CULTIVO DO MORANGO 1 Parte
CULTIVO DO MORANGO 1 Parte
CULTIVO DO MORANGO 1 Parte
CULTIVO DO MORANGO
Fragaria vesca L.
( morango silvestre europeu)
CULTIVO DO MORANGO
Forma silvestre: Europa e Amricas. 1714 (Amde Franois Frzier) encontrou a espcie Fragaria chiloensis, que produzia frutos e levou 5 plantas, que ao cruzar naturalmente com a cultivar F. virginiana (levada Frana em 1624) iniciou o processo natural de hibridao . A partir do sculo XIX houve progresso chegando a morangos octaplides, com flores completas, frteis e sem entraves de incompatibilidade.
CULTIVO DO MORANGO
Existem mais de 20 espcies do gnero Fragaria que recebem a designao comum de morangueiro, com ampla distribuio nas zonas temperadas e subtropicais. Apesar de algumas diferenas anatmicas tpicas, a classificao das espcies assenta essencialmente sobre o nmero de cromossomos, sendo que existem sete tipos bsicos de cromossomos que todas as espcies e seus hbridos possuem em comum. A grande distino resulta do grau de poliploidia que as espcies exibem.
CULTIVO DO MORANGO
ESPCIES: Diplides - tem dois conjuntos dos sete
cromossomos bsicos (14 cromossomos no total);
Tetraplides - (quatro conjuntos, 28 cromossomos); Hexaplides - (seis conjuntos, 42 cromossomos); Octoplides - (oito conjuntos, 56 cromossomos) Decaplides - (dez conjuntos, 70 cromossomos).
CULTIVO DO MORANGO
Como regra geral, embora com algumas excees notveis, as espcies de morangueiro com mais cromossomos tendem a ser mais robustas e maiores, produzindo tambm em geral morangos maiores.
CULTIVO DO MORANGO
Espcies diplides:
Fragaria daltoniana Fragaria iinumae Fragaria nilgerrensis Fragaria nipponica Fragaria nubicola Fragaria vesca (o morango silvestre europeu) Fragaria viridis Fragaria yezoensis
Espcies tetraploides:
Fragaria moupinensis Fragaria orientalis
Requisitos do consumidor
Qualidade Ambiental Segurana alimentar
Espcies hexaploides:
Fragaria moschata
MORANGO
PRODUTORES MUNDIAIS - 2000
MORANGO NO BRASIL
Comeou a expandir em 1960 com o lanamento da cultivar Campinas (IAC). Hoje temos 6 grandes plos produtores , em ordem de produo:
Minas Gerais: Regio de Pouso Alegre; So Paulo: Suzano e Itaquera, Jundia, Piedade, Atibaia (60% da produo paulista); Rio Grande do Sul:
Regio do Vale do Ca Feliz e Bom Princpio; Regio da Serra: Farroupilha e Caxias do Sul; Regio Sul: Pelotas (morango para indstria);
Paran:
Regio Norte Pioneiro: Pinhalo, Ibait, Japira, Jaboti Regio Metropolitana de Curitiba: So Jos dos Pinhais, Araucria, Almirante Tamandar.
Esprito Santo: Regio de Vila Nova Santa Catarina: Regio de Caador e Urussanga; Outros: FONTE: FAO
Goias Distrito Federal
MORANGO
PRINCIPAIS ESTADOS PRODUTORES - 2007
2007 ESTADO MINAS GERAIS SO PAULO RIO GRANDE DO SUL PARAN DEMAIS ESTADOS TOTAL
FONTE: PGINA RURAL - MG
MORANGO
PRINCIPAIS ESTADOS PRODUTORES - 2001
PRODUO
(TONELADAS)
MORANGO
Evoluo de rea e Produo no Paran 1992 a 2006
MORANGO
PRINCIPAIS ESTADOS PRODUTORES - 2001
MORANGO
PRINCIPAIS ESTADOS PRODUTORES - 2007
2007 ESTADO PRODUO (TONELADAS) %
MINAS GERAIS SO PAULO RIO GRANDE DO SUL PARAN DEMAIS ESTADOS TOTAL
Fonte: SEAB/DERAL
MORANGO
PRINCIPAIS MUNICIPIOS PRODUTORES - 2006
MUNICPIO
SAO JOSE DOS PINHAIS JABOTI ARAUCARIA PINHALAO LONDRINA JAPURA CIANORTE ALMIRANTE TAMANDARE PIRAI DO SUL ANTONIO OLINTO SUB-TOTAL DEMAIS 150 MUNICPIOS
REA (ha) PRODUO (t)
MORANGO
Volumes Comercializados nas CEASAs - PR 2000 - 2007
%
23,17 8,16 6,32 4,48 3,95 3,23 2,77 2,30 2,07 1,98 58,43 41,57
80,00 31,00 30,00 17,00 23,00 14,00 14,00 14,00 9,00 10,00 242,00 344,61
3.520,00 1.240,00 960,00 680,00 600,00 490,00 420,00 350,00 315,00 300,00 8.875,00 6.314,67
TOTAL
586,61
15.189,67
100,00
FONTE: SEAB/DERAL
Fonte: CEASA/DITEC
MORANGO
Procedncia nas CEASAs 2000 - 2006
MORANGO
Preos mais comuns praticados nas CEASA/CTBA 2007
ES & SC
Fonte: CEASA/DITEC
Fonte: CEASA/PR
Pouso Alegre Estiva Jarinu Atibaia S.Jos dos pinhais 18,46 Caxias do Sul 13,94 10,1 TOTAL 5,08 3,91
MORANGO
Preos mais comuns praticados nas CEASAS/BR 01/08/2008
BOTNICA
Planta rasteira, de porte pequeno, folhas com trs fololos, flores brancas ou rosceas e infrutescncia (receptculo floral);
Fonte: MAPA
BOTNICA
Receptculo floral: aps a fecundao tornam-se carnudos e suculentos, adquirindo o formato oval, de colorao vermelho vivo, constituindo um pseudofruto (Morango comestvel);
BOTNICA
Fruto: So as pequenas estruturas escuras, aderidas ao receptculo floral, chamados de aqunios, que contm as sementes (interesse dos melhoristas).
INSETOS POLINIZADORES
FALHA NA POLINIZAO
CLIMA
Planta tpica de climas frios. No se adapta temperaturas clidas; No Centro Sul, as maiores regies produtoras so as regies serranas, com altitude ao redor de 1.000 metros O cultivo e a produo sofrem influncia:
Da temperatura; Do fotoperodo (menos as cultivares de dias neutros).
CLIMA
TEMPERATURA:
A temperatura afeta o desenvolvimento vegetativo, a produo e a qualidade do morango, sendo o principal fator limitante. A produo e a qualidade dos frutos do morangueiro esto diretamente relacionadas ao nmero de horas de frio que as mudas recebem no viveiro. O morango exige termoperiodicidade diria;
Temperaturas diurnas amenas; Temperaturas noturnas baixas.
CLIMA
TEMPERATURA:
TEMPERATURA ELEVADA:
Morango excessivamente cido; Pobre em sabor; Com menor consistncia.
CLIMA
FOTOPERODO: Dias curto para florescer e frutificar:
Emisso de flores a partir de mai/jun; Frutifica at nov/dez
TEMPERATURA BAIXA:
Frio de madrugada morangos com sabor e aroma pronunciados; Geadas prejudica, pois destri as flores e frutos, mas no a planta.
PRODUO DE MUDAS
PR-REQUISITOS:
Utilizao de mudas de alta qualidade gentica e sanitria; Utilizao de plantas matrizes oriundas de cultura de tecidos vegetais (sem vrus); Produzir em local de baixo potencial de inculo de fungos e bactrias agressivos ao morangueiro;
PRODUO DE MUDAS
PRODUO DE MUDAS A CAMPO:
Escolher o local apropriado. O solo deve ser corrigido e adubado; Plantio das matrizes: de setembro a novembro, dependendo da regio produtora, com colheita das mudas em maro a maio; Plantar em local onde no foi plantado morangueiro ou solanceas; Espaamento das matrizes: 2 X 1 m; 2 X 1,5 m ou 2 X 2 m Potencial para 1.000.000 de mudas/ha. Adubao da cova: 3 kg de esterco de bovinos + 100 g de super fosfato simples.
PRODUO DE MUDAS
Plantio em dias frescos e irrigao abundante at o pegamento das mudas. Aps realizar irrigaes peridicas para manter a umidade;
OBS: Mudas muito pequenas tem dificuldade de pegamento. Sugere-se repicar para copos descartveis (maior volume de substrato) at que adquiram maior porte. Aps transplantar a campo.
Controle de invasoras: fundamental durante a produo dos estolhos e multiplicao das mudas, pela concorrncia por nutrientes e dificuldade de retirada da muda. Aps o arranquio das mudas fazer a limpeza (toillete):
Aparar as folhas; Reduzir um pouco o sistema radicular, deixando de 12 a 15 cm; Padronizar as mudas quanto ao dimetro da coroa:
Facilitar operao do plantio; Melhorar o stand; Uniformizar a colheita.
PRODUO DE MUDAS
PRODUO DE MUDAS SEM SOLO:
Utilizao de canteiros suspensos em estufas, com substrato inerte (casca de arroz carbonizada) e/ou substrato esterilizado (solarizado). As matrizes em vasos so colocadas ao lado ou sobre o canteiro; A partir da emisso dos estolhos, estes so direcionados ao substrato que servir de suporte para o enraizamento e desenvolvimento da muda. A fertilizao feita atravs da fertirrigao.
PRODUO DE MUDAS
Durante a produo de mudas deve-se eliminar as flores, objetivando o aumento de estolhos e mudas; As mudas boas esto prontas a partir de 100 dias do plantio da muda matriz. Quando pequena considerar 120 dias.
IMPORTNCIA:
Programar a colheita das mudas; Programar a poca do plantio.
PRODUO DE MUDAS
COMO FAZER MUDAS A PARTIR DE UMA PRODUO COMERCIAL:
Esterilizar a muda atravs da imerso em gua a 50-60 C, sem alterar, por 20 minutos. Nesta T elimina a maioria dos vrus. Plantar em separado, em parcelas, fazer os devidos tratos culturais, selecionar as melhores para o plantio em nov/dez (repique) Plantar no espaamento 30 x 30 cm at o momento do repique. Uma s pessoa manuseia para no haver contaminao com o campo comercial; Eliminar todos os estolhos e flores at a poca da repicagem (nov/dez); Aps separar a touceira e plantar no espaamento para mudas (2 x 2 m; 2 x 1 m; 2 x 1,5 m)
Mudas com dimetros maiores iniciam a florao 20 a 25 dias antes que as de tamanho mdio e at 40 dias antes das menores.
PRODUO PRECOCE:
Mudas de tamanho grande > mdias;
PRODUO TOTAL:
Se equivalem
MUDAS PEQUENAS:
No apresentam produo precoce e produzem 20 a 25% menos.
POCA DE PLANTIO
POCA DE PLANTIO
VERNALIZAO DAS MUDAS
Em sua maioria as mudas produzidas no Brasil no atingem o padro de certificao; Importamos as mudas dos Estados Unidos, Chile e Argentina. As mudas nacionais vernalizadas tm produo semelhante as importadas (1 kg/planta por ano), 117% superior em relao a muda no vernalizada.
PRODUO DE MUDAS:
Setembro a novembro
PRODUO DE MORANGOS:
De Dias Curtos:
Maro/abril para mudas produzidas em local mais quente; Abril/maio para mudas oriundas do Chile, Argentina, EUA ou vernalizadas; Maro at novembro
De Dias Neutros:
VERNALIZAO:
As mudas so colocadas em cmara fria durante uma fase do seu crescimento. As mudas so removidas do canteiro de produo, retiradas as folhas, mantendo as razes intactas, recebem um tratamento fngico (tiofanato metlico), acondicionadas em nmero de 20 em sacos plsticos transparentes de 0,05 mm de espessura. As mudas permanecem por 24 dias em cmara fria, sob condies de temperatura de 4 +/- 1 C e umidade relativa de 94 +/- 2%.
A muda aps plantada desenvolve-se vegetativamente e aps 40 dias entra em florescimento; medida que se atrasa o plantio cai a produtividade por diminuir a florao.
PRINCIPAIS CULTIVARES
DIAS NEUTROS:
Plantio de maro a novembro, em altitude prxima a 1.000 m; Selva, Fern, Seascape, Diamante, Aromas, Albion
IMPLANTAO DA CULTURA
TOMADA DE DECISO Levar em conta os seguintes aspectos: - Tipo de mercado que destina a produo; - Sistema de produo a ser adotado: Altamente tecnificado ( R$); Mdia tecnologia; Baixo nvel tecnolgico. - Produo em sistema ecolgico ou produo integrada.
DIAS CURTOS:
Plantio de final de maro a maio; Chandrler, Pjaro, Tudla Milsey, Dover, Campinas, AGF 80, Toyonoka, Guarani, Pelican, Sweet Charlie, Vila Nova, Santa Clara, Brkley, Tangi, Oso Grande, Camino Real, Camarosa, Ventana.
IMPLANTAO DA CULTURA
PREPARO DO SOLO: A planta frgil, especialmente o sistema radicular, exigindo canteiros bem preparados. - Arao + gradagem + canteiro; - Subsolagem + gradagem + canteiro; - Microtrator + rotativa + canteiro - Rotoencanteirador + canteiro
IMPLANTAO DA CULTURA
SOLO E ADUBAO:
O morangueiro exigente quanto s condies fsicas e qumicas do solo; Adapta-se melhor em solos de textura mdia, alta fertilidade e bom teor de matria orgnica; Anlise do solo:
3 meses antes; pH ideal 5,3 a 6,2; Saturao de bases 70 %;
IMPLANTAO DA CULTURA
Adubaes: 1020 t/ha de cama de avirio; Orgnica: Qumica: N 40 kg/ha. P2O5 300 a 900 kg/ha. K2O 100 a 400 kg/ha. Cobertura: N 180 kg/ha. K2O 90 kg/ha. Parcelar em 6 aplicaes
IMPLANTAO DA CULTURA
N e P Elevam a produtividade; K - Qualidade do morango, melhorando o sabor, o aroma, a colorao e a consistncia; Ca - A deficincia leva a planta ficar mais suscetvel ao ataque de pragas e doenas, as folhas ficam enrrugadas, h formao de frutos com a ponta dura e frutos mal polinizados. - Quimiotropismo tubo polnico cresce em direo ao clcio livre que est na base do ovrio. B Deficincia causa deformao em frutos devido a uma deficiente polinizao pois o boro est relacionado ao crescimento do tubo polnico. Corrigir pulverizando diretamente sobre os frutos uma soluo de cido brico a 0,15%.
CANTEIROS
ALTOS (Maiores que 25 cm) ARREDONDADOS (Evitar o acmulo de gua) BEM ACABADOS LIVRE DE TORRES, PEDRAS E RAZES MAIS ESTREITOS (1 m) CONTENDO 2 A 4 FILEIRAS DE PLANTAS DECLIVIDADE DE 0,2 A 0,3%
A distribuio pode ser triangular ou em quincncio; A cova, ao ser aberta, deve ter o espao suficiente para a distribuio das razes.
2 FILEIRAS
3 FILEIRAS
4 FILEIRAS
CULTIVO A CU ABERTO
FORMAS DE CULTIVOS
A CU ABERTO
Maravalha Mulching de lona plstica
AMBIENTE PROTEGIDO
Tnel baixo Tnel hermano Tnel alto (estufa)
Solo Aeroponia Hidroponia
TNEL BAIXO
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SEMI HIDROPNICO
TNEL HERMANO
AEROPONIA
HIDROPONIA
PLANTIO:
Ter o cuidado especial na distribuio do sistema radicular (disperso e com as pontas na vertical). Nunca com as pontas voltadas para cima; Nunca plantar com o sistema radicular embaraado: Dificulta a distribuio das razes; Dificulta a emisso de novas razes. A profundidade de plantio da muda deve ser aquela em que o nvel do solo fique na metade do caule (coroa). Evitar que permanea bolsas de ar prximo das razes folhas foscas, sem brilho, desenvolvimento paralisado
PLANTIO:
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PLANTIO:
Muda plantada muito funda: Tem dificuldade de emisso de novas folhas; cresce em formao cnica e no abre a coroa; demora para florescer e a emitir as coroas laterais, que so as mais produtivas. Muda plantada muito rasa: Dificuldade na emisso de novas razes laterais e a planta abre, pega sol em demasia. No sabe se emite mais razes para o pegamento ou emite parte area. A primeira rega deve ser abundante para eliminar os torres e o ar junto das razes, colocando as razes em contato com o solo. Aps a irrigao fazer uma checagem detalhada para verificar se alguma muda no ficou enterrada demais ou ficou fora do solo
COMPRIMENTO DA RAIZ
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