Ex-Reclusos em Fase de Reintegrao-MEP
Ex-Reclusos em Fase de Reintegrao-MEP
Ex-Reclusos em Fase de Reintegrao-MEP
Propostas de Inclusão
II – Ex-reclusos em fase de
reintegração
“Uma segunda
oportunidade”
Janeiro de 2009
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Propostas do MEP para
a reinserção social de ex-reclusos
Queremos com esta iniciativa “Uma segunda oportunidade!” sinalizar que
não podemos desistir de ninguém, até que estejam esgotadas todas as
possibilidades.
Prioridades
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2. Constituição de uma Rede de Casas de Transição para Ex-
Reclusos
Tendo em conta que muitos dos reclusos não têm, no momento de regresso
à liberdade, a necessária rede familiar e social que os apoie na sua
reinserção, bem como muitos deles não dispõem de recursos que permitam
uma vida digna e autónoma, não espanta que a maior taxa de reincidência
ocorra nos primeiros meses após a saída da prisão.
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Outras Iniciativas
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Finalmente, quando se está perante imigrantes indocumentados é
necessário clarificar precocemente a sua situação legal de permanência
em Portugal pós cumprimento da pena.
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10. Criação de ferramentas de auto-emprego para ex-reclusos
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Apesar da excelente dedicação e competência inquestionável dos
quadros das duas actuais Direcções Gerais, parece ser mais racional e
eficaz a fusão destas duas DG. Assim se obteria maior coerência, maior
poder e uma mais perfeita articulação, que permitiriam optimizar as
dinâmicas punitiva e regenerativa. Por outro lado, tal modelo
organizativo permitiria uma – ainda – maior orientação para a dimensão
da reinserção social e para uma consolidação da abertura ao exterior.
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Documento de enquadramento
1. Introdução
O MEP defende que a sociedade e o Estado devem fazer tudo o que está ao
seu alcance para a reinserção dos ex-reclusos.
Nesse trajecto, deparámos com uma notável abertura das várias entidades
contactadas, quer ao nível central, quer a nível mais descentralizado. Começa
a ser evidente a transformação destes serviços, com apostas de inovação
social1, procurando adequar-se a níveis mais exigentes de serviço nestes
domínios. A Direcção Geral dos Serviços Prisionais e a Direcção Geral de
Reinserção Social do Ministério da Justiça, prestaram uma colaboração
inexcedível para a realização deste trabalho do MEP, que cumpre reconhecer
e agradecer.
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Queremos salientar que as propostas apresentadas decorrem da
interpretação e reflexão interna do MEP, na sequência da percepção das
necessidades sentidas no terreno e da leitura das informações prestadas
pelos técnicos e especialistas com quem fomos conversando. Todas as
propostas apresentadas, no entanto, só ao MEP responsabilizam ainda que
algumas das iniciativas que seleccionámos possam estar, potencialmente,
numa agenda para o futuro próximo, outras não fazem (ainda) parte desse
roteiro. A umas e outras, o MEP quer apoiar, com a convicção de que
constituem um serviço ao bem comum e que devem ser implementadas tão
brevemente quanto possível.
Uma outra opção que importa sublinhar passa pela atenção dada aos primeiros
passos dados na via criminal, nomeadamente à pré-delinquência e à
deliquência juvenil. É nestes primeiros estádios que, por vezes, se consegue
alterar uma trajectória desviante que, quanto mais consolidada estiver,
menos reversível será.
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feminino e 93,0% do sexo masculino. No entanto, em Janeiro de 2009, esse
número de reclusos tinha baixado para 10.878 reclusos. Estes dados
inserem-se numa tendência de diminuição iniciada em 2003 e que os dados já
disponíveis para 2008 parecem continuar.
ii)
Quadro nº1: População prisional, segundo o sexo, Abril 2008
Sexo
Tipo E. MULHERES HOMENS TOTAL
P.
TOTAL 736 10338 11074
Fonte: Direcção Geral de Serviços Prisionais
5000 4010
4000
3000 2255 2381
2000 1321
890
1000 1394 34222 77 122 304 222 101 413
33
0
16 - 18 19 - 20 21 - 24 25 - 29 30 - 39 40 - 49 50 - 59 60 e +
Homens Mulheres
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No caso feminino regista-se um acentuar do envelhecimento das reclusas
sustentado pelo acentuado aumento médio das reclusas estrangeiras, facto
que pode significar a utilização de mulheres mais velhas no tráfico de
estupefacientes (o crime mais frequente).
Para este nível médio de escolaridade baixo contribuem 23,5% das mulheres
que chegam à prisão sem nunca terem frequentado a escola. Outra
particularidade distinta do universo feminino é o facto de,
proporcionalmente, existirem mais reclusas que frequentaram/concluíram o
ensino superior do que reclusos.
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3. Os problemas essenciais para a reinserção social
4. As políticas públicas
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Gráfico nº 2: Ocupação dos reclusos por tipo de
actividade
Formação
escolar;
30,9%
Actividades
de trabalho
Formação
; 57,9%
profissional
; 11,2%
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através da Direcção-Geral dos Serviços Prisionais, numa perspectiva de co-
responsabilização de toda a sociedade, procura encontrar formas para a
reinserção social dos reclusos, facultando-lhes o acesso ao trabalho, à
formação profissional, à cultura e ao desporto e promovendo a melhoria da
sua situação económica, prevenindo e combatendo situações de carência
geradoras de exclusão social. Na prossecução deste objectivo foram
celebrados 335 Protocolos desde 1984, dos quais 146 na área do trabalho.
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6.2. Projecto Empreendedorismo para a Reinserção Social de Reclusos/as
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encontrar em condições de poder beneficiar de liberdade condicional, não
pode dela usufruir, por ausência de enquadramento no exterior, e ainda a
indivíduos em termo de pena nos quais seja identificada a mesma
vulnerabilidade.”
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Notas:
ii) Quadro nº 1: Total de EPs: 50 - EPs Centrais 17; EPs Especiais 4; EPs Regionais 28; Cadeia de Apoio 1
iii) A lógica de Atendimento Integrado teve como experiência-piloto o projecto IRVA – Inserção Social da
Vida Activa) da Câmara Municipal de Matosinhos: rege-se pelos princípios do trabalho em parceria, a
abordagem multidimensional, a territorialização e a participação. O trabalho em rede implica uma
coordenação entre as várias instituições com intervenção local de modo a promover uma actividade
integrada conjugando-se sinergias e recursos, evitando as sobreposições ao nível da intervenção dos
serviços de atendimento, e facilita o acompanhamento da pessoa/família).
Segundo Pedro Marques, Secretário de Estado da Segurança Social, é objectivo para 2008, que metade
dos concelhos tenham implementado o AI notícia RTP em
http://ww1.rtp.pt/noticias/index.php?article=261854&visual=26)
Documentos:
Comissão Nacional Justiça e Paz “Estive na Prisão e Foste Ter Comigo” A Reforma do Sistema
Prisional, 2004
Sites:
Câmara Municipal de Matosinhos
http://www.cm-matosinhos.pt
Câmara Municipal de Sintra
http://www.cm-sintra.pt
Direcção-Geral de Serviços Prisionais
http://www.dgsp.mj.pt
Direcção-Geral de Reinserção Social
http://www.mj.gov.pt/sections/o-ministerio/instituto-de-reinsercao
Iniciativa Comunitária Equal
http://www.equal.pt
Instituto Nacional de Estatística
http://www.ine.pt
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Como é o caso do Projecto Gerir para Inovar os Serviços Prisionais (www.pgisp.info)
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