm cada nao fez ainda os seus prprios deuses nas cidades em que habitava, e os puseram nos santurios dos altos que os samaritanos tinham feito. 30 Os de Babilnia fizeram Sucote-Benote; os de Cuta fizeram Nergal; os de Hamate fizeram Asima; 31 os aveus fizeram Nibaz e Tartaque; e os sefarvitas queimavam seus filhos a Adrameleque e a Anameleque, deuses de Sefarvaim. 32 Mas temiam tambm ao SENHOR; dentre os do povo constituram sacerdotes dos lugares altos, os quais oficiavam a favor deles nos santurios dos altos. 33 De maneira que temiam o SENHOR e, ao mesmo tempo, serviam aos seus prprios deuses, segundo o costume das naes dentre as quais tinham sido transportados. 34 At ao dia de hoje fazem segundo os antigos costumes; no temem o SENHOR, no fazem segundo os seus estatutos e juzos, nem segundo a lei e o mandamento que o SENHOR prescreveu aos filhos de Jac, a quem deu o nome de Israel.
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GLOSSRIO
Aferio Ato ou efeito de aferir . Aferir Conferir com respectivos padres. Alegorias Exposio de um pensamento sob forma figurada. Fico que representa uma coisa para dar idia de outra. Aluso referncia vaga e indireta. Meno, referncia, relao. Antologia Coleo de trechos em prosa ou em verso. Apcrifos Diz-se de obra ou fato sem autenticiade. Apologtico Que encerra apologia. Apologia Discurso para justificar, defender ou louvar. Ascender Subir, elevar-se. Ascenso - Ato de ascender, subida, elevao. Cnon Padro, modelo, norma, regra. Cannico Conforme os cnones. Canonizar Inscrever no rol dos santos. Declarar santo. Conclio Assemblia de prelados catlicos em que se tratam assuntos dogmticos, doutrinrios ou disciplinares. Conjurar Rogar com instncia, suplicar. Cunho Marca em relevo, impressa. - Marca, selo. Coerncia - Ligao, harmonia entre dois assuntos ou idias, conexo, lgica, nexo. Coexistir - Existir simultaneamente. Edito - Parte da lei que preceitua alguma coisa. dito - Ordem judicial publicada por anncios ou editais. Elegia - Poema lrico cujo tom quase sempre terno e triste. Erradicar - Desarraigar. Especulao - Investigao terica, explorao. tnico - Relativo ou pertencente a povo ou raa. Exalar - Exaltar, enaltecer. Exegese - Comentrio para esclarecimentos ou minuciosa interpretao. Exlio - Expatriao forada ou voluntria, degredo, desterro. Faces - Parte divergente de um grupo ou partido. Fidedigno - Digno de f. Helenizar - Tornar conforme ao carter grego. Helenos - Gregos. Heterodoxo - Oposto aos princpios de uma religio. Heterogneo - De diferente natureza Hinologia - Parte da composio de hinos, ato de cantar ou recitar hinos. Idiossincrasia - Maneira de ver, sentir, reagir, prpria de cada pessoa. Implicar - Trazer como conseqncia. Implcito - No de modo claro. Imprimtur - Permisso de autoridade religiosa para imprimir texto que foi submetido sua censura. Insurreio - Revolta, rebelio, oposio violenta. Irancundo. Propenso ira, irascvel. Lpide - Pedra com qualquer inscrio comemorativa. Latente - Que permanece escondido, oculto, disfarado. Lrica - Sentimental, emocional. Masmorra - Priso subterrnea. Massor - Conjunto dos comentrios crticos e gramticos acerca da Bblia feita por doutores judeus. Meticulosidade - Mincias, pormenores. Mtricos - Sistema de versificao particular a um poeta. Misticismo - Disposio para crer no sobrenatural. Mstico - Misterioso e espiritualmente figurado. Notica - Relativo a No (uso exclusivo). Ortodoxia - Absoluta conformidade com um princpio ou doutrina. Orculos - Palavra, sentena, deciso infalvel de quem tem grande autoridade. Parafrasear - Explicar desenvolvendo. Paralelismo - Correspondncia de idias ou opinies. Patente - Claro, evidente, manifesto. Pecagianismo - Doutrina que nega o pecado original e a corrupo da natureza humana. Peculiar - Relativo a uma pessoa ou coisa especial. Perscrutar - Investigar minuciosamente. Proletariado - Camada social assalariada. Ritualstica - Relativo a ritual. Simonia - Trfego de coisas sagradas ou espirituais. Sinticos - Paralelo, semelhante. Snscrito - Uma das mais antigas lnguas clssicas da ndia. Teocracia - Forma de governo em que a autoridade emana dos deuses ou de Deus. Vassalados - Sditos, subordinados(as).
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